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NÚMERO 51 ABRIL 2011 R$ 15,00 Democracia Casos de Sucesso na Gestão do Carbono Plataforma Empresas Pelo Clima MADEIRA de ponta a ponta O caminho desde a floresta até o consumo RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011

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ISSN 1982-1670

NÚMERO 51ABRIL 2011R$ 15,00

Democracia

Casos de Sucesso na Gestão do CarbonoPlataforma Empresas Pelo Clima

MADEIRAde ponta a pontaO caminho desde a f loresta até o consumo

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011

2 RelATóRIO de ATIVIdAdes 2011 Relatório de Atividades 2011 3

MENSAGEM DO COORDENADOR................................................................................4

O GVces ..............................................................................................................................6

Programas e Projetos

INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALOR (IVC) .............................................................10

SUSTENTABILIDADE GLOBAL ...................................................................................12

DESENVOLVIMENTO LOCAL .......................................................................................15

CONSUMO SUSTENTÁVEL ..........................................................................................19

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E FINANÇAS SUSTENTÁVEIS .............22

POLÍTICA E ECONOMIA AMBIENTAL.......................................................................27

FORMAÇÃO INTEGRADA .............................................................................................29

PÁGINA22 ........................................................................................................................29

LINHAS DE ATUAÇÃO ...................................................................................................32

EVENTOS EM DESTAQUE ............................................................................................34

PUBLICAÇÕES.................................................................................................................39

ÍNDICERELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011

elaboração deste Relatório de Atividades foi coorde-nada pela área de Comunicação do GVces e contoucom a participação de integrantes de diferentes

equipes do Centro para pensar diretrizes de forma e conteúdo dapublicação. A ideia foi realizar uma primeira aproximação dametodologia Global Reporting Initiative (GRI) e dar mais destaqueaos aprendizados e perspectivas de cada programa.

Orientações sobre a organização das informações, ampliação de referências sobre aspectos institucionais doGVces e a publicação do relatório apenas em formato eletrô-nico foram alguns dos resultados desse processo. Toda aetapa de apuração contou com o apoio dos Pontos Focais deComunicação, representantes de cada programa do GVcesque ajudam a garantir a troca de infomação no ambiente in-terno do Centro.

A próxima edição do relatório, referente às atividadesde 2012, trará mais novidades, como a explicitação de obje-tivos, metas e indicadores da atuação do GVces.

Para colaborar com o aprimoramento do Relatório de Ati-vidades, envie seus comentários e sugestões para [email protected]

A

Relatório de Atividades 2011 54 Relatório de Atividades 2011

udanças costumam representar sinais de maturi-dade. No caso do GVces, essas mudanças estão emgestação e fazem parte de um processo deflagrado

em 2011 pelo planejamento estratégico realizado dentro do espírito de construção coletiva do Centro. A origem desse pro-cesso remonta aos comitês temáticos organizados em 2010que contaram com a participação de integrantes de diferentesáreas do GVces para analisar a instituição sob a perspectiva degovernança, gestão, integração, aspectos financeiros, recursoshumanos e de temas estratégicos.

Com base nas recomendações feitas pelos comitêsteve início em 2011 o processo de planejamento que suscitoudesdobramentos como a elaboração de um mapa estratégicodo GVces, o estabelecimento de objetivos estratégicos e aproposição de quatro linhas de atuação: Articulação, Pesquisa& Publicação, Formação e Comunicação & Mobilização. Aproposta das linhas é atuar de modo transversal aos progra-mas, aproximando o Centro de um modelo matricial de gestãoe potencializando uma premissa do GVces que é a geraçãode bens públicos a partir do trabalho que realiza.

Outro desdobramento importante do processo de pla-nejamento estratégico foi o desenho de um eixo de atuaçãoao longo do qual os programas e as linhas do GVces passarãoa atuar de modo integrado, para levar às empresas a possi-bilidade de uma atuação pela sustentabilidade que não se restrinja a temas segmentados, mas que os trate de modo integrado e interdependente.

Por exemplo, as instituições do setor empresarial quebuscam participar da construção da economia de baixo car-bono terão no GVces um apoio para entenderem como suasiniciativas de gestão de emissões de gases do efeito estufapodem estar associadas a outros elementos, como a inovação

para a sustentabilidade na cadeia de valor, novas formas deuso e proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, oestímulo ao desenvolvimento local, a existência de critérios so-ciais e ambientais de financiamento das atividades econô-micas, e o papel do consumo corporativo na sustentabilida-de. Tudo isso, sob a perspectiva de vantagens comparadasem um mercado globalizado cada vez mais atento à responsa-bilidade empresarial.

É reflexo ainda desse momento da atuação do GVcesa criação de dois novos programas ao longo de 2011. EmPolítica e Economia Ambiental, procuramos envolver o poderpúblico, a iniciativa privada e a sociedade civil num diálogopara a construção de políticas públicas que fundamentem umaeconomia que respeite os limites ambientais. Destacam-secomo iniciativas coordenadas pelo programa a elaboração denotas técnicas para o Plano Indústria associado à Política Na-cional de Mudanças Climáticas e a facilitação da rede de ONGsObservatório do Clima.

O outro programa criado no fim de 2011 foi o Inovaçãona Criação de Valor, que busca promover a inovação em mode-los de negócios, estratégias, relacionamentos e práticas empre-sarias, em sintonia com o desenvolvimento sustentável. Oprograma vem ocupar o lugar esboçado pelo New VenturesBrasil, projeto que o GVces sediou e dirigiu de 2004 a 2011,apoiando empreendedores que buscavam incorporar a sus-tentabilidade em seus modelos de negócio e aproximando-osde potenciais investidores. No contexto das micro e pequenasempresas vale destacar também o apoio do GVces à concep-ção institucional do Centro Sebrae de Sustentabilidade, quecomeça a atuar em 2012.

As novidades não pararam por aí. A Plataforma Empre-sas pelo Clima reformulou seu ciclo de atividades a partir de

M

MENSAGEM DO COORDENADOR

contribuições dos membros no sentido de aprofundar as dis-cussões sobre ferramentas e práticas de gestão de emissões eriscos climáticos; o Programa Brasileiro GHG Protocol lançoua área pública de seu Registro Público de Emissões; e em Fi-nanças Sustentáveis foram lançados novos estudos sobre pro-dutos e serviços de bancos no Brasil específicos para atividadescom reduzida emissão de carbono.

“Outras iniciativas do GVces continuaram a oferecercontribuicoes relevantes para o desenvolvimento sustentavelno Brasil, como a atualização da metodologia que fundamentao Indice de Sustentabilidade Empresarial BM&FBOVESPA; otrabalho de construcao participativa de indicadores e planosde desenvolvimento local para regioes afetadas por grandesempreendimentos; e a geracao de conhecimento no contextodo consumo de madeira no Brasil.”

No âmbito da Fundação Getulio Vargas, o GVces tam-bém continuou a contribuir para caminhos inovadores em for-mação e geração de conhecimento, como na disciplina eletivapara graduandos Formação Integrada para Sustentabilidade(FIS) e no apoio ao Master em Gestão de Sustentabilidade.

Essas e outras iniciativas foram pauta do portal recheadode novidades em 2011, das redes sociais onde o Centro já somamais de 5 mil seguidores no Twitter e mais de 3 mil no Facebook,e das mais de 300 matérias publicadas pela imprensa sobre oGVces. A nossa revista Página 22 continuou a exercer papel dedestaque como veículo especializado em sustentabilidade,trazendo um rico debate de ideias e uma abordagem diferen-ciada no jornalismo brasileiro.

Convido você agora a acompanhar um relato sobre nos-sas realizações em 2011, as lições que aprendemos nesse oitavoano de existência e as perspectivas para o futuro próximo.

Boa leitura!

Mario Monzoni

Relatório de Atividades 2011 76 Relatório de Atividades 2011

s centros de estudos reúnem professores,pesquisadores e alunos em torno de uma(sub)área do conhecimento a partir da qual

são realizados trabalhos de pesquisa, ensino e ex-tensão. Ao conduzir projetos de estudos inovadores,os centros de estudos da FGV-EAESP têm um im-portante papel no desenvolvimento das diretrizes daescola, especialmente em pesquisa e publicação.

O GVces quer coexistir em um mundo que:

• Incorpore os direitos das atuais e futuras gerações nas decisões do presente

• Tenha um olhar sistêmico dos principais problemas que atingem a humanidade

• Proteja o ambiente enquanto meio de sustentação de toda e qualquer forma de vida

• Construa um modo de produção e consumo baseado na eficiência do uso dos recursos, na ética e solidariedadedas relações de troca, na equidade das oportunidades e no respeito aos limites ecológicos do planeta

• Garanta a liberdade e os direitos humanos

• Possibilite o desenvolvimento humano e a formação do ser

• Busque soluções respeitosas e apropriadas àssingularidades de cada território, o que inclui os ecossistemas, suas paisagens e a cultural local

• Vise o aperfeiçoamento institucional, de forma que as organi-zações públicas, empresariais e da sociedade civil possam interagir, em processos de alto dinamismo e diversidade

• Construa permanentemente qualidades democráticas nos processos de negociação, articulação e formação de consensos, por meio de mecanismos transparentes, abertos e coletivos, com a participação de todos os atores direta ou indiretamente envolvidos

O QUE É UM CENTRO DE ESTUDOS?VISÃO DE MUNDO

Compromisso

somos comprometidos com um projeto de desenvolvi-mento que contemple de forma efetiva as soluções para os de-safios da sustentabilidade, buscando inspirar outros a com-partilhar nossa visão de mundo.

Construção coletiva

Acreditamos em processos inclusivos, colaborativos edemocráticos para a construção e o compartilhamento do conhecimento junto aos seus colaboradores, parceiros e a sociedade em geral.

Coerência

A sustentabilidade não é um lugar a que se chega, masa maneira de fazer. Valorizamos a qualidade do processo, detal forma a garantir não apenas que o fim seja o desejável, masque os meios sejam os mais adequados para atingi-lo.

Inovação

entendemos que a inovação é um componente funda-mental para a construção de novos paradigmas de desenvolvi-mento e por isso, buscamos atuar nas fronteiras do conhecimento.

Respeito

Atuando no espaço público, acreditamos que a atençãoe o respeito aos demais se assentam, essencialmente, sobre aaceitação das diferenças e a valorização da diversidade e da plu-ralidade, reconhecendo nelas um fator de crescimento coletivo.

