m1.3ano_-_geometria_analitica_0 resumo
TRANSCRIPT
Geometria Analítica
I – PLANO CARTESIANO – PONTO O sistema cartesiano é constituído por duas retas, x e y, perpendiculares entre si, formando assim quatro qua-drantes. Denominações: ⇒ reta x – eixo das abscissas; ⇒ reta y – eixo das ordenadas; ⇒ ponto O – origem; ⇒ a ∈ ℜℜℜℜ – abscissa do ponto P; ⇒ b ∈ ℜℜℜℜ – ordenada do ponto P; ⇒ (a, b) – coordenadas do ponto P. II – DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS A distância entre os pontos A e B, no plano cartesiano acima é dada pelo Teorema de Pitágoras:
III – PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO DE RETA Como M é ponto médio de AB, temos que:
xM − xA = xB − xM ⇒ 2.xM = xA + xB Desta forma, concluímos que: IV – BARICENTRO DE UM TRIÂNGULO O baricentro de um triângulo é determinado na inter-secção de suas medianas. Mediana – é o segmento de reta que une um vértice do triângulo com o ponto médio do lado oposto. Na figura acima, M,N e P são pontos médios dos lados AB, AC e BC ⇒ CM, BN e AP são as medianas relativas aos lados AB, AC e BC e o ponto G é o baricentro do triângulo ABC. Sabemos que CG = 2.GM. Desta forma:
(xG – xC) = 2.(xM – xG)
Como xM = (xA + xB)/2, teremos que:
Analogamente, para o eixo das ordenadas, teremos: V – ÁREA DE UM TRIÂNGULO E ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS.
2º quadrante 1º quadrante x < 0 x > 0 y > 0 y > 0
3º quadrante 4º quadrante x < 0 x > 0 y < 0 y < 0
y
x P (a, b)
O
dAB = 2
AB2
AB )y(y)x(x −+−
A
B
M
yB
yM
yA
xA xM xB
y
x
xM = 2
xx BA + e yM =
2yy BA +
xG = 3
xxx CBA ++
yG = 3
yyy CBA ++
x
y
A
B
xA
dAB
yB
yA
xB
G
A (xA, yA)
C (xC, yC)
N (xN, yN) P (xp, yp)
M (xM, yM) B(xB, yB)
y
yA
yC
yB
xA xB xC
x
C
B
A
I III
II
Geometria Analítica - Resumo teórico
By Kovest : https://twitter.com/Kovest
2
Uma maneira de determinar a área do triângulo ABC é calculando a área do retângulo tracejado e retirando as áreas dos triângulos retângulos I, II e III.
Desta forma, área do triângulo ABC é dada por:
Onde D é o determinante da matriz:
1 yx
1 x
1 yx
CC
B B
A A
y
Observação: Se o determinante D da matriz for igual a zero, indicará que o triângulo ABC tem área nula. Portanto pode-se afirmar que os pontos A, B e C, neste caso, são colinea-res (alinhados).
Então, a condição para que os três pontos sejam co-lineares é D = 0. VI – ESTUDO DA RETA ⇒ Equação geral da reta.
Considere uma reta que passa pelos pontos A(xA, yA) e B(xB, yB). Seja um ponto P(x, y) alinhado com A e B, como mostra o gráfico da figura abaixo.
Como os pontos A, B e P são colineares, pode-se
considerar que:
Det
1 yx
1 yx
1 yx
B B
AA
= 0
Desenvolvendo a equação, teremos:
(yA – yB).x + (xB – xA) + xA.yB – xB.yA = 0
Em que: a = yA – yB b = xB – xA c = xA.yB – xB.yA
Assim, a equação geral da reta terá a forma dada por:
⇒ Equação reduzida da reta. Tomando a equação geral da reta e isolando y, tere-mos:
bc
bax
y−+−=
Fazendo m = –a/b e q = –c/b, a equação ficará da forma: Sendo: m = coeficiente angular q = coeficiente linear ⇒ Equação fundamental da reta. Utilizando a definição de coeficiente angular, onde m = ∆y/∆x, para os pontos (x, y) e (x0, y0), pertencentes à reta, teremos: Onde (xo, yo) é um ponto dado da reta e m o coeficien-te angular. ⇒ Equação segmentária da reta. A equação segmentária de uma reta é importante na visualização gráfica. Ela é formulada destacando os pon-tos onde a reta intercepta os eixos coordenados, A(0, q) e B(p, 0). Estabelecendo a condição de alinhamento
0
1 q 0
1 0 p
1 y x
= , teremos:
r
Sendo tg αααα = m ⇒⇒⇒⇒ m = ba
xxyy
AB
AB −=−−
a.x + b.y + c = 0
y – y o = m.(x – x o)
y = m.x + q
q A
B
p r
x
y
1qy
px =+
|D|.21A =
P
xB
yB
α
y
x
B
q α A
Xp xA
yp
yA
3
(ax+by+c = 0)
y
x
α d
α
P(x0, y0)
x0
y0
y1
θ = β – α
⇒ Equações paramétricas da reta.
