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Luzes para a Cidadania Global. Programa de Educação para o Desenvolvimento.

1.º Edição

Impresso na Portugal.

ISBN: 978-84-86025-60-1

Depósito Legal:

Coordenação: Fundação Iberoamericana para a Educação, Ciência e Cultura.

Disponível em: www.fundiber.org/lucesparalaciudadaniaglobal

Equipa de trabalho internacional: Daniel García Goncet, Gloria Arredondo, Martín

Lorenzo Demilio, Vanesa Seguro Gómez, Sofía Borri, Marina Medi, Juan Ernesto Yagüe,

Nelson Costa, Vanessa Queirós, Patrícia Moreira, Eduarda Felício, Anna Heller, Ute

Rössle, Csilla Vincze, Eva Koska, Pal Csonka.

É autorizada a cópia total ou parcial, distribuição por qualquer meio e a tradução a outros idiomas, sempre que seja citada a fonte. Os interessados podem utilizar as propostas didáticas tal como são apresentadas, bem como adaptá-las à sua realidade educativa concreta. De qualquer modo, a fonte deverá ser citada.

Este documento foi produzido com a ajuda fi nanceira da Comunidade Europeia. O conteúdo deste documento é de exclusiva responsabilidade da Fundação Iberoamericana para a Educação, Ciência e Cultura e em modo algum deve considerar-se que refl ete a posição da União Europeia.

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EIXO TEMÁTICO 1: MIGRAÇÕES

UNIDADE DIDÁTICA 1.1: O VALOR DA INTERCULTURALIDADE NA CONSTRUÇÃO DAS CULTURAS.

Atividade 1: Descendemos de migrantes.

Atividade 2: A diversidade de perceções.

Atividade 3: Investiga e dança.

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: TODOS SOMOS MIGRANTES.

Atividade 1: Quantos imigrantes há no meu país?

Atividade 2: Chegadas e partidas.

Atividade 3: Os europeus também são migrantes?

Atividade 4: Histórias de migração.

Atividade 5: Um poema.

EIXO TEMÁTICO 2: DISCRIMINAÇÕES

CONTEÚDO

8

9

10

12

14

16

17

18

21

28

30

32

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UNIDADE DIDÁTICA 2.1: DISCRIMINAÇÃO E ATRIBUIÇÃO DE RÓTULOS.

Atividade 1: O alvo da discriminação.

Atividade 2: Quem é quem?

Atividade 3: Atribuição de rótulos por países.

UNIDADE DIDÁTICA 2.2: POBREZA E DISCRIMINAÇÃO- UM CICLO DIFÍCIL DE ROMPER.

Atividade 1: Duas histórias comparadas.

Atividade 2: Viver com dois dólares por dia.

Atividade 3: A pobreza existe e está em crescimento até nos países mais ricos.

EIXO TEMÁTICO 3: MEIO AMBIENTE E JUSTIÇA CLIMÁTICA.

UNIDADE DIDÁTICA 3.1: TU ÉS O MEIO AMBIENTE.

Atividade 1: Quem é quem?

Atividade 2: A gestão de um ecossistema.

33

34

41

42

44

45

49

51

54

55

56

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Atividade 3: Investiga a tua despensa.

UNIDADE DIDÁTICA 3.2: A ENERGIA E O MUNDO.

Atividade 1: O jogo do mundo.

Atividade 2: Tipos de energia.

Atividade 3: Mapa ecológico da minha escola.

EIXO TEMÁTICO 4: DiREITOS DA CRIANÇA.

UNIDADE DIDÁTICA 4.1: CONHECIMENTOS GERAIS DOS DIREITOS DA CRIANÇA.

Atividade 1: É um direito/necessidade ou um desejo?

Atividade 2: Os direitos da criança no mundo.

Atividade 3: Repórteres fotográficos pelos direitos.

Atividade 4: A infância sem direitos.

UNIDADE DIDÁTICA 4.2: DIREITOS ESPECÍFICOS.

Atividade 1: Direito à educação: Binta e a grande ideia.

62

65

66

68

71

74

75

76

78

80

82

84

85

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Atividade 2: Direito à Educação no mundo.

Atividade 3: Lazer e tempo livre.

Atividade 4: Trabalho infantil no mundo.

FIM

86

91

94

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UNIDADE DIDÁTICA 1.1: O valor da interculturalidade na construção das culturas.

As origens da nossa família e as suas migrações por diferentes regiões e/ou países.

Informa-te com a tua família e completa dos dados da tabela seguinte:

• O que os levou a mudarem-se para outro local? Que histórias há por detrás das migrações?

• Tiveram difi culdades ou ajudas no início para se in-tegrarem? Quais?

• Que aspetos comuns encontras entre os colegas de turma?

• Achas que “herdaste” algo da cultura de origem da tua família? O quê?

ATIVIDADE 1: DESCENDEMOS DE MIGRANTES.

Avó materna

Avô materno

Avó paterna

Avô paterno

Mãe

Pai

Eu

Outro familiar

Lugar de nascimento Lugar de residência Ano de chegada

REFLETE

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REFLETE

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ATIVIDADE 2: A DIVERSIDADE DE PERCEÇÕES.

Sabemos que o tempo é relativo, mas realmente sabemos o que significa isso?

Cada um vive o seu próprio minuto e vamos par-tilhar os resultados.

• Guarda o teu relógio.

• Senta-te em silêncio numa das cadeiras com os olhos fechados.

• O professor vai avisar e vais começar a contar um minuto. Quando o professor disser COMEÇA! Levanta-te e começa a contar um minuto em si-lêncio.

• Quanto terminares de contar até 60 senta-te em silêncio e abre os olhos.

• O silêncio deve ser total!

• O que aconteceu? O que sentiste?

• Consideras que existem diferentes perceções de outras coisas em função da personalidade de cada um? E com as diferentes culturas, que perceções po-dem haver? Procura alguns exemplos. Em que achas que isso influencia a convivência?

«Compreendemos tudo de forma diferente segundo a nossa personalidade, estado de ânimo, cultura, etc. Talvez as coisas não sejam objetivamente diferentes, mas compreendemo-las de forma diferente, como é o exemplo do tempo ».

Fonte : T-KIT Aprendizaje Inercultural. Commission Européenne. Direction Générale Education et Culture. Direction D5: Jeunesse

Politiques et programme, 2001.

UNIDADE DIDÁTICA 1.1: O valor da interculturalidade na construção das culturas.

REFLETE

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REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 1.1: O valor da interculturalidade na construção das culturas.

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As manifestações culturais são o meio pelo qual determinada região ou um país se expressam e pode ser por intermédio de danças, canções, música, artes, vestuário, festas, gastronomia, cons-truções, etc.

Através da convivência diária e da interação, os imigrantes adicionam elementos novos à sua própria cultura e adquirem alguns dos costumes quotidianos da sociedade onde estão acolhidos, contribuindo ao mesmo tempo com elementos culturais para a sociedade onde são recebidos.

O que sabes sobre danças de outras culturas?

Investiga acerca das origens da dança na humanida-de e como se foram transformando nas diferentes danças: Salsa, Tango, Flamenco, Valsa, Tarantela, Mar-zuca, Hula, Bolero, Hip Hop, Samba, Conga, etc.

• Qual a sua origem?

• Foi adaptada por outras culturas? Quais?

• Habitualmente em que países são dançadas?

• Fotografias, mapas ou desenhos.

• Como faz sentir as pessoas que dançam? O que tem a ver com a cultura?

Escolham uma dança e juntem-se em grupos de 3 ou 4 pessoas que tenham escolhido o mesmo tipo de dança. Preparem uma pequena amostra dessa dança com a ajuda do professor. Antes ou depois disso podem fazer uma pequena exposição do que aprenderam de mais importante, respondendo às perguntas anteriores.

