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1 Manejo e estratégias de suplementação para bovinos de corte Setembro, 2012 Alta Floresta - MT Fabiano Alvim Barbosa Médico Veterinário Doutor Produção Animal Professor - Escola de Veterinária - UFMG ASPECTOS TÉCNICOS - ENGORDA Tipo de animal (Categorias) Super-precoces - 12 a 15 meses Novilhos - 24 a 27 meses Garrotes - 36 a 39 meses Bois acima de 48 meses Vacas (vazia / descarte) Novilhas de 12 a 27 meses RAÇA EFICIÊNCIA ALIMENTAR GANHO COMPENSATÓRIO DIAS DE ENGORDA

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Manejo e estratégias de suplementação para bovinos de

corte

Setembro, 2012Alta Floresta - MT

Fabiano Alvim BarbosaMédico Veterinário

Doutor Produção AnimalProfessor - Escola de Veterinária - UFMG

ASPECTOS TÉCNICOS - ENGORDA

Tipo de animal (Categorias)

Super-precoces - 12 a 15 meses

Novilhos - 24 a 27 meses

Garrotes - 36 a 39 meses

Bois acima de 48 meses

Vacas (vazia / descarte)

Novilhas de 12 a 27 meses

RAÇA

EFICIÊNCIA ALIMENTAR

GANHO COMPENSATÓRIO

DIAS DE ENGORDA

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Várias opções para recria e engorda no sistema tropical

Creep

Confinamento

Abate

13- 15 meses

Creep

Supl 1a seca

Pasto + supl

Abate

17- 18 meses

Com/sem Creep

Supl 1a seca

Pasto

Semi ouconfinamento

Abate

22- 26 meses

Sem creep

Pasto - seca

Pasto - águas

Pasto - seca

Abate

32- 36 meses

Pasto - águas

GMD – kg/cabeça (desmama ao abate)

1,2 a 1,3 0,8 a 0,9 0,6 a 0,7 0,4 a 0,5

• Importante componente da produção pecuária:

115 milhões hectares (ha) de espécies cultivadas;

144 milhões ha de espécies nativas;

Taxa de lotação média de 0,7 cabeças por ha.

• Clima, solo, espécie forrageira, estação do ano.

(Zimmer & Euclides Filho, 1997)

• Ausência ou uso inadequado de correção e adubação.

• Manejo inadequado das pastagens

Maior problema na produtividade

PASTAGENS

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Desafios das pastagens tropicais

• Estacionalidade de produção

• Queda do valor nutritivo

• Baixa fertilidade dos solos

• Manejo inadequado - hábito de crescimento

Distribuição de chuvas e taxa de acúmulo de forragem ao longo do ano.

Fonte: Demarchi, 2002.

0

50

100

150

200

250

300

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Meses

Chu

vas

(mm

)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Taxa

acú

mul

o ( k

g M

S/h

a)

Chuvas Produção de forragem

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Consumo dos suplementos minerais

• suplementos protéicos e energéticos aumentam o consumoda mistura total;

• maior o nível de produção maior a necessidade de minerais emaior o consumo da mistura mineral;

• o sal comum funciona como palatabilizante e regulador deconsumo;

• fornecimento inconstante;

• umedecimento e empedramento;

• localização e tamanho de cocho.

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• Suplementos múltiplos

• Semi-confinamento

• Confinamento

Suplementação nutricional estratégica

Período Seco Período Águas

CMS(kg MS/100 kg PV)

TP (min./dia)

CMS(kg MS/100 kg PV)

TP (min./dia

)Colonião 2,16 610 2,88 520

Tobiatã 1,92 580 2,77 490

Tanzânia 2,10 590 2,83 525Decumbens 1,98 595 2,65 565

Brizanta 2,01 605 2,76 465

Fonte: Euclides e Euclides Filho, 1998.

