manduca, louro e perro - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00372.pdfanno viirio...

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Anno VIIRio de Janeiro, Quarta-feira, 20 de Novembro de 1912 N. 372 ¦ MANDUCA, LOURO E PERRO j^jllibMKl. ffl\ mimbbL: uma , 9 ^ 'H-i^iJinho, um medico muito cheio de farofas t rmraaAu, como dizia Manduca, entrou para fazei PiL i\ S mpathisou logo com a sobre-casaca do doutor Svmpatis..u e agarrou-se a ei a. ur em ben, ,V i lu f^oempinado e depois, sentindo um peso atrás, virou-se .. Louro percebendo que ia metter-M - A SE¦§ LU- =cN u i £ (fi - o' <t B o «-*• ^ " w - 5 e«n bengtladaT. abriiVa^e/oo </u para casa.

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Anno VII Rio de Janeiro, Quarta-feira, 20 de Novembro de 1912 N. 372

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MANDUCA, LOURO E PERRO

j^jllibMKl. ffl\ mimbbL:

uma , 9 ^ 'H-i^iJinho, um medico muito cheio de farofas t rmraaAu, como dizia Manduca, entrou para fazei

PiL i\ S mpathisou logo com a sobre-casaca do doutor Svmpatis..u e agarrou-se a ei a. urem ben, ,V i lu f^oempinado e depois, sentindo um peso atrás, virou-se .. Louro percebendo que ia metter-M

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A PEGA E A RAPOSA O TICOTIC

•tao^^A^"^ Í^T^^ *^~?Xk^^

___J J _Z_) Andando uma velha pega, 2)...perto de um gallinheiro, que lhe pareceu ser um ôvo. Conj

busca de aventuras, foi Saítitando onde viu bnlharna palha do ninho grande alegria e pensando ler leito unfaté... das gallinhas, um objcct'). bello achado..

4).. .apodôrou-se do que julgava serum óvo. Voltava para seu ninho,quando...

5 ...encontrou uma raposa _jue por alli andava, pararoubar gallinhas.

-disse a raposa, quem per-mittiu a pega andar caçando nas mi-nhas terras r

7 Mas a pega que, tendo VOadopara uma arvore a não temiaa raposa, nada respondeu Eentão...

..tendo verificado que o ôvo era aungir, isto é, uma pedra aleiçoada e pin-tada paia attrahir as gallinhas...

ao ninho, afim de a!xaiem sem ovos. pensou fa/eiuma partida a rapousa matreira.E como esta queria fazer comque a pépa deixassecahir o o.

^\t\ __/ ^jfâ

fi' <1 nu Itk Jrguntou-lhc:—Ent»o p>mtid ¦ comadre respondeu aqiiej|*j

ii E deixou cahir a pedra. que^^Hum ó\o ! Aconteceu o que se esta vcnd°Jraposa viu estreitai

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CD .s? / £te «£ / f,

O TICO-TICO

EXPEDIENTECondições da assignatura:

interior : 1 anno li$000 — C mezes 6$00V-^>/ixterior: 1 anno 20$000 —6 mezes 11$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réisAs assignaturas começam em qualquer tempo,

Rias terminam em Junho c Dezembro de cada anno.Hião serão aocellns por menos de seis mezes,

A importância das assignaturas deve ser remet-tida em carta registrada, ou em vale postal, para arua do Ouvidor, IC-1. — A Sociedade Anonyma OMalho.

Pedimos nos nossos nssl;;nanles, cujas assigna-nuas iKionvtii i.m :íi de d£zi:«bro,mandarem reformal-as em tempo para que não hajainterrupção c não liearem eom suas collceçòcs Inull-Usadas.

UM GRANDE TUNNELMeus netinhos :Quando um trem da estra-

da de ferro, um comboio em-lim, encontra na sua frente,uma alta montanha, não pôdegalgal-a ou trepar por ella,como se fora um cavallo ; osvagões arrastando a locomo-tiva ou machina do trem a fa-

riam a descer á medida que ella, pela força do vapor,fosse impellida a subir.

Para que, pois, o trem passe para o outro lado damontanha, è preciso furar esta em toda a sua largura;é a isto que se chama fazer um tunnel. Quando seatravessa este, está completamente escuro e muitaspessoas ha que tém receiode atravessar lunneis, indocheias de medo emquanto elles duram.

Que receio não teriam então se atravessassem umdos maiores tunneis conhecidos, o tunnel do «Sim-Plon», que se encontra na estrada de ferro.em viagemde França para a Itália ? Quasi trinta kilometros deestrada de ferro negra como um forno I E' como sefosse uma larga mangueira por debaixo da terra, comaberturas porcima, de distancia em distancia, que sãouma espécie de claras-boias ou chaminés destinadasa levar o ar exterior ao tunnel.

Sua construcçao durou seis annos e meio, custou80 milhfos de francos (cerca de quarenta e oito milcontos da nossa moeda) e nella trabalharam constan-temente e sem receio, ao escuro e no meio dos maio-res perigos, dos quaes o principal era a inundação,

T»ti'a¦-'. .1

oito mil tiabalhadores. Sabe-se que o maior perigo éo da inundação, porque logo que se cava a terra,a uma certa profundidade, como se sabe, encontra-ua.mn ^ de onde vem essa água ? Da chuva, necessária-inentc. guando chove, a terra bebe, isto é, a água pe-neua na Urra. Se a chuva dura pouco tempo, ap-arin-, r° ° so1 em seguida.os raios d'elle attrahem a-t.ua c fazem com qce ella suba em vapor, indo for-

mar as nuvens. Mas se chove por muito tempo, pormuito tempo mesmo, a água desce sempre, semparar, até que, encontrando uma certa espécie deterra, ou seja uma camada de terra, que se chama ar-gila.ahi pára porque a argila,como se fosse um pannoa que chamam encerado, não deixa passar a água.Então a água se reúne,formando poços, rios, regatos,mares, emiim, correntes subterrâneas.

Supponhamos agora, e este é o caso, que os tra-balhadores perfurando as montanhas para fazeremos tunneis ou outras quaesquer perfurações, comogalerias, etc, encontram uma d'essas correntes, umdesses mares subterrâneos, fazem um buraco numdesses poços... Avaliem o effeito de tão medonhaducha 1 Nada acontece quando a água não é muita,mas quando é em quantidade abundante, enorme, operigo é, muitas vezes, de morte.

Se passarem um dia o Simplon, se atravessaremesse grande tunnel, lembrem-se de quanta coragemfoi precisa a todos áquelles que nelle trabalharampara abrirem aquelle caminho por onde, tão commo-damente, se viaja hoje I

Vovô

-*_— ~—-—**"~r " -*¦*" ¦ — - - —- —i— -—-i

;

A menina ÍTALA DE JESUS TEIXEIRA,filha do pharmaceutico João de Deus Teixeira, resi*

dente em S. Salvador, Bahia

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O TICO-TICO 4

—CTS—B-rMPS^-^^B WÊ i_rr • iV' ^ ^Z i^?%_#__>_ &L WÊL-^U ^_S?Ç^

_^~i J\. _fc'- _l__k *' 1^íl "_ÜI _\ WÊf/^ikm

IkAÍ jR ^.^jg|Hi [Hy __Sn

Si* • A»_H 4S^/ i i|_Tsà-fli _¦ l_4\ v

Amigos doZé Macaco,

doJagunço

e doAlberto, filhinho do Sr. José C h I fl U Í Kl h OMoacyr Nogueira Y ¦ ¦ ¦ H UMI ,,w

_# "'1

*^fl__^_»_^____i_^_0_^ i

Lucy e Glacy Ilanreisterde Oliveira — PortoAlegre. Rio Grande do Sul

&._s 3b .i

Jandyra F. Barata c seu cão Serinquela

_^r^ .__¦ ^_PT _^ ^i_ " _r _Ê^'~** V-^^^

Moacyr, de 7 annos Othclo, de li annos Liliza, (Lil:

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B O TICO-TICO

WÇmà w O !\ KPi v_áí_J r ___J//*\ V' *——* _r^\ \N;U'''*/K_ffiK2«s8ê«\.^st£íji •?•?* ^_ê<íiB_=,

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/^j3í !__t____ /'' ¦ *~ V' *^__| ____^B! -

iHlSiipiiil] l___AÍ__!> fl VV

esmo no meiodo grande- paiz, que se

chama os EstadosUnidos da AmericadoNorte.ou mais sim-plesmente a livre

America, está em Estado, que faz.parte da.grandeconfederação. Esse Estado tem o nome de Estado aeArkSuaacapital

chama-se Litle-Rock (Pequeno Ro-ChC

nt'ie-Rock tem cento e quatorze ruas. Nas centoe quarto» «as n? de cada lado, duzentas e vinte ese?sc?°as1£da casa tem 19 andares, nao contando'^LTnS

baixos da octogesimii oitavaícasg da ruanumero cento e quartose da cidade de Litie-KocK,capital do Estado1 de Archanzas situado mesmo nocoração da livre America, encontra-se uma loja aeaÇ°

E^lssa loja de açougueiro, que haverá ? Ora, quehade haver?... Muita carne á venda e também umfamoso... quarto de carneiroI... _.„._»__.-_-

Palavra de honra que era um bello quarto de carneiro. Ostentava-se sòsinho na frente da montra doaçougueiro, com todo o orgulho da sua grandeza sobre a pedra mármore; attrahia os olhares .«'dos dostranseuntes: provocava os maiores encomios, pareciamesmo ter o ar insolente e satisfeito de um pavãoquando abre sua cauda multicôr, em leque... a»'na verdade era bello, o melhorquarto de carneiro, quejamais appareceu em loja de açougueiro.

