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MALÁRIA Doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium. Transmissão Picada da fêmea infectada do mosquito anofelino, que é conhecido como carapanã, muriçoca, mosquito prego, pernilongo, bicuda e sovela.

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Page 1: MALÁRIA Doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium. Transmissão Picada da fêmea infectada do mosquito anofelino, que

MALÁRIA

Doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium.

Transmissão

Picada da fêmea infectada do mosquito anofelino, que é conhecido como carapanã, muriçoca, mosquito prego, pernilongo, bicuda e sovela.

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EPIDEMIOLOGIA

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ÁREAS ENDÊMICAS

A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), área endêmica para a doença. 

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Dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. Em geral, esses quadros são

acompanhados por dor abdominal, dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos.

SINAIS E SINTOMAS INESPECÍFICOS

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Sinonímia: Paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.

Agente etiológico: protozoários do gênero Plasmodium P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi

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No Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos

P. vivax, P. falciparum e P. malariae, sendo as infeções por P. vivax predominantes, seguido das infecções por P. falciparum, a forma mais grave.

RESERVATÓRIOO homem é o principal reservatório com importância epidemiológica para a malária humana no Brasil.

VETOR

Os mosquitos vetores da malária pertencem à ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anopheles Meigen, 1818.

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Este gênero compreende aproximadamente 400 espécies, das quais cerca de 60 ocorrem no Brasil, sendo que poucas dentre elas têm importância epidemiológica na transmissão da malária:

An.(Nyssorhynchus) darlingi Root, 1926; An. (Nys.) aquasalis Curry, 1932; espécies do complexo An. (Nys.) albitarsis s. l.;(An. (Nys.) marajoara Galvão & Damasceno, 1942; An.(Nys.) janconnae Wilkerson & Sallum, 2009; An. (Nys.) albitarsis s. s. Rosa-Freitas & Deane, 1989; An. (Nys.) deaneorum Rosa-Freitas, 1989); espécies do complexo An. (Nys.) oswaldoi; An. (Kerteszia) cruzii Dyar & Knab, 1908; An. (K.) bellator Dyar & Knab, 1906 e An. (K.) homunculus Komp, 1937. 

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principal vetor de malária no Brasil por sua característica altamente antropofílica e endofágica (dentre as espécies brasileiras, é a mais encontrada picando no interior e nas proximidades das residências), por ser encontrado em altas densidades e com ampla distribuição, e por possuir características biológicas que propiciam o desenvolvimento e transmissão dos plasmódios.

Cria-se, normalmente, em águas de baixo fluxo, profundas, límpidas, sombreadas e com pouco aporte de matéria orgânica e sais.

Em situações de alta densidade, o An. darlingi ocupa vários outros tipos de criadouro, incluindo pequenas coleções hídricas e criadouros temporários.

An. darlingi 

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CICLO BIOLÓGICO DO PARASITO NO HOMEM

O ciclo assexuado do plasmódio

Denominado esquizogônico inicia-se após a picada do anofelino, com a inoculação de esporozoítos infectantes no homem.

A seguir, os esporozoítos circulam na corrente sanguínea durante alguns minutos e rapidamente penetram nas células do fígado (hepatócitos), dando início ao ciclo pré-eritrocítico ou esquizogonia tecidual, que dura seis dias para a espécie P. falciparum, oito dias para a P. vivax e 12 a 15 dias para a P. malariae.

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Durante esta fase, o P. vivax e o P. ovale apresentam desenvolvimento lento de alguns dos seus esporozoítos, formando os hipnozoítos, formas latentes (dormentes) do parasito responsáveis pelas recaídas da doença meses ou anos após.

Ao final do ciclo tecidual, os esquizontes rompem o hepatócito, liberando milhares de elementos-filhos na corrente sangüínea, chamados merozoítos.

Os merozoítos irão invadir as hemácias, dando início ao segundo ciclo de reprodução assexuada dos plasmódios: o ciclo sangüíneo ou eritrocítico.