VALORES

O

Missão

expandir continuamente as fronteiras do conhecimentocontribuindo para um desenvolvimento sustentável, noâmbito da administração pública e empresarial.

Visão

Ser um espaço de excelência em cocriação, compar-tilhamento e aplicação de conhecimento.

O GVces

O Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) daEscola de Administração de Empresas da FundaçãoGetulio Vargas (FGV-EAESP) é um espaço aberto de estudo,aprendizado, reflexão, inovação e de produção de conheci-mento, composto por pessoas de formação multidisciplinar,engajadas e comprometidas, e com genuína vontade detransformar a sociedade.

O GVces trabalha no desenvolvimento de estratégias,políticas e ferramentas de gestão públicas e empresariaispara a sustentabilidade, no âmbito local, nacional e inter-nacional. seus programas são orientados por quatro linhasde atuação: (i) formação; (ii) pesquisa e publicação; (iii)articulação; e (iv) comunicação e mobilização.

Relatório de Atividades 2011 98 Relatório de Atividades 2011

* estrutura do GVces delineada pelo processo de planejamento estratégico realizado em 2011 e que passa a vigorar a partir de 2012

AbrilAECOMAES TietêAlcoaAllegroAmbevAnhangueraAngloAmericanARMCOBanco do BrasilBanco do NordesteBicbancoBM&FBOVESPABPBradescoBraskemBRF Brasil FoodsCamargo CorreaCelulosa Irani S.ACemigCentro de Estudos em Administração Pública e Governo FGV-EAESP (GVceapg)

CESPCitiCiti FoundationClimate Leaders Network (CLN)CNECCoelceComissão EuropéiaConfederação Nacional da Indústria (CNI)

Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)

Conservação Internacional (CI)Construtora Andrade GutierrezCopasaCopel

CosanCPFL EnergiaDanoneDuratexEcofrotasEcorodoviasEditora AbrilEditora GloboEDFEDPEletrobrasEletrobras FurnasEletropauloEmbaixada BritânicaEmbraerEnergias BREnergias Sustentáveis do Brasil (ESBR)

EvenFederação Brasileira dos Bancos (Febraban)

FetransporFibriaFurukawaGalvãoGelnexGerdauGerdau MetGivaudanGIZGlobal Canopy Programme (GCP)GolGrupo BoticárioGrupo CentrofloraGrupo OrsaGVpesquisaHondaHospital Albert EinsteinIBOPE

IFFIgaratibaInds RomiIniciativa Financeira do Pnuma (UNEP-FI)

Iniciativa Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI)

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)

Instituto EthosInstituto Socioambiental (ISA)Instituto Vitae CivilisIntelCavInterCementItaúItau UnibancoKlabinLight S/ALog&PrintLojas AmericanasLwart QuímicaMarfrig GroupMatecMercurMinistério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC)

Ministério do Meio AmbienteMonsantoNaturaObservatório do Clima (OC)OdebrechtOiPepsicoPetrobrasPlural Indústria GráficaPolícia FederalPromon EngenhariaPrograma das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)

RedecardRennerRL HigieneSabespSamarcoSaneparSantanderSantos BrasilSAPSCD BrasilServiço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

SESIShellSiemensSouza CruzSul AméricaSuzano PapelTechnicolorTelefônica VivoTelemarThe Climate RegistryTicketTimTim Part S/ATractebelUltraparUnileverUSAID BrasilValeVeloce LogísticaVivoVixVotorantimWhirpoolWorld Resources Institute (WRI)WWFZennstrom

ORGANOGRAMA PARCEIROS E APOIADORES EM 2011

COORDENAçãO GERAL

LINHAS DE AtuAçãO

FI P&P A&P C&M

SG

FI

CS

PEA

FS

DL

ICV

PROGRAMAS

SuPORtE PROGRAMátICO

P&G tI

P&G tIC&M

SuPORtE INStItuCIONAL

P22EAESP

MAStER

FIS

PRME

COORDENAçãOACADÊMICA

PROGRAMASICV Inovação na Criação de ValorDL desenvolvimento localSG sustentabilidade GlobalFI Formação IntegradaCS Consumo sustentável

PEA Política e economia AmbientalFS Finanças sustentáveis

LINHAS DE AtuAçãOFI Formação Integrada

P&P Pesquisa e PublicaçãoA&P Articulação e ParceriasC&M Comunicação e Mobilização

SuPORtE INStItuCIONALC&M Comunicação e MobilizaçãoP&G Planenejamento e Gestão

tI Tecnologia da Informação

SuPORtE PROGRAMátICOP&G Planenejamento e Gestão

tI Tecnologia da Informação

Relatório de Atividades 2011 1110 Relatório de Atividades 2011

busca por um desenvolvimento sustentável vemmobilizando governos, empresas e a sociedade emgeral, em torno de novos modelos de produção e

consumo. Tanto do ponto de vista da oferta, quanto da de-manda por bens e serviços, esses novos modelos devem levarem conta as fronteiras impostas por um planeta com recursosnaturais finitos, assim como o atendimento universal aos direi-tos fundamentais de todos os seres humanos.

se por um lado esse contexto nos traz grandes de-safios, também é ele que deve nos inspirar na busca por ino-vações em nosso jeito de ser e de estar no mundo. e é combase nessa constatação que o programa Inovação na Criaçãode Valor (ICV) busca promover a inovação em modelos denegócios, estratégias, relacionamentos, processos, produtos,serviços e práticas empresarias, em sintonia com o desenvolvi-mento sustentável.

O ICV foi criado em 2011, tendo como iniciativa inaugu-ral o projeto Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor.

Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor

Parceria do GVces com o Citi e patrocínio da Citi Foun-dation, o projeto foi lançado em dezembro de 2011, com o ob-jetivo de promover inovação para a sustentabilidade a partir depequenas e médias empresas (PMes) no contexto da cadeiade valor das grandes empresas. Por meio do levantamento eda divulgação de casos, ao longo de 2012, o projeto buscamobilizar o setor empresarial para a elaboração de estratégiasinovadoras de sustentabilidade para suas cadeias produtivas,bem como criar espaços para intercâmbio de experiências,que articulem atores sociais em torno do tema da inovação eda sustentabilidade na cadeia de valor.

saiba mais em www.fgv.br/ces/inova

Perspectiva

Criar um ambiente favorável à sustentabilidade emcadeias de valor de grandes empresas significa fazer da ino-vação um veículo a serviço de práticas mais sustentáveis. Odiálogo entre PMes e grandes empresas permite que juntasidentifiquem oportunidades de avanço nas relações que tradi-cionalmente operam na cadeia de valor, pautadas apenas empreço, qualidade e prazo. O foco nas práticas de inovação paraa sustentabilidade permite, portanto, o aprimoramento das re-lações e cooperação entre grandes e PMes. são resultadosesperados desse diálogo:

Para grandes empresas:

• Melhorias de processos, redução de custos, redução de ris-cos, eficiência efetiva no uso de recursos;

• Alinhamento da estratégia de sustentabilidade das organiza-ções com as suas áreas funcionais, dentre elas a área de suprimentos/Compras;

• Aprimoramento de políticas, processos e práticas, mobi-lizando seus fornecedores para o tema da sustentabilidade na cadeia de valor.

Para PMEs:

• surgimento de mais inovação em produtos, em serviços, em processos e em modelos de negócios;

• estímulo para que já nasçam com sustentabilidade integrada ao seu modelo de negócio, ou que façam as adequações necessárias caso já estejam em operação;

• Aproximação das PMes inovadoras das cadeias de valor de grandes empresas, gerando oportunidades para a realização de negócios sustentáveis.

INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALOR

A

INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALORInovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor

Relatório de Atividades 2011 1312 Relatório de Atividades 2011

ara enfrentar os grandes desequilíbrios ambientaisdo planeta, é fundamental sensibilizar e mobilizar osdiferentes setores da sociedade em torno de solu-

ções que sejam criativas, duradouras e efetivas. A proposta doprograma Sustentabilidade Global (SG) é produzir conheci-mento junto com o setor empresarial e apoiar sua articulaçãointerna e em relação ao setor público e à sociedade civil, paraatuarem em temas como mudanças climáticas, biodiversidade,serviços ecossistêmicos e recursos hídricos. A ação integradade SG com o setor empresarial busca também acompanhar epropor políticas públicas e soluções inovadoras de mercadoque propiciem uma resposta realmente global e transfor-madora para esses desafios.

Plataforma Empresas pelo Clima (EPC)

Criada em 2009, a EPC é uma plataforma empresarialpermanente, cujo objetivo é mobilizar, sensibilizar e articular lideranças empresariais para a gestão e redução das emissõesde gases de efeito estufa (GEE), para a gestão de riscos climáti-cos e para a proposição de políticas públicas e incentivos parauma economia de baixo carbono no contexto da mudança doclima. A EPC constitui um espaço para discutir as bases regu-latórias no processo de adaptação econômica à mudança doclima, para oferecer orientação e ferramentas para práticas degestão das emissões de GEE e de sustentabilidade, e para criararticulações intersetoriais visando a construção de uma econo-mia de baixo carbono no Brasil.

Em 2011, o ciclo de atividades foi reformulado a fim deatender às expectativas das empresas, que sugeriram ummaior aprofundamento nas discussões acerca de ferramentase práticas para a gestão das emissões de GEE e de riscosclimáticos. Ao longo desse período, as empresas membro seengajaram em oficinas e atividades de formação, articulaçãoe construção de propostas empresariais para políticas de in-centivo à economia de baixo carbono, além de terem compar-tilhado seus desafios e casos de sucesso.

As ações em comunicação e mobilização ganharamainda mais destaque, como nas Iniciativas Empresariais peloClima (IEC), uma parceria com o CT Clima (do Conselho Em-presarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável -

CEBDS), a Rede Clima da Indústria Brasileira (da ConfederaçãoNacional da Indústria - CNI) e o Fórum Clima (do Instituto Ethos)que teve como primeiro desdobramento o projeto Empresas naCOP 17, por ocasião da Conferência da ONU sobre Mudançado Clima, realizada em Durban, África do Sul.

Saiba mais: www.empresasnacop.com.br

No ano de 2011, a Plataforma Empresas pelo Clima re-cebeu novos membros, totalizando 39 empresas.