São equações que representam x e y em função de uma terceira variável, denominada parâmetro.
Observe o exemplo abaixo:
+=+=
dc.ty
ba.tx , sendo a,b,c,d ∈ ℜℜℜℜ e t o parâmetro.
Para relacionar x e y numa mesma equação, basta isolar t numa delas e fazer a devida substituição na outra. VII – POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS ⇒ Retas paralelas – duas retas r e s são paralelas
quando têm a mesma inclinação em relação ao eixo x. Pode-se concluir, então, que elas têm o mesmo coefi-ciente angular.
⇒ Retas concorrentes – evidentemente que, no plano,
se duas retas não têm a mesma inclinação em relação ao eixo x, então elas são concorrentes.
Obs.: As retas concorrentes que formam um ângulo de 90° são perpendiculares. Neste caso, teremos:
VIII – ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS Sejam duas retas r e s, como mostra o gráfico abaixo:
mr = tgα – coeficiente angular da reta r ms = tgβ – coeficiente angular da reta s θ – ângulo formado por r e s. Sabemos que: β = θ + α ⇒
Neste caso, teremos: tgα . tgβ1
tgαtgβtgθ
+−
=
Para determinar a medida de θ agudo, utilizando mr
e ms, teremos:
Observação: Se r ou s for perpendicular ao eixo das abscissas, mr ou ms não existe. Neste caso, não poderemos utilizar a equação acima. θ + α = 90° ⇒ θ = 90° – α ⇒ tgθ = 1/tgα Para determinar o ângulo θ agudo, teremos:
IX – DISTÂNCIA DE UM PONTO A UMA RETA Dados um ponto P(x0, y0) e uma reta r cuja equação geral é ax + by + c = 0. A distância entre o ponto P e a reta r é dada por: Demonstração:
α + θ = 90º ⇒ tgα = 1/tgθ θ + β = 180º ⇒ tgθ = - tgβ ⇒ tgα = 1/(-tgβ) Então: mr.mx = - 1
mr.ms = – 1
y
x
s
α β
r
θ
r // s ⇒⇒⇒⇒ mr = ms
r x s ⇒⇒⇒⇒ mr ≠≠≠≠ ms
sr
sr
.mm1
mmtgθ
+−
=
22
00
ba
cbyaxd
+
++=
rm1
tgθ =
y
x
s r
α
θ
x
θ
y s
α β
r
4
Sabemos que: tgα = mr = -a/b e que
αtg1
1αcos
22
+= (1)
Observe que (x0, y1) ∈ r ⇒ ax0 + by1 + c = 0 ⇒
b
caxy 0
1−−
= (2)
Como 10 yy
dcosα
−= , substituindo em (1), teremos:
2
2210
2
b
a1
1
)y(y
d
+=
−(3)
Substituindo (2) em (3), podemos concluir que a distância d será dada por: X – EQUAÇÃO DAS BISSETRIZES DOS ÂNGULOS FORMADOS POR DUAS RETAS Sejam as reta (r) a1x + b1y + c1 = 0 e (s) a2x + b2y + c2 = 0.
Como P(x,y) pertence à bissetriz 1, podemos dizer que d1 = d2. Então, a equação da bissetriz 1 ficará:
Um ponto da bissetriz 2 tem as mesmas características de P(x, y). Portanto, a equação acima é também da bissetriz 2.
XI – CIRCUNFERÊNCIA 1. DEFINIÇÃO E EQUAÇÕES Consideremos uma circunferência λ de centro C(a, b) e raio r. Se um ponto P(x, y) pertence à λ, pode-se con-cluir que a distância do ponto P até o ponto C é igual a raio da circunferência. Neste caso, teremos: Desenvolvendo a equação acima, teremos: Exemplo : A equação de uma circunferência é dada por x² + y² – 6x + 8y + 21 = 0. Determine o centro e o raio desta circunferência. Comparando com a equação geral, teremos: – 2.a = – 6 ⇒ a = 3 – 2.b = 8 ⇒ b = – 4 a² + b² – r² = 21 ⇒ r² = 25 – 21 ⇒ r = 2
Resposta: Centro (3, –4) e raio r = 2. 2. POSIÇÕES RELATIVAS 2.1 – PONTO E CIRCUNFERÊNCIA Seja o ponto P(x, y) e a circunferência de equação (λ) (x –a)² + (y – b)² = r², onde (a, b) é o centro e r o raio. a) (x – a)² + (y – b)² < r² ⇒ P(x, y) está no interior de λ b) (x – a)² + (y – b)² = r² ⇒ P(x, y) pertence à λ c) (x – a)² + (y – b)² > r² ⇒ P(x, y) está no exterior de λ Exemplo:
Considere o ponto P(2, 1) e a circunferência de equa-ção (λ) (x – 4)² + (y + 1)² = 9. Verifique a posição relativa de P e λ. (2 – 4)² + (1 + 1)² = 2² + 2² = 4 + 4 = 8 8 < 9 ⇒ P é interno de λ. 2.2. RETA E CIRCUNFERÊNCIA a) Reta r secante à circunferência λ de centro O e raio
R.
