magazine colmeia 2015

41

Upload: coletivo-colmeia

Post on 09-Mar-2016

232 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

O Magazine COLMEIA é a primeira revista do evento COLMEIA. Trabalhar em Coletivo. Em Coletivo encontrar soluções e unir as pessoas para um objetivo em comum: abraçar a arte. A convite do GT Comunicação, o GT Jornalismo Voluntário (Acadêmicos de Jornalismo da FURB) e a equipe Repúblika - Agência Experimental (Acadêmicos de Publicidade e Propaganda da FURB) resolveram se unir e fazer em conjunto a primeira MAGAZINE DO COLMEIA. A revista traz reportagens e informações sobre a quarta edição do evento. Para baixar o PDF da MAGAZINE COLMEIA clique aqui: https://goo.gl/PV1kvb Para visualizar no celular ou tablet acesse o ISSUU: http://goo.gl/IfcGg8

TRANSCRIPT

Page 1: MAGAZINE COLMEIA 2015
Page 2: MAGAZINE COLMEIA 2015

AGÊNCIA EXPERIMENTAL

Expediente

Textos produzidos pelo GT Jornalismo Voluntário, acadêmicos do segundo semestre de Jornalismo da FURB.

GT Artesanato: Jhonatan Passos Santos e Julia Bailer

GT Cênicas: Ana Castelein, Bruna Luisa e Luiz Felipe Zaguini

GT Cinema: Luiz Guilherme Antonello e Yoana Carmo

GT Culinária: João Victor Baumgartel e Deise Antunes dos Santos

GT Dança: Bianca Brehmer e Vanessa Fagundes

GT Hip Hop: Luiza Andrade, Taina de Zutter, Anna Clara Uliano, Joane Ribeiro e Renato Becker

GT Música: Brenda Bittencourt, Richard Ferrari, Odair José da Silva, Natália Minich e Gilliard Roden

GT Literatura: Virgínia Meirinho e Igor Prim

GT Oficinas: Ana Cláudia Kostetzer e Jaine Bagattoli

GT Visuais: Tássia Bachmann Pabst e Priscilla Britto

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Moderadoras na FURB: professoras Roseméri Laurindo e Fabricia Durieux Zucco

Diagramação e Layout produzidos pela Agência Experimental da FURB, do curso de Publicidade e Propaganda.

Diagramação: Jaqueline Peixer

Criação: Eduardo Burgardt e Alan Denis de Souza

Capa: Eduardo Burgardt

Page 3: MAGAZINE COLMEIA 2015

QUEM SOMOS

O COLMEIA, Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas, é composto por pessoas de vários segmentos da produção artística e cultural de Blumenau e região, em Santa Catarina.

NOSSA CAMINHADA

Integrar artistas de diversos segmentos e linguagens, proporcionando espaços para apreciação, fruição e vivência da arte, provocando e instigando encontros gerais e setoriais para organizar o movimento COLMEIA. Fomentar a arte e ampliar a rede de contatos entre artistas, público, equipamentos e instituições culturais, promovendo o protagonismo e a autonomia na classe cultural.

O EVENTO

O Coletivo COLMEIA propõe ao Teatro Carlos Gomes a realização de um evento anual e em conjunto promovem, desde 2012, uma ação de dois dias com intervenções e experimentações artísticas. Criou-se um evento plural, compilando a produção local em diversas expressões: teatro, música, dança, visuais, hip hop, cultura digital, cinema, artesanato, moda, literatura, culinária, entre outros. As obras, performances e oficinas ocupam todos os espaços do teatro, estimulando o público - e os artistas - a se movimentar e interagir. O evento é colaborativo, organizado pela classe cultural em conjunto com o teatro. A parceria estabelecida indica que o Teatro Carlos Gomes cede as dependências e a estrutura sem custos e os artistas cedem a sua produção. Desta forma, a comunidade tem acesso ao movimento cultural sem cobrança de ingressos.

COMO PARTICIPAR

(Adesão – inscrição – participação) Adesão: o movimento COLMEIA tem como característica fundamental a sua abertura a adesões pelas redes sociais (por meio do grande grupo, nominado COLMEIA, no Facebook: https://www.facebook.com/groups/332493890159559/?fref=ts). Como primeiro passo, o interessado ingressa na rede social e solicita sua adesão. A participação presencial nas reuniões é fundamental para o artista estar alinhado com as propostas e contribuir com a organização, devendo comparecer em pelo menos 50% das reuniões programadas para depois do período das adesões. Inscrição: o Coletivo está aberto a todas as manifestações, e no evento prioriza propostas autorais, para integrantes que se façam presentes nas reuniões e que sejam artistas de produção regional. Em caso de grupo, pelo menos um integrante deverá participar das reuniões. Os artistas domiciliados em outros municípios, desde que justificado, poderão ter um representante. Essa pessoa poderá representar a si e a mais outro artista/grupo.

As inscrições são realizadas, por área, através de links divulgados nas redes sociais, que dão acesso a um formulário. Ao inscrever-se, o interessado fornece informações pertinentes à sua obra e concorda em participar de forma espontânea e gratuita, tendo a disponibilidade para que sua participação ocorra em qualquer um dos dias do evento.Antes de divulgar ao público a programação final, o cronograma é partilhado aos inscritos com seu horário e local de apresentações. A partir deste momento, divulga-se a programação.

Participação: os moderadores dos GTS (grupos de trabalho por área) serão responsáveis por integrar toda a programação, encaixar as atrações nos espaços apropriados, respeitar o tempo de montagem/desmontagem, a carga limite de público (se for o caso), harmonizar as atrações para que uma não interfira na outra, e compor uma programação diversificada e que promova a integração dos diferentes gêneros e linguagens das artes.

Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Carta COLMEIA

Page 4: MAGAZINE COLMEIA 2015

1

10h às 12h Pintando a Florda Vida

até 12 pessoas.

*saiba mais em OFICINAS

Sábado 19 de setembro

2015

FAVO 1

10hJIMKEY

10h30J.will

11hDouglas 92

12hMc Kid

12h30Mistah Jordan

13hReticencia

12hClube do Piano (música clássica)

10hIntervenção e Experi-mentação COLMEIA

10h às 15h Oficina: Arte pra que te quero - livre

10h50S.O.F.A. (teatro)

11h30 Cortiço do Seu Gomes (teatro)

12h40Carlos Baka Warmupman Monezart (Música Eletronica Ambiente Chillout)

10h às 13hCantinho da LeituraProf. Sandra Silva

13hDeclamação (Palavra Livre)

9hCia Teatral Tontonello

(intervenção continua).Exposição de livros, murais, instalações, mesa de doces das abelhinhas e distribuição de poemas Ruan Rosa e Ramon Lima

REFERÊNCIA POR CORAtrações culturais

13h30 às 15hCantinho da literatura infantil Maria de Lourdes S. Heiden

14hAutógrafos com Marisa Toledo

15h às 18h Cantinho da Literatura infantil Ana Paula Lapolli

16h Autógrafos Marisa Toledo

17h Declamação – Palavra Livre

15hConfraria do samba (samba)

16h30Victor Hugo (Rock)

PATIO COBERTO

SALANOBRE

10h as 12h - Debate: desconstruindo pré-conceitos

mesa com ativistas

SALANOBRE

17h30Alexis Sackl(Rock, Pop, Jazz, Reggae, Blues, Funk)

18h30 Vê Domingos (nova MPB)

19h30Sensoria (Dark Avant-Garde Metal)

21hJuliana Pacheco (MPB)

SALANOBRE

10h às 12hOficina: Pintando a Flor da Vida

até 12 pessoas

*saiba mais em OFICINAS

SALANOBRE

13h30 às 15h30 Oficina “Cores”

30 vagas *saiba mais em OFICINAS

16h às 18h Oficina: é o rap: assunto produção Musical

*saiba mais em OFICINAS

SALAINTERMEDIÁRIA

SALAINTERMEDIÁRIA

SECRETARIADE CONVENÇÕES

PRAÇA SECRETARIADE CONVENÇÕES

VISUAIS LITERATURA DANÇA MÚSICA HIP HOP

ARTESANATO CENICASCULINÁRIA CINEMA OFICINAS

15h às 17hOficina de Fotografia CegaAté 14 integrantes *saiba mais em OFICINAS

Teatro Lambe Lambe da Cia Macadame

Apresenta:“Confusões na Floresta”

“O Náufrago e a Sereia em Perigos nos Mares”

SALÃO DE FESTAS

Arena Hip Hop

SALÃO DE FESTAS

Arena Hip Hop

13h30Raciocínio Humano

14h às 17h Batalha De Break

13h30 às 15h30Roda de conversaPsicanálise e LiteraturaCarla Cumioto

16h às 00h Botequim Literário

16h30Divino Amor (exposição de poesia adulta)

SALA SUPERIOR A

14h às 20hEspaço Criativo

SALA SUPERIOR B

10h às 12hOficina: experi-mentações de movimento – des-cobrindo novas possibilidades

até 20 integrantes

*saiba mais em OFICI-NAS

SALA SUPERIOR B

14h às 20hEspaço criativo

SALA SUPERIOR B

14hSkeenes (Rock)

15hMagna Umbra(Sinfonico / experimental)

16h30Adorável Clichê (Rock)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

14hSkeenes (Rock)

15hMagna Umbra(Sinfonico / experimental)

16h30Adorável Clichê (Rock)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

13hEspaço de cada um (tea-tro) Plateia reduzida 120 pessoas

14h30Blumnauer SchuhplatterGrupo de Danças Folclóricas

15hBananada(teatro) Plateia reduzida 120 pessoas

16hSarau da Temporada Blumenauense de TeatroPlateia reduzida 120 pessoas

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

19h às 21hRoda de Conversa: Feijoada Brasileira

até 15 integrantes.

*saiba mais em OFICINAS

SALAINTERMEDIÁRIA

18hNo One Else Palco no Salão (Rock)

19h Fálicas (teatro)

19h10Raiz de Jessé (música)

20h30Doc City Money (teatro)

21h Homicídio Verbal (Hip Hop)

Arena Hip Hop

SALÃO DE FESTAS

17h30Baraka

18hExpressão do Morro

18h30Visão da Serra

16h às 00hBotequim Literário

Divino Amor (exposição de poesia adulta)

SALA SUPERIOR A

14h às 20hEspaço criativo

*saiba mais em OFICINAS

SALA SUPERIROR B

17h30 Pássaro Louco(Rock)

19hOld Bridge (Rock)

20h30Max Bularque (Mpb, samba ,blues, baião)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

12h-The Black Hats(Rock)

13hOut of Fack (música)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

17h30Ensaio sobre a loucura e lucidez (teatro)Plateia reduzida120 pessoas

18h30Entretantos (poesia)Plateia reduzida120 pessoas

19hClube do Piano (música clássica)

19h 09Sarau das 9h (teatro itinerante)Plateia reduzida40 pessoas

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

18hCantinho da leitura - Poesia e libertação de livretos

19hCantinho da Leitura / Poeta Terezinha Manczak

19h30- Hora da Poesia – SEB – Sociedade do Escritores de Blumenau

20hRoda de poesia- Palavra Livre

20h30Poeta Marcelo Steil

SECRETARIA DE CONVENÇÕES

1

INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO

19h30 Solid Selik (Lo-fi indie rock)

SALAINOBRE

PRAÇA

18h30Grupo Capivara (Maracatú )

Palco do Salão19hMalungo (MPB)

20h30Judejô Música pro Mundo e os indivíduos indevidos (Ritmos variados)

Arena Hip-Hop

SALÃO DE FESTAS

17h30A.Lx.Indobro

18h às 20hBatalha De Rima

20hThc

20h3Banca Srl

16h às 00hBotequim Literário

Divino Amor (exposição de poesia adulta)

SALA SUPERIOR A

14h às 20hEspaço criativo

SALA SUPERIROR B

17hLuís Holl (música - um pouco de cada)

18h30Xiristen (Samba/Axé/MPBRock/Pop)

20hFamília Oliveira (Samba)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

17hApresentações de Dança: Caminhos; Sarau Árabe,

Atmosfera, e Eu só quero dançar.

21hFigo (teatro)plateia reduzida 60 pessoas

00hPsicose 4h48 ( teatro) plateia reduzida 100 pessoas

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

10h às 13hOficina "ãü ~ pesqui-sas eletroacús-ticas"

Visitação aberta, de 1 a 3 pessoas para atendimento personalizado

10h às 12hDebate Feminista: mulheres trabalha-doras – histórias e desafios atuais

14hOitava FeiraPalco da Praça

10hExposição de livros, murais, instalações, mesa de doces das abelhinhas e distri-buição de poemas Ruan Rosa e Ramon Lima

SALAINTERMEDIÁRIA

SECRETARIADE CONVENÇÕES

PRAÇA

10h as 12hOficina de fotografia Cega

Ate 14 integrantes

*saiba mais em OFICINAS

PATIOCOBERTO

Arena Hip Hop

SALÃO DE FESTAS

22hNachschon Kalala Kupa (R&B and New Genre)

23hDaian Schmitt(música autoral)

SALANOBRE

3

SALÃOCENTENÁRIO

SALÃOCENTENÁRIO

21h30Ilhéus (Hip Hop)

22hCaime (Hip Hop)

22h30Strato Feelings (Surf Rock)

00hSeven Hands (Rock)

Arena Hip-Hop

SALÃO DE FESTAS

19h30Palavra de Honra

20hAtack Fulminante

20h30Pororoca (MPB)

22hLogia

16h às 00h Botequim Literário

Divino Amor (exposição de poesia adulta)

SALA SUPERIOR A

22hCasa de Orates (Antroponírico)

23h30Filipe Burgonovo (Instrumental além do gênero)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

00h30 Chuck violence

1h30Monômio (Ruído)

SALANOBRE

SALÃOCENTENÁRIO

01h30 – 0:45 Jorge Vision (Rock)

2h30Ação Reversa (Rock )

Arena Hip-Hop

SALÃO DE FESTAS

22h30Nado

23hPalavra Feminina

23h30Marrom

00hMonalisa

00h30Sequela 1hFlavinha Manda Rima

1h30Negro Rudy

2hBanca Srr chapecó

2h301co13

21h30Karrie King (Rock)

23hVulcânia (Rock)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

21h30Lúcio Locatelli (MPB)

SALANOBRE

1

INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO

SALÃOCENTENÁRIO

21h30Urano Instrumen-tal (Jazz)

23hNovos Vintages(Rock)

Arena Hip-Hop

SALÃO DE FESTAS

21hInterrogue

21h30Dimensão

22hCdc

22h30Legado

23hSarau LGBT “Liberdade”Plateia reduzida 120 pessoas

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

19h30Cine COLMEIAsessão de filmes apresenta:

19h30Onde o lobo se esconde,

19h30Zaratustra Ainda Fala,

20h30Uma Metáfora,

20h46Correndo o Risco,

21h01Ilha de Deus.

BALCÃO(Cinema)

SECRETARIA DO CENTRO DE CONVENÇÕES

SECRETARIA DO CENTRO DE CONVENÇÕES

1

INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO

PRAÇA

PRAÇA

14h Oitava Feiradecretamos feriado (teatro)

15hCidadão do mundo(Pop)

16hTango em perna de pau (teatro)

16h30Aroldo e Orly (Folk)

Arena Hip-Hop

SALÃO DE FESTAS

14hArtefatos

14h30 maikinho

15hGriôs

15h30Comboio

16h30Sistah Le

17hMokados

16h às 00h Botequim Literário

Divino Amor (exposição de poesia adulta)

SALA SUPERIOR A

14h30Duo Dualidade Sonora (musica erudita)

15h30Animus ad Vindictam ( metal)

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

13h30 Clube do Piano (música clássica)

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

13h30 às 14h30OFICINA: Fotografia Light Painting

Ministrante: Felipe Colvara Teixeira

Material: Câmera Foto-gráfica, Tripé, Lanter-nas, Velas, luzes...

