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& 109 Maio Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS ECONOMIA Opções para driblar os efeitos da alta taxa de juros CONSUMO Consumidor consciente também é sinônimo de oportunidade GESTÃO Você sabe quanto vale a sua empresa? COPA DO MUNDO LUIZ FERNANDO REGINATO DESTACA A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO PARA AS EMPRESAS Entrevista EXPECTATIVA E AJUSTES PARA DAR INÍCIO AO TORNEIO

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Mai

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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOS

EcoNomia Opções para driblar os efeitos da alta

taxa de juros

coNSumo Consumidor consciente também é

sinônimo de oportunidade

gEStão Você sabe quanto vale a sua

empresa?

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Luiz FernandO reginatO destaCa a impOrtânCia dO CapitaL humanO para as empresasEntrevista

expectativa e ajustes para dar início ao torneio

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Zildo de Marchi Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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EStamoS a mEnoS DE um mês da Copa do Mundo. Aguardamos por este momento desde 2007, quando o Comitê Executivo da Fifa confirmou o Brasil como o escolhido para sediar o Mundial de 2014. Ao longo desses sete anos, o país viveu diversas transformações relacionadas à vinda desse importante evento. Entre as mais evidentes, as obras que paralisaram as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos, entre as quais, Porto Alegre.

Sabemos que a responsabilidade de sediar a Copa do Mundo é compatível ao porte do evento, e a preparação, sem sombra de dúvidas, exige um planejamento igualmente grandioso. Podemos celebrar o fato de que o comércio de bens e serviços se antecipou ao investir na capacitação de suas equipes, o que deve ajudar a garantir a boa hospitalidade aos turistas que por aqui passarão.

É a chance de deixarmos a nossa marca, a marca dos gaúchos, nos corações e mentes

dos turistas – nacionais e estrangeiros – que visitarão o Rio Grande do Sul nesse período especial.

Entretanto, sabemos que não só Porto Alegre, mas todo o Estado está na expectativa daquilo que chamaremos de “legado da Copa”. Será a infraestrutura de nossa capital? Será o nosso estádio reformado? Será nosso aeroporto? Já não queremos mais “imaginar na Copa”, queremos ver tanto o evento quanto os resultados que colheremos após a partida final, marcada para o dia 13 de julho.

Apesar do investimento bilionário em torno do Mundial, infelizmente ainda nos deparamos com obras não concluídas e empresas despreparadas para recebê-lo, mesmo o país já estando na contagem regressiva para os jogos. Saberemos aproveitar as oportunidades?Será que fizemos o nosso melhor? Talvez seja este o grande legado da Copa.

A CopA que queremos ver

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especial / cOpa DO MUNDO

revista beNs & serviçOs / 109 / MaiO 2014

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reta final para o início do

maior evento esportivo

do mundo pede atenção

aos detalhes na hora de

atender consumidores

estrangeiros. a boa notícia

é que ainda dá tempo para

fazer ajustes e obter bons

resultados com o mundial

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reGiÕes

variações cambiais impactam

nos negócios da fronteira

oeste, mas não diminuem as

chances de prosperar

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eNtrevista

o mestre em sociologia

das organizações luiz

fernando reginato defende

a renovação do rh

desenvolvimento urbano

do rio grande do sul

impulsiona setor de

manutenção predial

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

www.revista.fecomercio-rs.org.br

Presidente:Zildo de marchi

Vice-Presidentes: luiz Carlos bohn, ronaldo netto Sielichow, levino luiz Crestani, luiz antônio baptistella, Jorge ludwig Wagner, antônio trevisan,

andré luiz roncatto, arno Gleisner, Cezar augusto Gehm, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi, itamar tadeu barboza da Silva, ivanir antônio

Gasparin, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, leonides Freddi, luiz Caldas milano, moacyr Schukster, nelson lídio nunes, olmar João Pletsch,

Julio ricardo andriguetto mottin, alécio lângaro ughini, ibrahim muhd ahmad mahmud, renzo antonioli, João oscar aurélio, maria Cecília Pozza, manuel

Suarez Cacheiro, Joarez miguel venço, ivo José Zaffari, Jaime Gründler Sobrinho, João Francisco micelli vieira

diretores: adair umberto mussoi, ary Costa de Souza, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, darci alves Pereira,

Edson luis da Cunha, Edison Elyr dos Santos, élvio renato ranzi, Francisco Squeff nora, Gabriel de oliveira Souto Jr., Gerson nunes lopes, Gerson

Jacques müller, Hélio berneira, Henrique José Gerhardt, isabel Cristina vidal ineu, Jamel Younes, Joel Carlos Köbe, Jorge Salvador, José nivaldo da rosa, Jovino antônio demari, liones oliveira bitencourt, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marco aurélio Ferreira, marcos andré mallmann, marice

Fronchetti, milton Gomes ribeiro, Paulo roberto Kopschina, Paulo renato beck, rogério Fonseca, rui antônio dos Santos, Sérgio José abreu neves, Sueli lurdes

morandini marini, tien Fu liu, túlio luis barbosa de Souza, Walter Seewald, Zalmir Francisco Fava. diretores Suplentes: airton Floriani, alexandre Carvalho acosta, andré luis Kaercher Piccoli, antonio Clóvis Kappaun, arlindo marcos

barizon, Carmen Zoleike Flores inácio, Clobes Zucolotto, daniel miguelito de lima, dinah Knack, Eduardo vilela neves, Eider vieira Silveira, Ernesto

alberto Kochhann, Everton barth dos Santos, Francisco amaral, Gilberto José Cremonese, Gilmar tadeu bazanella, Hildo luiz Cossio, Janaína Kalata das

neves, Jair luiz Guadagnin, Jarbas luff Knorr, João antonio Harb Gobbo, Jorge alfredo dockhorn, José Joaquim Godinho Cordenonsi, José vilásio Figueiredo, José vagner martins nunes, Juares dos Santos martins, Jurema Pesente e Silva,

ladir nicheli, luiz alberto rigo, luiz Carlos brum, marcus luis rocha Farias, miguel Francisco Cieslik, Paulo Ganzer, ramão duarte de Souza Pereira, régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, romeu maurício benetti, Silvio Henrique

Frohlich, Susana Gladys Coward Fogliatto, valdir appelt

conselho Fiscaltitulares: rudolfo José müssnich, Erselino achylles Zottis e nelson Keiber Faleiro

Suplentes: luiz roque Schwertner e Gilda lúcia Zandoná

delegados rePresentantes cnc: titulares: Zildo de marchi, moacyr Schukster / Suplentes: luiz Carlos bohn e ivo José Zaffari

conselho editorial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessoria de comunicação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana trevisol e

Simone barañano

coordenação editorial: Simone barañano

Produção e eXecução: temática Publicações

edição: Fernanda reche (mtb 9474)

rePortagem: diego Paiva de Castro, luísa Kalil, marina Schmidt e rafael tourinho raymundo

colaboração: ana laura visentini, Edgar vasques, leodir Senger ePaola oliveira

edição de arte: Silvio ribeiro

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é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

seçãO página

030608121417182224263234363840434447484950

Palavra do Presidente

Sobre / Gestão de Pessoas

Notícias & Negócios

Economia

10 Passos / Para a diferenciação

Opinião

Entrevista

Regiões / Fronteira oeste

Consumo

Especial / Copa do mundo

Saiba Mais

Sesc

Serviços

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Gestão de pessoasO diferencial das empresas passa cada vez

mais pelOs talentOs que ela agrega à sua

equipe. gerir adequadamente O capital

humanO, termO que reflete O valOr das

pessOas para as Organizações – embOra

mOnetariamente seja imensurável –, é O

primeirO passO rumO aO sucessO

“Independentemente do cargo, o funcionário tem que

ter consciência da estrada que ele pode percorrer dentro

da empresa. É preciso estimular essa trajetória, com plano

de carreira e outros incentivos, como a participação nos

resultados. O empregado tem que sentir que participa

dos resultados que ajuda a construir. Tudo isso precisa vir

aliado a uma gestão baseada em valores, com propósitos

claros e diretrizes estendidas a todos. Só assim se conquista

o comprometimento e reduz-se a rotatividade. Essas são

as premissas que caracterizam

as melhores empresas para se

trabalhar, e elas conquistaram

esse reconhecimento porque

perceberam, há muito tempo, que

dependem das pessoas.”

Waldez ludWig, consultor empresarial e palestrante

As coisas só acontecem quando se colocam as pessoas certas nos lugares certos. Nenhum sistema de gestão substitui o talento.

”“ Jack Welch escritor e consultor empresarial

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“Para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas

atividades, as organi-zações estão mudando os seus conceitos e al-terando suas práticas gerenciais. Em vez de

investirem diretamente nos produtos e serviços, elas estão investindo nas

pessoas que entendem deles e que sabem como criá-los, desenvolvê-los, produzi-los e melhorá-los. Em vez de investirem diretamente nos clientes, elas estão investindo nas pessoas que os atendem e os servem e que sabem como satisfazê-los e encantá-los. As

pessoas passam a constituir o elemen-to básico do sucesso empresarial.”

idalberto chiavenato, em Gestão de Pessoas

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notícias negócios&Ed

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App dA ReceitA fAcilitA pReenchimento do cARnê-leãoA Receita Federal lançou um novo aplicativo para apare-lhos móveis. O App Carnê-Leão permite informar ocorrên-cias relativas à apuração mensal desse imposto. Disponível gratuitamente para os sistemas Android e IOS, o progra-ma é voltado a pessoas físicas que recebem rendimentos de outras pessoas físicas ou do exterior. Ele permite, por exemplo, fotografar recibos e enviar informações para o programa do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do próximo ano. A Receita já disponibili-zava outros aplicativos, como o App CNPJ, que controla a regularidade fiscal das empresas, e o App Importador, que monitora mercadorias nas alfândegas.

PortAbilidAde de crédito PAssA A vAler

em todo o PAís Entrou em vigor no último

dia 5 a portabilidade eletrônica de crédito.

Com ela, qualquer cliente de instituição

financeira pode transferir sua dívida para

outra instituição, sem custos. Segundo o

Banco Central, a medida visa a estimular

a concorrência no setor e permite que os

usuários tenham acesso a melhores taxas

e condições de pagamento.

O mecanismo de transferência de

dívida foi institucionalizado em 2006,

mas só passou a funcionar agora, após

o Conselho Monetário Nacional (CMN)

aperfeiçoar regras e simplificar o processo.

A lógica é a mesma da portabilidade de

celular: a pessoa negocia a concessão de

crédito com o novo banco, sem precisar

recorrer ao antigo credor.

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espAço sindicAl

sindilojAs noroeste lAnçA livro O sindicato

completou 35 anos de atividades em março. Em

comemoração, houve o lançamento do livro Lu-

tas e Conquistas 35 Anos, que resgata a trajetória

da entidade. A obra foi escrita pelo jornalista Ade-

mar Campos Bindé. A entidade também empos-

sou nova diretoria, presidida por Élio João Quatrin.

Projeto estAbelece normAs PArA feirAs

itinerAntes A Câmara de Vereadores de Santo

Ângelo aprovou, por unanimidade, projeto de lei

sobre o assunto. A iniciativa do Sindilojas Missões

e outras entidades estabelece normas para

a realização das chamadas feiras eventuais,

como apresentação de documentos e laudo

de liberação. Metade dos estandes deverá ser

destinada a empresas do município.

sindilojAs região dAs HortênsiAs emPossA

diretoriA A entidade realizou, em março, a

cerimônia de posse da nova diretoria, eleita

no início do ano. O presidente do mandato

de 2014/2018, Guido Thiele, declarou: “Nosso

papel é mostrar que o Sindilojas está disponível

para apoiar os empresários da região. Somos

concorrentes, mas não inimigos. Temos que

trabalhar juntos para crescer”.

sincoPeçAs-rs Promove PAlestrA sobre

vArejo online O Sindicato do Comércio

Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios

para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul

promoveu café da manhã com palestra sobre

as vendas por e-commerce. O especialista

em comércio eletrônico Neverton Timm expli-

cou que as vendas pela internet crescem de

25% a 30% ao ano no Brasil. Em 2013, segun-

do Timm, o setor faturou R$ 28,8 bilhões.

luiz cARlos Bohn é o novo pResidente dA fecoméRcio-Rso empresário Luiz Carlos Bohn foi eleito o novo presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac. Ele co-mandará a entidade de julho de 2014 a junho de 2018. A votação ocorreu no dia 2 de maio e também definiu Luiz Antônio Baptistella como 1º vice-presidente, acompanhado da escolha de André Roncatto na vi-ce-presidência financeira e Levino Crestani como vice-presidente ad-ministrativo. A posse administrati-va ocorrerá no dia 1º de julho. Luiz Carlos Bohn é natural de São Sebastião do Caí. Empresário e bacharel em Ciências Contábeis, atuou como 1º vice-presidente do Sistema Fecomércio-RS entre 2010 e 2014, tendo ainda passado pela vice-presidência financeira da entidade. Bohn já presidiu o Sindicato das Empresas de Ser-viços Contábeis (Sescon-RS), entre 2004 e 2010, e, em março de 2007, assumiu a presidência do Comitê Setorial Comércio e Servi-ços do PGQP, instalado no mesmo ano na Fecomércio-RS.

AssociAdos PrestigiAm Posse no sindilo-

jAs grAvAtAí O Sindilojas Gravataí realizou em

março a posse da diretoria para o quadriênio

2014/2018. Reeleito, o presidente José Rosa

disse que este é o início de uma nova etapa.

Também destacou as prefeituras de Gravataí e

Glorinha e o Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

como parceiros que ajudarão a atingir os objeti-

vos da entidade.

opeRAdoRAs de tuRismo não AcompAnhAm inflAçãoo faturamento das operadoras de turismo brasileiras ficou abaixo da inflação, em 2013. Enquanto a posição das passagens

aéreas subiu de 0,32% para 0,57% dentro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o consumo de pacotes turísticos caiu de 0,43% para 0,36%. Os números indicam que os usuá-rios têm preferido comprar as passagens diretamente, em vez de utilizar o serviço das operado-ras. O setor de agências faturou R$ 11,1 bilhões no ano passado, um aumento de 4% em relação a 2012, porém inferior aos 5,91% da inflação no país.

