maira rios dissertacao 2013

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIAO PROJETO DE PAULO MENDES DA ROCHA PARA TRANSFOREDUCANDRIO SANTA TERESA EM MUSEU DE ARTE CONTEM

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    AUTORIZO A REPRODUO E DIVULGAO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, PORQUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA,DESDE QUE CITADA A FONTE.

    E-MAIL: [email protected]

    Rios, Maira Francisco

    R586p Interveno na preexistncia: o projeto de Paulo Mendes da Rocha para transformao do Educandrio Santa eresa em Museu de Arte Contempornea / Maira Francisco Rios. --So Paulo,

    2013. 95 p. : il.

    Dissertao (Mestrado - rea de Concentrao: Projeto deArquitetura) FAUUSP.

    Orientadora: Helena Aparecida Ayoub Silva

    1.Projeto de Arquitetura 2. Patrimnio arquitetnico (Preservao) 3.Reciclagem urbana 4.Rocha, Paulo Archias Mendes da, 1928-

    5.Educandrio Santa eresa (RJ) I. Interveno na preexistncia: o projeto de Paulo Mendes da Rocha para transformao do Educandrio Santa eresa em Museu de Arte Contempornea

    CDU 72.011.22

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA INTRODUO

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA INTRODUO

    rmetros adotados por ele no pretende indicar umalgica condutora ou caminho a ser seguido, masapresentar uma ampla reflexo responsvel e profis-sional diante de desafios heterogneos que resultamem uma diversidade de partidos e solues. A estaleitura interessam as formas de identificao das pos-sibilidades de interveno em cada caso e a conse-quente definio de estratgias distintas.

    Existe na obra de Paulo Mendes da Rocha umvasto repertrio de leituras e solues possveis paraintervenes em edifcios de interesse histrico, ca-paz de manter o compromisso com a arquiteturado seu tempo. Intervenes que no se pretendeminvisveis diante da arquitetura de outro momento.rata-se de material para reflexo sobre a prtica doarquiteto nestas circunstncias e poder motivar ou-tros projetos de arquitetura compromissados com o

    contexto existente e contemporneo, ou seja, novacultura, novos programas e novas tecnologias.

    A relao entre uma nova interveno arquitetnica e

    a arquitetura j existente um fenmeno que muda de

    acordo com os valores culturais atribudos quanto ao sig-

    nificado da arquitetura histrica como s intenes da

    nova arquitetura. Da se conclui que um grande erro

    pensar que se possa formular uma doutrina permanente

    ou, pior, uma definio cientfica da interveno arqui-

    tetnica. Ao contrrio, apenas compreendendo caso a

    caso os conceitos que fundamentam a ao possvel

    distinguir as caractersticas que estas relaes assumi-

    ram no decorrer do tempo. O projeto de uma nova obra

    de arquitetura no somente se aproxima fisicamente da

    que j existe, estabelecendo com ela uma relao visual e

    espacial, como cria uma interpretao genuna do mate-

    rial histrico com o qual tem de lidar. De modo que este

    material objeto de uma verdadeira interpretao em

    toda a sua importncia Ignasi de Sol-Morales Rubi2 (1985 apud NESBI, K. 2006, p.254).

    2 Ignaside Sol-MoralesRubiFromContrastto Analogy:De-velopmentsinthe ConceptofArchitecturalInverventioninLotusInternationaln.46, 1985,p. 37-45.

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    histria, ou da distino entre passado e presente. Apartir de ento, a atuao sobre algo construdo emoutro perodo histrico passa por uma viso crti-ca sobre o lugar e pela avaliao da necessidade depreservao.

    As intervenes renascentistas, como os novosedifcios deste perodo, pretendiam criar uma novaunidade organizacional para as cidades mais ho-mognea porque ditada por regras e ritmos da novaarquitetura e para isso criavam recursos que es-camoteavam a diversidade da cidade medieval. Umexemplo seria a interveno de Leon Battista Albertisobre a igreja de San Francisco, em Rimini, que in-troduz um novo sistema de propores ao antigoedifcio. uma interveno contundente, apoiada nasegurana da verdade de uma nova linguagem supe-rior ou mais certa, com sistema prprio (regras de

    propores).

    Ignasi de Sol-Morales Rubi3

    (1982apud COSA, X.,2006).

    O debate sobre preservao e formas de intervirno patrimnio intensificou-se a partir de teorias deduas importantes figuras do s culo XIX: Viollet-Le--Duc e John Ruskin. Viollet-le-Duc foi responsvelpela conscientizao de que os edifcios existentescontm uma lgica prpria, proveniente do perodoem que foram elaborados. Defendia que essa lgicadeveria ser mantida nos projetos de recuperao ourestaurao - ao invs de se sobrepor um novo dis-curso. John Ruskin defendia a preservao do edi-fcio como testemunho da lgica do seu tempo, queno deveria ser completado e sim respeitado, inclu-sive sua decadncia material, julgando a intervenocomo uma ao agressiva. 5

    Durante todo o sculo XX, especialmente nops-guerra, o debate intensificou-se e possibilitousistematizaes de princpios para intervenes emedifcios de interesse histrico, com a formao deconselhos de preservao e a consolidao, em 1964,da Carta de Veneza 4, documento de orientao doICOMOS, essencial, desde ento, para essas aes.

    As dcadas de 1970 e 1980 caracterizaram-sepela intensificao do questionamento das relaesde continuidade e ruptura entre a arquitetura tradi-cional e a nova arquitetura em todo o mundo. Foium perodo marcado por grandes projetos de inter-

    veno . So exemplos de conhecidas propostas desteperodo: Museu De Orsay de Renaud Bardon, PierreColboc e Jean-Paul Philippon (1977); Pousada SantaMaria da Costa de Fernando vora (1977); o SESCPompia de Lina Bo Bardi (1982); a National Gallery

    de Robert Venturi e a proposta de James Stirling parao mesmo concurso (1985); e a Estao Atocha de Ra-fael Moneo (1985).

    Apesar de muitos documentos preconizarem anecessidade de contraste entre os edifcios histri-cos protegidos e as novas intervenes, nos EstadosUnidos e em alguns pases europeus este conceitofoi enfraquecido, tendo a arquitetura ps-modernaamericana muitas vezes optado por apagar os sinaisdas alteraes em edifcios existentes, privilegiandoa mimetizao:

    Os efeitos de contraste permanecem vlidos em pro-

    jetos recentes de interveno apenas enquanto vestgio

    da potica do movimento moderno em alguns poucos

    arquitetos de hoje, ou ento, como de praxe, como uma

    3 IgnasideSol-MoralesRubieorasdela invervencinarqui-tetnicain Quadernsd Arquitecturai Urbanismen.155, 1982,p.30-37.extopublicadoapartir daconfernciade1979no ColgiodeArquitetosdeBarcelonasobo ttuloHistoriadela intervencinenel patrimonioarquitectnicode Catalua1850-1960.