• O que descobriram sobre a origem e a criação dos diferentes tipos de dança?

• O que têm em comum todos estes tipos de dança? E de diferente?

• O que achas que as danças refletem e expressam?

• Porque razão pessoas de todas as culturas, mesmo que sejam muito diferentes, dançam?

ATIVIDADE 3: INVESTIGA E DANÇA.UNIDADE DIDÁTICA 1.1: O valor da interculturalidade na construção das culturas.

REFLETE

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REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 1.1: O valor da interculturalidade na construção das culturas.

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UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ATIVIDADE 1: QUANTOS IMIGRANTES HÁ NO MEU PAÍS?

Vamos conhecer quantos imigrantes há no nosso país e de onde vêm.

Tenta responder às seguintes questões:

• Quantos são os imigrantes no nosso país?

• Qual a percentagem em relação aos nativos?

• De que países achas que a maioria provem?

• Quais são as razões para virem?

Compara as tuas respostas com as dos teus colegas e depois com os dados que serão dados pelo professor.

• Respondeste corretamente?

• Em caso contrário, reflitam juntos sobre o motivo da falta de informação verídica.

REFLETE

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UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ATIVIDADE 2: CHEGADAS E PARTIDAS .

Vamos refletir acerca das histórias de migração nas nossas famílias.

Tenta responder a estas perguntas:

• A tua família viveu sempre na cidade onde vive agora?

• Se não, em que ano chegaram? Vieram de algu-ma aldeia ou cidade próxima? Provêm de outra região do país? Ou vinham de outro país?

Completa o esquema em anexo marcando com uma seta quem foram as pessoas migrantes da tua família e de onde vieram. Coloca ao lado da seta o nome da pessoa e o parentesco.

Se na tua família há alguém que atualmente está a viver num sítio diferente de onde vives agora, marca esse elemento da família com uma seta de outra cor até ao local para onde foi. Ao lado da seta es-creve o nome dessa pessoa e o parentesco.

Compara o teu esquema com o dos teus colegas e reflitam:

• Há mais ou menos pessoas migrantes do que pensavas?

• Na tua opinião, quais são as razões que as leva-ram a migrar?

• Consideras que somos todos “um pouco mi-grantes”?

• Reflete e recorda se na tua cidade existem amostras de outras culturas ou países: centros culturais, lojas, restaurantes, monumentos, etc.

REFLETE

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19

REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

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UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

EU VIVO EM ...

CIDADE

REGIÃO

OUTRO PAÍS

OUTRO CONTINENTE

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ATIVIDADE 3:OS EUROPEUS TAMBÉM SÃO MIGRANTES?

Vamos refletir sobre alguns dados das migrações dos povos europeus em diferentes momentos da história.

Grupo 1

Os três gráficos em anexo referem-se à imigração nos Estados Unidos da América desde 1820 até 2010.

• A chegada de imigrantes foi constante nestes 180 anos? O que aconteceu em 1929? Procura na internet.

• De que continente chegaram a maioria dos imigrantes aos Estados Unidos da América?• Hoje em dia há europeus que emigram para os Estados Unidos da América?

Grupo 2

Observa os dados do anexo. O quadro refere-se a um período, entre 1920 e 1957, mar-cado por revoluções, guerras e ditaduras. O gráfico, pelo contrário refere-se a um período de forte crescimento económico, especialmente na Alemanha, França, Bélgica e Suíça.

• Com base nestes dados, achas que a população europeia naqueles anos teve que enfrentar processos migratórios?

• A maior parte das deslocações foram por vontade própria ou foram forçadas?• De que países europeus pensas que provinham os imigrantes que foram para a Ale-

manha, França, Bélgica e Suíça nos anos cinquenta e sessenta? Porque motivos iam para aqueles países?

Grupo 3

Observa os quatro gráficos do anexo e responde:

• ¿Existem processos migratórios em todos os países europeus?

• Os migrantes apenas provêm de países não europeus?

• Há europeus entre os migrantes?

• São mais ou menos do que aqueles que vêm de outros continentes?

• Os imigrantes não europeus vêm dos países mais pobres do mundo? Porquê?

• Indica três países com forte imigração interna.

Cada grupo explica aos outros grupos o que aprendeu sobre os dados com base nas perguntas respondidas.

Depois respondem em grupo turma:

• Hoje a Europa é um local de chegada de muitos migran-tes. No entanto, os europeus são os mesmos migrantes de outros períodos históricos?

• Hoje há europeus que continuam a ser migrantes?

• Quais são as diferentes causas da saída de tantas pessoas ontem e hoje? Façam uma lista.

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

REFLETE

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REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

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UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

12.000.000

10.000.000

8.000.000

6.000.000

4.000.000

2.000.000

128.502538.381

2.814.554

2.081.261

2.081.261

3.694.294

5.248.568

8.202.388

4.295.510

699.375 856.608

2.499.2683.213.749

4.248.203

6.244.379

9.775.398

10.299.430

6.347.380

1.427.337

0

1830

’s18

20’s

1840

’s18

50’s

1890

’s19

60’s

1860

’s19

30’s

1900

’s19

70’s

1870

’s19

40’s

1910

’s19

80’s

1880

’s19

50’s

1920

’s19

00’s20

00’s

TOTAL DE IMIGRANTES POR DÉCADA.

Este gráfi co mostra, por década, o número de imigrantes legais que entraram nos Estados Unidos da América entre 1820 e 2009.

GRUPO 1:

Histórias de imigração de ontem e de hoje, 2014. http://teacher.scholastic.com/activities/immigration/immigration_data/

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UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

EUROPA

EUROPA

ASIA

ASIA

N & S AMÉR

ICA

N & S AMERICA

ÁFRIC

A

AFRICA

OCEANÍA

OCEANIA

NO ESPE

CIFICADO

NO ESPECIFICADO

IMIGRANTES POR REGIÃO, POR PERÍODOS DE 50 ANOS.

Este gráfico mostra, por períodos de 50 anos, o número de imigrantes legais que entraram nos Estados Unidos da América entre 1820 e 2010.

TOTAL DE IMIGRANTES POR REGIÃO.

Este gráfico mostra o número de imigrantes legais que entraram nas diferentes regiões do mundo entre 1820 e 2009

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

1.820 - 1.869 1.870 - 1.919

1.920 - 1.969 1.970 - 2.010

Histórias de imigração de ontem e de hoje, 2014. http://teacher.scholastic.com/activities/immigration/immigration_data/

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GRUPO 2:

DESLOCAÇÕES

1920-1939

Depois da Revolução Bolchevique.Depois da Primeira Guerra Mundial.No período das ditaduras em Itália, Alemanha e Espanha.

1939-1946

Expulsões, transferências e deportações ao longo da II Guerra Mundial.

1945-1957

Expulsões, deportações, transferências e pedidos de refúgio depois da Guerra Fria.

TOTAL:

PESSOAS

7.000.0006.500.0001.500.000

29.600.000

35.000.000

79.600.000

Deslocações de pessoas na Europa no período 1920-1957: Emigração de países europeus até outros países europeus ou não europeus

Paesi europei (Germania, Francia, Belgio, Svizzera)

Paesi extra - europei (America, Australia)

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

Pers

one

(Mig

liala

)

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26

GRUPO 3:

Percentagem de imigrantes no total da população europeia no ano 2010:

35

30

25

20

15

10

5

0

EU -

27

Luxe

mbu

rg

Cyp

rus

Mal

ta

Belg

ium

Gre

ece

Swee

den

Spai

n

Uni

ted

King

dom

Den

mar

k

Irela

nd

Aus

tria

Net

herla

nds

(2)

Italy

Slov

enia

Ger

man

y

Find

land

Cze

ch R

epub

lic

Fran

ce

Hun

gary

(2)

Port

ugal

Slov

akia

Esto

nia

Lith

uani

a

Latv

ia

Switz

land

Liec

hten

stei

n

Nor

way

Icel

and

(1) Data on the number of inhabitants refer to 1 Januar 2011; Bulgaria, Poland and Romania, not avaliable.