Até 20 participantes

FOSSO DOPALCO GIRATÓRIO

4hCine COLMEIA sessão de filmes apresenta:

Buracão, Dobrablu, Caminhos Opostos e Boos.

BALCÃO(Cinema)

3

PAVIMENTO

19:30 Cine COLMEIA

sessão de filmes

apresenta:

“Pedalando com os índios”

BALCÃO(Cinema)

0TÉRREO

0TÉRREO

0TÉRREO

3

PAVIMENTO

1

INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO0

TÉRREO

PATIOCOBERTO

SALÃOCENTENÁRIO

FOSSO DOPALCO GIRATÓRIO

BALCÃO(Cinema)

PATIO COBERTO

SALANOBRE

SALAINTERMEDIÁRIA

PRAÇA SECRETARIADE CONVENÇÕES

SALÃO DE FESTAS

Arena Hip Hop

SALA SUPERIOR A

SALA SUPERIOR B

PEQUENO AUDITÓRIOWILLY SIEVERT

GRANDE AUDITÓRIOHEINZ GEYER

9h às 13h

Sábado 19 de setembro

2015

FAVO 3

17:30h às 21h

Domingo 20 de setembro

2015

FAVO 6

10h às 13h

Sábado 19 de setembro

2015

FAVO 4

21:30h às 00h

Sábado 19 de setembro

2015

FAVO 2

13:30h às 17h

P R O G R A M A Ç Ã O G E R A L C O L M E I A 2 0 1 5

FAVO 8

Domingo 20 de setembro

2015

17:30h às 21h

Domingo 20 de setembro

2015

FAVO 7

13:30h às 17h

13h30J.Mota (música)

15h30Mantra Amazonia (dança)

15h30Marchas Trupianas ( marchinas de carnaval)

15h40JB Samba (Samba)

1INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO0

TÉRREO

1INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO0

TÉRREO

1INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO0

TÉRREO0

TÉRREO1

INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO

1INTERMEDIÁRIO

2

PAVIMENTO

2

PAVIMENTOPAVIMENTO

3

PAVIMENTO

0TÉRREO

Sábado 19 de setembro

2015

FAVO 5

00h às 3h

1INTERMEDIÁRIO

0TÉRREO

13h30 Mesa de doces da Abelinha

14hCantinho da leitura com Sandra Silva

15h às 18hCantinho da Literatura

SALANOBRE

15hBru Strobel(Pop)

16h Inacipétalas(Mantras)

17hMadame d´brecho (Indie Rock)

FAVO 9

Domingo 20 de setembro

2015

21:30h às 00h

Apoio: NE PRNT

GRÁFICA DIGITAL

Page 5: MAGAZINE COLMEIA 2015

Som de didges, chapéus, fotos, miçangas e esculturas de arame serão expressões do artesanato no COLMEIA 2015

O evento ocorre nos dias 19 e20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau.

O Grupo de Trabalho (GT) de Artesanato está presente no evento COLMEIA desde a segunda edição. Em 2015, reunirá cinco profissionais que mostrarão suas criações para o público. O Teatro Carlos Gomes abrirá as portas para a quarta edição do evento nos dias 19 de 20 de setembro, trazendo 216 atrações para a comunidade de Blumenau e região.

Os artesãos são selecionados para expor suas artes no COLMEIA por meio de inscrições antecipadas. O artesanato é um trabalho manual que exige muito carinho e dedicação por parte de quem faz e o Coletivo é um meio de reunir os amantes dessa arte e oferecer um espaço de socialização, mostrando que a indústria não consegue substituir esse trabalho individual, artístico e único, produzido por cada artesão. É justamente esta filosofia que une o grupo: a paixão pelo trabalho detalhado e minucioso, em que os artistas têm mais força e ganham mais destaque quando produzem e trabalham juntos.

O GT de Artesanato nunca foi o mesmo, visto que a cada edição apresentou novos artistas e criações diferentes. Porém, sempre teve os olhos voltados aos artistas de rua, que produzem manual e individualmente suas artes. Nesta edição, Desirée Nogueira, unindo a arte à costura, apresenta seus chapéus inspirados nos anos 70. Jota Martins traz sons inusitados de seus didges, buscando trazer leveza à vida. José Matos participa de três grupos, mas para o artesanato ele apresenta esculturas em fio de alumínio e mandalas. O fotógrafo não profissional Laureano Vicenti procura mostrar o corriqueiro

em suas fotografias simples. E Natele Petersen faz seu trabalho em miçangas, baseado na arte indígena, arte nagô e tecimento ancestral.

Esses artesãos e o coletivo têm o objetivo de mostrar que a arte blumenauense vai muito além da cultura alemã. Voltar os olhos da comunidade para essa arte simples e muitas vezes

marginal é o principal valor partilhado pelo grupo.

A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades

pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Julia Bailer

Reinert.Supervisão e orientação: professor Sandro

GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 6: MAGAZINE COLMEIA 2015

Criada na Nova Rússia, em Blumenau, desde os quatro anos de idade,Desirée Nogueira é uma jovem mulher, alta, morena, com cabelos curtos e enrolados. Em sua face carrega um sorriso e em seus olhos é capaz de se perceber uma breve desconfiança, mas sempre demonstrando uma segurança e simpatia. Filha de um carioca da gema e de uma professora paulista, ela é a mais velha dentre os quatro filhos do casal.

Com uma veia artística bem aflorada em sua família, decidiu seguir sua vida em meio a arte. Crescendo em meios a brincadeiras na Nova Rússia, ela sempre encontrava tempo para fazer o que mais gostava, que era desenhar e pintar pessoas e paisagens, e também de fazer looks que mostravam sua personalidade.Ao completar 15 anos, a jovem artista resolveu então fazer um curso de vestuário no Senai de Blumenau. Após esse curso, sua vida tomou um novo rumo, pois a partir daí começou a se interessar pela moda. Ao passar alguns anos, acabou se formando em artes

visuais na Uniasselvi e logo após sua graduação acabou fazendo um curso de especialização em vestuário.

Atualmente, ela se dedica à arte de lecionar, literalmente, pois Desirée dá aula de artes para alunos do ensino fundamental da rede municipal de Blumenau, mas não deixou de lado sua paixão pela moda, pois procura espaço como estilista, criando roupas sob medidas para as pessoas.Seu esforço e dedicação pela moda e pela arte, que são duas paixões de Desirée, resultam em um trabalho ímpar, muito apreciado por todos, que quando veem se encantam e se apaixonam. Suas produções artesanais serão atrações únicas nos dias 19 e 20 de setembro, na quarta edição do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes. Tudo isso por conta de seu talento e da sua paixão pelo que mais gosta de fazer.

Produção ímpar e apaixonante

Moderador: Natele Petersen

Sorteio: Desirée Nogueira - chapéus

Acadêmicos de jornalismo da FURB: Jhonatan dos Passos Santos

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 7: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Natele Petersen

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Julia Bailer Reinert

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Negros os olhos, pele e cabelo rastafári. Colorida a vida, rabiscos e desenhos nos muros da cidade e no corpo. Nascida gaúcha, de coração blumenauense, NatelePetersen, de 22 anos, já viveu mais a vida do que muitos de 50. Artista de nascença, com 18 anos ela colocou a mochila nas costas e saiu. Sem rumo, destino ou programação. Viveu e vive da arte manual, marginal, simplória e cheia de amor em toda pedrinha de cada pulseira. Mas vive, principalmente, do amor e da coletividade de cada um que cruza seu caminho. Ela tem curso técnico de administração, mas é graduada pela rua. Foram quatro anos de viagens por todos os cantos do Brasil. Natele foi manézinha, gaúcha, matogrossense, índia e hoje ainda carrega um pouquinho de cada nacionalidade no coração. Viveu uma experiência inigualável e ainda inacabada. “Colocar a mochila nas costas é fácil, o difícil é tirar”, diz.

Depois dessa vivência com diversas culturas, Natele não voltou a mesma. Hoje acorda todos os dias, sorri, espalha felicidade e é feliz como se não fosse ter a oportunidade de fazer isso de novo.Tudo o que é e vive hoje, aprendeu com a vida e com os outros ao seu redor.

Uma exímia artista apaixonada pela arte, essa negra de cabelos bagunçados chama atenção sentada no seu pano, todas as tardes, vendendo artefatos em miçangas. “O teu lugar não é aí. Vai trabalhar. Vai estudar”: escuta de vez em quando o julgamento alheio. Porém, hoje ela não se importa mais com preconceito ou em viver para agradar os olhos da comunidade julgadora. “Já fui muito mais presa em ser eu mesma pelos outros. Mas hoje não me influencia mais, tá ligado?”, acrescenta.

Uma bomba de cores. Isso é o que foi a passagem de Clóvis Truppel na vida da Natele. Um artista

plástico que se alimentava da rua como ela. Foram dois anos vividos intensamente, com o mais puro e verdadeiro amor. Ele foi o furacão mais lindo e cheio de vida da história dela. Mas se foi. Deixando um coração tomado por saudadese um legado respeitado por todos. Existe a Natele antes e a de depois de Clóvis. “Ele agitou a minha vida e eu acalmei a vida dele”. Em dez minutos, essa moçacumprimentou, acenou, beijou, abraçou e foi reconhecida por mais pessoas do que um alguém normal é no dia. Natele transpira leveza. Apesar de ser uma canceriana de personalidade extremamente forte, tem uma paz de espírito inacreditável. Para ela tudo é lindo, mágico e tem um significado. Acredita que cada um vive uma missão destinada para si. E talvez seja isso que a faça ser simples e querida por todos.

O viver da arte marginal é visto como uma coisa triste e sem cor, porém, para quem sabe aproveitar, tem mais alegrias e cores do que outros. A Trupe perambula é um exemplo disso. Um coletivo de arte e uma casa cultural, é o lugar que acolhe a Natele todos dias. São pessoas que juntas, procuram dar o melhor para as outras. Os olhos negros dessa moça são mais coloridos do que os de muita gente. O sorriso é mais sincero e a alma mais liberta. Quem dera existissem mais Nateles por aí, procurando a simplicidade em todo cantinho.

Natele é atração imperdível no GT Artesanato, atração destes dias 19 e 20 de setembro na quarta edição do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

Negra cheia de cor

Page 8: MAGAZINE COLMEIA 2015

Grupo de Trabalho de Artes Cênicas confirma presença em massa na 4ª edição do COLMEIA

A quarta edição do COLMEIA – parceria entre o Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas e o Teatro Carlos Gomes -, que fomenta diversos trabalhos artísticos, apresentará este ano 10 Grupos de Trabalhos (GTs), entre eles o de Artes Cênicas, nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes. A apresentação do GT de Cênicas iniciará com o espetáculo S.O.F.A., na Praça do Teatro, às 10h50 de sábado (19); logo após, segue-se a programação de apresentações simultâneas do Coletivo que vai até domingo (20).

O evento COLMEIA visa divulgar e incentivar diversos trabalhos artísticos com o objetivo de expandir e dar ênfase na pluralidade de cultura, propondo a junção de atrações culturais, movimento que ocorre anualmente, desde 2012. Um dos trabalhos que estarão à mostra para admiração de todos os públicos é o de artes cênicas, uma das artes primordiais para a realização do Coletivo. Neste ano, o GT de Cênicas conta com a participação de 12 grupos, entre eles coletivos, que serão divididos paralelamente entre outras atrações artísticas de cunho diversificado, e horários já definidos entre os espetáculos, que são: Cia. Teatral Tontonello; S.O.F.A.; Cortiço Do Seu Gomes; Espaço De Cada Um; Bananada; Fálicas; Doc City Money; Ensaio Sobre a Loucura e Lucidez; Movimento LGBT; Oitava Feira – Decretamos Feriado; Tango Em Perna de Pau e Figo. Entre os grupos, ocorrerão apresentações com bonecos, sendo um deles o grupo teatral Macadame, que utiliza a técnica diferenciada de teatro lambe-lambe. O espetáculo é apresentado dentro de uma caixa, com os bonecos, iluminação, sonorização e cenário, enchendo os olhos do espectador, com enredo voltado às problemáticas de caráter ambiental e social.

O GT de Artes Cênicas está fortemente presente desde a primeira edição do COLMEIA. No início, houve grande influência do Grupo Teatral Trupe Perambula na ideia inicial que deu origem ao primeiro evento. O grupo Perambula será uma das atrações do Coletivo deste ano. A atriz Fernanda Raupp é a moderadora do GT Cênicas de 2012 até hoje. Segundo ela, o trabalho de moderador é importante para a organização de todos os Grupos de Trabalho, como é o caso das artes cênicas, pois o moderador atua junto à equipe técnica responsável e organiza desde a inscrição dos grupos e coletivos, a montagem e desmontagem dos espetáculos, separação de faixas etárias e tempo de duração, horários, quantidade de pessoas que suporta, até o momento da vivência da arte. Assim, mantém-se a qualidade e a essência de cada espetáculo para o seu espectador.

A Arte Cênica é um segmento artístico que vem crescendo em Blumenau e demais municípios de Santa Catarina. É aquela que atinge cada vez mais apreciadores, acompanhada da música e do hip hop. Houve, entre os idealizadores do COLMEIA, a preocupação em levar tais diversidades artísticas aos mais variados públicos, de diferentes preferências culturais, juntando pessoas de mentalidades divergentes e de todas as idades. Além do GT de Artes Cênicas, terão também apresentações, exposições e contatos com grupos de: música, hip hop, artes visuais, literatura, cinema, culinária, artesanato, oficinas e dança.

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Ana Castelein, Bruna Luisa e Luiz Felipe ZaguiniSupervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 9: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Fernanda Raupp

Sorteio: Grupo K de Teatro (Blumenau) – Espetáculo Figo

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Bruna Luisa Mueller

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Realizar espetáculos que mexam com o público não só pelo aspecto visual, mas sentindo o teatro com o coração e nos fazendo pensar, tratando de temas bastante importantes que vivenciamos e discutimos nos dias atuais. Sensibilizar o público a partir da arte. É isso que o Grupo K - Teatro procura promover desde a sua criação.

Com os conhecimentos obtidos no curso de Teatro, da Universidade Regional de Blumenau (FURB), colocados em prática, em março de 2005, foi fundado o Grupo K. Em uma década de história, o conjunto teatral conta com apresentações das mais variadas. Da peça “Sujos” (2006), que mostra o drama de moradores de rua, á peça “A Sede do Santo” (2010), que questiona o ser artista nos dias de hoje.

Hoje, possui três espetáculos em seu repertório: “Sujos”, “O Tapete de Maria” (um espetáculo infantil que aborda temas como amor e guerra) e destaque para “Figo”, peça que vem sendo apresentada em diversos lugares e será exibida também na edição 2015 do COLMEIA, evento

do Coletivo COLMEIA realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes,nos dias 19 e 20 de setembro.

O espetáculo “Figo” refere-se a um rapaz, interpretado por Rafael Koehler. Na peça, ele em uma conversa com amigos, começa a se lembrar de histórias e amores vividos, entre esses acontecimentos, uma noite inesquecível no Chile, carnaval, fogos de artifício e o principal, um homem gostando de outro homem.Isso gera maior repercussão na peça por ser tratar de algo que a sociedade ainda não aceita e do preconceito ao homossexualismo. Com o desenrolar da peça, as histórias vão tomando maiores proporções, fazendo o público refletir e se sensibilizar sobre o tema em questão.