    4 ACartadeVeneza acartapatrimonial doII CongressoIn-ternacionalde Arquitetose decnicosde MonumentosHistri-cos,realizadoemVenezade 25a 31demaiode1964.Permaneceat hoje comoprincipal documentodo ICOMOS(InternationalCouncilonMonumentsandSites),conselhovinculadoUNESCO(UnitedNationsEducationalScientificandCulturalOrganization),estabelecidoem 1945. OBrasil signatrioda Cartade Venezaeosrgos depreservaonacionais eestaduais somembrosdoICOMOS,portantoatuamsob recomendaesdoconselho.

    5 Quantopossibilidadede restaurode umedifcio,considere-moso queescreveuRuskinemseu textode1849:

    (...) impossvel, toimpossvel quanto ressuscitar osmortos,restaurarqualquercoisaquej tenhasidograndiosaoubelaemarquitetura.Aquilosobreo queinsisti acimacomosendo avidadoconjunto, aqueleespritoquespodeserdadopelamoou peloolhardoartfice,nopodeser restitudonunca.Outraalmapodeser--lhedadaporumoutrotempo,eserentoumnovoedifcio;masoespritodoartficemortono podeserinvocado,e intimadoadirigiroutrasmoseoutrospensamentos.Equanto cpiadiretaesimples,ela materialmente impossvel. Comose podemcopiarsuperfciesquese desgastaramem meiapolegada?Todoo acabamentoda obraestavanaquelameiapolegadaque sefoi; sevoctentar restauraraqueleacabamento,voc ofar porconjecturas;se voccopiaro quepermaneceadmitindoser possvelafidelidade( eque cuidado,ouprecauo,ou despesapodegarantirisso?)-, comopodea novaobrasermelhorque aantiga? Haviaaindana antigaalgumavida, algu-masugestomisteriosadoque elafora,e doqueela perdera;algumadouranas linhassuavesque achuva eo sol lavraram.(RUSKIN,J.,2008, p.79-80).

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    adequao do edifcio de armas brancas que haviasido restaurado pelo IPHAN o escritrio propenovos pavilhes para mltiplas atividades de carterpblico e cultural vinculadas ao desenvolvimentoagroindustrial do pas, como exposies, feiras e con-gressos. O projeto conta com edifcios de administra-o e ensino, alojamentos, residncias, laboratrios eoficinas alm de pavilhes para eventos.

    Trata-se, sem embargo, do nico exemplar remanes-

    cente de um conjunto industrial destinado explorao

    e industrializao do ferro e fabrico do ao, do Scu-

    lo XIX, existente no Brasil e, portanto, merecedor de

    todas as atenes para a sua preservao e necessria

    valorizao.(...) No poderamos deixar de inscrever,

    na elaborao do projeto de novas unidades nos limi-

    tes da fazenda Ipanema, um problema desta natureza,

    uma vez que o seu desconhecimento poderia implicarem consequncias danosas para o acervo monumental

    e, ao mesmo tempo, poderamos desprezar o partido

    oferecido pela disponibilidade de tal riqueza plstica na

    composio ambiental do projeto. Memorial do projeto

    na revista Mdulo 46 (1977, p.50).

    O projeto reconhece a importncia do conjuntohistrico e sua preservao e evita a implantao deprogramas novos quando estes exigem instalaesmais complexas que interfiram nas estruturas origi-nais. Para os novos programas so construdas estru-turas condizentes, com desenho totalmente diferente,que no remete ao conjunto histrico, exceto pela suadimenso e implantao, constituindo um novo com-plexo.

    IMAGEM004 direita:EdificiodeArmasBrancasdaFazendaIpane-ma.Fonte:EscritrioPauloMendesdaRocha.

    IMAGEM 005 abaixo:panormicaFazendaIpanema.Fonte:Escri-trioPauloMendesdaRocha.

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    No final dos anos 1970, elaborado um projeto paraimplantao de escritrios da Companhia de Gs deSo Paulo, na Casa das Retortas, primeira sede daempresa em So Paulo, inaugurada em 1872. O con-

    junto consiste em um grande pavilho horizontal detijolos, coberto por um telhado apoiado em delgadastesouras metlicas; um longo muro paralelo em arca-das de tijolos recebia o sistema rolante de transporte,uma chamin e uma casa. O projeto destina o espaodo antigo galpo para reas mais pblicas do progra-ma, com acesso diretoria em um novo mezaninoque extrapola os limites do edifcio existente e avanacomo uma laje solta at o muro. A partir do edifcioprincipal, na direo oposta ao muro, prolonga-seum novo edifcio horizontal de escritrios sobre pi-lotis com um nico pavimento que ocupa o territrioe organiza o conjunto. Outro edifcio de escritrios

    vertical (com oito andares) proposto para uma se-gunda etapa de implantao.O memorial do projeto da Comgs, publicado

    na revista CJ Arquitetura, menciona que as preocu-paes esto de acordo com as recomendaes daUNESCO e ICOMOS:

    Desta forma, o tratamento pretendido apropriao

    do edifcio existente, em funo de sua nova utilizao,

    ganha liberdade e permite, desde que respeitadas as ca-

    ractersticas apontadas, a adoo de um partido no qual

    o programa se desenvolve e completa, com a incorpora-

    o de um novo edifcio. Ambientado na monumentali-

    dade dos antigos muros e paredes estruturais, o edifcio

    projetado torna evidente e reala a convivncia de dois

    momentos histricos distintos, valorizados pela criao

    de novos espaos e perspectivas. (...) O projeto , dessa

    forma, uma confirmao das teses e normas que se re-

    comenda, como concluso, nas comisses e rgos espe-

    cializados das organizaes internacionais como UNES-

    CO e o IC OMOS, para o aproveitamento adequado de

    edifcios com interesse e valor histrico, ou seja, organi-

    zar seu destino ao uso e a funes atuais, conservando

    aspectos da construo que constituam uma desejvel

    memria cultural Memorial do projeto na revista CJ

    Arquitetura 19 (1978 p.50)

    IMAGEM008 espaointernoda CasadasRetortasnapocado pro-jeto.Fonte:EscritrioPauloMendesdaRocha.

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    IMAGEM 012 desenhodeimplantaoda NovaBibliotecadoRiodeJaneiroapresentadonoconcurso(1984).Fonte:EscritrioPauloMendesdaRocha.

    IMAGEM013 cortedaNovaBibliotecadoRiode Janeiroapresenta-dono concurso(1984).Fonte:EscritrioPauloMendesda Rocha.

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    IMAGEM 016 desenhode implantao. Fonte: escritrioPauloMendesda Rocha.

    IMAGEM 017, 018 E 019 vistasexternasdacapelae suarelaocomopalcio.Fotos:MairaRios.