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icms soBe, mAs não equiliBRA economiA gAúchAA arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul cresceu 4,3% acima da inflação no primeiro quadrimestre de 2014. Os da-dos são da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), que aponta receita de R$ 8,387 bilhões, ante R$ 8,042 bilhões no mesmo período do ano passado. A quantia leva em consideração o IPCA do primeiro trimestre. A arrecadação, no entanto, não é

suficiente para equilibrar as contas do Estado. Embora o governo projete sal-do negativo abaixo do de 2013 (de R$ 1,4 bilhão), o déficit acumulado entre 2011 e 2013 foi de R$ 2,63 bilhões.

vistos pARA estRAngeiRos seRão concedidos onlineestrangeiros poderão solicitar visto de turista para o Bra-sil pela internet. O Itamaraty também estuda o desenvol-vimento de uma plataforma online para facilitar a medida, já que não há previsão para efetivar o serviço no site do ministério. A decisão, que visa a diminuir a burocracia, altera o Estatuto do Estrangeiro. Ficam dispensados os vistos temporários para pes-soas que viajem a negócios, além de artistas e atletas, desde que o país de origem dos viajantes dê o mesmo tratamento aos brasileiros.

deputAdos ApRovAm texto do novo simples nAcionAlA Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que prevê mudanças no Simples, alterando o regime especial de tributação e ampliando o acesso às empresas. O texto prevê que qualquer empresa da área de serviços que fature até R$ 3,6 milhões por ano poderá in-gressar no regime especial de tributação. A previsão é de que quase 500 mil micro e pequenas empresas sejam be-neficiadas. Em até 90 dias, o governo deve enviar ao Con-gresso a proposta de reajuste da tabela de enquadramento para ampliar o valor máximo de faturamento.

tRês peRguntAs

Alexandre Ullmann, líder

de Recursos Humanos

do Linkedin, fala sobre

networking e recrutamento

por meio desta rede social.

como desenvolver

e reter tAlentos num

mercAdo comPetitivo?

Investindo na pessoa, entendendo quais os seus

objetivos na carreira e fazendo com que a empresa

ajude-a a atingi-los. No Linkedin, falamos muito

em transformação. É um dos pilares da cultura

da empresa. Se o colaborador tem um objetivo,

a empresa vai ajudá-lo a atingi-lo. Um exemplo:

tínhamos uma pessoa que queria mudar de país.

Ela conseguiu uma posição no nosso escritório na

Austrália e vai para lá em junho. É um talento, vai

continuar sendo um talento na empresa.

o que os emPregAdores e os ProfissionAis que

estão no linkedin mAis buscAm? Eles estão lá, em

primeiro lugar, para networking e para atualização –

ficar informado, participar de grupos, ver anúncios etc. A

busca por empregos é o oitavo motivo, por incrível que

pareça. As pessoas confundem um pouco e acham

que a rede é uma ferramenta para procurar emprego.

quAl o PAPel dAs redes sociAis nA buscA Por

emPrego ou no PreencHimento de umA vAgA

numA emPresA? O Linkedin é uma rede social

profissional, então você está ali para mostrar como

você é profissionalmente. Há outras redes sociais

onde você acaba colocando outros assuntos. Na

minha foto do Facebook eu posso, de repente,

estar no Carnaval com uma garrafa de cerveja na

mão. Não tem problema, mas não vou estar assim

no Linkedin. Existe uma diferenciação porque não

vou me mostrar profissionalmente no Facebook.

A maioria das pessoas ainda nem inclui dados

profissionais nessa rede. O Linkedin, felizmente, é líder

e único no mercado.

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Projeção de crescimento PArA o brAsil

é reduzidA A Organização para a Coopera-

ção e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

divulgou relatório em que diminui a projeção

de crescimento da economia brasileira. Dos

2,2% previstos em novembro do ano passa-

do, a estimativa passa para 1,8%. De acordo

com a OCDE, o Produto Interno Bruto (PIB) do

Brasil crescerá 2,2% em 2015, também abaixo

do previsto em novembro

(2,5%). Já a inflação bra-

sileira, na perspectiva da

organização, deve fechar

2014 em 5,9%. Para 2015,

a projeção é de 5,5%, bem

acima dos demais países

abordados no estudo.

consumo de eneRgiA cResce no pAísde acordo com levantamento da Empresa de Pesquisa Energéti-ca (EPE), o consumo de energia elétrica cresceu 6% no Brasil, no primeiro trimestre. O aumento ficou concentrado nas regiões Sul e Sudeste, devido ao calor atípico para a época. Somente no Sul, a alta foi de 17,5% em relação aos três primeiros meses de 2013. O uso expressivo de aparelhos de ar-condicionado, entre outros fatores, contribuiu para os índices. Como as chuvas não foram suficientes para abastecer os reservatórios das hidrelétricas, levando as con-cessionárias a utilizarem fontes mais caras de energia, houve rea-juste nas tarifas. As taxas gaúchas estão entre as mais salgadas, com aumento de 28,86% para clientes residenciais da AES Sul e 35,7% para indústrias atendidas pela dis-tribuidora Nova Palma.

NO SITE do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, você encontra a lista dos 110 sindicatos filiados à entidade, além de uma agenda

completa de reuniões de comissões e conselhos. Acesse http://fecomercio-rs.com.br e fique por dentro do que acontece no

comércio de bens, serviços e turismo do Estado.

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lAnçAdA pedRA fundAmentAl dA novA sede dA fecoméRcio-Rs A solenidade de lançamento da pedra fundamental da nova sede do Sis-tema Fecomércio ocorreu na tarde de 28 de abril, coordenada pelo presi-dente Zildo De Marchi. Autoridades, parlamentares e representantes de sindicatos e de entidades de classe estiveram presentes no ato, seguido de coquetel. O novo complexo será construído na avenida Fernando Ferrari, no Bairro Anchieta, em Porto Alegre, seguindo preceitos de sustentabili-dade. O terreno de 20 hectares abrigará área administrativa, centro educa-cional, arena multiúso com capacidade para 10 mil pessoas e garagem.

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(Copom), do Banco Cen-tral, elevou a taxa básica de juros (Selic) de 10,75% para 11%. O efeito direto dessa decisão recai, principalmente, sobre ope-rações taxadas, como a concessão de crédito. O empresário que pretende investir, mas depende de estímulo financeiro ou que tem suas operações diretamente atreladas à concessão de crédito precisa, mais do que nunca, estar alerta e buscar condições menos onerosas num cenário em que o apetite dos bancos para conceder empréstimos está reduzido.

Opções existem, tanto para quem cogita recorrer a fi-nanciamentos ou empréstimos quanto para quem os ofere-ce e quer sofrer menores perdas. Ponderar sobre todas as possibilidades é a chave para fazer a melhor escolha.

Cenário estável

Os conselheiros do Copom reúnem-se a cada 45 dias, quando deliberam sobre a alta ou não da Selic. A taxa de juros tem uma importância significativa para a política eco-nômica do Brasil. Ela é uma das ferramentas de ajuste da inflação. E a relação entre as duas é proporcional.

Quando há perspectiva de alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado pelo Banco Cen-tral para acompanhar o atingimento da meta de inflação, a tendência é de alta da taxa de juros. A Selic em alta desaque-

Em abriL, o Comitê dE PoLítiCa monEtária

rédito e alta taxa de juros

são dois elementos que,

quando combinados, não soam muito bem.

Pesquisar valores cobrados Pelas instituições

financeiras e fazer ajustes Pode minimizar um

Pouco o Peso da inflação

CEntrE altos E baixos

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ce a economia, tendo como efeito a contenção dos preços. Como o IPCA desacelerou em abril, mantendo a previsão de meta da inflação para este ano, a perspectiva é de estabili-dade também para a Selic, que não deve voltar a subir. Por outro lado, ainda não há qualquer sinalização de que seja reduzida. O economista Marcelo Portugal alerta: “A pers-pectiva não é de melhora”.

O economista sinaliza que analistas financeiros proje-tam ou a manutenção da Selic em 11% ou o aumento, mas não há menção, por enquanto, de baixa. Na mesma linha, o presidente do Canal do Crédito – site que compara produtos financeiros –, Marcelo Prata, projeta estabilização da taxa de juros no mesmo patamar em que se encontra atualmen-te. “Neste momento tudo sinaliza para que se mantenha o cenário atual, mas não vai subir. Ainda assim, não acredito que a gente tenha perspectiva num curto prazo, neste ano, de que seja possível pensar na queda da taxa de juros.”

GerenCiando estoques e parCelamentos

Já que o cenário é este, algumas perspectivas precisam estar bem claras para o empresário, afirma Marcelo Portu-gal, que defende uma redefinição de processos para evitar perdas. “Nessa conjuntura, uma alternativa é gerenciar me-lhor o estoque”, sustenta. Para o economista, o exercício de diminuir o estoque é importante para reduzir o custo com produto parado, já que cada dia sem comercialização repre-senta um dia a mais de pagamento de juros. “O ideal é fazer com que o estoque seja pequeno”, defende.

Uma alternativa para diminuir as perdas é negociar com o fornecedor prazos maiores para pagamento, evitando o paga-mento à vista. Essa é uma negociação não tão simples, porque num contexto de taxas de juros elevadas, perde mais quem es-tende prazos para pagamentos sem juros – justamente o que o empresário deve buscar junto ao fornecedor.

Nesse sentido, Portugal aproveita para indicar aos empre-endedores que, ao fazer parcelamento de compras dos clientes, diminuam as parcelas ou elevem os preços, se houver espaço, para compensar as perdas sofridas. Se um artigo antes da alta da taxa de juros era parcelado em dez vezes, hoje, mantendo as mesmas condições de preço e pagamento, revertem menor ganho. “Precisa reduzir o prazo nas vendas e tentar aumentar o prazo nas compras”, pondera o economista.

Crédito na medida

Quando há intenção de investir no negócio, o crédito, muitas vezes, é inevitável. Como qualquer produto, é pre-ciso sempre avaliar as taxas aplicadas a cada modalidade de acordo com as instituições financeiras. Essa pesquisa pode ser feita observando o Monitor de Juros Mensal, mensal-mente divulgado pela Fecomércio-RS na revista Bens & Ser-viços (nesta edição, disponibilizado na página 47).

Ainda assim, é preciso colocar tudo na balança antes de fazer a escolha definitiva. Para Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, um dos principais problemas das institui-ções financeiras para os empresários está no fato de que os bancos não têm metodologia de análise para Pessoas Jurídicas e se baseiam mais condição financeira pessoal do represen-tante da empresa. “É um cenário em que para conseguir boas taxas, em que recorrer à sua situação como Pessoa Física.”

Algumas modalidades de crédito têm condições melho-res quando o empresário oferece algum bem como garantia. “O crédito com garantia imobiliária, modalidade disponível para quem tem patrimônio, é a linha mais vantajosa para o empresário que quer fugir das taxas mais caras, podendo reduzi-las até pela metade”, orienta Prata.

Se o momento pede, não deixe de investir, reforça o pre-sidente do Canal do Crédito. Perder oportunidades é o pior cenário possível. E para aproveitá-las vale tudo, inclusive, “cortar na própria carne”. Reduzir gastos para ter despe-sas mais enxutas é outra sugestão para minimizar o impacto dos juros nos negócios.

Para o presidente do Canal do Crédito, as

opções mais vantajosas de crédito são as que

exigem bens como garantia

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os

Para a diferenciação

era da “comoditização” está levando o varejo a um nivelamento de

concorrência por preço, igualando empresas numa condição que nem

sempre é a mais favorável. quem procura a diferenciação quer agregar valor

ao seu negócio, de maneira que o cliente perceba as vantagens de sua loja,

produto ou serviço e esteja disposto a pagar mais por isso. o desafio é fazer

com que os custos desse processo não sejam elevados demais

A

vantagensúnicas

Comprometimento neCessita de

visão sistêmiCa

Faça seus colaboradores sentirem-se parte do

objetivo maior da organização. O funcionário

do balcão tem de entender sua função

estratégica para que saiba o quanto contribui

para o sucesso do empreendimento. O dono

deve preocupar-se em transmitir à equipe seus

propósitos e forma de atuação. Sem isso, a

relação é fria. Não adianta só o empresário

cumprir algo e o resto fazer diferente.

1entenda a neCessidade do Cliente

Conhecer o perfil do consumidor é

fundamental para que a loja seja capaz de

assessorá-lo na sua decisão de compra, e que

ele perceba valor adicional na oferta de algo

que atende diretamente às suas necessidades.

O objetivo é estabelecer entre a empresa e

o comprador uma relação mais duradoura

do que a de uma simples venda. Feito isso,

há grande chance de estabelecimento de

relação de longo prazo.

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Conheça profundamente seu

produto ou serviço

O comprador, muitas vezes, precisa de ajuda

para conhecer melhor os detalhes, limitações

ou mesmo a aplicabilidade do que lhe está

sendo oferecido. Dê valor ao treinamento dos

funcionários. É comum que empreendedores

abram negócio na área em que atuavam

antes como assalariados. A dificuldade advém

quando o crescimento dos negócios impõe a

transmissão da experiência adquirida.

3seja efiCaz na entrega

Por vezes, uma empresa oferta produto ou

serviço, atrai a atenção do cliente, mas no

momento de disponibilizá-lo não o faz no

prazo combinado, não adiciona informações

úteis ou necessárias, a embalagem chega

danificada, ou seja, frustra-se a expectativa

inicial. “O desafio está em estabelecer

condições de repetibilidade de entrega

eficaz”, lembra o consultor César Nivinscki, da

NR Consultoria Empresarial.

4

CapriChe no pós-venda

Certifique-se de que o cliente sentiu-se

bem atendido e está satisfeito. O objetivo

é, novamente, a busca de condições para

vendas futuras. É a fidelização com cunho

técnico: o que a pessoa comprou era

exatamente o que precisava? Compraria de

novo? “O aprimoramento dos processos de

conhecimento do cliente, de entrega, de pós-

venda, precisa estar alinhado à proposta de

diferenciação”, alerta Nivinscki.

5atenção ao e-CommerCe

Trabalhar com e-commerce é uma boa

alternativa. A retaguarda, contudo, deve

estar à altura do que se pretende alcançar.

Certas empresas marcam presença na

internet, mas quando precisam dar retorno

em relação a ofertas, ou necessitam prestar

esclarecimento, a resposta falha em manter

o padrão. As redes sociais também são

boas alternativas, desde que se cuide para

a presença não se tornar excessiva.

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Para a diferenciação10 passos

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marketing alinhado ao diferenCial

Passar adiante uma imagem positiva é

um processo alinhado ao posicionamento

que a empresa deseja obter no mercado.

“É preciso ter consciência de que

não é possível ser diferente em tudo,

principalmente quando se compete contra

os grandes”, diz o consultor. Contrate

pessoal capacitado para cuidar da

imagem pela qual seu negócio pretende

ser reconhecido publicamente.

7aprenda Com a ConCorrênCia

A visão de afastamento e rivalidade, com

olhar de foco defensivo para o concorrente,

está ultrapassada. É preciso identificar

também qual o atributo que o concorrente

está tentando valorizar para destacar-se,

quais as áreas em que ele se sai melhor.

Trata-se de uma mudança na forma de

pensar. O concorrente também tem as suas

competências, suas qualidades, pode e

deve servir de referência.

8

reinvente seu negóCio

Como um organismo vivo, a empresa

naturalmente sofre modificações ao longo do

tempo. As mudanças abrangem a definição

de novo foco ou a escolha de um outro

modelo de negócio, quando o mercado já

não tem espaço para o produto ou serviço

comercializado (vide as videolocadoras

ou lan houses). Às vezes, a necessidade do

produto ou serviço não morre, mas muda a

maneira como os clientes consomem aquilo.

9pense fora da Caixa

A inovação pode ocorrer de várias maneiras:

na tecnologia usada, no produto, no

atendimento ao cliente, na gestão do negócio

e na logística de distribuição, entre outros. Na

maior parte das vezes, a ideia de inovação

não é tecnológica e não significa apenas a

criação de conhecimento novo, como o que

sai de um laboratório. Introduza pequenas

modificações com as quais sua empresa

poderá sobressair e chamar a atenção.