(2) Data on the number of inhabitants refer to 1 January 2010; data on inmigrants to 2009.

Source: Eurostat (online data codes: migr_imm1ctz and migr_pop1 ctz)

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

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27

35

30

25

20

15

10

5

0

100

75

50

25

0

Origem dos imigrantes na Europa no ano 2010: Cidadãos de países não membros da União Euro-peia por continente de origem em 2011:

(1) Candidate countries as of 1 January 2010: Croatia, former Yugolav Republic of Macedonia and Turkey. Source: Eurostat (online data code: migr_imm1ctz)

(1) Bulgaria, Poland and Romania, not Avaliable.

(2) 2009

(3) Provisional.

Source: Eurostat (online data code: migr_imm1ctz)

(1) Estimate.

Source: Eurostat (online data code: migr_pop1ctz)

Percentagem de pessoas nacionais e não nacionais entre os imigrantes:

EU -

27

Lith

uani

a

Port

ugal

Esto

nia

Gre

ece

Irela

nd

Fran

ce

Cze

ch R

epub

lic

Den

mar

k

Finl

and

Net

herla

nd (

2)

Ger

man

y

Swee

den

Slov

enia

Uni

ted

King

dom

Mal

ta

Belg

ium

Aus

tria

Latv

ia (

3)

Cyp

rus

Hun

gary

(2)

Slov

akia

Italy

Spai

n

Luxe

mbu

rg

Icel

and

Liec

hten

dtei

n

Nor

way

Switz

erla

nd

Nationals Other EU EFTA EU candidate countries (1)

High HDI countries

Medium HDI countries

Low HDI countries

Unknow

Non-nations

Nationals

AFRICA 29%

OCEANÍA 0,8%

EUROPEexcluding

EU-2737,2%ASIA

21,3%

AMERICA15,8%

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

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28

Ao longo da história do ser humano sempre hou-ve alguma razão para abandonar o local onde se nasceu e mudar-se para viver noutro local.

Lê o texto em anexo e depois debate com os teus colegas:

• Identifiquem no texto as diferentes causas das mi-grações que abordamos na atividade anterior. Há algumas que não tiveram em conta?

• Deem um título ao texto.

Depois de ler o texto em anexo, inventa uma breve história de vida de uma pessoa imigrante, de um país europeu ou em um país europeu, cujo motivo para mi-grar seja um dos que foram anteriormente colocados na lista. Insere a história num contexto atual ou num período que prefiras ao longo do século XX.

Leiam as diferentes histórias e comentem-nas. O con-junto de histórias pode ser agrupado e publicado em papel ou na internet.

O texto em anexo refere que:

« Cada processo migratório implica: esforços e esperanças, saudade e vontade de partir, rejeição e acolhimento, des-ilusões e sucessos ».

Nas histórias de migração que inventaram aparecem al-guns destes aspetos?

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ATIVIDADE 4: HISTÓRIAS DE MIGRAÇÃO.

REFLETE

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29

« A humanidade tem estado sempre em movimento. Desde o processo que levou o homo sapiens sapiens a habitar todo o planeta, sempre existiram grupos de pes-soas que deixaram o local onde nasceram deslocando-se para viver noutros sítios. Podemos ver o resultado destes movimentos no nosso património genético, na composição demográfica, nas características das culturas, nas estruturas das línguas, etc.

As razões de ontem e de hoje que levaram e levam à migração são diferentes: em alguns casos tentam escapar da miséria ou das perseguições políticas ou religiosas, noutros casos apenas têm vontade de viver aventuras, ou têm esperança de encon-trar possibilidades de sucesso e de realização pessoal. Também há muitas pessoas que não escolhem partir, mas são obrigadas a isso quando estão em locais onde há guerra, quando há exclusão de etnias ou inclusivamente quando têm que viver a penosa experiência da deportação.

O século XX testemunhou todos estes diferentes tipos de deslocações de popu-lação e tudo o que cada processo de migração acarreta: esforços e esperanças, sau-dade e vontade de partir, rejeição e acolhimento, desilusões e sucessos. Por vezes a deslocação é de poucos quilómetros, pelo que nem é vivido como uma migração, como o caso de quem se mudou de zonas rurais ou de povoações mais pequenas para cidades e metrópoles. Outras vezes a deslocação é de zonas mais pobres de um continente até zonas mais desenvolvidas e em melhor situação financeira. Este tipo de deslocações levou ao abandono de muitas áreas e ao excesso de população noutras. Ainda há outros casos em que a deslocação é radical: para outros continen-tes, locais com outras condições de meio ambiente ou outros climas ».

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

ANEXO

HISTÓRIAS DE MIGRAÇÃO

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ATIVIDADE 5: UM POEMA.

Vamos conhecer as reflexões de um poeta dos Camarões sobre a importância de se relacionar, conhecer e viver experiências com diferentes culturas e pessoas:.

Viver uma só vidanuma só cidade,num só país,num só universo,viver num só mundoé uma prisão.

Amar um só amigo,um só pai,uma só mãe, uma só famíliaamar uma só pessoaé uma prisão.

Conhecer uma só língua, um só trabalho,um só costume,uma só civilidadeconhecer uma só lógicaé uma prisão.

Ter um só corpo,um só pensamento,um só conhecimento,uma só essência,ter um só seré uma prisão.

NdjockNganaYogo. Nhindô Nero.

• Qual a mensagem que o autor pretende transmitir com este poema? Que partes te chamaram mais à atenção e porquê?

• Debate com toda a turma quais as vossas opiniões e o que vos sugere o poema.

UNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

Lê o poema do poeta camaronês NdjockNganaYogo

PRISÃO

REFLETE

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31

REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 1.2: Todos somos migrantes.

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UNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

Vamos refletir sobre o que é a discriminação e as razões pelas quais atribuímos rótulos às pessoas. Neste caso, a ideia é refletir sobre de que forma a nossa cultura exerce influência na forma como rotulamos certos grupos sociais.

Deste modo, partiremos das perceções que cada um de nós detém, para depois comparar com o trabalho do resto dos colegas da turma.

De igual forma, refletiremos sobre como seria o alvo noutros países e sobre os rótulos que atri-buímos a cada grupo social.

Iremos trabalhar sobre os conceitos de estereó-tipo, preconceito e atribuição de rótulos.

O professor entrega um alvo (Anexo 1a) e alguns cartões com um conjunto de adjetivos (Anexo 1b). Individualmente, os alunos devem colocar os cartões no alvo, sendo o centro o lugar para os adjetivos melhor aceites na nossa sociedade e o exterior para os mais excluídos.

Depois, num alvo de grandes dimensões, os alu-nos colocam ao mesmo tempo os resultados de todos os alvos individuais para depois se retira-rem conclusões.

• Em que aspetos concordaram e em que aspetos diferenciaram as vossas opiniões?

• Porque acham que assim foi?

• Acreditam que este exercício teria os mesmos re-sultados noutros países?

• Porque é que a sociedade discrimina certas pessoas?

• Quais são os adjetivos que mais se atribuem a cada grupo social?

• Quais destes atributos consideram que estão bem empregues? Porquê?

ATIVIDADE 1: O ALVO DA DISCRIMINAÇÃO.