O açougueiro, que por signal se chamava HearoBrum não estava na sua loja, Esta não tinha almaviva e parecia ser guardada pelo quarto de carneiro,c até se podia dizer que era aquelle quarto de carneiroo verdadeiro dono do açougue... se, todavia, se podedizer que um quarto de carneiro possa ser dono dealguma cousa.

s sAconteceu passar por alli um tcavalheiro» (gen-

Muito digno esse cavalheiro, posto que muito li-eeiramenle vestido... _ . , _

Chamava-se elle Thomaz Bristol para... servir oleitor. Exercia^a nobre profissão de ^trabalhador semoecupacão.... o que quer dizer que todas as neces-sidaácsW eramTamVliares. Não mendigavai, que issoera impróprio de sua pessoa, mas engraxava as botas,arrecadava as pontas de cigarros e de charutos quesen-contrava, abria as portas das carruagens e autos evoluntariamente apertava as mãos de quem... \oiun-tariamente estendia as suas. , .

Em Nápoles, uma pessoa d'essas chamar-se-hialaxzarom, em Paris, tricoleur, mas em Litte-KQCk.capital do Estado de Arkanzas. mesmo no centro dalivre America era muito generosamente honrado como titulo de gentteman (cavalheiro).

O Arkansas. como Estado adiantado que é, naofaz distineção de profissões, nem de classes de pessoas.

O nosso Thomaz Bristol, ao passar, olhou para oquarto de carneiro que, orgulhoso, se ostentava namontra de mármore do açougueiro. .

O quarto de carneiro viu passar Thomaz Bristol...se é que uma perna trazeira de carneiro é capaz deolhar para um cavalheiro...

•• •Devemos acreditar que Thomaz Bristol estava

bastante mal humorado naquelle dia porque, no

LIVRE A FORÇA!caso em questão, mostrou-se de um caracter muitoirritado e até pouco escrupuloso em matéria de

Parou â vista do orgulhoso e appetitoso quartode carneiro, cuja attitude provocante fazia perigarsua dignidade... Collocou-se mesmo a sua frente,esboçando um sorriso olympico, como se esperassefazer baixar os olhos ao quarto de carneiro... se eque um quarto de carneiro é capaz de baixar osolhos... . . _. „ . ._.

Mas o fogo do olhar cubiçoso de Thomaz Bristolnem sequer fez mexer o quarto de carneiro, que con-tinuou impávido, ostentando seu orgulho.

Outro qualquer, sob a acção d'aquelle olhar teriaimpallidecido até ás orelhas... Se porém, o carneiroé um animal um tanto cobarde seu quarto trazeiro,sua coxa, não tinha receio de cousa alguma As ma_isterríveis ameaças, os ditos mais rebarbativos naoconseguiriam perturbar a serena immobihdade desua alma e a coragem, a bravura de sua inconscien-cia. Nada mais difficil do que fazer tremer um quartodc c3.rn_iro

Foi por isso que Thomaz Bristol, irritado poressa tranqüilidade também irritante, se dirigiu aoquarto de carneiro, nestes termos:

S#fljSzw1_l_í___ II jj r! ¦ /¦*~-'\

Parou á visla do famoso quarto de carneiro

— Meu amigo, tu tens o ar de estar zombando demim e eu não gosto d'isso... Intimo-te a mudar aeattitude. porque tuas maneiras, esses teus modos.¦"«=desagradam por completo... e se .assrm continuas,vejo-me na dura necessidade de te inflingir ex^mpiarCaSt(5°quarto

de carneiro permaneceu surdo comouma porta a taes advertências e Thomaz urcontinuou:

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O TICO-TICO 6

—Meu amigo, não procedas assim para commigol...Isso não se faz I... E para te provar que nao se faz...vou botar-le a unha e... prender-te em nome dalei!... . „Dito isto o irritado tcavalheiro» precipitou-se parao infeliz quarto de carneiro, agarrou nelle com todaa prestesa e encarcerou-o num dos profundos cala-bouços situados no mais recôndito das algibeiras deseu comprido casacão e foi andando, mais que de-pressa, com seu prisioneiro!...

Sempre correndo atravez das ruas de Litle Rock,carregava o quarto de carneiro que lhe batiria naspernas (lei dos carneiros), o que aliaz era uma penaínfamante, mesmo para Thomaz Bristol, que tinhapreviamente condemnado seu prisioneiro a ser porelle comido.

Sem appellação.semaghravo.sem recurso de per-dão,a sentença foi executada pelo algoz Thomaz Bris-tol na noite d'aquelle mesmo dia.

Infelizmente para o nosso heroe, um segundo.cavalheiro» seu rival, tinha sido testemunha do Ia-trocinio, perdão... da prisão...

Furioso esse segundo «cavalheiro» por vêr o quar-to de carneiro que também ambicionara, desappare-cer nas profundezas das algibeiras de um concorrentemais expedito do que elle, esse segundo «cavalheiro»foi procurar o açougueiro Pedro Brum e denunciou-lhe Thomaz Bristol.

O açougueiro apressou-se a levar sua queixa ápolicia, e o chefe destacou immediatamente algunsde seus mais afamados policiaes que encarregou daprisão do ladrão. Thomaz Bristol foi preso na manhãdo dia seguinte.

Mas... já era tarde, mais que tarde, para quepudesse apparecer o corpo de delicto; do que fora oaltivo e orgulhoso quarto de carneiro não restava,sequer, tanto como a ponta de uma unhai...

Até os ossos tinham desapparecido, disputadospelos cães I

Isto era uma felicidade para o culpado, porque aauzencia das peças do corpo de delicto, só podia fa-vorecer sua defeza. Nada tinha, pois a receiar quenão havia provas de seu crime...

Na policia compareceu perante o tribunal cri-minai.

Qual não foi o espanto dos juizes ao ouvirem Tho-maz Bristol confessar natural c tranquillamente oroubo do quarto de carneiro 1...

Sim. pois que a accusação, sem provas sérias,apenas se baseava no testemunho de uma só pessoa

wFvÈk Wr

—Senhores juizes!... disse o advogado

e em presumpções sem aucloridade, a confissão docrime era uma imbecilidade I...

Os bons magistrados, arrancados á sua habitualsomnolencia por um acontecimento tão anormal, tãoextraordinário, mexeram-se em suas cadeiras. E á me-dida que iam rolando nas orbitas seus olhos, comose fossem bolas de loto, via-se bem que elles não acre-ditavam no que seus próprios ouvidos... ouviam...

Esse facto não tivera até então precedentes emLitle-Rock. Da memória dos juizes (e os juizes vivemmuito) não se sabia de uma franqueza d*aquellas: esseleal e cândido réu, reconhecendo-se culpado de umroubo de que tão facilmente podia justificar não tersido auetor, era um estranho e paradoxal pheno-menol...

Até aquelle dia, os que haviam tido contas a ajus-tar com a justiça se obstinavam em negar os delictosmenos negaveis e a refutar as provas mais irrefuta-veis; mesmo presos em flagrante, com provas palpa-veis, sustentavam com as mãos nas consciências, queera engano, que éramos cidadãos mais innocentes daterra, e que, se os condemnassem, commetteriam umespantoso erro de justiça, sem precedentes 1...

O tribunal esperava pois que Thomaz Bristol se-gundo a tradição dos que o precederam, tomasse o céupor testemunha de sua innocencia e choramingassesobre a injustiça da Justiça... Assim, quando elleenveredou pelo caminho das confissões em vez deprotestar contra a accusação que o arrastava até oínfamante banco dos réus, foi uma verdadeira scenatheatrall... O Dr. Fox, seu advogado, officiosa-mente nomeado para a defesa, ein vão experimentoufazer deter as confissões de seu cliente. Foi em pura,perda que elle arregaçou as mangas de sua bécca deadvogado, que elle cerrando os punhos disse ao réu,quasi em voz alta :— Cala-te estúpido, animal 1.,. Vais fazer com queeu perca meu processo .'...

O honrado advogado defendia com tanto zelo osinteresses do seu cliente que dizia meu processo comose elle fosse o culpado I...

Era um homem consciencioso e desinteressadoque gratuitamente se encarregava de defender osmais infames canalhas da União, somente pelo pra-zer e orgulho de mostrar seu talento de orador e in-nocentar, só pela sua eloqüência e saber profissionalde longos annos os que mereciam as maiores con-demnações. Era para elle uma satisfação de artista.