Saiba mais em www.fgv.br/ces/epc

Experiência e aprendizado

O potencial do trabalho em rede foi um grande apren-dizado em 2011. No contexto interno da EPC, a abordagem decasos reais das empresas, durante as oficinas de formação, e aelaboração de propostas empresariais de políticas públicas –através dos grupos de trabalho realizados com as empresas erepresentantes de várias esferas do governo brasileiro e ONGs– revelaram-se um meio consistente de aprofundamento dasdiscussões sobre estratégias de gestão de emissões. Já a açãointerinstitucional, promovida pelas IEC, permitiu identificar siner-gias e complementariedades na atuação das organizações par-ticipantes, ampliando o alcance de suas ações e agregandovalor perante o setor empresarial. No contexto internacional, asempresas membro tiveram maior contato com a CLN (Corpo-rate Leaders Network for Climate Action, secretariada pela Uni-versidade de Cambridge), rede da qual a EPC faz parte desdea sua criação, identificando algumas oportunidades de trabalhoem conjunto, e uma nova parceria com a GIZ, agência alemã de cooperação internacional, foi firmada para apoio a algumas oficinas em 2012.

Perspectiva

Apostar ainda mais no trabalho em rede é a perspectivadaqui em diante. Para tanto, será ampliada a atuação das IECe fortalecida a participação da EPC em redes internacionaiscomo a CLN e a GIZ. O desafio é provocar as empresas a as-sumirem seu papel de atores políticos e ter uma articulaçãosetorial e intersetorial ainda mais propositiva rumo a umaeconomia de baixo carbono.

SUSTENTABILIDADE GLOBAL

P�

SUSTENTABILIDADE GLOBALPlataforma Empresas pelo Clima (EPC)Programa Brasileiro GHG Protocol

Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE)

14 Relatório de Atividades 2011

Programa Brasileiro GHG Protocol

Criado em 2008, o programa é uma iniciativa do GVcese do World Resources Institute (WRI), em parceria com oMinis-tério do Meio Ambiente (MMA), o Conselho Empresar-ial Brasi-leiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)e o World Business Council for Sustainable Development(WBCSD). O GHG Protocol é a ferramenta mais utilizada nomundo para quantificação e reporte de emissões de Gee,compatível com a norma IsO 14064 e com as metodologiasde quantificação do Painel Intergovernamental de MudançasClimáticas (IPCC, sigla em inglês). seu objetivo é estimular acultura corporativa para a elaboração e publicação de inven-tários de emissões de Gee, proporcionando aos participantesacesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional.

em 2011, o número de inventários de Gee publicados apartir do Programa Brasileiro GHG Protocol subiu dos 35, de2010, para os 77 anunciados no evento Anual, que também mar-cou o lançamento da publicação “Especificações de Verificaçãodo Programa Brasileiro GHG Protocol”.

saiba mais em www.fgv.br/ces/ghg

Outro marco de 2011 foi o lançamento da área públicado Registro Público de emissões de Gases de efeito estufa,uma plataforma que dá acesso irrestrito aos dados dos inven-tários produzidos no âmbito do programa, de forma didática,agregando transparência ao processo.

Confira em www.registropublicodeemissoes.com.br

experiência e aprendizado

Oferecer uma plataforma aberta ao público, com as in-formações dos inventários corporativos de gases do efeito estufase mostrou um importante vetor de transparência e credibilidadepara o Registro Público de Emissões. A interlocução com asempresas quanto ao processo de publicação voluntária dessasinformações trouxe um aprendizado importante, tanto no sentidode identificar suas preocupações, quanto na importância de re-forçar os benefícios desse posicionamento público.

Perspectiva

Incrementar o potencial do Registro Público de Emis-sões é meta fundamental do Programa Brasileiro GHG Proto-col, que lança em 2012 uma área restrita do sistema com novasfuncionalidades, tornando o processo de reporte ainda maisprático. Além disso, serão ampliadas as conversas com registrosestaduais e, no contexto internacional, será trabalhado o lança-mento da Global Climate Registry Alliance (GCRA), uma parce-ria entre o Registro do Programa Brasileiro GHG Protocol eoutros registros internacionais, como o the Climate Registry(tCR) e o Center for Energy and transportation in China (iCEt).

Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE)

Uma das preocupações do GVces é estimular a valoriza-ção dos serviços ecossistêmicos na gestão corporativa, de formaa garantir que as atividades econômicas respeitem os limites danatureza para o equilíbrio destes serviços, por meio de estudose iniciativas para financiar sua proteção e racionalizar a obtençãoe o emprego de matéria-prima. Neste sentido, a Pese umaparceria com o CEBDS e o WRI com o apoio da uSAID/Brasil,foi anunciada no final de 2011, com o objetivo de promovernovas estratégias de negócios que aliem o desempenho empre-sarial à gestão sustentável dos ecossistemas e da biodiversi-dade. O lançamento oficial da Pese em 2012 faz parte daestratégia de ampliação da atuação do programa Sustentabili-dade Global, com uma agenda focada em água, biodiversidadee serviços ecossistêmicos, além da já consistente atuação emmudanças climáticas.

SUSTENTABILIDADE GLOBAL

DESENVOLVIMENTO LOCALIndicadores de Juruti

Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

15Relatório de Atividades 2011

16 Relatório de Atividades 2011

randes projetos de mineração e infraestrutura na regiãoamazônica constituem um desafio para o Brasil e emespecial para as regiões em que esses projetos onde

são inseridos. Pequenos municípios e áreas adjacentes onde seinstalam esses projetos são geralmente mal preparados para geriras rápidas e intensas mudanças trazidas por eles, e são carac-terizados por organização social frágil e falta de recursos finan-ceiros. Migração, aumento de renda e pressão sobre infra-estrutura, serviços, organização social e sobre os recursos natu-rais trazem significativas transformações, que muitas vezes secaracterizam pelapor uma dinâmica que vai do boom ao colapso.

Nesse contexto, é foco do programa DesenvolvimentoLocal contribuir para a construção de planos e ferramentas dedesenvolvimento em nível local, por meio de processos par-ticipativos, articulação e engajamento da sociedade, empre-sas e poder público.

Indicadores de Juruti

O trabalho é derivado do modelo “Juruti Sustentável”,uma proposta de desenvolvimento para o município de Juruti,localizado no oeste do Pará, que vivenciou a chegada de umgrande empreendimento de mineração da Alcoa na região.O projeto Indicadores de Juruti, iniciado em 2007 e finalizadoem 2011, é uma experiência pioneira de monitoramento do de-senvolvimento local, construída com total envolvimento dosatores sociais locais.

O primeiro monitoramento, publicado em 2009, apontoucaminhos e tendências nos mais diversos temas – saúde, edu-cação, população, meio ambiente, agricultura e pecuária, de-senvolvimento econômico, entre outros. Em novembro de 2011foi lançada a segunda edição, com 166 métricas, e cartõesdidáticos para uso nas escolas.

Mais informações clique aqui.

Compõe o projeto também um sistema de dados on-line, que deverá ser gerido e alimentado por representantesdo município. Acesse: www.indicadoresjuruti.com.br

Mais de 600 jurutiensesparticiparam ativamente do pro-cesso de coleta de dados e deoficinas de prática de leitura e usodos indicadores, no meio rural eurbano. Uma estrutura de gover-nança pactuada entre prefeitura,Alcoa e sociedade civil organi-zada, com apoio de manuais decoleta, deve orientar o monitora-mento futuro a ser conduzidopelos próprios moradores.

Experiência e aprendizado

O processo de construção dos Indicadores de Jurutisugere que a abordagem bottom-up na escolha e coleta de in-dicadores de desenvolvimento local requer tempo, tanto para aarticulação e engajamento quanto para a identificação de fontese sistematização de informações. Por outro lado, o processoforneceu um ambiente rico em aprendizagem social, ajudandoo planejamento e gestão locais. A experiência também revelouuma faceta dos Indicadores: usado como meio para o diálogodas partes interessadas, a ferramenta se tornou instrumentalpara os processos de empoderamento da comunidade.

DESENVOLVIMENTO LOCAL

G

Dentre as atividades realizadas em 2011 merecedestaque o processo de apropriação dos Indicadorespela população de Juruti, que se deu por meio de oficinasde prática de leitura e uso dos indicadores junto a repre-sentantes de 123 comunidades, das equipes pedagógi-cas de escolas para preparo de práticas para o uso dosindicadores no ensino, além de membros de secretariaismunicipais, associações e sindicatos, e de represen-tantes da Alcoa.

Foi realizada ainda capacitação para coleta comrepresentantes de diferentes instituições do municípioque participaram ativamente da coleta de dados em2011 para a segunda edição dos Indicadores.

Perspectiva

O processo de construção de indicadores e o acompa-nhamento das transformações sociais, econômicas e ambien-tais de uma região estimula a reflexão coletiva sobre a realidadelocal, promovendo um ambiente de aprendizado e apropriaçãoda realidade que favorece o empoderamento humano e social,e instrumentaliza o planejamento estratégico das instituiçõespúblicas e privadas. Os indicadores de Juruti também apresen-tam elementos estratégicos para o preparo de outros municí-pios que deverão hospedar grandes empreendimentos. Pormeio da análise das transformações registradas em Juruti épossível planejar e preparar, com antecedência, a inserção dosempreendimentos fazendo com que os municípios possam efe-tivamente aproveitar as oportunidades geradas com a chegadadesses grandes projetos.

Relatório de Atividades 2011 17

18 Relatório de Atividades 2011

Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

O objetivo do projeto concluído em 2011 foi construirum modelo de desenvolvimento local para a região de inserçãodo Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) de Jirau (RO), que com-põe o Complexo Hidrelétrico do rio Madeira. A iniciativa teveinício no final de 2008, a partir do convite da Energia Susten-tável do Brasil (ESBR), responsável pela construção do em-preendimento. O intuito era gerar um legado positivo frente àstransformações que resultariam do AHE Jirau sobre a regiãoque tem uma delicada estrutura socioambiental e uma relevantebiodiversidade. Conheça a proposta construída pelo GVces.

saiba mais clicando aqui.

em 2011, o GVces realizou um aprofundamento dos es-tudos e das propostas para o Plano de Desenvolvimento Localpara a região do AHE Jirau. Como pressuposto, o plano destacaa necessidade da criação de condições favoráveis de articu-lação no âmbito das políticas públicas, da organização social, edos investimentos públicos e privados disponíveis para a região.