22
22
222
21
21
111
ba
cybxa
ba
cybxa
+
++=
+
++±
22
00
ba
cbyaxd
+
++=
s
bissetriz 1
r bissetriz 2
P(x, y) d1
d2
(x – a)² + (y – b)² = r² ⇒ Equação reduzida de λ.
x² + y² – 2ax – 2by + a² + b² – r² = 0
⇒ Equação geral de λ
λ
r
d < R d
O
5
b) Reta r tangente à circunferência λ de centro O e raio R.
c) Reta r exterior (disjunta) à circunferência λ de cen-
tro O e raio R 2.3. DUAS CIRCUNFERÊNCIAS a) DISJUNTAS EXTERNAS ( d > R + r ) b) TANGENTES EXTERNAS ( d = R + r ) c) SECANTES ( |R – r| < d < R + r )
d) TANGENTES INTERNAS ( d = |R – r| )
e) DISJUNTAS INTERNAS ( d < |R – r| )
Exemplo: Sejam as circunferências (λ1) x² + y² = 4 e (λ2) x² + y² + 2x – 2y = 0. Determine: a) A posição relativa de λ1 e λ2.
(λ1) ⇒ centro (0, 0) e raio R = 2;
(λ2) ⇒ centro (-1, 1) e raio r = 2 ;
distância entre os dois centros d = 2 . Como |R – r| < d < R + r ⇒ λ1 e λ2 são secantes. b) Os pontos de intersecção de λ1 e λ2.
Substituindo λ1 em λ2, teremos: 4 + 2x – 2y = 0 ⇒ y = x + 2 Voltando em λ1, teremos: x² + (x + 2)² = 4 ⇒ 2x² + 4x + 4 = 4 ⇒ x(x + 2) = 0 Então: x1 = 0 e x2 = –2
Os pontos de intersecção serão: A(0, 2) e B(–2, 0) c) A reta que passa pelos pontos de intersecção de λ1 e
λ2. Substituindo λ1 em λ2, teremos y = x + 2 que é a reta que passa pelos seus pontos comuns.
λ
d d > R
r O
λ
d = R
r
d
O
d
R r
d
R r
d
R r
d
R r
d
R r
6
XII – ELIPSE 1. DEFINIÇÃO
Dados dois pontos A e B (focos) e um segmento de reta de medida 2a maior que a distância entre A e B. Denomina-se ELIPSE de focos A e B e eixo maior 2a o lugar geométrico formado pelos pontos P(x, y) do plano cuja soma das distâncias aos pontos A e B é igual a 2a. A e B ⇒ focos da elipse; V1 e V2 ⇒ vértices;
21VV = 2a ⇒ eixo maior (a = semi-eixo maior)
21MM = 2b ⇒ eixo menor (b = semi-eixo menor)
AB = 2c ⇒ distância focal. O ⇒ centro da elipse. 2. ESTUDO ANALÍTICO – EQUAÇÕES.
Inicialmente, consideremos uma elipse com o centro no ponto (0, 0), origem do sistema cartesiano e o eixo maior contido no eixo das abscissas. Observe que: A(-c, 0), B(c, 0) e P(x, y). Como P ∈ à
elipse e 2aPBPA =+ , teremos: PA = 2.a – PB ⇒
⇒ 2222 )0y()cx(a2)0y()cx( −+−−=−++ ⇒
Elevando os dois membros ao quadrado, teremos:
⇒ x² + 2cx + c² + y² = 4.a² - 4.a. 22 )0y()cx( −+− + x²
– 2cx + c² + y² Simplificando, teremos:
⇒ a. 22 )0y()cx( −+− = a² – cx
Elevando, novamente, os dois membros ao quadrado, teremos: ⇒ a².x² – 2.a²cx + a²c² + a²y² = a 4 – 2.a².cx + c²x² ⇒ (a² – c²)x² + a²y² = a²(a² – c²) como b² = a² - c², teremos: b²x² + a²y² = a²c² . Logo: ,
Num segundo momento, consideremos uma elipse
com o centro na origem (0, 0) e com o eixo maior contido no eixo das ordenadas. Analogamente, a equação reduzida da elipse será:
Obs.: Chama-se excentricidade da elipse a relação en-tre a distância do centro a um dos focos e o comprimento de seu semi-eixo maior. Ou seja:
ac
e = Como c < a ⇒ 0 < e < 1
Num terceiro momento, consideremos a elipse com o centro no ponto (x0, y0). Neste caso, a equação reduzida sofrerá as seguintes modificações: 1º) Eixo maior paralelo ao eixo x. 2º) Eixo maior paralelo ao eixo y: Analogamente, teremos a troca de a² por b², como foi feita para as elipses com o centro na origem. Assim, te-remos.