REFLETE

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35

UNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

REFLETE

ANEXO

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

Forte

Nerd

Cego

Jovem

Cr iança

Lo i ro

Moreno

Gordo

Adulto

Magro

Velho

I ncapac itado

Surdo

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

R ico

Mend igo

Desempregado

Pobre

ESTATUTO SOCIOECONÓMICO

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39

ANEXO

HOMBRE

MUJER

SEXO

Heterossexual

Lésb ica

Homossexual

Transexual

B i s sexual

ORIENTAÇÃO SEXUAL

Catól ico Protestante

Judeu

Angl icano

Muçulmano

Bud i sta

RELIGÃO

Negro C igano

Branco

H i ndu Afro-amer icano

Lat i no - amer icano

GRUPO ÉTNICO

UNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

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ACTIVIDADE 2:QUEM É QUEM?

Vamos tentar experienciar os preconceitos e rótulos que por vezes atri-buímos a outros.

Três voluntários saem da sala e ouvem atentamente as indicações que o professor lhes dá no sentido de realizar uma pequena representação de teatro.

Os alunos que ficam dentro da sala formam grupos. Cada grupo escuta atentamente as indicações que o professor lhes dá no sentido de identificar quem é quem na cena que os colegas voluntários irão representar. Devem assistir e ouvir a representação em silêncio.

Após os cinco minutos de representação, os grupos podem, cada um na sua vez, ar-gumentar quem acham que representava quem. Os atores permanecem em silêncio.

Para terminar a atividade, os grupos podem refletir sobre as razões porque «nós» somos sempre os normais e os «outros» são sempre os diferentes.

https://www.youtube.com/watch?v=dBe2ml6mHfo

• Como adivinharam quem era quem?

• Enganaram- se em alguns casos? Porquê?

• Em que se basearam para perceber quem era quem?

• O que mais chamou a atenção?

UNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

REFLETE

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42

Vamos investigar de que forma rotulamos da mesma maneira milhões de cidadãos de um mesmo país.

Inicialmente formam- se grupos, envolvendo todos os alunos da turma. Os grupos podem ser formados de acordo com a escolha dos alunos, podendo o nú-mero de elementos ser igual ou não. O professor en-trega a cada grupo uma ficha com a bandeira de um país, ver Anexo. À volta de cada bandeira, os alunos devem escrever adjetivos que consideram definir o país em questão, bem como os seus cidadãos.

De seguida, cada grupo lê, ao resto da turma, os ró-tulos colocados em cada uma das bandeiras de cada país e todos debatem até que ponto esses rótulos são verdadeiros ou adequados.

Finalmente, cada grupo procura um país parecido com o que anteriormente lhe tinha sido indicado e senta- se ao lado. Isto deve ser feito em silêncio. Uma vez que todos estejam sentados em torno da mesa, dá- se início ao debate. Devem escutar- se com atenção as indicações do professor.

• Quais foram os critérios usados para se formarem os grupos (regionais, riqueza- pobreza, culturais, religiosos)?

• Quem recusou grupos e quem foi recusado?

• O que sucedeu durante o debate?

• Há algum grupo que tenha tentado impor os seus cri-térios?

• Há alguma opinião que tenha prevalecido em relação às outras?

• Como foram as relações entre os países ricos e os países pobres?

ATIVIDADE 3: ATRIBUIÇÃO DE RÓTULOS POR PAÍSES.UNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

REFLETE

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REFLETE

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.1: Discriminação e atribuição de rótulos.

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ANEXO

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ANEXO

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ANEXO

LISTA DE OBJETOS

1. Bombas de oxigénio.

2. Tendas para dormir especializadas.

3. Uma Bíblia.

4. Um Corão.

5. Bússola.

6. Vara de porcos.

7. Purificador de água.

8. Armas de fogo (apenas em poder dos países mais ricos).

9. Combustível para a nave espacial.

10. Bebidas alcoólicas.

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11. Alimentos enlatados (para um mês).

12. Sementes de diferentes vegetais.

13. Protetores de luz solar (apenas para peles brancas).

14. Mala de primeiros socorros.

15. Espécies de árvores tropicais (sem saber se irão adaptar- se).

16. Leite em pó.

17. Sistemas de aquecimento (temperatura similar ao Norte da Europa).

18. Painéis solares.

19. Medicamentos e antibióticos.

20. Bolas.

ANEXO

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UNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

A relação entre pobreza e discriminação. Lê atentamente as histórias de Francesco e Francisco apresen-tadas no Anexo 1a: Em que aspetos se assemelham? Em que aspetos são diferentes?

Depois lê os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos que se encontram no Anexo 1b: Na tua opinião, Francesco e a sua família gozam desses direitos? E Francisco e sua família?

Analisa, preenchendo ao mesmo tempo o quadro.

A Declaração dos Direitos Humanos afi rma que estes direitos devem ser universais. É assim para todas as crianças? A que se deve esta diferença, na tua opinião?

Explica por palavras tuas o esquema:

Art. 22

Art. 23

Art. 24

Art. 25

Art. 26

Art. 27

Francesco Francisco

ATIVIDADE 1: DUAS HISTÓRIAS COMPARADAS.

DISCRIMINACIÓN POBREZA

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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ANEXO

Francesco tem 15 anos e vive em Milão, onde frequenta o segundo ano do colégio. Pensa seguir área da Física, pois desde pequeno sonha ser astrónomo e os seus pais ofereceram- lhe um telescópio para poder observar o céu. Gosta também de tocar guitarra e falar em inglês com outros jovens de ou-tras partes da Europa. Joga futebol na equipa do colégio e, ainda que seja um pouco míope, é um bom guarda- redes porque usa sempre lentes.

Francisco tem 15 anos e vive numa pequena povoação na Guatemala jun-tamente com a sua mãe e os seus seis irmãos mais novos numa casa muito pequena de madeira, sem água, nem luz. Só frequentou a escola três anos e depois teve de desistir para trabalhar num café. A sua mãe, ainda que exerça

um trabalho de homens, recebe um salário muito inferior e que não é sufi -ciente para sustentar toda a família. Francisco gostaria de tocar xilofone, mas não tem dinheiro para comprar um. Ainda assim construiu um artesanal feito de madeira e junco.

Francisco sente muito orgulho nos seus antepassados e nos seus conheci-mentos maias sobre o movimento do sol e das estrelas. Ele gostaria de as poder observar, mas cada dia menos o pode fazer. Nos dias de festa, gosta muito de jogar futebol, principalmente como guarda- redes e, juntamente com os amigos, contruiu uma bola de trapos.

AS HISTÓRIAS DE FRANCISCO E FRANCESCO

UNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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Artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assem-bleia Geral das Nações Unidas a 10 de Dezembro de 1948:

• Artigo 22: Todo o ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

• Artigo 23: Todo o ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

• Artigo 24: Todo o ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

• Artigo 25: Todo o ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, ves-tuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circuns-tâncias fora de seu controle.

• Artigo 26: Todo o ser humano tem direito à educação.

• Artigo 27: Todo o ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de usufruir das artes e de participar no progresso científico e seus benefícios.

ARTIGOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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Hoje em dia, dos cerca de 7 milhões de habitantes da Terra, 1,2 milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, sendo que cerca de metade da população mundial sobrevive com menos de dois dólares (perto de um euro e meio) por dia.

Como imaginas que é a vida dessas pessoas?

Vamos calcular com quanto dinheiro por dia vivemos. Podemos fazê-lo dividindo a renda média anual de um cidadão do teu país por todos os dias do ano. O resultado corres-ponde a uma média diária, ainda que seja necessário ter em conta que as rendas dentro um mesmo país podem variar muito. É necessário calcular também com quantos euros vive uma família de três membros que receba o salário mínimo do teu país (dados que deves pesquisar no sítio do Instituto Nacional de Estatística).

Imagina agora como seria a tua vida se só tivesses ao teu dispor dois dólares por dia. De que forma a tua vida seria diferente? A que coisas irias renunciar? De seguida lê o texto e, juntamente com os teus colegas, reflete sobre outras formas através das quais se pode expressar a pobreza:

« Pobreza é fome. Pobreza é viver sem um teto. Pobreza é estar doente e não poder ir ao médico.

