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MAIO / 2009

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MAIO / 2009

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TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR2

TRANSGÊNICOS

4 Na alimentação6 Na saúde7 Em processos industriais

Presença nonosso dia-a-dia

Índi

ce 4

8 Linha do tempo9 Base dos transgênicos na Pré-história9 O que mais os transgênicos podem proporcionar

O que são

8

Testes apontamsegurança alimentare ambiental

10

10 Avaliação pela CTNBio10 Transgênicos liberados no Brasil11 Rigidez dos testes científicos11 Aval internacional

Benefícios ambientais

1213 Redução da poluição13 O Brasil agradece

Ganhos para a agriculturae para o Brasil

14

14 Área cultivável mundial por habitante15 Mais renda no campo15 Quanto o Brasil tem a ganhar15 Vantagens para o pequeno produtor

Adoção e consumono Brasil e no mundo

16

16 Área no Brasil17 Expansão internacional

Investimentos na ciência

18

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s transgênicos estão presentes no dia-a-dia dos consumidoresde todo o mundo há mais de 12 anos. Enquanto você lê este

A ciência em favor do consumidor

Oguia, pessoas de mais de 50 países estão consumindo produtos com

ingredientes transgênicos, como um hambúrguer que contém soja ge-neticamente modificada ou uma calça jeans produzida com algodãotransgênico. Depois de anos de consumo de transgênicos, não restam

dúvidas sobre a sua segurança para a saúde e o meio ambiente.

Falando em meio ambiente, as lavouras transgênicas estão trazendograndes benefícios para o planeta. Essas plantações são de manejo

mais simples, pois requerem menos aplicações de agrodefensivos emenor utilização de máquinas agrícolas, o que reduz a emissão depoluentes e o consumo de água.

A primeira geração de plantas geneticamente modificadas (GM) temcomo base o melhoramento de características agronômicas, no senti-do de diminuir a perda de produtividade no campo causada pelo ata-

que de insetos, vírus, fungos e bactérias, além de reduzir a competiçãopor nutrientes e água com outras plantas indesejáveis que crescemnas plantações.

As sementes geneticamente modificadas também têm um papel fun-damental no aumento sustentável da produção agrícola, necessáriopara alimentar a crescente população mundial. Os transgênicos per-

mitem produzir mais comida, com melhor qualidade, a um custo maisbaixo e sem necessidade de aumentar a área plantada. Por conta des-ses e outros benefícios, tais sementes já são cultivadas em uma área

duas vezes maior que o território da França.

Além de informações sobre os alimentos transgênicos, este guia trazcuriosidades sobre outros usos importantes da biotecnologia, como a

fabricação de queijos, pães e medicamentos – a exemplo da insulinausada no tratamento de diabéticos, que é produzida por meio de micro-organismos transgênicos.

Organismos transgênicos são usados na fabricação dealimentos, roupas, medicamentos e até produtos de limpeza Boa leitura!

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4TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

Os transgênicos estão presente

“A ciência está desenvolvendoplantas biofortificadas quereduzem a anemia e outrosproblemas relacionados àdeficiência de micronutrientes,que atingem cerca de 3 bilhõesde pessoas”

Neuza Brunoro,professora doDepartamentode Nutrição eSaúde daUniversidadeFederal deViçosa (MG)

Há mais de duas décadas, bactérias, leve-

duras e fungos geneticamente modifica-

dos atuam diretamente nos processos de

fermentação, preservação e formação de

sabor e aromas de muitas bebidas e ali-

mentos do dia-a-dia, a exemplo de:

• Iogurtes

• Queijos

• Embutidos

• Picles

• Pães e massas

Biotecnologia à mesaengenharia genética permite agregar

benefícios aos mais diversos alimentosAque consumimos, por meio de bactérias,

enzimas, leveduras e outros micro-organismos

geneticamente modificados (GM).

Estima-se que 70% de todos os alimentos

processados contenham pelo menos um in-

grediente derivado de soja ou milho, que po-

dem ser transgênicos. Mais da metade da

produção nacional de soja é geneticamente

modificada. Em 2008, diferentes variedades

de milho transgênico passaram a ser cultiva-

dos no país, aumentando ainda mais a pre-

sença da biotecnologia na nossa alimenta-

ção.

• Cerveja

• Vinho

• Sucos

• Aspartame

1. Na alimentação

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O consumidor respeitado

No Brasil, o artigo 40 da Lei de Biossegurança (11.105/05) prevê a rotulagem

dos transgênicos conforme o Decreto nº 4680/03. Esse decreto determina

que todos os alimentos ou ingredientes alimentícios com presença de orga-

nismos geneticamente modificados (OGM) – acima de 1% da composição

final do produto – sejam rotulados.