Durante um período que varia de 48 a 72 horas, o parasito se desenvolve no interior da hemácia até provocar a sua ruptura, liberando novos merozoítos que irão invadir novas hemácias.

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Inicialmente, no ciclo sangüíneo, o parasito sofre uma série de transformações morfológicas – sem divisão celular – até chegar a fase de esquizonte, quando se divide e origina novos merozoítos que serão lançados na corrente sanguínea, após a ruptura do eritrócito.

No exame microscópico do sangue pode-se observar variada morfologia do parasito – trofozoítos jovens (anéis), trofozoítos maduros, formas irregulares, esquizontes jovens e esquizontes maduros.

Após um período de replicação assexuada, alguns merozoítos sediferenciam em gametócitos machos e fêmeas, que amadurecem sem divisão celular e tornam-se infectantes aos mosquitos

A função desses gametócitos é reprodutiva, isto é, garantir a perpetuação da espécie.

Eles podem ser de dois tipos: os microgametócitos (masculinos) e os macrogametócitos (femininos).

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CICLO BIOLÓGICO DO PARASITO NO MOSQUITO

A reprodução sexuada (esporogônica) do parasito da malária ocorre no estômago do mosquito, após a diferenciação dos gametócitos em gametas e a sua fusão, com formação do ovo (zigoto).

O ovo se transforma em uma forma viável (oocineto) que migra até a parede do intestino médio do inseto, formando o oocisto ( no interior do qual se desenvolverão os esporozoítos).

Os esporozoítos são liberados dos oocistos na hemolinfa do inseto e migram até as glândulas salivares, de onde são transferidos para o sangue do hospedeiro humano durante o repasto sanguíneo.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO

P. Falciparum de 8 a 12 dias; 

P. vivax de 13 a 17 dias;  

P. Malariae de 18 a 30 dias.

PERÍODO DE LATÊNCIA

Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoítos originam formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoítos que podem permanecer em estado de latência no fígado.

Hipnozoítos responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento para a maioria das cepas de P. vivax, quando falha o tratamento radical (tratamento das formas sanguíneas e dos hipnozoítos).

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PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

O mosquito é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametócitos circulantes.

Os gametócitos surgem na corrente sanguínea, em período, a partir do início dos sintomas, que varia de poucas horas para o P. vivax e de 7 a 12 dias para o P. falciparum.

SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE

Toda pessoa pode ser suscetível à infecção por malária.

Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando quadro oligossintomático, subclínico ou assintomático.

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DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA

O diagnóstico confirmatório da malária e feito pelo exame microscópico do sangue,

Exame microscópico do sangue: em esfregaço delgado (distendido) ou espesso (gota espessa).

Gota espessa: É corada pela técnica de Walker (azul de metileno e Giemsa) e o esfregaço delgado e corado pelo Giemsa, após fixação com alcool metílico.

Entre as propostas hoje disponíveis para o breve diagnóstico da Malária: testes imunocromatográficos.

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Métodos de diagnóstico rápido da malária foram desenvolvidos utilizando anticorpos monoclonais e policlonais dirigidos contra a proteína Pf-HRP2 e contra a enzima desidrogenase láctica (pDHL).

DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA

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O PREPARO DA GOTA ESPESSA

A melhor preparação para o diagnóstico de malária e obtida com amostra de sangue colhida diretamente por punção digital ou venosa sem anticoagulante.

Após a coleta lâmina deve ser mantida em temperatura ambiente para secagem da gota de sangue – para tanto, pode-se também utilizar estufa de 37oC ou lâmpada de 25-40 watts sob placa de vidro.

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Coleta de sangue e preparo de lâminas para o exameda gota espessa

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TRATAMENTO DA MALÁRIA

Política Nacional de Tratamento da Malária

O Ministério da Saúde, por meio de uma política nacional de tratamento da malária, orienta a terapêutica e disponibiliza gratuitamente os medicamentos antimaláricos utilizados em todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

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OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA MALÁRIA

Interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;

Destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual(hipnozoítos) das espécies P .vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias;

Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).

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