maioria do investimento português no estrangeiro é...

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Quarta-feira 28 Novembro 2007 Este suplemento faz parte do Público e não pode ser vendido separadamente A edição deste suplemento é da responsabilidade de Rui Pedro Lopes (coordenador) Pedro Farinha; Marc Barros Maia Parque Maior quer ser nova centralidade a Chama-se Parque Maior e é um projecto de desenvolvimento de uma nova centralidade no concelho da Maia, que visa dotar o município das condições para que este se torne competitivo no contexto da ÁMP e do Noroeste Peninsular. Em entrevista ao PÚBLICO Imobiliário, Miguel Rico, presidente do conselho de adminis- tração do grupo MRA, mostrou-se optimista quanto ao sucesso deste projecto. c Empreendimento, 5 Software pioneiro AXIS com nova versão em 2008 a A nova versão do software AXIS vai estar disponível a partir do segundo semestre de 2008. Trata-se de um software que “permite tratar, em di- ferentes perspectivas, tudo o que é problemática associada ao negócio da construção, desde a gestão de equipa- mentos e oficinas à gestão orçamen- tal e de obras”, revelou, ao PÚBLICO Imobiliário, Joana Serra, administra- dora da CDP-SI. c Actualidade, 10 Peso do imobiliário chegou quase aos dois terços (65,16 por cento) no primeiro semestre deste ano. Brasil, Cabo Verde, Angola e Espanha são os destinos preferidos Maioria do investimento português no estrangeiro é proveniente das actividades imobiliárias c Actualidade, 8 Torres de Lisboa Maior negócio do ano no segmento de escritórios Restaurante Matérias-primas biológicas criam novos sabores c Decoração, 13 Bons resultados Retornos crescem nos imóveis industriais c Abertura, 2 Please purchase PDF Split-Merge on www.verypdf.com to remove this watermark.

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Quarta-feira 28 Novembro 2007Este suplemento faz parte do Público e não pode ser vendido separadamente

A edição deste suplemento é da responsabilidade de Rui Pedro Lopes (coordenador) Pedro Farinha; Marc Barros

Maia

Parque Maior quer ser nova centralidadea Chama-se Parque Maior e é um projecto de desenvolvimento de uma nova centralidade no concelho da Maia, que visa dotar o município das condições para que este se torne competitivo no contexto da ÁMP e do Noroeste Peninsular. Em entrevista ao PÚBLICO Imobiliário, Miguel Rico, presidente do conselho de adminis-tração do grupo MRA, mostrou-se optimista quanto ao sucesso deste projecto. c Empreendimento, 5

Software pioneiro

AXIS com nova versão em 2008a A nova versão do software AXIS vai estar disponível a partir do segundo semestre de 2008. Trata-se de um software que “permite tratar, em di-ferentes perspectivas, tudo o que é problemática associada ao negócio da construção, desde a gestão de equipa-mentos e ofi cinas à gestão orçamen-tal e de obras”, revelou, ao PÚBLICO Imobiliário, Joana Serra, administra-dora da CDP-SI. c Actualidade, 10

Peso do imobiliário chegou quase aos dois terços (65,16 por cento) no primeiro semestre deste ano. Brasil, Cabo Verde, Angola e Espanha são os destinos preferidos

Maioria do investimento português no estrangeiro é proveniente das actividades imobiliárias

c Actualidade, 8

Torres de Lisboa Maior negócio do ano no segmento de escritórios

RestauranteMatérias-primas biológicas

criam novos sabores

c Decoração, 13

Bons resultados Retornos crescem nos imóveis industriais c Abertura, 2

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007

Abertura

Investimento Estagnação dos últimos anos contrariada

Investidores satisfeitos com retornos no imobiliário industrialCrescimento dos retornos em 2006 foi superior ao dos anos anteriores. Tendência deverá manter-se no futuro

a Os imóveis industriais renderam aos investidores, em 2006, um retor-no de 7,7 por cento, o que revela um crescimento de 1,3 pontos percentu-ais face ao ano anterior. O Índice IPD Portugal explica este bom comporta-mento com base nas baixas taxas de desocupação verifi cadas neste mer-cado, e no reduzido nível de custos operacionais.

Depois de um início de século mar-cado pela estagnação, o imobiliário industrial voltou a ganhar a confi ança dos investidores. Aos bons resultados registados no ano anterior, há ainda a acrescentar o facto deste segmen-to ter sido o único a apresentar um aumento do retorno das rendas em 2006. “O bom desempenho deste sec-tor foi conseguido à custa dos imóveis localizados em Lisboa, que exibiram uma rentabilidade das rendas de 7,2 por cento em 2006 e de 7,3 por cento nos últimos sete anos”, indica o Índi-ce IPD Portugal.

Ao nível da componente de valo-rização do capital, este segmento re-gistou, no período em análise, uma valorização de apenas 0,6 por cento, fi cando uma décima abaixo do ponto percentual do segmento com pior de-sempenho no último ano – escritórios. Todavia, e face ao ano anterior, este valor representa um crescimento de quase um ponto percentual. A valo-rização média anual dos activos no período 2000-2006 fi cou-se pelos 1,6 por cento, ligeiramente acima do verifi cado para os escritórios.

“A evolução da renda de mercado na indústria, ao longo dos últimos se-te anos, também foi marginal, com um crescimento médio anual de 1,5 por cento de 2002 a 2006, e de 0,8 por cento no último ano”, constata o Índice IPD Portugal, que dá também conta de que “a renda média de mer-cado neste segmento, em 2006, foi de 4,6 euros/m²/mês. O comportamento das yields na indústria descolou do dos escritórios, tendo-se verifi cado um aumento da yield de reversão de 7,7 por cento em 2005 para 8,7 por cento em 2006”.

Este segmento imobiliário foi tam-bém o que registou a melhor perfor-mance da componente de retorno do rendimento, com 7,1 por cento, crescendo 0,4 pontos percentuais relativamente ao ano anterior.

Boas notíciasA tendência verifi cada durante o último ano deverá manter-se no cor-rente. Para já, e apesar de tímido, o crescimento no segmento de imobi-liário industrial foi uma realidade, neste primeiro semestre, em virtude da “conclusão de alguns negócios de média dimensão na região da Gran-

tade do ano, o futuro passa também por ele. Isto porque o Estado preten-de assumir um papel preponderante, através do lançamento do programa Portugal Logístico, que visa impulsio-nar este mercado, tentando colocar o nosso país na rota dos principais circuitos logísticos europeus.

O programa prevê a criação de 11 plataformas logísticas agrupadas em quatro categorias: plataformas urba-nas concebidas para servir as cidades de Lisboa e Porto (Poceirão, Casta-nheira do Ribatejo e Maia/Trofa); plataformas portuárias (Leixões, Aveiro, Lisboa e Sines); plataformas

transfronteiriças (Valença, Chaves, Guarda e Elvas) e uma plataforma regional (Tunes).

“Considerando estes sinais de dina-mismo, e não obstante as difi culdades no escoamento de produto ainda sen-tidas no mercado, acreditamos numa evolução positiva do sector logístico a médio prazo”, nota o relatório da Cushman & Wakefi eld. Este docu-mento alerta, contudo, para as defi -ciências do segmento no seu todo. “A escassez de produto de qualidade e o domínio dos intervenientes locais neste segmento têm sido os principais factores da retracção do mercado”.