Assim como ocorre com qualquer outro produto, a rotulagem garante ao

consumidor o direito à informação e à escolha na hora da compra. E tenha

certeza: se o produto contém informação sobre a presença de OGM, é por-

que sua segurança foi previamente avaliada pelo órgão responsável, a Co-

missão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). “A avaliação de segu-

rança de um OGM é feita antes de seu lançamento no mercado. Só são

colocados no mercado os OGMs considerados seguros para o consumo e

para o meio ambiente pela autoridade competente”, explica a advogada

Patrícia Fukuma, especialista em Relações de Consumo.

Rotulagem de transgênicos

Cientistas de todo o mundo já estão desenvolvendo plantas biofortificadas, geneticamente modificadas para

possuir mais vitaminas, proteínas e outras substâncias importantes para a saúde, como as que atuam na redução

do risco de doenças cardiovasculares, materno-infantis, gastrointestinais, oculares e até diferentes tipos de câncer.

O futuro dos alimentos

O que vem pela frente

• Morangos enriquecidoscom vitamina C

Processos defermentação utilizadosna produção de vinho,queijos, iogurtes e sucossão uma das formasmais antigas da utilizaçãoda biotecnologia

• Óleos de canola e soja com maisgordura monoinsaturada, queajuda a reduzir o colesterol (LDL)

• Batatas ricas em proteínase vitaminas

• Trigo com mais vitamina B9 (ácidofólico), que contribui para aumentara defesa imunológica do organismo

• Milho e soja com maisaminoácidos, que formamas proteínas

Alimentos produzidoscom o uso daengenharia genéticasão consumidos hámais de 20 anos

s no nosso dia-a-dia

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6TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

Presente

Futuro

• Mais de 400 medicamentos são produzidos

por meio da aplicação da biotecnologia, entre

eles, vitaminas, anticorpos e remédios para o

combate à AIDS.

• A biotecnologia já contribui para a fabrica-

ção de kits para diagnósticos de doenças.

• É transgênico o hormônio do crescimento

(hGH), contra o nanismo, que afeta 10 mil

crianças brasileiras.

• O Instituto Butantan produz, anualmente,

cerca de 50 milhões de doses da vacina con-

tra a hepatite B, desenvolvida por meio da en-

genharia genética.

A engenharia genética contribui para

grandes avanços da medicina

Há muito tempo, a medicina faz uso da biotecnologia

como uma ferramenta fundamental para realizar

diagnósticos mais rápidos e precisos de muitas

doenças e para encontrar a cura ou prevenir enfer-

midades cujos tratamentos são custosos.

Como tudo começou

Uma das primeiras aplicações comerciais da

biotecnologia na saúde é também uma das mais

úteis: a produção da insulina humana com base em

micro-organismos transgênicos. Até a década de 80,

ela era extraída de bois e porcos, e, frequentemente,

causava alergias. De lá pra cá, diabéticos do mundo

inteiro se beneficiam dessa tecnologia, que tornou a

insulina mais segura e aumentou a eficiência dos

tratamentos.• A terapia gênica é uma técnica já em testes

que pode alterar a função de células huma-

nas e tratar desde doenças cardíacas até o

câncer e a AIDS.

• Pesquisadores da Universidade de Tóquio

(Japão) desenvolveram, com base em arroz

transgênico, uma vacina contra o vibrião da

cólera, que poderá estar disponível para a so-

ciedade em breve.

• Uma batata geneticamente modificada por

pesquisadores da Universidade de Cornell

(EUA) pode ajudar no desenvolvimento de uma

vacina “comestível” contra o HPV, ou vírus do

papiloma humano, principal causador do cân-

cer do colo de útero.

• O tratamento de cânceres de colo de útero,

mama, próstata e fígado deve ganhar o refor-

ço de medicamentos desenvolvidos em vege-

tais modificados no Instituto Tecnológico de

Monterrey (México).

Hormônio do crescimento,vitamina C e vacina contrahepatite B são algumasdas 400 aplicações dabiotecnologia na saúde

2. Na saúde

“A engenhariagenética foiresponsável poravanços na saúde,nos processosindustriais e naalimentação, etornou a vida daspessoas maisconfortável”

Alda Lerayer,Diretora-Executiva do CIB

Os transgênicos estão presente

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s micro-organismos têm sido melhorados ge-

neticamente não apenas para a produção deOalimentos e remédios, como também para favorecer

as indústrias de papel, têxtil, química, petrolífera,

ambiental e de mineração.

