luiz gonzaga - vida e obra :::  · fizeram shows por todo o país com "a vida de...

22
LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Upload: dodan

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Luiz Gonzaga (1912-1989)

Músico brasileiro, sanfoneiro, cantor e compositor, Luiz Gonzaga foi o responsável pela valorização dos ritmos nordestinos.

Levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música "Asa Branca" feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada

por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do nordeste brasileiro.

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara em Exu, sertão de

Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Filho de

Januário José dos Santos, o mestre Januário, "sanfoneiro de 8

baixos" e Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Luiz

Gonzaga desde menino já tocava sanfona. Aos 13 anos, com

dinheiro emprestado compra sua primeira sanfona.

Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio e nas horas vagas

tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com

ele que Luiz aprendeu a tocá-lo. Não era adolescente ainda

quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de

início acompanhando seu pai.

Antes dos dezoito anos Luiz teve sua primeira paixão:

Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o

coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro e

ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazaré namoraram

algum tempo escondidos e planejavam o futuro.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Januário e Santana lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça. Revoltado por não poder casar-se

com a moça e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército no Crato

(Ceará).

Com a Revolução de 30 viaja pelo país. Em 1933, servindo em Minas Gerais, é reprovado num concurso de músico para o

exército, passa a ser o corneteiro da tropa. Tem aulas de sanfona com o soldado Domingos Ambrósio.

Luiz Gonzaga deixa o exército, depois de nove anos sem dar notícias à família. Foi para o Rio de Janeiro e passou a tocar nos

mangues, no cais em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro.

Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio

Nacional, solou uma música sua, "Vira e mexe" e ficou em primeiro lugar.

A partir de então, começou a participar de vários programas

radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros

artistas. Tocando como sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário,

é descoberto e levado pela gravadora RCA Vitor, a gravar seu primeiro

disco.

Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham

artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio

Tamoio e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em

1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino

e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e

mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa

época, recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Sua parceria com Miguel Lima decolou e várias músicas

fizeram sucesso: "Dança, Mariquinha" e "Cortando Pano",

"Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos", agora gravadas

pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua Gonzaga. No

mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto

Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com

músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos.

Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra"

(1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948)

e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950).

Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho

com a cantora e dançarina Odaléia. E em 1948, casou-se com

Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas,

seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de

deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950,

fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa

Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase

áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.

Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco. O Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a

popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida"

(1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Suas músicas começaram a ser regravadas pelos jovens cantores:

Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, que o citavam como uma das influências. Durante os anos 70, fez shows no

Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos elba Ramalho, Milton

Nascimento etc. Cantou para o Papa Paulo II em Fortaleza. Cantou em París a convite da cantora amazonense Nazaré

Pereira. Recebeu o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro pelo disco "Sanfoneiro Macho". Sua dupla com

Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e

começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500

canções.Em 1988 se separa de Helena e assume o relacionamento com Edelzita Rabelo.

Luiz Gonzaga foi internado no Recife, no Hospital Santa Joana, no dia 21 de junho de 1989 e no dia 2 de agosto veio a falecer

vítima de parada cardiorrespiratória. Foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

CRONOLOGIA DA VIDA DE LUIZ GONZAGA

1912

Dia 13 de dezembro, sexta-feira. Nasce LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO, na Fazenda Caiçara em Exu, situada junto a

Serra do Araripe, Pernambuco. Segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos, o Mestre Januário, sanfoneiro de 8

baixos afamado na região e Ana Batista de Jesus, conhecida por Santana.

1920

O filho do Mestre Januário recebe seu primeiro cachê ao

tocar substituindo o sanfoneiro em festa tradicional na

fazenda: 20$000 (vinte mil réis). Ainda adolescente, torna-se

conhecido em boa parte das regiões vizinhas.

1926

Aos treze anos, Luiz Gonzaga compra sua primeira sanfona,

na cidade de Ouricuri, graças ao empréstimo concedido pelo

coronel Manoel Ayres de Alencar: um 8 Baixos, Koch, marca

veado, igual ao do Mestre Januário, ao preço de 120 mil réis.