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    IMAGEM 024 maquetepara o projetoPraa doPatriarca. Fonte:EscritrioPauloMendesda Rocha.

    IMAGEM 025 vistado pedrestre.Foto:JorgeZavenKurkdjian.

    IMAGEM 026 vistade todaa cobertura.Foto:NelsonKon.

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    Em 1998 concluda a construo da nova Pinaco-teca do Estado de So Paulo, responsvel por conce-der ao arquiteto o Prmio Mies van der Rohe para aAmrica Latina em 2000.9

    Antes da interveno, a Pinacoteca ocupava pre-cariamente o edifcio neoclssico projetado para oLiceu de Artes e Ofcios por Ramos de Az evedo, em1905, nunca completamente terminado os tijolos

    jamais receberam revestimento previsto e a cpulasobre o octgono central no foi executada. Ao longoda ocupao de grande parte pela Faculdade de BelasArtes de So Paulo (FEBASP) passou por muitas re-formas para adequao de uso, com inmeros acrs-cimos e adies. A equipe que iniciou a intervenodos anos 1990 encontrou diferentes momentos hist-ricos numa s construo. E prope uma nova estru-tura organizacional.

    O acesso principal do Liceu dava-se pela Aveni-da iradentes, importante eixo de ligao norte e sulda cidade de So Paulo, alargado nos anos 1970. Nalateral havia um acesso secundrio para a Estaoda Luz, obra que posteriormente tambm receberia

    interveno de Paulo Mendes. As demais fachadasvoltam-se para o Parque da Luz.

    Importante deciso do projeto eliminar a entra-da principal do edifcio e sua monumental escadaria,oprimida por uma estreita calada e pelo fluxo cons-tante de automveis em alta velocidade sua frente.O acesso principal do museu passa a acontecer naantiga entrada lateral da Estao da Luz, invertendoassim os eixos projetados por Ramos de Azevedo.Surge ento uma nova possibilidade de experimen-tao do edifcio sob um novo caminho, como crtica monumentalidade original da poca. Esta atitudedestaca o eixo neoclssico pela contraposio, s pos-svel a partir da adio de novos elementos.

    A descoberta do espao disponvel se d pormeio das coberturas de vidro e ao sobre o octgo-no central e os dois ptios internos. Coberturas quepousam sobre as paredes de tijolos; no so estru-turas autnomas, mas objetos desenhados para criarespaos. Anteriormente, estes ptios no poderiamser cobertos de maneira to leve e translcida. Assim,as esquadrias que faziam proteo climtica podem

    9 AFundaoMiesvander RohedeBarcelonainstituiuem1987oPrmioMiesvander RohedeArquiteturaEuropiaedepois,em1998o PrmioMiesvan derRohe deArquiteturaLatino-ameri-canacom opropsitode chamara atenode profissionais, ins-tituieseo pblicoemgeralpara aarquiteturalatino-americanacontempornea.As duaspremiaesacontecema cadadoisanos.

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    Em 1998 proposta pelo arquiteto uma intervenopara o edifcio desenhado pelo escritrio Rino Levi(assinam o projeto os arquitetos Roberto CerqueiraCsar e Luiz Roberto Carvalho Franco) como sededa Federao das Indstrias do Estado de So Paulo(FIESP), inaugurado em 1979 na Avenida Paulista.Neste projeto o espao no trreo totalmente refor-mulado com a remoo de parte de sua estrutura einsero de uma nova construo metlica que orga-niza novos programas.

    O projeto original do edifcio, desenhado para ser

    um marco referencial na Avenida Paulista, contavano trreo com uma praa pblica aberta, meio nvelacima da Avenida, onde estavam os acessos ao edi-fcio de escritrio e ao teatro. Para compreender aproposta de interveno essencial considerar o fatode a Av. Paulista ter tido seus passeios estreitados nasobras de alargamento do leito carrovel, iniciadasem 1974. Ao final destas obras o acesso ao edifcio foiprejudicado devido reduo do passeio em frente escadaria original.

    Paulo Mendes da Rocha decide ampliar nova-

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    Em 2000, uma parceria do arquiteto com o escritrioMMBB concebe a interveno no pavilho projetadopor Oscar Niemeyer, em 1954, atualmente conheci-do como Oca, localizado no Parque do Ibirapuera,So Paulo (Pavilho de Exposies Lucas NogueiraGarcez). rata-se de uma interferncia bastante dis-tinta das apresentadas neste trabalho, uma vez que definida por aes que pretendem a execuo domnimo necessrio para colocar o edifcio em fun-cionamento. No exemplo da Oca, pode-se dizer que oentendimento da eficincia do sistema edificado parao uso que se mantm levou a equipe a optar poruma interveno bastante singela.

    As alteraes consistem na retirada dos elementosque haviam sido adicionados ao edifcio de Niemeyerao longo do tempo e comprometiam a leitura do es-pao proposto e o funcionamento do edifcio origi-nal. Substituem-se as escadas rolantes, e dutos verti-

    cais de instalaes e ventilao por um novo elevador

    e por sistema de instalaes adequado s novas exi-gncias de climatizao mecnica. Anteriormente, asinstalaes ficavam embutidas na estrutura das lajesnervuradas. As mquinas dos novos sistemas eltri-cos e de ar condicionado so instaladas em subsolo.

    Esta nova estrutura interna de elevadores e sis-temas de instalaes e apoio no facilmente iden-tificvel como nova e passa despercebida. Evita, decerta forma, ofuscar o espao criado por Niemeyer.Pretende ser neutra.

    A marquise de acesso preexistente que noconstava nos desenhos de Niemeyer uma vez que alideveria existir uma marquise que se estenderia at oteatro proposto no projeto original eliminada esubstituda por um novo prtico em estrutura me-tlica, quase imperceptvel, definindo a entrada dopavilho e valorizando sua forma.

    IMAGEM 036 entradaOcasem marquise.Foto: NelsonKon.

    IMAGEM 037 vistaexternaOca.Foto:NelsonKon.

    IMAGEM 038 cortedo projetode interveno. Fonte: EscritrioPauloMendesdaRocha.

    IMAGEM039 pginaseguinte:vistainternaOca.Foto:NelsonKon.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 01|PANORAMA INTERVENES PAULO MENDES DA ROCHA

    O primeiro pavimento encerra a visita em um es-pao para exposies temporrias na ala leste. Na alaoeste, onde o impacto do incndio de 1946 foi menor,o primeiro pavimento e parte do segundo contm oncleo educativo (centro de pesquisa sobre a lnguaportuguesa) e a administrao do museu, mantendoa configurao original destas salas.

    No trreo so, portanto, construdas duas novascoberturas de ao e vidro que identificam a inter-

    veno indicam o novo museu para quem olha darua e abrigam entrada e sada dos visitantes porestarem conjugadas ao sistema de circulao verticaldo museu.