No nosso dia-a-dia, convivemos com inúmeros pro-

dutos industriais fabricados por meio da aplicação

de micro-organismos transgênicos, como roupas e

produtos de limpeza.

No sabão em pó, por exemplo, enzimas – produzi-

das por bactérias geneticamente modificadas – são

usadas para degradar a gordura dos tecidos e resis-

tir às condições do processo de lavagem.

3. Processos industriais

Há alguns anos, era comum colocar a calça jeans

nova com pedras e ácido em máquinas para ob-

ter um efeito “desbotado” e aumentar a ma-

ciez do tecido, num processo conhecido como

stonewashing. Graças à biotecnologia, foram

desenvolvidos micro-organismos transgênicos

capazes de dar ao jeans as mesmas caracterís-

ticas, eliminando-se, assim, um processo alta-

mente poluidor do meio ambiente.

Biotecnologia na calça jeans?

Micro-organismostransgênicos sãousados para darmaciez ao jeans

s no nosso dia-a-dia

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8

O que são os transgênicos

egundo o farmacêutico bioquímico Flávio Finardi,

professor da Universidade de São Paulo (USP), os

Linha do tempo

Pré-HistóriaO homem começa a utilizar ocruzamento de plantas e animaiscom o objetivo de melhorá-lospara utilização e consumo

1865O monge austríaco GregorMendel lança as bases dagenética ao explicar atransmissão de característicasde geração para geração

TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

1953A estrutura da molécula deDNA é descoberta pelo norte-americano James Watson epelo britânico Francis Crick,permitindo o surgimento dabiotecnologia moderna

1972O bioquímico Paul Bergconsegue combinar duasmoléculas de DNA emlaboratório, criando a técnicado DNA recombinante

Cerca de 70% dosalimentos processadosno Brasil contêm pelo

menos um ingredientederivado de soja, que

pode ser transgênica, oude outros organismos

geneticamentemodificados

Stransgênicos são organismos que receberam um ou mais

genes de outros seres vivos para apresentar novas ca-

racterísticas. Os genes contêm as informações que defi-

nem as características naturais dos organismos, como a

cor dos olhos de uma pessoa ou o perfume de uma flor.

Ao receber um ou mais genes de outro organismo, um

vegetal pode se tornar resistente a pragas ou mais nu-

tritivo, por exemplo. É importante lembrar que os

transgênicos são apenas uma das aplicações da

biotecnologia, ciência que está contribuindo para me-

lhorar a qualidade de vida em diversos aspectos.

A biotecnologia tem sido utilizada não apenas no de-

senvolvimento de plantas, como também animais e

micro-organismos. Seus benefícios já podem ser obser-

vados em diversas áreas:

• Medicina

• Indústria farmacêutica

• Indústria de alimentos

• Indústria de higiene

• Agricultura

• Pecuária

A ciência ajuda o homem no desenvolvimento de alimentos mais seguros, saudáveis e nutritivos

A palavra biotecnologia é formada por

três termos de origem grega: bio, que quer

dizer vida; logos, conhecimento; e tecnos,

que designa a utilização prática da ciência.

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O que mais ostransgênicos podemproporcionar

9

“Além de já reduzir as perdas na lavoura e desen-

volver produtos mais nutritivos, a engenharia gené-

tica poderá diminuir a quantidade de substâncias

indesejáveis nos alimentos, como as que naturalmen-

te podem causar alergias”, afirma o professor Finardi.

A transgenia já permite o desenvolvimento de ali-

mentos como:

• frutas e hortaliças que demoram mais para

amadurecer, reduzindo perdas;

• plantas com valor nutricional enriquecido,

a exemplo do arroz com mais vitaminas;

• plantas mais adaptadas às condições adversas

do ambiente, como a seca.

1978Cientistas dos EstadosUnidos produzem comsucesso, em laboratório, ainsulina humana por meiode micro-organismostransgênicos

1983Três grupos de cientistasconseguem adicionar genes deuma bactéria em duas plantas,desenvolvendo, assim, osprimeiros vegetais transgênicos

1994Ocorre o primeiro lançamentocomercial de uma plantatransgênica, uma variedade detomate, nos Estados Unidos

A base dos transgênicosestá na pré-história

29 países passaram a importarprodutos transgênicos e outros25 países já plantam e importam,entre eles, o Brasil

1995 - presente

“Os transgênicosnada mais são doque a evolução detécnicas milenares”

Se tomarmos como exemplo técnicas primitivas

envolvendo plantas, animais e micro-organismos,

veremos que a biotecnologia – a base dos trans-

gênicos – é um ramo de conhecimento milenar

ou até pré-histórico.