Pedro Farinha

de Lisboa”, pode ler-se no relatório Marketbeat Portugal, da Cushman & Wakefi eld. A margem Sul de Lisboa recebeu a maioria desses negócios, designadamente o Mestre Maco, em Palmela (5.500 m²) e a Siemens, no Seixal (5.000 m²). No entanto, um dos negócios mais signifi cativos do primeiro semestre foi a ocupação, por parte do Carrefour, de 14 mil m² de instalações logísticas da Renit, em Aveiras (concelho de Azambuja).

O sector logístico é, aliás, cada vez mais o protagonista deste sector. Além de ter sido responsável pelos principais negócios na primeira me-

Baixas taxas de desocupação neste mercado na origem dos bons resultados

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Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007 • 3

Mercados

Mercado residencial sobe taxa de absorção para 14,1%A Na região da Área Metropolitana de Lisboa, no segundo trimestre de 2007, o mercado habitacional teve uma maior dinâmica de pro-cura. A taxa de absorção obtida a partir da dinâmica da base de dados Lardocelar.com aumentou 0,9 pontos percentuais face ao tri-mestre anterior, atingindo os 14,1%. Este foi mesmo o valor mais eleva-do deste indicador desde o primeiro trimestre de 2005, altura em que se iniciou a produção das estatísticas Imométrica/LardoceLar.com. De uma forma geral, os concelhos mais valorizados registaram maiores taxas de absorção, o que signifi ca que a procura se dirigiu mais para habita-ções de gama acima da média. São disso exemplo os casos de Lisboa,

Cascais e Oeiras, onde aquelas taxas foram, respectivamente, de 16,3%, 16,9% e 17,6%. No segundo trimes-tre de 2007 saíram da base de da-dos Imométrica/LardoceLar.com cerca de 23 mil alojamentos na AM Lisboa, a um valor médio de 1.682 euros/m2. As estatísticas Imométrica/Lardocelar.com resul-tam do tratamento estatístico feito pela Imométrica – empresa espe-cialista em sistemas de informação de imobiliário - à base de dados de oferta habitacional do portal LardoceLar.com. Este portal tem ampla cobertura do mercado resi-dencial nacional, reunindo a oferta proveniente de mais de 1.500 empre-sas de mediação imobiliária.

O mercado de fogos usados locali-

zados na Área Metropolitana de Lis-boa continua a valorizar, mas a um ritmo mais lento que o observado no segmento de novos. Em Agosto a ta-xa de variação média anual deste seg-mento manteve-se nos 0,8%, meio ponto percentual abaixo do regista-do nas casas novas. Depois de uma fase de valorização que começou em Fevereiro de 2007 e culminou em Julho com o valor mais elevado do índice deste segmento, em Agosto o mercado dos usados desacelerou, registando uma valorização homó-loga de apenas 0,2%. O mercado de habitações usadas representa 69% da oferta disponível na Área Metro-politana de Lisboa, infl uenciando a evolução global do valor habitacional desta região.

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Parque Empresarial de Lanheses - Viana do Castelo

Foi inaugurado no dia 15 de Novembro em Viana do Castelo a primeira unidade das 5 fábricas que o consórcio Eólicas de Portugal vai instalar em Portugal.Esta data serviu igualmente para o lançamento no Parque Empresarial de Lanheses da primeira pedra de uma fábrica de mecatrónica, e uma outra de geradores eólicos, além de um centro administrativo e de formação.Assim, só nesse parque a Enercon deverá investir 35 milhões de euros e criar 500 postos de trabalho, sendo que este investimento deverá representar a médio prazo uma mais valia de 200 milhões de euros na balança comercial Portugesa.

Estando em vias de afi rmar-se como um dos mais importantes clusters de energia “limpa” do país, o Parque Empresarial de Lanheses (Viana do Castelo) conta actualmente com indústrias cujos ramos de actividades vão desde a distribuição, transformação e comercialização de produtos alimentares, construções e reparações em metalomecânica, reciclagem de alumínios, tratamento de granitos e rochas ornamentais até ao comércio e distribuição de mobiliário e produção de bio - combustíveis.

Uma delas é a fábrica do grupo Manuel Carvalhosa & C. Lda., cujos produtos estão ligados à área de metalomecânica. Instalada em Viana do Castelo desde 1995 e com clientes de Lisboa até ao Norte de Espanha, os últimos anos mostraram que os quatrocentos metros quadrados da empresa já não eram sufi cientes para fazer face ao constante crescimento da produção. A alternativa encontrada, segundo o empresário Manuel Carvalhosa, foi a relocalização para um espaço mais amplo e que, em termos de infra-estruturas, fosse além do indispensável (água, saneamento, electricidade e telecomunicações). “ Em termos burocráticos já está tudo resolvido e agora vamos começar a fase das obras. A nossa previsão é que tudo esteja concluído entre o fi nal de 2008 e o início de 2009”, afi rmou.

Com a mudança, os quatrocentos metros quadrados da instalação original da fábrica vão se transformar numa construção que, só de área coberta, é onze vezes maior do que o espaço original. No total, a nova fábrica do grupo Manuel Carvalhosa & Cia Lda vai ocupar cerca de oito mil metros quadrados. “Era uma decisão que tínhamos de tomar, sobretudo pela necessidade de atendermos, de forma mais ágil, às necessidades dos nossos clientes”, disse o responsável.

Rede de Parques Empresariais

O Parque Empresarial de Lanheses é um dos sete empreendimentos do género que a Parque | Invest (www.parque-invest.pt) tem no país. A empresa integra o universo AEP- Associação Empresarial de Portugal e entre os seus objectivos estão a dinamização, promoção e gestão de parques empresariais, de acordo com conceitos modernos de gestão de espaços de localização empresarial.

A empresa da Associação Empresarial de Portugal, presta ainda um conjunto de serviços associados à localização empresarial, nomeadamente através da oferta de soluções integradas adaptadas às necessidades efectivas do cliente.Entre eles estão a gestão de Recursos Humanos, HSST, manutenção e limpeza industrial, logística e transporte, consultoria de gestão, apoio à internacionalização, ambiente e gestão de resíduos, TIC, apoio Jurídico e arbitragem, assessoria financeira e marketing, no fundo um conjunto de serviços de apoio que contribuem para que o empresário se concentre na sua actividade principal.

Em Viana do Castelo, a gestão do Parque Empresarial de Lanheses é feita pela GestinViana, empresa que, além da Parque | Invest, conta ainda com a participação accionista da Câmara Municipal de Viana do Castelo, e Associação Empresarial e Industrial de Viana do Castelo.

O empreendimento ocupa actualmente uma área de cerca de vinte hectares e, a médio prazo, está prevista uma expansão de mais vinte e dois. Com os trinta e cinco postos de trabalho que a nova fábrica do grupo Manuel Carvalhosa & Cia irá gerar, as empresas instaladas no parque deverão criar cerca de seiscentos empregos directos.