    O projeto previa para o trreo a preservao dosaguo de acesso gare e a instalao de novos cafe livraria um de cada lado do saguo que, no en-tanto, no foram executados. Sobre a cobertura daala oeste tambm estava prevista a implantao de

    um restaurante.rata-se de uma proposta engenhosa medida

    que tira partido da implantao de um sistema me-cnico de transportes soluo bastante adequadapara um programa multimdia totalmente dependen-te de energia eltrica para o seu funcionamento im-plantado nos elementos verticais existentes, as quatrotorres para desenhar um percurso sobre o saguoa ser preservado. As novas coberturas dos ptios la-terais apresentam, estrategicamente para a cidade, oendereo da nova interveno, da nova instituio alisediada. Os programas que necessitam de maior lar-gura esto implantados no pavimento superior, ondeuma reviso da estrutura do telhado de 1946 permi-tiu eliminar apoios sem interferir nos pavimentos in-

    ambm em 2000 Paulo e Pedro Mendes da Rochadesenvolvem o projeto para converso do antigo edi-fcio administrativo da Estao da Luz de So Paulo externo prpria estao em Museu da LnguaPortuguesa, uma nova instituio com exposiesmultimdia, financiada com recursos da FundaoRoberto Marinho em rea da estao cedida Secre-taria Estadual da Cultura pela Companhia de rensMetropolitanos (CPM).

    A Estao da Luz foi construda entre 1897 e 1901;em 1946 um incndio destruiu a ala leste, posterior-mente recuperada e ampliada em um pavimento.

    O desafio implantar o novo museu suspensoneste edifcio estreito (14x120m). Suspenso porque otrreo abriga o saguo de acesso gare. A estratgiafoi implantar quatro elevadores de 3x3 metros nasquatro torres idnticas, posicionadas nas extremida-des do edifcio (duas de cada lado).

    Dessa forma, o acesso se d no ptio leste, cobertopor uma estrutura de ao e vidro; os elevadores con-duzem os visitantes at o terceiro pavimento, onde opercurso de visitao tem incio no auditrio de 166lugares e continua na Praa da Lngua. Nesse ponto, alaje que separa a mansarda eliminada o que possibi-lita um p-direito maior e a viso da cobertura incli-nada, antes escondida. Os pilares centrais do terceiropavimento so retirados e a estrutura da coberturamodificada de modo a liberar toda a largura para im-plantao dos programas. J o segundo andar abrigaa nova galeria com 120 metros e uma tela expositivade 115 metros, espao criado a partir da demoliode parte das alvenarias divisrias que expe toda aextenso da gare.

    IMAGEM 040 novacoberturaacessoMuseuda LinguaPortuguesacommuroda estao.Fonte:EscritrioPedroMendesdaRocha.

    IMAGEM041 prximapgina:acessoMuseudaLinguaPortuguesacomvistaparaedifcio daestao.Fonte:EscritrioPedroMendesdaRocha.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 01|PANORAMA INTERVENES PAULO MENDES DA ROCHA

    Em 2005, Paulo Mendes da Rocha convidado afazer um estudo de readequao de espaos para oMuseu de Belas Artes do Rio de Janeiro, localizadoem um edifcio ecltico projetado no final do scu-lo XIX por Adolpho Morales de los Rios. O projeto,em parceria com o escritrio Metro Arquitetos, preva demolio de adies feitas ao longo dos anos, arecuperao da construo existente e uma grandeampliao das reas para exposio, reserva tcnica,biblioteca e laboratrios.

    A proposta constitui uma espcie de anexo in-terno, ou a insero no ptio do edifcio preexisten-te, de uma torre com altura de cerca de 60 metros,compatvel com o gabarito de edifcios localizadosno entorno do museu, por exemplo, o Ministrioda Educao, a duas quadras do museu. O trreodo novo edifcio todo livre graas soluo dosandares em estrutura metlica treliada, capaz de

    distribui as cargas para o permetro da torre. O sen-tido das trelias nos andares tambm alternado demodo a distribuir as cargas em fundaes meno-res para assegurar seu afastamento das fundaesexistentes. Apenas a caixa da nova circulao ver-tical toca o piso do trreo, j os dois primeiros pa-

    vimentos acima permitem acesso em n vel a partirdo edifcio histrico. No primeiro, h acesso n ovacirculao vertical (o restante do piso no seria cons-trudo para garantir p-direito alto no trreo) e, nosegundo, aconteceria a expanso do espao exposi-tivo. Os demais pavimentos so destinados reservatcnica, reas de trabalho e apoio, projetados comtodos os equipamentos imprescindveis aos museuscontemporneos.

    Esta proposta discute a questo do ptio na ar-quitetura, ao mesmo tempo em que coloca a ver-ticalizao do centro do Rio de Janeiro e a prpria

    valorizao financeira do territrio como dados deprojeto. O ptio, como elemento compositivo cls-sico, ganha outro significado em uma intervenocontempornea que prescinde at de sua funo deespao de ventilao e iluminao j que hoje osmuseus baseiam-se no emprego de luz e ventilaoartificiais e para a preservao do acervo e conforto(com geradores).

    Esta soluo permite a organizao mais clara dosprogramas no edifcio; as reas de interesse histricoficam destinadas inteiramente a espao expositivo eatividades culturais voltadas ao pblico. E todos osprogramas de acesso restrito, que antes se mistura-

    vam ao programa das exposies, so transferidospara a nova torre.

    A interveno trata da demolio de adies feitasao longo dos anos, para destinar o edifcio antigo ex-clusivamente aos espaos expositivos, como um do-cumento construdo totalmente visitvel. Os espaosde acesso pblico (recepo, loja, caf e exposio)estendem-se na nova torre, em andares correspon-dentes queles do edifcio original; os demais, nanova estrutura, so destinado s necessrias instala-es de apoio (depsito, salas de trabalho e monta-gens, laboratrio de restauro, maquinas, etc.).

    O novo aparece de maneira evidente. A altura danova torre refere-se cidade consolidada. Acontece,neste caso, a descoberta de potencial construtivo querespeita as relaes urbanas do edifcio com seu en-torno imediato e permite a construo de um anexo

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 01|PANORAMA INTERVENES PAULO MENDES DA ROCHA

    IMAGEM 045 runasantesda interveno.Fonte:EscritrioPau-listanodeArquitetura.

    IMAGEM 046 corteda proposta. Fonte: EscritrioPaulistanodeArquitetura.

    IMAGEM 047 plantada proposta.Fonte: EscritrioPaulistanodeArquitetura.

    IMAGEM 048 pginaseguinte:incioobras deinterveno.Fonte:EscritrioPaulistanodeArquitetura.