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FOI SANCIONADO, no mês passado, o novo Marco Civil da Internet brasileira. Embora do ponto de vista legal a legislação represente avanço no sentido de assegurar direitos do internauta na neutralidade, do ponto de vista prático pouca coisa mudará.

O conceito de neutralidade traduz-se pela igualdade dos usuários no que tange aos conteúdos acessados. Recentemente debatido nos Estados Unidos, tal assunto foi parar na Justiça no início do ano quando a Netflix, em-presa que vende conteúdos de filmes a baixo custo, pagou mais a uma provedora de acesso à internet (Verizon) para priorizar a entrega de seus vídeos e filmes, que são os arquivos mais “pesados” que trafegam na internet e, por isso, exigem maior largura de banda.

Considerando que banda é custo para as operadoras e por isso pode ser cobrada, pagando mais quem usar mais, a Justiça norte-americana determinou que é lícito a Netflix pagar mais à operadora. Na mesma decisão, a Justiça americana determinou que o FCC (Federal Communication Comission) é competente para incentivar a competição entre operadoras e deve arbitrar a questão com vistas à defesa dos direitos do consumi-dor. O assunto ainda está se desenrolando lá, e, em razão disso, Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet, festejou a disposição do governo brasileiro por ser o primeiro Esta-

do no mundo a regular o assunto e criar uma lei específica. Boas intenções à parte, o que muda na vida dos brasileiros? Muito pouco. Em termos práticos, a internet vai ficar mais barata? Não. Continuarão existindo vários tipos de pacotes que vão definir a qualidade que o consumidor terá. Se a lei for sanciona-da como esta, pode impedir que no futuro se cobre pelo acesso por tipo de conteúdo, fato que sem dúvida representa um avanço. Em verdade, como agora os provedores serão obrigados a armazenar informações do aces-so de cada computador, pode ser que fique até mais caro, pois terão que se equipar para isso e provavelmente transferirão esse custo.

E quanto aos conteúdos? O responsável pela publicação, não o provedor, fica integralmente responsável pelo conteúdo, devendo ser retirado após ordem judicial, exceto conteúdos ligados a pedofilia e outros de natureza sexual, que devem ser removidos imediatamente.

De um modo geral, a lei dá um passo no sen-tido de garantir direitos já consagrados pela Constituição Federal Brasileira no ambiente digital. Para seu sucesso, resta-nos torcer para que as autoridades brasileiras a usem em benefício do consumidor, fiscalizando de perto as operadoras e provedores de aces-so de modo a evitar o aumento nas tarifas cobradas do povo brasileiro.

DANE AVANZIDiretor-superintendente do Instituto Avanzi

Nas eNtreliNhas do Marco civil da

iNterNet

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| Luiz Fernando Reginato

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os gestores reclamam, frequentemente, da falta de

mão de obra ou da ausência de qualificação. você

concorda com essa queixa? Existe uma crise entre or-ganizações e pessoas, que muitas vezes é atribuída à crise de demanda. As empresas necessitam de talentos, mas a oferta de mão de obra não corresponde a essa necessidade. Essa é uma dimensão. A outra dimensão é que as pessoas estão dei-xando as organizações porque estas não mais atendem às suas necessidades. Aí temos uma crise de relacionamento. As evidências disso são a alta rotatividade e a improdutividade. Há pesquisas que indicam que mais de 85% dos profissionais especializados desejam mudar de atividade profissional. O que leva a isso é a desmotivação, o alto índice de estresse e relações altamente mercantilizadas. As pessoas estão no

século 21, enquanto as empresas ainda estão no século 20 e muitas ainda estão no século 19. As pessoas buscam desafios e liberdade para gerenciar a trajetória profissional. Só que as empresas ainda oferecem trabalho centrado na mesma lógica: crescimento vertical, recompensas e benefícios, e gerenciamento da carreira controlado pelas empresas. O trabalhador agora, com a tecnologia da informação, pode ‘empresariar’ seu conhecimento. As empresas competem com outras empresas e também com o empreendedorismo que cada profissional pode criar. Está muito claro que as pessoas querem uma nova forma de se relacionar com os empregadores, e isso passa por maior flexibilidade, matu-ridade de relacionamento e que propicie escolhas pessoais. Hoje, elas não conseguem fazer escolhas.

utor do livro Capital Humano, o mestre em sociologia das organizações

luiz Fernando reginato coloca as pessoas no centro do desenvolvimento

empresarial e revela os motivos que levam às diFiculdades de captação e à

retenção de talentos nas empresas

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renovação

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o que faz com que as emPresas não Percebam a ne-

cessidade de mudar a gestão de Pessoas? As empresas sempre se preocuparam com sua estratégia competitiva em cima de capital, alianças e parcerias, cuidaram muito da dimensão econômica. Mas cada vez mais o diferencial é o capital humano, que consegue colocar os objetivos e investimentos em prática. As empresas ainda não conse-guiram perceber que, junto com os laços econômicos, os laços que motivam e desafiam são os laços sociais. A base da sustentação do próprio crescimento da companhia é a base social. Podemos dizer que é uma questão de foco no passado. O futuro passa necessariamente pela inteligência e pela criatividade humana.

essa PersPectiva PressuPõe um novo olhar sobre o valor

dos colaboradores, que consiga aPontar o mérito de

cada um. qual é o caminho Para chegar a esse objetivo? O que é importante é que cada empresa desenhe seu projeto de relacionamento. O projeto tem que estar alinhado a sua estratégia e objetivos. E, realmente, tudo começa com a iden-tificação do mérito. Cargo é uma atribuição da empresa, o va-lor da pessoa é em função da sua contribuição na geração de resultados. Então, os fatores, para poderem ser legitimados,

têm que ser amplos: competência, desempenho, experiência, formação, atualização, aderência aos valores da empresa e tudo que agregue valor ao negócio. Não é uma competição individual, mas uma matriz que possa colocar a posição que a pessoa ocupa. E, assim, a pessoa gerencia seu processo de crescimento, desenhando um projeto de crescimento e de-senvolvimento. A orientação de desempenho não é só da em-presa. Isso combina com a nova lógica que identificamos no mercado de trabalho, que considera a liberdade.

existem emPresas que conseguiram romPer com esse

Paradigma? Pode nos citar exemPlos? Nós temos vários casos de empresas que vêm desenvolvendo esse modelo, al-gumas mais ou menos avançadas. A Medabil, Sicredi e Uni-med são alguns exemplos, mas o caso mais avançado nesse momento é o do Sesc do Rio Grande do Sul, que já desenvol-ve esse projeto há alguns anos. Tudo foi feito num processo amplo, em regime de compartilhamento de aprendizagem das organizações. O fator que une essas organizações é ino-var nas políticas de práticas adotadas. Muitas empresas pre-ferem copiar práticas e não se diferenciam. Elas acabam ob-servando apenas retribuição monetária, salário e benefício. Isso não é problema nenhum, mas só isso, em longo prazo, não fideliza o colaborador.

o que a emPresa vai fazer com a informação sobre o

valor das Pessoas? Obviamente essa informação se reflete em retorno de remuneração e benefício, que é uma obriga-ção da empresa em ser competitiva, uma condição básica, mas só com isso a empresa não consegue fazer os elos cor-

| Luiz Fernando Reginato

“As pessoas estão no século 21, enquanto as

empresas ainda estão no século 20 e muitas ainda

estão no século 19.”

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porativos necessários. As empresas devem criar novas pos-sibilidades e desafios. Como as pessoas podem contribuir? Como as pessoas podem acessar novos módulos de desen-volvimento? Como aplicar desenvolvimento técnico e aca-dêmico? Essa parte é que falta nas empresas.

quais foram os ganhos obtidos Pelo sesc-rs com esse

Processo de mudança? O Sesc tinha um rol de competên-cias muito extenso e essas competências criavam um leque grande de oportunidades, mas eram muitos os focos de atenção. O primeiro objetivo foi fazer com que as pessoas fizessem a perfeita identificação com os objetivos da em-presa. O Sesc iniciou uma mudança buscando racionaliza-ção e apuração por competência, com posterior ampliação do projeto com a inserção da avaliação de desempenho e outros atributos. O Sesc já passou por uma curva de apren-dizagem, e isso é fruto da participação das lideranças, de um comitê executivo bastante crítico. Como consequência, esse processo ficou com a cara da entidade e foi aceito por quase a totalidade dos colaboradores.

é Preciso que as emPresas concedam maior esPaço à

área de recursos humanos? Eu fui gestor de Recursos Hu-manos e me posiciono de forma bem objetiva. Acredito que não é a questão de dar espaço ao setor, mas de conquista de espaço. A área de RH precisa se posicionar como estratégi-ca. A crítica que eu faço é: como alguns gestores conseguem

chegar a esse nível e outros não? É questão de competência. O RH ainda está preso à origem da sua criação, de negocia-ção da empresa com os trabalhadores. Esse ranço perpassa várias décadas. A área de Recursos Humanos tem desenvol-vimento muito amplo na medida em que se desvencilha da ideia de controle e de administração de pessoas, que já se mostram obsoletos. Nós estamos em um momento novo em que as empresas têm claros os elos econômicos e sociais e sabem que é preciso ser competente nos dois casos. É preci-so que a área de RH rompa com seus próprios paradigmas e se posicione como um setor importante no crescimento das organizações. Esse espaço está aberto.

as emPresas ainda têm dificuldade de enxergar a imPor-

tância da comunicação interna Para melhorar rela-

cionamentos e garantir resultados? Eu também acredito que a comunicação é um instrumento poderoso para enga-jar pessoas e fazer com que tenham senso de pertencimento para acompanhar o que acontece na organização. Existem algumas empresas que têm projetos consistentes de comu-nicação, mas também há uma pequena conclusão: o endo-marketing é importante, mas sabemos que o marketing de um produto ruim é ineficiente. A comunicação dentro das orga-nizações precisa ser construída com fatos e consistência. É preciso que essa comunicação revele problemas, situações, cenários para onde a empresa está indo, celebre resultados e seja estrategicamente consistente.

“É preciso que a área de RH rompa com seus

próprios paradigmas e se posicione como um setor

importante no crescimento das organizações.”

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comércio varejista na

Fronteira oeste sobrevive

e cresce mesmo com as

oscilações cambiais, que

levam consumidores aos países

vizinhos, e climáticas, que

aFetam a agricultura

Omas acentua matizes/

da mesma origem campeira/ frutos da saga guerreira/ que se agiganta na paz/ um rio que leva e que traz/ um céu e um sol que alumia/ juntando os que se extraviam/ sempre ao tranquito ‘no más’.” Os versos do payador Jayme Caetano Braun salientam a região que forjou a identidade mítica do gaúcho, composta por municípios como Uruguaiana, Santa-na do Livramento, Alegrete, Itaqui, Rosário do Sul, São Borja e São Gabriel, entre outras. A Fronteira Oeste ainda mantém fortes raízes no campo, mas seu comércio emprega a maio-ria dos habitantes. A economia no setor, devido ao câmbio volátil e à monocultura de arroz, apresenta oscilações. A concorrência dos freeshops também enfraquece a venda de muitos produtos em lojas nacionais. As adversidades, contu-do, não impedem a prosperidade de bons negócios.

“COmO é linda essa frOnteira/ que nãO divide países/

No balaNço do câmbio

divulgação/prefeitura de santana do livramento

Fronteira Oeste

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MINHA CASA, MINHA RENDA

Em Uruguaiana, a Estelar Materiais de Construção passa por um período de ‘vacas magras’ depois de bons anos de fa-turamento devido ao programa governamental de fomento à moradia popular Minha Casa, Minha Vida. “O contingente de pessoas com o lastro de renda exigido para obter crédito aca-bou e isso, somado ao problema da inadimplência, nos levou a um período de retração”, diz o proprietário Arnaldo Saucedo, com mais de 40 anos de experiência de trabalho no ramo. Sua loja de 900m2 passa por redução no número de colaboradores.

Quando o empreendedor montou o negócio próprio, no iní-cio dos anos 1990, numa peça de 48m2, chegava a vender 70% de sua produção para os argentinos de Paso de los Libres e ar-redores. Hoje, os estrangeiros não respondem por 2% das ven-das. “Era uma época boa, até porque em produtos cerâmicos a indústria deles estava muito atrás de nós, mas hoje se importa muito de outros países e as mercadorias ficaram mais baratas lá”, diz. Outro problema do varejo local é a dependência da mo-nocultura do arroz. “Somos os maiores produtores do Brasil, todavia a colheita ocorre só uma vez por ano e é preciso espe-rar o valor da saca estar em alta para que as vendas aconteçam e os investimentos apareçam”, lamenta.

RAíZES NA TERRA

A Izolan Calçados, em Alegrete, aposta em suas raízes para sobreviver e prosperar na briga contra as grandes redes, os free shops e a concorrência eletrônica. “Ainda temos liderança no setor, pelos pontos estratégicos que ocupamos, pelo tempo de trabalho e pela identificação com o município”, conta Luís Alberto Izolan, que administra cinco lojas (sendo uma delas boutique feminina e outra mercadão popular) juntamente com o irmão José Cláudio. “Há fidelização também porque nosso pós-venda é muito bom, os compradores têm relação mais pró-xima com os donos ou os gerentes, gostam do olho no olho.”

Desde 1969 no mercado, quando o casal João e Eunice Izolan (pais de Luís Alberto e José Cláudio) abriram a primeira casa, a

Izolan Calçados também marca sua presença na comunidade ajudando entidades assistenciais, o esporte amador, eventos e campanhas. As redes sociais não foram esquecidas, mas o in-gresso no e-commerce ainda não se fez necessário, muito em-bora Luís se preocupe com a perda de clientes para o mundo online. O fundamental, segundo afirma, é ter à disposição os mesmos produtos oferecidos na capital gaúcha. “O consumidor agora é muito bem informado, ele conhece o que compra, já chega pedindo o modelo específico, recém-lançado. Quer qua-lidade, menos preço e maior prazo, e tudo para ontem. Estar preparado para atendê-lo é o nosso desafio”, relata.

BONS VENTOS

Há uma década no varejo de Santana do Livramento, Hum-berto Baz Cougo passa por uma fase boa. Dono de duas lojas de moda masculina, Don Juan Moda Homem e Stock Men, vende de 10 a 20% de seus produtos aos uruguaios de Rivera. Sua aposta, com o objetivo de minimizar os efeitos do câmbio desfavorável e os freeshops, é, de um lado, captar o consumidor gaúcho das classes A e B, e, de outro, investir em artigos nos quais a fronteira não é forte. A facilidade de pagamento tam-bém amplia seu público-alvo. “Mudei uma das lojas de ende-reço, vindo para a rua principal, e aumentei meu faturamento em 60%. Mesmo fazendo propaganda, estar onde circula mais gente e atrair pelo olho foi fundamental”, analisa.

Tendo em vista a perda de peso da indústria na cidade, e a migração de santanenses para polos maiores como Caxias do Sul, Cougo defende a continuação do processo de insta-lação de lojas francas em território nacional, aguardando regulamentação da Receita Federal. “Teremos alívio de 30% a menos de imposto, vamos poder vender para o uruguaio com preço mais barato e a situação ficará quase igualitária”, comenta. “Estamos esperando há tempos, contudo.”