1a
)y(y
b
)x(x2
20
2
20 =
−+
−
1a
y
b
x2
2
2
2=+
2aPBPA =+
M1 P
M2
b
a a
V2 V1 O A B c
P (x, y)
x
y
O A B
B
A
x
1b
)y(y
a
)x(x2
20
2
20 =
−+
−
x xo
A B yo
y
1b
y
a
x2
2
2
2=+ sendo a > b.
7
XIII – HIPÉRBOLE. 1. DEFINIÇÃO
Dados os pontos A e B, denomina-se hipérbole o lugar geométrico dos pontos P(x,y) do plano cujo módulo da diferença |PA – PB| é constante e menor que a dis-tância AB.
Onde: A e B – focos da hipérbole; V1 e V2 – vértices da hipérbole; V1V2 – eixo real = 2a (ou eixo transverso); MN – eixo imaginário = 2b (construção abaixo); AB – distância focal = 2c;
2. EQUAÇÃO DA HIPÉRBOLE
No gráfico: A(-c, 0), B(c, 0), P(x, y). Como |PA – PB| = 2.a, teremos: PA – PB = ± 2.a ⇒ PA = ± 2.a + PB ⇒
2222 )0y()cx(a.2)0y()cx( −+−+±=−++
Elevando os dois membros à potência 2, teremos:
x² + 2.c.x + c² + y² = 4.a² ± 4.a. 22 )0y()cx( −+− + x² –
2.c.x + c² + y² ⇒ ± a. 22 )0y()cx( −+− = a² – c.x ⇒
a²x² – 2. a².c.x + a²c² + a²y² = a 4 – 2.a².c.x + c²x² ⇒
c²x² – a²x² – a²y² = a²c² – a 4⇒(c²–a²)x² – a²y² = a²(c²–a²)
Como c² = a² + b² ⇒ b²x² – a²y² = a².b² Dividindo os dois membros por a².b², teremos:
Obs.: Se o eixo real da hipérbole for paralelo ao eixo Oy, teremos:
As equações apresentadas acima foram demonstradas com o centro da hipérbole no ponto (0, 0). Se o centro da hipérbole for deslocado para O(x0, y0), teremos:
EXCENTRICIDADE
A excentricidade da hipérbole é dada pela relação e = c/a. Como c > a, teremos: e > 1. Obs.: Uma hipérbole é eqüilátera quando suas assínto-tas são perpendiculares. O que significa a = b. Como c² =
a² + b², teremos c = a. 2 . Neste caso a excentricidade
da hipérbole mede 2 .
|PA – PB| = 2.a
M
N
A V1 O V2 B
assíntota assíntota
a b c
P(x, y)
1b
x
a
y2
2
2
2
=−
1b
)x-(x
a
)y-(y2
20
2
20 =−
1b
)y-(y
a
)x-(x2
20
2
20 =−
1b
y
a
x2
2
2
2=−
8
XIV – PARÁBOLA 1. DEFINIÇÃO
É o lugar geométrico dos pontos de um plano for-
mado por pontos eqüidistantes de um ponto fixo F (foco) e de uma reta fixa r (diretriz). Onde: F – foco da parábola; r – diretriz da parábola reta VF – eixo de simetria; p – distância do foco ao vértice; V – vértice da parábola; EQUAÇÕES DA PARÁBOLA
Fazendo PF = PQ, teremos: (x – p)² + (y – 0)² = (x + p)² + (y – y)² ⇒ x² – 2.p.x + p² + y² = x² + 2.p.x + p² + 0 ⇒
(concavidade para direita)
(concavidade para esquerda) Obs.: Se a parábola tiver a concavidade voltada para cima ou para baixo, teremos:
As equações mostradas acima foram demons-tradas com o vértice das parábolas no ponto (0, 0). Se o vértice for deslocado para o ponto (x0, y0), teremos:
p
dist(PF) = dist(Pr)
(y – y0)² = ±±±± 4.p.(x – x 0)
(x – x 0)² = ±±±± 4.p.(y – y 0)
x² = ±±±± 4.p.y
y² = + 4.p.x
y² = −−−− 4.p.x