    IMAGEM 049 pginaseguinte: finalizaoobrasda interveno.Fonte:EscritrioPaulistanodeArquitetura.

    IMAGEM 050 pginaseguinte: fotoexterna comcascata. Fonte:EscritrioPauloMendesda Rocha.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 01|PANORAMA INTERVENES PAULO MENDES DA ROCHA

    IMAGEM 051 elevaoprincipal doedifciocoma propostadeinterveno.Fonte:EscritrioBArquitetos.

    IMAGEM 052 plantado ltimopavimentocoma novasalalinearde exposiesarticuladaao novosistemade circulaovertical.Fonte:EscritrioB Arquitetos.

    IMAGEM 053 prximapgina:vista externaduranteobras.Fonte:EscritrioB Arquitetos.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 01|PANORAMA INTERVENES PAULO MENDES DA ROCHA

    diferentes dos encontrados no edifcio original.O princpio da reversibilidade ou retrabalhabili-

    dade est fundamentado na ideia de que cada mo-mento histrico ter uma reao diante do legadopreexistente e, portanto, de uma forma de intervir.As intervenes de um tempo devem estar evidentese podem ser removidas em no futuro para dar lugara uma nova interveno com caractersticas distintas.Esta reverso nunca completa e cada ao sobre umbem deixar suas marcas; por esta razo adota-se otermo retrabalhabilidade, mais adequado.

    Na obra de Mendes da Rocha estes princpios noso adotados como regras, mas como resultado deum olhar responsvel e prprio sobre a questo dapreservao. Este olhar, que Ignasi de Sol-MoralesRubi denominou em 1985, em texto para a revistaLotus Internacionalcomo nova sensibilidade10emoposio viso estritamente moderna de contraste

    e negao da arquitetura antiga e viso ps--moderna de mimetizao.

    sempre, por meio da tcnica do seu tempo, coma preocupao de no se confundir com o edifciooriginal, que Mendes da Rocha faz as intervenesnecessrias nos seus projetos. Mais do que adotareste princpio no desenho dos pormenores, como noencontro de uma nova escada com a alvenaria ou naopo pelo desenho de elementos independentes ouque no se tocam, a distino est na nova forma deapropriao do espao, na nova matriz de percursosque se abrem ao pensar a estrutura preexistente deforma abstrata, sem se deixar levar pelos problemasfsicos. A reverso do sistema e organizao clssicos,no caso da Pinacoteca e na apropriao do ptio no

    Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, ou no proje-to Casadaros (apresentado no prximo captulo) soexemplos de raciocnios de aplicao de nova matrizcontempornea em estruturas preexistentes.

    Uma arquitetura que no deseja permanecereterna por sua materialidade. Uma proposta de seutempo. possvel admitir que os novos elementos daFIESP possam ser desmontados e, at mesmo, tre-chos removidos da laje preexistente reconstrudos emoutro momento histrico. O mesmo poder aconte-cer com outros projetos a partir da desmontagem depassarelas, elevadores, coberturas, estruturas, masno sem deixar marcas, ou cicatrizes de cada mo-mento de interveno.

    10 (1985apud NESBI, K. 2006). Ignaside Sol-MoralesRu-biFromContrastto Analogy: Developmentsin theConceptofArchitecturalInverventionin LotusInternationaln. 46, 1985, p.37-45.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 02|PROPOSTA PARA O EDUCANDRIO SANTA TERESA

    IMAGEM 001 desenhodeimplantaodoedifcio originalcom90metrosde ladoeum corpocentral queconfiguraosdoisptiossimtricos.Fonte:EscritrioBArquitetos.

    IMAGENS 002 E 003 vistasareas do edifciodo Educandrioepalmeirasimperiaisdo jardim.Fotos:AndrWissenbach.

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    IMAGENS 005, 006, 007, 008, 009, 010 E 011 Adiesinternaseex-ternasquemodificaramoedifciodo Educandrio:cantina,novosvolumes, fechamento de passagens, substituio de esquadrias.Fonte:EscritrioB Arquitetos.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 02|PROPOSTA PARA O EDUCANDRIO SANTA TERESA

    A proposta de interveno no Educandrio apre-sentada a seguir, foi organizada por temas, com o ob-

    jetivo de facilitar a compreenso de todo o projeto.

    pornea em todo o conjunto, um novo espao con-dizente com o novo programa de necessidades e aomodo de vida do sculo XXI.

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    NOVAS ESCADAS

    NOVOS ELEVADORES

    NOVAS PASSARELAS

    PRAAS EXPOSIES (SOBRE OS NOVOS VOLUMES)

    ANEL DE EXPOSIES

    2

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    4

    1

    3

    4

    1

    1 1

    1

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    PRIMEIRO PAVIMENTO

    RUA GENERALSEVERIANO

    AVENIDAL

    AUROS

    ODR

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    DISTRIBUIO PROGRAMAMUSEU DAROSLATINAMERICA

    TRREO [ANTIGO PORO]- EDUCATIVO- RESERVA TCNICA- AUDITRIO- LOJA E RESTAURANTE- PRAAS PARA EVENTOS E INSTALAES- APOIO

    PRIMEIRO PAVIMENTO [ANTIGO PAVIMENTO PRINCIPAL]- ACESSO EXPOSIO BILHETERIA INFORMAES- EXPOSIES

    PAVIMENTOS SUPERIORES- ADMINISTRAO

    ANEXO [ANTIGA LAVANDERIA]- RESIDNCIA TEMPORRIA PARA ARTISTAS

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    das a estas) conferindo uma unidade compositiva aoespao do ptio. O novo projeto retoma a ideia daunidade compositiva ao propor todas as abertura se-gundo um mesmo critrio: novamente obedecendoo alinhamento em largura com as janelas existentesdo primeiro pavimento, comeando no alinhamentosuperior da janela original e finalizando no nvel doptio que passa a ser o mesmo do piso do novo pavi-mento trreo.

    O recurso de rasg-las em sua largura at o nvel

    do piso interno tem como objetivo proporcionar aintegrao direta e permeabilidade entre interior daconstruo e os ptios cobertos, assim como melho-rar iluminao e ventilao do piso trreo. Executarestes rasgos exigiu romper com uma faixa contnua(peitoril/embasamento) em pedra granito que cir-cundava todo o edifcio. Logo aps o corte da pedracom uma serra diamantada, se props a instalaode um novo prtico metlico espesso que receberiae distribuiria os esforos resultantes da interveno,garantindo a estabilidade da construo.

    Essa proposta leva o edifcio, sem dvida, a umanova condio, evidente pelo desenho no sculoXIX os pores no eram espaos iluminados ou per-meveis e solues tcnicas aplicadas. No que se

    refere interveno nas aberturas do antigo poroaflorado, pode-se dizer que se trata de um partidoque contraria o princpio de reversibilidade (ou re-trabalhabilidade) e que, de fato, assume uma inter-ferncia contundente em um documento histrico.Perdem-se estes trechos de placas de granito macioque no podero ser recompostos no futuro.

