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Curitiba, quarta-feira, 12 de maio de 2010 - Ano XII - Número 556 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Otimismo da economia puxa consumo no país Diego Henrique da Silva Pág. 7 A tentativa de chegar a um consenso sobre o que leva al- guém a ser um autêntico nerd e o filme com a clássica história de Robin Hood, contada com a tecnologia cinematográfica atu- al, são os assuntos das colunas de hoje. Pág. 6 Colunas Mundo nerd e cinema Dunga critica imprensa e mantém sua lista de convocados Felipe Dana/ AP Pág. 3 Conheça como nasceu o projeto “Igrejas de Madeira do Paraná”, a dificuldade da pre- servação de algumas das igre- jas e as opções estéticas do fo- tógrafo na composição de suas imagens. Págs. 4 e 5 Especial Fotógrafo Nego Miranda fala de sua nova exposição Nossa articulista faz uma análise sobre o acadêmico que frequenta o ensino superior e não se deixa transformar. Com ironias e declarações polêmicas, ela critica o mau aproveitamento do conheci- mento e a reprodução de pa- drões impostos pela sociedade. Pág. 2 Opinião Só para os zé-ninguéns

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JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Page 1: LONA 556 - 12/05/2010

Curitiba, quarta-feira, 12 de maio de 2010 - Ano XII - Número 556Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Otimismo da economiapuxa consumo no país

Diego Henrique da Silva

Pág. 7

A tentativa de chegar a umconsenso sobre o que leva al-guém a ser um autêntico nerd eo filme com a clássica históriade Robin Hood, contada com atecnologia cinematográfica atu-al, são os assuntos das colunasde hoje.

Pág. 6

Colunas

Mundo nerde cinema

Dunga criticaimprensa emantém sua listade convocados

Felipe Dana/ AP

Pág. 3

Conheça como nasceu oprojeto “Igrejas de Madeira doParaná”, a dificuldade da pre-servação de algumas das igre-jas e as opções estéticas do fo-tógrafo na composição de suasimagens.

Págs. 4 e 5

Especial

FotógrafoNegoMiranda falade sua novaexposição

Nossa articulista faz umaanálise sobre o acadêmico quefrequenta o ensino superior enão se deixa transformar.

Com ironias e declaraçõespolêmicas, ela critica o mauaproveitamento do conheci-mento e a reprodução de pa-drões impostos pela sociedade.

Pág. 2

Opinião

Só para oszé-ninguéns

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Curitiba, quarta-feira, 12 de maio de 20102

Espaço do Leitor

Na Veja desta semana, o destaque da capa fica por con-ta da chamada “Geração Tolerância”, tema usado pela re-vista para se referir aos jovens de hoje, que segundo a pu-blicação começam a vencer o preconceito contra os homos-sexuais. Curioso com a escolha do tema, passei a me per-guntar qual seria a motivação da revista em dar amplo des-taque a essa matéria.

O texto não está necessariamente apoiado nos valores-no-tícia estudados no curso de jornalismo, mas por ser uma re-vista de circulação semanal, é compreensível que utilize deoutros fatores para escolher o que será publicado. A expecta-tiva de que o gancho da matéria seria o reconhecimento dodireito de adoção concedido à duas mulheres no Rio Grandedo Sul no final de abril foi desfeita durante a leitura.

O fim dopreconceito?

Reitor: José Pio Martins. Vice-Rei-tor: Arno Antonio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação: Renato Ca-sagrande; Pró-Reitor de Planeja-mento e Avaliação Institucional:Cosme Damião Massi; Pró-Reitorde Pós-Graduação e Pesquisa ePró-Reitor de Extensão: BrunoFernandes; Pró-Reitor de Adminis-tração: Arno Antonio Gnoatto; Co-ordenador do Curso de Jornalis-mo: Carlos Alexandre Gruber deCastro; Professores-orientadores:Ana Paula Mira e Marcelo Lima;Editores-chefes : Aline Reis([email protected]), Daniel Cas-tro ([email protected]) e Di-ego Henrique da Silva([email protected]).

“Formar jornalistas com abrangen-tes conhecimentos gerais e humanís-ticos, capacitação técnica, espíritocriativo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsabilidadesocial que contribuam com seu tra-balho para o enriquecimento cultu-ral, social, político e econômico dasociedade”.