Pobreza é não poder ir à escola e não saber ler. Pobreza é não ter um trabalho. É ter medo do futuro, é viver o dia-a-dia.

Pobreza é perder um filho por culpa da água contaminada.

Pobreza é não ter poder ou representação adequada. Pobreza é falta de liberdade ».

Pobreza é também:• ¿Qué significa ser pobres?

• ¿Pobreza es sólo falta de dinero?

• ¿Te costó imaginarte tan pobre?

• ¿Qué emociones has vivido?

ATIVIDADE 2: VIVER COM DOIS DÓLARES POR DIA.UNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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ATIVIDADE 3: A POBREZA EXISTE E ESTÁ EM CRESCIMENTO ATÉ NOS PAÍSES MAIS RICOS.

Este homem está a procurar, após a hora de en-cerramento do mercado, por um pouco de fruta ou legumes no meio daqueles que os comerciantes deitaram fora no final do dia.

Tal como ele, há muitas pessoas, principalmente en-tre os mais idosos, que se alimentam desta forma, uma vez que os seus rendimentos não são suficien-tes para viver. Podes procurar mais informação no Anexo 3.

Responde às questões e depois discute com os teus colegas::

• Notaste recentemente algum sinal que indique au-mento de pobreza, incluindo no local onde vives? Se sim, descreve o que viste.

• Porque achas que a pobreza tem aumentado tam-bém nos países ricos? Podes ler mais sobre o assun-to no Anexo 3.

• Conheces alguém, no local onde vives, que trabalhe para minimizar as dificuldades destes novos pobres? Podes ler sobre este assunto também no Anexo 3.

• Sabias que pobreza extrema também é uma realida-de no nosso país?

• Achas que no nosso país todos têm os mesmos di-reitos e oportunidades?

• Consideras justo e possível melhorar de alguma for-ma a vida dessas pessoas pobres?

UNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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« Na hora de fecho do mercado, muitas pessoas vão recolher a fruta ou legumes que os comerciantes deitaram fora nesse dia. Entre essas pessoas, a quantidade de idosos é muito significativa, pois as suas pensões não são suficientes para viver.

Segundo uma análise realizada em Itália em 2013, um dos dez países mais ricos do mundo, há cerca de 4,1 milhões de pessoas empobrecidas que pedem auxílio às instituições, organizações ou a outras pessoas para comer. Comparando com 2012, os números aumentaram 10% por cento e nos últimos três anos, o aumento foi de mais de 47 por cento.

Estes são os novos frutos da crise económica dos últimos anos, a qual le-vou à falência muitas empresas e provocou a perda de milhares de postos de trabalho, bom como um número crescente de jovens desempregados que, desta forma, não podem ajudar as suas famílias ou criar as suas.

Em 2011, em Itália, o Sistema Nacional de Estatística (Istat) registou que 11,1% das famílias italianas sofre de «pobreza relativa», um termo que indica que dispõem de um rendimento inferior em cerca de metade relati-vamente à média do país e que mais de 6% vivem em «pobreza absoluta», querendo isto dizer que não têm meios básicos para sobreviver. Atualmen-te a situação é ainda pior.

As instituições públicas e associações privadas que se ocupam em dar assistência aos mais necessitados dizem que cresce constantemente o nú-mero de pessoas que solicitam ajuda, tanto para comer, como para pagar o aluguer da casa. Não são apenas as categorias que sempre estiveram mais em risco como os incapacitados, idosos ou imigrantes, mas também as pessoas que perderam o seu trabalho e não conseguem encontrar outro, vendo- se assim obrigados a pedir ajuda.

O aumento da pobreza não é um problema italiano apenas. Os dados europeus relativos a 2013 mostram que há 18 milhões de pessoas que recebem ajuda alimentar financiada pela União Europeia e 43 milhões de

pessoas que não têm o que comer todos os dias. De entre estas, muitas são crianças. Uma investigação levada a cabo pela Federação Internacional da Cruz Vermelha, em 22 países europeus, revelou que, em 2012, 3,5 mil-hões de pessoas solicitaram assistência à Cruz Vermelha, sendo esta a crise humanitária mais grave da Europa dos últimos sessenta anos.

A crise económica, de acordo com a Cruz Vermelha, deu origem a um novo fenómeno, o dos «trabalhadores empobrecidos», pessoas que têm emprego, mas cujo dinheiro não é suficiente no final do mês.

Uma quarta parte da população europeia está em risco de pobreza, mas o mais grave é o aumento da disparidade entre ricos e pobres: a riqueza concentra- se nas mãos de 10 % dos europeus e a desigualdade, quer en-tre diferentes estados europeus, quer dentro do mesmo estado, aumenta também. Se antes da crise, 20% dos mais ricos de Espanha, ganhava 5,3 vezes mais do que 20% dos mais pobres, em 2011 aumentou a proporção até 7,5 vezes mais.

Durante estes anos, a crise económica mundial levou não só a uma di-minuição da riqueza, mas também, sobretudo, à perda de igualdade e crescimento da exclusão social de largos setores da população. De facto, enquanto os poucos ricos se tornam mais ricos e os pobres mais pobres, reduzem- se os recursos destinados à saúde, à educação, à cultura, à pro-teção do meio ambiente, que, ainda mais do que o dinheiro disponível para cada família, são indicadores de bem-estar coletivo.

Segundo a associação Cáritas, que é um órgão da Igreja Católica para a promoção de caridade, a pobreza é «um fenómeno complexo e multidi-mensional, que não se baseia exclusivamente nos rendimentos, mas tam-bém na satisfação de necessidades básicas, no incumprimento dos direitos humanos fundamentais e invioláveis, bem como na vulnerabilidade, inse-gurança, desigualdade, marginalização, discriminação, exclusão, impotência, falta ou limitação de oportunidades e opções ».

ANEXO 3UNIDADE DIDÁTICA 2.2: Pobreza e discriminação- um ciclo difícil de romper.

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ATIVIDADE 1: QUEM É QUEM?

Nesta atividade vamos aprender sobre o sistema agroalimentar atual, e as consequências que tem para o meio ambiente e as pessoas.

Presta atenção ao vídeo que vais ver :

https://www.youtube.com/watch?v=-qfAGDPaNG0

“Projeto mitos alimentares”. Vão falar-nos de três “mitos”:

• De mãos dadas com os agricultores.

• A tecnologia para crescer mais.

• Alimentar o mundo.

Presta atenção ao que significa cada um deles.

Em seguida, em grupos de 3-5 pessoas, tratem de esta-belecer as relações entre as frases que vos são propostas (Anexo 1) e os três mitos de que vos fala o vídeo.

Que frase corresponde a cada mito?

• Quais são os “mitos alimentares” de que se fala? Por que razão se chamam “mitos”?

• O que é um discurso? Encontraste diferenças entre os dois discursos que o vídeo mostra?

• Por que razão diz que a história da agricultura é desoladora e ao mesmo tempo cheia de esperança?

• O que tem isto que ver com a fome no mundo?

• Que exemplos desta problemática conhe-cem à vossa volta?

• Como consumidores, que alternativas acham que existem para o modelo agroalimentar industrial?

UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente.

REFLETE

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UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente

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ANEXO

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ANEXO 1

FRASES PARA IDENTIFICAR O DISCURSO DE CADA MITO.

1. Temos de duplicar a produção de alimentos até 2050.

2. Necessitamos de sementes transgénicas, pesticidas avançados e fertili-zantes.

3. 50 anos de mito.