Quando saldou sua dívida, anunciou ao coronel Ayres que

não iria mais trabalhar com ele, pois a partir de então, seria

sanfoneiro profissional.

1929

Participa de um grupo de escoteiros e conhece Nazarena, por quem se apaixona e com quem namora às escondidas. Rejeitado

pelo pai da moça, de família importante, aproveita o dia da feira e vai tirar satisfações da desfeita armado com uma faquinha,

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

após uns goles de cana. Leva uma surra de Santana e foge de casa para o

Crato, no Ceará, onde vende sua sanfoninha de 8 baixos.

1930

Luiz Gonzaga aumenta sua idade para sentar praça no Exército, na cidade de

Fortaleza. Com o advento da Revolução de 30 segue em missão militar pelo

Brasil como soldado Nascimento. Mestre Januário consegue reaver a

sanfona vendida no Crato por 80 mil réis, através de um amigo, o Sr. José

Lindolfo.

1931

Após o término do tempo legal de serviço militar, o soldado Nascimento

escolhe continuar servindo no Exército, instituição que representou o papel

de uma grande e importante escola. Nas horas vagas acompanhava, pelos

programas de rádio, os sucessos musicais da época.

1933

Por não conhecer a escala musical, é reprovado num concurso para músico

numa unidade do exército em Minas Gerais. Vira tambor-corneteiro e ganha

o apelido de "bico de aço".

1936

Gonzaga aprende a tocar sanfona de 120 baixos em Minas Gerais, com um

soldado de polícia chamado Domingos Ambrósio. Para treinar, adquire uma

sanfona de 48 baixos e aproveita as folgas da caserna para tocar em festas.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1938

Gonzaga é ludibriado por um caixeiro-viajante, a quem paga 500 mil réis em prestações mensais para adquirir uma sanfona

branca, Honner, de 80 baixos. Foge do quartel em Ouro Fino (MG), para ir buscar a sanfona em São Paulo. Lá chegando,

descobre que não vendiam sanfona no endereço que o caixeiro lhe dera. Ao retornar ao hotel onde se hospedara, acaba

comprando uma sanfona igualzinha à que tinha ido buscar, pelo valor das prestações que faltavam pagar, 700 mil réis e que ele

havia arrecadado com a venda da sanfona de 48 baixos.

1939

Luiz Gonzaga dá baixa das Forças Armadas, impulsionado

por um decreto que proibia para os soldados um

engajamento superior a dez anos no Exército. Desembarca

no Rio com bilhetes comprados para Recife, de navio e Exu,

de trem. Enquanto aguardava a chegada do navio que o

levaria ao Recife, resolve conhecer o Mangue, o bairro

boêmio vizinho. E lá, com sua sanfona Honner branca, faz

sucesso tocando valsas, tangos, choros, foxtrotes e outros

ritmos da época. Através de um músico amigo, o baiano

Xavier Pinheiro, casado com uma portuguesa, Gonzaga vai

morar no morro de São Carlos, à época tranqüilo reduto

português no Rio.

1940

Luiz Gonzaga modifica o seu repertório, pressionado por estudantes cearenses e consegue tirar nota máxima no programa

Calouros em desfile, de Ary Barroso, na Rádio Tupi executando a música Vira e Mexe, um "xamego" (chorinho) lá do seu pé-

de-serra. Pouco tempo depois vai trabalhar com Zé do Norte no programa A hora sertaneja, na Rádio Transmissora. Chega ao

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Rio seu irmão José Januário Gonzaga, fugindo da seca devastadora e trazendo um pedido de ajuda por parte de Santana. Zé

Gonzaga passa a morar com o irmão.