“Figo” demonstra bem os nuances das apresentações do Grupo K, todas as peças com temas que podem e que são facilmente discutidas nos dias de hoje. Além de assistirmos a uma peça de teatro, o aprendizado é enorme.

Sensibilizar através da arte

Page 10: MAGAZINE COLMEIA 2015

Em casa de artista é assim: pode-se prestigiar e interagir com todo tipo de arte, respirar ambiente alternativo em que se fundem ideologias diversas, e ter uma conversa descontraída com seus integrantes, em que há todas as revelações deste imenso universo livre que é o meio artístico.Todos os aspectos, desde o artesanato, com seus bonecos, pinturas, até a música, em junção com as artes cênicas, nos ensaios e performances, nas linguagens poética e social. E para acrescentar ainda mais vida ao cenário há os jardins, repleto de flores, árvores, e arte, tanto da natureza quanto de mãos humanas, preenchendo a paisagem bucólica.

Toda essa cena pode ser vista em uma casa de artista. E é assim na casa da Cia. Trupe Perambula, em que Fernanda Raupp, jovem atriz com seus 26 anos, de sorriso fácil, olhos brilhantes e carisma incessante, é ícone integrante, e um dos primordiais da Trupe. Fernanda começou com a idealização da Trupelogo após a sua chegada a Blumenau, em 2008. A criação do grupo teatralaconteceu um ano após e, desde então, a Trupe se apresenta em saraus e eventos da cidade e da região.

Recém-saída do município de Sombrio, sua cidade-natal, Fê Raupp veio em busca de maior aproximação e atuação na área artística em que demonstra amor e admiração, juntamente com a música. Ela iniciou sua interação com este meio das artes cênicas ainda na escola em que participava de grupos amadores de teatro. Quando surgiu a oportunidade de cursar a faculdade e atuar, surge então o ingresso na Universidade Regional de Blumenau (FURB), na qual já está formada, e atualmente pretende seguir com a música.

Quando o assunto se direciona para esta questão e se pergunta se é apenas o teatro sua área de preferência, ela responde: “Teatro é minha ligação com o mundo.Profissionalmente eu sou atriz, mas sempre gostei de ‘beber’ em outros lugares, como da dança. Agora comecei a estudar música no Conservatório de Itajaí, pois em paralelo ao teatro, eu sempre fui amante da música, questão de cantar, de trabalhar a música no teatro”.

A jovem atriz admira toda forma de arte e acredita que o cenário artístico de Blumenau está mudando, a percepção de público variado para as apresentações está aumentando, mas que ainda falta o apoio governamental para contribuir com mais incentivo financeiro. Desde a primeira edição do COLMEIA, houve a vontade e a necessidade de diversos mundos no meio artístico e de diferentes ideologias de se juntarem, e mostrarem seus caracteres, cada qual no seu determinado espaço.

Como ocorre com a Trupe Perambula, poderia ocorrer no meio cultural atual, que é a junção de diferentes expressões artísticas para mostrar seus mais diversos valores e o complemento de que cada uma pode ser a outra. Ainda mais, como na casa de artistas em que não se vê a diferença de ideias, no convívio com diferentes pensamentos, de pessoas diferentes, como Fernanda Raupp, tão experiente neste aspecto de vivenciar a arte. A arte de Fê Raupp e da Trupe Perambula são atrações do GT Artes Cênicas, nos dias 19 e 20 de setembro, na quarta edição do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

Arte que perambula

Moderadora: Fernanda Raupp

Acadêmicos de jornalismo da FURB: Ana Caroline de França

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 11: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Fernanda Raupp

Sorteio: Cia Macadame (Blumenau) - Espetáculo: o náufrago e a sereia

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Luis Felipe Zaguini

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Ela nasceu em 10 de Julho de 1983, na cidade de Campo Mourão, no Paraná. Atualmente trabalha como assessora de imprensa na Xanadu Bebidas Premium, em Blumenau, onde mora há 20 anos. Trabalhou como editora de áudio na Universidade Regional de Blumenau (FURB), e na Rádio CBN, exercendo a função de radialista e produtora. Deu aula de Artes nas escolas blumenauenses de ensino fundamental, e também trabalha como Editora de Vídeo freelancer. É formada em Jornalismo e Comunicação pelo Ibes/Sociesc, desde 2011. Estudiosa e admiradora de Artes Cênicas, participa da Cia. Macadame, um dos grupos teatrais que farão parte do COLMEIA, que acontecerá neste sábado e domingo, dias 19 e 20 de Setembro, no Teatro Carlos Gomes.

Uma jovem influenciada por seu pai e guiada desde cedo para o caminho cênico da Arte. O pai, praticante de teatro em Londrina, incluía a filha nas suas peças teatrais, as quais apresentava em várias cidades do Paraná e também em Santa Catarina, desde que se mudaram, há 20 anos. Adora comunicação. Sem dúvidas, uma pessoa que nasceu para comunicar. O teatro a motivava a acordar todos os dias com um largo sorriso no rosto. A menina cresceu e viu seus planos desaparecerem com a vida: há duas décadas, o teatro não era tão difundido na Região Sul, o que influenciou na decisão de cursar Jornalismo.

Certo dia, em visita ao Parque Ramiro Ruediger, assistiu a uma peça lambe-lambe do criador chileno Luciano Bugmann. Isso resgatou suas raízes e a encorajou a fazer teatro e a formar a Cia. Macadame, um grupo teatral focado

exclusivamente no teatro estilo lambe-lambe. O grupo Macadame, além de ser formado por Rafael Leandro e Cristina Laleska, tem a participação de uma grandiosa mulher, que é o assunto desse perfil, chamada Priscila Gilinski.

Ela explica o teatro lambe-lambe: “O termo é assim definido em homenagem às caixas dos fotógrafos lambe-lambe dos anos de 1940 e 1960. Os diretores do teatro lambe-lambe reaproveitavam as caixas e faziam um espetáculo único, animando bonecos, criando figurinos, sons, sonoplastias e tudo que um teatro convencional tem direito. A diferença é que num teatro lambe-lambe, uma única pessoa por vez assiste a peça. É uma modalidade nova de teatro, bem difundida pelo Chile, Salvador, Minas Gerais e Mato Grosso”. Até o momento, a Cia. Macadame é constituída por dois espetáculos: Confusões na Floresta e O Náufrago e a Sereia em Perigo nos Mares. O foco principal das duas peças é a conscientização para os problemas ambientais, já que o teatro passa uma mensagem de conscientização tanto para os jovens quanto para os adultos.

Priscila conta também que todo o conhecimento que adquiriu para si e para o grupo foi concebido através de pesquisas e espera fundamentar tudo o que aprendeu no curso de Artes Visuais, de que é participante. Além do teatro lambe-lambe, Priscila também se aventurou em outras áreas artísticas, fazendo o comentário A Cena Rock Local que foi apresentado no COLMEIA há dois anos.

GILINSKI E O DESTINO CÊNICO

Page 12: MAGAZINE COLMEIA 2015

Produções cinematográficas de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco serão exibidas na quarta edição do COLMEIA

Sétima arte. Acontece nos dias 19 e 20 de setembro a exibição de produções audiovisuais nacionais no evento COLMEIA 2015, que ocorre no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau. O GT Cinema é um dos dez grupos de trabalho que está presente no evento desde a sua primeira edição. “Neste ano, 10 produções foram inscritas. Filmes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina integram a programação e alguns dos filmes foram produzidos para serem exibidos no COLMEIA”, conta o moderador do GT de Cinema, Sidney Dietrich.

O evento cultural ocorre na cidade desde 2012 e tem por objetivo buscar uma integração com artistas de diversas áreas e expressões com oportunidade de interação do público.

O COLMEIA traz nessa edição trabalhos audiovisuais em curta, média e longa-metragem e as sessões acontecem no 3º Pavimento do Teatro Carlos Gomes, no balcão do Auditório Heinz Geyer, aproveitando os intervalos da programação do GT de Teatro, que acontece no palco do auditório. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. A entrada é franca e aberta para toda a comunidade. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Luiz Guilherme Antonello e Yoana Carmo.Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 13: MAGAZINE COLMEIA 2015

Antes queria se formar em Biologia, agora se formou em Teatro pela FURB, mais exatamente no ano 2014. O indaialenseSidney Dietrich tinha desde pequeno o fascínio pelo teatro.Pegava o ônibus sozinho para prestigiar o Fenatib, em Blumenau. Desde então sua carreira como ator vem se expandindo até o momento em que se encontrou com o COLMEIA, em 2012, na sua primeira edição. Sua participação aconteceu às seis horas da manhã - devido ao fato de o evento ter feito uma virada pela madrugada – Dietrich conta que haviam poucas pessoas para assistir a apresentação.

Hoje, aos 24 anos, e com experiência em grupos de teatro, é moderador do Grupo de Trabalho (GT) Cinema.Na quarta edição do evento COLMEIA, tornou-se um produtor cultural em Blumenau. Anteriormente, esteve apenas envolvido com o teatro no COLMEIA, mas nessa edição surgiu a oportunidade de ajudar a organizar mais um ‘favo’ do evento.

Com uma conversa descontraída, ao chão da recepção da Fundação Cultural de Blumenau, Dietrich contou que é tímido e fechado, diz que seu cérebro ao interpretar pensaque ele é outra pessoa, se não ele não conseguiria. Acredita que a importância do teatro está além de desenvolver habilidades, e que todos deveriam fazer para aprender a trabalhar com o coletivo, todos são importantes no teatro, e se em uma peça está faltando alguémnão vai funcionar. O COLMEIA é exemplo do coletivo que o teatro trabalha, já que é feito com a força da união de diversos artistas.

“A gente não está fazendo isso pra gente, mas pra todo mundo que quiser ir lá, pra família, pra todo mundo.Tem programa pra todo mundo, é um lugar importante porque vai reunir tribos, vai gente que nunca se veria. Vai a família da classe média, que vai entrar no salão do hiphop, que nunca viu aquilo, sabe”, comenta o ator.Morando com a trupe de teatro da qual faz parte desde 2009, Dietrich conta que o grupo abre a casa para o público assistir as apresentações e participar de sessões de cinema. Além de ajudar na moderação estará com seu grupo, apresentando a peça Sarau das 9 no COLMEIA, no qual é o diretor.

A falta de público nos eventos de teatro é uma das falas de Dietrich, já que a população não tem o costume de frequentar peças, o público é geralmente composto por atores e demais profissionais envolvidos no meio. Dietrich conta que antes de tudo ele era plateia, a possibilidade e o fácil acesso à cultura e à arte abriram caminhos em sua vida.

Esse acesso ainda continua gratuito à população e as oportunidades estão distribuídas, só falta a Blumenau, uma cidade de tantas tradições adquirir mais uma: não só ir ao teatro, mas prestigiar os artistas de sua cidade e região, tornar-se mais que plateia. Tornar-se um meio para a propagação da cultura, e do coletivo, onde as pessoas possam se unir, e o COLMEIA é mais uma dessas oportunidades aonde a população pode ser ambos: plateia e teatro.

Antes de fazer teatro, ser plateia

Moderador: Sidney Dietrich

Acadêmicos de jornalismo da FURB: Yoana do Carmo

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 14: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: Sidney Dietrich

Sorteio: Equipe da Zaratustra Ainda Fala

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Luiz Guilherme Antonello

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Os olhares das crianças da periferia de Florianópolis, no videoclipe “Inve$te”, música de RaelLdC, Ca-zlu e Maicon Maloka, mostram algo além da simples atuação.Elas estavam lá como atores do clipe, porém não contratadas e sim voluntárias do local das filmagens. O olhar é real, a sensação de violência é real e isso é umas das características do cinema comunitário.

Quando se fala de cinema já nos vem à mente filmes hollywoodianos, com seus sucessos e tecnologias, suas grandes histórias e outras apenas para servir de distração. Não é comum logo pensar no cinema daqui, pois existe certa acomodação no cenário cinematográfico brasileiro. Aí que entram pessoas como Luiz Fernando Fernandes Machado, que está colocando uma estética em prática de forma inovadora, chamada “A Estética da Sopa de Pedra”.

Machado nasceu em Urussanga no dia do aniversário da cidade, em 26 de maio de 1982, no Sul de Santa Catarina. Logo se mudou para a capital Florianópolis, onde cresceu. Sempre teve vontade de fazer cinema. No entanto na faculdade escolheu filosofia, curso que lhe rendeu dois semestres de estudo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), só que imprevistos ocorrem com todos, comLuiz Fernando Fernandes Machadonão seria diferente.

Em 2005, seu destino foi mudado. Foi selecionado pelas forças armadas que o levaram a ser faroleiro no farol de Santa Marta, em Laguna. Sua rotina de acender e a apagar o farol não o distanciou de sua vontade de fazer cinema, e como Machado prefere ser o dono de seu próprio destino, resolveu não seguir a carreira militar. Assim, seguindo suas vontades, ingressou em 2008 no curso de Cinema e Audiovisual, na Unisul, em Palhoça. Até 2015, em meio a outros imprevistos, estudou cinema, filosofia, sociologia e mercado cultural como ninguém. Sua monografia foi produzida neste período, intitulada “Cinema paralelo regional: a revolução dos anônimos”.

O diretor de cinema gosta de livros como Almas Mortas, de Nicolau Gogol, e Crime e Castigo, de Dostoievski.Parte de suas inspirações cinematográficas são Glauber Rocha e Federico

Fellini. Entretanto, suas grandes inspirações vêm do cinema construtivista russo, diretores como DzigaVertov, Serguei Eisenstein, Lev Kuleshov e VsevolodPudovkin. O construtivismo russo foi um movimento estético político, um movimento de vanguarda com objetivos e ações semelhantes ao da Cia Boanova de Cinema, empresa de Machado, a “A Estética da Sopa de Pedra”. A Cia funcionará a princípio com três cineastas que chegam em uma cidade de menos de 20 mil habitantes e organizam uma produção, usando toda a mão de obra e potencial local, como os atores e fotógrafos, que vão passar por cinco oficinas ministradas pelos cineastas. O projeto piloto irá acontecer em 2016 e tem como objetivo criar trabalhos e democratizar o cinema, ensinando as pessoas a fazerem cinema onde ele mesmo é inédito.

A Estética em si já é vista na produção “Inve$te”, dirigida por Machado e gravada na periferia de Florianópolis, em 2011. O cinema esteve presente no trabalho como prática social, ou seja, ocorreu uma integração comunitária nos processos de construção das obras, sendo assim uma realização com a participação de toda uma comunidade. Outra produção dirigida por ele, está presente na quarta edição do COLMEIA - evento em parceria entre o Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas - COLMEIA - e o Teatro Carlos Gomes, em Blumenau - é o “Zaratustra ainda fala”, de 2015. O longa é um documentário produzido por uma equipe técnica formada por profissionais e detentos, que faz uma releitura do clássico “Assim Falou Zaratustra”, de Friedrich Nietzsche. Este é o primeiro documentário de longa-metragem feito no sistema carcerário catarinense, gravado por dez horas corridas.

Para que o cinema comunitário dê certo, os integrantes da comunidade (ou até mesmo detentos, como em Zaratustra) passaram por oficinas laborais. Essa iniciativa acaba criando um elo entre a comunidade e a sétima arte. Sua intenção com esse projeto é interagir o cinema com a sociedade, para que assim o cinema catarinense cresça com força.