4. Os agricultores devem participar ou ficar de fora.

5. Sistema artificial com produtos caros vendidos pelas grandes empresas

6. Monoculturas e quintas de gado industriais

7. É uma “dependência” rápida: (1) As pragas tornam-se resistentes aos inseticidas e o gado fica mais doente, e portanto é necessário usar mais medicamentos. (2) O solo perde a fertilidade, por isso é necessário usar mais fertilizante

8. O agricultor vende a umas quantas empresas distribuidoras que lhe pagam a preços baixos.

9. As famílias agricultoras ganham cada vez menos dinheiro e portanto abandonam a atividade.

10. Não queres alimentar o mundo?

11. A agricultura sustentável funciona melhor em condições desfavoráveis (secas, mudanças climáticas).

12. A agricultura industrial depende completamente do petróleo, que é um combustível fóssil que vai acabar nas próximas décadas e que já está a ficar caro.

13. Romper o ciclo da “dependência” química.

14. Melhores práticas aproveitando os ciclos da natureza: (1) controlo bio-lógico de pragas com outros insetos que combatem as pragas e equi-líbrio natural do ecossistema (2) solos sãos com fertilidade natural e adubo orgânico, diversidade de plantas e rotação de culturas.

15. Não necessariamente bens de consumo cada vez mais caros.

16. Evitar esgotar as reservas de água e a fertilidade do solo.

17. Contaminação dos seres humanos, animais, solo e água com os pro-dutos químicos.

18. Hoje em dia, os pequenos agricultores já produzem 70% dos alimentos do mundo.

19. Com os alimentos que se produzem atualmente, já temos 2800 calo-rias por pessoa por dia, suficiente para alimentar todos os seres huma-nos da terra.

20. 1/3 dos alimentos que se produzem acabam no lixo.

21. 1/3 dos alimentos que se produzem não são para alimentação do ser humano mas sim para o gado ou para biocombustíveis.

UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente.

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Nesta atividade, vamos ver que, muito frequen-temente, na gestão de um ecossistema há in-teresses em conflito e incompatibilidades nas utilizações que se fazem do meio natural.

Veremos que as decisões que se tomam no que diz respeito a um ecossistema por vezes têm consequências irreversíveis para os habitats.

Vamos gerir um ecossistema! Em primeiro lugar vamos formar gru-pos de 3-4 pessoas. Cada grupo irá assumir um dos papéis seguintes:

• Empresas de turismo.

• Cooperativa agropecuária.

• Empresa florestal.

• Organismo ecológico provincial.

• Empresa construtora.

Durante 30 minutos todos os grupos, menos a comissão técni-co-científica, vão trabalhar sobre as diversas formas de gerir e aproveitar o espaço natural que se mostra na fotografia da página a seguir (Anexo 2), elaborando um projeto concreto (descreven-do o ambiente, a área do projeto, os planos com as ações a rea-lizar, etc.).

A Comissão Técnico-científica, por seu lado, encarrega-se de pen-sar nas atividades que se podem, e as que não se podem, realizar, em cada um dos ecossistemas, e vai escrever as “leis” e “normas” de gestão dos territórios.

Depois se procederá ao debate que será controlado pela co-missão técnico-científica. Cada grupo terá 3 minutos para expor as próprias propostas sem ser interrompido. Depois de todas as exposições terem sido feitas à vez, cada grupo pode criticar as visões do resto dos grupos de modo ordenado e durante 10 minutos.

No final, a comissão técnico-científica terá a última palavra sobre as atividades que se podem ou não se podem realizar.

• Que protagonistas não conseguiram chegar a acordo? Porquê?

• Foi fácil decidir que atividades se podem rea-lizar e quais não se podem realizar?

• Foi fácil decidir o que está bem ou o que está mal? No final, que decisão se tomou? Porquê?

ATIVIDADE 2:A GESTÃO DE UM ECOSSISTEMA.UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente.

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ANEXO 2UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente

ecossistema a gerir

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A origem da nossa comida, e os impactos re-lacionados que o modelo de alimentação atual tem sobre a nossa saúde e o mundo.

Procura na despensa da tua casa ou da escola os ali-mentos que consomes habitualmente e preenche a fi-cha que se segue em Anexo.

Depois reúnam-se em grupos de 3-4 e respondam às perguntas que se seguem:

• O produto é principalmente de origem animal ou vegetal?

• Que problemas ou benefícios têm os aditivos deste produto para a nossa saúde?

• Que impacto tem sobre o meio ambiente (resíduos, embalagem, poluição da água, do ar e do solo)?

• Onde e como se produz? Quais são problemas ou benefícios para as pessoas e o meio ambiente des-sa zona?

• Há alimentos que criam mais problemas do que ou-tros? Porquê?

• Que benefícios têm ou que problemas achas que causam os alimentos que consumimos normalmente? Porquê?

• Como poderias evitar os problemas que a nossa ali-mentação causa, com base num sistema de produção industrial?

• Toda a classe deve escrever as respostas numa folha de cartolina e pendurá-la na classe.

ATIVIDADE 3: INVESTIGA A TUA DESPENSA.UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente

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ANEXO

PROCURA NA DESPENSA :

PRODUTO ADITIVOS ORIGEM

GEOGRÁFICA

TIPO DE

EMBALAGEM

INGREDIENTES PRINCIPAIS

ORIGEM DO PRODUTO

(AGRÍCOLA, PECUÁRIO, PESCA)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

UNIDADE DIDÁTICA 3.1: Tu és o meio ambiente.

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Nesta atividade vamos ver como se distribui a popu-lação no mundo em função dos continentes. Depois vamos ficar a saber como se reparte o consumo de energia e o produto interior bruto nas diferentes re-giões do mundo.

Em primeiro lugar, iremos colocar o nome dos cinco continentes em cinco folhas de papel e vamos distribuí-las pela classe. Em seguida, representamos a população mundial. Têm que a distribuir pelos continentes que representámos exatamente como acham que está dividida.

Para representar a população mundial, tem de se dividir os participantes pelos continentes de acordo com o número de habitantes que acham que há em cada continente. Para isso é necessário perguntar a vós próprios: se as pessoas nesta classe representassem todos os habitantes do mundo, quantos habitantes há em África, na Ásia, na América do Sul e América do Norte, na Europa, na Austrália e na Oceânia? Quando estiverem todos posicionados, o/a professor/a irá dar-vos os resultados verdadeiros. Quando vocês souberem as estatísticas corretas de pessoas por continente, coloquem em cada continente a quantidade de cadeiras que lhes corresponde.

Agora vamos representar o produto interno bruto (PIB) por continente usando as canetas. Se tivermos o mesmo número de canetas que de participantes, e as canetas representarem o PIB mundial, têm que as dividir segundo acharem que está dividido o PIB mundial em função dos continentes. Quando estiverem todos posicionados, o/a professor/a irá dar-vos os resultados verdadeiros.

Para finalizar vamos representar o consumo de energia do mundo. Vamos ter o mesmo número de balões que de participantes. Uma vez mais, dividam o número de balões de acordo com o que acham que é o consumo de energia por continen-te. Quando estiverem todos posicionados, o/a professor/a irá dar-vos os resultados verdadeiros e podem encher os balões.

• Ficaram surpreendidos com a distribuição da população mundial? Era o que esperavam?

• Existe uma relação entre os países mais povoados e os que consomem mais energia?

• A que acham que se deve? Existe uma relação entre os países mais ricos e os que consomem mais energia? A que acham que se deve?

• Então o que sucede numa parte do mundo afeta o res-to? Como?

• O que tem isto que ver com o cumprimento dos direi-tos humanos nos diferentes países?

ATIVIDADE 1: O JOGO DO MUNDO.UNIDADE DIDÁTICA 3.2: A energia e o mundo.

REFLETE

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UNIDADE DIDÁTICA 3.2: Tu és o meio ambiente.

REFLETE

ANEXO

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ATIVIDADE 2: TIPOS DE ENERGIA.

Com esta atividade os alunos vão investigar os diversos tipos de energia e o impacto que têm sobre as mudanças climáticas.