1941

5 de março. Data da primeira participação de Luiz Gonzaga

numa gravação da Victor, atuando como sanfoneiro da dupla

Genésio Arruda e Januário França, na "cena cômica" A

viagem de Genésio. Seu talento chama a atenção de Ernesto

Augusto Matos, chefe do setor de vendas da Victor. E no dia

14 de março Luiz Gonzaga grava, assinando pela primeira vez

como artista principal e exclusivo da Victor, quatro músicas

que são lançadas em dois 78 rotações. É publicada a primeira

reportagem sobre Luiz Gonzaga na revista carioca Vitrine,

com o título Luiz Gonzaga, o virtuoso do acordeom. Ainda

em 41, Gonzaga grava mais dois 78 rotações. O sucesso havia

chegado e Gonzaga já era chamado como "o maior sanfoneiro

do nordeste e até do Brasil".

1944

O apelido "Lua", invenção de Dino 7 Cordas pelo rosto arredondado de Gonzaga, é divulgado pelo radialista Paulo Gracindo

na Rádio Nacional.

1945

11 de abril. Luiz Gonzaga grava o 25º disco de sua carreira como sanfoneiro e o primeiro como cantor, com as músicas Dança

Mariquinha, mazurca de sua autoria com letra de Miguel Lima e Impertinente, polca também de sua autoria, instrumental.

Mas a afirmação como intérprete só chega com o 31º disco, lançado em novembro, pelo sucesso estrondoso da mazurca

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Cortando o pano, uma parceria com Miguel Lima e Jeová Portella. Em 22 de setembro nasce Luiz Gonzaga do Nascimento

Júnior, Gonzaguinha, fruto de um relacionamento com a cantora Odaléia Guedes. Desejoso de encontrar o parceiro certo

para expressar sua musicalidade sertaneja, Luiz Gonzaga procura o cearense Lauro Maia. Este apresenta-lhe o cunhado,

também cearense, advogado e poeta, Humberto Teixeira. Era o mês de agosto. Esse primeiro encontro rendeu a primeira

parceria, No meu pé de serra, xote que só seria gravado em novembro do ano seguinte.

1946

No mês de outubro o conjunto Quatro Ases e um Coringa,

da Odeon, acompanhado pela sanfona de Luiz Gonzaga,

grava a segunda parceria de Gonzaga e Humberto Teixeira, a

música Baião, sucesso em todo país. Depois de receber a

visita de Santana, Gonzaga volta à sua terra exu, após 16 anos

ausente. No retorno para o Rio, passa pela primeira vez no

Recife, participando de vários programas de rádio e muitas

festas. Nesse momento conhece Sivuca, Nelson Ferreira,

Capiba e Zédantas estudante de medicina, músico por

vocação, apaixonado pela cultura nordestina.

1947

Luiz Gonzaga grava em março o 78 rpm que se tornaria um

clássico da música brasileira: a toada Asa Branca, sua terceira

parceria com Humberto Teixeira, inspirado no repertório de

tradição oral nordestino. A partir desse ano, Luiz Gonzaga

adota o chapéu de couro semelhante ao usado por Lampião,

a quem tinha verdadeira admiração, à sua apresentação

artística, - embora a Rádio Nacional ainda não o permitisse

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

apresentar-se 'como cangaceiro' nos seus programas -

assumindo, ao mesmo tempo em que também plasmava, a

identidade nordestina no cenário nacional.

Num domingo de julho, Gonzaga conhece na Rádio

Nacional, a contadora Helena das Neves Cavalcanti e a

contrata para ser sua secretária. Rapidamente o namoro

acontece e Gonzaga pensa em casar.

1948

No dia 16 de junho Luiz Gonzaga e Helena casam-se no Rio

de Janeiro e passam a morar, juntamente com a mãe de

Helena, dona Marieta, no bairro de Cachambi.

1949

Aproveitando uma folga entre as gravações, Luiz Gonzaga

leva a esposa e sogra para conhecerem o Araripe e sua terra.

Porém, interrompem a viagem quando estavam no Crato, por causa das desavenças e mortes entre os Sampaio e os Alencar.