Proximidade com o cliente continua sendo o

diferencial para a Izolan Calçados, em Alegrete

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CONSUMO

resce a massa de consumidores

que leva em consideração os

processos de fabricação e

descarte de produtos, de modo

a evitar ou reduzir os danos ao

meio ambiente. empresas podem

tirar proveito disso

Cde vida e sustentabilidade saíram dos

meios de comunicação para afetar o modo de compra de muitos brasileiros, criando uma categoria de consumidores chamados de engajados ou conscientes. Eles priorizam suas necessidades, em vez dos seus desejos, e preferem empresas e produtos cujos processos de produção não causem danos ao meio ambiente. É um grupo que investe em saúde e informa-ção, confiando nos resultados coletivos do trabalho de for-miguinha. Segundo levantamento do Instituto Akatu, cerca de 5% da população enquadra-se nesse perfil, mas aumenta a adesão a práticas de consumo consciente, ainda que, até o momento, apenas de maneira eventual e não contínua. No entender de José Augusto Domingues, diretor da Sense En-virosell, empresa de pesquisa e consultoria especializada em hábitos de consumo, o comprador engajado tem um controle

Os debates sObre eCOlOgia, qualidade

Necessidade versus desejo

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mais racional sobre seu processo de compra. “As pessoas ad-quirem soluções para suas necessidades e desejos, mas esta categoria leva mais em consideração a necessidade.” O pes-quisador do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), João Paulo Amaral, vai além: “O shopper consciente procura indivi-dualmente alternativas sobre sua forma de consumo, tornan-do-a a mais sustentável possível por meio da busca constante de informações”. Inexiste, no caso, uma dissociação entre o modo de consumo e a produção do bem. O consumidor en-gajado disseca seu modus operandi, analisando por que, o que, como e de quem comprar, como usar e como descartar. Sua escolha é multifatorial: ele avalia se há apelo ambiental do produto, entra em contato com os canais de comunicação das empresas, privilegia produtos de sua região ou Estado e ana-lisa a qualidade nutricional de alimentos. “Em pesquisa feita em 2013, verificamos que o consumidor consciente não se detém nas informações de canais oficiais do fabricante, mu-niciando-se de outras plataformas para tomar uma decisão”, avisa Amaral. “O debate se ampliou bastante, e todas as lojas e marcas devem se preocupar com isso, em algum grau.”

DUAS VERTENTES

Domingues percebe duas vertentes de exploração do momento, por parte das empresas. Uma delas é primordial-mente mercadológica: ao sair na frente, dizendo ao mercado preocupar-se com o meio ambiente, procura-se uma vanta-gem competitiva de marketing. “Por trás disso, também há uma estrutura de redução de custos ou de prática de preços premium. Os produtos orgânicos são muito mais caros do que os não orgânicos, por exemplo. O potencial mercadoló-gico nunca é esquecido, pois trata-se de um nicho de renta-bilidade interessante”, diz. De fato, uma pesquisa realizada recentemente pela Kantar Media confirmou a premissa: 69% dos brasileiros afirmam que pagariam mais por um produto ambientalmente amigável. Mais de 20 mil pessoas foram en-trevistadas em nove regiões metropolitanas do país.

Outro motivo para chamar a atenção dos empresários acerca dos consumidores conscientes é a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, aprovada há quatro anos. Em 2014, de-verão serão colocados em prática os planos municipais, a fim de se dar destinação adequada ao lixo e, principalmente, para que as empresas assinem acordos setoriais de logística rever-sa. “Cobraremos a definição de modelos não apenas de uso

de um produto, mas do seu retorno à cadeia produtiva, sejam suas embalagens, lâmpadas fluorescentes ou aparelhos ele-troeletrônicos”, garante Amaral. “É um avanço muito grande, e uma parte disso será a informação ao consumidor de como descartar o produto corretamente. A ideia é que os pontos de venda também sirvam como pontos de coleta.”

Além disso, o Idec também chama a atenção para a ne-cessidade de repensar a própria geração de resíduos. “O objetivo é que os produtos exijam menos recursos e durem mais”, afirma. Uma pesquisa sobre obsolescência programa-da, feita pela entidade, verificou que o tempo médio de uso dos produtos geralmente é de dois anos a menos do que o esperado pelas pessoas.

1. suas compras são planejadas, ele evita exageros e

excessos da compra por impulso.

2. avalia os impactos ao comprar, levando em conta danos

que a fabricação e o uso do produto causam ao meio

ambiente e à sociedade.

3. reutiliza produtos e embalagens, consertando problemas e

transformando objetos.

4. Valoriza a responsabilidade social das empresas: o valor de

um produto vai além de seu preço e sua qualidade.

5. Não compra produtos piratas ou contrabandeados.

6. Cobra dos políticos propostas e ações que viabilizem e

aprofundem a prática do consumo consciente.

7. reflete sobre seus valores, avaliando constantemente quais

são os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos

de consumo.

8. divulga suas práticas de modo a sensibilizar os outros

consumidores, acreditando no trabalho de formiguinha.

9. Contribui para a melhoria de produtos e serviços: o

consumidor engajado ou consciente envia para as empresas

sugestões e críticas que ajudam na melhoria da qualidade

produtos e serviços.

10. No âmbito particular, separa o lixo, desliga lâmpadas e

torneiras sem uso, usa o verso do papel, pede nota fiscal,

entre outras ações.

Veja as características do coNsumidor eNgajado

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A horA do mundiAl

orto Alegre está às vésperAs de sediAr o mAior

cAmpeonAto de futebol do plAnetA. A vindA

de turistAs estrAngeiros pode render um bom

movimento, principAlmente em hotéis e restAurAntes,

mAs é preciso estAr prepArAdo

pEntre os dias 12 de junho e 13

de julho, o Brasil sediará a vigésima edição do mundial de futebol da Fifa. Enquanto a pátria de chuteiras entra em campo em busca do hexacampeonato, os empresários brasileiros esperam lucrar com a chegada de torcedores oriundos de todos os continentes.

No ano passado, a Copa das Confederações serviu de ter-mômetro para avaliar como um campeonato deste porte pode impactar a economia do país. Somente os turistas in-ternacionais gastaram, cada um, em média, R$ 1.897,41 nas cidades-sede, segundo levantamento da Fundação Institu-to de Pesquisas Econômicas (Fipe). O gasto per capita de es-

texto Rafael Tourinho Raymundo

imagem de abertura Andresr Imagem/iStockphotos

A CopA do Mundo não é MAIS uM pRojeTo dISTAnTe.

Copa

do M

undo

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trangeiros durante toda sua estada no Brasil, considerando passeios turísticos em outras localidades, foi de R$ 3.986,68. Isso sem contar o dinheiro movimentado pelos próprios tor-cedores brasileiros no período dos jogos.

Porto Alegre não participou da Copa das Confederações, mas será sede da Copa do Mundo. As informações obtidas no ano passado ajudam a traçar um panorama geral dos tu-ristas que virão para o Rio Grande do Sul: os viajantes es-trangeiros costumam ter entre 30 e 40 anos, permanecem cerca de duas semanas no local e sentem necessidade de en-contrar serviços em seu idioma. Lojas, hotéis e restaurantes com funcionários bilíngues têm vantagem. Estabelecimen-

tos que conheçam e se ajustem ao perfil de públicos inter-nacionais, também.

Do total de ingressos vendidos para os jogos em Porto Ale-gre (243.530), 83,3 mil foram para estrangeiros. Parte das entradas foi adquirida por 18,5 mil argentinos, 14 mil aus-tralianos, 12,3 mil norte-americanos, 8,9 mil alemães, 4,4 mil franceses, 3 mil holandeses, 2,9 mil ingleses e 1,2 mil russos. Calcula-se que cada turista de fora vem acompanha-do de até quatro pessoas.

Falta pouco. O famigerado bordão “imagina na Copa” perderá o sentido em alguns dias. Os resultados da emprei-tada, positivos ou negativos, só serão sentidos depois de ju-

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lho, mas, até lá, cabe a recomendação comum a todo empre-sário: planejamento é a chave para bons negócios.

para gringo ver

Lanches tipicamente brasileiros podem ser um atrativo para quem vem de fora. O pastel entra na lista. Embora o resto do mundo conheça variantes do salgado, a combina-ção de massa frita com recheios diversos é um símbolo do paladar tupiniquim.

A rede porto-alegrense Pastel com Borda sai na fren-te na hora de agradar aos estrangeiros. O cardápio apre-

senta traduções em inglês e a casa aceita pagamento em dólar, euro ou peso argentino. Não se trata de uma pre-paração para a Copa, mas de uma prática já mais antiga, adotada para tornar a vida dos clientes mais fácil. “Os co-laboradores não falam inglês, então o cardápio traz essa facilidade”, explica Jacson Tombini, proprietário.

Para o uso da moeda estrangeira, a base é a cotação do dia registrada no site do Banco Central. O pagamento é feito em espécie e o troco é dado em reais. O empresário alega que, comercialmente, não é vantajoso; a companhia não conquista maior clientela por causa disso. Ainda as-sim, é um facilitador.

Devido a essa estrutura já estabelecida, Tombini afirma que o Pastel com Borda não deve preparar algo especial-mente para o mundial, fora leves mudanças na decoração das lojas. “Não faremos promoção. Os preços continuam os mesmos, sem aumento”, garante, lembrando que a medida também é em respeito aos frequentadores cativos.

A competição da Fifa ganha mais destaque no Kiosque Brasil, também na capital gaúcha. Como o nome já indica, a rede de bares homenageia o país – na música, com apre-sentações de grupos de samba, e na decoração. A brasili-dade toma conta do espaço, e não será diferente durante a Copa. “Estamos nos preparando há um ano”, garante o proprietário, Edgar Niedermeier.

Na preparação do Kiosque Brasil, estão incluídas mu-danças na sinalização interna e nos cardápios, que ganha-rão informações em inglês e espanhol. As equipes também foram treinadas para atender os visitantes no idioma do Tio Sam. Até pequenas alterações no menu serão feitas.

edgar Niedermeier, do Kiosque brasil:

preparação começou há um ano

argélia

idioma: Árabe

moeda: dinar argelino

População estimada: 38,7 milhões

o povo argelino é predominantemente muçulmano.

A religião proíbe o consumo de álcool e suínos, bem

como carnes que não tenham sido abatidas segundo

as leis do Islam.

o futebol é um esporte muito popular na Argélia. esta é

a quarta vez que a seleção do país disputa o mundial.

argentina

idioma: espanhol

moeda: peso argentino

População estimada: 41,7 milhões

na Argentina, a gorjeta é proporcional à qualidade

do serviço. o costume de pagar a taxa de 10% não

é uma regra.

Com quatro finais de Copa do Mundo e dois títulos no

currículo, a seleção argentina é uma das potências

do esporte e tradicional adversária do Brasil.

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O bar receberá grupos de australianos e franceses. Para esses últimos, por exemplo, será oferecido um couvert – pão típico daquele país servido com mostarda de Dijon. Apenas um agrado, mas nada que descaracterize o ar bra-sileiro do lugar, promete Niedermeier.

Em dias de jogos, o funcionamento da unidade da Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa, será adaptado ao horário das partidas. O estabelecimento funcionará a partir do meio-dia, o que não acontece normalmente. “Vamos dei-xar um clima de festividade para o pessoal que estiver à tarde na rua”, diz o proprietário.

E não será difícil para os transeuntes identificarem que ali se respira futebol: os colaboradores do Kiosque vestirão ca-misetas e chapéus temáticos e um telão de LED de 180 polega-das transmitirá as disputas do torneio. Desta maneira, quem ficar de fora também poderá acompanhar a bola rolando. “Já somos embaixadores do UFC no Brasil. Temos que fechar as portas em dias de luta. O pessoal que fica na rua, devido à lo-tação da casa, assiste pelo telão”, explica o empresário.

Com uma divulgação feita basicamente por mídias so-ciais, o Kiosque Brasil aposta na temática nacional já traba-lhada pela empresa como chamariz para atrair a clientela. Niedermeier é confiante: “Vamos ser o bar da Copa”.

con los hermanos

Porém, não é só de cultura brasileira que vive o Rio Grande do Sul. Além das fortes tradições gaudérias, existe a proximidade com o Uruguai e a Argentina, o que abre espa-ço para outras oportunidades de negócio.

austrália

idioma: Inglês

moeda: dólar australiano

População estimada: 23,5 milhões

os australianos têm um temperamento parecido com o dos bra-

sileiros: prezam a igualdade e o bem-estar, apesar de também

valorizarem o trabalho. para quem não é acostumado à língua

inglesa, o sotaque australiano pode ser difícil de entender.

Sem títulos, esta é a quarta participação da seleção da

Austrália no mundial.

coreia do sul

idioma: Coreano

moeda: Won

População estimada: 50,2 milhões

A reverência com o corpo curvado é o cumprimento mais comum

entre os coreanos. eles evitam contato visual com pessoas mais

velhas e são muito pontuais. não devem ser confundidos com chi-

neses ou japoneses, pois têm culinária e linguagem específicas.

A Coreia do Sul já sediou um mundial, em 2002, mas a seleção

nunca levou o título.

o que pode e o que não pode na copa

As marcas desenvolvidas pela Fifa são para uso dos

patrocinadores oficiais da competição. empresas não

vinculadas ao evento são proibidas de utilizar emblemas,

logos e imagens do mascote para fins comerciais. entre as

restrições, estão:

uso de marcas oficiais em anúncios e informes publicitários

promoções valendo ingressos para os jogos, assim como

marketing em geral, que mencionem o termo Copa do Mundo

Comercialização de tabela oficial dos jogos associada à

imagem de empresas não patrocinadoras

utilização de emblema, mascote e outras imagens em itens

de merchandising (camisetas, bonés, chaveiros) e decoração

de ambientes

Veiculação das marcas oficiais em mídias eletrônicas, seja na

web ou em plataformas móveis, para fins comerciais

exibição pública dos jogos

Vale lembrar que o slogan Juntos num só ritmo e alguns

termos como Copa 2014, Mundial de Futebol Brasil 2014 e

porto Alegre 2014 também são considerados marcas oficiais

da Fifa. A entidade, no entanto, não proíbe o uso de imagens

genéricas que remetam a futebol ou ao Brasil, como bolas e

bandeiras em verde e amarelo

Bares, restaurantes e hotéis podem exibir os jogos para seus

clientes utilizando o sinal da Rede Globo (emissora oficial), ao

vivo, sem cobrar ingresso. Mais detalhes sobre as regras gerais

podem ser conferidos no site www.exibicaopublicafifa.com.br

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Com menos de um ano de atuação, o restaurante Mes-tre Parrillero já conquista seu espaço na Zona Sul de Porto Alegre. O carro-chefe é o clássico churrasco dos hermanos, mas outros elementos compõem o cenário. Na equipe, há garçom argentino e parrilleros uruguaios. O atendimento em espanhol ocorre naturalmente, o que não só atribui credibi-lidade como facilita a comunicação com estrangeiros.