O LONA é o jornal-laboratóriodiário do Curso de Jornalismo daUniversidade Positivo – UPRedação LONA: (41) 3317-3044Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300– Conectora 5. Campo Comprido.Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone(41) 3317-3000

Expediente

Missão do cursode Jornalismo

Daniel [email protected]

Muito boa a matéria sobre opasse escolar, da Laura Bordin!Não sou de Curitiba e tenho asensação de que muitos estu-dantes curitibanos não têm no-ção de que passe mais baratopara quem estuda é direito, nãofavor. E para não dizer que es-tou generalizando, lembro domovimento curitibano pelo Pas-se Livre, uma mobilização im-portantíssima que pretende der-rubar as catracas do transportepúblico e torná-lo efetivamentecoletivo. Laura faz também umaboa comparação com a capitalde Santa Catarina. Morei emFlorianópolis na época da refor-ma do transporte coletivo e digoque foi na base de muita reivin-dicação dos estudantes secun-daristas e universitários que opasse estudantil se estabeleceuna ilha. Em Curitiba, além deaumentar a passagem em épo-ca de férias (para desmobilizarqualquer possível reivindica-ção!), a Urbs é pouquíssimoacessível a esse debate. Valeu olembrete, Laura!Luma Bendini, estudante do 5°período de jornalismo da UP

Opinião

Os Zé-ninguénsdaacademia

Aline [email protected]

Terminei de ler essa semana um livro que se chama “Es-cute, Zé-ninguém”, de Wilhelm Reich. A princípio acheique fosse mais um best-seller, daqueles que têm a soluçãopara todos os problemas, daqueles que são a chave do su-cesso. Tolo engano. O livro é bom. E me mostrou que den-tro da academia existem vários zé-ninguens.

Esses habitantes que permeiam as alamedas acadêmicassão realmente uns fracos. Estão sempre cumprindo ordenssem questionar nada. Fazem tudo o que o mandam fazer.Riem nem sabem do quê.

Os zé-ninguéns não precisam colar na prova. E se pre-cisassem não colariam porque são medrosos. Os zé-nin-guéns decoram as respostas. Os zé-ninguéns engrandecemos erros dos outros para compensar sua mediocridade.

Sem dúvida é mais fácil se adequar a padrões impostospelos dominantes do que refletir acerca do assunto. Emsuas orações os zé-ninguéns pedem pela paz mundial, pe-dem pelo fim da fome, pedem para não haver mais enchen-tes... E no dia seguinte jogam [no lixo] o que sobrou do seuBig Mac e [no chão] o copo de coca-cola.

Pobres. Mesquinhos. Coitados.

Os zé-ninguéns não precisam colar naprova. E se precisassem não colariamporque são medrosos

Os zé-ninguéns tentam ser aceitos pelos outros. Para issofalam como os outros, agem como os outros, escutam a mú-sica dos outros. Mas sequer sabem quem são os outros.

Nos corredores da academia existem centenas de zé-nin-guéns. Milhares, talvez. A grande decepção, porém, é saberque esses zé-ninguéns serão os futuros formadores de opi-nião de outros zé-ninguéns, o que torna esse escrito semsentido, porque parte uma acadêmica zé-ninguém para ummonte de colegas que também o são.

Por quê então escrever? Escrever para tentar evitar queoutros zé-ninguéns nasçam, mas no final das contas, estoucá escrevendo sobre zé-ninguéns para zé-ninguéns que le-rão esse texto e acharão ridículo. Que bom.

Muitas vezes o preconceito acontece deforma velada; reflexo de uma geração quenão se manifesta por temer as reações queo seu comentário pode ocasionar, e nãopor de fato respeitar as diferenças.

É inegável que vivemos em uma sociedade muito dife-rente de décadas passadas. Hoje existe uma maior compre-ensão quanto às diferenças entre os seres humanos, de for-ma que um homem vestir-se com roupas rosa, por exemplo,é encarado como um fato normal, o que certamente nãoaconteceria em outras épocas.

O problema da matéria é encarar essas mudanças da so-ciedade como o começo do fim do preconceito. Não existenada que marque a mudança de comportamento e atitudedas pessoas no que diz respeito ao fim da discriminação.O fato de os jovens de hoje serem mais liberais e afeitos àmudança não justifica o otimismo da reportagem, que po-deria ter abordado os problemas que ainda devem ser re-solvidos e que não são poucos.