Tabela 3 - Médias dos consumos voluntários de matéria seca (CVMS) e dos temposde pastejo (TP) de novilhos pastejando cinco gramíneas, durante os períodos seco edas águas

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• Condições tropicais consumo de pastagem

Animais em pastagens

nutrientes específicos

N, P, S, Co, minerais traços

(Noller et al.,1997)

(Parsons & Allison, 1991; Paterson et al.,1994). desempenho

consumo e digestibilidade

Suplementação nutricional estratégica Suplementação nutricional estratégica

• Produção animal consumo de energia digestível (ED)

correlação consumo de pasto e ganho de peso

Suplemento um complemento da dieta

exigências microrganismos ruminais

exigências do animal propriamente dito

(Minson, 1990)

(Ospina et al., 1999; Reis et al., 1997)

Suplementação nutricional estratégica Suplementação nutricional estratégica

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• Suplementação protéico-energética-mineral na época da seca em pastagens tropicais :

Ganho médio: 0,059 a 0,740 kg/ cabeça / dia

Consumo diário de suplementos: 0,05 a 0,6% do peso vivo

(Barbosa et al., 1998; Paziani et al., 1998; Paulino et al., 1999; Euclides, 2001)

Bovinos suplementados em pastagens tropicais, durante aépoca das águas:

• Ganho médio: 0,543 a 1,380 kg/ cabeça/ dia,

• Consumos de suplementos de 0,06 a 1,2% do peso vivo.

(Carvalho et al. 2003; Barbosa, 2004)

Suplementos múltiplos

Suplementos múltiplos

7 meses - Desmama = 190 kg de peso vivo

5 meses de seca x 0,5 kg = 75 kg

6 meses de água x 0,8 kg = 144 kg

6 meses de seca x 0,7 kg = 126 kg

Recria e engorda = 345 kg

Abate = 535 kg – 24 meses de idade

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ESTAÇÃO DE MONTA – CENTRO OESTE

Fonte: Euclides e Medeiros, 2003

DIVMODIVMO

PBPB

Gráfico 2. Variação do valor nutricional de diferentes forrageiras ao longo do ano

4

6

8

10

12

14

16

0

10

20

30

40

50

60

70

80

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

% PB

% DI

VMO

Mês do Ano

B. brizantha cv Marandu B. decumbens cv Basilisk P. maximum cv Tanzânia

B. brizantha cv Marandu B. decumbens cv Basilisk P. maximum cv Tanzânia

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Suplementação de Bezerros • “Creep-feeding” :

8 a 45 kg de peso vivo à desmama (Pacola et al.,1989; Carvalho et al., 2003).

Resposta à utilização do creep-feeding no peso ao desmame de bezerros

Fonte : Carvalho et al. (2003).

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1010

RecriaRecria

Manejo nutricional

Objetivo = idade ao abate

2622181410Meses0,303

29

0,370

25

0,666

17

0,256

33

0,476Ganho (kg/dia)

21Idade

Taxa de ganho (kg/dia)

Desmama -170 kgEngorda/venda - 370 kg

200 kg

EngordaEngorda

Manejo nutricionalObjetivo = idade e peso final ao abate

129754Meses do Final Recria

0,629

44

0,810

35

1,417

17

0,472

54

1,133Ganho (kg/dia)

26Idade ao Abate

Taxa de ganho (kg/dia) - engorda

Recria - 370 kgAbate - 540 kg

170 kg

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• Redução de energia, proteína, caroteno, fósforo e de outroselementos

(Vianna, 1977)

(Siebert e Hunter, 1982; Owens et al.,1991; Paterson et al., 1994; Paulino et al., 1995; Reis et al., 1997)

eficiência da fermentação ruminal

absorção produtos da fermentação

digestão da forragem de baixa qualidade

consumo da pastagem

Dietas pobres (< 7,0% de PB)

Proteína e energia microrganismos ruminais

Suplementação na época da secaSuplementação na época da seca

Mistura Farelada de NNP

Mistura Múltipla

Uréia (%) 10 – 25 5 - 12

Milho (%) 25 – 35 20 - 30

Fosfato bicálcico (%) 25 -

Mistura Mineral (%) - 8 - 10

Melaço (%) 5 – 15 -

Farelo de soja (%) - 15 - 40

Sal Branco (%) 20 - 30 15 – 25

FONTE Vianna (1977) Euclides (2001a)