Nesse sentido, as seguintes atividades foram conduzidas

• definição do território de influência, atuação e monitora-mento do plano, por meio de pesquisa bibliográfica, análise de dados, e uma série de entrevistas e conversas em campo;

• Análise das políticas públicas incidentes na região, identifi-cando priorização do orçamento público e oportunidades de articulação com políticas públicas, no nível federal, es-tadual e municipal;

• Mapeamento e recomendações para os espaços locais de articulação e informação pública da região, identificando pos-sibilidades e espaços para a mobilização, o engajamento e a participação da população local nas ações propostas pelo plano, para que ele efetivamente assuma o caráter e as carac-terísticas locais e que a agenda comum, de longo prazo, seja pactuada entre todos;

• Proposição de uma matriz de indicadores de desenvolvimento local, para o monitoramento da região nos seguintes temas: perfil do município, meio ambiente, socioeconomia, infraestru-tura, educação, saúde, vulnerabilidade social, segurança, par-ticipação social e cultura;

• elaboração de proposta de um fundo de desenvolvimento local, com as respectivas linhas programáticas, modelo insti-tucional, mecanismos de governança e captação de recursos.

Perspectiva

No contexto atual de grandes investimentos em obrasde infraestrutura, especialmente na Amazônia, é fundamentala constituição de uma nova geração de empreendimentos,que incorpore as questões sociais, ambientais e econômicasde forma mais ampla e integrada desde o seu planejamento evoltadas a um desenvolvimento local mais equânime e perene.essa nova geração de empreendimentos deve apontar parauma visão de longo prazo, sendo estratégico o papel do em-preendedor para além dos anos de instalação. Nesse sentido,o AHE Jirau pode contribuir para a formação desta nova gera-ção e desempenhar um papel importante no cenário socio-ambiental brasileiro.

DESENVOLVIMENTO LOCAL

CONSUMO SUSTENTÁVELCompras Institucionais SustentáveisRede Amigos da AmazoniaCatálogo SustentávelCentro Sebrae de Sustentabilidade

19Relatório de Atividades 2011

2120 Relatório de Atividades 2011

caminho para o desenvolvimento sustentável passapelas ações de consumo em diferentes níveis daeconomia. O objetivo desse programa é introduzir a

questão da sustentabilidade nas opções de consumo das em-presas e governos, por meio da geração de conhecimento, dasensibilização dos compradores institucionais e do desenvolvi-mento de ferramentas que orientem a escolha, a aquisição, o usoe a eventual destinação de produtos e serviços.

Compras Institucionais Sustentáveis

desenvolvido em parceria com a iniciativa Governos Lo-cais pela Sustentabilidade (ICLEI, em inglês), o estudo “Com-pra Sustentável: a força do consumo público e empresarialrumo a uma economia verde” reflete tanto sobre o papel dosetor empresarial quanto do estado na promoção do desen-volvimento sustentável a partir de seus potenciais de produçãoe consumo. A perspectiva desse estudo ultrapassa a dimensãomeramente econômica do consumo, que se preocupa tão so-mente com o que está sendo consumido, para ampliar o debatealcançando os principais atores em cena, quais sejam, o poderpúblico e o setor empresarial.

essas organizações detêm efe-tivos poderes de transformação e devemendereçar políticas de consumo susten-tável, visando mudanças em padrõesprodutivos e comportamentais.

Com produção iniciada em 2011,esse novo livro trará diretrizes para com-pras sustentáveis, com lançamento pre-visto para o segundo semestre de 2012.

As iniciativas do GVces em com-pras públicas no ano de 2011 tambémenvolveram atividades de divulgação eformação em eventos internacionais e na-cionais, a partir de temas como a comprade madeira amazônica, a proteção de re-cursos e o papel do estado na promoçãodo consumo responsável.

Rede Amigos da Amazônia

A Rede Amigos da Amazônia, projeto que teve início noano de 2008, tem como objetivo engajar o poder público, a ini-ciativa privada e a sociedade civil na elaboração e implantaçãode políticas públicas que promovam a conservação da florestaAmazônica. Ao estimular a cooperação entre os diferentesníveis governamentais, a Rede pretende desenvolver e difundirboas práticas em políticas públicas para a compra responsávelde madeira e o monitoramento e controle do setor madeireiro.No fim de 2011, a RAA, uma parceria entre o GVces e o Centrode Estudos em Administração Pública e Governo, passou aser coordenada exclusivamente pelo GVceapg.

As últimas iniciativas da parceria na Rede en-volveram a produção de conhecimento sobre acadeia produtiva da madeira, seus gargalos e de-safios, por meio da publicação “Madeira de Pontaa Ponta: o caminho desde a floresta até o con-sumo”. Buscando lidar com esses gargalos, a RAAidentificou junto aos seus membros (governos) e de-mais atores um conjunto de práticas inovadoras degestão pública da madeira que apresentassem cam-inhos possíveis para se contornar os entraves dacadeia. Tais políticas e práticas, bem como orien-tações de ações voltadas à gestão pública damadeira, foram reunidas em um segundo livro inti-tulado “Poder Público e Consumo de Madeira: de-safios e alternativas para a gestão responsável damadeira amazônica”. O livro aborda o universo dagestão responsável da madeira por meio dos temasde compras e contratações públicas, mecanismosde vistoria e fiscalização, instrumentos de incentivos

econômicos e ações de capacitação e conscientização.

CONSUMO SUSTENTÁVEL

O Centro Sebrae de Sustentabilidade

O GVces estabeleceu uma parceria com o ServiçoBrasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),com o objetivo de orientar na estruturação do Centro Sebraede Sustentabilidade (Css). O papel do GVces foi construirconjuntamente com a equipe do Sebrae-Mt e Sebrae Na-cional o planejamento estratégico, o modelo de negócios, aestrutura organizacional, o arranjo de governança e o plano deimplementação do Css, O projeto foi desenvolvido em uma ini-ciativa transprogramática do GVces, envolvendo a área de Co-municação e os programas Sustentabilidade Empresarial,Sustentabilidade Global e Consumo Sustentável, coordenadopor esse último. Iniciado no final de 2011, o projeto se encerraem meados de 2012.

experiência e aprendizado

Cocriar a estratégiae a estrutura do Css foiuma excelente experiênciapara o GVces. Com essaparceria, o GVces pôde co-laborar com o sebrae emsua importante missão emapoio às micro e pequenasempresas nacionais. Umagrande lição tirada desseprojeto foi envolver difere-ntes áreas do GVces para aexecução conjunta de umamesma iniciativa. A açãocoincide com o movimento interno do Centro de estabelecerum novo modo de atuação, de caráter matricial, onde as inicia-tivas de caráter integrado e transversal ganham destaque.

Perspectiva

A parceria com o SEBRAE, que possui uma atuaçãoprivilegiada junto a micro e pequenas empresas, reforça umnovo rumo de trabalho para o GVces, que é o da articulaçãoentre grandes empresas e seus fornecedores de médio e pe-queno porte para a criação de valor com inovação e sus-tentabilidade no contexto da cadeia das grandes empresas.

Relatório de Atividades 2011

Catálogo Sustentável

durante quatro anos, o GVces manteve ativo o CatálogoSustentável, uma plataforma online com informações sobre pro-dutos e serviços avaliados a partir de critérios de sustentabili-dade. em 2011, o programa Consumo Sustentável iniciou umprocesso de reavaliação da iniciativa, suspendendo tempora-riamente as atividades da plataforma.

experiência e aprendizado

O ano em que o Gvces encerrou sua participação nagestão da Rede Amigos da Amazônia foi marcado por umgrande aprendizado no sentido de reformular o modelo denegócios da RAA e, ao mesmo tempo, desenvolver e entregaruma série de produtos. Outro aprendizado veio da transiçãoda Rede Amigos da Amazonia de uma gestão comparti-lhada entre o GVces e o GVceapg, para uma gestão integraldeste último, mantendo apoio institucional do Gvces em seuconselho consultivo.

Perspectiva

Ao abrir espaço para uma abordagem mais ampla deconsumo – não restrita a um mesmo agente e um só produto -,o programa inicia uma nova fase, em que busca trabalhar par-cerias horizontais, e passa a atuar não apenas no tema dascompras públicas sustentáveis, mas também junto a comprasempresariais sustentáveis, abarcando o setor privado e empre-sas de economia mista e pública. Faz parte ainda dessa per-spectiva o desenvolvimento de uma nova frente de atuação: aformulação e avaliação de políticas de produção e consumoorientadas à sustentabilidade.

Desafios e alternativas para a gestão responsável da madeira amazônica

PODER PÚBLICO e consumo de madeira

Relatório de Atividades 2011 23

tento ao importante papel de empresas, investidorese instituições financeiras na construção de uma so-ciedade mais sustentável, o programa procura incen-

tivar estes atores a adotar melhores práticas e alinhar seusobjetivos estratégicos, políticas e processos com os princípiosde sustentabilidade. entre eles os interesses de diferentes públi-cos influenciados por suas atividades, a inclusão social e o res-peito à diversidade, a otimização do uso dos recursos naturaise a minimização dos impactos ambientais de suas operações.

O foco do programa é apoiar a oferta de capital finan-ceiro que tenha a sustentabilidade como critério e objetivo daconcessão de financiamento. O programa também desenvolveiniciativas para garantir princípios de sustentabilidade nas op-erações e resultados das empresas.

este programa tem como objetivo apoiar o desenvolvi-mento de instrumentos de autorregulação para empresas e instituições financeiras, elaborar estudos e gerar conhecimentoque contribuam com a promoção de uma nova sociedade quetenha como base a economia verde.

saiba mais clicando aqui.

FINANçAs sUsTeNTÁVeIs

Matriz de Indicadores do Protocolo Verde

A Matriz de Indicadores procura materializar os compro-missos assumidos no Protocolo de Intenções assinado em 2009entre a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) e oMMA. A matriz foi elaborada com a participação das instituiçõesfinanceiras signatárias e outras, sendo apresentada em abril de

2011. seu objetivo é fazer um diagnóstico do setor e acompan-har a evolução da implementação do protocolo. Base para umaagenda sustentável no setor financeiro, o Protocolo Verde trazcinco princípios e um conjunto de diretrizes que estimulam aoferta de linhas de crédito e produtos com ganhos socioambi-entais, melhoria da qualidade de vida para a população e a in-ternalização de práticas tais como a adoção de políticas egestão de riscos socioambientais.

saiba mais clicando aqui.

A aplicação da matriz permitiu fazer um diagnóstico eidentificar questões que podem ser trabalhadas de forma coletivapelo setor como um todo. esta análise forneceu subsídios paraque as instituições financeiras com apoio FEBRABAN, esta-beleçam um plano de ação para avançar na implementação doscompromissos assumidos no Protocolo Verde.