Para fugir do lugar comum

Page 15: MAGAZINE COLMEIA 2015

Gastronomia alternativa terá espaço na quarta edição do COLMEIA

Novidade. Nos dias 19 e 20 de setembro acontece a quarta edição do evento COLMEIA. A ação feita em parceria pelo Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas e pelo Teatro Carlos Gomes tem por finalidade divulgar o trabalho de diversos artistas da região. Na edição deste ano o evento contará pela primeira vez com a participação do Grupo de Trabalho (GT) de Culinária, que tem a intenção de expor e comercializar a produção artesanal de pratos alternativos, com foco nas opções vegetarianas. O GT conta com um cardápio bastante variado, que vai desde os tradicionais cupcakes até comidas tipicamente nordestinas, como tapiocas e acarajés.

Grande parte dos participantes do GT já faz da culinária a sua principal fonte de renda, mas com a realização do evento eles esperam que a cultura da gastronomia alternativa seja ainda mais disseminada, e por consequência, que outros eventos surjam com esta finalidade. A venda dos pratos irá ocorrer durante todo o evento, que contará ainda com a apresentação dos artistas de outros grupos culturais como música, cinema, literatura, dança, hip hop, entre outros. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: João Victor Baumgartel e Deise Antunes dos SantosSupervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 16: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: Bruno Henrique Lopes

Sorteio: Veggie Burger Bike Delivery

Acadêmico de Jornalismo da FURB: João Victor Baümgartel Góes

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Arquiteto por vocação, músico por diversão e artista por natureza, este é João Marcos Candemil da Silva, um garoto de 19 anos que traz consigo toda a essência da juventude. Seu estilo despojado nos revela sua personalidade, João é do tipo de pessoa que gosta de aproveitar todos os momentos da vida ao máximo, ficar parado esperando o tempo passar não é uma opção válida.

Em meio a agitada vida acadêmica, o jovem consegue achar tempo para dedicar-se ao seu lado artístico. Eventualmente João faz shows com algumas bandas hardcores da cena regional independente, porém o talento do garoto não para por aí. Aliado ao talento musical, João tem a capacidade de fazer belíssimas pinturas utilizando a técnica do graffiti, e como se já não bastasse, recentemente o jovem descobriu outro dote artístico: a gastronomia.

Cansado da falta de opções vegetarianas para delivery na cidade, o jovem, junto com sua namorada, resolveu criar o seu próprio serviço delivery de hambúrgueres veganos, chamado

Veggie Burger Bike Delivery. Além do prato, outro diferencial é o modelo de entrega, que é feito de bicicleta. Em menos de dois meses o empreendimento ganhou notoriedade, fazendo muito sucesso entre o público jovem.

A veia artística que João possui é claramente visível. Seu espírito livre e tranquilo, a simplicidade, a forma de enxergar as coisas de uma forma única, aliado a uma enorme vontade de fazer as coisas virarem realidade, fazem com que ele consiga destacar-se entre os demais, vindo a ser um grande artista, da música, da pintura, da gastronomia e do que mais ele vier a fazer.

A arte gastronômica de João Marcos é uma das atrações destes dias 19 e 20 de setembro na quarta edição do evento COLMEIA (do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes. Um momento para impregnar-se da cultura e, ainda, descobrir o que a gastronomia vegana pode fazer por sua vida.

Culinária vegana em domicílio

Page 17: MAGAZINE COLMEIA 2015

Um rapaz de estatura mediana e magro que carrega no rosto um sorriso sereno e sincero. Olhos escuros, voz suave. Esse é Bruno Lopes, 28 anos, natural de Curitiba, Paraná. Lopes é aquele típico jovem que gosta de viajar e de estar em contato com a natureza. Conhecer comunidades e costumes diferentes. Participa do coletivo Brasileirando, grupo de pessoas que se unem para viajar e retratar a vida de algumas comunidades tradicionais brasileiras. Com interesse por temáticas diferentes e que se somam para realizar oficinas, exposições e outros eventos, buscam se envolver com temas como música, educação, sustentabilidade e permacultura. A permacultura é uma metodologia que envolve a criação de propriedades sustentáveis, envolvendo tudo o que faz parte de um ambiente, aproveitando os recursos naturais disponíveis de forma harmônica e valorizando a autonomia dos indivíduos para a produção de alimentos e demais demandas.

Lopes é permacultor, já participou de diversos cursos e eventos na área e seu trabalho tem como foco principal a alimentação, dentro do contexto da permacultura, visando maior autonomia na cozinha e redução do consumo de industrializados. Seu interesse pela gastronomia

surgiu há sete anos. Mas depois que foi morar sozinho, aos 21 anos, seu talento desabrochou. Com a influência dos amigos e a busca por uma vida mais saudável, partiu para a culinária vegetariana e vegana. Grande parte do seu conhecimento provém de suas experimentações diárias.

Atualmente, mora em Blumenau e trabalha na prefeitura de Gaspar. Como renda extra, trabalha com uma Kombi, conduzindo-a para diversos locais em que atua. A Kombi tem uma estrutura básica que o ajuda a preparar os alimentos. Funciona como uma espécie de food truck e a comida é artesanal. O jovem possui pretensões futuras de trabalhar com produção de alimentos orgânicos, culinária em geral e educação ambiental com a intenção de contribuir para um mundo mais justo e harmônico.Bruno Lopes é uma das atrações do GT Culinária, em destaque nos dias 19 e 20 de setembro, na quarta edição do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

Um idealista do conceito vegetariano

Moderador: Bruno Henrique Lopes

Acadêmicos de jornalismo da FURB: Deise Antunes dos Santos

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 18: MAGAZINE COLMEIA 2015

GT de Dança fará seis apresentações na quarta edição do COLMEIA

Na edição 2015 do COLMEIA, que ocorre nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes, novos Grupos de Trabalho (GTs) surgiram para ampliar o evento. Um deles é o GT de Dança, que até o ano passado fazia parte do GT de Cênicas, junto com os grupos de teatro, pois não havia um número suficiente dessa área no Coletivo.

O evento COLMEIA, que surgiu em 2012, parceria do Coletivo com o Teatro Carlos Gomes, promove uma importante ação no cenário cultural, com o objetivo de integrar artistas de diversos segmentos e linguagens, proporcionando espaços para apreciação e contemplando a produção de artistas de Blumenau e região. Para este importante evento na cidade, o Teatro Carlos Gomes cede o espaço e o artista a arte para que essas produções artísticas cheguem aos mais diversos públicos.Todos os dez Grupos de Trabalho que participam do evento têm seu moderador. A partir desse ano, Jão Nogueira começou a articular com os grupos e artistas de dança que irão participar. Segundo ele, o GT Dança terá mais representatividade e uma atuação ainda mais forte no Coletivo. Nogueira, qualificado em cursos da área, dançarino e coreógrafo, ainda ministrará uma oficina de dança contemporânea no domingo (20) pela manhã.

Esse ano, seis grupos se apresentarão no evento. Dentre essas atrações, encontram-se diferentes modalidades, como: dança tribal, dança folclórica alemã, dança de salão, dança do ventre, dança de rua e ballet. Apesar do número grande de apresentações, apenas três grupos se exibiram nas últimas edições e os outros três serão novidade na edição deste ano.

A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Bianca Brehmer e Vanessa FagundesSupervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 19: MAGAZINE COLMEIA 2015

Movimento e arte. Ela nasceu em 1986. Dominique de Andrade é formada em Educação Física pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e também especialista em Dança do Ventre, Dança de Salão e Jazz. Há 11 anos é coreógrafa, dá aulas na sua própria escola, que se iniciou em maio de 2012. Já na escola participava das homenagens coreografando algumas turmas do pré a quatro anos, até formar seu próprio grupo para as competições, como, por exemplo, o “Gênere” modalidade de Jazz. Este grupo está na ativa novamente há três anos e irá se apresentar no evento do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas) 2015, atração destes dias 19 e 20 de setembro, realizada em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

De família católica, filha de Dona Anamaria, seu Alvaro e irmã de Richard, seus grandes incentivadores, desde os oito anos começou a dançar em projetos feitos nos bairros e na escola onde estudou em Blumenau, sua cidade natal.

Apesar de estar há tanto tempo dando diferentes estilos de aula, Dominique relata que o que mais lhe chamou atenção foi a dança árabe. Atualmente, seu centro de ensino conta com nove bailarinas, sempre buscando transmitir muito além do que a cultura árabe apresenta, sendo utilizada a técnica “Bellydancer”, onde a sincronia dos movimentos busca impressionar e encantar o espectador. O shows da Cia de Dança duram entre 30 e 50 minutos cada, mas para tanto tempo de apresentação assim, as horas de treinos semanais variam de seis a dez horas.

A coreógrafa explica que é necessário todo esse esforço e dedicação para que futuramente haja bons resultados. Ela conta que o grupo participa de festivais em Santa Catarina e no Paraná,

sempre sendo premiado por onde passa. Segundo Dominique, o encontro mais especial foi em um festival não competitivo, uma mostra de dança em Itajaí onde a Mestra Lulu Hartenbach conheceu a companhia e se encantou com o trabalho, indicando a própria Dominique como o trabalho de qualidade no Brasil, em que as apresentações tiveram a importância técnica e emocional entre as duas partes.

A paixão pela dança árabe é tão grande que além de criar sua própria escola participará do evento COLMEIA. Participa desde que o evento foi criado, em 2012, mas é apenas o segundo ano de seu grupo. Ainda nesse amor ela aponta os estilos de dança do ventre, dentre eles: estilos folclóricos kalig feminino, saidi e dadke tanto masculino quanto feminino.

“Alguns objetos usados na dança do ventre são elementos comuns como: véu, espada, pandeiro, wings, fan véu, candelabro, taças, adaga, véu duplo, véu poi, mas a cada dia que passa vem surgindo mais objetos modernos para tornar o show mais atraente para o público”, diz Dominique.

Hoje, ela dá aulas para pessoas entre 15 e 29 anos, mas antigamente já se restringiu para crianças a partir de 12 anos. Pertence ao Ballroomdance, onde se encontra um conjunto de dança que são usufruídos tanto socialmente quanto competitivos em todo o mundo, e por conta disso a dança de salão, que é assim traduzida para o português, também é amplamente apreciada no palco, no cinema e na televisão.

Dominique se apresentará no domingo (20), no teatro Carlos Gomes, às 17h.

Dedicação à dança

Moderador: Jão Nogueira

Sorteio: Cia de Dança do Ventre Dominique

Acadêmicos de jornalismo da FURB: Bianca Brehmer e Vanessa Fagundes

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 20: MAGAZINE COLMEIA 2015

Recorde de abelhas: evento COLMEIA 2015 conta com maior número de inscritos no GT Hip Hop

Música, dança e movimento. A quarta edição do evento COLMEIA (parceria entre Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas e o Teatro Carlos Gomes) registra um recorde de 40 inscritos no Grupo de Trabalho (GT) Hip Hop. As apresentações ocorrerão no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, nos dias 19 e 20 de setembro.

O Hip Hop é um movimento que abrange quatro elementos: MC, DJ, grafitti e a dança break. Todos esses movimentos serão explorados durante as apresentações nos dois dias, com entrada gratuita, possibilitando a visibilidade dos trabalhos e atividades, sendo uma troca cultural ímpar entre o público e os artistas.

Quem se dirigir ao teatro será recebido com a presença dos grafiteiros, que estarão demonstrando a originalidade de sua arte na entrada do Carlos Gomes. No sábado (19) ocorrerá a batalha de dança estilo break e no domingo (20) é a vez da batalha de freestyle, em que o MC irá criar rimas na hora, sem utilizar letra pronta. As batalhas estarão concorrendo à premiação.

Já no sábado à noite, o rapper e produtor Marrom irá ministrar uma aula de produção musical direcionada ao rap. O contexto aborda a discussão dos quatro elementos do Hip Hop e a construção do quinto, que é o conhecimento.

Dentro dessa filosofia serão proporcionados mais dois debates, o Debate Feminista: mulheres trabalhadoras - histórias e desafios atuais - proposta pela Profª. Ana Zultanski; e o debate Desconstruindo Pré-Conceitos, em que os ativistas convidados para a mesa são representantes do movimento negro, movimento LGBT, Feminista e da Marcha da Maconha. A cidade do evento, Blumenau, abriga o movimento Hip Hop há mais de dez anos, tornando-se um importante polo desse estilo. Nesta ocasião, o GT contará com 20 grupos locais, proporcionando a integração de diversos artistas de outros estados e de cidades da região como Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Lages, Rio do Sul, Timbó, entre outros.

Segundo a moderadora do GT Hip Hop, Janaina Palavra Feminina, o evento é muito importante para a cultura do Hip Hop, pois muitos que vão ao COLMEIA geralmente não frequentam o local e cria-se um ambiente agradável e acessível a todos, em que não há discriminação de classe, de cor ou religião. “Como dizia o idealizador Clovis Truppel, ‘o COLMEIA somos todos nós’”, diz. Não é de se duvidar que mais uma vez o evento será um sucesso, com um ambiente cheio de energia, onde vários caminhos se cruzam, histórias são compartilhadas e a multiculturalidade acontece. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Anna Clara Uliano, Joane Ribeiro, Luiza Cunha Andrade, Renato Luiz Becker de Britto e Tainá de Zutter AmorimSupervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 21: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Monalisa Oliveira

Sorteio: Marrom (Floripa)

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Renato Luiz Becker de Britto

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Eduardo Ferreira, rapper, produtor musical e proprietário do estúdio Unsom, é mais conhecido como “Marrom” pelos amigos e pelo público. De sua infância, tem boas lembranças, das brincadeiras com a irmã, grande companheira, que lhe cativou o amor pela música quando tocava na banda da igreja. Assim, Marrom, entre uma pausa e outra dos ensaios da irmã, mexia e tentava acordes no violão, bem como quando sua mãe era zeladora da igreja, ela aproveitava e batucava os instrumentos. Como resultado, aprendeu a tocar violão, baixo, teclado e bateria. A família não percebia todo o talento do menino, mas como ele mesmo diz: “Minha família sempre me apoiou, no sentido de entender que eu era diferente”.

Na escola, seu famoso apelido já existia. Uma professora por não lembrar nomes o chamou “o de marrom”, por ser a cor que vestia, e assim começou. Hoje em dia, se pedir por Eduardo, talvez não conheçam, mais fácil Marrom mesmo.

Na edição deste ano do evento COLMEIA ( do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), que acontece em parceria com o Teatro Carlos Gomes, nos dias 19 e 20 de setembro, o músico irá ministrar uma oficina pelo GT de Hip Hop ensinando produção musical de RAP, a vontade surgiu quando trabalhou com Janaina Palavra Feminina, que apresentou o evento em seu estúdio.

Com bastante experiência em projetos sociais com jovens e como educador social, Marrom decidiu compartilhar com mais pessoas o que sabe sobre RAP. A vontade de trabalhar com projetos sociais

começou quando foi apreendido na época de escola. No grupo em que estava alguns menores portavam uma arma de brinquedo. Passou cinco dias na Febem, na época chamada UAP, e quando saiu decidiu que um dia voltaria para lá, mas seria de uma forma diferente. Atualmente, está afastado dos projetos sociais, mas sempre que pode está presente neste tipo de iniciativa.