“ Percebe-se que a relação com as empresas não termina com a venda do lote, … e isso faz toda a diferença. “

Todo o processo de instalação das empresas no Parque Empresarial

de Lanheses, e nos demais empreendimentos da Parque | Invest é feito a partir de uma visão de parceria entre a empresa que se quer instalar e quem oferece o espaço para a instalação. Segundo Manuel Carvalhosa, esse princípio tem permitido, no seu caso, que a empresa sinta que não está sozinha na eventualidade de surgirem problemas. “ O que percebo é que há um interesse muito grande da Parque | Invest em trabalhar em conjunto, em fazer com que todos – as empresas e a própria Parque | Invest – tenham sucesso juntos”, referiu, concluindo com uma afirmação “ O que se pode perceber é que existe um interesse muito grande da Parque | Invest em fazer com que a sua relação com as empresas não termine com a venda do lote e isso, na minha óptica, faz muita diferença”, concluiu.

Lançamento da primeira pedra da Enercon, projecta o Parque como um dos mais importantes clusters de energia “limpa” do País

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Notícias Parque | Invest

Lançamento da primeira pedra da Fábrica da Enercon em Lanheses

Parque | Invest apresenta novas parcerias

A Parque | Invest tem vindo a apostar fortemente na apresentação de serviços e soluções para os seus clientes em condições mais vantajosas, e possibilitando focar-se da actividade principal, tendo ao seu dispor um conjunto de produtos e serviços que podem contribuir (nas mais diversas áreas) para uma melhoria da performance da empresa.Para além das parcerias já anunciadas e formalizadas, entre outras, com a AEP, APCER, TMN, BCP, SDO e PROCESS ADVICE a Parque | Invest formalizou recentemente protocolos de cooperação com a F.REGO corretora de seguros, FAMASETE empresa de tecnologias de informação e a NEWRENT que propõe soluções inovadoras ao nível do renting de mobiliário de escritório e fotocopiadores.

Parque Empresarial de Lanheses

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6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007

Opinião

Projecto em Marraquexe com marca portuguesa, Resort, página 9

Em Democracia a legitimidade não se esgota numa contagem sazonal de votos

Um divórcio (mesmo na CIP). Nem sempre é um drama !...

Nos últimos dias, a afi rmação da defesa dos interesses da Fileira da Construção Civil, cuja federação e associações abandonaram a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) depois das declarações do presidente

da CIP sobre hipotéticas fraudes fi scais no sector da construção civil, coloca na ordem do dia questões muito caras em democracia como são as da legitimidade da representatividade e do poder que tal representativi-dade possui.

Em Democracia – e ao contrário do que alguns possam pensar – a legitimidade não se esgota numa contagem sazonal de votos. É preciso que a acção dos represen-tantes, sob a vigilância permanente dos representados, seja transparente, até nos erros que sempre ocorrem, e tenha como regra de ouro a defesa fi rme dos legítimos interesses dos representados. Em caso de confl ito a úni-ca solução é a renúncia, eventualmente acompanhada de ruidosas denúncias.

A Federação e as associações das empresas de Cons-trução Civil que decidiram afastar-se da CIP fi zeram-no em nome da defesa do bom nome dos empresários que representam. Não tinham outra alternativa depois de terem ouvido o que ouviram ao presidente da respectiva Confederação: depois de se saber que na cúpula que

os representava havia (e haverá) quem os julgasse e condenasse sem legiti-midade para tal e sem os ouvir. Isto na sensível ma-téria do cumprimento das obrigações fi scais.

“Quem não se sente não é fi lho de boa gente”, diz o povo, neste caso, com razão, acrescentando, também com alguma sa-bedoria, que “há males que vêm por bem”. E o mal que possa parecer a

saída da CIP por parte da Fileira da Construção Civil pode ser um bem para o sector e até para a própria CIP que existe não apenas para contabilizar as quotas da fi leira mas para exercer infl uência no sentido do desen-volvimento da Economia de Mercado.

Se os empresários da Construção Civil conseguirem, fora da CIP, aquilo que manifestamente não consegui-ram dentro da confederação, isto é, o respeito ou, pelo menos, o benefício da dúvida por parte dos seus pares, então esta saída tem de ser vista de forma positiva e útil para todos, para economia do país, para a CIP e para os próprios empresários da Construção Civil, principal-mente se agarrarem esta oportunidade para outros voos em matéria de organização empresarial.

Todo o sector da Construção Civil, mais todos os outros sectores que operam na área do imobiliário, só terão a ganhar, na minha perspectiva, com a criação de uma Confederação que englobe todas as organizações empresariais que operam nesta área: as exigências do desenvolvimento económico no actual quadro das economias implicam olhares cada vez mais especiali-zados e rigorosos sobre os universos que pretendem abranger.

É bom recordar que este universo comummente denominado de Fileira da Construção abrange todo o conjunto de sectores e negócios que se posicionam na cadeia que acrescenta valor ao “produto” construção. Da extracção da pedra

à arquitectura paisagística, passando pela produção de prefabricados e betão, à promoção imobiliária e, natural-mente, à mediação imobiliária. Erguer uma Confedera-ção que conjugue estes interesses é um desafi o há muito sentido que agora ganhou nova oportunidade.

Um divórcio nem sempre é um drama. Às vezes é mes-mo a única solução para que as partes continuem a en-tender-se minimamente e para evitar maiores prejuízos a terceiros. Isto é igualmente válido para pessoas e para empresas. presidente da Direcção Nacional da APEMIP

[email protected]

José Eduardo Macedo

O pior desempenho da economia portuguesa dos últimos 50 anos coincide com o melhor desempenho da economia mundial

OE’2008 não promove o investimento público

À semelhança dos anos anteriores, depois de analisado o Orçamento de Estado para 2008 é inevitável afi rmar-se que o mesmo surpreen-de pela negativa. É certo que esta é uma das principais ferramentas ao dispor do Governo

para concretizar a sua política económica, pelo que, no mínimo, o que se impunha era que o mesmo consubstan-ciasse um plano plurianual de investimento e apresentasse soluções calendarizadas para os problemas do país.

Porém, em linha de continuidade com o que sucedeu nos últimos anos, o Orçamento de 2008, contraria as ex-pectativas criadas, designadamente, pelas intervenções do Governo nos últimos meses, que foram alimentando a esperança de que o próximo ano pudesse marcar uma viragem na política económica, relançando o investi-mento público e a actividade do sector. Na realidade, o Orçamento de Estado de 2008 está longe de promover o “choque de investimento” de que o país necessita e de poder contribuir para a recuperação do sector da Construção.

Esperava-se, pois, que, uma vez atingido antecipada-mente o objectivo dos 3% de défi ce, a política orçamental viesse a ser menos restritiva e contribuísse favoravelmente para o crescimento económico, nomeadamente através do crescimento do investimento em infra-estruturas.

Inexplicavelmente, o Governo optou por acelerar o processo de consolidação orçamental, propondo-se atin-gir, em 2008, um défi ce de 2.4%, quando o compromisso assumido em Bruxelas no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento era de 2.6%. Como consequência, o OE 2008 não vai contribuir para apoiar a recuperação econó-mica. A opção política continua centrada na redução do

défi ce, ignorando os efectivos problemas das empresas e o défi ce de investimento.

O pior desempenho da economia portuguesa dos últi-mos 50 anos coincide com o melhor desempenho da eco-nomia mundial e europeia, sendo que em 2009, estaremos situados em termos de convergência, competitividade e rendimento ao nível em que nos encontrávamos em 1990, quando o PIB per capita, corrigido de paridades do poder de compra, se situava nos 65,2% da média europeia.