Financiamentos e Clima

em parceria com o Programa das Nações unidas parao Meio Ambiente (PNuMA) e apoio da Embaixada Britânica, oGVces conduziu dois estudos sobre as estratégias e práticas debancos públicos e privados no Brasil na gestão das mudançasdo clima. O primeiro, “Financiamentos Públicos e Mudança doClima”, foi lançado em 2010 e o segundo, “Financiamentos Pri-vados e Mudança do Clima”, em 2011 no evento anual daPlataforma Empresas pelo Clima (EPC). O projeto tambémmarcou presença na Conferência da ONu sobre Mudança doClima, a COP17, realizada em durban (África do sul), onde oGVces teve a oportunidade de divulgá-lo a representantes debancos públicos e privados, entre outras instituições.

saiba mais clicando aqui.

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E FINANÇAS SUSTENTÁVEIS

A

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL EFINANÇAS SUSTENTÁVEISMatriz de Indicadores do Protocolo VerdeFinancimentos e ClimaBaixo Carbono, Agropecuária e EnergiaDeclaração do Capital NaturalÍndice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)Guia Exame de Sustentabilidade

Relatório de Atividades 201122

Relatório de Atividades 2011 2524 Relatório de Atividades 2011

Baixo Carbono, Agropecuária e Energia

em 2011, dando continuidade aos trabalhos anteriorese ainda com apoio da Embaixada Britânica, o GVces consultouimportantes atores dos setores de agricultura, de energia e fi-nanceiro para identificar os principais entraves ao avanço daeconomia de baixo carbono. Foram também mapeadas as prin-cipais linhas de financiamento que possuem adicionalidadessocioambientais, sendo consolidadas em uma plataforma vir-tual, chamada Financiamentos Verdes, a ser disponibilizada aopúblico em 2012.

saiba mais www.financiamentosverdes.com.br

No contexto deste projeto, foi organizada uma comitivaa londres, em dezembro de 2011, com a participação das prin-cipais instituições financeiras brasileiras (públicas e privadas),Febraban e BM&FBovespa. Foram quatro dias intensos de reuniões com os principais atores do setor, tais como segu-radores, instituições financeiras e fundos de investimento paraa troca de experiências.

saiba mais ao clicar aqui.

Declaração do Capital Natural

Coordenada mundialmente pela Iniciativa Financeirado PNuMA (uNEP-FI), pela ONG britânica Global CanopyProgramme, e pelo GVces no Brasil, é uma declaração das instituições financeiras reconhecendo a importância do capitalnatural para a manutenção de uma economia global. Os sig-natários se comprometem a desenvolver conjuntamente umametodologia para integrar critérios de capital natural a seusprodutos e serviços. O ano de 2011 foi marcado pela pro-moção de diálogos para elaboração da declaração e seuscompromissos e pelo engajamento para atrair signatários. Asprimeiras instituições, cujos CeOs endossaram o documentoforam Rabobank, National Australia Bank, Caledonia WealthManagement, Robeco e Zevin Asset Management. A lista atualizada de signatários e outras informações podem seracessadas em www.naturalcapitaldeclaration.org

experiência e aprendizado

Os estudos realizados sobre Financiamentos e Mu-danças do Clima permitiram identificar o avanço do compro-misso institucional formal e maior envolvimento da alta gerênciadas instituições financeiras, bem como de áreas estratégicasnas questões relacionadas às mudanças climáticas.

Ao mesmo tempo, foram observadas algumas lacunas.A principal é a inexistência de inventários de emissões finan-ciadas, ou seja, emissões provenientes de empréstimos e finan-ciamentos, bem como a falta de monitoramento de projetos eprodutos considerados verdes, para avaliar sua efetividade.Outro grande tema muito pouco trabalhado é o da adaptaçãoàs mudanças do clima; por exemplo, não existem produtos taiscomo empréstimos específicos que garantam a safra do produ-tor por conta de uma seca prolongada.

A conclusão é que, apesar do engajamento demonstradopelo setor financeiro, há espaço para avançar nessa agenda,com a discussão de questões fundamentais sobre o posiciona-mento do setor frente às mudanças climáticas, que representamoportunidades para as instituições financeiras.

Perspectiva

Aprofundar os estudos sobre financiamentos da econo-mia de baixo carbono, especificamente para os setores agro-pecuário e energético, a partir de 2012, é uma iniciativa quevisa ampliar a compreensão sobre as dificuldades e necessi-dades desses setores, quanto à disponibilidade e uso de recur-sos direcionados a projetos mais sustentáveis. A expectativa éconsolidar um fluxo de financiamento eficiente nesse contexto.

sUsTeNTABIlIdAde eMPResARIAl

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

Projeto da BM&FBOVESPA com metodologia desen-volvida pelo GVces, o questionário do Ise é uma ferramentaque permite realizar uma análise comparativa das empresas lis-tadas na Bolsa sob diferentes aspectos da sustentabilidade. Oíndice tem como missão apoiar os investidores na tomada dedecisão de investimentos socialmente responsáveis e, aomesmo tempo, induzir as empresas na adoção de melhorespráticas de sustentabilidade empresarial. Todos os anos, desde2005, as empresas emissoras das 200 ações mais líquidas daBolsa são convidadas a participar do processo de seleção dacarteira do Ise. A seleção tem como principal instrumento deanálise o questionário, construído de forma participativa. Aavaliação da equipe técnica do GVces fornece subsídios paraa decisão do Conselho deliberativo do Ise (CIse). órgão máx-imo de governança do índice e formado por 11 instituições, oCIse tem como objetivo garantir um processo transparente eeficiente de construção da carteira.

em 3 de janeiro de 2011 entrou em vigor a sexta carteira

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E FINANÇAS SUSTENTÁVEIS

26 Relatório de Atividades 2011

do Índice, reunindo 47 ações de 38 companhias que represen-tam 18 setores e somam R$ 1,17 trilhão em valor de mercado, oequivalente a 46,1% do valor de mercado total das companhiascom ações negociadas na BM&FBOVESPA. Com vigência até 29de dezembro, a carteira apresentou três novos setores: serviçoseducacionais, holdings diversificadas e mineração.

A carteira de 2011 foi composta por AES tietê, Anhanguera, Bicbanco, Bradesco, Brasil, Braskem, BRFFoods, Cemig, Cesp, Coelce, Copasa, Copel, CPFL Energia,Duratex, Eletrobras, Eletropaulo, Embraer, Energias BR,Even, Fibria, Gerdau, Gerdau Met, Inds Romi, Itaú SA, Itaúunibanco, Light S/A, Natura, Redecard, Sabesp, Santander,Sul América, Suzano Papel, telemar, tim Part S/A, tractebel,ultrapar, Vale e Vivo.

em 25 de novembro do mesmo ano, foi anunciada a sé-tima carteira do Ise, que vigora de 2 de janeiro a 31 de dezem-bro de 2012. Reunindo 51 ações de 38 companhias que repre-sentam 18 setores, o valor de mercado da nova carteira foi deR$ 961 bilhões, correspondendo a 43,72% do total do valor dascompanhias com ações negociadas na bolsa, naquela data.

Também em 2011 foi lançado o novo site do Ise,trazendo um conjunto maior de informações compartilhadaspelas empresas e com uma área restrita aos participantes doprocesso, o que permitiu aprimorar o relacionamento, por meiode uma interface mais amigável, de fácil navegação e segura natroca de informações.

saiba mais: http://www.isebovespa.com.br/

Guia Exame de Sustentabilidade

A convite da Editora Abril e da Revista Exame, o GVcesdesenvolve desde 2007 uma metodologia de avaliação do de-

sempenho de empresas em matéria de sustentabilidade em-presarial. esta metodologia compreende um levantamentosobre os compromissos, a transparência e a governança cor-porativa e sobre o desempenho econômico-financeiro, sociale ambiental das empresas. Os resultados são publicados anualmente no Guia Exame de Sustentabilidade. A edição2011 deu destaque à Unilever dentre as 20 empresas-modeloselecionadas pelo Guia.

saiba mais clicando aqui.

experiência e aprendizado

O maior aprendizado no ano de 2011 foi o reconheci-mento, por parte das empresas, da importância da transparênciadas suas práticas. A adesão à nova pergunta do questionário doIse, que autoriza a divulgação das respostas de cada empresa,foi superior a 20%. dez das empresas que participaram doprocesso (oito entre as empresas selecionadas para a carteiraem 2012), aceitaram divulgar suas respostas, demonstrandocompromisso com a transparência, prestando contas de suaspráticas para os investidores e à sociedade como um todo.

Perspectiva

A adesão à divulgação das respostas ao questionáriodo ISE tende a aumentar nos próximos anos, fortalecendo omovimento da transparência, na medida em que mais empre-sas se voluntariam a publicar suas respostas. Isso permitirá queos analistas se beneficiem desta ferramenta em suas análisese os investidores incorporem essas informações em suas de-cisões de investimentos. essa iniciativa vem ao encontro dosobjetivos estratégicos do Ise de “ampliar a abertura de infor-mações ao mercado”, além de “torná-lo um benchmark de in-vestimentos” e “fortalecer os canais de comunicação e diálogocom as partes interessadas”.

POLÍTICA E ECONOMIA AMBIENTALPlano IndústriaObservatório do Clima

27Relatório de Atividades 2011

Observatório do Clima

O Observatório do Clima é uma rede brasileira de articu-lação sobre o tema das mudanças climáticas, que reúne diver-sas entidades da sociedade civil, e cuja facilitação é feita peloGVces, também responsável pelas ações de comunicação darede. Além de debates com especialistas, o Observatório pro-move a articulação de atores sociais para pressionar o governopor ações contundentes pela mitigação e adaptação do país emrelação às mudanças do clima.

em 2011 foram destaques do Observatório do Clima aparticipação em diversos espaços de discussão promovidospelo governo federal no contexto da legislação sobre mudançado clima, em especial os Planos Setoriais e o Fundo Clima.Como em anos anteriores o OC teve participação importante naConferência da ONu sobre Mudança do Clima, que em 2011aconteceu em durban, África do sul. Além de articular encontrosentre entidades da sociedade civil, os representantes do OCparticiparam de diálogos com o governo sobre sua posição notema das mudanças climáticas. Teve início ainda em 2011 aelaboração do estudo “Marco Regulatório sobre Pagamentopor Serviços Ambientais no Brasil”, uma parceria entre GVcese Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon),com lançamento em 2012.

saiba mais em www.oc.org.br

Perspectiva

evoluir no conhecimento técnicoaplicado para criação de um mercado decarbono no Brasil é a principal perspec-tiva do programa Política e EconomiaAmbiental ao longo de 2012, tendocomo uma iniciativa de destaque a par-ticipação no Plano Indústria da PolíticaNacional de Mudanças Climáticas. OPEA também realiza até o fim de 2012um ciclo sobre aplicação prática de cur-vas de custo marginal de abatimentopara o caso brasileiro, motivado pela es-cassez de mão-de-obra capaz de realizaresse tipo de estudo.