Dava preferencia ás causas complicadas , enfren-tava as maiores difflculdades, transpunha, sem vaci-lar os mais formidáveis e terríveis obstáculos, Bas-tava orar durante vinte minutos, para destruir pelabase a accusação mais cerrada e demonstrar até áevidencia, logicamente.porA eporB, a innocencia deseus sinistros clientes...

Comtudo, ainda era preciso que aquelles se absli-vessem de o contradizer, de o interromper ou mesmode quererem dizer 3 mais simples palavra... Quandoera dada a palavra ao celebre advogado Fox, todoo mundo se devia calar, só devia ouvir... E pormais culpadoque fosse o réu que se apresentas^barra do tribunal, apenas devia confiar na palavraeloqüente do sábio advogado e não tugir nem mu-gir... De contrario,o brilhante advogado não res-pondia pela sua absolvição.

ICis porque elle, ouvindo Thomaz Bristol confes-sar imbecilmente o roubo, maldisse tantas imbecili-dades e do nobre e louvável movimento que inspiroutal confissão.

O tribunal escutava-o com um certo assom-brol...

—Basta, tríplice burro I — dizia Fox, no calor dadiscussão — Basta idiota I... cala-te, que vais com-prometter o suecesso que eu esperava... Prohibo-tecompletamente, confessares, entendes ?...

Fecha essa bocea até final., .fechai...ThomazBristol sentiu que o advogado lhepuchava

pela manga do casaco e disse-lhe, muito serenamente-—Deixe meu casacoI...E continuou sua confissão. .

*• *Vendo isso Fox disse comsigo mesmo:—Ahl tu teimas em confessar?...Ah I tu queresser coudemnado?...Desejas ir para a prisão?...Pois bem, Dódes te esfalfar, homemzinho, que eu

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O TllJU-llOU

vou ensinar-te como se moteja «sim do advogado ..vou fazer com que sejas absolvido, apezar de nao o

i)epoSis quando Thomaz Bristol acabou de fallar¦ equando a palavra foi dada pelo juiz presidente queoisfe ítem apalavra o eminenteide fensor-do *£»?**>•r. idvno-ado Fox levantou-se e disse ao tribunal.o advogadc>*oxJ^amo confissões espantosas quemeu cliente acaba Se fazer, sem tom, nem som apenasme resta uma cousa a accrescentar para provar suatonocencia. .Confessando um crime que nao.com-metteu, declarando-se culpado de um delicio que seapoia numa denuncia pouco digna de fé demonstrouestar louco...O infeliz, vendo-se accusado de umcrime que, absolutamente,nao commetteu foi atacadode súbita demência, como os Srs.mizes Podem constatar. ouvindo suas inverosirrtes divagaçoes Porqueem verdade,os Srs.juizes nao de concordar commigo,oue é Preciso que um accusado esteja doido-aoiaoí valeí^aTaíonfessar d-esse modo sem provas a,-Sumas contra elle. Não se devem, pois, de^modo aj umter em consideração os propósitos ^considerados

a,meu cliente que, se tivesse o m.mmo }>sl"mbro

etrazão, se absteria de os emittir. Por tanto ^stoocstado de loucura em que elle se encon}ra.allia<?,? ™^mento peço para elle, simplesmente.a liberdade, i ennodito.

-Perfeitamente justo !-exclamou em coro o tri-bunali commo™ do P* tão «SS^SS^ÜSShomem é louco, sua loucura proveio de ver-se innocentemente accusado, sua loucura é apenas de momento,deve ser posto em liberdade I rAThnma7 nr;stol-

O'juizes inexoráveis?...0PobreThomazBns*oique nao podia fazer vehgiaturas, como a Reme ao

?mhdro-&p^jectadopaá«^

—Ah 1 maldita liberdade—exclamou o accusado.Conceda-me somente trez semanas... para me recon-fortar um pouco !.. _

-Srs officiaes de justiça ponham esse homemlá fora ordenou o juiz presidente. E"e esta importu-nandoo tribunal 1

alli teria cama para se deitar, boas refeições aregulamentar, seria bem aquecido, seus pes Çalçanambons sapatos de lã, curaria seu antigo rheumatismoe esperaria tranquillamente a benéfica primavera, semter cuidados pelo dia de amanha!... fao.lieira

E fora com o desejo de vêr realizada essa fagueiraesperança, que elle confessava, o desgraçado. ..r-orapara vêr realizado aquelle bello sonho.que se agarraraa seu modesto delicto,confessando-o,como onauiw»se agarra á taboa de salvação, a despeito das sacudidellas que lhe dera seu advogado I... m..)rir

Mas eis que este, mercê da tola vaidade demostrardotes oratórios, tinha feito com que nao fosse con-demnado...Thomaz Bristol ouviu o tribunal preterirsua absolvição, dar-lhe a liberdade.. .O* juizes cruéis,inhospitaleiros, sem coração 1...

aram-lhe pelos hombrose puzeram-o fora aolcar do réus, dizendo-lhes:°_Và meu amigo, é inteiramente livre, pôde sa-h'r

Ao ouvir essas palavras levantou os braços ao ceuegemeu publicamente. ,,..,;,. i Prn.-Eu sou victimadeum erro de justiça i... ProtCS-Mas,

seja lhe disseram queestá livre 1 quepod;Mhirl-disse-íbe o presidente do tribunal.

-E justamente isso que eu '^'^-f^conhe-maz Bristol com amargura-Os Sre. juizes rcçonm.ceram-me innocentc, não é verdade?••• rodaNia-tinham o direito de me darem a "berdaaei.-.

-Porque razão?- Porque razão ?-puguntaramao mesmo tempo todos os magistrados do tribunal.

-Porque a liberdade representa, em meu caso, atnaisterrivel pena,a maior das condemnaçoes^ &e metivessem declarado culpado, poderiam dar-rne comocastigo essa liberdade e eu juro que seria uma temvel punição!... Mas, visto que, segundo a saoiaopinão do tribunal, a justiça nada tem a censurar-mc.eu não mereço ser castigado tão barbaramente ....

-Como, pois, na verdade, não licou satisíeito rMas então que 6 que queria j„mar.i/>

-Pois bem ! ahi vai - ousou dizer timidamenteThomazBristol-eu desejava... pelo menos trez me-zes de prisão, Sr. presidente... .... „„Ar, n-Vá-se embora !-disse fora de si, indignado, ojuiz presidente. . ^...i• a la, Sr. presidente... dous mezes, nada maisque dous pequenos mezes... ,. .._ _

. -Vá-se embora, homem, já lhe disse l repetiu ojuiz presidente.

II 1

>

m^

— São todos uns imbecis 1... Macacões !... Ve-lhos decrépitos I...—ia dizendo Thomaz Bristol.

Mas, como o julgavam doido, não lhe deram im-portancia, antes o expulsaram mais depressa. E opobre diabo lá foi cambaleando, sem saber para ondedirigir-se, pensando que para se fazer encerrar numaprisão, ainda que por pouco tempo, como já por ultimopedia, não era bastante cometter umdelicto... Erapreciso, primeiro do que tudo... apresentar cartasde empenho e recommendação aos juizes.

i

)¦LJiHHkK-- ...._ fcíí,

¦¦feH

O interessante menino Rubens Matas Souza, residentena -Bahia, de 4 annos de eJaae

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O TICO-TICO 8

"SR. X" E SUA PAGINAAnimaes mysteriosos

O HYPPOCAIVIPO, OU CAVALLO-MARINHOO oceano encerra em seu seio seres curiosissimos

bem dignos de nota, pela sua fôrma e pela s"a ™YS;teriosa existência. O hippocampo ou «yallo-mannhoe um dos mais notáveis pelo seu aspecto carectens-tlC°Ò

cavallo-marinho era já conhecido dos antigosque.bem entendido.fizeram d'elle um animal fabu osode oue a mythologia nos transmittiu pela tradiçãoaccommodadae transformada, factos phantasticos,como são, de resto, todos aquelles que se passaramnessa epocha pre-histonca.

Nessa epocha existiram hippocampos ou cavallos-marinhos gigantescos, cuja espécie desappareceucomo a dos auroches, bois marinhos, hyppopotamos,etc cuja raça tende a desapparecer e isso é ummys-terio e mais insondavel ainda do que os mysteriosquê se passaram no templo de Eleusis que estes, pelo

menos, foram em parte desvendados pelas narrativasde Deodoro da Sicilia ou pelas experiências dc Hie-r0n'SejeaScomoZafÒr,

contcntemo-nos em examinar opeixe que, todavia, se pôde ver vivo cm alguns aqua-rios, parecendo haver um exemplar no do Tro-"d

A°palavra hippocampo diriva-sc "a^almente dogrego Wcpoi 'cavallo) e camplos (curvado). Esse animalapparcce na classe dos lophobranças isto é, pe-nachoscom ramos) tribu dos syngnalhas [com quei-*a

E^carecterisado por um tronco comprimido,tendo no cimo uma cabeça que vagamente laz iem-l rar a do cavallo. A cauda, t_o comprida como ocorpo propriamente dito, não tem nadadoras.