Portugal não foi capaz de criar condições favoráveis para atrair e mobilizar os capitais necessários para a realização de investimentos em infra-estruturas e áreas produtivas, não soube aproveitar a conjuntura internacional e a oportunidade que a mesma proporcionou para investir e, consequentemente, o país registou o pior desempenho económico entre os 27 países da UE.

No que respeita à actividade do sector, entre 2002 e 2007, verifi cou-se uma redução de 22%, em termos acu-mulados, enquanto no conjunto da zona Euro crescia 11%, em Espanha 31% e na Grécia 40%, o que signifi ca que o défi ce de investimento em construção em Portu-gal atingiu 33 pontos percentuais face à média da zona Euro, 53 p.p. relativamente à Espanha e 62 p.p. compa-rativamente à Grécia.

N o ranking da convergência europeia, a nossa perda de competitividade no seio da UE signi-fi cou que, de entre os 27 países que integram a União Europeia, passámos do meio da tabela, do 15º lugar em 2000, para o terço das piores

economias, devendo ocupar, em 2009, a 20ª posição do ranking. Em menos de uma década, fomos ultrapassados

pela Grécia, Eslovénia, República Checa, Estónia e Malta, uma situação impensável em 2003, quando optámos, de-liberadamente, pela consolidação orçamental em contra ciclo com a economia europeia.

Sem investimento não há convergência com os nossos parceiros europeus. O investimento em infra-estruturas deve ser prioritário e a sua concretização não depende apenas de mais investimento público, mas, de igual modo, da criação de condições propícias ao relançamento do investimento privado, sem esquecer que, o investimento nesta área não se compadece com calendários eleitorais devendo, isso sim, acompanhar a conjuntura internacio-nal favorável.

Ainda no tocante ao OE 2008 e às políticas nele defi nidas, a política habitacional foi mais uma vez se-cundarizada, apesar da referência a várias medidas, de cujo impacto se duvida seriamente, como é o caso da criação de um regime de apoio à reabilitação urbana. E em matérias mais directamente relacionadas com a vida das empresas, é certo que as principais linhas de orientação se prendem com promessas de actuação em áreas com muito relevo, como é o caso, designadamente, do programa de redução dos prazos de pagamento do Estado a fornecedores, mas que, uma vez mais, não são acompanhadas de medidas concretas que nos permitam perspectivar o seu efectivo alcance.

Defi nitivamente, o OE 2008 não é favorável ao país nem ao sector da Construção pelo que se torna cada vez mais indispensável usar efi cazmente o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para relançar a economia e evitar mais atrasos nos projectos de qualifi cação do ter-ritório. Presidente da FEPICOP e AICCOPN

Reis Campos

Um divórcio nem

sempre é um drama.

Às vezes é mesmo

a única solução

para que as partes

continuem a entender-

-se minimamente e

para evitar maiores

prejuízos a terceiros

DR

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8 • Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007

Empreendimento

Maia Desenvolver condições para tornar o município competitivo

Parque Maior vai competir no Noroeste PeninsularInvestimento de 230 milhões de euros na criação de uma nova centralidade na Maia. Intercâmbio social é um dos objectivos do projecto idealizado por Souto Moura

a O Parque Maior, projecto de desen-volvimento de uma nova centralidade no concelho da Maia, visa dotar o mu-nicípio das condições para que este se torne competitivo no contexto da Área Metropolitana do Porto e do Noroeste Peninsular. Em entrevista ao PÚBLICO Imobiliário, Miguel Rico, presidente do conselho de administração do gru-po MRA, que integrará, em parceria com a Câmara Municipal da Maia, a nova Sociedade de Reabilitação Urba-na (SRU) para a execução do projecto, referiu que a empresa “tem uma larga experiência neste tipo de projectos”, sendo este “know-how que pretende transmitir ao Parque Maior”.

Os estudos realizados pela empresa referem que a Maia “é um concelho de grande carácter industrial”, que emprega cerca de 20 mil pessoas, mas onde não existe “um centro no seu perímetro urbano”. É uma cidade “sem oferta de comércio e serviços, que obriga a sua população a recorrer a outras zonas da área metropolita-na”. Na sua estratégia de instalação em Portugal, a MRA aposta na “trans-missão de conhecimento” e na auto-nomização das entidades locais, que gozarão de gestão própria. O grupo MRA, com sede em Pamplona, conta com cerca de 30 anos de existência e uma larga experiência na edifi cação de habitações de custos controlados. “Privilegiamos as qualidades arquitec-tónicas, urbanísticas e ambientais dos empreendimentos e oferecemos so-luções urbanísticas sustentadas”, referiu Miguel Rico. Actualmente, a MRA gere uma carteira de projectos que implica a construção de mais de 30 mil habitações em diferentes pontos de Espanha e tem previsto uma facturação de 1.200 milhões de euros no período compreendido entre 2007 e 2012.

Daí que tenha sido seleccionada pela autarquia da Maia para integrar a Parque Maior – SRU, com um capital de 49 por cento, sendo os restantes 51 por cento detidos pelo município. O relacionamento com a autarquia é visto como positivo por Miguel Rico: “O esqueleto do projecto está já deli-neado, e será a partir daqui que ire-mos trabalhar” nos próximos 10 a 15 anos, calendário previsto para a sua execução. “Temos que fazer as coisas de forma coerente. O sector privado deve trabalhar com responsabilidade social – o futuro passará pelas parce-rias entre os sectores público, o priva-do e as universidades”, referiu.

Captar jovens O Parque Maior envolve um investi-mento de 230 milhões de euros numa área de 200 mil metros quadrados, cujo plano de pormenor foi traçado pelo arquitecto Souto Moura. Se o seu grande objectivo é “terminar com o preconceito de periferia do Porto”, a nova centralidade da Maia

prevê a captação de uma larga fatia da população jovem e qualifi cada que trabalha no concelho mas não encontra condições para aí residir.

“Estamos a falar de um potencial de 5.000 pessoas nestas condições”, explicou Xavier Alforga, administra-dor-delegado da empresa. Por outro lado, a sua localização, junto ao aeroporto e plataforma logística de Leixões, confere “grande vantagem competitiva no seu desenvolvimento económica e social”. Além da constru-ção de 1.300 habitações em edifícios

de quatro e cinco pisos, o projecto prevê a construção 530 habitações destinadas a realojar os moradores do Bairro do Sobreiro, que ocupa parte do espaço e que começou já a ser demolido. “Queremos integrar as famílias que actualmente habitam nas zonas sociais a desmantelar, dan-do-lhes a oportunidade para estarem no centro, integrando-as com outras famílias que ali venham a habitar”.

Isto porque, sublinhou, “é preciso acabar com a guetização” daquele es-paço. Além disso, o Parque Maior con-

ta com 30 mil metros quadrados de serviços e um parque verde que, com outros espaços públicos, ocupa cerca de dez hectares. No fi nal do projecto, os responsáveis da MRA estimam um retorno do investimento na ordem dos 13 por cento.

Miguel Rico assumiu ainda que este poderá ser um projecto-piloto para que a empresa possa actuar em ou-tras zonas do país. Fora de Espanha, e além da Maia, o grupo MRA tem em mãos outro projecto de característi-cas semelhantes na Polónia.