Suplementação na época da secaSuplementação na época da seca

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Suplementação e Otimização dos Recursos Basais

Figura 4 - Relaçãoentre o nível de PBda dieta basal (% daMS) e os consumos(kg/dia) de MS, MSdigerida, FDNi erelação nitrogêniouréico no soro (NUS,mg/dL) e consumototal de nitrogênio(N, g/dia). (Sampaioet al., 2006a; 2006b).

10%

Parâmetros Carga (UA/ha)

1,2 0,8 0,5

GPD (kg) 0,503 b 0,561 ab 0,655 a

GPH (kg) 95,6 76,20 53,40

MSD (kg/ha) 4.620 4.580 4.770

MSD (kg/100 kg pv) 789 1085 1856

CSM (kg/dia) 0,775 0,707 0,777

Fonte : Bergamaschine et al, 1998.

Tabela 7 – Efeito da lotação sobre o desenvolvimento de novilhos recebendo suplemento múltiplo, durante a época da seca

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Fonte: Carneiro et al., 2011.

Fonte: Carneiro et al., 2011.

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Fonte: Carneiro et al., 2011.

Tabela 33 – Composição percentual, com base na matéria natural, das raçõesconcentradas suplementares para semi-confinamento.

1 Mistura mineral: fosfato bicálcico, 48,61%; sal comum, 48,61%; sulfato de zinco, 1,46%;sulfato de cobre, 0,72%; sulfato de magnésio, 0,50%; sulfato de cobalto, 0,05%; iodato depotássio, 0,05%.

2 SSI = suplemento contendo soja grão inteira;3 SCAI = suplemento contendo caroço de algodão inteiro;4 SMFS = suplemento contendo milho e farelo de soja.

Tratamentos Ingredientes (%) SSI 2 SCAI 3 SMFS 4

Mistura mineral 1 2,0 2,0 2,0

Uréia/sulfato de amônia-9:1 2,5 2,5 2,5

Grão de soja Inteiro 25,0 - -

Caroço de algodão inteiro - 50,0 -

Farelo de soja - - 17,0

Milho grão triturado 70,5 45,5 78,5

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Tabela 34 – Pesos vivos médios, inicial e final, ganhos de peso total e diário erendimento de carcaça, por tratamento

1 SSI = suplemento contendo soja grão inteira;2 SCAI = suplemento contendo caroço de algodão inteiro;3 SMFS = suplemento contendo milho e farelo de soja.

Tratamentos Especificação SSI 2 SCAI 3 SMFS 4

Peso inicial com enxugo (kg) 363,25 363,00 356,50

Peso final com enxugo (kg) 461,50 457,50 462,25

Ganho de peso total (kg) 98,25 94,50 105,75

Ganho de peso diário

(kg/animal/dia)

1,056 1,016 1,137

Rendimento de carcaça(%) 52,21 53,04 53,61

Semi-confinamento

Implicações práticas• Cria

– sistemas extensivos ou semi-intensivos

– Solos mais pobres – forrageiras de menor produção e qualidade

– Divisão de pastagens – pastos > 50 hectares

– Manejo voltado para maior oferta de forragem nas águas pela

demanda para a reprodução (pouca intensificação)

– Diferimento de pastagem na seca – custo mais baixo

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Implicações práticas• Recria e engorda

– Sistemas semi-intensivos ou intensivos

– Solos com maior necessidade de correção e adubação

– Maior número de divisão de pastagens - rotação de animais

– Manejo voltado para maior oferta de forragem nas águas com

lotação mais elevada para ganho por área.