A grande violência que marcava a disputa entre os clãs rivais ameaçava sua família, ligada aos Alencar. Preocupado, Gonzaga

aluga uma casa no Crato, para onde leva seus pais e irmãos enquanto preparava a mudança de sua família para o Rio de

Janeiro, o que ocorreu ainda em 49.

1950

Em janeiro, o médico formando Zédantas chega ao Rio, a fim de prestar residência no Hospital dos Servidores, para alegria

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

de Gonzaga, que vai esperá -lo na plataforma da estação de trem. Nesse ano, Luiz Gonzaga lançou, gravando ou cedendo para

outros intérpretes, mais de vinte músicas inéditas, a maioria parcerias com Humberto Teixeira e Zédantas que se tornariam

clássicos da MPB. Em junho lança a música A dança da moda, parceria com Zédantas que retratava a febre nacional pelo

baião.

1951

Luiz Gonzaga já era o consagrado 'Rei do Baião' e o

advogado Humberto Teixeira o 'Doutor do Baião'! Em maio

Luiz Gonzaga sofre um grave acidente de carro, junto com

seus músicos: João André Gomes, apelidado Catamilho, do

zabumba e Zequinha, do triângulo. Humberto Teixeira

candidata-se a Deputado Federal e recebe o apoio do

parceiro.

Durante todo o ano de 51 Gonzaga foi convidado

permanente da série No Mundo do Baião, produzido por

Zédantas, parte das atrações do Departamento de Música

Brasileira da Rádio Nacional, cuja direção era de Humberto

Teixeira.

Gonzaga havia aproximado os dois parceiros, mas essa convivência era difícil e durou pouco tempo. Foi No Mundo do Baião

que Luiz Gonzaga coroou, com chapéu de couro, Carmélia Alves como Rainha do Baião. Ela interpretava o baião com

acompanhamento de orquestra e levava a música do Rei para as boates e ambientes da elite. Luiz Gonzaga e Helena adotam

uma menina: Rosa Maria.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1952

Outubro de 1952, data do 71º disco da carreira de Gonzaga, o último 78 rpm com Humberto Teixeira, músicas já lançadas

em anos anteriores. Hervê Cordovil é apresentado à Gonzaga por Carmélia Alves e tornam-se parceiros.

1953

Catamilho é afastado por Gonzaga do seu conjunto e Zequinha o acompanha. Gonzaga contrata Jurai Nunes, o Cacau, para

tocar zabumba e Oswaldo Nunes Pereira, o Xaxado para o triângulo. Mais tarde, por causa de sua baixa estatura, Xaxado seria

apelidado de Salário Mínimo.

1954

Luiz Gonzaga conhece Neném, mais tarde Dominguinhos, aos 14 anos, na cidade de Garanhuns. Nesse mesmo ano seu

primo, o vaqueiro Raimundo Jacó, é assassinado na região do Araripe.

1955

1955 Luiz Gonzaga apresenta o trio formado por Marinês,

Abdias e Chiquinho, que ficou conhecido como Patrulha de

Choque Luiz Gonzaga.

1956

Marinês é coroada Rainha do Xaxado na Rádio Mayrink

Veiga. A cantora japonesa Keiko Ikuta grava as músicas Baião

de Dois e Paraíba.

1960

11 de junho: morre Santana, vitimada pela doença de Chagas, no Rio de Janeiro. 05 de novembro: Januário, aos 71 anos, casa-

se com Maria Raimunda de Jesus, 32 anos, no Exu. Gonzaga participa, gratuitamente, da campanha de Jânio Quadros à

Presidência da República.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1961

Gonzaguinha vai morar com o pai em Cocotá, Rio de Janeiro. Luiz Gonzaga torna-se maçom e sofre outro acidente de carro

que lhe desfigura o lado direito do rosto, ferindo gravemente o seu olho.

1962

11 de março: morre Zédantas, aos 41 anos. Luiz Gonzaga conhece João Silva.

1963

Luiz Gonzaga teve sua sanfona Universal, preta, roubada.