I. guarnecido de crinas, que vagamente fazemrecordar uma cabelleira. Os olhos grandes d Jlor dacabeça são negros e, cousa notável, são índependen-tes um do outro, podendo cada um de per si mo\er-se em todas as direcções.

O cavallo-marinho possuc quatro nadadoras:uma no dorso que lhe permittc vertical-

..das pinta-i avan-

animal équarta,

.lança de di-reCÇ0°tamanhodo cavallo-marinho v; unJa*

mente duas junto das orelhas, trandas de' um amarcllo claro servindo-.•ar ou paia recuar. Durante a marchia-itado de movimentos mainnadadora, do lado de tra/

i que se encontram esses- interessantesspecimens da fauna aquática.

Nas paragens do Oceano-Indico, dos mares doJopão, da Nova Hollanda.suas dimensões attingem35a «centímetros. Nas costas francezas, pnncipalmentena Bretanha seu tamanho não vai além de iu cem -metros. Os bretões chamam-lhe Urjoon moor ícavai-linho do mar].

Encontram-se nos fundos ricos em vegetaes, emque os vimos aos bandos emergindo atravez dos fucus,algas etc. De extrema curiosidade os cavallos-ma-rinhos vão até diante dos objectos que excitam suacuriosidade e seguem-os por muito tempo, primeira-mente abordando-os e, quando já não podem, com oolhar.

Esse pequeno animal, muito coqueltee muito es-tranho ao mesmo tempo, não pôde viver captivo pormuito tempo. Precisa para viver, de sua liberdade deseus prados de pastagem de plantas marinhas.

Quando num aquário, fica immovel durante umdia, até, a cauda enroscadaa uma perna, sombrio etriste, dando apenas signal de vida pela mobilidadeexcessiva dos olhos, que se agitam como os dos ca-maleões.

Sua attitude parece ser de desespero e desola-cão curva o pescoço, deixa cahir a erma e ao fimde pouco tempo a pelle muda de core acaba por en-tregar a Neptuno, o deus dos mares da Mythologia, avida que drelle tinha recebido...

D1STRACÇÃO A" SOBREMESA

Um melão, que é o corpo, outro menor ou umalaranja, com alguns cortes, lormando to, umtraai que é a cabelleira, um cluma dc casca de laranja, e d

.rnas, c ahi ira belarranjado na mesa em poucos instantes

an;.

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11 ZÉ MACACO O TICO-TICO

v=r-^^ J^fi^*^^-^*-- *y./

i) Chocolate estava um dia dormindo profundamentee roncando como um <:ramophone,quando "Baratmhavendo-o teve a tentação de pregar-lhe uma partidaengraçada.

•,Ji Foi lá para dentro, e d'ahi a pouco voltou comum enorme cão, que collocou aos pés do dormi-nhôco.

"c*®*aBfa3) Depois de 30 horas de somno inmter-rupto. Lhucolau- acordou, e qual r.ão foi oseu espanto no deparar com a carantonha,impassível e terrível, do can/ rráol

\) Chocolate, assustado zhoravacomo um vitello pedindo perdãode joelhos, ao cachorro Este os-tentava um riso idiota

l^j-4~*^' !¦¦ ¦ a.——,— ,| ,. , a——^———.—^—^^ „ .„, ,„. , ».aaa»»»»aaa.MatJ.M,MM,.,MM.M,,^,^..,i»..)aa».»»aa»»»aaaa»aa» -

o estava se complicando.e o terrorcrescia a ra/io de 120 kilometros a hora; nestaemergência Chocolate appellou paia os recursos ei-iremos Principiou a trepar pelo tio da pagina .

e teria fugido fatalmente do Ttcn Ttco, se a mter-vençio do Baratinha não lhe houvesse desvendadterio, mostrando-lhe quanto o seu terror era mfundai

O cachorro não era um cachorro de verdade, era depapelão Um cão que horas antes /.c Mac jo* tinha compradopara liai alinha

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•O" era tudo alli. Tinha um Igu^os""" trapCZ'° ° oui™^n /<>—~^^

^^^ Z^""^

-—=7—», |] v V--vX^ t\ \jr/,i £y) 4) Mas nada divertia tanto Fannv como ir ver vestir sua^rr—- II ^-4 s^ii^^^ dona, antes de ella ir para um baile, para otheatro ou fazer

I s?puidaStudoSUo qtíe*estava no (Zl3 lU^^Q^ ^UCz^UUC^^W-^ VV nVO^- L /T \Í V^f^inilcue pela janella fora. f I --^ ^*- "^ -' <*—£*¦' I \ v\\\, Ji W<f\\ f

. // [ 7; Depois foi dar o seu passeio, á ma KN' f/%2, /€) 0\/"^©r(X/h Ineirade s,,n thmilin. MnVT )\\ f/fák ^-^C^S^-^

até porinella.. 10)... feriu uma velha senhora, que 11) Como estava descoberta, Fanny, poz as mãos nos olhos vendopassava na rua. aquella gente, que acabou Hndo. Mas D. Branca d'ahi em deante. .i-i ... quanJo sahia de casa. deixava

sempre presa sua macaquinha. para quealia nSw fizesse mais d'aquellas lolicc.»

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lj UirTtenente de marinha, primo de b. Branca, em seuregresst/da África, mandou-lhe de presente pelo seu criadopreto, uma macaquinha muito esperta, a que dera o nome deF <nny Como não havia crianças em casa

2] ... FannY era tudo alli. Tinha umlindo berço..- <B~

''|áE /t^Na/Í 7/ ( T"^) m- /r^WV $ (-^v5 I n,

(Tk

y ))¦ \ Jl ' — I imitar os de sua raça.jogou em ;. Ls-"*-*-* \^ y JI V ]/ /s. I seguida tudo ò que estava no ~] \—,—,f l,l Vj/^V_y\ -^ **^-r jfV ' toilette pela janella fora. \yt_^^.

ca e seu marido sahido rwsfr r^ luuifê?casa e estando os criados a diverti-— /Vv^ -^y -^"^^^ lj-^-r^" -^

•)_¦•¦ afinal foi encontrada por um gJarda civil, o cocheiro e todo o pessoal da casa»-». uranca, que regressava na oceasião em que um dos frascos que Eanny arremessara pelaaté por 10) ... feriu uma velha senhora, _

Janella... passava na rua.

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O TICO-TICO AVENTURAS DE KAXIIYIBOWNNA PANPEGOLANPIA

A historia estava st tornando trágica. Sabbado e Tônico,de joelhos, supplicavam á imda lBiribr que poupasse a vida deKaxitnbown, prometten-

do-lhe em recompensa um Almanach do Tico-1 tco. A linda Birity então concordou deixar a vidaa Kaxítnbown e a seu companheiro, e mandou asua vovó costurar as rodellas ao nariz de Pipoca,empreza na qual levou quasi um dia. * -3

Pipoca nunca foi tão L,- ... ,,percebeu que ficara com z- Porém a alegria durou pouco. \iu que airhy estragara-lhe o nariz, de

0 nariz flexível como a tromba de um elephane Ora, pipocas!mfiou da marosca(Continua.)

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i Jucá e Manduca* admiradores do aero- \nauta Blériot, fizeram um aeroplano de uma (lata de biscoutos Mas não admittiram su;i '--'^ "v.<7\/irmã Joaninha a brincarjdeira. Fila retirou- V - "

j)o~^_

:: l..i i.i Joaninha rua atina, seu guarda-chuva resistindotranseuntes seriamente atrapalhados, porque <• vento augmentava

\ ti/, nuus.

íbind -.ubir

..viu que seus pés se lavantavam nos>'<\o. E como não queria largar o guardachuva.

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REGRAS 1)U JOGO r

"~—— ^=»v

No fogo chamado dos losamgoientram quatro jogadores, tantos quantas

as cores do-- losangos desenhados Cada jogadortirai sorte e pelo accordo entre todos convencionado, a

:f>r com que fica lógando e começa o logo o jogador a quempertencer a cor azui. s.io precisuSdOUS dados que o jORadorrinctpia lança sobre a mesasommando-seo numero total deterte ficarem amostra.dos dou* dados rama lira-sc tantasjanto possível o numero trez 'iqueiestar e para o jogador martemplo:—O primeiro dado aceusa 6 e o segundo 4—Total 10 Em k/ezeso numero 3; mando-se (3 vezes 3J ou sejam 9—8ca 1. Este um ,x> jogador Os restantes jogadores repelem a mesma, cousa* Cada um>s representa una vez.., jogai Ganham a partida os dous primeiros jo- tdepoi 1 - nas cinco voltas tenham o numero: maisrama lambem pode sei jogado com duas pessoas, mas neste 1

¦lhe duas core-, 1 sei separadas, para queao possa jogar duas 1 lidas, mas sim alternadamenie Porexem-or loua omio a/u! e verde, outro com o amarello e marion ou fazendo aombmarem 1:' preciso tiiar á sorte o que deve logar em primeiro locar,cai COm a cor azul e então e que se faz a escolha das cores,Como di;>us jogadores não preferirem combinar as cores, mesmo ludependente-

1 todo o cas ue tivera cor azul <> resto pra.ica-seexplicado para os quatro

P Jtl /^ Jl S^TT

4 I UM» V 7*.» rtitt o < <>\< 1 icvo v : .»«;

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13 O TICO-TIGO

Antes de ensinarmos qualquer cousa da astrono-mia, tal qual ella é hoje, e preciso dizer-se o que ella

Os antigos suppunham a terra o centro do uni-verso, gyrando em roda d'ella, sol, lua, astros e plane-tas; suppunham também que no centro da lerra es-tava o inferno e que por cima de nós estava o ceu queelles representavam por uma cortina azul.