Marc Barros

1.200milhões é a facturação prevista pela empresa para o período entre 2007 e 2012

Número

Projecto deverá estar concluído dentro de 15 anos

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Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007 • 9

Resort Marrocos

Projecto em Marraquexe com marca portuguesa

a Os sultões de Marraquexe tinham ali os seus encontros amorosos. Há várias gerações que os Jardins da Me-nara fazem sonhar os marroquinos e foi junto a eles que a Kingdom Hotel Investments (KHI) resolveu projectar o seu novo resort no Norte de África. O empreendimento integra um hotel, várias habitações, campo de golfe e centro de congressos e a sua cons-trução está a cargo dos portugueses da Casais.

“Estamos orgulhosos por fazer es-te grande investimento no mercado de alojamento de luxo de Marrocos, um destino turístico de elevada esca-la que adoptou uma estratégia bem direccionada”, assinalou o príncipe Abdulaziz Al Saud, presidente da KHI, que estabeleceu uma parceria com a European Hotel Corporation e a Alliances Development Immobi-lier para o desenvolvimento deste projecto.

Representando um investimento de mais de 78 milhões de euros, o resort tem no hotel de luxo a sua principal referência. Desenhado pelo gabinete de arquitectura Rear-donSmith, este “edifício palaciano”, com 140 suites, procura “integrar-se na paisagem marroquina, ao invés de competir com ela”, pode ler-se numa nota da ReardonSmith, que dá ainda conta de que alguns dos quartos pos-suirão uma “vista impressionante” para as famosas montanhas Atlas.

A unidade hoteleira, que será

gerida pela cadeia Four Seasons, incluirá um Spa e centro de fi tness com 3.000 metros quadrados. Três restaurantes, estacionamento priva-tivo e serviço de porteiro completam a oferta desta estrutura.

O resort, que deverá estar con-cluído em 2010, contempla também uma forte componente residencial, com 40 propriedades (20 townhou-ses T2 e T3 e 20 villas T3 e T4) e 43 moradias de luxo. Segundo revelou a KHI, os proprietários destas habi-tações terão à sua disposição “um serviço de quartos” proporcionado pelo resort.

A construção de um campo de gol-fe, com 18 buracos, e de um centro de congressos, com capacidade para 600 pessoas, são outras das valências deste projecto, que se estende por uma área de 15,7 hectares.

O grupo português Casais, que tem vindo a operar em Marrocos desde 2005, foi o escolhido para a construção deste resort. Para Jorge Lourenço, Country Manager da Ca-sais no país, este projecto representa “a consolidação da construtora como um dos principais players em Marro-cos na construção de hotéis e resorts de luxo, confi rmando a confi ança que clientes nacionais e internacionais depositam no nosso know-how”.

O PÚBLICO Imobiliário apurou que as vendas das unidades residenciais, a cargo dos ingleses da Hamptons In-ternational, estão a “superar todas as expectativas”.

Pedro Farinha

Casais constrói resort de luxo em Marrocos. Conclusão prevista para 2010

Resort está situado junto aos Jardins da Menara

78milhões de euros é o investimento, que será feito no resort e que terá no hotel de luxo a sua principal referência

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10 • Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007

Actualidade

Internacionalização Empresas procuram novas oportunidades fora de Portugal

Brasil é um dos destinos preferidos das empresas portuguesas

DR

Imobiliário impulsiona investimento português no estrangeiro Brasil, Cabo Verde, Angola e Espanha são os destinos preferidos, mas investidores imobiliários começam a virar-se também para o Leste europeu

a As actividades ligadas ao imobi-liário foram responsáveis por quase dois terços (65,16 por cento) do in-vestimento das empresas portugue-sas no estrangeiro, durante o primeiro semestre deste ano. Os investidores ligados a este sector estão a apostar em mercados como o Brasil, Espanha, Angola e Cabo Verde. No entanto, a atractividade dos países da Europa de Leste é cada vez maior.

“A internacionalização das empre-sas portuguesas é um passo natural no seu desenvolvimento”, constatou, ao PÚBLICO Imobiliário, o economis-ta e professor universitário José Alves Vieira. “O imobiliário não é excepção, com as empresas a procurarem novas oportunidades de investimento em mercados fora de Portugal”.

E essas oportunidades estão a sur-gir um pouco por todo o lado, apesar do peso que o Brasil voltou a assumir no contexto do investimento imobili-ário nacional. “Acreditamos muito no desenvolvimento turístico do Brasil e estamos presentes em vários esta-dos de Norte a Sul”, sublinhou José Roquette, administrador do Grupo Pestana, que desde 1996 tem apos-tado fortemente no Brasil, tanto ao nível da componente hoteleira co-mo, mais ultimamente, no turismo residencial.

A aposta no turismo residencial, consubstanciada na criação da marca Pestana Residence, conheceu, ainda há bem pouco tempo, dois novos pro-jectos: o Pestana Ipojuca Beach Resort & Bungalows, em Porto Galinhas, e o Bahia Lodge Residence, em Salvador da Bahia.

O Brasil é destino de investimen-to também para outros grupos ho-teleiros, designadamente o grupo Alexandre de Almeida, que ainda recentemente adquiriu o Hotel Pala-ce, no centro histórico de Salvador da Bahia, e o grupo Vila Galé que contro-la já três hotéis naquele país, dois em Salvador e outro em Fortaleza.

O grupo Somague está, por seu la-do, a construir um hotel de luxo em Itacaré, na região Sul da Bahia, num investimento que ascende aos 60 mi-lhões de euros, o mesmo sucedendo com o grupo Reta Atlântico, que está a aplicar 45 milhões de euros no desen-volvimento de um complexo hoteleiro e imobiliário, na vila de Imbassaí, 60 quilómetros a Norte de Salvador.

“O mercado imobiliário português encontra-se estagnado, daí que seja necessário apostar em novos merca-dos fl orescentes, como é o caso do brasileiro”, notou o promotor imobi-liário Alexandre Relvas, que adquiriu recentemente, em parceria com um grupo brasileiro, um conjunto de terrenos para construção na zona de Florianopólis.

Os portugueses estão também activos no Estado do Ceará, naquele que será o maior complexo turístico

da América Latina. O Aquiraz Golf & Beach Villas Resort, que conta, entre os seus investidores, com o Banco Pri-vado Português (BPP), implica um in-vestimento de 210 milhões de euros.

A presença portuguesa neste país é igualmente notada no segmento do retalho, onde a Sonae Sierra tem da-do cartas ao longo dos últimos anos, com um plano de desenvolvimento extremamente ambicioso, que tem passado pela construção de vários centros comerciais e pela aquisição de outros, para posterior remode-lação. Mas a empresa não quer fi car por aqui: “Vamos investir mais 230 milhões de euros no triénio 2007-2009”, garantiu Álvaro Portela, CEO da Sonae Sierra, que pretende “abrir pelo menos um shopping center por ano, no Brasil”.

Proximidade geográfi caA Espanha é outro dos mercados em que os portugueses têm apostado, apesar de, neste caso, as coisas não estarem a ser fáceis para as empre-sas nacionais, que se queixam de algumas difi culdades. Ainda assim, o segmento de retalho é aquele que tem respondido mais favoravelmente às «investidas» das empresas lusas, nomeadamente da Sonae Sierra e da Chamartín Imobiliária [a gestão em Portugal é autónoma, nomeadamente na área dos centros comerciais].

“Em Espanha, estamos, neste mo-

cados. Angola é exemplo disso mes-mo. Além dos projectos que o grupo Espírito Santo tem em Luanda, outras empresas ligadas ao imobiliário estão a entrar neste país.