Nascido em Volta Redonda (RJ), mas criado em Santo André, veio para a cidade de Criciúma para continuar a trabalhar em projetos sociais e o convite surgiu em uma palestra. Nas idas e vindas, atualmente reside em Florianópolis, cidade que chamou atenção por ter um cenário muita grande no RAP, comparado com Criciúma. Integrou grupos como Radical Black, que veio a se transformar em Trama da Rima. Após seguiu carreira solo, mas para se dedicar ao estúdio Unsom precisou reduzir o número de shows. Continua trabalhando em sua carreira, e voltará com novos trabalhos em breve.

Com um lado religioso do começo de sua infância até a fase adulta, é um idealista nato, tem como princípios os valores familiares e afirma: “Tenho uma forma de encarar o mundo e a própria vida com uma tranquilidade que vejo que as pessoas acabam não entendendo”. Marrom é o tipo de pessoa que sonha em fazer sua família sempre feliz, algo simples, porque, como diz “o resto a gente corre atrás”. Quando fala, diz que dá uma vontade no coração de ajudar as pessoas, simplesmente por distribuir conhecimento e fazer o bem. Com certeza, quem o vê, não conhece todas as cores de Marrom.

Todas as cores de Marrom

Page 22: MAGAZINE COLMEIA 2015

Uma palavra; três letras. RAP. Quatro pessoas; um grupo. Segundo a matemática da música o estilo RAP ganhou mais um nome com grande potencial. Kill & os Ilhéus formou-se em 2015 e já conquistaram elogios de grandes nomes do RAP e do Hip Hop. Em poucas respostas foi possível ver o tamanho do amor e da admiração que Mateus Kill Martins (vocal), Kill, tem pela música. Ilhéus é uma junção de quatro artistas: Kill, Thayná Rafaela, Davyd Joaquim (Thug) e Schyprian. Com quase um ano de formação, já se mostram preparados para evoluir na carreira artística. Apenas com músicas autorais, trazem um som misturando o RAP com influências de diversos estilos, desde Racionais MC’s até Legião Urbana. O grupo surgiu a partir do convite de Kill a alguns amigos para falar sobre a realidade nas ruas e na periferia e hoje o quarteto é considerado uma pérola do RAP, que a cada música está mostrando seu brilho e valor.

Em sua fanpage, Kill relata que aos cinco anos sua mãe faleceu, teve de presenciar a prisão do pai, durante quatro anos fez tratamento psicológico e até chegaram a pensar que ele sofria de autismo. Para muitos ele teria todos os motivos para entrar no mundo que o rodeava, o mundo do crime. Mas ele preferiu um espaço diferente, um lugar que lhe proporciona felicidade, o mundo do RAP. Com apenas 19 anos de idade, Kill é um exemplo a ser seguido, pois mesmo com tantas tristezas continuou em busca da felicidade. Em menos de seis meses junto com os Ilhéus lançou um álbum intitulado de “Raízes e Cicatrizes”.

Nascido em Florianópolis, ou seja, um manezinho da ilha, tem na criatividade o seu forte, tanto nas letras de RAP como em seu trabalho de designer. Com ensino médio completo, os estudos o influenciaram na trajetória musical, pois na quinta série conheceu a poesia e se encantou com musicistas que não são do Hip Hop, como Cazuza e Legião Urbana, o que lhe trouxe uma mistura de influências que refletem nas suas canções - sem perder a essência do RAP. Numa frase da Legião Urbana, encontramos algo que define Mateus aos olhos de quem o vê pela primeira vez: “Podem até maltratar meu coração. Que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar”.Mesmo a distância, Mateus é atencioso e se

comunica bem pelas redes sociais, onde ele está sempre e disposto a divulgar seu trabalho. Mesmo quem não é especialista em música pode garantir que Kill & os Ilhéus estão abrindo as portas para o sucesso. Um detalhe que chama a atenção é que, infelizmente, mesmo sendo um grupo novo, eles já sofrem com o preconceito musical.

Uma grande oportunidade de quebrar esse preconceito é o evento COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas) que ocorre na cidade de Blumenau. O grupo irá se apresentar no dia 19 de setembro (sábado), às 21h30, no Salão Centenário, do Teatro Carlos Gomes. É a primeira vez que eles participam do evento, mas desde já demonstram grande expectativa e gratidão por se apresentar e trocar conhecimentos com outros nomes do RAP e Hip Hop que estarão no local.

Homem sonhador e batalhador, que fez da dor motivo para se erguer a cada queda. Mateus, que tem o olhar para o Brasil inteiro e o desejo de conquistar respeito ao RAP e ao seu grupo, conta que o que chama mais atenção nas apresentações não são só as rimas bem feitas ou a batida contagiante, mas sim a sincronia do grupo.

“Ilhéus é uma iniciativa de autoestima da comunidade e do cenário do RAP. A gente dispõe a ajudar todos e mostrar o caminho do RAP”, relata Mateus.

Com tantas dificuldades na vida, no sistema, no país, a vida tornou-se um lugar escuro, sombrio e vazio, como um túnel. O RAP trouxe para Mateus, e tantos outros, a luz. Metaforicamente, mas a luz é o que os guia para um lugar melhor, uma vontade de fazer melhor. “O RAP representa a luz, salvação, liberdade, é a minha felicidade. Sem ele eu veria o mundo de só um ângulo, o RAP é meu pai toda hora”, explica Mateus, emocionado e agradecido.

Para todos que têm um túnel escuro, existe uma luz, seja o RAP, dança, leitura, entre outros... O importante é não desistir de encontrar e, quando encontrá-la, fazê-la brilhar.

Luz no fim do túnel

Moderadora: Janaina Palavra Feminina

Sorteio: Ilhéus (Floripa)

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Tainá de Zutter Amorim

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 23: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Monalisa Oliveira

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Luiza Cunha Andrade

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Monalisa Oliveira estava de cabelos trançados, uma forma de demostrar o orgulho da cultura negra. Ela tem 28 anos, nasceu e passou parte de sua adolescência no Litoral Norte de São Paulo. Em seguida morou em duas cidades do Vale do Paraíba (SP) e há quatro anos o seu irmão mais novo veio morar em Timbó a trabalho. A partir daí ela se interessou em conhecer melhor o Estado de Santa Catarina e optou por conhecer Blumenau. Acabou decidindo morar na cidade jardim, onde reside com uma amiga. Trabalhava como vendedora e agora com estética, de maneira autônoma. Independentemente dos diversos endereços em que morou, ela traz em sua bagagem muito aprendizado que a vida e esses lugares lhe proporcionaram.

Seu nome tem ligação direta com a música. Chama-se Monalisa por conta de uma canção homônima do cantor Bebeto. Os pais acharam por bem batizar-lhe assim e, por essas coisas do destino, a música tem um ritmo de samba que também é um símbolo da cultura negra brasileira. Faz todo o sentido, porque também é seu gosto musical e seu estilo de vida. A letra traz um ar calmo e tranquilo, exatamente como Monalisa é.

Nos momentos de folgas, é MC. Quando o assunto é Hip Hop, é possível sentir o amor pelo gênero musical que veio de berço. De família humilde, nasceu na periferia e sua mãe na adolescência já curtia RAP e é a partir desse ponto que tudo se inicia. Monalisa diz que o Hip Hop está presente em sua vida de várias formas, desde o que ela escuta até a forma de se vestir, no seu dialeto e acredita que seja uma forma de liberdade de expressão, dando voz ao povo da periferia.

Em Blumenau, conheceu o evento COLMEIA, onde se inscreveu para participar como artista no Grupo de Trabalho (GT) Hip Hop. O evento já estava em sua segunda edição, em 2013, e

foi a partir dessa sua primeira participação que começou a se aproximar e se envolver tanto com o GT Hip Hop. Virou uma das moderadoras do grupo, responsável pelos MCs.

O COLMEIA, Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas, traz há quatro anos, em parceria com o Teatro Carlos Gomes, a realização de um evento que é formado por pessoas de vários gêneros artísticos e culturais de Blumenau, da região e de toda Santa Catarina. Este ano acontecerá nos dias 19 e 20 de setembro, no sábado das 10h às 3h e domingo das 10h às 24h, no Teatro Carlos Gomes, e a entrada é gratuita. O Coletivo COLMEIA é a junção de vários grupos, artes visuais, teatro, música, dança, cinema, artesanato, culinária, literatura, oficinas e hip hop, e é interessante observar que o Hip Hop ficou desvinculado ao GT Música. Monalisa conta que isso acontece porque o Hip Hop tem suas vertentes como, por exemplo, o graffiti que é uma expressão visual, o break, que é uma expressão corporal e o RAP e o Dj ficam vinculados à música. Então é dessa maneira que o Hip Hop se torna um grupo único.

Monalisa Oliveira acredita que o movimento COLMEIA não é um simples evento, ele representa para os participantes do grupo Hip Hop uma oportunidade para levar a comunidade ao teatro e ter acesso a outras culturas e também por poder compartilhar suas culturas com outras comunidades.

Por último e não menos importante é visível que Monalisa é uma mulher que sempre batalhou pelos seus sonhos e objetivos, tem muito orgulho do seu estilo de vida e das pessoas que estão no meio e ao redor dela. Acredita que é possível unir pessoas de várias culturas, gêneros e etnias sem preconceito, em nome de uma linguagem sem tradução: a arte.

Abelha-rainha

Page 24: MAGAZINE COLMEIA 2015

“Foi como se o RAP fosse uma bolsa de sangue e todas as pessoas do mundo estivessem com Hemorragia e eu queria ser o doador de sangue. “O Negativo” (universal)”. Esse foi o sentimento do garoto que, aos dezesseis anos, escutou uma música, e então começou a cantar RAP também. Um garoto que se chama Leonardo Vieira, mais conhecido por seu apelido, Nado. Cresceu Morro do Horácio, em Florianópolis, local conhecido pelo crime. Tem fama de que a comunidade toda é violenta, todos são bandidos. É uma das rotas de fuga da Penitenciária de Florianópolis, e sempre tem apreensões de drogas e armas. Leonardo já foi demitido injustamente de um emprego só por morar ali, já teve arma apontada para ele, já viu amigo morrer, já sofreu violência policial, já teve a imagem manchada por jornal que disse que seu ex-grupo de RAP era patrocinado pelo tráfico.Mas Nado vê o lugar de um jeito diferente. Vê que a maioria das pessoas, que lá vivem, são trabalhadores honestos, que apenas querem o melhor para suas famílias.

“As armas de fogo não nascem em árvores, não existe plantação de coca, vem de fora todo o poder do tráfico de drogas, lucram bem mais com o Morro na vida criminal, a nossa violência é financiada, se aproveitam da nossa miséria e da falta de informação, criam e matam monstros na “Ilha da Magia”, com certeza tem alguém sentado numa poltrona massageadora contando dinheiro e morando bem longe do Morro, gozando com o sangue e a liberdade da comunidade”, diz Nado.

Derrubar a imagem formada do Morro do Horácio pode ser difícil, mas Nado quer fazer algo pelas pessoas que lá vivem, mas não são vistas. Aproveitando que o RAP tem força dentro das comunidades carentes, é o meio para ajudar as pessoas, ensinando a amar os inimigos, porque assim se conhece as fraquezas e a força,e, no meio disso, tentar salvá-lo ou derrotá-lo. “É tipo as ruas desenhando a onda e o RAP enchendo ela de água”, comenta.

Hoje, Nado canta sozinho. Já cantou nos grupos

Reflexão MC´s e no Poseidon MC´s. Em breve lançará seu primeiro clipe e tem ajuda da Unsom Produções, mas no começo sem todos os atributos, era complicado. Ele usava o computador do sobrinho para fazer suas letras, porém em cima de uma batida que já existia.

O rapper faz apresentações em eventos locais, em casas noturnas do cenário Hip Hop. A maioria dessas apresentações são em comunidades carentes, poissão o berço do RAP.Mesmo sendo isso que quer fazer, não tem a preocupação de ser famoso, por considerar que a fama é passageira e quando um famoso morre, torna-se insignificante. O cantar sozinho é parte disso, pois deixando sua obra, Nado será lembrado. Quer ser importantepara a comunidade e que as pessoas sintam falta dele pelo que fez. Nado é uma pessoa realizada, mesmo que ainda não possa sobreviver somente das músicas. Agradece as conquistas e também o público que admira suas músicas, e acrescenta: “Se eu morresse amanhã, eu morreria com erros e acertos da vida, mas morreria grato pela minha existência”.A decisão de cantar sozinho também faz parte dessa ideia, pois o rapper acredita que a vida é muito curta para ser pequena, assim arriscando em uma carreira solo.

Para Leonardo, um momento marcante na vida foi quando se tornou pai. E como Nado, um dos momentos mais marcantes foi quando soube que várias pessoas, entre homens e mulheres, haviam chorado escutando a sua música “O Colecionador de Ossos”.

O rapper se apresentará no evento COLMEIA 2015 no sábado (19) pela primeira vez.Ele irá participar de uma batalha de rimas. Inscreveu-se a convite da rapper Janaina (Palavra Feminina), que foi a única que aceitou gravar um refrão de uma das músicas dele. Quando soube que o COLMEIA era um evento cultural, gostou da ideia por ser uma ótima oportunidade de trocar informações e fazer o que mais gosta: cantar a vida.

O rapper do Morro do Horácio

Moderadora: Monalisa Oliveira

Sorteio: Nado (Floripa)

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Anna Clara Uliano

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 25: MAGAZINE COLMEIA 2015

Obrigado, Risco!

Tive muitas oportunidades na vida, e conviver com grandes personalidades foi uma delas. Conheci a Clovis Truppel através de sua obra, organizávamos uma exposição no Museu de Arte de Blumenau (MAB), quando ao lado de Rafaela Bell fomos ao seu ateliê. Na casa da tia, o Risco (Clóvis) gravava (pirografava) traços marcantes em caixas de feira. Recordo o impacto que me causou aquelas mulheres que entre nós de madeira e ripas expressavam olhares doces e fortes, o olhar de Truppel.

Para além de sua produção, Clóvis teve sua faceta “artivista”, engajado nas causas culturais, acompanhando os passos da gestão pública, as decisões na esfera política que poderiam afetar a fruição cultural, a ocupação de espaços ociosos e a luta pela valorização da arte em todas as suas expressões.A ideia de realizar o evento COLMEIA surge em um momento em que a classe cultural vivia um cenário complicado, de muito conflito com as instituições oficiais de cultura. Reuniões acaloradas, protestos com panelaço, onde até críticas a gestores tornaram-se processos judiciais.

Mas a arte se reinventa, e a proposta do COLMEIA reunia muitos quereres: aproximar os artistas, ocupar o Teatro Carlos Gomes, integrar a comunidade através da cultura, revelar talentos, dar vazão as produções autorais, promover o encontro... Neste ambiente, a ideia surge, é apresentada ao Teatro que topa realizá-lo em parceria.

Começam os trabalhos para realizar o primeiro COLMEIA. A presença do Clóvis nas reuniões marcava uma informalidade aconchegante, onde,ainda hoje,as tantas e tantas tribos da tradicional colônia Blumenau se encontram, tendo espaço, vez e voz. Artistas de tantas linguagens se aproximam, na maioria tímida, reconhecendo o território do Teatro que para muitos era um ambiente totalmente inexplorado.

“O COLMEIA somos nós”, “chega junto”, “paz,amor e queda livre”, repetia Clóvis Truppel, chamando o povo para estar presente nas reuniões, para aderir ao movimento, para se fazer presente nas reuniões. Passamos a compartilhar nossas presenças e nossos pensamentos, e, aos poucos, amalgamamos um grande grupo, heterogêneo, em torno da ideia de ser coletivo, de pensar em um todo, de realizar movimentos, de fazer a arte chegar às pessoas.