Hojediz-se.com certeza, afíirma-se.queem tempoalgum a Terra foi centro do Universo, e que em redorda Terra somente gyra a Lua. Eis a construcçao doUniverso segundo a mais segura das opiniões.

O espaço infinito chamado Universo está se-meado de soes ardentes com o Sol que nos aquece, eem roda desses soes gyram mundos taes quaes o quehabitamos. . .^es soes ardentes sao chamados astros.

es mundos escuros como o nosso são chama-

O astro é sempre um centro em redor do qual gyram planetas. . r

Essa família de corpos celestes, tendo por cneuum Soi.é o que se chama syslcma planetário.

O centro de um systema planetário isto é, o soi, oastro, é sempre maior do que seus planetas. .

A ferra gyra em redor do Sol bem como muitosDutros mundos que estudaremos, em pouco.

Antes ainda de estudarmos o nosso systema, con-vem notar o seguinte ___--,#_

O aspecto do ceu estrellado é sempre o mesmo,num mesmo dia do anno ; sendo que as vezes senoia

c.^UiW>renc^

Raio ^S^-S... T" /

p movimento de algumas estreites em relação ás ou-trás.

As estrellas immoveis, que guardam sempre ome%mo aspecto apparcntc, são os astros longínquos.

As estrellas moveis, que correm o seu roteiro emalguns annos, são os planetas visinhos, que com onosso mundo gyram cm redor do Sol.

. Nao trataremos ainda desses interessantes visi-nnos, pois é preciso que os leitores saibam alguma-ousa do que se segue.

Todos sabem o que é um metro, o tamanho queelle tem etc. mas no ceu infinito não se medirão asdistancias com o metro e sim com o kilometro.

O kilometro é igual a 1000 metros e para os ami-guinhos terem uma noção mais segura tomem comoum kilometro pouco mais de metade da nossa AvenidaCentral (hoje Rio Branco). , .

E' preciso que tenham em memória que a circum-ferencia é a curva da figura ; em que qualquer ponto(M; está a uma mesma distancia do centro que umoutro ponto (N); e que esta distancia se chama o raio docirculo, e que a linha recta que atravessa a circumíe-

r { ^õ i a meTro] \ \

\ v^ss J / /

Fig Zrencia passando pelo centro é o diâmetro, e que odiâmetro tem 2 raios. .

E todas essas noções se adaptam a esphera [umabola) como se vê abaixo.na fig. 2.

Agora já podemos estudar o nosso systema pia-netariosem que os leitores deparem com difficuldadea cada instante para comprehender as explicações.

Os planetas nossos visinhos.principaes, são: Mer-curió o mais próximo do Sol; Venus que se suecede aMercúrio- Terra que é mais distante do boi do queVenus; Marte mais longe do Soldoque aTerraJupitermais distante do Sol do que Marte, depois Saturno,tranuse Neptuno, finalmente ornais distante do Sol.

E' preciso notar que entre Marte e Júpiter gyrammuitos planetas pequeninos. _

As distancias media dos planetas ao sol sao:Mercúrio 57.850.000 kilometrosVenus 107.000.000 kilometrosTem'"

' li9.iH3O.0OO kilometro^

Mort; '• 225.000.000

kilómcjupiter" 77o.(mi<).000 kilometrosSaturno i.iU.OOO.OOO kilometrosUranus -¦' 0 kilometrosNeptuno... 4.40Q.OO0.O00 kilometros

Para que os leitores façam idéia approximada daformidável distancia que vai do sol a um desses as-tros basta dizer-se que, se houvesse uma estra-da entre o sol e a terra, li9 milhões de kilometros,um automovel.no máximo da velocidade, levaria maisde ^0 annos para lá chegar I

Por hoje ficamos aqui.noproximonumero conti-nuaremos em nossas modestas lições.

Dom Fagundes

ANTAPNEA é um excellente Xajfrope formulado espe^ncialmente para eiças, pelo nharmaceu-

tico Samuel de Macedo Soares.Avril^E'.* éamaisactiva, a mais agradável ea mais completa das prepa-rações até hoje conhecidas para combater as auecçoci.bronchiaes das creanças: COQUELUCHE eilWN-CH1TES. Para os adultos preparamos a **_*r??_Ll.Vt, soberana nas bronchites, tosses reb^es c in;substituivel na fraqueza pulmonar. ^nco"trÃr\ \principaes pharmacias e drogarias e na i^n/viv. ..vCIA AURORA p ,Rua Aurora, 57—S. l auio.

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O TICO-TICO 16

a^aUMgi^fyiaUF /PlHVlH&kint* S^nm«|A5CARTonAMTE:s...t.; ',

^BRUXOS .. EOi SV.^ "1

%<£ÍU fcCüRW3£'B0SÍ;t^

Pa b a o v ebd ad e¦«« >s^,V .. ^I-oÍto (fY^^S^Sta^Píiair

A^ ^v \ IP^g.^/^^ÇÕES» elogios' mútuos J

r^^020^14110 GUERREIRO...

í- ^ '^EJA,

IrOAMAÇÃO,^7/</ opções, elogios' MÚTUOS" ACOROEIRADA...

AccmaoladorES Mrauesfermiwm ubomfln.TCmo < mglh»r. unhlr • ratwtamcio. o imrrrtw. • «ympaP». • «m-

Pinça. ¦ a .,/. i.- e o amor 4« «eu» wtvüu'.'^ , otttrr ai melhore» color »< ,v». enfar a dom macio• & for > ixtcnoc ao tmw«ur ou* iodo» dexejamoa. Sua* influencia» noa i-Vm im media-lamente * ni o-Mario com a» cr»« - m flial-a» cm Ma. para (-íul^r no»»*lodi*. i»to a« w»gn«tiia4or o poder d)e operar, w.mo a duunoe. tarai«xtraon1!* ¦-¦ * e, ao liypawuadof, o d- Mferbr lado «]uc quebra. L ( >r *lU->quaee tem a .«.lotc/ao,«ata aareeiatie intima qoc permite dtt.iucuir n rjua • bom * uni. Um certo nuaaero d«ÜMlivulau* p""» *f Mteaor* c*w mUi suai mu iniit na mrno» tlrvada. o» oain* pod*a»

X» \utimuU4om Mnun. SoD mi> mliucoc» > Naiuraii ..!«¦.)-«• a oo*<* no-|MUII0. «a nimn «nav • som» %er.i i t» «uno. tn (>Uia»M> 4o »«n«¦JaaUnr

I -|-iTTlilnr Mttako 4* multito : ao* o»dou (N« í cC, quando »Uo rruniJoa na pe.<W <l Ml IIIWI || ml .rj.ii^o» |aarMM ... /',-• de coáa mm 339fr ra ..t^.- ..-..-.¦ ¦ . r»% 58 frw-v i rai •* (mlomemM

-i. o» p«iiiivt úc lor* dina «tf,èflvtado» ci/u) a* lii-poriai*t-a» em tale j ...», ou carta de **.-: rc-^iauado a

UAWRENCE & COMPRua da Assembléa 45 — Rio de Janeiro — BRAZIL

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i mu.meniiamHatmus .\:Aiapmv. ido de Mi

«Durante ¦<

de i:-nlio '• •'Acciimu: .res ivamsultados n imeu comelo vmui:cioe .s...José de Mii

G. do Norte.»«Os Accumti-

ladoresqi.enviaramp rod u 7grande <em i '¦ -meuiLogopossuií-os epre p ar aiconsegui reah-sar v.to de arrenJa-mento, pr>rcu-ja transfercn-cia me C iquasi erTiguida cerca decinco contosderéistenho que ::ime enudinheiro.Sim montareiuma ofticinade carpiimarcena:Ani'Je Mattos, Ma-naus.*

«Ui

i

muimeu- .

mel!.nhaque :

suir o» Ac-cumuladore^

I. F.de ICapital Iral.

aTcnlio

Accumuladores. Germano Ji l\irta, Coiumbi, Estado d» Matto Grosso.»• Durante o pouco temr ii receber três diírdas avulladas que Julgava perdida?, o tudo na mi

nha vida realisa-se conforme ininh ara.¦Meus negócios têm corrido bem dep->ls que \-cumuladores. Alberto Lopes Coelho. Ubera•Apezar de Dosaulrura so Accumuladur to de n. C.) ja obuvc diversas surpresas bem agraú .gosde azar. Joio Con

s For,, s. Paulo.»«Pelo uso do Accumulador n. 5 tenho c-n

rindo sympathias. João liartt¦:«Como Accumulador n. C tenho obtido

Castro Aíim, AUbaya. Estado de b. Paulo.»

tranquillo com todos da minha família, e mesmo de estranhos vou a¦ Amazon .

idade em negócios, e ultimamente uma vantajosa colloca;So. I

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O TICO-TICO17

^tff \ -^^a RESULTADO DO CONCURéS? wA ?¦¦'/. fflM so N- 703

Ei»MEncerramos hoje o concurso

n. 703, para o qual recebemosmuitas soluções.qjie na maio-ria n io sendo certas, o eramcomtudo muito approximadas.