A Bascol é um desses casos. Já este ano foi constituída a Bascol Angola, que se encontra a desenvolver ac-tualmente o Condomínio de Belas. Trata-se de um projecto, cuja cons-trução deverá arrancar em Janeiro do próximo ano, e que representa um investimento de 70 milhões de euros. A OPCA também está a apostar forte no imobiliário da capital angolana, com a construção do empreendi-mento Kualanda e de um segundo projecto, junto ao Kinaxixi, também em Luanda.

Em Cabo Verde, a Design Resorts vai investir 250 milhões de euros no projecto Ponta Bicuda, um resort lo-calizado na ilha de Santiago que inclui seis hotéis, áreas residenciais, centro de congressos, 14 piscinas, campos de ténis e Spa.

Os países do Leste europeu são o próximo alvo, pelo menos a julgar pe-las intenções de muitas das empresas que estão a investir no estrangeiro. José Fortunato, administrador da MSF Tur.Im, afi rmou, ao PÚBLICO Imobiliário, que a estratégia de in-ternacionalização passa por países como a Polónia e a Bulgária, onde a empresa espera vir a desenvolver bre-vemente projectos residenciais.

Rui Pedro Lopes

mento, a promover um Dolce Vita na Corunha, e a remodelar um activo que adquirimos recentemente e que será transformando no novo Dolce Vita Alcobendas, em Madrid. Ainda no país vizinho, vamos desenvolver brevemente o Dolce Vita Valladolid”, afi rmou, em entrevista recente ao PÚ-BLICO Imobiliário, Jaime Lopes, CEO da Chamartín Imobiliária.

A Sonae Sierra, por seu lado, é pro-prietária ou co-proprietária, consoan-te os casos, de 12 centros comerciais em Espanha, tendo mais dois projec-tos em desenvolvimento.

“Quando a Sonae Sierra iniciou a sua internacionalização, o mercado espanhol surgiu como uma opção óbvia tendo em conta a sua proxi-midade geográfi ca e as sinergias potenciais com a nossa operação em Portugal. Por outro lado, este merca-do demonstrava uma apetência pelo nosso formato de centro comercial, onde o lazer e a arquitectura com-binam com uma excelente oferta comercial”, assinalou Álvaro Portela que, também através da Sonae Sierra possui projectos em Itália, Roménia, Grécia e Alemanha.

Voltar a ÁfricaDepois de uma quebra no investi-mento dirigido aos países africanos de língua portuguesa, no fi nal do sé-culo passado, os portugueses estão novamente a voltar-se para estes mer-

“Vamos investirmais 230 milhõesde euros no triénio2007-2009”,garantiu ÁlvaroPortela, CEO daSonae Sierra, quepretende “abrir pelomenos um shoppingcenter por ano, noBrasil”

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Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007 • 11

Actualidade

Rui Pedro Lopes

a O arrendamento da Torre A do centro empresarial Torres de Lisboa, pela Chamartín Imobiliária à Petrogal é, para já, o maior negócio do ano no segmento de escritórios. Esta operação é também o corolário “do melhor ano de sempre da Chamartín no mercado de escritórios”, revelou, ao PÚBLICO Imobiliário, Jaime Lo-pes, CEO da empresa.

Apesar de 2007 ainda não ter terminado, o balanço da Chamartín Imobiliária é já “muito positivo”. Até Novembro, a unidade de negócios Corporate Solutions (Escritórios e Armazéns) da empresa transaccio-nou mais de 35 mil m², um valor que poderá aumentar, uma vez que “existe a possibilidade de fecharmos mais alguns negócios até ao fi nal do ano”, notou Jaime Lopes.

O destaque, no entanto, vai para a operação de arrendamento da Torre A das Torres de Lisboa à Petrogal. São 15 mil m² e 200 lugares de esta-cionamento que passam a estar ao serviço da Petrogal que, deste modo, reagrupa várias empresas e unidades de negócio da holding, espalhadas por diversos edifícios.

As Torres de Lisboa foram também palco para outro negócio que envol-veu a Chamartín Imobiliária. Neste

Pedro Farinha

a O século XX estava a dar os seus primeiros passos, quando Luiz Ber-nardo de Silva Estrela idealizou a construção de um palacete em ple-na Avenida Duque d’Ávila, na cidade de Lisboa. O edifício fi cou concluído em 1912 e o proprietário deu-lhe o nome da avenida onde estava loca-lizado. Quase 100 anos depois, em 2005, o edifício era reabilitado e hoje as consultoras Worx e a CB Richard Ellis estão a comercializar o imóvel, totalmente recuperado.

“O palacete é um imóvel de eleva-do prestígio, muito próprio, o que o torna único no mercado de escri-tórios de Lisboa”, sublinha Pedro Salema Garção, Assistant Managing Director da worx.

Localizado no centro da cidade, es-te edifício oferece 900 m² – distribuí-dos por dois pisos e uma cave – com “excelente qualidade e equipado com as mais modernas tecnologias”. O imóvel está dotado de ar condicio-nado, piso sobre elevado ou sistema de detecção de incêndios.

Um dos pontos fortes da reabilita-ção do palacete “consistiu na inter-venção de conservação e restauro, de forma a restituir ao edifício todo o seu esplendor de outrora, incluindo a decoração de espaços internos, com uma grande variedade de materiais muito ao gosto da época”, designa-damente a abundância de estuques dourados, pinturas nos tectos das sa-las mais nobres, lareiras em mármore ricamente trabalhadas, escadaria em ferro e madeira, vitrais, paredes re-vestidas de painéis de seda, veludo, espelhos e mármore.

Destaque também para as cinco pinturas, executadas a óleo, exis-tentes neste espaço, duas delas datadas e assinadas, em 1918, por J. Pedro Cruz.

Segundo a Worx, este imóvel desti-na-se preferencialmente a empresas do ramo fi nanceiro, sociedades de ad-vogados, seguros ou para o conselho de administração de uma empresa. “Este espaço nobre está apenas dis-ponível para venda e para ocupação de uma única entidade”, acrescenta Pedro Salema Garção.

Chamartín Imobiliária diz que 2007 é o seu melhor ano no segmento de escritórios

Pedro Farinha

a O lançamento do BS – Centro de Design, no próximo dia 1 de Dezem-bro, em Óbidos, será assinalado pe-la inauguração de uma exposição de esculturas em prata de Ângelo de Sousa. O projecto que irá nascer fu-turamente no empreendimento Bom Sucesso conta com a assinatura do arquitecto Álvaro Siza Vieira.

“O centro de design pretende ser um agente na criação e dinamização de manifestações criativas em torno das artes plásticas, assumindo como ponto de partida a arquitectura, ele-mento base de inovação do projecto do Bom Sucesso”, sublinhou Maria do Carmo, directora de Marketing do empreendimento Bom Sucesso.

As actividades artísticas e o centro serão de acesso livre e abertos à po-pulação em geral, “facilitando uma maior interacção e vivência do em-preendimento com a comunidade”, constata aquela responsável, acres-centando que estas novas valências

constituirão “também um espaço privilegiado de lazer com carácter formativo para todos os utilizadores do empreendimento”, até porque, “a futura vivência do Bom Sucesso na sua vertente cultural foi particular-mente pensada nos equipamentos do Aldeamento Sul onde está tam-

bém prevista a construção de um anfi teatro ao ar livre”. O projecto do BS – Centro de Design será desenvol-vido num espaço com uma área de cerca de 300 metros quadrados e re-presenta um investimento de 450 mil euros, que serão também canalizados para a construção de uma concha acústica, integrada no Aldeamento Sul, que servirá para a realização de concertos ao ar livre.