A figura de Clóvis Truppel deixa saudades pela marca que deixou. Imprimindo a cidade com seus traços, gravando nossas memórias com seu estilo forte e delicado, como o olhar presente em suas obras. Obrigado, Risco! Sua obra segue impressa na cidade e em todos nós que tivemos a oportunidade de conhecê-lo.

Rodrigo Dal Molin

Page 26: MAGAZINE COLMEIA 2015
Page 27: MAGAZINE COLMEIA 2015

Grupo de Trabalho de Música do COLMEIA se destaca pela quantidade de inscrições e talentos da região

Atrações multiculturais. Durante os dias 19 e 20 de setembro, o Teatro Carlos Gomes de Blumenau irá receber a quarta edição do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas (COLMEIA). O evento conta com vários grupos de trabalho, conhecidos também como GTs. Dentre as categorias, o GT de Música se destaca pela quantidade de inscritos, 52 ao todo, o que mostra a força do coletivo e o crescimento da cena musical em Blumenau. Os outros GTs são de dança, artes visuais, culinária, hip hop, artesanato, oficinas, cinema, literatura e artes cênicas e têm como principal função divulgar o talento e as habilidades dos artistas da região, além de fornecer cultura para a população. As apresentações iniciarão às 10h do dia 19, até as 3h da manhã, e no dia 20, das 10h às 24h. É um evento gratuito e que não visa lucro por ser colaborativo.

O COLMEIA deste ano teve recorde de participantes, com um total de 276 inscrições. Destas, 216 farão apresentações. O sucesso do GT de Música já havia sido registrado nas edições anteriores do evento, uma vez que este sempre foi o mais concorrido dos Grupos de Trabalho. Luís Guilherme Holl, moderador do GT, mostra-se bastante entusiasmado com o evento e garante que a música será muito bem representada. Segundo ele, cada vez mais os artistas inscritos estão se envolvendo para fazer do COLMEIA um sucesso.

Há uma gama bastante diversificada de estilos, o que indica a representatividade de artistas da região. “Vai ter muita música de qualidade, muita música boa”, promete Holl. Entre os estilos, destaque para a música erudita, jazz, blues, folk, rock, hip hop, samba, ruído e outros, agradando ainda mais o público,

dos mais variados gostos. Os participantes preservam uma relação de cooperação, uma vez que são eles que decidem entre si as ordens das apresentações e as regras para o desenvolvimento

do programa durante os dois dias do evento. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Brenda Bittencourt, Richard Ferrari, Odair José

da Silva, Natália Minich e Gilliard Roden.Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 28: MAGAZINE COLMEIA 2015

Muitas pessoas escolhem a música, mas na realidade, a música escolhe poucas pessoas. Quando isso acontece é sinônimo de um trabalho feito com muito prazer e amor. Esse foi o caso do músico, cantor e compositor Max Bularque, de 51 anos.Filho de pai também músico, nascido e criado no Rio de Janeiro, logo começou a sofrer influência cultural do próprio bairro. Com apenas 11 anos, comprou o seu primeiro violão e aprendeu a tocar os acordes iniciais sozinho, iniciando aí sua jornada musical. Com a parceria do violinista Ricardo Mendes, que se tornou um grande amigo, Bularqueconheceu o Samba, a Bossa Nova e a MPB dos grandes festivais.A partir daí, tocou em vários locais da cidade maravilhosa e fez várias participações e composições com nomes da música local.

Algum tempo mais tarde, na década de 1990, foi morar na Europa, mais precisamente na Suíça. Apesar de estar longe de sua terra natal, não esqueceu de suas vertentes e por lá também fez várias participações com a “Banda Brasil”, uma banda totalmente formada por músicos brasileiros que lá residiam e chegou inclusive a fazer uma apresentação especial com a banda, no Kaufleute, na cidade de Zurique, na abertura do show de um dos cantores que ele mais admira, Djavan.

Alguns anos depois, retornou ao Brasil e formou em São Paulo uma Banda chamada“Cavaleiros do Após Calipso”. Em 2001, quando retornou ao Rio de Janeiro manteve seu foco na produção e no desenvolvimento de bandas locais. No ano de 2007 mudou-se para Blumenau devido ao trabalho.Achou a cidade encantadora e por aqui ficou. Como já era de se esperar, apesar de Blumenau ser considerada uma cidade de cultura alemã, há lugar também para um bom samba e MPB e é claro que Bularque fez grandes parcerias,tocando com alguns nomes locais e deixando sua marca registrada na cidade.

Um homem tranquilo, brincalhão, que prefere ver o melhor das pessoas e viver sua vida, do que se preocupar com os defeitos dos outros, leva a seguinte frase durante sua caminhada: “A verdade está na vida e a vida está nos momentos”.

Bularque já fez cursos de música e sabe tocar quase todos os estilos.Além de saber tocar violão, também sabe alguns instrumentos de percussão. Ele é técnico em geografia e estatística, atualmentetrabalha com a música e é funcionário público federal. Apesar de sua jornada dupla, ele sempre acompanhou e se inspirou em grandes nomes da música brasileira como Chico Buarque, João Bosco, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, entre outros.

Max Bularque já é veterano no COLMEIA(Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas),e participou de todas as edições do evento(parceria do Coletivo com o Teatro Carlos Gomes)e inclusive já foi moderador do Grupo de Trabalho (GT) de Música no ano de 2013. Este ano não será diferente, ele irá marcar presença e mostrar o seu trabalho na quarta edição doCOLMEIA, no sábado (19), às 20h30,no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau.A música muitas vezes proporciona uma relação íntima com o músico, que nem sempre se consegue explicar, é um exercício de bom humor e harmonia, que pode promover viagens a lugares, às vezes, inimagináveis. “Acredito que cantar e tocar é um dom, vem de dentro pra fora”, afirmaBularque. Quando perguntado sobre o que a música lhe representa, o músico é direto e claro: “Sentimento!”. Assim MaxBularque vai levando a sua vida e a sua carreira, transformando a vida para melhor e trazendo boas sensações com a sua música, ou melhor, com o seu sentimento.

No ritmo brasileiro

Moderador: Luis Guilherme Holl

Sorteio: Max Bularque

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Odair José da Silva

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 29: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: Luis Guilherme Holl

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Brenda Bittencourt

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Nascido na cidade de Blumenau, o cantor, compositor, musicista, estudante, professor e voluntário do Coletivo COLMEIA, Luís Guilherme Holl, de 27 anos, dedica a maior parte do seu tempo à música. Aos nove anos encontrou em sua casa um violão que fora abandonado pela sua mãe e desse momento em diante o interesse pela música virou dedicação. Aos 12, começou a estudar e tocar guitarra, depois baixo e então bateria. Também aprendeu a tocar flauta, acordeom, gaita de boca e escaleta.

Ainda na adolescência,montou sua primeira banda na qual tocava os acordes das cifras de revistinhas.Mais tarde, quando já tinha 16, montou uma banda de Trash Metal chamada “Terror”. Começou aí a estudar harmonia e enjoou do metal. “Para mim, era muito previsível”, conta Holl sobre o Trash Metal.Conheceu a bossa nova, a tropicália, e mais a fundo o rock nacional, decidiu por tanto sair da banda, não só por ter conhecido outros estilos musicais mas principalmente pelo fato de que o outros integrantes que compunham a banda tinham preferência por fazer cover, diferentemente de Luís. “Quando conheci Edu Lobo e Chico Buarque me surpreendi, e fiquei pirado no som, na poesia e harmonia dessas músicas!”, diz.

Alguns anos depois de sair da “Terror” se juntou a banda “O Herege”, onde tocavam músicas autorais. Em 2013, resolveu sair da banda por não ver interesse dos outros integrantes. Desde então está procurando por pessoas para formar uma nova banda. Holl contou que só este ano já falou com quatro bateristas.Não é de uma família de músicos, no entanto, isto não nunca foi problema, porque sempre teve todo o apoio que precisou.Estudou economia por dois anos. Neste tempo fez o concurso para trabalhar no Banco do Brasil, foi chamado e como estava desempregado na época, resolveu tentar. Mas não deu certo, não era o que ele realmente queria.

Mesmo nunca parando de estudar violão, não tinha isso como foco principal. Foidepois que pediu demissão do banco que começou a dedicar seu tempo e suas energias exclusivamente para fazer música, e para estudá-la. Iniciou então sua graduação em Música na FURB, na qual já fez parte da “Camerata de violões”.Como professor de Música já deu aula em algumas escolas de Blumenau. Atualmente, leciona música em uma escola municipal, além de ser professor particular. Mas não é só na música que ele se realiza como pessoa.Nos palcos de

teatro também, fez peças como: Melan e Colía (dois palhaços tristes que tocavam músicas), Luís no acordeom e seu amigo, Matias Gatto, no clarinete) e ParSeria (na qual faz duo com a amiga Fernanda Raupp). Ainda para este ano, está preparando mais um duo com um amigo violinista, ele conta que será violão e violino e que os dois pretendem fazer o público viajar com este som.O compositor conta que um de seus hobbies é arrumar seu fusca e viajar com ele. “Ano passado viajamos em cinco, de Torres (RS) a Búzios (RJ). E quero viajar de novo esse ano”, complementa.

Hollé um dos moderadores do GT de Música da quarta edição do evento COLMEIA (parceria entre o Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas e o Teatro Carlos Gomes) e conta que tem sido maravilhoso trabalhar com este projeto. Está envolvido com o projeto desde o início, em 2012, foi um dos proponentes. O voluntário contou que foi este ano que começou mais forte esse “negócio” de alguém tomar a frente e coordenar/moderar. Nas três edições anteriores do COLMEIA quem sempre esteve presente na organização de todos os GT’s foi artista ClovisTruppel, um dos idealizadores do projeto, que morreu no ano passado. “Esse é o primeiro COLMEIA sem ele... a coisa ficou bem diferente, criou um ar mais autônomo. É um trabalho que me satisfaz por que vejo o resultado, e o resultado é um bem coletivo”, explica.

Ainda sobre o trabalho voluntário, Holl explica: “Eu quem havia começado o “Vamo se uni na prainha”, levando bandas e etc, inclusive as bandas mais ativas no “vamo se uni”, o pessoal que mais ajudava lá, é o que mais “pega junto” no COLMEIA também. Já me voluntario a esse tipo de coisa há muito tempo. Principalmente com o “Vamo se uni”, vejo que o trabalho rende resultado imediato”.As principais inspirações de Hollna música e para fazer todos esses trabalhos são Jesus Cristo, Chico Buarque, Edu Lobo, Villa-Lobos e Vinícius de Morais.Uma frase que o define é “Caminhando contra o vento / sem lenço, sem documento” da música de Caetano Veloso, “Alegria alegria”. O músico irá se apresentar no COLMEIA com seu trabalho de composições próprias só com voz e violão no domingo.Luís Guilherme Holl dá um conselho para quem, assim como ele, é apaixonado por música: “Estude!”.

Dedicação e comprometimento a serviço da música

Page 30: MAGAZINE COLMEIA 2015

No OneElse será uma das bandas do GT de Música que se apresentará no COLMEIA 2015, que será realizado nos dias 19 e 20 de Setembro, evento promovido pelo Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas, e realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes, em Blumenau.

A banda que conta com Joana no vocal, Cintia no baixo, João Carlos na guitarra, e Misael na bateria, foi formada em Blumenau no início de 2012.Após seis a sete meses já contavam com um bom repertório de músicas e começaram a fazer apresentações em casas noturnas e alguns festivais da região.

Com um nome diferente e próprio para o som do grupo, “No OneElse” ou “Ninguém Mais”, conta que não tem um gênero musical em especial: “Gênero é coisa complicada, nossa base musical é puxada para o metal, mas não nos preocupamos em rotular nada do que fazemos. Priorizamos a boa música, melodias e bons arranjos de cordas”,

diz Cintia Conzatti, baixista da banda.Para eles, o COLMEIA é um evento importante, pois abre uma oportunidade de mostrar o trabalho para um novo público e tornar a mostrar o som da banda a quem já conhece.

Com a preocupação de sempre dar o seu melhor em qualquer evento e criar seu próprio destaque, os integrantes da No OneElse revelam que não são uma banda definida musicalmente, mas que sabem o que querem, ter boas composições.Eles deixam claro que suas músicas são feitas para pessoas que gostam de Rock, que curtem pegadas pesadas, misturadas a uma forte e diferenciada melodia de voz, já que é um som guiado por uma voz feminina.

O grupo promete dar o seu melhor na quarta ediçãodo COLMEIA, com a apresentação de cinco composições próprias e mais cinco ou seis covers, convidando assim a todos prestigiarem o evento, dizendo que vale a pena ouvi-los.

Sem rótulos. Apenas boas músicas

Moderador: Luis Guilherme Holl

Sorteio: No Onde Else

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Natália Minich

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 31: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: Luis Guilherme Holl

Sorteio: Passaro Louco

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Richard Ferrari

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Um nome que combina não só no sentido da música. Pássaro louco não é por acaso. Luciano Sievers, blumenauense, é o vocalista da banda e há 30 anos é piloto de asa delta. Uma de suas músicas foi batizada de Pássaro Louco, que posteriormente se transformou na identificação de seu grupo. Além de Sievers, a banda conta ainda com um contrabaixista e um baterista. Entre eles, Luciano é o único que tem formação no meio da música: tem diplomas de violão clássico e vocal, além de 10 anos de Coral do Teatro Carlos Gomes e mais 12 anos de piano. Eles não vivem só da banda, têm outros empregos simultâneos.

Durante as apresentações,Sieversutiliza, quase sempre, camisas que fazem referência aos estilos músicas da banda. Uma roupa simples, mas que significa muito para ele. Quase sempre sentado, pois toca mais de um instrumento ao mesmo tempo. O violão, a gaita de boca e bateria, além do vocal, juntam-se em um só som nas mãos, pés e boca de Sievers.

O grupo tem como principais estilos musicais o rock, blues, reggae, MPB e punk. Como influencias aparecem nomes internacionais e nacionais, tais como Bob Marley, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Rita Lee, Raul Seixas, Lulu Santos, Natiruts, Pink Floyd, Pearl Jam, Capital Inicial, O Rappa, Camisa de Venus, Zé Ramalho, Djavan, Neil Yang, Casa das Máquinas, Lobão,

Titãs, Nirvana, Beto Guedes, Plebe Rude, Santana, DeepPurple, The Beatles, Pixies, Rolling Stones, Led Zeppelin, Tim Maia, Alceu Valneça, Zeca Beleiro, Stone TemplePilots, Alice inChains, The Cure, Eric Clapton e Gilberto Gil.

O Pássaro Louco ainda tem um CD lançado, porém Sieversdestacou que está agendando uma viagem internacional para buscar um aperfeiçoamento de sua técnica. Posteriormente, a ideia é iniciar o sonho de gravar o primeiro trabalho. Além das canções de suas bandas influentes, o grupo também tem canções autorais. Esse trabalho é relativamente novo para Sievers. A banda ainda não tem uma agenda de shows lotada, está se colocando no cenário musical regional aos poucos, com a maioria de músicas autorais.

O COLMEIA 2015 será o primeiro para Sievers. Nas edições anteriores ele participou, mas como um ouvinte e amante da cultura expressada no evento. A apresentação da Pássaro Louco, que acontece no sábado, dia 19, às 17h30, terá somente canções autorais. Nessa ocasião, Sievers fará a opção de tocar como “monobanda”, que consiste em bateria, gaita de boca, violão e vocal ao mesmo tempo feitos por um só músico.