    OS NOVOS ELEMENTOS | CONEXES E PROGRAMASDE APOIO.

    Para conferir ao museu maior permeabilidade, sopropostas duas novas passarelas em estrutura met-lica com apoios independentes do edifcio, uma emcada ptio, interceptando-os ao meio.

    Dois novos programas necessitavam de largurasuperior aos 11 metros existentes no edifcio origi-nal: o auditrio para 230 lugares e a reserva tcnicapara grandes formatos. Para estes programas, o pro-

    jeto prope a construo de dois prismas de plantaquadrada em fechamento de concreto com fundaesdevidamente distanciadas daquelas existentes umpara cada ptio. As coberturas destes dois novos vo-lumes em concreto armado e ao configuram duaspraas simtricas no nvel do primeiro pavimento,acessveis por pequenas passarelas metlicas. Pode-

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    3

    4

    3

    1

    NOVAS ESCADAS

    NOVOS ELEVADORES

    NOVO VOLUME RESERVA TCNICA

    NOVO VOLUME AUDITRIO

    1 1

    1 1

    1

    2

    2

    2

    1 1

    2

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    TRREO

    RUA GENERALSEVERIANO

    AVENIDAL

    AUROS

    ODR

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    2

    1 NOVAS ESCADAS

    NOVOS ELEVADORES

    NOVAS PASSARELAS

    BIBLIOTECA

    1

    2

    2

    2

    1

    1

    1

    3

    4

    4 4

    SEGUNDO PAVIMENTO

    RUA GENERALSEVERIANO

    AVENIDAL

    AUROS

    ODR

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 02|PROPOSTA PARA O EDUCANDRIO SANTA TERESA

    IMAGENS 044 E 045 desenhosdo projetodeintervenoparains-talaodanovaresidnciade artistasnaantigalavanderiadoEdu-candrio.Fonte:EscritrioB Arquitetos.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA 02|PROPOSTA PARA O EDUCANDRIO SANTA TERESA

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    l d f d l fi d d

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA CONSIDERAES FINAIS

    Bens culturais podem ser transformados ao longodo tempo, medida que a cultura tambm se modifi-ca. Intervir uma forma de relacionar-se com o pas-sado e desenhar o presente com o principal desafiode definir os limites da transformao e a forma derealiz-la, com garantia da preservao do patrim-nio e respeito com a histria. A interferncia deveestabelecer aes conservativas, recuperadoras almdos novos elementos.

    No se trata de conservar tudo, nem, tampouco, de

    demolir ou transformar indistintamente tudo. Isso de-

    notaria negligncia, deixando-se de assumir a responsa-

    bilidade por aes fundamentadas. Deve-se reconhecer

    que todas as pocas, que as vrias fases da produo

    humana, possuem interesse e so merecedoras de estudo

    e tutela, mas isso no se traduz automaticamente em

    preservar todo e qualquer testemunho, material ou no,

    legado pelo passado. Isso resulta em certas escolhas, vo-

    luntrias ou involuntrias. No que se refere a uma aopropositiva de escolha, cabe uma ressalva da maior im-

    portncia: no se trata de opinio pessoal, de gosto ou

    capricho; deve-se tratar de estudo consciencioso, formu-

    lado por equipes multidisciplinares, fundamentado na

    antropologia, na sociologia, na histria em geral, e em

    especial na histria da arte e da arquitetura, na esttica,

    nas cincias de modo amplo, e jamais, de modo algum,

    de ato arbitrrio. fato incontestvel, em se tratando de

    intervenes em bens culturais que qualquer a o, por

    mais restrita que seja, at mesmo obras de manuteno

    ou uma limpeza, controlada e limitada, gera mudanas

    na leitura da obra, implica modificaes. Ou, como co-

    locou Leonardo Benevolo, a conservao no pode signi-

    ficar a ausncia de uma interveno, pois as coisas dei-

    xadas prpria sorte se modificam de qualquer modo,

    e nem denotar o bloqueio de uma ao, mas quer dizer

    intervir de uma certa maneira e, por consequncia, mo-

    dificar a realidade. Qualquer interveno numa obra,

    pois, implica, que em geral, resultam em algum tipo de

    destruio que deve ser mnima e controlada e deve ser

    judiciosamente fundamentada. Deveria, portanto, ser

    a preservao a condicionar as eventuais aes no-

    -conservativas e no o contrrio. Apesar de qualquer

    interveno implicar mudanas, isso no deve significar

    cancelar fatos histricos de interesse para, naquele espa-

    o, sobrescrever uma nova histria, por melhor que seja

    essa nova histria. Na arquitetura, em que em geral, a

    mnima interveno assume um vulto maior, e em que

    muitas vezes so necessrias adies (mesmo que de na-

    tureza essencialmente tcnica como uma nova rede hi-

    drulica ou instalaes eltricas) a ao contempornea

    deve se colocar como um novo estrato, uma aposio,

    uma justaposio, uma integrao e jamais como eli-minao ou substituio de documentos histricos para

    forar uma nova realidade totalmente diversa daquilo

    que l existe. (KHL, 2005, p.31-32)

    A forma de atuar sobre uma preexistncia umaatitude particular crtica em relao matria e aocontedo. Em arquitetura sempre h um territriourbano ou rural a ser interpretado e, no caso dos edi-fcios de interesse cultural, h uma histria constru-da a ser preservada. As atuaes propostas adquiremsentido e relevncia na sua relao com o que antesexistia.

    Intervir em construes de interesse histrico e

    d p t p t l i p pbli d id h d j d i d l hi t i d

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA CONSIDERAES FINAIS

    de ponta a ponta as galerias para o pblico da avenida

    Paulista. No so reformas, exatamente, so uma trans-

    formao do lugar. (ELLES, S. S., 1998. p. 116-117)

    Aspropostas de Paulo Mendes da Rocha aplicammateriais contemporneos no enquanto alternativa

    visual plstica, mas na confirmao de uma espciede hereditariedade local, vinculada ao que antes jfoi feito e ao saber acumulado que possibilita mate-rializar certas estruturas. (MILHEIRO, A.V., 2005,p.335-336). A fala do arquiteto no texto a seguir es-clarece que o desenho estrutural no pretende su-perar estruturas de momentos histricos anteriores:

    (A arquitetura) um discurso sobre a possibilidadedo que fazer e, portanto, ser. A nossa existncia coisa

    alguma a no ser o que fazemos. Uma construo nopretende superar nada, simplesmente como se disss-

    semos vamos ver de novo o quanto belo aquilo. A

    construo da cidade, do espao e dos recintos habi-tveis uma questo muito intrigante e no pretendedesafiar nem espantar ningum com a tcnica. A ideia

    que comove na arquitetura a capacidade de mobilizaro conhecimento que j existe para uma realizao can-

    dente, que desperta emoo. Arquitetura a passagem,digamos, entre a parte indizvel, subjetiva dos desejos

    e necessidades humanas, luz das cincias naturais,que so a fsica, matemtica, mecnica, resistncia dos

    materiais... Paulo Mendes da Rocha (Revista echne,1998, p.18-23)

    O projeto para transformao em museu doEducandrio Santa eresa apresenta, em seu dese-

    nho, um desejo de reviso do papel histrico dosptios na arquitetura expresso anteriormente naPinacoteca e, de outra forma, na proposta para oMuseu de Belas Artes do Rio de Janeiro. Questio-na o carter de espao controlado encerrado queremete diretamente aos hospitais, escolas, prisese centros de reabilitaes e imagina um espaoarticulador vivo, que quer ser exterior, mas pro-tegido, que aproxima aquela construo do edifcioda FAU-USP de Vilanova Artigas, no exatamentepela forma da cobertura mas pela criao dos novoselementos (auditrio, biblioteca, passarelas) e trans-formao das aberturas do antigo poro criando umterritrio permevel.

    Como arquiteto que vivenciou a afirmao doMovimento Moderno no Brasil, sua atitude costu-ma ser crtica quanto monumentalidade e rigidezestrutural da arquitetura de perodos anteriores.Esta crtica aflora nas suas propostas sob a forma de

    novos acessos (Pinacoteca), novos percursos atmesmo mecnicos como no caso dos elevadores doMuseu da Lngua Portuguesa, nova apropriao dosespaos dos ptios (Pinacoteca, Daros, Museu deBelas Artes do Rio de Janeiro) ou com a eliminaoda exagerada compartimentao (Museu da LnguaPortuguesa e Daros).

    As investigaes projetuais de Paulo Mendes daRocha documentam uma forma particular de inter-pretar e alterar o preexistente com vista ao futuro.Propostas que identificam as possiblidades de umaestrutura se transformar e ganhar um novo momen-to histrico a partir de claros objetivos, argumentosbem construdos e intervenes diretas.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CASRO Sonia R O Estado na Preservao de Bens ESPOSIO Antonio LEONI Giovani Fernando -

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CASRO, Sonia R. O Estado na Preservao de BensCulturais: o ombamento. Rio de Janeiro: Renovar,1991.

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    CHOAY, Franoise. A Alegoria do Patrimnio. SoPaulo: UNESP, 2001.

    CORONA, Eduardo; LEMOS, Carlos A. C.. Dicio-nrio da arquitetura Brasileira. So Paulo: ArtshowBooks, 1989.

    COSA, Lcio. Lcio Costa: Registro de uma vivn-cia. So Paulo: Empresa das Artes, 1995.

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    COSA, Xavier (Org.) Ignasi de S ol-Morales: Inter-venciones. Barcelona: Gustavo Gili, 2006.

    CUNHA, Maria Clementina Pereira (Org.). O Direi-to Memria: Patrimnio Histrico e Cidadania. SoPaulo: Departamento do Patrimnio Histrico, 1992.

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    CZAIJKOWSKI, Jorge (Org.). Guia da ArquiteturaColonial, neoclssica e romntica no Rio de Janei-ro. Editora casa da palavra. Rio de janeiro: SecretariaMunicipal de Urbanismo, 2001.

    DURAND, Jean N.L. Recuel et Parallele des dificesem out Genre, Anciens et Modernes, Remarquablespar leur Beaut, Par leur Grandeur ou par leur singu-larit. Bruxelas: Nordlingen 1986. (Reimpression deseditions augmentees).

    DVOK, Max. Catecismo da Preservao de Mo-numentos. Cotia: Ateli, 2008.

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    FONSECA, Maria Ceclia Londres. O Patrimnio emProcesso - rajetria Poltica Federal de Preservaono Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ/Minc/IPHAN, 1997.

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    GRACIA, Francisco de. Construir en Lo Construido- La Arquitetura Como Modificacion. Madrid: NE-

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    HARVEY, David. A Condio Ps-Moderna. SoPaulo, Edies Loyola, 1989.

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    KHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do Ferro e Ar-quitetura Ferroviria em So Paulo: Reflexes sobre

    AFURI,Manfredo eoriasehistria de laarquitec- TESES E DISSERTAES

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. So Paulo:Martins Fontes, 1996

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    AZEVEDO, Mirandulina M. M. A experincia deLina Bo Bardi no Brasil (1947-1992). 1995. Disserta-o (Mestrado em Arquitetura) Faculdade de Ar-quitetura e Urbanismo, Universidade de So Paulo,So Paulo, 1995.

    COELHO JUNIOR, Mrcio Novaes. Projetos de in-terveno no Bairro da Luz: patrimnio e culturaurbana em So Paulo. 2004. Dissertao (Mestradoem Arquitetura) Faculdade de Arquitetura e Urba-nismo, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2004.

    CUNHA, Claudia dos Reis e. Restaurao: dilogosentre teoria e prtica no Brasil nas experincias doIphan. 2010. ese (Doutoramento em Arquitetura) -Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidadede So Paulo, So Paulo, 2010.

    FERREIRA, Franciele Maria Costa. Interveno emEdificaes de Interesse Histrico com elementosmetlicos estudo de caso: museu das minas e dometal, Belo Horizonte, MG. 2012. Dissertao (Mes-trado em Arquitetura) Departamento de Engenha-ria Civil, Universidade Federal de Ouro Preto, OuroPreto, 2012.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    NORA, Pierre. Entre Memria e Histria: a pro-blemtica dos lugares, Projeto Histria, So Paulo,PUC, n 10, p. 07-28, 1993.

    PINHEIRO, Maria Lucia Bressan. Histria da arqui-tetura brasileira e a preservao do patrimnio cul-tural. Revista CPC, So Paulo, n 1, p.41-74, 2005-2006.

    REVISA 2G Paulo Mendes da Rocha: Obra reciente,Barcelona: Gustavo Gili, n. 45, 2008.

    RODRIGUES, ngela Rsch; CAMARGO, MnicaJunqueira. O uso na preservao arquitetnica do pa-trimnio industrial da cidade de So Paulo. RevistaCPC, So Paulo, n 10, p. 140-165, 2010.

    SALVO, Simona. Restauro e restauros das obras ar-quitetnicas do sculo 20: intervenes em arranha--cus em confronto. rad. Beatriz Mugayar Khl, Re-vista CPC, So Paulo, n 4, p.139-157, 2007.

    SALVO, Simona. A interveno na arquitetura con-tempornea como tema emergente do restauro. Ps:Revista do programa de ps-graduao em arqui-tetura e urbanismo da FAUUSP, So Paulo, n 23, p.199-211, junho 2008.