Além disso, mesmo antes da descoberta da ge-

nética, processos de fermentação utilizados na

produção de queijos, vinhos, pães e iogurtes já

utilizavam formas rudimentares da biotecnologia.

Alda Lerayer, Diretora-Executiva do CIB, Ph.D.em Genética de Plantase Micro-organismos

Frutas e hortaliças transgênicaspoderão demorar mais para

amadurecer, evitando perdas

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10TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

odo alimento geneticamente modificado só é liberado para con-

sumo depois de passar por uma série de testes que avaliam aNo Brasil, a Lei de Biossegurança (Lei no

11.105/05) exige que qualquer organismo

geneticamente modificado (OGM) passe pela

avaliação criteriosa da Comissão Técnica Na-

cional de Biossegurança, a CTNBio.

Trata-se de um grupo de 54 doutores em to-

das as áreas relacionadas à segurança dos

transgênicos, como meio ambiente, saúde

humana, saúde animal, agricultura, saúde do

trabalhador, entre outras. Ou seja, são cientis-

tas, representantes de vários Ministérios e da

sociedade civil. Eles avaliam, um a um, cada

pedido de pesquisa ou comercialização de

OGM no Brasil, e só liberam um produto

transgênico após analisar o resultado de di-

versos testes de biossegurança.

CTNBio avalia a biossegurança

Entidades como a

FAO e a OMS, entre

outras, já se

posicionaram

oficialmente a favor

dos transgênicos

Testes apontam a segurança doO meio ambiente e a saúde são alvo de estudos científicos

Antes dechegar aoconsumidor,todo transgênicoé exaustivamenteanalisado pormeio de rígidostesteslaboratoriaise de campo

Tsegurança para o meio ambiente e para a saúde humana e animal.

Em mais de 12 anos de uso em todo o mundo, pessoas de cerca de 50

países consumiram alimentos transgênicos em larga escala, sem ne-

nhum registro de impacto negativo no meio ambiente ou na saúde

humana e animal.

O milho Bt é caracterizado pela inserção de um

gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que

induz a planta a produzir uma proteína tóxica

apenas para determinadas pragas. Assim, o mi-

lho Bt permite reduzir os ataques de insetos às

plantações em até 90% e diminui, consequen-

temente, a probabilidade de crescimento de fun-

gos na espiga, a partir dos locais perfurados pe-

los insetos-pragas. Esses fungos produzem

micotoxinas, substâncias extremamente danosas

para o homem e para os animais, pois agem dire-

tamente no fígado, inibindo a síntese de proteí-

nas, causando queda no nível de anticorpos e

enzimas. Em razão dessas alterações, pode haver

o aparecimento de lesões e hemorragias, que

podem levar ao câncer e à morte. Vale lembrar

que cerca de 45% do milho produzido no Brasil é

contaminado por micotoxinas, sobretudo nas sa-

Redução das micotoxinas no milho Bt

fras de períodos chuvosos. Por inibir as perfurações

das espigas pelas larvas dos insetos, o milho Bt re-

duz, então, a presença de micotoxinas, sendo este

mais um benefício da variedade transgênica em rela-

ção à convencional para a saúde humana e animal.

À esquerda, milhoconvencional, atacadopor lagartas, apresentacrescimento de fungoque produz micotoxina.Acima, milho Bt

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11

“Os transgênicossão testados comonenhum outroalimento, sendotão ou maisseguros que osconvencionais”

Marcelo Menossi,biólogo, Ph.D. emGenética Molecular eprofessor daUniversidade Estadualde Campinas (Unicamp)

Para avaliar possíveis impactos ao meio ambien-

te, são realizados experimentos de laboratório e de

campo que analisam se o organismo transgênico

interage com plantas, insetos e outros animais da

mesma forma que o não-transgênico. Também se

avalia como o material genético do OGM se disper-

sa no ambiente e quais as possibilidades de cruza-

mento com plantas convencionais.

Quanto à saúde humana, são feitas avaliações

toxicológicas e nutricionais, entre outras. Para o pro-

fessor Menossi, da Universidade Estadual de Cam-

pinas (Unicamp), é importante destacar a avaliação

aprofundada dos transgênicos no que diz respeito a

possíveis alergias, procedimento que não é aplicado

aos alimentos convencionais.