Loucuras de um pássaro musical

Page 32: MAGAZINE COLMEIA 2015

Jovem do Sul do Brasil, catarinense, blumenauense nato. Filipe Burgonovo é de família humilde e batalhadora. Tem uma mãe guerreira, que nunca deixou de zelar pela educação dos filhos e sempre ajuda os mais necessitados e um pai digno de respeito, foi trabalhador da Defesa Civil, ajudou nas piores enchentes do Vale, nunca hesitou em discutir por uma política mais correta e ética. Filipe Burgonovo, um rapaz alto, magro, que com 17 anos começou a estudar música na Universidade Regional de Blumenau (FURB), algo normal para quem gosta de música, mas não para quem estava a descobrir a sua vocação na vida.

A Camerata de Violões o encantou, o fez ver quanto o violão clássico estava presente em si. A cada dia que se passou na Camerata o fez querer aprender mais. A vida é feita de decisões e este garoto loiro de olhos claros e pele clara decidiu abandonar a Camerata. Mas jamais a música, que já consistia uma base para seus planos. Planos que talvez o tornasse louco e irresponsável para muitos, mas não para este adolescente que decidiu abandonar o seu trabalho, aprofundar seus estudos, melhorar suas técnicas e conquistar um público. Seu trabalho musical é reconhecido por ser diferente, autêntico e inovador. Seu estilo diferenciado o faz único no Vale, talvez no Estado.

Nesse processo de amadurecimento, as cordas de violão tatuadas em seu braço esquerdo revelam a sua história, a sua decisão. Como ele mesmo diz: “Após eu decidir ser músico, quis deixar isso marcado na pele, pois de agora em diante isso será minha vida e da minha vida farei música”.

Hoje, com 22 anos e mais maduro, é independente e crítico. Maduro por seguir seu próprio estilo sem se abater por alguns bares e pubs que rejeitam suas músicas por não serem clichês e nem comerciais. Independente por decidir morar sozinho há um ano. Crítico por não aceitar um Brasil corrupto e seu mundo de regras. Regras em que, decididamente, ele não se encaixa. Talvez sua vida seja um sonho para muitos e para outros seja só uma forma de fugir de problemas. Mas para ele comer com pressa, estudar com pressa, fazer com que a vida passe depressa é um desperdício de tempo. Afinal,

deveríamos ter mais tempo para nós mesmos do que sermos obrigados a cumprir tais regras da sociedade.

Finger style e Lap tapping é o seu próprio estilo. Mas seu estilo de se vestir o difere do que sua música apresenta. Estilo surfista quando está livre, suas bermudas largas, suas camisas regatas, seu cabelo de corte médio, seu gosto particular por praia e natureza em meio a uma semana de trabalho ficam às escuras quando se apresenta. Seu jeito humilde, sua fala coesa e sua atitude com o público essas sim representam o que de fato ele é.

De pés descalços, sempre sorridente e com uma mente aberta, Filipe Burgonovo busca seu espaço. Espaço conquistado com competência e admiração por cada toque que dá em seu violão. Que se compara a sua própria batida de coração, pois trabalhar com arte é trabalhar com emoção. Como em um teatro, a vida lhe aplicou uma peça. No dia 31 de agosto seu pai veio a falecer. A dor foi e ainda é imensa, mas o que seu pai fez por muitas pessoas e principalmente para si mesmo mostra o quanto ele foi importante e ainda será para sua carreira e sua vida. Como Burgonovo escreveu em sua rede social: “O que mais me dói é você ir assim de repente, mas saiba que você ainda estará vivo dentro de mim”.

A cada apresentação desde o acontecido, Felipe homenageia o pai mesmo que dentro de si. Como em um até breve, Burgonovo vai ditando seu ritmo, a cada show a cada sonho realizado, o faz querer crescer ainda mais e buscar o maior de seus sonhos. Fama internacional? Talvez seja isso, mas a verdade é que suas músicas tocam corações, não têm preconceito e não escolhem etnias. Conquistar o público em geral sem sofrer preconceito pelo estilo que ele mesmo escolheu. Talvez esse sim fosse o sonho perfeito, e que ainda possa ser conquistado. Burgonovo vai se apresentar no Teatro Carlos Gomes, no sábado (19), às 23h30. Essa será a sua terceira participação em uma edição do evento COLMEIA.

Acordes de uma vida

Moderador: Luis Guilherme Holl

Sorteio: Filipe Burgonovo

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Gilliard Roden

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 33: MAGAZINE COLMEIA 2015

Atrações literárias de Santa Catarina serão destaque no evento COLMEIA, em Blumenau

Livros, poesia e coletividade. Acontece nos dias 19 e 20 de setembro a apresentação de 17 atrações literárias de diferentes estilos no GT de Literatura, da quarta edição do COLMEIA, evento cultural realizado no Teatro Carlos Gomes. O GT Literatura é exibido desde a primeira edição, nos dois dias e em todos os favos do evento. Segundo a moderadora Terezinha Manczak, esse grupo de trabalho visa abranger as mais variadas formas de apresentação e estilos literários de escritores, contadores de histórias e amantes da literatura. O COLMEIA é uma atividade plural e colaborativa que ocorre desde 2012, com objetivo de compilar diversas intervenções culturais e proporcionar aos artistas espaço para fomentar sua arte e o contato com o meio artístico, segundo a carta informativa do Coletivo. “Nesta edição há participação de autores regionais, a exemplo de Blumenau, Joinville, Gaspar e Brusque. O COLMEIA é o mais democrático e abrangente possível e permite as mais variadas formas de apresentação e estilos literários”, conta Terezinha. Conforme a moderadora, o evento funciona como uma vitrine, onde o artista pode expor a sua arte e a sua linguagem, propiciando um maior contato com o público. “A população se surpreende com a novidade, encantando-se com intervenções poéticas aliadas à música, teatro, dança e rodas de conversa”, acrescenta.Nesta edição, as atrações literárias do GT serão exibidas na Secretaria de Convenções, no Térreo, e nos Grande Auditório Heinz Geyer e Sala Superior A, no 2º pavimento do Teatro Carlos Gomes. A entrada é franca e para todos os públicos. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Virgínia Meirinho e Igor PrimSupervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 34: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: Terezinha Manczak

Sorteio: Marisa Toledo

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Igor Prim Nóbrega

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Uma mulher. Uma pianista. Uma mãe. Uma professora. Essas são algumas características que uma pessoa pode adquirir em sua experiente vida. Nascida na capital do Paraná, em 09 de dezembro de 1972, a musicista Marisa Gonçalves Toledo, de 42 anos, veio morar em Joinville (SC), com apenas um ano e meio de idade.De mãe professora e pai engenheiro químico, criou-se com a música à sua volta, e, com apenas sete anos, entrou em um conservatório para estudar música erudita, tendo como base Beethoven, Bach, entre outros compositores. Ficou nove anos no conservatório e depois mais dois anos em especialização.

Marisa ia todo dia à casa de sua amiga praticar.Como ela ainda não tinha piano, esse era o único jeito de poder tocar, praticar e aprimorar os seus estudos. Aos dez anos ela, finalmente, conseguiu um piano. Um acontecimento muito triste em sua adolescência foi o falecimento de seu pai. Marisa tinha apenas 17 anos.

Em 1999, formou-se em Pedagogia na Associação Catarinense de Ensino (ACE), em Joinville. Em 2006, concluiu o FAP – Música Popular Brasileira. Deixou a música erudita de lado por um tempo e entrou no estilo das músicas brasileiras dos anos de 1980, como Djavan, Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso.

Com a parceria do Simdec (Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura), em 2012, a banda Sarau# Trio foi criada por Marisa (Pianista), Claudio Moraes (Flauta e Saxofone) e Rafael Vieira (Percussão). A banda tem o gênero de música instrumental popular brasileira, baseado no choro brasileiro, que é um estilo de música popular que inclui violão de sete cordas, pandeiro, flauta,

cavaquinho e bandolim. Um momento de grande felicidade em sua vida foi o lançamento de seu livro, ‘Palavra presa na garganta’.O lançamento aconteceu dia1ode abril de 2015, às 19h30, na biblioteca pública Rolf Colin, de Joinville. O livro era para ser uma monografia para a conclusão da pós-graduação, mas acabou sendo deixado de lado. O tema do livro é sobre os difíceis tempos da Ditadura Militar e o impacto sobre a poética musical de um expressivo ícone brasileiro, Chico Buarque.Em 2013, ela percebeu que um ano mais tarde iria fazer 50 anos do golpe militar e tentou dar uma maneira de ser publicado em 2014, mas sem realização. Só em 2015 ela conseguiu a publicação. O livro foi revisto pelo escritor Jura Arruda, que deixou o livro menos acadêmico e mais poético, dando uma boa leitura para as pessoas de todas as idades.

Atualmente Marisa lecionana Escola de música Villa-Lobos, em Joinville, professora de aulas de piano popular e aulas teóricas, é casada há 11 anos e tem uma filha de seis anos de idade, nas suas horas vagas, ou melhor, na suas horas de lazer, ela gosta de ficar na rede, viajar, não se incomodar e fazer nada.

Marisa Toledo é uma das atrações do GT de Literatura, que pode ser conferida nos dias 19 e 20 de setembro na quarta edição do COLMEIA (Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

Papo de anjo

Page 35: MAGAZINE COLMEIA 2015

É natural olhar. Olhar para fora, ou dentro. Olhar e não enxergar. Não se aperceber. Talvez só se entendaalguémrevendo minúcias.Afazendo-se. É preciso compreenderpara notar uma palavra pensada, um olhar vivo e uma personalidade primaveril.

Terezinha Manczak éímpeto a ser percebido. É enxergar além de olhar. Escritora por inevitabilidade, tecelã por paixão descoberta, émãe de três já crescidos amorese avó de duas garotinhas. Artista engajada que fomenta a cultura literária,Terezinha é criança e mãe quesonham, sentem e desafiam. É prova de que além de poetas, precisamos ser poesia.

Nasceu e cresceu ceciliense. Aos sete anos, deu a mão para a literatura, descobrindo a poesia nos encontros de sábado da escola, ao decorar e declamar versos. Criou-se leitora dedicada. Diz-se que é assim que o amor começa. Pela leitura, pela escola. Apaixonou-se, então. Seis anos depois, mesma época em que se despediu de Santa Cecília, agora com doze anos, começou a escrever. E mais o fazia por paixão que por obrigação. Conta que quem escreve poesia não pensa que vai ser escritor. Apenas precisa registrar como forma de manifestação e expressão, sem intenção de publicar. Acontece assim: naturalmente. E de fato, talvez escritores o são não para exposição, e sim para imposição particular.

Terezinha seguiu dessa forma até os dezoito anos. Participou de oficinas, aulas e eventos literários. Descobriu neles seu talento poético - o haicai. E falando, o parece. Sucinta em explicações, ainda assim devaneia com confiança em opiniões próprias. Tece com tranquilidade sua história, falando com autoria – afinal ela é apenas sua. Mostra se conhecer. E a beleza do autoconhecimento se explica sozinha. Aos dezoito, parou de escrever. Queimou resquícios de seu eu lírico adolescente. Achou ser desnecessário para dali em diante. Ocupou-se com o cotidiano. Com as responsabilidades, com o crescimento e com o amor. Amou, portanto, e criou raízes – como ela mesma escreve– com seu marido, Alceu Manczak. Quatro anos depois, nasce o primeiro filho.

Sem formação profissional, tornou-se autodidata para muitas das suas paixões. Voltou ao posto de escritora aos trinta, expondo seus trabalhos autorais em varais de poesia, por volta de 1987. Três anos depois, após alguns conselhos e conversas com o poeta Lindolf Bell, Terezinha publica seu primeiro opúsculo: Resgate da Emoção. Coletando dezoito poesias das suas cem resguardadas, alcança o marco de 250 livros vendidos

em quinze dias de lançamento. Logo em 1992, participa da antologia Blumenália Poética. Tempos depois, em 1999, Terezinha colabora na fundação da Sociedade Escritores de Blumenau, realizando ações e acolhendo mais de 100 escritores regionais nas suas primeiras convenções. Sela assim seu primeiro projeto para anos futuros, sendo diretora, secretária e participante ativa da SEB.

Simultaneamente a sua carreira literária, Terezinha prova-se nos outros campos artísticos, abrindo asas em meio a tantas correntes culturais. Ainda quando jovem, conheceu a tecelagem em uma das oficinas que participava. Primeira aluna da primeira turma da Fundação Cultural de Blumenau, logo passou à professora, em 1999 – dezenove anos depois de chegar à cidade. De aprender, repassou: ensinou Tecelagem Artesanal na Fundação até 2008.

Ser singelo é dúvida que não cala. Ao ser reconhecido, ser singelo é prova. E Terezinha é singela. É ação e reação às suas ideias. Em 2000, foi chamada para participar do Congresso Nacional de Poesia, em Bento Gonçalves. Contou ser reveladora a experiência, e que a fez perceber um Brasil poético que não conhecia. Contou ser a ansiedade de seu Outubro, desde que iniciou no projeto. Assim como, seis anos depois, desafiando-se, tornou-se Governadora da Associação Internacional de Poesia, representando Santa Catarina como poetisa.

Desde então, participa de ideações, autorais ou não, literárias. Em 2002 coloca em prática o reconhecido projeto Palavras Azuis. Anos depois, passa a apresentar seu livro infantil “Haicai para crianças” – junto de outros escritores - para releitura de crianças em escolas catarinenses, no projeto Livro Livre. Relata ser honra o trabalho feito. Assim como é honra ter criado o FLIPAZ (Festival Literário da Poesia) em 2012, reunindo dez pessoas da comunidade, interagindo assim com leitores, escritores e apaixonados pela literatura, todos a favor do lema “A poesia como instrumento de paz”. E assim como é relevante igualmente seu engajamento atual no COLMEIA. Terezinha, enfim mostrado, viveu. Vive. É criança porque sua vontade emana, porque sua busca é clara. Porque suas palavras transbordam juventude. E a juventude é vivida não por aqueles que têm a idade, e sim por aqueles que a prezam.Terezinha Manczak o faz. Preza e assim tece sua poesia com vontade de agir.

Poetisa e Poesia

Moderador: Terezinha Manczak

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Virginia Meirinho

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Page 36: MAGAZINE COLMEIA 2015

Grupo de Trabalho trará oficinas de interação e aprendizado ao público do COLMEIA

O Grupo de Trabalho Oficinas, da quarta edição do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas (COLMEIA) traz nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes, nove oficinas. A programação mostra o aprendizado e interação da arte, como fotografia cega, danças diversas, artesanatos e eletroacústicas, trazendo conceitos e técnicas diferentes de cada oficina. O moderador do GT, Felipe Colvara, afirma que “ninguém define o que é arte e o que não é arte. Cada ‘oficineiro’ tem sua característica própria ao mesmo que tem em comum a vontade de mostrar de onde a arte se originaliza”.

Colvara está presente no COLMEIA desde o início, como artista e moderador. Porém, o GT Oficinas surgiu oficialmente a partir da segunda edição do projeto. “No começo a ideia era que cada GT tivesse uma oficina própria, para que o COLMEIA também tivesse a parte educacional”. Sendo um evento coletivo e multidisciplinar, direciona o público ao aprendizado, aplicando a disciplina de uma forma interativa. Um exemplo disto é a oficina de Experimentações de Movimento com Jão Nogueira, que traz a arte de ensinar o movimento em si. Serão discutidas questões de movimento e dança entre outras dúvidas que o público possa ter sobre o assunto.

