luciano vtnc

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  • 7/25/2019 Luciano Vtnc

    1/2

    Introduo

    A cultura de movimento compreendida como critrio organizador do conhecimento

    da Educao Fsica. Diante da relevncia desse conceito para a rea, uscamos ampliar as

    re!le"#es no $ue se re!ere %s rela#es entre corpo, natureza e cultura, por meio deapro"ima#es epistemol&gicas entre estudos $ue prolematizam as oposi#es inconciliveis

    na leitura desses !en'menos.

    Diante das anlises realizadas, ressaltou(se $ue a cultura de movimento

    compreendida a partir do entrelaamento entre corpo, natureza e cultura pode provocar os

    deates te&ricos e as interven#es na Educao Fsica, ligando prticas, modos de ser, de

    !azer e de viver di!erentes realidades sociais e hist&ricas.

  • 7/25/2019 Luciano Vtnc

    2/2

    A cultura de movimento, ao envolver a relao entre corpo, natureza e cultura,

    con!igura(se como um conhecimento $ue vai sendo construdo e reconstrudo ao longo de

    nossas vidas e da hist&ria. )m conhecimento marcado pela linguagem sensvel, $ue emerge

    do corpo e revelada no movimento $ue gesto, aarcando os aspectos ioculturais, sociaise hist&ricos, no se resumindo %s mani!esta#es de *ogos, danas, esportes, ginsticas ou

    lutas, mas arangendo as diversas maneiras como o ser humano !az uso do ser corpo, ou

    se*a, como cria e vivencia as tcnicas corporais. )m conhecimento $ue permite a

    compreenso do mundo por meio do corpo em movimento no amiente, cultura e hist&ria. A

    linguagem sensvel revelada pela movimentao do corpo no tempo e no espao de cada

    indivduo e da comunidade. +omos capazes de criar e recriar, e, ao mesmo tempo em $ue

    nos e"pressamos, conseguimos nos comunicar.

    erceemos $ue os te"tos da cultura, como as danas, os *ogos, os esportes, as lutas

    ou as ginsticas possuem uma relao constante com os c&digos do !uncionamento orgnico

    e com os c&digos da linguagem. Destacamos ainda $ue -auss /0123, ao reconhecer $ue os

    atos corporais so !en'menos io(psicosociol&gicos, * se empenhava em tecer rela#es

    entre a 4iologia e a cultura, uma vez $ue reconhecia $ue determinadas tcnicas corporais

    in!luenciavam os !en'menos iol&gicos.

    5om relao % signi!icao dessas prticas corporais, perceemos $ue possuem

    signi!icados originais de acordo com o local em $ue !oram produzidas, podendo mudar

    con!orme o novo conte"to e a interpretao das pessoas $ue a vivenciam ou apreciam.

    6esse sentido, o simolismo das tcnicas corporais varia con!orme a educao, as di!erentes

    e"peri7ncias vividas e as trocas culturais. Em determinado local, uma atitude corporal pode

    ser permitida e em outro pode ser proiida, como ressalta -auss /0123.

    )m e"emplo caro disso, so as pessoas do pr&prio ocidente $ue possuem as *untas

    astante leves e soltas, pelo !ato de $ue as danas $ue ocorrem na rea, dado os !atos sociais

    e iol&gicos. As pessoas l, tendem a nascer com essa 8caracterstica9, pelo !ato de $ue seus

    antepassados * costumavam !azer o tipo do movimento, assim com o passar do tempo,

    acostumar cada corpo com o movimento dado, no caso, a !acilidade de me"er as *untas.

    Ao serem criados no local ou advindos de outro lugar, os *ogos, as danas, os

    esportes, as lutas ou as ginsticas vo sendo recriados pelos seus participantes. 6ovos usos

    do corpo surgem, ad$uirem outros sentidos e os o*etivos tamm se alteram. Essa

    capacidade de atravessar airros, cidades, estados e pases, alm de ocorrer pelo !ato de

    serem considerados como sistemas comunicativos, tamm so!rem in!lu7ncia do $ue

    valorizado nas sociedades em $ue esto inseridos e acaam sucumindo aos ditames da

    economia de mercado e da espetacularizao.

    8+e reconhecermos os c&digos espec!icos de cada cultura possvel compreend7(la: o $uepossiilita a comunicao entre culturas di!erenciadas.9 ;