Divide-se a classe em grupos de 4-5 pessoas. Será atri-buída uma fonte de energia a cada grupo. Numa pri-meira fase, terão de investigar o tipo de energia que lhes toca, investigando:

• Como funciona.

• Se é renovável ou não.

• Quais são as vantagens e os inconvenientes.

• De onde se pode obter, locais do mundo onde se pode encontrar.

Em seguida, cada grupo terá um mural ou colagem com revistas e jornais que já não são necessários, no qual representem o que investigaram e que irão expor na classe.

• Quais são as fontes de energia mais comuns no nos-so dia-a-dia?

• Qual acham que é o inconveniente mais importan-te das fontes de energia que utilizamos diariamente? Porquê?

• Como podemos reduzir o consumo destas fontes de energia?

UNIDADE DIDÁTICA 3.2: A energia e o mundo.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 3.2: Tu és o meio ambiente.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 3.2: A energia e o mundo.

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Vamos analisar se a nossa escola é ecológica ou não, e também vamos realizar propostas para melhorar a sustentabilidade da escola e reduzir o consumo de energia.

A classe vai dividir-se em grupos de 4 ou 5 alunos. Cada grupo deve realizar um esquema (mapa) dos comparti-mentos diferentes da escola que lhes tenham sido atri-buídos (quartos de banho, salas dos funcionários, ginásio, aulas, etc.). Com a ajuda destes mapas, irão examinar os compartimentos e avaliar o consumo de eletricidade, o desperdício de energia, a iluminação desnecessária. Vão colar no mapa etiquetas de cores que irão representar os pontos onde existem problemas:

• As etiquetas vermelhas irão representar o consumo de energia.

• As etiquetas azuis irão representar a perda de energia.

• As etiquetas amarelas irão representar a iluminação desnecessária.

Quando regressam à classe, os grupos vão comentar a experiência que tiveram e propor algumas melhorias possíveis que irão escrever noutra folha. Os mapas, jun-tamente com as propostas de melhoria, colocam-se num placard com pionés, ou então penduram-se de uma cor-da de estender a roupa.

• O centro escolar consome muita energia? Como se pode reduzir o consumo? O que podemos fazer?

ATIVIDADE 3: MAPA ECOLÓGICO DA MINHA ESCOLA.UNIDADE DIDÁTICA 3.2: Tu és o meio ambiente.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 3.2: A energia e o mundo.

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UNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança.

Vamos refletir sobre a diferença entre desejos e necessidades e no facto de haver necessidades que são comuns entre os indivíduos.

Inicialmente formaremos grupos de 4-5 elementos. De seguida vamos ler o seguinte texto:

« Cada um de vocês faz parte da tripulação de uma nave especial que ia reunir-se com a “nave mãe” na superfície da lua. Devido a dificuldades mecânicas que surgiram, a nave espacial teve que alunar num local que ficava a 350 quilómetros do sítio onde tinha que se encontrar com a outra nave. Durante a alunagem, grande parte da bagagem que vocês levavam estragou-se e sofreu graves danos. Visto que a sobrevivência da tripulação, ou seja, de cada um de vocês, depende de poderem chegar à “nave mãe” devem selecionar o material mais importante para levar, deixando o menos importante ».

Colocar em primeiro lugar o mais importante, em segundo o que se segue no que diz respeito à importância e assim sucessivamente até ao nº 16 que será o de menor importância.

Primeira parte (5 minutos): individualmente cada elemento do grupo ordena por ordem de importância os objetos que ficariam ilesos depois da alunagem e coloca a numeração na coluna INDV.

Segunda parte: Cada um expõe a sua tabela ao resto do grupo, cheguem a um acordo e escrevam os resultados na coluna GRUPO.

Terceira parte: Quando todos os grupos tiverem completado a coluna GRU-PO, passam para um trabalho em grupo turma, para que, entre todos os ele-mentos da turma, completem a coluna NASA. Não podem levar todos os objetos, apenas os primeiros da lista

• Foi simples chegarem a um acordo? Porquê? Quais são os motivos para terem excluído os elementos eliminados? Agora que realiza-ram este jogo, conseguem explicar as diferenças entre necessida-des e desejos? Quais são? O que é para ti um direito?

• Tens tudo o que necessitas para viver? Consideras que todas a pessoas têm? Achas que todas as pessoas deveriam ter o que ne-cessitam para viver?

• Tens tudo o que desejas? Consideras que todas as pessoas deve-riam ter tudo o que desejam?

ATIVIDADE 1: É UM DIREITO/NECESSIDADE OU UM DESEJO?

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança

OBJETOS ILESOSNASA GRUPO INDIV.

Caixa de fósforos.

Comida enlatada.

Um pote de Nutella.

Utensílio para aquecer alimentos.

Um jogo de Xadrez.

Três garrafas de Coca-cola.

Duas garrafas de oxigénio.

Um mapa da lua.

Caixa de maquilhagem.

Uma bússula.

25 litros de água.

Foguetes.

Caixa de primeiros socorros.

Um rádio, não só recetor, mas também transmis-sor, de frequência modulada, que funciona acu-mulando energia quando exposto à luz do sol.

Duas pistolas, calibre 45.

Um bote salvavidas.

LISTA DE OBJETOS ILESOS DEPOIS DA ALUNAGEM:

REFLETE

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Vamos refletir acerca da situação da infância a nível global. Conheceremos quais as problemáti-cas da infância no que diz respeito à exploração, identidade e aos direitos relacionados com a so-brevivência.

Na atividade anterior conhecemos o conceito de direito vin-culado às necessidades que cada pessoa tem para alcançar o seu desenvolvimento ideal.

No caso da infância, os diferentes tipos de direitos têm a ver com:

• Direitos relativos à sobrevivência.

• Direitos relativos ao desenvolvimento.

• Direitos relativos à proteção.

• Direitos relativos à participação.

Cada elemento da turma deverá ler um artigo da Convenção sobre os direitos da criança e deverá inclui-lo numa das cate-gorias acima mencionadas.

• Consideras que há direitos mais importan-tes do que outros? Porquê?

• Que direitos pensas que são violados com mais frequência?

• Onde, porquê e por quem?

• No teu caso, achas que não usufruis de al-gum direito?

ATIVIDADE 2: OS DIREITOS DA CRIANÇA NO MUNDO.UNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança

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Vamos ver como os direitos da criança são viola-dos em diferentes partes do mundo.

Inicialmente a turma será dividida em 4 grupos. Cada grupo encarregar-se-á de fazer uma colagem ou notícia relacionada com a violação ou vulnerabilidade de algum direito da criança.

Quando todos os elementos do grupo tenham lido o material entregue, elaborem uma notícia/colagem, relacionada com este tema:

• Reúna dados relacionados com o tema tratado,

• Relacione a notícia com a realidade do nosso país (achas que ocorre no teu país? como se poderia melhorar?),

• Imagem ou imagens (desenhos, fotografias) que represen-tem o corpo da notícia.

• Termine com uma reflexão relacionada com as perguntas propostas no final da informação dada.

Os grupos de trabalho deverão trabalhar na redação de uma notícia sobre como se violam os direitos da criança no mundo e posteriormente poderão expô-la na sessão seguinte. Além da colagem também se pode realizar uma página de jornal através de um modelo extraído da internet.

• Que notícia chamou mais à atenção e porquê?

• Nas diferentes notícias, quem consideras que se deve encarregar de vigiar o cumpri-mento dos direitos da criança?

• Conheces alguma situação parecida no teu país ou na tua cidade? Qual?

• Achas que há alguma coisa que os adoles-centes podem fazer para zelarem pelos di-reitos da criança?

ATIVIDADE 3: REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS PELOS DIREITOS.UNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança

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Vamos realizar um jogo cujo objetivo é vivenciar os sentimentos que decorrem do desrespeito dos direitos.