– Diferimento de pastagem na seca com suplementação nutricional

estratégica em função do ganho médio planejado

Mínimo aceitável de suplementação Vacas Recria novilhas

Águas Secas Águas Secas

Suplemento Mineral –80 g de P

Ureado – 50 a 60% PB

Mineral – 70 g de P

Proteinado – 0,1% pv –40 a 50%

PB

Engorda Recria machos

Águas Secas Águas Secas

Suplemento Mineral 40 g de P

Proteinado – 0,1 a 0,2%

pv – 40 a 50% PB

Mineral 60 g de P

Proteinado – 0,1 a 0,2%

pv – 40 a 50% PB

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CONFINAMENTO• Rentabilidade elevada está em função da variação da

arroba da safra e entressafra:

– Décadas passadas diferença de 40%

– Atualmente de 10 a 25%

• Estratégico:

– Retirada de uma categoria da propriedade.

– Aumento na produtividade – arrobas/hectare/ano

CONFINAMENTO

• Estratégia para ganho de peso na estação seca.

• Custo mais elevado (instalações, máquinas, mão-de-obra e dieta) –

R$/ano

– Extensivo: Custo de R$ 150,00/boi/ano – R$ /kg = 1,26 a 1,65

– Confinamento : Custo R$ 1,70 a 2,00/kg

– Pasto Águas + Confinamento – R$ 1,46 a 1,70/kg

– Preço de Venda = R$ 2,50 a 3,25

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DIETA

• Dietas entre 50 e 70% de volumoso na matéria seca (MS):

– Silagens de capins tropicais, silagem de milho, silagem de sorgo, cana-de-

açúcar, etc.

– Os ganhos de peso variam de 1,1 a 1,3 kg/cabeça/dia.

• Dietas de alto grão (>70% concentrado na MS)

– Ganhos mais elevados – acima de 1,5 kg/cabeça/dia

– Custo da arroba produzida menor

• Dietas sem volumoso (100% concentrado na MS)

Qual Qual Dieta utilizar ?Dieta utilizar ?

• Fatores a serem observados na tomada de decisão:

–– Disponibilidade de insumos na região.Disponibilidade de insumos na região.

–– Disponibilidade de área para produção de volumoso.Disponibilidade de área para produção de volumoso.

–– Custo benefício de cada opção.Custo benefício de cada opção.

–– Capital de giro disponível.Capital de giro disponível.

–– Momento de compra de insumos.Momento de compra de insumos.

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Fatores na formulaçãoFatores na formulação

• Teores de fibra

• Carboidratos solúveis – amido e/ou pectina

• Fibra efetiva

• Aditivos, probióticos e ionóforos.

Dieta: Silagem de milho – 26 kg/boi/dia.Concentrado – 4,7 kg/boi/dia.

Concentrado : 10 % Núcleo Protéico-mineral 90 % Sorgo triturado

Dieta Convencional.

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2020

Dieta: Silagem de milho – 15 kg.Concentrado –7,8 kg/boi/dia.

Concentrado : 6 % Nucleo Mineral com Aditivo 54 % Milho triturado25 % Caroço de Algodão15 % Casca de Soja

Dieta Alto Grão - 1.

Dieta: Silagem de milho – 10 kg/boi/dia.Concentrado – 10,42 kg/boi/dia.

Concentrado : 4 % Núcleo Mineral com Aditivo 4 % Farelo de Soja32 % Sorgo triturado 40 % Casca de Soja 20 % Caroço de Algodão.

Dieta Alto Grão - 2.

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2121

Dieta Exclusiva Grão

Concentrado : 10 % Pellet com Proteína e Aditivo 15 % Soja grão75 % Milho grão inteiro

Resultados de pesquisas

1,72

2,23 2,222,31

2,81

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

1 2 3 4 5

Consumo de MS/100kg de PV

Estudos

1- Pinto (2011); 2- Secrist et al. (1996); 3 - Ramirez et al.(1985); 4 - Savastano (2000); 5 - Pordomingo et al. (2006)

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2222

1- Pinto (2011); 2- Secrist et al. (1996); 3 - Ramirez et al.(1985); 4 - Savastano (2000); 5 - Pordomingo et al. (2006)