Muitas vezes o preconceito acontece de forma velada; re-flexo de uma geração que não se manifesta por temer as re-ações que o seu comentário pode ocasionar, e não por defato respeitar as diferenças. É comum as pessoas utiliza-rem o conhecido discurso: “Faça, mas longe de mim”. Pou-cas coisas são mais absurdas do que essa afirmação. Ad-mitir a existência de um comportamento, mas não tolerá-lona sua frente, é querer determinar onde e quando o indiví-duo pode se manifestar sem ser discriminado, o que nadamais é do que outra forma de discriminação.

Ao mesmo tempo em que muitos jovens se mostram dis-postos a enfrentar essa barreira, é assustador ver que pes-soas instruídas e com acesso à boa educação pensem de for-ma tão irracional e reproduzam frases como a citada no pa-rágrafo anterior.

No fim das contas, a revista errou na condução da re-portagem, que não contribuiu para a discussão dos proble-mas, mas sim para estereotipar uma geração que definiti-vamente não pode ser chamada de tolerante.

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Sidney da Silva

Os brasileiros estão conse-guindo cada vez mais honrarsuas dívidas. Segundo a Serasa,o crescimento da economia bra-sileira, sobretudo no segundo se-mestre de 2009, tem possibilitadoo aumento de emprego e rendada população. Com isso, os bra-sileiros estão comprando mais econseguindo quitar as despesas.

O mercado financeiro co-memora ainda o fato de que,em fevereiro, 1,6 milhão decheques foram devolvidos.Embora pareça um númeroalto, a quantidade é a menordesde março de 1997.

A Tele Cheque, empresa es-pecializada em verificação decrédito em compras com che-ques, afirma que do total decheques emitidos em fevereiro,97,41% foram honrados, 0,46%a mais do que em fevereiro doano anterior.

A empresa acredita que osnúmeros de cheques honra-dos tendam a aumentar, atin-gindo um patamar superiorem relação ao mesmo perío-do de 2009.

Outro dado que tambémobteve redução é a inadim-plência de pessoa física, quesofreu redução em relação aosanos anteriores. Só no primei-ro bimestre de 2010, houveuma queda de 5,3,% . Entre ja-

neiro e fevereiro, a queda foi de3,1%, a maior registrada desde oano 2000.

Todo este cenário favorávelpode ser influenciado tambémpelo recuo dos juros para linhade crédito que tiveram reduçãoem fevereiro. Entre as pessoas fí-sicas e empresas, os juros cobra-dos pelas instituições financei-ras caíram 41,9% ao ano em fe-vereiro. Trata-se da menor taxadesde 1994.

“Essa reversão de tendência,após setembro do ano passado,está relacionada de um ladocom a política de redução dosjuros de forma geral, tendocomo referência a Selic, que emdezembro de 2008 estava em13,66 % ao ano, e chegou a8,65% a.a. em julho de 2009,mantendo-se nesse nível até fe-vereiro de 2010. Embora tehaaumentado em pouco em abril.Por outro lado, a recuperaçãodo nível de emprego, consequ-

Economia estávelimpulsiona consumoe quitação de dívidas

EstabilidadeDivulgação

O aumento do poder decompra do consumidor e aqueda da inadimplência fa-zem com que o mercado deempréstimos pessoais seaqueça em busca de clientesaguçados pelo desejo de com-prar. Instigados pela reduçãoda queda de juros e, com osbaixos valores cobrados, aspessoas estão cada vez maisrecorrendo aos empréstimospessoais. Contudo, o profes-sor de economia da Universi-dade Federal do Paraná Pau-lo Mello Garcias avisa que énecessário que o cliente tomecuidado na hora de realizar oempréstimo.

ência da retomada da ativida-de econômica, principalmentena indústria e no setor servi-ços, tem contribuído para recu-perar os salários dos trabalha-dores. A melhoria do empregoe dos salários contribui paraque, aos poucos, a populaçãoequilibre suas finanças pesso-ais”, explica o economistaPaulo Mello Garcias.