POLÍTICA E ECONOMIA AMBIENTAL

FORMAÇÃO INTEGRADAEletiva Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS)PRME

28 Relatório de Atividades 2011 Relatório de Atividades 2011 29

ruto do trabalho do GVces de articulação de diversosatores e de proposição de políticas públicas, estenovo programa foi criado em 2011 com o objetivo de

envolver o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civilem temas relacionados à sustentabilidade. Neste sentido, oprograma procura facilitar o relacionamento e a discussão entreestes atores, com o propósito de desenvolver políticas públicasque auxiliem na construção de uma economia que respeite oslimites do meio ambiente.

Plano Indústria

Parte dos objetivos da Política Nacional sobre Mudançado Clima é a elaboração dos Plano setoriais incluindo o

Plano Indústria. O GVces participou de uma concorrência públicae foi contratado pelo MdIC para elaborar as Notas Técnicas queorientarão o desenvolvimento e implementação do Plano Indús-tria. O GVces atuou com apoio técnico e colaborou como facili-tador nas discussões sobre a construção dos documentos quesubsidiarão o Plano, por meio de Grupos de Trabalho, reuniõese debates com representantes do Governo Federal e das indús-trias em cada setor envolvido. O propósito deste trabalho é co-laborar para a transição de uma economia de baixo carbono,promovendo a participação dos setores industriais na formulaçãodos documentos, por meio de contribuições técnicas, de formaa garantir regulamentaçõesque sejam efetivas do ponto de vistada mitigação das emissões e que também contribuam para aumentar a competitividadeda indústria brasileira.

F

Relatório de Atividades 2011 3130 Relatório de Atividades 2011

PRME

em 2011, o programa Formação Integrada deu con-tinuidade ao trabalho de apoio à EAESP no processo de incor-poração dos Principles for Responsible Management Education– PRME, uma iniciativa da Organização das Nações unidas daqual a FGV é signatária. este apoio se deu na elaboração doSharing Information on Progress, relatório que aponta as açõesrealizadas pela escola em direção à sua aderência ao PRMe.

experiência e aprendizado

Formação para a sustentabilidade é um processo cogni-tivo que precisa engajar a pessoa por inteiro. É articular as razõessensível, experiencial e formal para facilitar a mudança de per-cepção demandada pela sustentabilidade. É incluir a arte, ocorpo, a afetividade, a escuta, o diálogo, o silêncio, entre outrosaspectos pouco usuais na educação, no mesmo nível que teoriase conceitos, como fatores essenciais na aprendência. É criar ascondições para que o aprendente seja o próprio condutor de seu

processo formativo. É identificar e respeitar os espaços de reflexão para que vivências se tornem experiências. É partir darealidade para revelar muito de si mesmo. É mergulhar em abor-dagens como a transdisciplinaridade, que fundamentam, instru-mentalizam e facilitam a emergência do sujeito e do sentido.

Perspectivas

O horizonte pós-2011 para FI revela-se na perspectivadas próximas versões do FIs, de uma ação formativa no âmbitodo GVces e de uma iniciativa conjunta com outras universidades.A dinâmica do FIs certamente nos brindará com importantesdes-cobertas de aspectos que colaboram no processo forma-tivo. Além disso, em resposta à uma vontade da instituição decompartilhar conhecimentos, dilemas e práticas de sustentabi-lidade, 2012 será palco de articulação e estruturação da Pla-taforma Inter e transdisciplinar de Governança e Gestão paraa Sustentabilidade no Ensino Superior, uma aplicação conjuntacom outras instituições acadêmicas, para formulação de umconjunto de diretrizes estratégicas e indicadores de sustentabi-lidade no ensino, pesquisa e extensão.

campo foram em santo André (sP), bairro do Campo limpo emsão Paulo e Fortaleza (Ce). Os parceiros que apoiaram o pro-jeto naquele semestre foram: Banco Itaú, Banco Santander eBanco do Nordeste.

A partir de agosto, a quarta edição da eletiva contoucom 21 alunos e o desafio foi estruturar uma proposta de fundode apoio ao pequeno produtor no Brasil, que possibilite a con-strução de pontes com a economia de mercado. As experiên-cias de campo foram em Amparo, socorro e serra Negra, noestado de são Paulo, e em cinco municípios do Mato Grosso:Cuiabá, lucas do Rio Verde, Terra Nova do Norte, Nova Canaãdo Norte e Alta Floresta. O Banco Itaú foi a empresa parceira.

No âmbito do Projeto de Si Mesmo, as dimensões daarte e do corpo ganharam mais espaço e vigor no curso, pororientação transdisciplinar e com base nas contribuições quetrazem para emergência do sujeito e mudança do paradigmade percepção. A arte, ao repercutir na razão sensível do indiví-duo, torna-se um vetor de expressão e de revelação que apoiao processo de auto, hetero e ecoformação do aprendente – emoutras palavras, o processo de formação relacionado a simesmo, ao outro e ao ambiente. Já o corpo, merece destaqueenquanto elemento para ampliar presença, aguçar a percepçãodos sentidos e a tomada de consciência do cuidar de si.

ontribuir para o desenvolvimento sustentável requera expansão contínua das atuais fronteiras do conhe-cimento. O programa Formação Integrada tem a pro-

posta de incentivar a cultura da sustentabilidade, explorando oparadigma da transdisciplinaridade na geração de conheci-mento no âmbito de escolas de negócio. Neste sentido, tambémcolabora com a FGV-EAESP na concepção de uma formaçãoorientada à sustentabilidade.

Eletiva Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS)

Concebida pelo GVces, a disciplina eletiva voltada paraalunos de graduação da FGV-SP visa criar condições para umamudança do paradigma de percepção da realidade e apoiar aformação de gestores aptos a lidar com uma realidade com-plexa e com alta demanda por inovação.

em 2011 o projeto FIs realizou sua terceira e quartaedições. No primeiro semestre, contou com 20 alunos e rece-beu o desafio para o Projeto Referência de elaborar uma pro-posta de valor e um modelo de negócios de inclusão financeirapara população de baixa renda no Brasil. As experiências de

FORMAÇÃO INTEGRADA

C

Projeto Referência: tem foco na ampliação e aplicaçãoprática dos conhecimentos de administração, levando-seem conta os desafios da sustentabilidade, com o objetivode propor recomendações e soluções para um problemaatual, de uma organização real.

Projeto de Si Mesmo: tem foco na autoformação doaluno, visando o desenvolvimento de competências neces-sárias para lidar com uma realidade complexa, integrativae com alta demanda por inovação.

saiba mais em�

IndicadoresIndicadoresIndicadores

Liquens avermelhados indicam a boa qualidade

do ar. Foto tirada em reserva da Mata Atlântica,

na Grande São Paulo

ISSN 1982-1670

Nem as mais prestigiadas medidas de sustentabilidade empresarial atingiram plenamente o alvo: traduzir o intangível,

promover a transparência e guiar investimentos

Nem as mais prestigiadas medidas de sustentabilidade empresarial atingiram plenamente o alvo: traduzir o intangível,

promover a transparência e guiar investimentos

Nem as mais prestigiadas medidas de sustentabilidade empresarial atingiram plenamente o alvo: traduzir o intangível,

promover a transparência e guiar investimentos

NÚMERO 49FEVEREIRO 2011R$ 15,00

ISSN 1982-1670

deve ser parâmetro de desenvolvimento?

NÚMERO 50MARÇO 2011R$ 15,00

Felicidade

MERCADO DA MOBILIDADE: quem vende a verdadeira inovação?BICICLETA: um mundo surpreendente revela-se sobre duas rodasJOSÉ JÚNIOR, DO AFROREGGAE: a genialidade de mediar conflitos

NÚMERO 52MAIO 2011R$ 15,00

O QI das cidades O Brasil urbano clama por inteligência

ISSN 1982-1670

ISSN 1982-1670

NÚMERO 53JUNHO 2011R$ 15,00

CVC: O que a maior operadora pensa sobre sustentabilidadeDESENVOLVIMENTO LOCAL: renda do visitante mal chega ao visitado

PÉ NO MATO: experiência que renova ideias e comportamentos

O turismo que compramos ajuda ou atrapalha?

ISSN 1982-1670

NÚMERO 54JULHO 2011

Na esquina da política com a sustentabilidade, uma avenida a ocupar

NÚMERO 56SETEMBRO 2011

Como o aumento da longevidade muda tudo

O futuro da geração presente

E D I Ç Ã O D E A N I V E R S Á R I O

"ENVELHAÇÃO": quando inovaré revisitar o passado

CONSUMO: as armadilhas da obsolescência programada

ISSN 1982-1670

NÚMERO 58NOVEMBRO 2011

Os pequenos negócios começam a despertar para a sustentabilidade

Trocando em miúdos

AGRICULTURA: adaptável, moderna e

familiar

ÁFRICA: por que a ajuda

internacional fracassou

ISSN 1982-1670

SISTEMAS PARTICIPATIVOS: alguns avanços e muitos impassesPLANEJAMENTO: população é alijada das decisõesACESSO À INFORMAÇÃO: País está na lanterna da América Latina

NÚMERO 51ABRIL 2011R$ 15,00

Democracia à brasileira

NÚMERO 55AGOSTO 2011

ALIMENTOS: só aumentar a produção não resolveCARVÃO MINERAL: ponte para a energia do futuro?CONFERÊNCIAS DA ONU: outros modelos estão na mesaEMISSÕES: consumo, e não eficiência, deve ser centro do debate

Um novo olhar sobre velhos consensos 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ISSN 1982-1670

NÚMERO 59DEZ 2011/JAN 2012

Qual o seu desejo de transformação?

32 Relatório de Atividades 2011

PÁGINA22

Clique sobre a capa da edição que deseja

fazer o download.