Além disso, vale destacar que, preferencialmente, a

ciência busca trabalhar com a inserção de genes que

já tenham um histórico de uso seguro na alimenta-

ção ou mesmo que, indiretamente, estejam presen-

tes no nosso dia-a-dia. Um bom exemplo é o gene

da bactéria Bacillus thuringiensis, que confere resis-

tência aos insetos-pragas que atacam o milho. Há

mais de duas décadas, a pro-

teína desta bactéria, que é

naturalmente encontrada no

solo, passou a ser utilizada

na agricultura convencional

– e, posteriormente, na agri-

cultura orgânica – como uma

das formas de controle de in-

setos-pragas na lavoura, e,

portanto, integram a nossa

alimentação diária, não ofe-

recendo nenhum risco à saú-

de humana ou animal.

A rigidez dostestes científicos

Diversas organizações internacionais de reno-

me apoiam a biotecnologia e os produtos deri-

vados do uso dessa técnica. Entre elas, estão:

• Organização das Nações Unidas para

Alimentação e Agricultura (FAO/ONU)

• Organização Mundial da Saúde (OMS)

• Academia de Ciências do Vaticano

• Agência de Biotecnologia da Austrália

• Agência de Controle de Alimentos

do Canadá

Além disso, cientistas de importantes academi-

as de ciência nacionais e internacionais já di-

vulgaram relatórios técnicos apoiando a ado-

ção de plantas transgênicas na agricultura como

forma de ajudar o homem a aumentar a produ-

ção e a qualidade dos alimentos.

Aval internacional

Elíbio Rech, engenheiroagrônomo, Ph.D. emGenética Celular eMolecular e pesquisadorda Embrapa

“Desde o início dadécada de 90, háprodutos GM nomercadointernacional sendocomercializados. Aolongo desses anos,não existemevidências de efeitocolateral para asaúde de quemconsome essesalimentos ou para omeio ambiente”

Crodowaldo Pavan,biólogo com doutoradoe pós-doutorado naUniversidade deColumbia e ex-presidenteda Sociedade Brasileirapara o Progresso daCiência (SBPC)(1930 – 2009)

“Os transgênicosrepresentam oprogresso científico,econômico e socialdo País. Ficar paratrás acarretariaum risco muitoalto para o Brasil”

os transgênicos

Todas as sementes transgênicas liberadassão seguras para a biodiversidade

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12TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

A engenharia

genética torna

algumas lavouras

mais produtivas e,

desta forma,

contribui para

reduzir a

necessidade

de plantio

em novas áreas

s lavouras transgênicas, além de serem seguras

para o meio ambiente, oferecem benefícios em re-

Transgênicos trazem benefíciosA biotecnologia diminui os impactos do homem sobre a natureza

Alação às convencionais no que diz respeito à preservação

do planeta.

Isso acontece porque as plantas transgênicas disponíveis

no mercado diminuem a necessidade de aplicação de

defensivos agrícolas para combater as pragas. Assim, tam-

bém se gasta menos água na preparação dos

agrodefensivos e menos combustíveis nos tratores e má-

quinas usados para aplicar esses produtos na lavoura.

Segundo o biólogo Marcelo Menossi, da Unicamp, a

biotecnologia vem sendo utilizada há anos para minimizar

os impactos do homem sobre a natureza. Para se ter uma

ideia dos avanços, já estão sendo testadas plantas

transgênicas capazes de despoluir o solo e a água. Estão

sendo desenvolvidas também plantas tolerantes a

estresses abióticos, a exemplo da seca e de solos salinos,

além de trabalhos importantes, inclusive no Brasil, com o

eucalipto e a cana-de-açúcar.

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13

Com a chegada dos milhos transgênicos, liberados comercialmenteno País em 2008, esses benefícios deverão ser ainda maiores

• O suficiente paraabastecer por 10 anosuma frota de 160 milcaminhonetes.

• O equivalente aoconsumo, em umadécada, de uma cidadede 130 mil habitantes.

O Brasil agradeceDono de uma das maiores riquezas naturais do mun-

do, o Brasil tem muito a ganhar com os benefícios

ambientais das sementes transgênicas. As varieda-

des já liberadas de soja e algodão transgênicos vão

gerar para o meio ambiente do País, nos próximos

10 anos, a redução:

Do consumo de

382,3 milhões

de litros de diesel

Do consumo de

56,2 bilhões

de litros de água

Da emissão de

1,1 milhão de

toneladas de CO2

• O mesmo que plantaruma floresta com9,3 milhões de árvores.

