luís carlos de freitas ciclos, seriação e avaliação confronto de lógicas
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CICLOS, SERIAÇÃO E AVALIAÇÃO CONFRONTO DE LÓGICAS
LUIZ CARLOS DE FREITAS
Douglas Freitas
A LÓGICA DA ESCOLA
A LÓGICA DA AVALIAÇÃO
A LÓGICA DOS CICLOS
A LÓGICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
APRESENTAÇÃO
LDB – Art. 23 – referente a organização do ensino Fala das experiências de BH em 1994 e de SP em
1998. Duas concepções de ciclos: de formação que se
baseia em experiências socialmente significativas para a idade do aluno e de agrupar por série com o propósito de garantir a progressão continuada do aluno. A primeira pressupõe uma redefinição de tempos e espaços e a segunda destina-se a viabilizar os fluxos de alunos e tenta melhorar sua aprendizagem com medidas de apoio: reforço e recuperação paralela.
Não considera a PC como uma organização ciclada.
A LÓGICA DA ESCOLA
Construção histórica que conformou seus espaços e tempos.
Ideal moderno:ensinar tudo a todos – falhou O nível socioeconômico do aluno uma
poderosa variável explicativa de seu rendimento.
Apesar do nível socioeconômico a escola teria que ensinar tudo a todos.
Hierarquia econômica que afeta a constituição de hierarquias escolares.
Como todos podem aprender tudo? Há os mais aptos, os menos aptos
A unificação dos tempos produziu a diversificação dos desempenhos.
Para unificar os desempenhos, há que se diversificar os tempos de aprendizagemescola
Critica a curva normal. A escola como forma de compensar as
desigualdades sociais. A PC é herdeira dessa tradição.
Outra concepção de avaliação
COMO SE INSTITUIU A ATUAL FORMA DA ESCOLA? O distanciamento da escola em relação a vida ou da
prática social foi determinado pelo papel exercido pela avaliação na escola.
Afastamento ditado pela formação social capitalista, a qual apoiava as forças produtivas, necessitou de uma escola que preparasse rapidamente e em série.
Necessidade de instituir mecanismos artificiais de avaliação: provas, testes foi motivada pelo fato da vida ter ficado de fora da escola. A nota vem como forma de estimular as aprendizagens e controlar comportamentos.
Motivadores naturaisX motivadores artificiais. A escola prepara para vida não é a própria vida.
O DESCONHECIMENTO DESSA LÓGICA FAZ ALGUMAS PESSOAS QUE PODEM INTERFERIR NELA POR DECRETOS.
A introdução da progressão continuada trouxe para o debate uma nova visão sobre a questão da exclusão do aluno da escola. A foma escola não é ingênua, neutra, equlizadora em sua organização.
Há uma lógica constituída e que reage à mudança de sua função social predominantmente excludente e seletiva.
O autor vê os ciclos como uma forma de resistencia a esses ditames por alunos, pais professores a essa lógica excludente e seletiva da escola. A lógica da exclusão se completa com a lógica da submissão.
A LÓGICA DA AVALIAÇÃO Aprender para mostrar conhecimento ao professor A avaliação tem três componentes: instrucional,
comportamental instrumento de controle e de valores e atitudes.
Avaliação formal e informal. Forma escola função da avaliação: hierarquizar,
controlar e formar os valores impostos (submissão, competição) triangulação av. instrucional, comportamento e de valores e atitudes nos planos formal e informal.
Dentro dos ciclos criam-se trilhas diferenciadas de progressão
A LÓGICA DOS CICLOS Eles procuram contrariar a lógica da escola
seriada e sua avaliação, porem não eliminam a avaliação formal e nem informal, mas redefinem seu papel e associam a ações complementares.
Incorporam a concepção de formação global do sujeito partindo do pressuposto da diversidade dos rítmos diferenciados. A lógica que o ciclo tras para a escola está marcada pelo rompimento da seriação e pela adoção de um novo articulador pra os tempos e espaços baseado no desenvolvimento das crianças e suas vivências.
A contradição básica a ser superada segundo Freitas é a exploração do homem pelo homem. Os ciclos devem planejar suas vivências sociais com vínculo na realidade social com a atualidade e não apenas nas vivências associadas aos interesses de cada faixa etária.
Se contrapõe ao Escolanovismo. A relação pedagógica não pode ser baseada
na exploração nem prepara para a aceitação da exploração. As relações devem ser horizontalizadas e não na aprendizagem da subordinação. É preciso formar para autonomia, para tanto o poder inserido nesses tempos e espaços deve ser alterado.
É preciso fazer da escola um espaço de vida e não de preparação para a vida.
Os ciclos estão num jogo contraditório entre a lógica da escola/avaliação e uma nova lógica em desenvolvimento.
A LÓGICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
A CONTRADIÇÃO entre formar e instruir aparece como necessidade de um sistema educacional que nega a formação substituíndo-a por instrução nem sempre de qualidade. Aponta a duração do tempo letivo como um facilitador da instauração da lógica da instrução. Convida a luta r por uma escola de tempo integral por entender que é dessa forma que será possível associar a instrução com a formação em vez de aduzir penduricalhos (reforço, recuperação paralela, correção de fluxo).
A questão da qualidade e de ensino e dos recursos para a educação dependem do conceito de educação que se tenha:
Progressão continuada Ciclos
Escola/reestruturação produtiva
Resistência e fator de conscientização
Fragmentação curricular e metodológica
Unidade curricular e metodológica de estudos em torno dos aspectos da vida
Alienação individualismo Desenvolvimento baseado nas experiências da vida.
Treinamento de professor Favorece a auto-organização, o trabalho coletivo, coopéração no processo
Sistema excludente, hierarquizante
Professor educador
Retirada da aprovação do âmbito profissional do professor, avaliação informal e classificatória
Educação de tempo integral
Desresponsabilizarão da escola pelo ensino
Avaliação informal com finalidade formativa