Relatório de Atividades 2011 33

uma publicação voltada para os dilemas do séculoXXI e os desafios para que a humanidade caminheem direção ao século XXII com uma visão do mundo

como um sistema único – no qual os modelos econômicos sófazem sentido se promoverem o bem-estar social e a manu-tenção das condições naturais que garantem a vida na Terra.Um dos elementos mais importantes para trilhar o caminho emdireção a um mundo mais sustentável é a garantia do acessoà informação de qualidade e contextualizada, assim como àdiscussão de alto nível sobre as intricadas relações entreeconomia, meio ambiente e sociedade. esse é o desafio dePÁGINA22 e a contribuição que espera dar na construção de umfuturo mais sustentável.

A versão impressa de PÁGINA22 circula mensalmentecom 48 páginas, em papel certificado pelo Forest Steward-ship Council (FSC), com tiragem de cinco mil exemplares edistribuição nacional dirigida. A revista ainda oferece uma pla-taforma digital interativa que permite acessar livremente ecompartilhar, por meio da licença Creative Commons, o con-teúdo de todas as edições. Além disso, o website é alimen-tado diariamente por meio de posts, dicas de agenda, mer-cado de trabalho e ciberação. Todo esse conteúdo é repercu-tido nas redes sociais.

Acesse: http//www.fgv.br/ces/pagina22

O que aconteceu em 2011

em março, a revista fez uma pesquisa de opinião paramelhor conhecer seus leitores e a relação deles com a publicação.O resultado mostrou que a revista é reconhecida pela qualidadeeditorial, criatividade e singularidade: produz um conteúdo quenenhum outro veículo oferece. entre as qualidades apontadasestão a abordagem dos assuntos com enfoques inusitados e ân-gulos diferenciados. Além da capacidade de estar na vanguarda,

atuando como um radar de tendências, sem perder a profundi-dade, por meio de reflexões, consistência no conteúdo, coerênciateórica e ampliação da visão de mundo.

Um dos desdobramentos dessa iniciativa foi o lançamentode um novo projeto gráfico, com a participação do designer Ricolins, atendendo a uma demanda identificada na pesquisa.

em setembro de 2011 a revista deu início a uma cober-tura sistemática sobre a Rio+20, trazendo conteúdos relaciona-dos ao evento até o mês de sua realização, em junho de 2012.

Além da opinião dos leitores, o reconhecimento do tra-balho da PÁGINA22 veio ao ser escolhida como Veículo do AnoEspecializado em Sustentabilidade, uma das categorias es-peciais do Prêmio Jornalistas & Cia - HSBC. A seleção se deupor meio de votação do Conselho Consultivo do Prêmio.

experiência e aprendizado

Aprimorar práticas de construção coletiva e abrir maisainda os canais de relacionamento não são tarefas tão fáceiscomo parecem, mas valem o esforço despendido. O maior apren-dizado de 2011 foi o de investir no ambiente de troca e interaçãocom os leitores da revista, com pesquisadores do GVces, com oConselho Editorial e com o leque de colaboradores da publi-cação. Tudo isso só veio abrir horizontes, oxigenar ideias e criarnovas aspirações.

Perspectiva

essas novas aspirações movem a busca de uma rede deparceiros que entendam a PÁGINA22 como um hub de comuni-cação para a sustentabilidade, e unam forças com o GVcesnessa iniciativa. A perspectiva é de que a publicação expandaseu círculo de atuação e influência, contribuindo cada vez maispara fortalecer o debate livre e democrático das ideias que em-basam as ações práticas neste movimento de transição parauma sociedade mais sustentável que estamos vivenciando.

É

Relatório de Atividades 2011 3534 Relatório de Atividades 2011

Como desdobramento do planejamento estratégicodo GVces desenvolvido ao longo de 2011, com oapoio de comitês temáticos formados por represen-

tante de diferentes equipes do Centro, foram estabelecidas qua-tro linhas transversais de atuação, com o objetivo de articularesforços e integrar programas em torno de temas consideradosestratégicos. são elas: Articulação, Pesquisa e Publicação, For-mação, Comunicação e Mobilização.

As linhas começaram a se estruturar a partir do fim de2011, compartilhando propostas com a coordenação do Centropara apresentá-las posteriormente na assembleia anual doGVces, realizada no início de 2012. As estratégias e escopo deatuação das linhas continuam a ser aperfeiçoados ao longo de2012 e terão como apoio metodológico o Balance Score Card.

Pesquisa e Publicação

Tem por objetivo melhorar o desempenho acadêmico doGVces, por meio da ampliação dos seus laços com a comu-nidade científica (docentes, discentes e centros de pesquisa internos e externos à FGV-EAESP) e da aidentificação junto aosprogramas do GVces de temas para a produção acadêmica,com base na análise de rigor e relevância.

em 2012, a Linha de Pesquisa e Publicação tem comoperspectiva estabelecer um modo de produção que envolvamembros da equipe e pesquisadores externos, identificar linhasde pesquisa do GVces e sub-meter trabalhos a periódicos eeventos preferenciais. essasiniciativas estarão apoiadas emum plano de metas. A linhatambém promove a partir de2012 seminários de pesquisacom participação de convida-dos externos e um encontroperiódico aberto à participaçãode toda a equipe do GVcespara a reflexão sobre os cami-nhos da produção e da pro-jeção acadêmica do Centro.

Formação

estabelecida como desdobramento do programa For-mação Integrada, a Linha de Formação tem a proposta de tra-balhar a formação de maneira transversal ao GVces, apoiandoos programas no desenvolvimento de iniciativas de formaçãojunto ao setor empresarial, incentivando a cultura da sustentabil-idade. A complexidade dessa proposta reside em compreendere dinamizar as conexões, interrelações e interdependência entrepesquisa, formação, reflexão e prática.

Como primeiro passo neste sentido, a linha propõe para2012 um laboratório de formação integrada (labFI), voltado aopúblico interno do GVces, pelo qual serão abordados elemen-tos-chave da transdisciplinaridade, permitindo aos programase linhas de atuação estabelecerem relações entre o trabalho querealizam e as premissas da “Transd” como nova perspectivapara o modo de atuar.

Articulação

Para atender a sua missão e ser coerente com sua visãode mundo e valores, o GVces tem como premissa que o resultadode seu trabalho deve gerar bens públicos. Neste sentido, a linhade Articulação foi criada para identificar oportunidades de levarao nível das políticas públicas e dos instrumentos de autorregu-lação o conhecimento que gera no âmbito da sustentabilidade.

Contando com a participação doscoordenadores do GVces no estabeleci-mento de focos e diretrizes de atuação, alinha estabeleceu como primeiro passo em2012 a participação na Conferência dasNações unidas sobre DesenvolvimentoSustentável, a Rio+20. A participação emeventos próprios, de parceiros e em outrasiniciativas durante a conferência permitemo mapeamento de como a sustentabili-dade está sendo endereçada em vetorescomo governança, inovação, produção deconhecimento, prática etc.

LINHAS DE ATUAÇÃO

C

LINHAS DE ATUAÇÃOPesquisa e PublicaçãoFormaçãoArticulaçãoComunicação e Mobilização

Relatório de Atividades 2011 3736 Relatório de Atividades 2011

Comunicação e Mobilização

difusão de conhecimento, diálogo, e mobilização em redesão elementos fundamentais do movimento pela sustentabili-dade no mundo contemporâneo. daí a opção do GVces de ter acomunicação como uma frente estratégica de sua atuação etransversal a todos os seus programas e projetos.

A área de Comunicação do GVces, estruturada a partirde 2008, passou a atuar como a linha de Comunicação e Mo-bilização (LCM), tendo como referência os objetivos e açõesestraté-gicas desenhados pelo processo de planejamento re-alizado ao longo de 2011.

em 2011, as iniciativas de comunicação do GVces permi-tiram consolidar alguns caminhos abertos no ano anterior e trilharnovos rumos. dentre as iniciativas que ganharam densidade aolongo do ano, destaca-se a ampliação da presença do Centro noambiente virtual, ultrapassando os 250 mil acessos aos sites quecompõem o portal GVces, e novidades como a reorganização dealguns serviços eletrônicos como o clipping diário de notícias daimprensa sobre sustentabilidade, a biblioteca virtual e a agendade eventos no Brasil e no mundo.

desempenho semelhante se viu nas redes sociais digi-tais, onde o GVces bateu a marca dos 3 mil seguidores emcada um dos canais do Twitter (@gvces @pagina_22 @ob-sclima) e somou mais de 1500 opções curtir em cada uma daspáginas no Facebook (FGVces e pagina22). Mas comunicaçãonão é feita de números e sim de interação e diálogo. em 2011,o LCM levou a um novo patamar a qualidade dos do GVcesque realiza, com a criação de uma frente específica para essefim, que profissionalizou a organização e produção dos eventose ainda diversificou as dinâmicas de oficinas, palestras e en-contros, a partir de novas metodologias de facilitação e enga-jamento de participantes.

Novo fôlego também para a produção em vídeo doGVces, que passou a envolver entrevistas com os especialistasque o Centro traz para seus eventos e realizar vídeos institu-cionais para aprimorar a comunicação dos projetos, além de re-novar seu canal no YouTube, dispondo todo o acervo produzidopelo centro de modo mais organizado e amigável.

Outra novidade em 2011 foi o início da estruturação deuma frente de comunicação institucional, com foco tanto naprodução de materiais de divulgação, quanto no aprimora-mento da comunicação interna do Centro. especial destaquepara as ações junto à imprensa, que no fim do ano passarama contar a agência GWA, com apoio da EAESP, e garantirmais de 300 inserções ao longo do ano, ajudando o Centro aultrapassar a marca de 180 mil citações no Google.

O acúmulo da experiência dos últimos anos em comu-nicação levou ao desenvolvimento de um processo de plane-jamento ainda mais robusto que o do ano anterior, olhando nãosó para o aprimoramento das iniciativas cotidianas, mas paraa inovação em comunicação e um olhar estratégico mais agu-çado para os próximos anos.

experiência e aprendizado

O envolvimento de toda a equipe do GVces no desen-volvimento da comunicação tem sido um aprendizado funda-mental e mostrou frutos importantes em 2011, com o esta-belecimento dos pontos focais de comunicação – representantesde cada programa que ajudam a garantir o fluxo de informaçãointerno do GVces. lidar com a necessidade de se transmitir aidentidade do GVces nas ações de comunicação e, ao mesmotempo, respeitar as especificidades de cada programa foi certa-mente uma lição valiosa em 2011, que gera frutos para o plane-jamento estratégico dos próximos anos.

