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IRENE LOURO IRENE LOURO Economia da saúde: principais conceitos; procura em saúde e cuidados de saúde; oferta e financiamento de cuidados de saúde; equidade e desigualdade na saúde; avaliação económica de programas de saúde; importância do planeamento em saúde.

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Economia da saúde: principais conceitos; procura em saúde e cuidados de saúde; oferta e financiamento de cuidados de saúde; equidade e desigualdade na saúde; avaliação económica de programas de saúde; importância do planeamento em saúde. IRENE LOURO. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: IRENE LOURO

IRENE LOUROIRENE LOURO

Economia da saúde: principais conceitos;

procura em saúde e cuidados de saúde; oferta

e financiamento de cuidados de saúde;

equidade e desigualdade na saúde; avaliação

económica de programas de saúde; importância

do planeamento em saúde.

Page 2: IRENE LOURO

A economia está muito ligada ao conceito de

escassez, donde a análise económica

pressupõe que os recursos são escassos e

limitados, mas considera possível combiná-

los de diferentes formas, escolher e decidir

para possibilitar a satisfação de várias

necessidades

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Page 3: IRENE LOURO

A saúde pela importância económica e

social dos recursos envolvidos é encarada

como um sistema que pressupõe

diferentes níveis de intervenção e métodos

de avaliação sistemática e objectiva

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Page 4: IRENE LOURO

Assim podemos definir economia da saúde

como a aplicação da teoria económica

aos fenómenos e problemas associados

ao tema saúde

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Page 5: IRENE LOURO

A aplicação da disciplina da economia ao tema

saúde não deverá limitar-se aos serviços de

saúde, pois estes são apenas um dos contributos

para a saúde para as populações. Deve, antes,

abranger todo o leque de relações entre a

saúde dos indivíduos e grupos e a actividade

económica

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Page 6: IRENE LOURO

Eficiência - maximização dos benefícios

totais a partir dos recursos escassos da

comunidade (conseguir obter mais

produção a partir das entradas dadas).

Eficácia – é definida como fazer as

coisas certas ou seja alcançar as metas

da organização.

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Page 7: IRENE LOURO

A análise de custo-benefício destina-se a

avaliar a viabilidade económica de projectos

sociais de que são exemplo os programas de

saúde. Tem por objectivo mostrar a relação

entre custos totais de cada programa e os

benefícios directos e indirectos originados

por estes.

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Page 8: IRENE LOURO

Num mercado competitivo os preços

constituem os sinais relevantes

transmitidos a produtores e consumidores

sobre a situação do mercado, sendo em

função destes sinais que se processa a

afectação de recursos com base na qual se

organiza o processo produtivo

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Page 9: IRENE LOURO

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O lucro aumentará a produção até ao ponto em que o

custo marginal com a produção do bem iguale o preço

praticado no mercado, sendo que este preço é já um

reflexo das valorações do consumidor relativamente ao

produto procurado, isto é, constitui uma importante

informação relativamente à procura em torno da

qual se organizará a oferta, assim gerando um

equilíbrio de mercado.

Page 10: IRENE LOURO

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Será que é este mercado que vamos

encontrar no sector da saúde?

Page 11: IRENE LOURO

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A resposta é negativa pois algumas

das razões estão relacionadas com a

própria natureza do bem cuidados de

saúde e com a sua relação com a

produção de estados de saúde.

Page 12: IRENE LOURO

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.

O consumidor de cuidados de saúde

delega a sua decisão do que consumir e

quando fazê-lo numa outra entidade - o

médico – o agente de oferta.

Relação de agência

Page 13: IRENE LOURO

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A saúde é resultado da combinação

das características de cada pessoa, do

tipo e montante de cuidados de saúde

que recebe e do tempo que é usado

pela pessoa na “produção” dessa saúde.

Page 14: IRENE LOURO

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Inclui-se nesse conceito aspectos como

o tempo de internamento necessário

para receber cuidados de saúde e

recuperar o nível de saúde inicial, ou o

tempo de exercício físico para evitar uma

deterioração do estado de saúde.

Page 15: IRENE LOURO

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A distinção entre “cuidados de saúde” e

“saúde” é crucial para se conseguir

pensar no que seja uma definição

económica do preço da saúde. Para esse

efeito, é necessário explicitar um pouco

mais o enquadramento dentro do qual se

define o “preço” da saúde.

Page 16: IRENE LOURO

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Admite-se que o indivíduo retira satisfação

do consumo de bens e serviços

(alimentação, viagens, filmes, etc...) e de

ter um bom estado de saúde. Além disso,

quanto maior saúde tiver, maior satisfação

retira dos restantes consumos.

Page 17: IRENE LOURO

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A saúde do indivíduo é determinada por dois

factores essenciais:

-tempo dedicado à “produção” de saúde

-consumo de cuidados de saúde.

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A relação desse consumo de cuidados de

saúde e do tempo dedicado à “produção”

de saúde com o nível de saúde alcançado

depende de diversos factores, entre os

quais a idade e a educação.