Somente em 2007, o uso de variedades GM di-

minuiu em 14,2 bilhões de quilos as emissões

mundiais de dióxido de carbono, em decorrên-

cia do uso menor de máquinas agrícolas. Para

se ter uma ideia da importância ambiental des-

sa redução, ela representaria tirar das ruas, por

um ano, 6,3 milhões de carros – equivalente à

frota de veículos da Grande São Paulo.

Os dados são do relatório “Impacto Global da

Biotecnologia: efeitos socioeconômicos e

ambientais 1996-2007”, da consultoria britâ-

nica PG Economics.

Redução da poluição

Fonte: Céleres

Menos combustível, água edefensivos são usados nas

plantações transgênicas

ambientais

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14TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

Enquanto a população cresce, as terrasaptas para a agricultura permanecem asmesmas, o que exige que se produza cada vezmais alimentos em espaços menores

agricultura encontrou na biotecnologia um de seus mai-

ores aliados para a produção mais eficiente de plantas.

Ganhos para a agricultura brasAs sementes transgênicas diminuem as perdas na produção

APragas, doenças e problemas climáticos, por exemplo, sempre

foram grandes obstáculos à produção de alimentos, e a aplica-

ção da engenharia genética na agricultura permitiu o desen-

volvimento de cultivos com mais qualidade e menos perdas.

Assim, a produção de alimentos aumenta.

Além disso, a biotecnologia tem permitido o desenvolvimento

de diversas plantas resistentes a insetos e tolerantes a herbicidas

(facilitando o controle mais eficiente do mato que cresce nas

plantações), o que resulta em lavouras mais produtivas. Isso

reduz a necessidade de aumento da área plantada para produ-

zir alimentos à população. Um exemplo importante, desenvol-

vido pela Embrapa, é o feijão transgênico resistente ao vírus do

mosaico dourado, praga que destrói as lavouras.

Fonte: FAO e Unctad

Veja o que os agricultores dizem sobre os transgênicos

População mundial X Área agrícola

“Quero usartransgênicos porquediminuirão meuscustos e tornarão oplantio mais fácil”

“As sementestransgênicas tornama vida do produtormais fácil. Depoisque comecei aplantar, passei a termais tempo paraoutras atividades,por isso pretendocultivá-las cada vezmais na minhalavoura”Luiz Alberto Serenato,produtor de soja (Paraná)

“As sementestransgênicas sãoimportantes opçõespara o agricultor,especialmente pelaredução dos custoscom os herbicidas”

Mario Broek,produtor de soja (Goiás)

“Na próximasafra, prefiro usarsementestransgênicasporque asconvencionais têmme causadomuitas perdas“Adriano Lieshout,produtor de milho (Goiás)

“O algodãotransgênico Btreduziu pelametade meuscustos cominseticidas, alémde ter permitidoretomar o plantiodessa cultura nanossa região”Adelino Martins,agricultor familiarde Catuti (Minas Gerais)

Rubens Tonon,produtor de milho (Goiás)

População mundial(em bilhões)

Área agrícola(em bilhões de hectares)

Crescimento observadode 1961 a 2006:• População = 113%• Área agrícola= 0%

Crescimento previstode 2010 a 2050:• População = 32%• Área agrícola= 0%

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De acordo com o Serviço Internacional para a Aqui-

sição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA),

12,3 milhões de pequenos agricultores de todo o

mundo plantaram sementes geneticamente modifi-

cadas em 2008 e conheceram os benefícios dos

transgênicos, a exemplo do aumento da renda. Como

os produtores familiares utilizam, em geral, menos

tecnologia (máquinas, assistência técnica e fertilizan-

tes) que os grandes agricultores, são os que mais

ganham com a redução nos custos de manejo da

cultura e com a maior facilidade para cuidar da la-

voura.

Prova disso é um estudo de três anos realizado por

pesquisadores da Universidade de Reading, no Rei-

no Unido, com 2 mil pequenos agricultores da Áfri-

ca do Sul. A análise apontou o aumento da produti-

vidade do algodão transgênico resistente a insetos

em relação ao convencional, elevando as margens

de lucro de US$ 86 para US$ 93 por hectare. Outro

dado revela que essa variedade de algodão permite

diminuir as aplicações de inseticidas na lavoura, re-

duzindo os custos da produção e economizando 14

horas de trabalho por hectare.