Desafio

Fotografar às cegas será um desafio interessante que os inscritos terão com Mariana Florêncio, levando as pessoas para fora do teatro fechado, onde caminharão vendados, utilizando a audição e o tato para fotografar. O objetivo é instigar o fotógrafo (amador ou profissional) a utilizar a percepção para tirar as fotos. Fazer uma imagem com um equipamento fotográfico é comum, mas fazer um movimento utilizando efeitos sonoros é algo inusitado e curioso que também será apreciado pelo público. Heloisa Karlberg e Rosa Dominguez trarão novas técnicas de utilização das cores primárias, secundárias, terciárias, complementares, análogas, cores-luz e opacas, com apresentação de slides, apreciação de exemplos e práticas pedagógicas para melhor fixação do conteúdo.

Estas oficinas e muitas outras compõem o GT Oficinas. Felipe Colvara, além de moderador, é também participante ativo do COLMEIA. O moderador expõe suas fotografias desde o início do projeto. Na primeira edição do evento só aconteceram duas oficinas, a de fotografia com ele mesmo, e de música com Filipe Burgonovo. A repórter fotográfica Rafaela Martins aproveitou a luz e o momento em que Filipe tocava seu violão, e tirou a primeira foto oficial do projeto, que foi publicada no Jornal de Santa Catarina.

A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Ana Cláudia Kostetzer e Jaine BagattoliSupervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 37: MAGAZINE COLMEIA 2015

Encontrar uma maneira de fotografar com o coração, fazendo com que os olhos da alma enxerguem por você através da lente de uma câmera. Usar da percepção. Nada mais instigante do que isso, não ver o que está sendo fotografado, um desafio que sem dúvida será algo novo. Essa é a proposta de Mariana Florêncio, no GT Oficinas, atração destes dias 19 e 20 de setembro, na quarta edição do evento COLMEIA (do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas), realizado em parceria com o Teatro Carlos Gomes.

Os lindos olhos castanhos de Mariana Florêncio não escondem a empolgação ao falar do seu amor pela fotografia, o quanto satisfaz sua vida ter a fotografia incluída em meio a tantas responsabilidades. Mariana mora com os filhos Sofia, de 11 anos, e Ícaro, de 18. Ícaro trabalha com ela em seu estúdio fotográfico Blazé há três anos. Ela sempre amou a fotografia e recorda que, desde pequena, gostava de apreciar suas imagens em álbuns de família. Ao lado do pai, Telomar Florencio, vivenciou momentos maravilhosos que proporcionaram registros incríveis e histórias marcantes. Como quando tinha 13 anos e a Ponte dos Arcos havia sido fechada para reforma e, na inauguração da nova ponte, surgiu um concurso em Blumenau para tirar uma fotografia da nova obra. Seu pai a encorajou desde muito cedo para a fotografia: emprestou uma câmera de um amigo, colocou um filme de 36 poses e ambos saíram para fotografar.

“Passamos uma tarde de sol maravilhosa fotografando, eu tirava uma foto meu pai tirava outra e ele ia me ensinando como era o funcionamento da câmera. A gente anotava abertura, velocidade, de quem era tal foto, para saber mesmo de quem era”, diz Mariana.

Enquadrando a ponte, uma flor desfocada no cantinho, colocar a câmera num suporte e deixar o obturador aberto, fotografar de cima pra baixo. Criatividade não faltou naquela tarde.

“Eu consigo descrever certinho cada foto, isso ficou bem gravado na minha memória”, explica a

fotógrafa.

Já estava anoitecendo e o céu ia se esquecendo de como a luz do sol ficara linda em cada foto que Mariana tirava com seu pai. A escuridão invadiu a noite e ambos tiveram a ideia de uma fotografia noturna, usando a opção B, que faz com que a câmera fique com o obturador bastante tempo aberto, deixando mais luz entrar na imagem. Quando foram revelar as fotografias, uma decepção que anos mais tarde virou motivo de risos. Nenhuma das 35 fotos tiradas durante aquela tarde saiu, somente aquela tirada no escuro. O obturador da câmera estava com defeito e por ter ficado tanto tempo aberto registrou apenas a última imagem.

A vida nos enche de surpresas e de experiências incríveis, cada momento que passamos fazendo o que amamos nos faz mais feliz e nos impulsiona a criar novas perspectivas. Em um salão da Elke Hering, Mariana se inscreveu com um projeto de fotografias, onde o objetivo era fotografar uma pessoa dentro de um quarto escuro, usar da sua percepção, imaginando o que estava lá dentro ao seu lado e tentar inovar fotografando o que não via e sim o que achava que via. É em momentos como esse que se pode imaginar o que uma mulher grávida sente ao ansiar pela vinda de seu bebê, saber como é seu rostinho, seus olhos, suas mãozinhas. Quando participou do workshop Descondicionamento do Olhar, com o fotógrafo Claudio Feijó, Mariana mais uma vez pôde observar a fertilidade da mente humana. Claudio colocou dentro de um saco um objeto e deu para algumas pessoas colocarem a mão sem ver o que tinha dentro, depois pediu para cada pessoa desenhar o que elas achavam que estava dentro do saco. O curioso é que todos achavam que iam ver o que estava dentro do saco, mas na verdade não viram, essa foi uma expectativa que ficou só ali, na imaginação de cada pessoa. Essa experiência poderá ser compartilhada durante os dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes, na oficina de fotografia, uma oportunidade de fechar os olhos e deixar a alma sentir o mundo à sua volta.

Para fotografar com a alma

Moderador: Felipe Colvara Teixeira

Sorteio: Oficina Cega – Mariana Florencio

Acadêmica de Jornalismo da FURB: Ana Cláudia Kostetzer

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Fotografia: Icaro de Oliveira

Page 38: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderadora: Felipe Colvara Teixeira

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Jaine Bagattoli

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

‘Tempo livre’ não é algo que você ouviria da boca de Felipe Colvara Teixeira: fotógrafo, professor, aventureiro, entre outras diversas atividades exercidas por ele. Colvara é literalmente uma pessoa que não para. Mora em Blumenau, leciona em universidades em Itajaí e Indaial e está sempre pelo mundo com seus projetos e aventuras. Desde criança foi hiperativo, gostava muito de desenhar, na sala de aula vivia desenhando no canto do caderno. Mas isso nunca o atrapalhou, além de tirar boas notas na escola, desenhar o acalmava e, em decorrência desse gosto e habilidade por desenho, começou a se interessar pela área da publicidade, design e fotografia.

Colvara tem um projeto de fotografia em uma Kombi, denominado KOMBInacomFOTO, onde a utiliza como sala de aula para ensinar dicas e orientações sobre a arte e a técnica fotográfica, e também viaja com ela para fotografar. A história da Kombi começou em 2013, quando andava pela BR 470 em Blumenau e a avistou em uma garagem de carros. Não era uma Kombi comum que se vê todos os dias. Um estilo mais alternativo, cor preta e bem cuidada. Assim que colocou o olho, pensou: “Tem que ser minha!”. E todos os seus amigos e parentes diziam a mesma coisa. Ele não sabia ainda o que faria se comprasse o carro, só sabia que precisava comprar. A Kombi realmente combinava com ele.

O único problema é que o preço estava muito acima do que ele poderia pagar. Mas ele não desistiu por aí. Um telefonema aqui e outro lá conseguiu o contato do dono do carro. O homem queria doze mil, seis mil a menos que na garagem, mesmo assim Felipe não tinha dinheiro suficiente, mas como estava determinado ligou e convenceu o homem de que iria compra. O dono saiu de sua casa na praia e veio até Blumenau para vender o carro. O homem tirou a Kombi da garagem de carros e deixou Felipe dirigir. “Fiquei todo bobo, com um sorriso de orelha a orelha”. Conseguiu fechar negócio. Pagou sete mil de entrada e o restante combinou de quitar no mês seguinte.

Alguns dias depois já estava na estrada, colocou suas coisas de camping dentro da Kombi e foi para o Chuí, no Rio Grande do Sul. Na ida, levou 26 horas de viagem, na volta 14 dias, parando para acampar e fotografar. As pessoas em volta achavam curioso ele viajando e fotografando e perguntavam que tipo de fotos ele estava fazendo e como fazia as

fotos. Colvara mostrava como, dando dicas para as pessoas. Isso aconteceu diversas vezes durante a viagem e todos comentavam que ele ensinava muito bem e que achavam muito inusitado uma pessoa de Kombi viajando, fotografando e ainda dando dicas de fotografia. Essa experiência o marcou tanto que na volta para casa ficou pensando na ideia de juntar fotografia, ensino e a Kombi. Quando chegou em Blumenau montou a estrutura, colocando livros e outros artefatos para dar aula e iniciou um projeto experimental, um minicurso, no Morro Spitzkopf, com o intuito de mostrar que a sala de aula seria ambulante. O projeto deu muito certo e está crescendo cada vez mais. Futuramente, Colvara pretende conseguir patrocínios e viver só disso. Sair do emprego, vender a casa e viver na estrada, fotografando e ensinando outras pessoas o que ele sabe.

Apesar de todas as atividades e dias corridos, ele também conseguiu tempo para se dedicar ao evento COLMEIA (do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas, em parceria com o Teatro Carlos Gomes), que é realizado em Blumenau e está em sua quarta edição esse ano. Felipe participa do evento desde o início, era amigo e parceiro do idealizador principal, que faleceu em 2014, Clóvis Truppel. Colvara participa expondo suas fotos e também como moderador do Grupo de Trabalho (GT) Oficina. As fotos que expõe são sempre feitas alguns dias antes do evento, e o tema das outras edições do COLMEIA era o Teatro Carlos Gomes, sempre explorando ângulos e detalhes diferentes, que em nenhum momento antes tinha sido fotografado.

O fotógrafo também se considera uma pessoa analógica, está conectado nas redes sociais e tudo mais, mas não consegue ficar muito tempo parado na frente de um computador ou tela de celular. Principalmente em conversas, que prefere algo mais direto do que mensagens no Facebook. Prefere manter contato com as pessoas pessoalmente: “Respondo a, b, c e deu, não fico muito tempo em conversas online”, diz.

Colvara é esse misto de criatividade, positividade e excentricidade que faz dele a pessoa que é. Alguém que está sempre em movimento, exercendo alguma atividade. Os dias passam rápido, é verdade. Mas ele está fazendo o que gosta.

O homem que “Kombina”

Page 39: MAGAZINE COLMEIA 2015

Grupo de Trabalho Artes Visuais do COLMEIA promete exposições artísticas por todos os espaços do Teatro Carlos Gomes

O Grupo de Trabalho de Artes Visuais, do Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas (COLMEIA), irá expor nos dias 19 e 20 de setembro, pelas salas do Teatro Carlos Gomes seus trabalhos artísticos. No Grupo de Trabalho (GT) Visuais os participantes trarão em suas propostas desenhos, pinturas, fotografias, colagens e afins, sendo que a intenção do Grupo é expandir as exposições por todos os espaços do Teatro, espalhando sentimentos e emoções a todos que toca, sendo que cada artista traz em seu trabalho uma expressão singular da arte e do mundo ao seu redor. Nesta edição do evento, o GT Visuais contará com mais de 50 trabalhos para exposição, quebrando seu recorde de participantes.

O evento COLMEIA, que ocorre desde 2012, na cidade de Blumenau, é composto por artistas de vários segmentos da produção cultural de Blumenau e região. Tem o intuito de integrar artistas e comunidade, trazendo contatos culturais para todos de forma gratuita e heterogênea, dando espaços para todos os movimentos artísticos. Junto ao Teatro Carlos Gomes, o COLMEIA tem um espaço onde a classe cultural, de forma colaborativa, organiza o evento e oferece ao público dois dias de ações culturais de forma gratuita e com acesso aos mais diversos campos de cultura: dança, teatro, música, visuais, cinema entre outros. Cada segmento é responsável por organizar suas atrações e delimitar uma quantidade de participantes de acordo com o espaço disponível. Assim foram criados os Grupos de Trabalhos (GTs) com mediadores que coordenam esses movimentos.

Em sua quarta edição, o evento deste ano contará também com homenagens ao seu idealizador Clóvis Truppel, falecido em novembro de 2014. De acordo com João Guilherme Kovalski, mediador do GT Visuais, todos têm trabalhado incessantemente para realizar de forma especial e brilhante o COLMEIA. As exposições, assim como a entrada no evento, são gratuitas e têm a intenção de divulgar e compartilhar a arte produzida pelos artistas de Blumenau e região. A programação do evento está disponível na plataforma online issuu.com/coletivocolmeia. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia

Texto produzido pelo GT Jornalismo VoluntárioAcadêmicos de Jornalismo da FURB: Tássia Bachmann Pabst e Priscilla Britto.Supervisão e orientação: professor Sandro GalarçaJornalista responsável: Nane Pereira

Page 40: MAGAZINE COLMEIA 2015

Moderador: João Guilherme Kovalski

Acadêmico de Jornalismo da FURB: Priscilla Britto e Tássia Bachmann Pabst

Supervisão e orientação: professor Sandro Galarça

Jornalista responsável: Nane Pereira

Os cabelos compridos, a fala pausada e calma revelam a tranquilidade do artista João Guilherme Kovalski. Nascido em Mafra, Santa Catarina, aos 24 anos, o professor de Arte da Rede Municipal de Ensino de Blumenau, é formado em Artes Visuais. O artista mostra toda a delicadeza da arte em seus trabalhos, atualmente feitos em conjunto com a companheira Mariella Curtipassi, que trabalha com a Fotografia Artística. Kovalski e Curtipassi trazem ao evento COLMEIA um estilo artístico denominado bodyart complementado com a fotografia. Kovalski, reflete que o bodyart seria a pintura no corpo como um meio de conexão do sentimento humano com o plano material, o contato com o Universo. As expressões nos trabalhos refletem o íntimo do artista, sua alma em contato com os sentimentos humanos, a superação de um mundo líquido, onde nada perdura e se solidifica.

Na edição de 2015 do evento COLMEIA (parceria entre o Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas e o Teatro Carlos Gomes) a união da fotografia de Mariella e a pintura de João trarão aos espaços do teatro o moderno da fotografia ligado à pintura corporal feita com tinta neon refletida na luz negra, trazendo uma espiritualização do trabalho. O bodyart é uma técnica que pode ser vista na Índia, e, também, nas tribos indígenas onde cada pintura corporal traz uma ligação com um mundo espiritual, as formas, desenhos e cores tem uma

representação daquilo que o indivíduo vive no seu espaço e no seu lugar. É o eu em contato espiritualizado com o mundo.

O maior desafio para ambos artistas foi sair de sua zona de conhecimento e adentrar em um campo até então não explorado: João para a fotografia e Mariella para a pintura. A troca de conhecimentos entre os dois proporcionou um estímulo e uma maior compreensão de cada forma de representação artística. Ou seja, a partir do momento em que ambos têm a clareza do trabalho do outro, foi possível trazer suas emoções no trabalho desenvolvido em parceria.

João iniciou sua caminhada artística em 2011, quando o simples gosto por desenhar se tornou a inspiração de sua vida, criando um sentido maior de sua existência e conexão com o Universo. A inspiração para sua produção artística vem aliada à música e a uma boa taça de vinho, onde a junção destes elementos povoam o artista de ideias e iluminação.

Sentimentos, emoções, conexões e universalização é o que João faz em seu trabalho e o que promete expor nos salões do Teatro Carlos Gomes, encantando e estimulando demais artistas e participantes nesta quarta edição do COLMEIA, que ocorre nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Carlos Gomes.

O universo íntimo do bodyart

Page 41: MAGAZINE COLMEIA 2015