1,15

1,53

1,25 1,221,33

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

1 2 3 4 5

Ganho médio diário (kg)

Estudos

Resultados de pesquisas

DIFERENTES REGIMES ALIMENTARES

• Bezerros Nelore desmamados – 7 a 8meses

• Diferentes regimes alimentares

– Jul/09 a Nov/09 – suplementos protéicos diferentes

consumos

– Dez/09 a Jul/10 – suplemento mineral X sup. protéico-

energético-mineral

– Jul/10 a Dez/10 – Semi-confinamento (1,2% e 1,6% do PV)

e Confinamento (70:30 e 85:15)

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2323

Tabela 6 - Médias das despesas, da receita, do resultado de caixa, do valor presente liquido(VPL) e da taxa interna de retorno (TIR) das diferentes estratégias de suplementação

Despesa

Tratamentos

BPConf BPSemi BMConf BMSemi APConf APSemi AMConf AMSemi

Compra de Animais – R$ 425,00 425,00 422,50 420,00 415,00 422,50 425,00 440,00

Suplementação – R$ 612,54 530,65 460,48 378,54 628,34 546,34 476,17 394,17

Mão-de-obra – R$ 103,46 115,71 103,46 115,71 103,46 115,71 103,46 115,71

Medicamentos – R$ 16,00 20,00 16,00 20,00 16,00 20,00 16,00 20,00

Arrendamento pasto – R$ 210,00 300,00 210,00 300,00 210,00 300,00 210,00 300,00

Sub-Total (A) – R$ 1.367,00 1.391,35 1.212,44 1.234,25 1.372,69 1.404,54 1.290,54 1.269,94

Receita

Venda de Animal (B) – R$ 1.676,77 1.583,67 1.535,42 1.536,67 1.622,50 1.640,00 1.639,59 1.577,07

Resultado de Caixa

(A-B) – R$ 309,77 192,32 323,02 302,42 249,81 235,46 349,00 307,13

VPL – R$ 212,02 92,00 230,55 198,77 157,48 129,40 252,10 199,57

TIR 2,09% 1,16% 2,36% 1,91% 1,72% 1,37% 2,45% 1,96%

Fonte: Bicalho et al., 2012

DietaCANA SILAGEM DE MILHO

Item de custo Macho não castrado

Macho castrado

Fêmea Macho não castrado

Macho castrado

Fêmea

Custo dieta 255,94 240,36 228,37 367,59 322,65 292,30

Custo animal 426,82 418,75 357,22 424,51 416,74 327,20

Mecanização 6,60 6,60 6,60 6,60 6,60 6,60

Depreciação 6,80 6,80 6,80 6,80 6,80 6,80

Administração 7,98 7,98 7,98 7,98 7,98 7,98

Total – R$ 712,00 688,68 614,82 821,34 768,62 648,75

Ganho diário -kg

1,6 1,3 1,3 1,7 1,3 1,3

Viabilidade econômica

Carcaça @ 17 16 16 17 15 14

LucroOperacional R$

171,40 120,33 160,83 54,64 13,94 46,21

Rentabilidade % mês

6,36 4,72 6,87 1,86 0,52 1,99

Viabilidade econômica da terminação de bovinos Canchim em confinamento dediferentes condições sexuais alimentados com dietas a base de cana de açúcar,silagem de milho e concentrado

Fonte: Fernandes et al., 2007

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2424

• Suplementação ferramenta para otimizar emaximizar a produtividade em escala .

• Suplementação corrigir deficiências das pastagenstropicais.

• Resultados : ganhos de peso durante a época crítica do ano tempo de permanência do animal nas pastagens produtividade (kg de carne/hectare/ano) taxa de desfrute, capital de giro.

Considerações finaisConsiderações finais

• Para tomada de decisão da suplementaçãoanalisar fatores relacionados:

Animal x Pastagem x Suplemento

Infra-estrutura e mão de obra

Recursos financeiros disponíveis, custos, receitas etaxa de retorno do investimento

Considerações finaisConsiderações finais