Empresa colocou até este mês 35 mil metros quadrados. Futuro encarado com optimismo pelos seus responsáveis

Bom Sucesso vai ter Centro de Design

95por cento é a taxa actual de ocupação das Torres de Lisboa

Torres de Lisboa

A Multi Development foi considerada “a melhor promotora de imobiliário de retalho da Europa”, nos MAPIC Awards, cuja 13.ª edição decorreu este mês, em Cannes. Esta distinção foi justificada pela “excelência das apostas arquitectónicas, pelo desenvolvimento e extraordinária dimensão dos vários projectos pan-europeus” da Multi Development.

caso, o arrendamento de 5.552 m² e 65 lugares de estacionamento de uma das torres ao Banco Cetelem.

“São dois negócios muito impor-tantes e que têm um signifi cado especial para nós”, sublinhou Jaime Lopes, que encara este centro em-presarial como “o melhor que existe no nosso país”. Estas duas operações fi zeram subir também a taxa de ocu-pação das Torres de Lisboa de 52 pa-ra 95 por cento.

O futuro da Chamartín Imobiliária no segmento de escritórios é encara-do com optimismo. “A tendência de crescimento verifi cada durante este ano deverá manter-se em 2008”, assi-nala o CEO da empresa, que dá conta de um conjunto de novas promoções

que “vamos iniciar já no início do pró-ximo ano na cidade de Lisboa”.

Segundo o PÚBLICO Imobiliário apurou, algumas destas operações dizem respeito a edifícios alvo de obras de reabilitação e que se en-contram localizados no centro da cidade. Sobre o actual momento do mercado de escritórios, Jaime Lopes não tem dúvidas de que este “será o melhor ano dos últimos oito anos” neste segmento, o que “demonstra alguma retoma da actividade econó-mica do país”.

Para 2008, o CEO da Chamartín Imobiliária antecipa o regresso da chamada promoção especulativa, ou seja, a construção de edifícios de escritórios sem que existam, a priori, empresas interessadas na aquisição/arrendamento desses es-paços. “É um tipo de promoção que não se tem feito durante os últimos anos, em virtude da crise que este mercado atravessou”, acrescenta.

Palacete em comercialização no centro de Lisboa

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O centro de design pretende ser um agente na criação e dinamização de manifestações criativas em torno das artes plásticas

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12 • Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007

Actualidade

Tecnologia Flexibilidade e abrangência em destaque

Nova versão do AXIS no mercado durante o segundo semestre de 2008Software que auxilia empresas de construção ao nível dos procedimentos conhece quarta versão. Venda no estrangeiro é possibilidade

a “Este software permite tratar, em diferentes perspectivas, tudo o que é problemática associada ao negó-cio da construção, desde a gestão de equipamentos e ofi cinas à gestão or-çamental e de obras”. É desta forma que Joana Serra, administradora da CDP-SI, nos introduz no mundo do AXIS, um software que a empresa co-meçou a desenvolver há dez anos e que vai conhecer a sua quarta versão no segundo semestre de 2008.

As empresas ligadas ao sector da construção são os maiores clientes deste software pioneiro no nosso pa-ís. Aliás, foi a pensar numa empresa de construção que o sistema foi con-cebido. “Quando a MSF precisou de uma ferramenta que automatizasse e ajudasse à condução dos seus processos administrativos, verifi cou que não existia nada no mercado que respondesse a essa necessidade. As-sim, desenvolveu esta ferramenta internamente”, recorda Joana Serra ao PÚBLICO Imobiliário.

A ideia, no entanto, não fi cou confi nada às quatro paredes da MSF. “Como no mercado não existia um software que respondesse a es-tas necessidades, a MSF considerou que seria uma mais-valia colocar es-te sistema à disposição desse mesmo mercado”. E assim nascia o AXIS, e com ele a CDP-SI, empresa que viria a autonomizar-se da MSF em 1999.

Segundo Joana Serra, este sistema encerra várias vantagens. Desde lo-go, “permite o aumento da produti-vidade dos utilizadores”, ao mesmo tempo que “os dados introduzidos no software são aproveitados para diferentes áreas, o que possibilita um maior fl uxo de comunicação e permite saber, quase em tempo real, qual é o estado do negócio da empresa”, assinala a administradora da CDP-SI.

Outra das vantagens reside no facto deste software funcionar como um sistema congregador. “Através de um único sistema, consigo tratar de tudo o que diz respeito à minha área de negócio. Isto permite ter uma base de trabalho comum e aumentar a produtividade”.

Joana Serra dá um exemplo prá-tico: “Numa fase de orçamentação, é importantíssimo possuir uma boa base de conhecimentos daquilo que é a realidade da empresa e qual o seu histórico em termos de obras. O AXIS permite tudo isso, com enormes vantagens ao nível da redução dos tempos de resposta”.

O Sistema de Informação e Gestão de Obra (SIGO) é um dos principais módulos do AXIS. “Uma das suas fun-cionalidades assenta na possibilida-de de controlar os recursos que uma empresa está a utilizar numa obra”. Ou seja, “à medida que os dados vão sendo introduzidos no software, os

utilizadores vão obtendo uma noção clara de como a obra está a decorrer, o que permite controlar os custos e verifi car, se for caso disso, porque é que os prazos de execução de uma obra estão atrasados, analisando o detalhe necessário ao nível de cada recurso”, constata Joana Serra, que não tem dúvidas de que este sistema “permite fazer um acompanhamento quase diário de uma obra”.

A existência desta base de dados é também “muito benéfi ca para a empresa, ao nível do próprio histó-rico”. Isto porque, “a informação fi ca alojada numa base, a que eu posso aceder sempre que desejar, ao mes-

mo tempo que me dá todos os dados relativamente à forma como uma de-terminada obra decorreu e quais as maiores difi culdades encontradas”.

Novas realidadesA utilização deste software, na óptica do utilizador, é “extremamente sim-ples”, uma vez que “todo ele é dese-nhado numa linguagem Microsoft e utiliza as ferramentas Offi ce, desde o Excel até ao MS Project”. Ainda assim, a CDP-SI garante um acompanhamen-to personalizado a todas as empresas que desejem adquiri-lo, tanto ao nível da sua instalação como na realização de acções de formação para os cola-boradores das empresas.

O carácter pioneiro deste softwa-re transformou-o num sucesso qua-se instantâneo, no momento do seu lançamento. “Por exemplo, em 2001 e 2002, a procura deste produto era de tal ordem que não tínhamos ca-pacidade para responder a todas as solicitações”, afi rma Joana Serra.

A crise que se instalou no sector da construção, em 2003, abrandou as vendas. É por esta altura, que o AXIS adquire uma nova dimensão: “A partir de 2004, o software sofreu um

tes do novo AXIS, que está preparado para auxiliar as empresas nacionais na sempre difícil tarefa da internacio-nalização. “O sistema vai possibilitar a uma empresa gerir, simultaneamen-te e com uma única base, obras em Portugal e na Polónia”, nota a admi-nistradora da CDP-SI, que destaca o carácter multilingue do novo AXIS e a possibilidade de conversão em várias moedas.