Ainda de acordo com Mello,a perspectiva da economia bra-sileira para os próximos anos éboa e já deve começar a partirdeste ano. “2010 apresenta doisaspectos especiais que trarãoimpactos sobre a atividade eco-nômica. Ocorrerá a Copa doMundo, que estimulará o setorde eletrodomésticos, pelo menosaté o meio do ano. Também de-vem começar os preparativosda Copa de 2014, que deman-dam investimentos em diversasregiões, com datas de conclusãopara 2012. Além disso, é umano de eleições e, particular-mente, os governos estaduais efederal certamente adotarão

uma política de gastos mais ex-pansiva, que deverá elevar, pelomenos momentaneamente, a de-manda, a produção, o empregoe a renda dos trabalhadores.”

Para o economista, os indi-cadores de atividade industri-al mostram que os empresári-os estão otimistas e que pre-tendem aumentar os investi-mentos, principalmente por-que a utilização da capacida-de produtiva está se aproxi-mando do limite. O setor co-mércio e o setor serviços apre-sentam níveis de atividadesque acompanham o setor in-dustrial. O setor externo e oagrícola são os mais sensíveisdevido, principalmente, aocomportamento da economiainternacional, que ainda estáem fase de recuperação.

“Diante desse cenário asperspectivas da economia bra-sileira são de estabilidade, cominflação nos mesmos patamaresdos últimos anos, e crescimen-to moderado da produção e doemprego”.

"Crédito fácil" deve seranalisado pelo consumidorna hora do empréstimo

“O consumidor deve to-mar o cuidado de comparar ovalor do empréstimo e dasprestações com o fluxo derenda futura e custo desseempréstimo, isto é, a taxa dejuros. Em outras palavras,deve observar o valor do em-préstimo, o número de pres-tações, o valor das prestações,a diferença entre o preço àvista e o valor da compra aprazo, bem como a previsãode renda para o período dacompra. Não se pode deixarenganar pelas ofertas do mer-cado de maneira a comprome-ter a quitação do financia-mento”, afirma. (SS)

Diego Henrique da Silva

O setor externo e oagrícola são os maissensíveis devido,principalmente, aocomportamento daeconomiainternacional, queainda está em fasede recuperação

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“Os municípiosquase não apoiam,

e até mesmo apopulação não

consegue valorizaressas igrejas. Elas

são a história dacomunidade, foram

ali que os avóscasaram, foram

velados, onde ospais se

conheceram, elesmesmos foram

batizados nessesespaços.

Nego Miranda

Eli Antonelli

Eli Antonelli

MIRANDANEGO

Traços e formas da culturaparanaense nas lentes de

A carreira do fotógrafo para-naense Nego Miranda é marca-da pela contínua atuação no re-gistro da cultura paranaense. Ocuritibano de 65 anos já passoupor outras áreas, como filosofiae eletrônica. Mas foi no enqua-dramento de formas e traços doParaná que nasceu a arte deNego Miranda. É neto do 3º pre-feito de Curitiba, Guilherme Xa-vier de Miranda, dono de enge-nho de mate no Paraná. Os la-ços familiares podem ser umdos fatores para explicar oamor pelo Estado.

Miranda expõe seus traba-lhos desde os anos 70, partici-pando, desde então, de eventosno Brasil, na Argentina, emCuba, na França e em Portugal.Entre as inúmeras exposiçõesindividuais e coletivas, desta-cam-se “Morretes: meu pé de ser-ra”, no Espaço Cultural BRDE,“Horizontes e Cercanias”, em

Córdoba/Argentina, “YerbaMate” em La Plata/Argentina e“Clin D’oeil Sur La Photogra-phie, no Musée Français De LaPhotographie, em Paris.

Os trabalhos de Miranda járenderam premiações como IIConcurso Ilford/Micro de Foto-grafia P&B, de São Paulo, Men-ção Especial II Salón Internacio-nal de Fotografia em Havana/Cuba, Concurso Turismo no Pa-raná da Paranatur 1º Prêmio Cu-ritiba, Concurso Bienal de Foto-grafia Ecológica – 1º Premio dePorto Alegre e Museu do Mate– Secretaria de Cultura e do Es-tado do Paraná – I e III Prêmios.

Entre as principais obraspublicadas estão “Morretes:Meu Pé de Serra”, “Paraná deMadeira”, “A história do Mate”em parceria com Teresa Urban,“Contemporary Brazilian Pho-tography, em parceria com ahistoriadora Maria Luiza MeloCarvalho, obra publicada na

Grã-Bretanha. Essa parceriarendeu mais duas obras: “Para-ná de Madeira” e “Igrejas deMadeira”. O último trabalho deMiranda é “A eterna solidão dovampiro”, obra que mostra oslugares citados por Dalton Tre-visan. A obra é feita em parce-ria com a filha Letícia Maga-lhães e procura mostrar umpouco do mundo daltoniano.