Os sócios-proprietários Ricardo Westphalen e Felipe Jo-ckyman apostam no movimento que a Copa do Mundo pode render à casa. O Mestre Parrillero fica a cinco minutos de carro do Beira-Rio, estádio onde ocorrerão as partidas se-diadas na capital. Outdoors com propaganda do local já estão sendo instalados na região.

Em junho, será aberto um salão para jantares-espetáculo, em que os comensais também assistirão a apresentações de tango e música latina, tudo pago num mesmo pacote. “Isso é muito comum na Argentina, principalmente em Buenos Ai-res”, lembra Westphalen. Já as peças decorativas, que fazem alusão à terra de Maradona, devem ganhar a companhia de motivos brasileiros. A rivalidade entre os dois países, para o Mestre Parrillero, fica restrita aos campos.

legado para os hotéis

Uma das grandes promessas da Copa do Mundo é o estímulo ao turismo, principalmente nas regiões onde ocorrerão os jogos. Devido às distâncias entre os estados, que inviabilizam o ir e vir, o mais provável é que os tor-cedores pernoitem ou até passem períodos mais longos nas cidades, antes de rumarem para o próximo destino de sua seleção. Desta maneira, um dos ganhos óbvios é para hotéis, pousadas e similares.

Até o fim de abril, mais de 240 mil diárias de hotéis haviam sido comercializadas nas cidades-sede para as vésperas e dias de jogos. A informação é do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que também fornece dados específicos para Porto Alegre: 11,9 mil diárias. Os quartos ocupados na capital

França

idioma: Francês

moeda: euro

População estimada: 64 milhões

As refeições são momentos cheios de cerimônia

e significado para os franceses. em restaurantes, é

considerado ofensa fazer sinal para chamar o garçom.

o único título da seleção francesa numa Copa foi em 1998,

eliminando o Brasil na final. Ao todo, o time já participou de

13 edições e o país já revelou diversos craques.

holanda

idioma: Holandês

moeda: euro

População estimada: 16,8 milhões

o holandês é modesto e não gosta de ostentação –

prefere o casual ao refinado, embora seja um povo

bastante educado.

A popular Laranja Mecânica, uma das figuras

carimbadas da Copa, já foi finalista algumas vezes, mas

nunca levou a taça para casa.

ainda dá tempo?

o mundial de futebol, para muitos, é pretexto para realizar

melhorias na empresa – seja qualificando a equipe, seja

incrementando o espaço físico. Quem não correu atrás vai ter

que se virar aos 45 do segundo tempo, se não quiser perder o

jogo. Confira algumas dicas*:

Se a equipe não domina idiomas estrangeiros, uma

alternativa é disponibilizar cardápios e placas de sinalização

em inglês e espanhol.

para bares e restaurantes, um fator essencial é a correta

manipulação dos alimentos. estar em dia com as exigências

sanitárias garante a qualidade do serviço.

Quem não conhece a cidade precisa de informações

rápidas e precisas sobre espaços comerciais. Atualize os

cadastros do empreendimento em redes como o Trip Advisor

e o Foursquare.

decoração nas cores do Brasil mostra que a loja está no

clima da Copa.

* com informações de Roger Klafke, técnico da regional metropolitana do Sebrae-RS

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gaúcha correspondiam, na ocasião da pesquisa, a 62% da ca-pacidade de sua rede hoteleira.

A procura maior tem sido para os dias 17 e 18 de junho, em virtude do jogo Austrália X Holanda. Em seguida, vêm os dias 24 e 25 de junho, com o jogo da Argentina contra a Nigéria. Além dessas disputas, Porto Alegre também será palco para França X Honduras e Coreia do Sul X Argélia, além de uma partida das oitavas de final. Em todos esses casos, a procura já é superior aos 50% da lotação máxima.

De acordo com o site Trivago, que compara preços de hotéis em todo o Brasil, o valor médio das tarifas porto-ale-grenses varia entre R$ 460 e R$ 581, dependendo do jogo em questão. Os números estão entre os mais baixos pratica-dos pela rede hoteleira das cidades-sede. No Recife, a média chega a R$ 778 no dia 14 de junho (Costa do Marfim X Japão). Em Brasília, essas quantias vão de R$ 858 a R$ 1.089.

A expectativa do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa) é positiva. O presidente da en-tidade, Henry Starosta Chmelnitsky, acredita que a cidade está pronta para receber o evento. Ele destaca o investimen-to que os estabelecimentos têm feito na qualificação de suas equipes e na modernização de suas instalações. “Será uma oportunidade de introduzir mudanças importantes, como cardápio bilíngue, capacitação em língua inglesa e técnicas motivacionais. Uma experiência bem-sucedida levará o tu-rista a comentar e a propagar uma boa imagem de nosso Estado”, assegura Chmelnitsky.

O sucesso está nos detalhes, do good morning aos guarda-chuvas que os hotéis disponibilizarão para seus hóspedes em dias de tempo ruim. “Fala-se em 100 mil pessoas. Esse

Renato Schetter/divulgação Mestre parrillero

nigéria

idioma: Inglês

moeda: naira

População estimada: 174,5 milhões

nigerianos valorizam a família e a cordialidade. Quando

cumprimentam uma pessoa, o aperto de mão geralmente

vem acompanhado de um largo sorriso.

esta é a quinta participação da nigéria em Copas

do Mundo. no entanto, o desempenho do time não tem

sido muito expressivo.

honduras

idioma: espanhol

moeda: Lempira

População estimada: 8,2 milhões

Tempo, para os hondurenhos, é relativo. em vez de apressar os

compromissos, eles preferem realizar as tarefas a seu próprio passo.

Também são um povo festeiro, que possui similaridades com o Brasil.

em campo, a seleção de Honduras não faz uma boa

campanha: foi eliminada na primeira fase das duas vezes em

que participou da Copa, em 1982 e 2010.

é um número que poderá chegar a 120 mil, considerando o turismo interno acrescido de argentinos que virão curtir o ambiente e a festa”, enumera Chmelnitsky, referindo-se à quantidade esperada de turistas em Porto Alegre. Ele também lembra que, no mundo, serão cerca de 3 bilhões de telespectadores do evento, o que trará visibilidade para o Brasil e, claro, para Porto Alegre também.

Ou seja, é indiscutível que o mundial de futebol deixará seu legado. Na opinião do presidente do Sindpoa, será “lidar com a indústria do turismo em outra escala”. A qualificação dos profissionais e das empresas deverá continuar mesmo após a Copa, com políticas de médio e longo prazos para in-tegrar o setor. “Tudo o que tinha que ser feito foi feito. Po-deria ser melhor? Com certeza, mas vamos aprender com as oportunidades e crescer.”

ricardo Westphalen e Felipe Jockyman

preparam atrações para o mestre Parrillero,

como shows de tango

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saiba

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mais

mais & menos

POLUIÇÃO

Quase 90% dos habitantes urbanos do

mundo estão sujeitos a níveis de poluição

acima do aceitável segundo os padrões

da Organização Mundial da Saúde (OMS).

ECONOMIA

A Organização para a Cooperação e

o Desenvolvimento Econômico (OCDE)

reduziu as projeções para o crescimento

da economia brasileira de 2,2% para

1,8%, neste ano, e de 2,5% para

2,2%, em 2015.

CELULARES

O número de linhas de celulares no

mundo chegará a 7 bilhões

(uma para cada habitante do planeta)

neste ano, segundo relatório da União

Internacional de Telecomunicações (UIT),

órgão da ONU.

COMPRAS

Pesquisa sobre o consumo feminino de

calçados, feita em seis capitais brasileiras

pela Abicalçados – incluindo Porto Alegre

–, revelou que 85% das mulheres (entre

15 e 54 anos) classificam sapatos como

um “vício”. Metade afirma que compra

calçados mesmo sem necessidade. Seis

em cada dez entrevistadas adquirem dois

ou três pares por semestre.

MARCAS

Boticário, Natura, Louis Vuitton, Nestlé e

Havaianas são as marcas mais amadas

pelos brasileiros, segundo pesquisa feita

pelo portal Consumidor Moderno. Um total

de 1.472 pessoas, das classes A, B e C,

respondeu ao questionário na internet.

CONSUMO / menos TemPo PaRa as ComPRas Os brasileiros primam pela racionalização entre tempo e dinheiro, que-rem melhor atendimento durante as compras e buscam por experimen-tação de novos produtos no ponto de venda. Segundo levantamento da Kantar Worldpanel, 74% dos entrevistados disseram buscar por itens em oferta na hora da compar. Além disso, o consumidor está com menos tem-po disponível e reduziu suas idas ao ponto de venda em 2013, resultando no aumento das compras de despensa e reposição. O brasileiro está mais organizado, econômico e preocupado com as compras de bens não du-

ráveis. Mais de 70% dos entrevistados dizem não querer perder tempo durante as compras e para isso procuram se organizar melhor, fa-zendo listas e pesquisas de preços antecipada-mente. Assim como o tempo, o orçamento é importante fator no dia a dia do consumidor, e por conta desse cenário 61% dos entrevista-dos declararam que, devido à renda limitada, costumam comparar preços entre os produtos e lojas para conseguir otimizar seu dinheiro. Esta busca, que antes era feita apenas no pon-to de venda, agora também é realizada virtu-almente. As compras online ainda são peque-nas, mas a comparação de preços em sites está aumentando gradativamente.

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COPA DO MUNDO / CHURRasCo + ReFRi + amiGos Estudo da Kantar Worldpanel analisou o comportamento dos brasileiros e o que gostam de consumir em época de finais de campeonatos ou jogos mun-diais de futebol. O local preferido para assistir às partidas é em casa (56%), contra 25% que preferem ver os jogos em um bar ou restaurante. Apenas 19% têm o hábito de ir assistir aos jogos no estádio. Sete em cada dez pessoas afir-mam que preferem ver as partidas acompanhados dos amigos e 88% gostam de comprar comes e bebes para a ocasião. Para 48% dos torcedores que assis-tem aos jogos em casa, fazer churrasco é a melhor forma para reunir pessoas queridas, enquanto 37% também acham que a pipoca é uma boa pedida. Ou-tros 33% preferem alimentos mais práticos como salgados (18%) ou pizzas (17%). Entre as bebidas, as preferidas são os refrigerantes, citados por 76% dos entrevistados. As cervejas ficaram em segun-do lugar na hora dos jogos, com 47%, e 30% optam pelos sucos naturais.

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VENDAS / 300 miL ToneLaDas De sUCaTa As empresas de comércio de sucata ferro-sa no Brasil, uma das principais matérias-primas usadas na produção de aço, vendem mensalmente cerca de 300 mil toneladas do produto, adquirido junto às indústrias, ferros-velhos e cooperativas de catadores. Cerca de 57% das empresas comercializam

apenas no mercado nacional e 43% delas tanto internamente como no exterior. Os dados fazem parte do estudo inédito elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido do Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferro e Aço. O setor garante renda a 1,5 milhão de pessoas, desde a coleta, seleção e preparação até a distribuição de materiais metálicos. Desse grupo, de 600 mil a 800 mil são catadores, independentes ou reunidos em cooperativas e associações.

TURISMO CONSCIENTE /

CINCO ATITUDES O Ministério do Turismo

apresenta cinco atitudes sobre como ter

apenas o melhor da viagem, de modo

a privilegiar os serviços turísticos que

apresentam valores justos e boa qualidade.

1. Utilize a internet como ferramenta

de pesquisa: O viajante pode investigar

meios de hospedagens, restaurantes e

demais pontos turísticos de um destino.

Sites especializados e fóruns dão boa

noção de preços e dicas de quem já foi.

2. Usufrua dos benefícios da

antecipação: O turista brasileiro

costuma comprar os serviços turísticos

de sua viagem 52 dias antes do

embarque. O tempo é inferior ao

recomendável (60 dias) para economizar

mais dinheiro.

3. Prefira as empresas que

respeitam as regras do setor:

Consumir de modo consciente é decidir

pelo serviço que combine preço justo

e qualidade. Boa parte dos serviços

turísticos deve estar inscrita no

Cadastur, que estabelece regras de

operação aos profissionais do setor.

4. Compartilhe boas práticas: As redes

sociais do Ministério, especialmente o

Facebook, recebem e compartilham indi-

cações de passeios, restaurantes e meios de

hospedagem a preços justos.

5. Prefira as empresas que

comprovam preocupação ambiental:

As belezas naturais do país atraem

os turistas. Entretanto, as práticas

de sustentabilidade ainda não estão

disseminadas em todos os destinos.

Opte por aquelas que exibem selos de

reconhecimento ambiental.

TELEFONIA / anDRoiD LiDeRa em PUBLiCiDaDe Pela primeira vez, o Android se tornou a maior plataforma mundial em tráfego de publicidade mó-vel, superando o sistema iOS (42,8% contra 38,2%), de acordo com estudo da Opera Mediaworks, abran-gendo os três primeiros meses do ano. O Android está lentamente aumentando a monetização dos anún-cios e é responsável por mais de 33% da Receita, em comparação aos 26,7% no mesmo período de 2013. Os Estados Unidos são o maior mer-cado mundial do setor. Entre os fabricantes de dispositivos móveis, a Samsung foi a favorita no mercado Android.

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TURISMO / inTeRneT É FUnDamenTaLA internet está presente em todas as fases de uma viagem: da pesquisa à reserva, do registro das imagens ao compartilhamento de informações. Os meios digitais têm se consolidado, nos últimos anos, como a principal fonte de informações, de acordo com pesquisa do Ministério do Turismo. A cada hora, internautas de todo o mundo realizam 625 mil buscas no site Google sobre viagens, de acordo com dados da empresa. O Minis-tério do Turismo ultrapassou o número de 630 mil conexões, entre fãs, seguidores e assinantes. Significa que uma informação divulgada pelas redes eletrônicas do MTur atinge meio milhão de perfis de usuários, sem considerar os milhares de compartilhamentos.

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sesc

9ª edição do Festival Palco

Giratório sesc/Poa trouxe à

caPital Gaúcha o rePertório

de GruPos artísticos

com lonGa trajetória em

todo o País. as Produções

Foram escolhidas com base

na qualidade e na diversidade

reGional e de Gênero

Ade teatro, dança e circo, durante a 9ª edição do Festival

Palco Giratório Sesc Porto Alegre, ocorrido de 2 a 25 de maio. O evento atraiu grande público em mais de 130 ações — 93 ses-sões artísticas e 39 atividades formativas, numa proposta de intercâmbio de vivências e informações entre artistas e espec-tadores. Este ano, o diferencial foi a apresentação do repertó-rio de grupos brasileiros com longa trajetória, como a Cia. Luna Lunera (MG), a Cia dos Atores (RJ) e o La Mínima (SP), assim como os gaúchos das Cias. Rústica e Stravaganza, Ói Nóiz aqui Traveiz e o Oigalê (apresentando, pela primeira vez, todas as suas produções em um só Festival).