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O “preço” da saúde tem que reconhecer

que, para aumentar o stock de saúde, é

necessário usar cuidados de saúde (tempo

médico e de enfermagem, equipamento,

meios de diagnóstico, medicamentos, etc...)

mas também tempo da pessoa para que

possa transformar esses cuidados de saúde

em saúde propriamente dita.

Page 20: IRENE LOURO

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Quem financia hoje a saúde?

Onde é gasto o dinheiro?

Como podemos gastar melhor?

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.O financiamento da Saúde – o lado da

procura – está disperso por um conjunto

de entidades públicas e privadas, por

vezes com vários níveis de sobreposição

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Estado Orçamento Estado para Ministério da SaúdeOrçamento do Estado para o Serviço N. de SaúdeOrçamento dos subsistemas (ADSE, Militar,…)

Seguradoras Seguros de Saúde (individuais e empresas)Seguros de Acidentes de Trabalho (empresas)Seguros Pessoais

Privados Taxas Moderadoras no âmbito do SNSCo-pagamentos nos Seguros de SaúdeDespesas directas dos próprios utilizadores

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Onde é gasto o dinheiro da Saúde?

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Os gastos ou despesas em saúde –

o lado da oferta – correspondem

aos serviços oferecidos pelo

mercado e pelo SNS

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Prestação de Cuidados de Saúde

Oferta Pública Dispositivo de Saúde PúblicaServiços de Emergência e AconselhamentoRede de Cuidados Primários (Centros de Saúde)Rede de Hospitais SPA e EPERede de Cuidados ContinuadosGestão da Comparticipação de medicamentos

Oferta Privada e Social Sector Convencionado de MCDTHospitais e Outras Unidades com InternamentoHospitais em PPPRede de FarmáciasPrática Médica Liberal

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Como podemos gastar melhor?

1 - Informação fiável para a tomada de decisão;

2 - Uniformização da oferta de serviços e

benefícios;

3 - Inovação no modelo de financiamento do

sistema.

Page 27: IRENE LOURO

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1 - Informação fiável para a tomada de decisão

-Forte investimento em sistemas de informação na área da

gestão e dos processos clínicos;

-Automatização de procedimentos sem valor acrescentado;

-Utilização do cartão de utente como meio de pagamento

do sistema

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2 - Uniformização da oferta de serviços e benefícios

-Progressiva redução da capacidade pública hospitalar instalada através da concentração e fusão de serviços;

-Definição de uma carteira mínima de serviços e de coberturas com liberdade de escolha, para os restantes patamares de oferta;

-Progressiva transferência de risco para os operadores de mercado;

-Introdução de mecanismos mercado de selecção de prestadores convencionados (especialização, concorrência)

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3 - Inovação no modelo de financiamento do sistema

-Separação total do papel do Estado enquanto

financiador e prestador de cuidados;

-Concentração do financiamento público à saúde numa

única instituição (SNS; ADSE;ADM’S…);

-Alteração do mix dos financiadores através de

estímulo fiscal (menos Estado, mais seguros);

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-Utilização do financiamento como instrumento de

eficiência da rede de prestação e incentivo da qualidade;

-Identificação única perante o Sistema de Saúde, através

do Cartão de Utente;

-Universalização das garantias do SNS e ADSE a todos

os cidadãos;

-Liberdade de escolha do prestador.

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-Incentivo financeiro aos programas de promoção

da saúde;

-Pagamento à produção nos hospitais (contrato

programa);

-Pagamento por capitação, nos cuidados primários;

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Equidade e desigualdade na saúde

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Na maior parte das sociedades um dos

principais objectivos é o de garantir que a

distribuição dos bens, produtos ou serviços

seja o mais igual possível.

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O tema da equidade no acesso a

cuidados de saúde é cada vez mais

recorrente na medida em que um dos

principais pressupostos dos sistemas de

saúde públicos assenta na noção de

equidade.

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Habitualmente associa-se equidade

apenas a um livre acesso aos cuidados

de saúde, independentemente do grau

de necessidade ou das características

de cada indivíduo

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Existem ainda conceitos que apontam para a

maximização da utilidade esperada dos indivíduos, o

que, por sua vez, apresenta alguns problemas ao

nível da sua valorização. Outro dos conceitos

possíveis para a definição de equidade é a regra do

maximin, que define como equitativo um sistema

no qual se maximiza o bem-estar do indivíduo que

se encontra em piores condições.

Page 37: IRENE LOURO

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O conceito de equidade pode, por outro

lado, centrar-se na ideia de que se deve

prover um mínimo decente de cuidados

de saúde para que o sistema seja

equitativo, o que pode gerar dúvidas

quanto ao que será um mínimo decente.

Page 38: IRENE LOURO

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A equidade no acesso aos cuidados de saúde, é um

valor muito apreciado nas sociedades democráticas. Em

Portugal este princípio está salvaguardado na

Constituição da República Portuguesa – “o direito à

protecção da saúde é realizado através de um serviço

nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as

condições económicas e sociais dos cidadãos,

tendencialmente gratuito” .