Dentre cilas foram premiadas as firmadas pelos se-guintes leitores :

1 ¦ prêmio—10$ :Álvaro Tolentino Júnior

residente á rua Bittencourt n. 90, Santos. Estado deS. Paulo, 9 annos de edade.

2- prêmio — 10$Luiz de Rossi

de 7 annos de edade, rua Paulino Fernandes n. 53 —Botafogo—Capital.

Foram concorrentes aos prêmios os seguintes lei-tores:

Luiz de Rossi, AIba Ferreira da Fonseca, José Mar-ques de Oliveira, Xero S. Freitas, • Walkvria MariaGouvéa Maciel, Anna de Gouvèa, Álvaro TolentinoJúnior. Marina dos Santos,*Faride Costa, Austrege-silla Freitas Barbosa, Eduardo Carlos J. Tavares,waldemar Fernandes Braça, Veríssimo Moitrel Bar-posa. /.uleika Dias da Silva, Tete Xavier, José Xavierde Almeida Júnior, Olaga Miranda. Kuclydcs Reis,graneisco José Gonçalves Penna. Nicia B. da Silva,Dcolinda Rodrigues, Isaura Marques dos Santos. An-tomo Cczanno de Rezende, Eduardo Luiz Motta,InahGonçalves, Jundy Gonçalves, Hyeroclio Gonçalves,Concita de Carvalho Oliveira, Maria do Carmo DiasL ai. Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal. FranciscoXavier Soares Pereira. Avrton de Inháta, Carmend'Amore e muitos outros mais.

RESULTADO DO CONCURSO N. 716RLSPOSTAS

1-Pera.2--Cardeal.8*—A-móra.4"—Corcovado.Foram contemplados no sorteio :1* prêmio—10$ :

Clelia FontesPaufoann°S'

residcnlc na rua da Gl0ira n- 93> em São2- prêmio—10$000

Kaymundo Azevedo Santosde 13 annos de edade. Villa Xova de Lima, Miras.

Concorreram á sorte:nnn wr»dina Fe™andcs da C. Mattos.Waldemar Fer-v, r ,-,, Vgrinaldo Pio Freire, Nelson Conçal-ftHih q vJh N 'ÇjorJ, Lacombe.OKmpio Medeiros,: ,' , V ,"VMX Edmundo Francisco Pereira, João'^'veira laptista Leite de Souza,séven /noT P1 ,?t2?k,er. CeciIia MdrelleMur\ n°,VXirt \ur»Va.r.boza' ,,c!,,iza Port°. GÓutranMurj, Lida Leite Muller, Francisco Antônio Valente,

iNadirXeiva Magalhães, Dclmirina do Prado Seixas,Edison Alves, llelpha da Rocha, Cláudio Martinhodos Santos, João Pereira Júnior, Cecy Mourão de Fi-gueiredo, Alcides Wright, Maria José Campos, Cus-todio Spolidororo dos Santos. Mario Aghina. Vim-cius José, Moacvr Faria, Odette Peckolt, RobertoJosé Fontes Peixoto, Álvaro Rodrigues Martins, Eu- ¦rydice Tinoco, Antonio Caio Freitas Guimarães, TeteXavier, Dimas Santos da Foseca, Francisco José,Henrique Goulart, Guiomar XoüuciradaGama, MairyA Kspinola, Ary de Menezes, José Theophilo Fleury1-ilho, Militino Thomaz da Silva, José Joaquim daSilva, Gastão Cavalcanti de Albuquerque. CarlosAbiho de Andrade. Derval Lisboa, Ismael de CarvalhoTupper, Anna Gouvéa. José Marques de Oliveira,Dionysio da Costa e Silva Júnior. Thereza de Gouvéa,Francisco Macedo, José de Assumpção. Ramiro D. dede Oliveira, Alice de Mello, Judith de Queiroz, OswaldFerreira Bastos. Eduardo Lisboa, Maria AlexandrinaRibeiro, José Augusto'da Silva, Attilio Oguibene,Alice Eugênio, Horacio Rocha da Silva, Eduardo C.Vianna, José .Carlos de Cavalho, Ernesto Moreira,Hamicio Feichholz, Sgia Gomes Aranha, Irineu An-tonio Soares, Aristóteles Lima Câmara, Flora dePaula Ramos, Paulo Duvivier, Luiz M. Gonçalves,NenéCohn, Leonordos Prazeres Gomes. Lauro SodrèLopes, Eugênio José de de Saules, Jandyra RochaPinto, Oswaldo Corrêa, Maria Salima de Albuquerque,Eloyda Duarte, Jayr de Souza Picaluga, Leilá Leo-nardes, Gilvrando Pessoa. Descarte Cunha, Aidade Souza Lima, Edgar Amaral Alhadas, Nila Constan-cia Soares, Iracema Roza, Levi D. P., Jayme Ribeiro,Nelsína Carolina Mattos. Judith Telles Guimarães,Inah Catunda, Raul Machado da Silva, FranciscoJosé Teixeira Leite, Justino Cordeiro, Alba Casta-nheira Ferreira da Fonseca, Alcina Braga, Rachel daRocha Lemenho, Isaurita Mattos da Graça, José deGóes Calmont de Britto, Aladvm CouJeixa de Aze-vedo, Maria Luiza Guimarães.'Alice R. Moss, MoemaPrati de Aguiar, Ambrozina Malaguti de Souza, Ma-rianna Saraiva, Stenio Marachzy de A. Fortuna, Emi-lia Vieira Cardoso. José Arruda Tamborim, MaurícioF., João Goston, Uby Alvarez Ribas, Tovarina deCastro, Maria José dos Reis, Virgínia Amélia MartinsFerreira, Antônio de Abreu, Jayme Pereira, HelenaBagly, Paulo Meirelk -Telles Barbosa, MariaDolores Pinto Coelho, Ada Mury Netto, Odilla deArroxellas Medeiros, Hermes Machado Cardoso,Antenor G. Magalhães, Francisco Xavier Soares Pe-reira, Martha dos Santos Abreu, Gastão Vital, Gui-Jhermina Fernandes Teixeira. Maria Andrade. JoAlves Fonseca, Irene Acciolv Cavai Cante, CarlosÂngelo Moutinho, Ismar Pialts GrafT Brazil, IGuimarães, Ruth 'Monteiro da Fonseca, EtelviraVianna. Alda B. de Paula, Marina d'Abreu Costa.Ernesto Vellóso, Judith Oliva da Fonseca, Paulo Al-incida Rodrigues, Alfredo Ferreira Velloso. Luiz

idos Santos Dias Neto, Xelson Chagas. ThemisSerzedello, Heloísa d*Ávila Hítencourt Mello. MelicaFranco, Edgard Ribeiro, Affonso Mormamno. IdaliaOlivia da I-onseca, Edmundo O. Paulo, Roque Lo-pes Mal ina Faria Rocha, Beatriz Rocha da

:a. Mana do Carmo Dias Leal. Donguinha DiasLeal, Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, HamiltonSholl, Maurina Dunska, Milton Peixoto Maia, MariaLuiza Goulart, Euclydes Vianna, Armando Antunes.Maria de Lourdes Fernandes, Jeronyma Guima:Macedo, Isidoro S. Liberato, Frederico Ribeiro, José

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O TICO-TICO 18

da Silva Barbosa, Maria da Gloria Machado, Ary doVale, Alfredo Roberto Cataldo, Domingos Nery Pe-nido, Tharcilla Antunes Baptista, Zilla de Brito Pe-reira, Eliza Pinto, Clelia Fontes, Maurício Villela,Maria Gabriella Barbosa, Raymundo Azevedo Santos,Luiz Seabra, Samuel A. Servio, Olga Arins Vieira,Pérsio Arruda, Dulce Quiques, José Luiz da Veiga,Maria Chaves, Edgard Xavier da Costa, OctavianaMaria Cantao, Eugenia Santiago, Fernando José Pi-nheiro, Carmen de Miranda, Djalmadas Chagas Lei-te, Alfredo Zany, Celina Rosa da Silva, Gastão Vi-trai. Luiz Carlos dos Reis, Ottilia Pereira Lima, Car-los Guedes. Joaquim Antônio Naegele, Zelia GomesAlmeida, Alice Pinto Nunes, Belmyro da Fonseca,Inah Gonçalves, Claudionor dOliveira Fernandes,Nair Cabral da Silveira, Maria Silvana, Nair Veiga,Carmen Jacobina Rabello, Erycina Dias, Maria Joséde Carvalho Campos, Olga Miranda, Luiz CarvalhoCampos. Zilda Carvalho Campos, llka Schiefler,Rubem Romano Madeira, Lúcia Pires, IndianaDuarteNunes, Heloísa Fernandes Vianna, Alzira Carvalho,Cy Maria Bittencourt, Conceição Montilla, ArthurAraújo F., Jorge Feijó, Stella S. Faria, Armando daTorre Tavares, Tatajára de Carvalho, Sylvio Ribeiro,