Segundo a curadora do Festival, Jane Schoninger, seu de-safio foi promover uma programação que instigasse a refle-xão da plateia enquanto o artista estivesse no palco. “Com esse intercâmbio de experimentação artística e, assim, es-tando um grupo mais tempo vivendo a cidade e apresen-tando seu trabalho, possibilitamos tantos outros momentos de fruição artística, de vivência e crescimento cultural”, re-

Porto Alegre foi invAdidA Por esPetáculos diversos

IntercâmbIo de vIvêncIas

fotos: celso Pereira

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Dia Do Desafio: Rs tem 100% De aDesão Dos

municípios o rs é o único estado brasileiro a mobilizar

100% dos municípios para o dia do desafio, em 28

de maio. As 497 cidades participarão do evento, cuja

proposta é de mudança de atitude em nome de

uma vida mais saudável. As pessoas são incentivadas

a interromper suas tarefas e praticar, por pelo menos

15 minutos consecutivos, alguma atividade física. A

disputa saudável se dá entre cidades de mesmo porte

populacional, e o município vencedor será aquele que

mobilizar a maior porcentagem de pessoas.

10/junhomesa Brasil sesc em ijuí

o lançamento do programa mesa brasil sesc em

Ijuí ocorrerá em 10 de junho. o programa realiza

uma colheita urbana (com critérios de segurança

alimentar) e redistribui alimentos excedentes

ou sem valor comercial para instituições sociais

cadastradas e monitoradas. mais informações pelo

fone (55) 3332-7511.

agenda de eventos

2ª uniDaDe móvel sesc De saúDe pReventiva o projeto

gaúcho – pioneiro no Brasil – de criação da unidade

Móvel sesc de saúde Preventiva, com equipamentos de

ponta, expandiu-se e agora tem a sua segunda carre-

ta. A solenidade de inauguração ocorreu no dia 8, em

cachoeira do sul. Até o dia 20 de junho, os comerciários

e comunidade em geral terão acesso, na Praça José

Bonifácio (rua sete de setembro), a uma série de exames

gratuitos. A unidade Móvel é equipada com aparelhos

que permitem a realização de mamografias, ultrassom

(sob prescrição médica), citopatológicos de colo de útero

e exames oftalmológicos. os Passaportes para a saúde

(colesterol, triglicerídeos, diabetes, hipertensão e eletrocar-

diogramas) são disponibilizados gratuitamente.

fletiu. “Tivemos o olhar sensível para produções de fora do eixo Rio-São Paulo, atentando para a qualidade e a diversi-dade, tanto de regiões quanto de gêneros”, explica.

TRANSPONDO DISTÂNCIAS

Quanto à escolha dos grupos, ela diz que não foram se-lecionados apenas espetáculos, mas a trajetória dos grupos. “Levamos em consideração o processo de desenvolvimento de determinados espetáculos, o trabalho continuado de pes-quisa de linguagem ou estética, considerando a vivência do grupo que o produziu, bem como a trajetória social e políti-ca de atuação dos envolvidos com o trabalho”, diz. Na visão de Jane, foi um momento valioso para os artistas envolvidos possibilitar em que as plateias pudessem presenciar esses processos, por meio da apresentação dos repertórios.

Para Everton Dalla Vecchia, diretor regional do Sesc-RS, em seu nono ano o Festival Palco Giratório Sesc já se consolidou como um dos mais expressivos eventos culturais de Porto Ale-gre. “A iniciativa transpõe distâncias e sai de Porto Alegre, com espetáculos itinerantes, que fazem parte do Circuito Nacional, levando ainda mais cultura aos municípios gaúchos”, comemo-ra. “Além disso, se desmembra em atividades e diversidade de atrações. As Aldeias Sesc, que fazem parte do Palco Giratório Sesc, têm o poder de levar não só teatro, mas música, oficinas, exposições, cinema e outras formas de cultura, ao longo do ano, às cidades de São Leopoldo, Ijuí, Santa Maria e Caxias do Sul.”

Nesta edição, houve a estreia nacional da nova monta-gem de Círculo de Giz Caucasiano, da Cia. do Latão (SP). Outras atrações foram A Casa Amarela, com atuação de Gero Camilo,

e Labirinto, do grupo ca-rioca Alfândega 88, que apresentou estudo dos 130 anos do dramaturgo e jornalista gaúcho Qor-po Santo (1829-1883).

peças de teatro

promoveram momento

de reflexão para

público espectador

De 20/maio a 1º/junholançamento da mostra casa da saúde

são borja tem acesso às atividades gratuitas da mostra

casa da saúde sesc. na estrutura, que ficará na

Praça Xv de novembro, a comunidade poderá conferir

palestras e exposições, assim como fazer exames.

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serviços

Lúc

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imo

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determinado mer cado, no qual irá prestar algum serviço, comercializar produtos ou mesmo fabricá-los. Essa atuação é o foco principal, mas há tantos outros focos secundários a observar que tornariam necessários à companhia o desenvolvimento de inúmeras outras expertises. Claro, não é viável, nem recomendável.

Surgiram, então, as consultorias dedicadas a dar conta des-sa demanda extra. O propósito é auxiliar, ao menos, na tomada de decisão, e vai além. Dependendo do ramo de atuação, as con-sultorias chegam a assumir responsabilidades em segmentos importantíssimos, como a contabilidade. As empresas podem tirar bons proveitos dessa relação, inclusive, reduzindo custos tributários ou fazendo melhores opções para o seu negócio.

Reputação e valoR

A partir de pesquisa realizada em 2005, o mestre em Administração Eduardo Sampaio de Oliveira chegou a uma conclusão sobre os fatores que influenciam empresários na escolha pelas consultorias. O estudo, apresentado como dis-sertação para conclusão do mestrado, considerou avaliações de 93 executivos que já contrataram, pelo menos uma vez, serviços de consultoria. As respostas permitem conhecer melhor o perfil dos contratantes desses serviços.

Quando uma empreSa é criada, naSce com um propóSito cLaro de atuar em

lém do negócio em si, o

empresário precisa controlar

uma série de demandas que exigem conhecimento

específico nas mais diversas áreas: contabilidade,

direito, finanças, comunicação, tributos e uma

infinidade de outros temas. assumir tudo isso

nem sempre é possível, ou viável. é aí que os

consultores entram em ação

aConte

Com eles

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Na fase preliminar, quando o executivo identifica a ne-cessidade de recorrer a uma consultoria, opta por empresas com reputação de mercado. Feita essa seleção, ele passa a considerar outros pontos. O passo seguinte é verificar a abor-dagem proposta pela consultoria para solução da demanda apresentada. Oliveira ressalta que este é um momento crucial e a abordagem técnica ganha importância central na escolha. Identificados esses dois pontos, só então os executivos pas-sam a analisar preços, experiências anteriores e o currículo dos profissionais que irão desenvolver o projeto.

DiReito empResaRial

Uma das áreas mais sensíveis para qualquer empresa é o ramo de atuação da Souto Correa Advogados. A consultoria jurídica da empresa é dedicada especificamente para atendi-mento de pessoas jurídicas em seis segmentos distintos: admi-nistrativo e regulatório, ambiental e sustentabilidade, resolu-ção de conflitos, societário, trabalhista e tributário.

Essa gama de áreas contempladas faz com que o escritório ofereça serviços jurídicos completos para os clientes com os quais atua. “O que temos na área do direito empresarial é o su-porte que contempla desde o início das atividades da empresa até, por ventura, um eventual encerramento”, detalha um dos sócios do escritório, Anderson Trautmann Cardoso. Mesmo atuando em um mercado indispensável, Cardoso salienta que a reputação é importante para a consultoria, assim como reco-nhecimentos tanto de empresas clientes do escritório quanto de entidades que valorizam a atuação dos advogados. Ainda assim, a relação com os clientes depende de condições que só se tornam possíveis a partir do primeiro contato.

“A contratação de serviços é sempre decorrente de uma relação de confiança, nós contratamos serviços a partir de uma crença, desde serviços mais básicos aos mais especializa-dos”, comenta. “É essencial que o escritório seja transparente, com valores sólidos e que demonstre profundo conhecimento no ramo de atuação do cliente”, acrescenta. Para o empresário que está contratando o serviço, essa é uma relação de parce-ria, que dificilmente é mantida sem uma proximidade entre os dois lados. “Tem que acompanhar o processo interno da em-presa para obter profundo conhecimento de como funciona o dia a dia do cliente e oferecer o melhor serviço.”

paRceiRo impRescinDível

Para o diretor-presidente do Grupo Villela, Renan Villela, é muito difícil uma empresa funcionar sem recorrer às con-sultorias. “Dois fatores são muito importantes: o primeiro é a nossa legislação, e em segundo lugar a própria velocidade de inovação das empresas. Assim, as companhias dependem de especialistas”, avalia. O Grupo Villela é uma empresa fo-cada em consultoria com atuação nos segmentos auditoria, recursos humanos, risco, contábil, empresarial e societário, tecnologia da informação e tributário. A auditoria, reforça Villela, é, muitas vezes, uma exigência legal, embora não seja necessária apenas por se tratar de uma obrigação. “A auditoria independente é fundamental, é um movimento de boa-fé entre os sócios, mesmo quando não há exigência le-gal”, estabelece.

Em nove anos de atuação, o Grupo Villela contabiliza mais de 6 mil clientes atendidos, reforçando um dos aspec-tos mais fortes da relação traçada entre consultorias e em-presários: a confiança. “Quando se vai buscar uma consulto-ria é importante buscar uma empresa sólida. Essa parceria beneficia muito as empresas.”

Villela: confiança

é essencial na

relação consultorias/

empreendedores

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ão

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po

Ville

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De acordo com estudo do mestre em Administração

Eduardo Sampaio de Oliveira, os executivos têm uma ordem

de critérios avaliados durante o processo de escolha da

consultoria a ser contratada:

1 – reputação de mercado

2 – abordagem técnica proposta

3 – preço

4 – experiências anteriores

5 – currículo dos profissionais

na hora da esColha

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senac

programa Mudei Minha

Sorte oferece qualificação

profissional a comunidades

necessitadas, com vistas a

promover o empreendedorismo

e a busca por objetivos

em comum

Oprofissional, despertar o empreendedorismo e

promover a qualidade de vida para moradores de comunida-des em condições de vulnerabilidade social: esse é o objetivo do programa Mudei Minha Sorte, que também oferece momen-tos de lazer para as famílias. O lançamento estadual do projeto aconteceu em Camaquã, no dia 26 de abril, realizado pelo Siste-ma Fecomércio-RS/Sesc/Senac e pelo Sindilojas do município. A comunidade São Pedro foi escolhida para ser apadrinhada pelo programa. Cerca de 500 pessoas serão beneficiadas.

No evento de lançamento, aberto ao público, o Senac Cama-quã ministrou oficinas de padaria e de reciclagem, para quem buscava qualificação. O Sesc Camaquã ofereceu momentos de lazer e cultura, como a escola de chimarrão, oficina de violão, brinquedos pedagógicos infláveis e show do músico Marcelo Caminha. Já o Sindilojas realizou uma palestra sobre empreen-dedorismo e cooperativismo.

RealizaR atividades de capacitaçãO

Mudança de vida

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ção/

sena

c-Rs

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Vestibular de inVerno tem inscrições abertas

até o fim do mês as inscrições para o vestibular

de inverno das Faculdades senac de porto alegre e

pelotas estão abertas até o dia 31. serão oferecidas

mais de 800 vagas, em 12 opções de cursos. a prova

única consiste numa redação e será aplicada nas

sedes das faculdades, no dia 1º de junho, a partir

das 13h. a lista de aprovados sai no dia 2 à tarde,

no site do senac-Rs (www.senacrs.com.br/vestibular).

informações sobre inscrições e cursos ofertados

também podem ser obtidas pelo site.

aluna do senac Passo d’areia Vence World skills

americas a estudante Rita de cássia agliardi, aluna do

senac passo d’areia, foi a grande vencedora da World

Skills Americas na ocupação técnico em enfermagem.

a competição de formação profissional aconteceu

em Bogotá, capital da colômbia, no início do mês de

abril. durante os treinamentos, em fevereiro, Rita teve o

acompanhamento da treinadora luiza Mary dionisio de

Brito, que aplicou uma série de provas e testes com a

candidata. O objetivo foi compartilhar os conhecimen-

tos e técnicas utilizados na competição.

30/maiformatura em farroupilha

alunos de aprendizagem em Serviços

administrativos – Copa 2014 e aprendizagem em

Serviços de Supermercado – Copa 2014 recebem

seus certificados. a cerimônia acontece no salão

nobre da prefeitura (Praça da emancipação, s/nº),

a partir das 19h30. informações: (54) 3268-3500.

agenda de eventoS

De acordo com a diretora do Senac Camaquã, Denise Se-frin, o Mudei Minha Sorte permite que a comunidade escolhida identifique sua principal vocação empreendedora. Aliado a este aspecto, o projeto viabiliza a melhora na qualidade de vida, por meio de ações do Sesc, e capacita os envolvidos para atuarem no mercado de trabalho, com as ações do Senac. Es-ses três pilares – educação, trabalho e qualidade de vida – res-gatam a cidadania e permitem uma mudança verdadeira na realidade da comunidade. “Não há forma melhor de auxiliar a mudar a vida das pessoas do que garantindo a elas a per-cepção do seu valor como ser humano”, define Denise. Para o gerente do Sesc Camaquã, Daniel Sperb, “o programa, ao longo de sua realização, incentivará e apoiará o bem-estar in-dividual e coletivo com ações onde a comunidade é convidada a ser protagonista”. Assim, o público terá auxílio para seu de-senvolvimento social, pessoal, econômico e profissional.

Apoio e esperAnçA

Uma das beneficiadas do programa Mudei Minha Sorte é Jeisebel da Luz, moradora da Vila São Pedro. Ela afirma que a iniciativa vai ajudar sua família. “O programa é muito in-teressante. Com ele vou conhecer pessoas e, através das ofi-cinas, vou aprender coisas diferentes, que vão ajudar para aumentar o meu orçamento familiar”, cita. O projeto prevê diversas atividades ao longo do ano, como oficinas nas áreas de informática, beleza, lazer e gestão.

A próxima cidade a receber o Mudei Minha Sorte é Cacho-eira do Sul. A atuação será na comunidade Zumbi dos Pal-mares, no bairro Santo Antônio. O Senac está em contato com o pessoal envolvido para definir quais serão as oficinas ministradas. “Após um ano de atuação, queremos deixar um residual de apoio, levando um pouco mais de esperança e qualificação à comunidade”, destaca o diretor do Senac Ca-choeira do Sul, Leandro Raddatz.

equipe do mudei minha sorte promove

atividades no lançamento do programa

31/maiVestiba night

Promovido pelo Senac 24 horas, o evento é uma

preparação para os candidatos inscritos no

vestibular do Senac e ocorre das 20h à 0h do

dia 1º/6. as inscrições – a 1kg de alimento não

perecível – devem ser feitas no local

(av. assis Brasil, 3522 – Porto alegre).

informações: (51) 3366-0520.

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gestão

cálculo do valor da empresa é

uma equação multifatorial, que

pode envolver também a força

da sua marca. em geral, importa

mais a geração de caixa do que

o patrimônio acumulado

Oplanos de expansão, vendas e aquisi-

ções são os principais motivos que levam os empreende-dores ao cálculo do valor de suas empresas. Existem três métodos diferentes para essa avaliação, em operações multifatoriais que, na maioria das vezes, são combinadas entre si com o objetivo de se chegar a uma faixa negoci-ável. Segundo especialistas, uma marca forte e influente no mercado – por si só – representa, em média, 40% do valor total das companhias.