Não importa otamanho da propriedade,todos ganham

15

Mais renda no campoUm estudo realizado entre 2002 e 2004, pelo Cen-

tro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia,

mostrou que agricultores da Espanha que cultiva-

ram o milho transgênico Bt (resistente a insetos)

obtiveram uma margem de lucro bruta de até 122

euros (aproximadamente R$ 366) por hectare/ano,

acima da margem registrada nas lavouras conven-

cionais. Esse aumento de rentabilidade é resultado

do número menor de aplicações de inseticidas no

milho Bt.Fonte: Céleres

Entre 2007 e 2017, as variedades

transgênicas poderão gerar para a

agricultura brasileira ganhos de:

Quanto o Brasil tem a lucrar

US$ 6,9 bilhões• para a cultura do milho

US$ 2,1 bilhões• para a cultura do algodão

Adelino Martins,agricultor familiar deCatuti (Minas Gerais)

“O algodãotransgênico Btreduziu pelametade meuscustos cominseticidas”

De acordo com uma pesquisa da

Universidade de Reading (Reino Unido)

com os transgênicos, há redução no

custo da produção e economia de

14 horas de trabalho por hectare

ileira

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16

erca de 125 milhões de hectares foram plan-

tados com transgênicos em 25 países em 2008,

TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

Os habitantes

dos 25 países que

plantaram

transgênicos em

2008 correspondem

a mais de 55% da

população mundial.

Levando em conta

as importações,

pessoas de 55

países consomem

transgênicos

1 EUA 62,5

2 Argentina 21,0

3 Brasil 15,8

4 Índia 7,6

5 Canadá 7,6

6 China 3,8

7 Paraguai 2,7

8 África do Sul 1,8

9 Uruguai 0,7

10 Bolívia 0,6

11 Filipinas 0,4

12 Austrália 0,2

13 México 0,1

Área plantada com transgênicos no mundo em 2008

Milhões de hectares

No Brasil, foram plantados 15,8 milhões de hec-

tares com sementes de soja e algodão trans-

gênicos em 2008, com um crescimento de 5,3%

em relação ao ano anterior. Com a liberação do

milho geneticamente modificado no início de

2008, a tendência é que o Brasil ultrapasse a

Argentina, ficando atrás apenas dos Estados

Unidos em área plantada com transgênicos.

Área com transgênicos no Brasil

14 Espanha 0,1

15 Chile <0,1

16 Colômbia <0,1

17 Honduras <0,1

18 Burquina Fasso <0,1

19 República Checa <0,1

20 Romênia <0,1

21 Portugal <0,1

22 Alemanha <0,1

23 Polônia <0,1

24 Eslováquia <0,1

25 Egito <0,1

Soja 14,2 milhões de hectares 63,9%

Milho 1,3 milhão de hectares 10,6%

Algodão 0,3 milhão de hectares 35,0%

Área plantada Quanto isso representa

com transgênicos da área total

Transgênicos crescem no BrasilAs vantagens e a segurança da tecnologia levam cada vez mais países a plantar e importar

Csegundo relatório do ISAAA. A área é maior que o

dobro do território da França, ou cerca de quatro

vezes e meia o Estado de São Paulo.

Fonte: Isaaa/Conab

Fonte: James, Clive (2008)

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Os gráficos mostram que Brasil e Argentina

conseguiram aproveitar o crescimento do mer-

cado mundial de soja e derivados para aumen-

tar suas exportações no período após a libe-

ração da semente transgênica (em 1996, na

Argentina, e em 2003, no Brasil):

Exportações também crescem

17

A liberação de uma variedade de soja transgênica

em 2003 permitiu ao Brasil aumentar a competiti-

vidade da produção nacional e garantir uma posi-

ção relevante no mercado mundial de grãos. Caso

contrário, não estaríamos entre os maiores exporta-

dores de soja, ao lado dos Estados Unidos e da Ar-

gentina, que adotaram o grão geneticamente modi-

ficado em 1996.

Como maiores importadores de soja desses três paí-

ses, destacam-se a China e a União Europeia, bloco

que importa também grandes quantidades de milho

– precisamente, 14,6 milhões de toneladas na safra

2007/2008, de acordo com o Departamento de Agri-

cultura dos EUA (USDA).

Mercado recebe transgênicos de portas abertas

Brasil

0

10

20

30

50

2002/2003

Milhões de toneladas*

2007/2008

37,1

43,0

*Total em peso equivalente-grãoFonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)Elaboração: CIB

40

Argentina

0

10

20

30

50

1996/1997

Milhões de toneladas*

2007/2008

12,0

48,640

A Organização dasNações Unidas paraAlimentação e Agricultura(FAO) concluiu não haverdiferenças entre osalimentos transgênicos domercado e seus paresconvencionais, a não sera(s) nova(s)característica(s) que o(s)gene(s) inserido(s) noalimento transgênicopermitiu(ram) expressar

e no mundo

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18TRANSGÊNICOS • A CIÊNCIA EM FAVOR DO CONSUMIDOR

ó assim, é possível desenvolver novos produ-

tos e realizar descobertas úteis para a socie-

O investimento na ciênciaEmpresas públicas e privadas injetam altos valores em pesquisas de ponta

Sdade. No Brasil, há cooperativas, universidades e em-

presas pesquisando novas tecnologias e novos pro-

dutos relacionados aos transgênicos, o que aumen-

ta as opções para os agricultores.