Antenógenes Silva, seu amigo e afinador, lhe empresta uma

sanfona branca. A partir de então, adota a cor branca para

suas sanfonas e a inscrição "É do povo" em todos os seus

instrumentos. Luiz Gonzaga conhece o poeta cearense

Patativa do Assaré.

1964

Gonzaga compra terrenos em Exu, onde irá construir o Parque Aza Branca.

1968

Carlos Imperial, apresentador de programas de rádio e televisão espalha o boato de que The Beatles gravara a toada Asa

Branca. Luiz Gonzaga conhece Edelzuíta Rabelo, advogada, numa festa junina em Caruaru.

1971

A Missa do Vaqueiro é celebrada pela primeira vez em memória de Raimundo Jacó. Desde então passa a ser anualmente

celebrada, tornando-se evento tradicional em Pernambuco.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1972

Gonzaga apresenta o espetáculo Luiz Gonzaga volta para curtir, no Teatro Tereza Rachel, no Rio, produzido por Capinam,

para uma platéia formada maciçamente por estudantes. Nesse ano, rompe o contrato de 32 anos com a RCA.

1973

Gonzaga é levado para a EMI-Odeon por Fernando Lobo,

onde permanece por dois anos. Recebe o título de Cidadão

Paulista e inicia a reforma dos imóveis que havia comprado

na entrada da cidade de Exu.

1975

Luiz Gonzaga reencontra Edelzuíta, o grande amor da fase

final de sua vida.

1976

Luiz Gonzaga assina novamente contrato com a RCA Victor.

1978

11 de junho: morre o Mestre Januário.

1979

No mês de outubro morre Humberto Teixeira.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1980

Luiz Gonzaga canta para o Papa João Paulo II na capital cearense. Inicia em parceria com Gonzaguinha, a turnê do show Vida

do Viajante, que percorre várias cidades brasileiras estendendo-se até o ano seguinte, quando é lançado o álbum duplo da

gravação do show, ao vivo.

1982

Luiz Gonzaga viaja para Paris, onde se apresenta na casa de

espetáculos Bobino, na noite de 16 de maio, a convite da

cantora amazonense Nazaré Pereira. A partir desse ano, Luiz

Gonzaga passa a assinar como Gonzagão quase todos os seus

disco, forma como havia sido chamado por ocasião de sua

turnê com Gonzaguinha.

1984

Gonzaga recebe o primeiro disco de Ouro com o LP Danado

de Bom, no qual tinha João Silva por principal parceiro e que

receberia um segundo Disco de Ouro em seguida. João Silva

seria seu grande parceiro, a partir de então. Morre Jackson do

Pandeiro. Gonzaga recebe o Prêmio Shell.

1985

Gonzaga recebe o prêmio Nipper de Ouro, homenagem

internacional da RCA a um artista de seu quadro. Luiz

Gonzaga recebe dois discos de ouro para o LP Sanfoneiro

Macho.

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

1986

Luiz Gonzaga participa do festival de música brasileira na França, Couleurs Brésil evento que inaugura o programa dos anos

Brasil-França 86-88. O Rei do Baião apresentou-se na Grande Halle de La Villette no show de encerramento, junto com

outros artistas brasileiros, para um público aproximado de 15 mil pessoas. O LP Forró de Cabo a Rabo, deu a Luiz Gonzaga

dois discos de ouro e um de platina.

1988

Em junho pede o desquite, separa-se de Helena e assume o relacionamento com Edelzuíta Rabelo. Neste ano também

desliga-se definitivamente da RCA.