Perspectiva

A partir de 2012, a comunicação do GVces alça novosvoos, como o estabelecimento de uma ação de mobilização deparceiros para maior integração do Centro com outros atoresdo movimento da sustentabilidade. Também investe em proces-sos na comunicação institucional, na ampliação da presençanas redes digitais e em novos produtos multimídia, para revelartoda a riqueza da atuação do centro e apoiar a gestão e com-partilhamento do conhecimento que gera. A elaboração de pro-jetos específicos de comunicação também faz parte dos planos,dando atenção para ações que não estejam restritas ao âmbitodos programas do Centro ou de sua divulgação institucional,mas que continuem a responder à missão do GVces, de modoalinhado a sua identidade.

LINHAS DE ATUAÇÃO

EVENTOS EM DESTAQUE

Relatório de Atividades 2011 3938 Relatório de Atividades 2011

Evento de Abertura 2011 Plataforma Empresas pelo Clima1º de Março de 2011 - são PauloPalestrante: Branca Americano (ex-titular da Secre-taria de Mudanças Climáticas do MMA)

Lançamento do livro “Madeira de Ponta a Ponta”29 de março de 2011 - são Paulodebatedores: sergio Adeodato (jorna-lista), João Paulo Mastrangelo (Secretáriode Florestas do Acre), Alan Charlton (Em-baixada Britânica no Brasil)

Apresentação final da terceira edição da Formação Integrada para Sustentabilidadedata: 22/06/2011 - são Paulo Integrantes da banca de avaliação: VeraRita (IAREP-International Association forResearch in Economic Psychology),Jerônimo Ramos (Banco Santander),Maira Vasconcellos (Natura), deniseNogueira (Banco Itaú), Marina Terepins(Microinvest), eduardo Ferreira (Microin-vest), Manoel Barbosa de souza Neto(Banco de Nordeste), Asier Ansorena(Banco Palmas) e eduardo diniz (FGV)

Evento Anual Programa Brasileiro GHG Protocol10 de agosto de 2011 - são PauloPalestrantes: Pankaj Bhatia (World Re-sources Institute - WRI), Robyn Camp(the Climate Registry – tCR), Adrianosanthiago de Oliveira (Ministério do MeioAmbiente), Marcos Aurélio l. de Oliveira(Inmetro), Carlos Rossin (PwC Brasil)

Challenge Social Innovation Conference setembro de 2011 - Viena, Áustria

Apresentação do Projeto Indicadores deJuruti: daniela Gomes Pinto

Prêmio Jornalistas & Cia – HSBC6 de outubro de 2011 - são PauloVencedora: Página22, na categoria Veículo do Ano Especiali-zado em Sustentabilidade

Evento Anual Internacional PlataformaEmpresas pelo Clima20 de Outubro de 2011 - são PauloPalestrantes: Mario Monzoni (Coorde-nador do GVces), Maria Tereza Fleury (Di-retora da FGV), derek Walker (EDF), KeithRegan (Camco uk), Guilherme Fagundes(BM&F Bovespa), Walter de simoni (Sub-secretária de Economia Verde do Estadodo Rio de Janeiro), Karen suassuna (Min-istério do Meio Ambiente), Josilene Ferrer(Programa Estadual de Mudanças Cli-máticas do Estado de São Paulo), PaulaBennati (Confederação Nacional da In-dústria), Fernanda Carvalho (tNC Brasil)

Café da Manhã da Plataforma Empresas pelo Clima com alta gerência das empresas-membro21 de Outubro de 2011 - são PauloConvidados especiais: Izabella Teixeira (Ministra do Meio Ambi-ente) e Márcio Rolland Brito (Secretáriodo Ministério da Fazenda)

Lançamento do livro “Poder Público eConsumo de Madeira”29 de novembro de 2011 - são Paulodebatedores: samyra Crespo (Secretariade Articulação Institucional e CidadaniaAmbiental do Ministério do Meio Ambi-ente), Peter spink (Departamento deGestão Pública da FGV-EAESP), BetoMoesch (vereador e ex-secretário do Meio

Ambiente de Porto Alegre), Mauro Haddad(Secretaria do Meio Ambiente do Estadode São Paulo), Thais Horta (Administra-ção Pública do Município de São Paulo),Jussara de lima Carvalho, (Secretaria deMeio Ambiente de Sorocaba)

COP 17 - Lançamento “Desafio dos 2ºC”e Side Event das Iniciativas Empresariais pelo Clima06 e 09 de dezembro de 2011 durban, África do sul Participantes: representantes empresariaisde diferentes países e membros da ClimateLeaders Network

Apresentação final da quarta edição da Formação Integrada para Sustentabilidade Integrantes da banca de avaliação: Karina Hansted (Banco Santander), JoséCarlos Pedreira (Hecta DesenvolvimentoEmpresarial nos Agronegócios), PauloBellotti (Pragma Patrimônio), Antonio Carlos Ferreira Carvalho (Banco Itaú) eJoão Brunelli (CAtI)

Lançamento do projeto Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor15 de dezembro de 2011- são PauloPalestrantes: Mário Monzoni (GVces),luis laranja (Ouro Verde), Marcelo ebertRibeiro (terpenoil), Ana Paiva (Braskem)e Wander Montesso (Peck Less)

Reunião do projeto “Como avançar no financiamento daeconomia de baixo carbono no Brasil”dezembro de 2011 - londresParticipantes: instituições financeiras bra-sileiras, públicas e privadas, FEBRABANe BM&FBOVESPA.

EVENTOS EM DESTAQUE

PUBLICAÇÕES

Casos de Sucesso na Gestão do CarbonoPlataforma Empresas Pelo Clima

Relatório de Atividades 2011 4140 Relatório de Atividades 2011

UeHARA, T.H.K. ; CARRAsCOsA VON GleHN, H. Aprimorandoas políticas públicas para a recuperação de ecossistemasripários em propriedades privadas: algumas experiências deaprendizagem do programa de conservação da biodiversi-dade do estado de São Paulo, Brasil. In: eugenio Figueroa B..(Org.). Conservación de la Biodiversidad en las Américas: lec-ciones y recomendaciones de política. santiago, Chile: Univer-sidad de Chile, 2011, p. 329-354.

BeTIOl, l.s. Aspectos da responsabilidade civil ambiental apli-cada ao Direito Imobiliário, p. 929-941. In: Alexandre Guerra;Marcelo Benacchio. (Orgs). 1 ed. são Paulo: Quartier latin, 2011.

GVces. Casos de Sucesso na Gestão do Carbono - PlataformaEmpresas Pelo Clima. são Paulo, Brasil: GVces, 2011.

CeNTRO de esTUdOs eM sUsTeNTABIlIdAde – PlATA-FORMA eMPResAs PelO ClIMA. Casos de sucesso nagestão de carbono. são Paulo, Brasil: GVces, 2011

VIllelA, M.; BeTIOl, l.s.; TeIXeIRA, M.A.C.; Gomes, M.V.P.;UeHARA, T.H.K.; MONZONI NeTO, M.P. Consumo respon-sável de madeira amazônica: a adoção do instrumento dalicitação sustentável por governos subnacionais membrosda Rede Amigos da Amazônia. Cadernos Gestão Pública eCidadania, v. 16, p. 1-20, 2011.

MONZONI NeTO, M.P.; sIMONeTTI, R.; PeIRÃO, P. Financia-mentos Privados e Mudança do Clima – Análise das Estraté-gias e Práticas de Bancos Privados no Brasil na Gestão daMudança do Clima. são Paulo, Brasil: GVces, 2011

AdeOdATO, s.; VIllelA, M.; BeTIOl, l.; MONZONI NeTO, M.Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até oconsumo. são Paulo, Brasil: FGV RAe, 2011.

UeHARA, T.H.K. ; CARRAsCOsA VON GleHN, H. ImprovingPublic Policies for the Restoration of Riparian Ecosystems inPrivate Properties: the Biodiversity Conservation Program ofthe State of São Paulo, Brazil. In: Eugenio Figueroa B.. (Org.).Biodiversity Conservation in the Americas: Lessons and Po-licy Recommendations. santiago, Chile: Universidad de Chile,2011, v. , p. 301-324.

CHAVes, R.B.; UeHARA, T.H.K.; sAsAKI, d.; sATO, C. Moni-toring ecological restoration in the state of São Paulo, Brazil.In: SER2011: World Conference on Ecological Restoration,2011, Mérida, Mexico. seR2011 Book of Abstracts. Merida : so-ciety for ecological Restoration, 2011. p. 235.

UeHARA, T.H.K.; VIllelA, M.; BeTIOl, l.s.; PRAdO, O.; GOMes,M.V.P.; ReIs, C.P. Poder público e consumo de madeira: desafiose alternativas para a gestão responsável da madeira amazônica.são Paulo: Gestão Pública e Cidadania, FGV, 2011. 128 p.

MONZONI NeTO, M.P.; OsóRIO, G.; OlIVeIRA, B.; BAR-TOlOMeI, M.; lIMA, G.; CANelAs, P. Propostas empresariaisde políticas públicas para uma economia de baixo carbonono Brasil: Processos Industriais e tratamento de Resíduos.são Paulo, Brasil: GVces, 2011

MONZONI NeTO, M.P.; OsóRIO, G.; OlIVeIRA, B.; BARTOlOMeI,M.; lIMA, G.; CANelAs, P. Public policy proposals by the busi-ness sector for a low carbons economy in Brazil: IndustrialProcesses and Waste treatment. são Paulo, Brasil: GVces, 2011

AdeOdATO, s.; VIllelA, M.; BeTIOl, l.; MONZONI NeTO, M.Wood: from the Forest to the consumer. são Paulo, Brasil: FGV RAe, 2011.

PUBLICAÇÕES

Relatório GVces de Atividades 2011 nas versões impressa e digital aderiu a lilcença creative commons, assim, élivre a reprodução do conteúdo - exceto imagens - desde que sejam citados como fontes a publicação e o autor.

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no Br

Análise d asil na Gestão da Mudança do Climano Br

atégiadas Estr asil na Gestão da Mudança do Clima

as e Práticas asil na Gestão da Mudança do Clima

de Bancos Pr asil na Gestão da Mudança do Clima

ados iv

MADEIRAde ponta a pontaO caminho desde a f loresta até o consumo

PROCESSOS INDUSTRIAIS

E TRATAMENTO DE RESÍDUOS

PROPOSTAS EMPRESARIAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA UMA

REALIZAÇÃO

ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

NO BRASIL

42 Relatório de Atividades 2011

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NÚMERO 56SETEMBRO 2011

Como o aumento da longevidade muda tudo

O futuro da geração presente

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