Manuel Costa, Oswaldo Gomes, Dulcinéa de Vascon-cellos, Ormindo da Rocha Santos, Themis Serzedello,Cleantho de Albuquerque, José Rittes, Antônio Gon-çalves, Edison Azevedo Telles, Dacio do NascimentoMoura. Victor Alves de Campns, Nair Pivatelli, JanicoBerra, Dinocrates Reis, Mana Clara A. de Leão, JúlioVaz Pimentel Filho, Orminda Moraes, OrmandinaMoraes, Antônio Corrêa e Castro, José Augusto L.Pereira, Luiz Novaes de Barros, Avany Ribeiro Vida!,Alzira Gama, Lino de Campos Teixeira, MariquitaSeixas, Alba F.da Fonseca, AiTonsina Corrêa, AntônioVillares Teixeira, Mercedes Franco de Magalhães, Ga-briella T. Magalhães Gomes, Adriano Ponde, Luiz deOliveira, Antônio de Mello Alvarenga, Dulce B. AncoraLuz, Raphael Martins de Souza, José Almeida daSilva, Antônio Carlos Lafayette de Andrada, NysiaFloresta, Lucinda Borges Neuma da Câmara, Eufra-sina Soares da Silva, Derea da Fonseca, Maria Appa-cida Pimenta, Raphael Corrêa Logullo, AgostinhoLeite Rodrigues, Alayde Lomego Machado, NviauSilva, Edmar Machado, Irecê S. de Castro Miranda,Yára Miranda, Iby Soares de Castro Miranda, AlbinoValerio da Silva. Polycarpo Guimarães, Alcyr Guima-rães, Linneu Balthazar da Silveira,ZuleikaGuimarães.

CONCURSO N. 721

PARA OS LEITORES DOS ESTADOS E D ESTA CAPITAL

GS

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19 O TICO-TICO

Qual loi o caminho seguido pelo rato para sahird'esse infernal labyrintho ? Em traçar esse caminhoconsiste a solução do presente concurso, soluçãoessa que receberemos até o dia 12 de Janeiro de 1913.

lia dous prêmios de 10$ cada um, distribuídospor sorteio.

A solução para entrar em sorteio deve ser as-signada pelo punho do próprio concurrente e trazersua residência e edade. Collem á margem o vale n.721.

CONCURSO N. 722para os leitores d'esta capital e estados próximos

Perguntas:1—Qual è o rio do Brazil que se lhe mudarmos

a primeira lettra é um movei ?[Por Eugênio César Andrade]2* — Uma casa de bebidas, quem não é esperto e

um pronome possessivo tudo junto fôrma o nome deum celebre padre.

Quem é ?(N. B— Não se observe a orlhographia.)(De Jupyra Godinho)

3— A's direitas sou um homemQue brevemente acharás,A's avessas sou da noite,Mas nem sempre me verás.

tRemettida por lida Leite Muler)4—Suspende um sentimento este apparelho, ge-

ralmenteelectrico. Que 6?[Que nos enviou Raymundo Farias \ illaça.j5—Onde é o meio do Rio ?(Da menina Alba Ferreira da Fonseca.)6 — O trabalho manual feminino é feito pelos sol-

dados quando se lhe muda a segunda lettra. Que 6 ?(Silvestre De Marco).Dous prêmios de 10$ serão distribuídos por sorte.Entrarão cm sorteio os leitores que assignarem as

suas soluções e as acompanharem de suas re^iden-cias c edades e do vale n. 722, collado á margem dasrespostas.

Nos primeiros dias ella sentiu mejhoras. ficandoradicalmente curada

No começo da moléstia de minha filha, moci-nha de 15annos, demos o Óleo de Fígado de Ba-calhau. por soffrer muito dos pulmões. Como nãofizesse bem, recorremos ás emulsões; e finalmen-tc.pcorando dia a dia o seu estado, e já bastantefraca, recorremos, por conselho do illustrc medi-co Dr. |ose Alexandre Gomes, ao remédio «Iodoli-no deOrhi.c abai\ is, Cot este bom prepa-rado que salvou nossa (ilha. Nao so nos primeirosdias ella principiou a alimentar-se bastante, comoaugmentou o peso de 15 kilos nas 1 primeiras se-manas; e d'ahi a cura foi completa, podendo hoiepassar o presente attestado, o mais reconhecido

l1 a favor do «lodolino dcOrh», que reputoremédio superior e fácil de tomar. —Dr. AntônioCanalha, proprietário.- Reconhecida pelo tabel-

> Martins.

Vende-se cm todas as drogarias e pharmacias! rafa, 5$sou. Agentes geraes : Silva Gomes &Comp— Rio de Janeii

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IV

IttUidetica,¦_ E

^_ nas

tanhâ.

ÁMas ó Manuel

onde perdeste assim oscabellos ?...Perdi-os a pensar,a pensar como havia decurar essa tosse queconduz os indivíduospara a tuberculose.—Ora! Ora! O Itro-mil cura-a em 24 ho-ras,..

TICO-TICOE' hoje muito raro encontrar-se a collecção comple-

tad'este interessante jornal. Ha quem a tenha para paravenderem perfeito estado de conservação. Trata-secom o Sr. Pinheiro, na Confeitaria Castellões—Ave-nida Central n. 108.

Uê, gentes, essepreto tão pernóstico, apisar duro, parece quequer mostrar o muquedas pernas.Não seja toio seusordacio, estou mos-trando que não soflromais do rheumatismo,p> irqueoEUxlrde \«>-£ii«*irn m'o CUrOU.

haà\ ÍL__/ ') *'

í

£ de grande im-portancia que asmães sejam bonsexemplos de robus-tez. Em todos os

períodos da maternidadedeve tomar-se a

EMULSAOõISCOrr

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O TICO-TICO 20¦raraw ^^««¦Ma>ii»»HHHi.i.l«Ma^a>a«tfiitB»jiH«B>atBi>ii«*Kvl>>>>>>KatiiaHi«^^at*.*.(««««««««f«aHniia,BMwBaB^Ifj Ll-'~_i " ¦ ¦ ¦' III" I III—— ¦ I ¦ ¦ ¦——El ¦¦ ¦¦¦—MMI 1^l

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«1"HOfKEOPflTHIfl"J

HEMINA 3 X, E AS CREANÇAS DOENTES,DO BRAZIL

Sendo este medicamento o único no Brazil, destinado a curar os soíTrimentosgastro-intestinaes das creanças, com o mais seguro resultado, tem sido efíicaz nasseguintes enlermidades:

Indigestão. Gastro enterite infecciosa. Enterite chronica. En-tero-colite. Diarrhéa verde com febre.Diarrhéa verde com catharro,pucho e sangue. Dysenteria purulenta. Lienteria. Athrepsia, etc. etc.

NA DENTIÇAO, E' UM ESPECIFICOE' sabido que qualquer enfermidade só tem grande gravidade, quando ha lebre;

pois é para esse ponto que chamo toda a attençüo para os effeitos da Hemina :t \.«•iijn siitiiilc curiicirrUUca é a iiiflnimiiarno, motivo porque ella serve para qual-quer soffrimento.

Muito gostaria que o Corpo Medico do Brazil quizesse experimcntal-a com ocritério de medico, em todas as enfermidades acima descriptas e depois dar o seu «ve-ridictum» de consciência. Mas.infelizmente,ainda não pude em 10 annos conseguir queum único medico a experimentasse !...

Cruel verdade! Os extremos chocam-se! Condemijado por ser ruim; mas tambem condemnado por ser muito bom!...

Deve ser generosamente acolhido, ao menos pelas Exmas. mãís de família, doBrazil, especialmente pelas de S. Paulo, porque.creio, conde as enfermidades do tu-In» «li^cKtivo fazem uma \<>r(luuVira òVva*ta«;âo, mnior qi»» <|ii:>l<|n< r <-pi<l< ini;i:

Devem acolher a Ileminu :i X, e empregarem cm seus filhos, por diversos mo-tivos: *Primeiro—Porque é um remédio seguro em qualquer soffrimento das creanças. seja

qual for, além dos acima mencionadiSegundo — Porque todas as creanças a ingerem com pra

:eiro—Porque o seu preço é Ínfimo, e o remédio dá para «w. a «io*e «.lias de uso.Q i auto—Porque os seus effeitos s3o demonstrados rapidamente,o r into—Porque muito depressa as creanças ficam curadas e promptas para lerem

O Tico-Tico. que é o que mais agrada á creança convalescenje.Santos, Novembro de 1012.

João Tlionia/. do Mrllo Snini

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21 O TICO-TICO

HM-XIA DO 1. TO» SMOrestes Costas —A de Guilherme Oncken, tradu-

cção de um grupo de çrofessores de historia, sob adirecção de Agostinho bortes.