    SERAPIO, Fernando. Paulo Mendes da Rocha eMetro Arquitetos: Museu, Rio de Janeiro. RevistaProjeto Design, So Paulo, n 316, junho 2006.

    SOL-MORALES, Ignasi de. eorias de la interven-cion arquitectonica. Quaderns, Barcelona, n 155, p.32, dezembro 1982.

    SPIRO, Annette. Voc sempre entra por uma porta esai por outra. rad. Catherine Otondo. Ps: Revista

    p g p g qUrbanismo da FAUUSP, So Paulo, n 25, pp. 34-55,

    junho 2009.

    ELLES, Sophia Silva. A Arquitetura como ao.Jornal de Resenhas:seis anos, Discurso Editorial -SP, v. 2, p. 116-117, 1998.

    ELLES, Sophia Silva. O frgil cotidiano - Resduosda Modernidade.Revista AU Arquitetura e Urba-nismo, Editora Pini, v. 3, p. 34-37, 1986.

    Entrevista Paulo Mendes da Rocha. Revista Carame-lo, FAU-USP, v. 1, novembro 1990.

    Entrevista Paulo Mendes da Rocha. JA Jornal de Ar-quitectos, Samora Correia: Porto,v.203, novembro--dezembro 2001.

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA ANEXO

    Revista Projeto Design n 275, p.6-11, So Paulo, VILLAC, Maria Isabel. Um novo discurso para a me-

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    2003.

    Revista Projeto Design n 175, p.63, So Paulo, 1994.

    Revista AU Arquitetura e Urbanismo n 60, p. 69-85,So Paulo, 1995.

    Revista Urbs n 16, p.28-31, So Paulo, 2000.

    Revista Urbs n 29, p.12-15, So Paulo, 2002-2003.

    Revista ARC Design-Suplemento Especial Mestres daArquitetura. n 39, p.11, So Paulo, 2004.

    Revista Casabella n 720, p.6-11, Milo, 2004.

    Revista 2G n 45, p.106-111, Barcelona, 2008.

    TESES E DISSERTAES:

    VILLAC, Maria Isabel. 2000.

    LIVROS:

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha. SoPaulo: Cosac Naify, 2004.

    ANDREOLI, Elisabetta (Org.); FORY, Adrian(Org.). Londres: Phaidon Press, 2004.

    MONANER, Josep Maria e Maria Isabel Villac. Bar-celona: Gustavo Gili, 1996.

    SOLO, Denise Chini. Rio de Janeiro: Viana &Mos-ley, 2004.

    Guia da Arquitetura Paulistana de Paulo Mendes daRocha. MCB. So Paulo: Mandarim, 2006.

    PGINAS ELETRNICAS:

    WISNIK, Guilherme. Nova cobertura da Praa Pa-triarca em So Paulo. Minha Cidade, So Paulo, n060, Vitruvius, dez. 2002. Disponvel em: .

    gacidade. Projeto Praa do Patriarca. Arquitextos,So Paulo, 018.01, Vitruvius, nov. 2001. Disponvelem: .

    ZEIN, Ruth Verde. Sobre Intervenes Arquitetni-cas em Edifcios e Ambientes Urbanos Modernos:Anlise Crtica de Algumas Obras de Paulo Mendesda Rocha. Disponvel em:

    1993 PINACOTECA DO ESTADO DE SO PAULO

    PERIDICOS:

    Revista Bravo n5, p.46-53 So Paulo, 1998.

    Revista AU-Arquitetura e Urbanismo n 77. p.13, SoPaulo, 1998.

    Revista AU-Arquitetura e Urbanismo n 79. p.63-79,So Paulo, 1998.

    Revista Projeto Design n 220, p.46-53, So Paulo,1998.

    Revista Finestra n 15, p.93-97, So Paulo, 1998.

    Revista Urbs n 6, p.20-26, So Paulo, 1998.

    Revista echne n 35, p.18-23, So Paulo, 1998.

    Jornal Folha de So Paulo. Ilustrada, p.3, 27 de feve-reiro 1998.

    Revista 2G n 8, p. 62-69, Barcelona, 1998. RevistaTe Architectural Review, p.76-78, Londres, 2000.

    Revista ARC Design-Suplemento Especial Mestresda Arquitetura. n 39, p.12, So Paulo, 2004.

    Revista 2G n 45, p. 30-42, Barcelona, 2008.

    org.br/seminario%203%20pdfs/subtema_B1F/Ruth_df

    jeto de O scar Niemeyer par a o entorno do eatroP Ib M h C d d S P l

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    INTERVENO NA PREEXISTNCIA ANEXO

    zein.pdf>.

    2000 MUSEU DA LNGUA PORTUGUESA NA ESTA-O DA LUZ, SO PAULO

    PERIDICOS:

    Revista Projeto Design n 315, p.42-51, So Paulo,2006.

    Revista Projeto Design n 323, p.35, So Paulo, 2007.

    Revista AU Arquitetura e Urbanismo n 146, p. 30-43, So Paulo, 2006.

    LIVROS:

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha:projetos 1999-2006. So Paulo: Cosac Naify, 2007.

    2000 OCA OU PAVILHO DE EXPOSIES LUCAS

    NOGUEIRA GARCEZPERIDICOS:

    Revista Projeto Design n 243, p.66-73, So Paulo,2000.

    LIVROS:

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha:projetos 1999-2006. So Paulo: Cosac Naify, 2007.

    TESES E DISSERTAES:

    OKSMAN, Silvio. 2011.

    PAGINAS ELETRNICAS:

    CAMARGO, Mnica Junqueira de. Sobre o pro-

    no Parque Ibirapuera. Minha Cidade, So Paulo,05.056, Vitruvius, mar. 2005. Disponvel em: .

    2000 EDIFCIO-GARAGEM NO PAO DA ALFNDEGAEM RECIFE (COM ESCRITRIO MMBB)

    PERIDICOS:

    Revista ARC Design-Suplemento Especial Mestres daArquitetura n 39, So Paulo, 2004.

    LIVROS:

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha:projetos 1999-2006. So Paulo: Cosac Naify, 2007.

    2006 PARQUE DO ENGENHO CENTRAL PIRACICABA(COM ESCRITRIO PIRATININGA)

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha:projetos 1999-2006. So Paulo: Cosac Naify, 2007.

    2002 UNIDADE 24 DE MAIO DE CULTURA E LAZERDO SESC (COM ESCRITRIO MMBB)

    PERIDICOS:

    Revista ARC Design-Suplemento Especial Mestres daArquitetura n 39, So Paulo, 2004.

    LIVROS:

    ARIGAS, Rosa (Org.). Paulo Mendes da Rocha:projetos 1999-2006. So Paulo: Cosac Naify, 2007.