Juliano Graff, o diretor administrativo da Master Minds, firma especializada no assunto, diz que o mais importante,

DissOluções De sOcieDaDe, fusões, sucessões,

Valor de empresae de marca

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independentemente da metodologia empregada, é enten-der o momento atual da empresa, seu contexto no país e no mundo, para depois determinar os vetores de crescimen-to dela e verificar no mercado a ocorrência de transações comparativas. “É um exercício que demanda bastante pro-jeção, cálculos diversificados, avaliação de passivos, não é trivial para o empresário”, explica.

Em geral, o administrador aplica três metodologias de cálculo combinadas: fluxo de caixa descontado, avaliação por múltiplos e valor patrimonial (veja quadro). “Quando realizamos essa operação, nunca arbitramos uma quantia exata, mas estipulamos uma faixa de valor, com um míni-mo e um máximo, numa combinação das fórmulas”, conta. “O valor patrimonial, por exemplo, quase nunca é o utili-zado em transações, a não ser em empresas muito endivi-dadas, ou em empresas que locam maquinário. O patrimô-nio líquido não reflete a geração de caixa da empresa.”

Assim como a diferença entre o valor mínimo e o má-ximo também varia conforme cada caso, a durabilidade da análise sofre influências. “O mercado de ações, que é mais sofisticado, apresenta oscilações diárias. A própria ação é avaliada pelos analistas pelo fluxo de caixa descontado. Qual é o máximo e o mínimo da ação da Ambev para o ano que vem? Não dá para dizer”, argumenta Graff.

O pesO da marca

De acordo com a Interbrand, consultoria global que gerencia o valor de marca, esse fator representa, em mé-dia, 40% da avaliação da empresa no mercado. “Em alguns casos, a marca é realmente o ativo mais relevante. O que faz ela ser valiosa? Gerar bons resultados financeiros, in-fluenciar a decisão de escolha do cliente e ser forte”, re-sume o diretor de estratégia, André Matias. A força, por exemplo, envolve a análise de quatro atributos internos (clareza, comprometimento, proteção e capacidade de resposta) e seis externos (autenticidade, consistência, presença, relevância, diferenciação e entendimento), tendo em vista que alguns setores respondem melhor às iniciativas de fidelização.

“Todo mundo tem de cuidar do seu valor de marca, não importa o tamanho do empreendimento”, acredita Matias. No entender do especialista, a marca é viabiliza-

Método 1 – Fluxo de caixa descontado: Os ativos fixos

e o passado da empresa são o ponto de partida, mas o

que importa mesmo é o futuro. O fator mais relevante para

compor o valor do negócio é sua capacidade de geração de

caixa, o chamado ebtida (lucro antes de descontar os juros,

os impostos sobre lucro, a depreciação e a amortização). O

valor é a base para estimar quanto o negócio estará maior

lá na frente. até chegar ao número final, é preciso considerar

uma série de outras variáveis, como carteira de clientes,

rede de distribuição e a qualidade da gestão da empresa.

a fórmula básica para o fluxo de caixa descontado envolve

uma estatística das receitas e dos custos da empresa para

um determinado período – considerando inclusive fatores

qualitativos. Do resultado subtrai-se um percentual, conhecido

como taxa de desconto (o custo para trazer ao presente

valores a serem obtidos no futuro).

Método 2 – Avaliação por múltiplos: O valor da empresa

é definido por meio de comparações com negócios

semelhantes, geralmente listados em bolsa. empresas listadas

em bolsa têm um valor de mercado conhecido – basta

multiplicar o preço da ação pelo número total de ações que

compõem seu capital. a avaliação por múltiplos é muito

importante como referência, mas não costuma ser utilizada

para pequenas e médias empresas.

Método 3 – Valor patrimonial: O valor patrimonial contábil

de uma empresa, também conhecido como valor de

livro, é a soma de todos os seus ativos – como prédios,

máquinas, equipamentos, dinheiro e produtos em estoque –,

descontadas as dívidas e obrigações financeiras. O resultado

dessa metodologia tende a ser sempre menor do que aquele

calculado por meio do fluxo de caixa descontado ou da

avaliação por múltiplos, porque não considera receitas futuras

do negócio. É mais utilizado para negociações entre os sócios,

na eventual saída de um deles.

como calcular o Valor de sua empresa

dora da estratégia do negócio, e é preciso investir tem-po, recursos e disseminar processos de modo a fazê-la se destacar. Sua conexão com os clientes pode ser racional

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gestão

a metodologia da interbrand, certificada pela isO 10668, leva em consideração três alavancas de valor: a performance

financeira da marca, sua influência sobre o cliente e a força da marca em relação aos competidores. Primeiro, são medidos

os lucros atuais e futuros atribuíveis aos produtos e serviços da marca. as projeções financeiras são a base da avaliação. a

análise do papel da marca mede o percentual da decisão da escolha do cliente atribuída à marca em relação a fatores como

preço, conveniência e produto. aplicando o índice nas projeções de lucro, verificam-se os ganhos relativos à marca de maneira

isolada. a força da marca é uma ferramenta de diagnóstico do seu desempenho em relação aos competidores. ela apoia

a gestão ao identificar áreas de maior impacto para o negócio. finalmente, a análise é combinada para entregar um único

resultado de contribuição total da marca.

como é analisado o Valor de marca

(focada em resultados) ou emocional (focada em sensa-ções). O importante é transmitir confiança e manter a

Div

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ão

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ki

Fruki trabalha cada marca de

bebida de forma distinta

consistência no trabalho, compreendendo o caminho a ser percorrido na formação de sua imagem.

marcas da Fruki em expansãO

A indústria de bebidas Fruki, sediada em Lajeado, tra-balha cada uma das marcas da empresa de forma distinta. Enquanto o Fruki Guaraná, por exemplo, valoriza o consu-mo familiar e os momentos felizes de celebrações, a Água da Pedra enfoca o público feminino na promoção de uma vida equilibrada e saudável. “Para chegarmos a essas defi-nições, foram realizadas pesquisas com todas as partes, as-sim como uma análise do mercado e suas tendências”, ob-serva o gerente de marketing Júlio Eggers. “Todas as ações realizadas levam em conta a persona de cada marca e suas características.” A cada dois anos, as pesquisas são refeitas para validar se a percepção dos consumidores e clientes está alinhada com o trabalho institucional. “Sempre que detectamos divergência é realizado um planejamento para ajustar o caminho. Temos claro que a identidade de uma marca não é estanque, ela pode sofrer algumas mudanças ao longo do tempo”, pondera Eggers. A Fruki não avalia quanto a marca representa em relação ao valor total da empresa. As medições envolvem share de mercado, prefe-rência, lembrança e rejeição. Os resultados são significati-vos: a indústria mais do que duplicou seu tamanho nos úl-timos cinco anos. Água da Pedra é marca líder no mercado gaúcho em seu segmento e Fruki Guaraná é líder na Região Metropolitana, nos vales do Taquari e do Rio Pardo. Fruki-to é o segundo suco com maior fatia de mercado, segundo o Instituto Nielsen.

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ria

A AssembleiA legislAtivA aprovou, em dezembro de 2013, o PL nº 376, que teve como objetivo a revogação da cobrança do diferencial de alíquota de ICMS. A ausência de sanção pelo Governador foi suprida pelo presidente da Assembleia e, assim, foi promulgada a Lei n.º 14.436/14.

Embora truncado, esse texto normativo nasceu de um contexto social de luta que elimina qualquer digressão a respeito dos seus alcance e objetivo. Não obstante, apoiada numa reconstrução retórica do conteúdo normativo dessa Lei – manifestamente divorciada do contexto social do qual a mesma surgiu –, a Fazenda insiste na cobrança do diferencial de alíquota.

Como se verifica, ao longo desse processo histórico-normativo, o Poder Executivo adotou distintas estratégias para esvaziar a revogação da cobrança do diferencial aprovada pelo Legislativo, ora se omitindo no processo legislativo, ora questionando seu produto, o texto legal. A insistência fazendária chama a atenção, sobretudo quando se observa que mesmo a hipotética validação da sua “tese normativa” (validade da lei) trará à tona o questionamento sobre a

consequência dos fatos, nascidos da aplicação lei. A razão é óbvia, basta seguir as premissas:

1) o recolhimento do diferencial é mera antecipação do fato gerador futuro, pois as mercadorias adquiridas nas operações interestaduais serão novamente oferecidas à tributação pelo regime do Simples.Assim, a antecipação é diferente da substituição tributária definitiva, na qual o recolhimento antecipado de ICMS é definitivo e dispensa qualquer outro ao longo da cadeia;

2) realizado o fato gerador (venda interna) e recolhido, novamente, o ICMS, através do regime do Simples, ter-se-á uma das seguintes alternativas: ou recolhimento indevido (bis in idem), ou cobrança indevida (quando o ICMS foi integralmente recolhido através do Simples).

A matemática dos fatos não pode ser retorcida pela retórica jurídica. O prosseguimento da cobrança deflagrará o segundo ciclo de contestação, no qual o questionamento não será a validade das normas questionadas, mas dos significados concretos que nascem da sua aplicação.

Rafael PandolfoConsultor tributário da Fecomércio-Rs

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O diferencial de alíquOta de icMS:

uM nOvO ciclO

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nic

ho Manutenção predial

odo imóvel precisa de reparos.

esse já seria um bom argumento

para justificar a importância do

segmento de manutenção predial, que,

acompanhando o desenvolvimento das

cidades, também cresce. para prosperar

nessa área, no entanto, é preciso

adequação a uma série de normas legais

Tque se vende por conta

própria. Além de praticamente todo mundo conhecer pessoas que fazem pequenos reparos, empresas mais estruturadas que atuam nesse segmento têm visibilidade garantida a cada nova obra executada. Essa é uma condição que leva à ampliação ex-ponencial da empresa e que pode fazer com que esse nicho seja considerado como promissor por muito empreendedores.

No entanto, para aproveitar as oportunidades que esse mercado oferece é preciso ter muito rigor com custos dos materiais, controle das equipes e cumprimento de obriga-ções que garantem a segurança dos clientes e colaborado-res. Há, portanto, desafios importantes a serem enfrentados diariamente. Com qualificação e adequação é possível con-quistar um bom espaço nesse mercado.

A mAnuTenção prediAl é um rAmo Tão imprescindível

Manutenção predial eM alta

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Pampa Gestão de Serviços contabilizou

crescimento de 400% com trabalho de

fornecimento de mão de obra em Rio Grande

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Mercado estável

“O segmento de manutenção predial permanece está-vel há cerca de dez anos”, avalia o diretor da Atuare Enge-nharia e Manutenção Predial, Carlos Henrique Reimann. A empresa, localizada na Zona Norte de Porto Alegre, está no mercado há 15 anos, oferecendo serviços de restauração, reforma e renovação de fachadas em prédios comerciais e residenciais, além de tratamento de patologias em edifica-ções, como trincas e fissuras.

Reimann atua no ramo há 25 anos e salienta: “Não é um mercado muito fácil, na verdade é bem difícil”. Prova disso é o entra e sai de concorrentes. “Já houve momentos em que muitas empresas ingressaram, algumas saíram e outras fica-ram”, conta. Essa condição cria uma certa concentração de mercado, avalia, principalmente entre as grandes empresas do setor, que são minoria, mas são as que conseguem tocar entre 20 e 30 obras concomitantemente, como a Atuare.

E quanto mais obras em andamento, maior é a visibilida-de. Isso porque cada um dos projetos executados exibe uma placa mencionando a empresa na fachada – uma das prin-cipais formas de captação de clientes. “Mesmo estando na região norte, atendemos a cidade como um todo”, salienta Reimann. As indicações, principalmente feitas por imobili-árias que administram condomínios, também ajudam a tra-zer novos clientes, acrescenta. Prova de que o ramo também tem suas vantagens!

“É uma atividade que por um lado é muito boa”, pondera o diretor da Atuare. “É um serviço necessário aos nossos clientes, e outra vantagem é que é um mercado de baixa inadimplência, principalmente por conta dos condomínios, que se organizam para as obras e cumprem prazos e valores estabelecidos.”

O serviço prestado pelas empresas de manutenção predial é recorrente. A pintura de um prédio comercial, geralmen-te, precisa ser refeita a cada cinco ou sete anos, exemplifica Reimann. Porto Alegre vive, de 2010 para cá, um momento de muitas entregas de lançamentos, ampliando ainda mais o

público-alvo desse segmento. “É um mercado relativamente estável. O que é muito volátil é a concorrência”, sustenta.

MoMento de oportunidades

Outras regiões do Estado vivem um momento de cresci-mento vertiginoso, fazendo com que o ramo de manutenção predial também ganhe evidência. É o caso de Rio Grande, reconhecida, atualmente, pela importância do Polo Naval e pela presença de três grandes estaleiros, que trouxeram oportunidades para todos os segmentos.

A Pampa Gestão de Serviços, empresa que atua com recru-tamento e qualificação, tem pouco mais de um ano de atuação e foi criada justamente para aproveitar o novo momento vivi-do pela região. Um dos segmentos com o qual a empresa atua é a manutenção predial, treinando e fornecendo mão de obra para o mercado. “Muitas imobiliárias e donos de residências precisaram fazer manutenção para servir às pessoas que vêm de fora para trabalhar no Polo Naval”, conta o diretor da em-presa, Tiago Rosa de Vasconcelos. No mercado desde outubro de 2012, a Pampa reflete o crescimento de Rio Grande, tendo alcançado crescimento de 400% no primeiro ano de atuação. As perspectivas para este ano, se comparadas ao resultado auferi-do no ano passado, são mais modestas, mas invejáveis, ainda assim. Vasconcelos projeta para 2014 uma expansão de 150%.

Embora a empresa não trabalhe diretamente com elabo-ração de projetos de manutenção predial, atua com o que o mercado rio-grandense mais carece: mão de obra. Vasconce-los conta que a Pampa Gestão de Serviços é muito procura-da por empresas que vão executar trabalhos de construção civil na cidade e precisam de mão de obra. “Nosso trabalho

Pampa Gestão de Serviços contabilizou

crescimento de 400% com trabalho de

fornecimento de mão de obra em Rio Grande

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nic

ho Manutenção predial

nic

ho

é muito voltado para a execução do projeto. Rio Grande já tem muitas empresas que elaboram projetos. Nós temos os equipamentos e mão de obra para concretizá-los.” A empresa forneceu mão de obra para execução do projeto do novo shopping da cidade, exemplifica.

Vasconcelos conta que, com o desenvolvi-mento, a mão de obra começou a ficar escassa na cidade. Captar pessoas e treiná-las é um bom ne-gócio nesse cenário. O recrutamento feito pela Pampa Gestão de Serviços foge aos canais con-

vencionais. Além de anúncios tradicionais, a empresa man-da carros de som para os bairros de Rio Grande em que sabe que encontrará pessoas dispostas a se qualificarem para o trabalho de que a empresa necessita.

Mão de obra Uma das características importantes do nicho de manu-

tenção predial é a necessidade de adequação a uma série de normas que estabelecem não só a segurança dos trabalhadores que executam os trabalhos como também das próprias edifica-ções. Isso faz com que as empresas que atuam nesse segmento tenham controle especial nesse aspecto.