Divididos em grupos de 6, façam uma visita à can-tina e à escola com as explicações do vosso pro-fessor.

Como te sentiste?

Quando não tive direito...

Quando tive direito...

Quando os meus colegas não tiveram direito...

• Achas que todas as crianças e jovens têm direito a ir à escola ou a comer como tu?

• Alguma vez tiveste um “cartão laranja” na tua vida?

• Quem tem “cartão laranja” na vida? Que normas ou situações impedem que se cum-pram os direitos?

• Consideras que é importante que todas as crianças tenham estes direitos?

• O que podes tu fazer?

ATIVIDADE 4: A INFÂNCIA SEM DIREITOS.UNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.1: Conhecimentos gerais dos direitos da criança

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UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

Binta e a grande ideia é um documentário que reflete a educação em África. Vamos destacar o minuto 2:40 até ao 5:40, onde é feita uma reflexão sobre o significado da educação e sobre todas as capacidades que a educação desen-volve nos indivíduos. Lê as seguintes questões antes de ver o vídeo, pois elas ajudar-te-ão a participar posteriormente no debate:

http://www.youtube.com/watch?v=WEKAO0T8nGk (subtítulos en castellano).

http://www.youtube.com/watch?v=Tr9b4jiK1aU (escena en la escuela, subtí-tulos en castellano).

https://www.youtube.com/watch?v=lE8-QeON93Q (subtítulos en inglés).

• Segundo o vídeo, todos somos iguais? Temos algo em comum?

• Porque é que o Binta gostava de ir à escola?

• O que aconteceu à prima do Binta? Qual é a opinião do Binta em relação à sua prima?

• Quais as implicações mais importantes da educação para as crianças?

• Consideras que o professor tem razão?

• Que valores promove a educação?

• Uma pessoa que não estuda pode desenvolver os mesmos va-lores que uma pessoa que estuda?

• Que melhorias há na situação de uma criança que vai à escola?

ATIVIDADE 1: DIREITO À EDUCAÇÃO: BINTA E A GRANDE IDEIA.

Com esta atividade vamos refletir sobre a educação e a sua importân-cia para todas as capacidades e oportunidades pessoais e sociais que uma pessoa com formação escolar vai desenvolvendo.

REFLETE

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Nesta atividade veremos como está a si-tuação da educação no mundo.

Inicialmente a turma deve ser dividida em 4 grupos. De se-guida, observem os mapas informativos sobre a situação da educação no mundo (Anexo 1) e respondam às perguntas que estão depois aos mapas. Se não souberem o nome de um país podem encontra-lo no mapa-mundo (Anexo 2) que se encontra no final da atividade.

Quando terminarem, um elemento de cada grupo explicará aos colegas quais as conclusões da atividade.

• Que países têm pior acesso à educação? Porquê?

• O que significam os países que estão em branco? Que continente tem piores dados nesta pesquisa? Como está o teu país nesta estatística?

• Que aspetos vos chamaram à atenção nestes mapas?

• Consideras que a educação é um gasto ou um inves-timento?

• O que achas que farias se não tivesses educação? Quanto achas que já foi investido na tua educação? Te-rás que devolver esse dinheiro a alguém?

ATIVIDADE 2: DIREITO À EDUCAÇÃO NO MUNDO.UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

REFLETE

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específi cos.

Taxas de alfabetização por país:

Cinzento: Sem informação (Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano 2012)

Qual o continente que apresenta as mais baixas taxas de alfabetização? Qual o continente que apresenta as melhores taxas?

Quais os países que apresentam uma taxa de alfabetização similar à do seu país? Quais as razões para esse facto?

Escreva uma lista de países onde menos de metade da população é alfabetizada.

Nos mapas temáticos presentes no site http://www.worldmapper.org , o território está deformado na proporção do tema em questão.

Estes três planisférios mostram como é a educaçao das mulheres no mundo, no que diz respeito ao ensino obrigatório e não-obrigatório, e os valores respeitantes ao investimento público na Educação.

No site, pode-se encontrar mais informação sobre a Educação no mundo.

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ANEXO 1

SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO MUNDO.

UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específi cos.

Mulheres que não frequentam a Escola Primária. Ensino não obrigatório

http://www.worldmapper.org/display.php?selected=201 http://www.worldmapper.org/display.php?selected=203

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específi cos.

Investimento público no Ensino Primário.Quais os países que mais negligenciam a educação das mulheres? Em que continentes crianças (meninos e meninas) têm igual acesso à Educação?

Que conclusões se pode retirar do mapa do ensino não obriga-tório?

Compare a informação que encontra no mapa do investimento público em Educação Primária no mundo com as taxas de alfabeti-zação por país. Ambos os factos estão relacionados?

É possível encontrar uma relação entre o alargamento da esco-laridade com o desenvolvimento de um país? É a Educação que promove o desenvolvimento? É o desenvolvimento que promove a Educação?

http://www.worldmapper.org/display.php?selected=207

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ANEXO 2UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

MAPA DE APOIO PARA CONSULTAR O NOME DOS PAÍSES.

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O lazer e o tempo livre são direitos reconheci-dos na Convenção Internacional sobre os Direi-tos da Criança, já que é um elemento importan-te no desenvolvimento psicossocial de qualquer pessoa e mais ainda no caso da infância, sendo por isso um valor a preservar.

Muitas vezes, não temos consciência da impor-tância deste tempo, muito menos das habilidades que perdemos quando não dispomos de tempo de lazer saudável. Por isso, a primeira parte da atividade tem como objetivo proporcionar aos/às participantes a noção da importância do lazer e do tempo livre.

Em grupo começam por apontar no quadro as atividades que realizam no vosso tempo livre de forma generalizada a toda a turma. Posteriormente, na outra parte do quadro, apontar-se-á que outras coisas gostariam de fazer se tives-sem mais tempo livre.

De seguida, completarão a ficha do Anexo 3. Têm que pin-tar, utilizado o código de cores indicado, como distribuem individualmente, o vosso tempo livre ao longo do dia.

• Porque é tão importante o lazer e o tempo livre?

• O que gostarias de fazer e não podes por falta de tempo?

• O tempo ocupado parece-te excessivo? Con-sideras que poderias aproveitar melhor o teu tempo livre? Praticas atividades de lazer? Quais?

ATIVIDADE 3: LAZER E TEMPO LIVRE.UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

REFLETE

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ANEXO 3

DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO AO LONGO DO DIA.

Tempo de descanso

Comida e higiene pessoal

Trabalho ou estudo

Atividades de lazer

Tempo livre

CÓDIGO DE COLORES:

UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

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Nesta atividade, vamos comparar os relógios ela-borados na sessão anterior com outras crianças que trabalham e tentaremos realizar uma com-paração com a realidade dos distintos países. Também veremos dados sobre o trabalho infan-til no mundo e compararemos essas realidades ao que ocorre nos nossos países de origem.

De seguida, o professor entregará a cada um um “relógio” como o que realizaram na atividade anterior, com a história de uma criança trabalhadora.

Comparem o vosso relógio com os que vos foram dados e analisem como é a vida de uma criança explorada: Quanto tempo dedicam à escola, quanto tempo dedicam em des-locações até ao local de trabalho ou de estudo, se realizam atividades de lazer, etc.

• Sabes identificar a diferença entre lazer e tempo livre?

• Podes identificar casos de trabalho infantil no teu meio?

• Que trabalhos conheces que sejam realizados por crianças no teu país?

• Como achas que poderias utilizar melhor o teu tempo livre e quais são os impedimentos para os realizares?

ATIVIDADE 4: TRABALHO INFANTIL NO MUNDO.UNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.

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ANEXOUNIDADE DIDÁTICA 4.2: Direitos específicos.