Adhemar dos Santos Pinto — Assim E -Jei. ,M acyr Delgado —Nenhuma atrapalhaçao poae

haver no emprego dos possessivos — seu e sua. E ia-zel-o somente combinar com o substantivo a que pre-cede ou segue.

Aristóteles Azamor — A Itália.Edgard de Azevedo Barauna — Mergulhar em ai-

cool durante alguns segundos, pondo-o a seccar emseguida.

Cícero Araújo — Ora, adeus. •_._,?_•Zizí A Pereira —Accidente é o acontecimento

imprevisto, um caso fortuito; e incidente o aconte-cimento que sobrevem no curso de uma empresa, aeum negocio. . __«_-__«

Martucci Giuscppe-Pianista e compositor nas-cido em Capua em 18õ6,director_do Lyceu MuscalI deBoulogne. Entre suas compostçoes.um pouco liçadasás escolas, neo-allemãs. Conta-seumasyraphonia çmré menor, om quintello, uma fantasia F«^u»rta-nos, algumas sonatas para piano, so, ou com violino°U

uKmas- O camelol marcava isto toda a noite.na Avenida Também elle deixava á escolha de quemquer que fosse. 1-' certo.porém.pronunciar-se Duchanhl*bcr de Souza— Indiferentemente.

Nelson MaureTl—Na Livraria Alves.jose Carneiro Duarte —Todos os methodos sao

' ins E1 ver a paisagem e sentil-a.Antônio R. da Silva —Vai ser satisfeito o desejo

r.o seu pedido. . „Jorge Riston — E' verdadeira a historia. Convés-

< o".e corresponde a pic-nic.Fool bali escreve-se assim desta maneira.Mario Alves - Juquinha está no collegio. A outra

pergunta não merece resposta.DR. TUDO SABE

0 mORÇECO

Quando a noite vem cnegando,Fujo logo do meu ninho,Bato azas, vou voandoPTa cocheira do visinho.

E no punga logo pego,Quem sou eu? quem posso ser?Diz o povo que o môr cegoSempre foi quem não quiz ver.

Cy Maria Bittencourt (li annos)

SUÇCO PE M*Ç* ESTERELIS*POSIDRA O GAITERO

Não existe outra bebida mais agradável, sã e pura.A Sidra o «altero é a marca mais acreditada na

Europa e America.Se deseja gosar de bôa saúde, beba continua-

mente a A fildr* o Oailero.Como vinho de mesa nas refeições.Como refrescante ou aperitivo durante o dia.Como champagne em banquetes e festas.A Sidra o ffeltora é muito diuretica, limpa o

figado e dá phosphoro ao cérebro.VENDE-SE EM TODAS AS PARTES

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BREVEMENTE! BREVEMENTE!^fTfrffTTTinm^

Com tantos meios que ha para tra-tar dos cabellos, escapa-nos o facto,que, o único natural dc conscrval-osconsiste cm lavar o couro, cabelludocom a^ua e sabão, assim como se pra-lica com o^rosto. Quanto ao que serefere ao sabão, é mister que se tomeum que seja suave c contenha umelemento antiseptico, que exerça umainfluencia estimulante sobre a actividade do courocabelludo e destrua ao mesmo tempo os excitantesparasitas das varias moléstias que oceasionam a que-da dos cabellos.

1. geralmente sabido que, para este fim, o alça-trão prestou-sc de modo admirável, e aliás como umagente soberano. O alcatrão é antiseptico e, alem(Físso, tem a particularidade de facilitar a actividadedo couro cabelludo que, a seu turno, provoca o cre-seimento dos cabellos. Não obstante a medieinconsiderado preciosas essas propriedades, o alcatrãonão prestou-sc de prompto para lavar a issopelas seguintes razões: primeiro, porque possue umcheiro intolerável; segundo, porque todas as compo-

_^__^ÍÍ__VP\S_P^*^_PÍ___«n^__[ '"'¦

siçõescomelle preparadas continhampropriedades irritantes.

Já de muitos annos para cá temse intentado empregar o alcatrão sobformaditTerente, logrando-se.por fim,depois de muitas tentativas e ensaios,fabricar um preparado quasi inodoroe isento dos effeitos desagradáveis dasubstancia, quando primitiva. Esta

. ,. extremamente scientilica, applicada comum sabão liquido alcalizado, éo Pixavon.

| 'ixavon destroe facilmente a caspa e impurezasque se depositam sobre o couro cabelludo e produzuma espuma magnífica,que sai facilmente dos cabel-

_nxagoarido-os ligeiramente. Tem um cheiroadavel e, devido ao alcatrão que contem,

combate vantajosamente a queda parasitaria doscabellos. Depois de algum tempo de uso do Pixavoncomeçar-se-á a sentir o bem estar que provocaisto, pode-se consideral-o como o prepara.'."para o tratamento dos cabellos. Vende-se nas d:rias, pharmacias e perfumarias. Um irvários mezes.

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O TICO-TICO 22

EM

CADA COTTAtf íí # *í # # 3 fc DE O t) üUtiüti ti

UM DELICIOSO PREPARADO- DE-

FÍGADO de bacalhauSEM ÓLEO

Em todnis Qm plini-niachiN o drogariam

ÚNICOS AGENTES PARA O BRAZIL

PAUL J. CHRISTOPH CO.RIO IDE J-A.2STEIR.O

Olhai para o futuro de vossos filhosDai-lhes Morrhuina (principio nctivo do óleo da

fígado de bacalhau) de

COELHO BARBOSA & C. -mAT$$I5lfio*a.sim os tornarei* fortes e livres de

muitas moléstias na Juventude

-LÊRCOM ATTENÇÃO-AOS QUE PRECISAM DE DENTADURAS:at peasôaa W* precuam <Je tíciUaJurai, devido á •xlguU

dada doa aeus r«cur.o», nu, muiiii ratas, for^.Ju a procurarnaei menoi habe'e, que aa .Iludem MB iodos oi len-

pote «MM irabalboa exigem muita pratica • conheci-¦nentoa «spectasa.

Par .evitar liei prcjunoi e facilitar ¦ Iodos «Htr dentaduras,dentes a pivot, coroa* d* ouro, brldge-work. cie, o qj« naCe mm perfeito netue («acra, raaolrto o abaixo emanado reduzirO mala pomalvel a MM ani.ya tabeliã de - ficam J e».amodo ao alcan e dos menos l.vor.cldo» da lortuna. No »tj

. rua do Carmo n. 71. (canto da do (Jjvij ,r)npielaa a todoi que ndocjuem. Acerta e fax

fun c ionar perfeitamente qualquer dentadura que não eetejabem na bocca e concerta aa que ic quebrarem, por praoosInalgnifieant.a.Os clientes que não puderem vir ao consultório serio

attendidos em domicilio, sem augmento de pre;oDR. SÁ REGO (Especialista)

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E'superior aoolettde figado de baca-Ihau c suas cmul-

porque contem:m muito maiorpro-porção o iodo vege-talizado. iniimamen-te combi nado ao lan-nino da nogueira (ju-irians regiaphoro p!v

£Mm S^ I medicamen to««««««««««««««««««««««««««««««««««*m*»««««««»^*»V-->-*i .icntemcnte vitaliza-*or, s >b uma »agradável e inteiramente assimilável. E'um xarope saboroso,quenâo perturba o estômago e os intestinos, como freqüentementesuecede ao óleo e ás emulsoes; d'ahi a preferencia dada ao Ju-glandino pelos mais distinetos clinicos, que o receitam diária-mente aos seus próprios filhos.

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O TICO-TICO LOURO E NEGRINHO 23¦ 11| I

' ' ¦¦¦—. ¦ -¦

l) O papaga>ri Louro tinha tantaraiva do gato Scgrinho, que esteassava..

. uma vida tormentosa, pois[quando Xegrinho fazia...

o)... sua somneca, Louro o accord a y acom gritos estridentes, fazendo-o fucir. A's vezes dava-lhe..

Hiaa^^BBBBBr I * ¦ SBBBBbT V

~1> E como o p.,1 : ' ' ;!- ,r;"

',anJ" as] r^l^^^v^^Xc^rinT^^^unhas, Louro niordeu-u atlozmciite :¦¦¦ J

Jcozmha t>USCarüma pouca de salsa, veneno terrível...

raraga!.,- e mistuna comida de Louro.n, para felicidade siio|... sem aprctiie naquelle dia:neu ; mas ainJa assim flcoi

tc Durante a duença reconheceu11>... quanio .óra mau para Sefrrtnhoe

foi pedfr-lde Jesculpa. Dahi em deantee XtzriiSo ticaram muilo amigos.

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1) Ape/.ar de Jagunço terfugido para a rua. Mamainão desanimou e sahiu aperseguil-o.

f^KKÊ^jry^j^ÊÊm^M \^^|^p^|a^^^^^

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3)...por fim dezenas de homens e cachorros cornam para apanharJagunço que saltou até livrar-se do collete e do chapéu...

I) .que tamanho reboliço causaram; um .tos rapa/es os entia mamai, mas tao sujos que mais pareciam uns esfregues nhifma )