“É uma atividade que requer grande capacidade de fiscali-zação das obras, tem que ter toda uma estrutura organizacio-nal para controlar produtividade, custos variáveis e segurança. Esse é um lado difícil”, sintetiza o diretor da Atuare Engenharia e Manutenção Predial, Carlos Henrique Reimann.

A Atuare tem um programa interno de seleção de profis-sionais que prioriza colaboradores mais experientes para os trabalhos mais complexos e os mais novos para atuar com serviços mais simples. Essa foi uma das formas que a empresa encontrou para contornar a dificuldade de mão de obra qua-lificada. Reimann explica que há poucos anos aconteceu um movimento de saída de mão de obra, exigindo um esforço para trazer mais pessoal para o mercado. Esse pessoal tem vindo de outros setores, com necessidade maior de treinamento.

“Esse movimento fez com que o setor ficasse mais desqua-lificado. Ao mesmo tempo não existe um movimento de quali-ficação formal dos trabalhadores”, diz. Essa é uma das condi-ções que levam a Atuare a investir em cursos, especialmente em segurança do trabalho, obrigatórios para todos os novos

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a-r

s

Capoani: inspeção e manutenção

predial são questões de segurança

colaboradores da empresa. Na Pampa Gestão de Serviços, que atua com recrutamento e qualificação de mão de obra, o pre-paro dos funcionários depende da necessidade da empresa contratante do serviço. “Nossa gerente faz uma visita técnica ao cliente e a partir das necessidades identificadas a gente ela-bora o perfil do profissional e o treinamento que será ofereci-do”, detalha o diretor da empresa, Tiago Rosa de Vasconcelos. Quando um mesmo profissional conclui a prestação de serviço em um cliente e é direcionado para outra função mais específi-ca, passa novamente pelo treinamento exigido.

Questão de segurança

Para o engenheiro civil Luiz Alcides Capoani, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS), o nicho de inspeção e manutenção predial tem uma importância inquestionável quando se observa o setor a partir da segurança e da preservação de vidas. “As edificações precisam ter o seu cuidado, sendo periodicamente avaliadas”, defende.

Não é de qualquer avaliação que fala o presidente do Crea-RS. Capoani explica que até o concreto, embora seja resistente, com o passar dos anos se deteriora. A vida útil se estende a todos os materiais e estruturas, reforça. A popula-ção brasileira, sobretudo a gaúcha, tem ficado cada vez mais sensível ao tema, estabelece, lembrando fatos como o desa-bamento parcial de um prédio em Capão da Canoa, ocorrido em 2009, e que vitimou quatro pessoas e o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, com 242 mortes.

“Os profissionais que atuam nesse ramo precisam se ade-quar às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, detalha, lembrando que ao contratar esse tipo de serviço é fundamental buscar empresas especializadas.

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monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de

crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.

O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira

semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis

modalidades de crédito à pessoa jurídica.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

Cheque espeCial

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Conta Garantida

desConto de Cheques

Na semana de referência em abril,

houve uma redução tanto na taxa de

juros média mais baixa quanto na mais

alta para essa modalidade de crédito.

No entanto, a diferença entre a menor

e a maior é de quase 100%. O desta-

que foi a forte redução nos juros mé-

dios do Banco do Brasil, que figurava

na última posição e passou para a 5ª

na divulgação atual. O HSBC apresen-

tou a menor taxa de juros média.

A modalidade cheque especial

permaneceu com taxas de juros

médias estáveis, alterando apenas

as posições dos bancos Itaú e

Safra. Em relação à semana de

referência do mês de março, houve

redução na taxa de juros média

mais baixa, que permaneceu

sendo a do Banrisul, e aumento na

mais alta, do Santander.

A modalidade manteve sua

estabilidade tradicional em março,

sem alternância na posição das

instituições. O Santander, porém,

passou por um processo de redução

dos juros médios grande parte do mês.

O Banco Safra permanece com a taxa

média mais baixa e o Itaú com a mais

elevada para a semana de referência.

O Banco do Brasil, que apresentou

a maior taxa média na semana de

referência de abril, passou durante

o mês de março sempre entre as

três taxas de juros mais altas. Por

outro lado, o Citibank ficou grande

parte do mês de março com a

taxa de juros média mais baixa.

Na modalidade de conta garantida,

o Citibank foi o que apresentou as

maiores variações durante o mês,

oscilando entre a 3º mais alta e a

mais baixa. O Banrisul preservou-se

na posição de taxa de juros média

mais baixa, apresentando baixa

variação no mês. O Banco Safra

se conservou como taxa de juros

média mais elevada.

Na modalidade de desconto de

cheques, também se observou

a estabilidade habitual durante

março. O Banco Safra, com a

média mais baixa, apresentou um

aumento, porém não perdeu a

posição. Por outro lado, o Banco

do Brasil deixou a última posição,

sendo ultrapassado pelo Santander.

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, as mesmas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal. 2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as mesmas. 3) Período de coleta das taxas de juros: 01/04/2014 a 07/04/2014.

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

MAR

1,36

1,48

1,33

1,68

1,80

2,82

2,47

1,82

2,20

MAR

3,82

5,63

7,47

8,41

7,82

9,04

10,12

10,64

MAR

1,03

2,16

2,38

2,61

2,78

3,43

MAR 1,43

1,50

1,66

1,69

1,82

1,79

2,06

2,12

1,89

MAR 1,98

2,01

2,12

2,24

3,75

2,95

3,81

5,63

MAR

1,34

1,85

1,98

2,34

2,38

2,64

3,10

2,97

HSBC

Citibank

Banrisul

Caixa

Banco Safra

Banco do Brasil

Itaú

Santander

Bradesco

Banrisul

Caixa

Bradesco

Itaú

Banco Safra

Banco do Brasil

HSBC

Santander

Banco Safra

Santander

Banco do Brasil

HSBC

Bradesco

Itaú

Citibank

Caixa

Banco Safra

HSBC

Santander

Banrisul

Itaú

Bradesco

Banco do Brasil

Banrisul

Banco do Brasil

Santander

HSBC

Citibank

Itaú

Bradesco

Banco Safra

Banco Safra

Banrisul

Caixa

HSBC

Santander

Itaú

Banco do Brasil

Bradesco

ABR

1,20

1,32

1,56

1,67

1,85

1,97

1,99

2,01

2,25

ABR

3,40

5,65

7,66

8,42

8,85

9,06

10,12

10,70

ABR

1,11

2,12

2,24

2,58

2,794

3,59

ABR

1,28

1,49

1,52

1,64

1,74

1,85

2,06

2,16

2,33

ABR

1,95

2,15

2,20

2,26

2,55

3,03

3,97

6,55

ABR

1,52

1,80

2,03

2,30

2,45

2,73

2,99

3,07

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomados com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

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vis

ão T

raba

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ta

O cOntrOle de constitucionalidade das leis ou atos normativos se dá de forma abs-trata, em sede de ações diretas de inconstitu-cionalidade (ADI) com efeitos erga omnes ou pelo sistema difuso quando do julgamento de casos concretos em que a eficácia da decisão é restrita às partes envolvidas.

O art. 102, I, “a” da Constituição Federal (CF) estabelece que compete ao STF o julgamento de ADIs de lei federal ou estadual em face da CF. De outra banda, o art. 25, § 2º, também da Lex Legum, admite ADIs de leis estaduais e mu-nicipais em face da Constituição Estadual, a se-rem julgados originariamente pelos Tribunais de Justiça dos Estados. Esta regra é normal-mente repetida nas Constituições Estaduais. Finalmente, o controle da constitucionalidade de lei municipal que ofende a Constituição Federal somente se dá de forma difusa.

Ocorre que as normas das Constituições Estaduais muitas vezes reproduzem regras da Constituição Federal. As reproduções podem ser: obrigatórias, facultativas ou remissivas. Muito se discutiu se nestes casos de mera reprodução ou remissão haveria espaço para a atuação dos Tribunais de Justiça dos estados. Hoje está pacificado pelo STF que tanto as nor-mas constitucionais estaduais que reproduzem dispositivos da CF como as de caráter remis-sivo podem compor o parâmetro de controle das ADIs de leis municipais e estaduais.

Neste cenário, é comum que um leque muito grande de remissões aos princípios insertos na CF seja incorporado às Consti-tuições Estaduais, permitindo o controle de constitucionalidade pelo Tribunal de Justiça Estadual de praticamente toda lei ou ato normativo municipal ou estadual que seja contrário aos princípios constitucionais contidos na nossa lei maior.

Sobre o assunto, o Desembargador Armínio da Rosa, do TJRGS, ensina que se justifica “o alargamento da competência dos Tribunais locais para permitir acesso mais expedito ao controle de constitucionalidade, especialmen-te de leis municipais. Sem esta abrangência, tais diplomas, em acentuado número de casos, passariam refratários ao controle jurisdicio-nal. (...) Depois, na medida em que há reprodu-ção, cogente ou voluntária ou, ainda, remissão a disposições da Carta Federal, viabiliza-se o manejo do recurso Extraordinário, o que de-safoga consciências temerosas, não sem razão, de a questão constitucional estar homizada em face do Supremo Tribunal Federal”.

Consagrado o alargamento de competência dos tribunais estaduais, cumpre destacar que as Constituições estaduais elegem como legítimos para a propositura das ações os sindicatos e federações sindicais, o que abre uma grande oportunidade para a efetiva ação sindical.

Flávio obino FilhoAdvogado trabalhista-sindical da Fecomércio-rS

lúc

ia S

imo

n

Os sindicatOs e as ações diretas de

incOnstituciOnalidade

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pelo mundo

Casa Compartilhada A ideia de compartilhamento tem sido cada vez mais disseminada. Da sustentabilidade à redução de custos, uma série de razões pode justificar a tendência que, em última instância, tem a capacidade de promover o melhor

convívio entre as pessoas. Praticamente tudo pode ser partilhado, dos meios de transporte aos escritórios, e, agora, até as casas já estão sendo pensadas para incorporar os benefícios dos espaços compartilhados. A cidade de São Francisco, nos Estados Unidos,

abriga um projeto inovador nesse sentido. Foi lá que surgiu a primeira proposta de uma moradia projetada desde o início para essa finalidade. A ideia é desenvolvida pela Build Inc. em parce-ria com a Embassy SF. Embora dividir a residência não seja bem uma novidade, o diferencial da iniciativa está no fato de ser projetada pensando no

conforto e convívio dos mo-radores que dividirão o espa-

ço. O condomínio foi conce-bido para abrigar grandes

apartamentos, de até 409m2, com áreas compartilhadas,

como cozinha, sala de jantar, living, lavanderia e

oito suítes.

Jornada reduzida Uma das mais importantes cidades suecas, Gotemburgo, resolveu colocar em prática uma tese há muito tempo

debatida: a redução da jornada de trabalho. Considerada medida para aumentar a produtividade

e a qualidade de vida dos trabalhadores, a diminuição

da carga horária laboral ainda não passou pela prova de fogo,

capaz de identificar a efetividade da proposta ou seu fracasso. Gotemburgo decidiu colocar

em prática a tese. Metade dos funcionários públicos da cidade terá a carga horária semanal, de 40 horas, reduzida para 30 horas. Apesar de mudar a jornada diária para seis horas, a prefeitura não

reduzirá a remuneração dos trabalhadores contemplados. O

objetivo é comparar o desempenho dos dois grupos ao longo de um ano. Os idealizadores esperam

constatar produtividade semelhante, com redução do

absenteísmo por motivos de saúde.

Sto

ck.

xchn

g

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Sto

ck.

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g

Div

ulg

ão

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Gentileza Gera Gentileza E se você usasse as redes sociais para realizar sonhos e ter seus sonhos realizados? Isso é perfeitamente

possível. Criada com essa finalidade, a rede Impossible (impossible.com) aposta na cooperação entre as pessoas para obter sucesso. Geralmente,

são solicitados e oferecidos pequenos gestos como aprender um idioma, fazer crochê ou receber cartões-postais de todo o mundo, tendo apenas a gratidão como recompensa. A vantagem? Quem está inscrito na rede

tem a mesma disposição de auxiliar que os demais. Assim, aprendizados e gentilezas são sempre retribuídos e propagados.

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DICAS DO MÊS

APP

Film

e

O pesO de uma decisãO O filme 12 Homens e uma Sentença (12

Angry Men, 1957) é frequentemente exibido nos cursos de Direito pelo

forte vínculo com o tema, mas traz lições para profissionais de

qualquer segmento e mesmo para a sociedade, de forma geral. Primeiro, por alertar para um terrível hábito que nos cerca: o pré-julgamento. E, em segundo lugar, por mostrar

a importância da ética e do comprometimento diante de uma tarefa assumida. O enredo conta a

história do julgamento de um jovem acusado de matar o próprio pai. A

decisão fica nas mãos de 12 jurados, que precisam chegar a um consenso sobre a culpa do réu. A condenação é a pena de morte. O grupo precisa, então, avaliar todos os argumentos

para deliberar sobre o crime. A maioria dos jurados, rapidamente, condena o rapaz, e apenas um dos presentes (Henry Fonda) levanta

o questionamento acerca das evidências. A visão dissonante é a que prolonga o debate, levando-o quase à exaustão, o que prova a

importância de vencer a pressa e o pré-julgamento para chegar ao

melhor veredito.

cOntatOs registradOs

Cartões de visitas são inevitáveis e muito

úteis, mas quem não fica perdido diante de uma montanha deles? As soluções tecnológicas, que

estão aí para descomplicar, já têm uma proposta para guardar contatos de forma mais simples. Aplicativos como CamCard,

disponível para Android e iPhone, fazem a leitura do cartão e guardam os dados automaticamente entre os seus contatos. Já

há várias opções de aplicativos com propostas semelhantes, dos pagos aos gratuitos. É importante observar os idiomas

disponíveis para leitura antes de adquirir.

Ficha técnicaTíTulo: 12 Homens e uma Sentença

Gênero: Drama

Direção: Sidney Lumet

roTeiro: Reginald Rose

elenco: E.G. Marshall, Ed Begley, Edward Binns, George Voskovec, Henry Fonda, Jack Klugman, Jack Warden, John Robert Webber, Joseph Sweeney, Lee J. Cobb, Martin Balsam

ProDução: Henry Fonda, Reginald Rose

FoToGraFia: Boris Kaufman

Rep

rod

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estatística simpliFicadaO complexo universo das estatísticas vai

ficando, aos poucos, mais fácil de assimilar a

partir da proposta do estatístico e escritor Nate

Silver, em O Sinal e o Ruído: por que tantas

previsões falham e outras não. No livro, o

autor recorre às previsões bem-sucedidas e

fracassadas para mostrar que, mais do que

prognósticos, o que realmente determina

a assertividade das previsões é a análise

dos dados, seguindo estratégias que vão

surgindo ao longo da obra.

liVrO

Ficha técnicaTíTulo: O sinal e o ruído: por que tantas

previsões falham e outras não

auTor: Nate Silver

eDiTora: Intrínseca

PáGinas: 546

Assista ao trailer: http://www.youtube.com/watch?v=fSG38tk6TpI&hd=1

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