Por isso, em todo o mundo, existem leis para garan-

tir que apenas as instituições que criaram produtos

ou desenvolveram tecnologias poderão usá-los ou

autorizar o uso por outras pessoas/empresas. Assim,

a entidade registra a patente de seu invento, que é

o que assegura que o produto foi realmente desen-

volvido por ela.

Quando isso acontece, a detentora da patente pode

cobrar royalties para ceder o direito de uso de sua

tecnologia, por um período determinado pela legis-

lação de cada país – 20 anos, no caso do Brasil. Os

royalties são a compensação financeira pelo uso

autorizado da tecnologia, retribuindo o esforço in-

telectual e os investimentos realizados para o seu

desenvolvimento.

No caso das

sementes

transgênicas, os

royalties garantem

viabilidade

econômica para o

desenvolvimento de

novas tecnologias

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O Conselho de Informações sobre Biotecnologia

(www.cib.org.br) é uma organização não-gover-

namental e uma associação civil sem fins lucrativos

e sem nenhuma conotação político-partidária ou

ideológica. Seu objetivo básico é divulgar informa-

ções técnico-científicas sobre a Biotecnologia e seus

benefícios, aumentando a familiaridade de todos os

setores da sociedade com o tema.

EXPEDIENTE

Coordenadora-Geral: Alda Lerayer

Editor Executivo: Antonio Celso Villari

Redação: Débora Marques

Consultores Técnicos: Elibio Rech - agrônomo, Ph.D. em Genética

Molecular e pesquisador da Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia

José Maria da Silveira - agrônomo, doutor em

Economia e professor da Universidade Estadual

de Campinas (Unicamp)

Marcelo Gravina - agrônomo, Ph.D. em

Fitopatologia e Biologia Molecular e professor

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS)

Marcelo Menossi - biólogo, Ph.D. em Genética

Molecular e professor da Universidade Estadual

de Campinas (Unicamp)

Patrícia Fukuma - advogada especialista

em Relações de Consumo

Apoio Operacional: Jacqueline Ambrosio

Julia Corradi

João Paulo Mendes Silva

Projeto Gráfico: Sérgio Brito

Fotos: CIB; Sérgio Andrade

Tratamento de imagens: Dandalo Gabrielli

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www.cib.org.br

www.biotecpragalera.org.br

Como saber mais sobre transgênicosSe você quer saber mais sobre biotecnologia e transgênicos, confira os

sites do CIB em www.cib.org.br e www.biotecpragalera.org.br.

Neles, você encontra notícias nacionais e internacionais sobre as pesqui-

sas que estão sendo desenvolvidas e entrevistas especiais com cientistas

que trabalham com biotecnologia.

Os sites também dão acesso a todas as publicações do CIB, como outros

guias específicos sobre o milho, o algodão e o eucalipto.

O Biotec pra Galera, desenvolvido especialmente para os jovens, traz ain-

da uma seção com o Dr. Jairo Bouer, que entrevista, na linguagem da

garotada, os maiores especialistas no assunto.

Abrabi – Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologiawww.abrabi.org.br

AGBIOSwww.agbios.com

AgroBio Colômbiawww.agrobio.org

AgroBio Méxicowww.agrobiomexico.org.mx

Anbio – Associação Nacional de Biossegurançawww.anbio.org.br

Argenbio (Argentina)www.argenbio.org

CBI – Council for Biotechnology Information (Estados Unidos)www.whybiotech.com

ChileBiowww.chilebio.cl

CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurançawww.ctnbio.gov.br

Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuáriawww.cenargen.embrapa.br

ISAAA – Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologiawww.isaaa.org

O DNA vai à escolawww.odnavaiaescola.org

Porque Biotecnologia (Argentina)www.porquebiotecnologia.com.ar

SBB – Sociedade Brasileira de Biotecnologiawww.sbbiotec.org.br

SBG – Sociedade Brasileira de Genéticawww.sbg.org.br

SITES RELACIONADOS

MAIO / 2009