Page 39: IRENE LOURO

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…e a Lei de Bases da Saúde – “é objectivo

fundamental obter a igualdade dos cidadãos no

acesso aos cidadãos de saúde, seja qual for a sua

condição económica e onde quer que vivam, bem

como garantir a equidade na distribuição de

recursos e na utilização de serviços”.

Page 40: IRENE LOURO

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Segundo Lucas (1987), “a equidade é um

meio correctivo para atingir um fim, a

igualdade”.

Page 41: IRENE LOURO

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Vários autores defendem que as

disparidades geográficas em saúde são

apenas um reflexo de desigualdade

social. Os economicamente mais débeis,

têm menos informação, correm mais

riscos e têm uma morbilidade mais

frequente e mais severa.

Page 42: IRENE LOURO

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Os recursos tendem a ser crescentemente

utilizados pelos economicamente mais fortes,

concentrando-se em prestações

eventualmente menos necessárias, nalguns

casos induzindo consumos desnecessários,

supérfluos ou de conforto, e a preços

especulativos.

Page 43: IRENE LOURO

Avaliação económica de programas de saúde

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Page 44: IRENE LOURO

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A avaliação económica advém do

reconhecimento de uma questão que é

fundamental que é a escassez de recursos.

No domínio da saúde optar por determinado

uso de recursos significa que não os podemos

utilizar para outras actividades que poderiam

também ser vantajosas para a sociedade.

Page 45: IRENE LOURO

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Embora os juízos de valor estejam

implícitos em todas as decisões, a

avaliação económica tentar tornar

explícitos esses mesmos juízos de

valor.

Page 46: IRENE LOURO

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Num estudo de avaliação económica é

útil a separação dos vários elementos

da metodologia para que cada um possa

ser estudado mais cuidadosamente.

Page 47: IRENE LOURO

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Devemos ter então em consideração as seguintes

etapas:

1- Especificar o problema e identificar os objectivos;

2- Descrever globalmente as alternativas;

3- Medir custos e consequências;

4- Ajustar por diferenças no tempo e ponderar incertezas;

5- Apresentar os resultados;

Page 48: IRENE LOURO

Importância do planeamento em saúde

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Page 49: IRENE LOURO

O que é “Planeamento”?

O planeamento é um processo dinâmico e contínuo;

Segue uma ordem de prioridades previamente estabelecidas;

Tem uma atitude futurista;

Racionalidade na tomada de decisões, implicando uma acção interactiva.

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Page 50: IRENE LOURO

E “Planeamento em Saúde”?

PlaneamentoPlaneamentoEm SaúdeEm Saúde

Processo de busca de promoção de saúde, prevenção da doença,

cura e reabilitação

Processo contínuo e dinâmico

Identifica problemas

de saúde da população

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Page 51: IRENE LOURO

A necessidade de planear em Saúde

Os recursos são escassos

Intervir nas causas dos problemas

Definir prioridades

Evitar intervenções isoladas

Infra-estruturas caras que podem apoiar

simultaneamente vários equipamentos

A Importância de planear em

Saúde

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Page 52: IRENE LOURO

Metodologia de Planeamento:

Diagnóstico da Situação Ex. Aumento de casos de Hipertensão

em Oliveira de Azeméis

Definição de Prioridades Esclarecimento acerca de uma

alimentação saudável; Prevenção de doenças cardio-

vasculares.

Fixação de Objectivos Alterar hábitos alimentares;

Alterar hábitos sedentários;Reduzir dos valores de T.A.

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Page 53: IRENE LOURO

Metodologia de Planeamento:Metodologia de Planeamento:

Selecção de Estratégias Explicar a funcionalidade da roda dos alimentos; Elucidar acerca da importância do exercício

físico para a redução dos valores de T.A.; Avaliar valores de T.A. uma vez por semana.

Preparação Operacional – Programação Um enf.º responsável, horário da consulta de

enfermagem para HTA.

Avaliação Qualitativa – verificou-se uma assimilação e

execução dos conhecimentos transmitidos. Quantitativa – com o decorrer do tempo,

verificou-se uma diminuição nos valores de T.A.

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Page 54: IRENE LOURO

Avaliação(6)

Preparação Operacional

(5)

SelecçãoDe

Estratégias(4)

Fixação De

Objectivos(3)

DefiniçãoDe

Prioridades(2)

Diagnóstico Da

Situação(1)

Planeamento

Etapas do Planeamento

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Page 55: IRENE LOURO

Planeamento em saúde é uma forma de desmistificação da

organização dos serviços de saúde, dando uma visão desta não

apenas como uma questão individual, de doença ou de prestadores

de cuidados, mas também devemos ter em conta a importância

económica e social dos recursos envolvidos.

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Page 56: IRENE LOURO

Planeamento em saúde é uma forma de racionalizar

decisões, tendo capacidade de moldar uma realidade

segundo um modelo prefixado, referindo-se sempre ao

futuro, mas tendo sempre o passado e o presente como

referências. É uma forma simples, mas que por vezes

se torna complicada de obter mais justiça assim como,

mais eficiência e eficácia na área da saúde.

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