Além das ferramentas disponibili-zadas por este software, a CDP-SI ofe-rece também um conjunto alargado de serviços, alguns dos quais funcio-nam como um complemento do pró-prio AXIS. O VoIP (comunicação de dados e voz através da Internet) é um desses exemplos. “Esta ferramenta permite que o AXIS possa ser acedido de forma remota, desde a sede, pelos utilizadores espalhados pelas várias obras de uma empresa”.

A internacionalização do próprio sistema está igualmente em cima da mesa. Joana Serra adianta que esse é “um dos principais objectivos do novo AXIS”, até porque “a nova ver-são é muito mais adequada a uma im-plementação por terceiros (empresas estrangeiras)”.

Rui Pedro Lopes

grande conjunto de alterações, visto que, sentimos que o tipo de obras que as empresas estavam a gerir alargava-se rapidamente a outros domínios”.

As empresas que operavam no sector das obras públicas começaram também a virar-se para a construção civil, o que “obrigou o nosso sistema a adaptar-se a esta nova realidade”.

Joana Serra garante que, hoje, o sistema “tanto gere a construção de um simples edifício, como a constru-ção de obras de maior envergadura, como foi recentemente o caso do Túnel do Marquês e da nova Ponte sobre o rio Tejo”.

Aposta no estrangeiroA nova versão do AXIS (a quarta) vai ser lançada no segundo semes-tre do próximo ano. De acordo com Joana Serra, uma das principais diferenças assenta na sua fl exibili-dade. “O novo sistema vai permitir parametrizar, de uma forma muito mais simples, cada uma das empre-sas que integram um determinado grupo, sejam elas mais dedicadas à reabilitação urbana, à constru-ção civil ou às obras públicas”.

A abrangência é outra das verten-

Joana Serra, administradora da CDP-SI, fala do software AXIS

Joana Serra garante que,

hoje, o sistema “tanto gere

a construção de um simples

edifício, como a construção de

obras de maior envergadura,

como foi recentemente o caso

do Túnel do Marquês e da

nova Ponte sobre o rio Tejo”

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Público Imobiliário • Quarta-feira 28 Novembro 2007 • 13

Breves

A Ebel apresentou recentemente o Classic Hexagon, uma colecção contemporânea de relógios que se distingue pelas “linhas rigorosamente puras” e pela sua “beleza intemporal”.

Segundo um comunicado da Ebel, “cada detalhe do Hexagon foi meticulosamente concebido para garantir linhas e volumes idealmente proporcionados. O desenho visionário do Classic Hexagon é reproduzido na caixa hexagonal que se destaca indubitavelmente pelo seu tamanho: um diâmetro de 45,5 mm e um mostrador que pode atingir uma abertura de 37 mm, ocupando quase toda a caixa e criando uma sensação harmoniosa de espaço e de extrema elegância”.

O aparelho possui também um vidro de safi ra com tratamento anti-refl exo nos dois lados, ao passo que os mostradores, “delicadamente estruturados”, irradiam “uma aura resolutamente moderna

Apostar numa

convivência

equilibrada e

sustentável dos

seus produtos

com o meio

ambiente. Este

é o principal

objectivo das

novas máquinas

de lavar loiça da Fagor, que

possuem qualifi cações máximas

ao nível da poupança de energia.

Entre as novas tecnologias que

permitem estas qualifi cações

encontra-se o Consumo Variável

Plus, uma tecnologia exclusiva

da Fagor que engloba o Consumo

Variável e o Duo Zone em cima

e em baixo, “adaptando os

consumos de água e energia à

carga introduzida, poupando

até 40 por cento de energia e

25 por cento de água”, indica o

documento promocional. Também

o ecosensor – que mede o grau de

turvação da água, reutilizando-a

se estiver limpa – permite “poupar

até 25 por cento de água em

cada lavagem”. A funcionalidade

Advanced Intelligent System (AIS)

que permite às “máquinas saber

o que fazer a cada momento,

escolhendo elas próprias as opções

de lavagem mais adequadas” é

outra das características destes

novos modelos «amigos do

ambiente».

Máquina de lavar loiçaFagor com nova linha «amiga do ambiente»

O centro comercial Allegro, em

Alfragide, foi o local escolhido

para a instalação do novo

restaurante Shambala. Dirigido aos

“apreciadores da comida saudável

e natural”, este novo espaço

pretende

“trazer uma

nova vertente

para a comida

vegetariana,

já que a

sua oferta

gastronómica

se estende

à Vegan”,

sublinham

os seus responsáveis. “Matérias-

primas biológicas e alimentos

super frescos são o dia-a-dia deste

restaurante, que funciona como

Buff et Lacto-Vegetariano e Vegan,

deixando a cada cliente liberdade

para compor o seu prato à medida

do seu gosto e apetite, ou seguir

uma das sugestões indicada

diariamente pela nutricionista,

promovendo a melhor

combinação dos ingredientes”,

pode ler-se num comunicado. O

restaurante Shambala apresenta

diariamente novas combinações

de ingredientes, em saladas, pratos

quentes, sopas normais e light,

sobremesas e tisanas.

AlfragideRestaurante Shambala de portas abertas O Natal está à porta e as marcas

começam a apresentar as suas

propostas para esta quadra

festiva. Este é o caso da Miele

que acaba de lançar o aspirador

S4 Gold Edition, um modelo de

cor bronze dourado metalizado

com 2.000 watt de potência

máxima. O Gold Edition “vem

dotado com três rodas giratórias

com eixo em aço, um sistema de

regulação electrónica da potência

de aspiração, através de um botão

com seis níveis de potência e

um motor de arranque suave”,

revela um comunicado da Miele.

O aspirador possui ainda uma

pega ergonómica com regulador

de ar integrado, Park-System,

suporte integrado para tubo de

aspiração e recolha automática do

cabo eléctrico, além de escova de

aspiração comutável e acessórios

fi xos ao suporte (escova para

estofos, tubo plano, escova para

móveis).

NovidadeMiele apresenta aspirador dourado

A Kenwood descreve-a como “uma

peça de arte na cozinha que se

afi rma pelo seu design”. A nova

linha de cozinha KMix combina

harmonia de cores, design e

funcionalidade. É constituída por

robot de cozinha (em vermelho e

preto), com corpo em alumínio,

acção planetária e taça em inox de

4,6 l; copo liquidifi cador (vermelho

e preto), com 800 watts de

potência, corpo em alumínio e copo

em vidro de 1,6 l; e batedeira, com

motor DC de 400 watts de potência,

cinco velocidades e função pulse.

A nova linha integra ainda uma

varinha (nas cores vermelho e

cinza) com 700 watts de potência

e corpo em metal, e uma varinha

com acessórios (vermelho e cinza)

com 700 watts de potência e corpo

em metal, acessórios multifunções

para liquidifi cador, batedor e mini-

processador.

CozinhakMix é aposta da Kenwood

com os seus marcadores de horas biselados e os seus ponteiros longos e delgados”.

Esta nova colecção integra, para já, dois novos modelos (Hexagon GMT e o Hexagon Regulador), que funcionam com movimentos automáticos, possuindo cada um a sua própria «complicação».

Ebel lança Classic Hexagon

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