1989

Luiz Gonzaga grava pela Copacabana Records seus últimos discos. 21 de junho: é internado no Hospital Santa Joana, no

Recife. 02 de agosto: morre Luiz Gonzaga, aos 76 anos de idade.

www.luizgonzaga.mus.br

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Sucessos

- A dança da moda, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)

- A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957)

- A letra I, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

- A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho (1963)

- A triste partida, Patativa do Assaré (1964)

- A vida do viajante, Hervé Cordovil e Luiz Gonzaga (1953)

- Acauã, Zé Dantas (1952)

- Adeus, Iracema, Zé Dantas (1962)

- Á-bê-cê do sertão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

- Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo (1952)

- Algodão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

- Amanhã eu vou, Beduíno e Luiz Gonzaga (1951)

- Amor da minha vida, Benil Santos e Raul Sampaio (1960)

- Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)

- Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)

- Ave-maria sertaneja, Júlio Ricardo e O. de Oliveira (1964)

- Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)

- Baião da Penha, David Nasser e Guio de Morais (1951)

- Beata Mocinha, Manezinho Araújo e Zé Renato (1952)

- Boi bumbá, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)

- Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)

- Cacimba Nova, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)

- Calango da lacraia, Jeová Portela e Luiz Gonzaga (1946)

- O Cheiro de Carolina, - Sua Sanfona e Sua Simpatia -

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1998)

- Chofer de praça evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)

- Cigarro de paia, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1951)

- Cintura fina, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)

- Cortando pano, Jeová Portela, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)

- Dezessete légua e meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950)

- Feira de gado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)

- Firim, firim, firim, Alcebíades Nogueira e Luiz Gonzaga (1948)

- Fogo sem fuzil, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)

- Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964)

- Forró de Mané Vito, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)

- Forró de Zé Antão, Zé Dantas (1962)

- Forró de Zé do Baile, Severino Ramos (1964)

- Forró de Zé Tatu, Jorge de Castro e Zé Ramos (1955)

- Forró no escuro, Luiz Gonzaga (1957)

- Fuga da África, Luiz Gonzaga (1944)

- Hora do adeus, Luiz Queiroga e Onildo Almeida (1967)

- Imbalança, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)

- Jardim da saudade, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1952)

- Juca, Lupicínio Rodrigues (1952)

- Lascando o cano, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)

- Légua tirana, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)

- Lembrança de primavera, Gonzaguinha (1964)

- Liforme instravagante, Raimundo Granjeiro (1963)

- Lorota boa, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)

- Moda da mula preta, Raul Torres (1948)

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

- Moreninha tentação, Sylvio Moacyr de Araújo e Luiz Gonzaga (1953)

- No Ceará não tem disso, não, Guio de Morais (1950)

- No meu pé de serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)

- Noites brasileiras, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)

- Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)

- O maior tocador, Luiz Guimarães (1965)

- O xote das meninas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

- Ô véio macho, Rosil Cavalcanti (1962)

- Obrigado, João Paulo, Luiz Gonzaga e Padre Gothardo (1981)

- O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valença (1973)

- Óia eu aqui de novo, Antônio Barros (1967)

- Olha pro céu, Luiz Gonzaga e Peterpan (1951)

- Ou casa, ou morre elias Soares (1967)

- Ovo azul, Miguel Lima e Paraguaçu (1946)

- Padroeira do Brasil, Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro (1955)

- Pão-duro, Assis Valente e Luiz Gonzaga (1946)

- Pássaro carão, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1962)

- Pau-de-arara, Guio de Morais e Luiz Gonzaga (1952)

- Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)

- Pé de serra, Luiz Gonzaga (1942)

- Penerô xerém, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)

- Perpétua, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1946)

- Piauí, Sylvio Moacyr de Araújo (1952)

- Piriri, Albuquerque e João Silva (1965)

- Quase maluco, Luiz Gonzaga e Victor Simon (1950)

- Quer ir mais eu?, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)

LUIZ GONZAGA - VIDA E OBRA ::: WWW.LUIZGONZAGA.MUS.BR

- Quero chá, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)

- Padre sertanejo, Helena Gonzaga e Pantaleão (1964)

- Respeita Januário, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)

- Retrato de Um Forró,Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga (1974)

- Riacho do Navio, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)

- Sabiá, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1951)

- Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimarães (1964)

- Sanfoneiro Zé Tatu, Onildo Almeida (1962)

- São-joão na roça, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)

- Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1956)

- Vem, morena, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)

- Vira-e-mexe, Luiz Gonzaga (1941)

- Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)

- Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)

www.luizgonzaga.mus.br