A arte de Nego Miranda emparceria com a historiadora earquiteta Maria Cristina Wolffde Carvalho pode ser conferi-da até o dia 16 de maio no Es-paço Caixa Cultural com a ex-posição “A arquitetura sacraparanaense Igrejas de Madeirado Paraná. As fotos são resul-tado de 1 ano e meio de cami-nhadas pelos municípios para-naenses que renderam 33 foto-grafias de igrejas Católicas e Bi-zantinas. Na sequência, a ex-posição seguirá para São Pau-lo e Brasília.

Nego Miranda

“A opção por PB é porque as formasdas fotografias ficam mais visíveis. A

cor distrai, desconcentra a leitura”Nego Miranda

Especial

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Igrejas deMadeira doParanáLocal: Galeria da CAIXAEndereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro– CuritibaAbertura: 13 de a br il 19h30, com visita guiada às19hData: de 14 de a br il a 16 de maioHorários: de terça a sábado das 10 às 21h e domin-gos das 10 às 19hIngressos: Entrada francaInformações: (41) 2118-5114Classificação etária: Livre para todos os públicoswww.caixa.gov.br/caixacultural

Como nasceu o projeto “Igrejasde Madeira no Paraná”?Sempre tive uma paixão por ca-sas e igrejas de madeira. Mora-va numa casa de madeira nainfância e tenho boas lembran-ças como as brincadeiras no só-tão. Durante o tempo que foifuncionário da Copel, em mui-tas viagens procurava observara beleza dessas construções.Mas foi em 2003 que comecei afazer o projeto “Paraná de Ma-deira” em conjunto com a his-toriadora Maria Cristina W.Carvalho. E a partir disso, emparalelo, começamos a pensarem fazer os registros das igrejas,também. Ela ficou responsávelpelos textos, pela análise arqui-tetônica e histórica. E eu viaja-va pelos municípios conversan-do com as pessoas e registran-do as imagens. Em 2005, foramlançados os dois projetos: “Pa-raná de Madeira”, mostrando ascasas, paióis, e “Igrejas de Ma-deira”, com pequena diferençade tempo.

Como é composta esta exposi-ção?Está dividida em 3 partes. Naprimeira são as igrejas católi-cas, na segunda são as igrejasbizantinas, que, aliás, estão em

Nego Miranda

Exposição

“A construção de madeira tem uma forte ligação com algo transitório, não perene. A cultura de construçãode madeira se perdeu um pouco. A construção de madeira está muito ligado a algo passageiro”

Nego MirandaNego MirandaNego MirandaNego MirandaNego Miranda

melhor estado de conservação.Na terceira parte procurei mos-trar os detalhes. Por exemplo, asigrejas bizantinas têm sempreuma cúpula redonda, influên-cia oriental, isso é um traço ca-racterístico. Outro detalhe é suadivisão interna, sempre em for-mato de cruz, com o altar comtrês saídas divididas, uma parao padre, as outras para o públi-co. No meio do altar sempre umícone do santo.

Alguma igreja que foi demoli-da após esses registros?Infelizmente sim, muitas delas,principalmente as católicas nãotêm um bom estado de conser-vação. Teve uma que registrei euma semana depois houve o úl-timo culto. Os municípios qua-se não apoiam, e até mesmo apopulação não consegue valo-rizar essas igrejas.Elas são a história da comuni-dade, foram ali que os avós ca-saram, foram velados, onde ospais se conheceram, eles mes-mos foram batizados nesse es-paço. A igreja é um centro so-cial dessas comunidades. Aspessoas não percebem quequando a igreja é demolida éum pedaço da história delasque se desfaz.

Mas há situações em que a co-munidade briga para que nãosejam demolidas?Houve um exemplo lideradopelo Padre Aleixo, da Igreja deSanto Antonio, de Mandirituba.A ideia era derrubar a igrejaconstruída em 1900, para apro-veitamento do material que se-ria usado para fazer andaimena construção de uma estrada.O padre Aleixo, que é ligado aoInstituto do Patrimônio Histó-rico, brigou para a conservaçãoda igreja e conseguiu. Foraessa existem outras tombadascomo a Igreja de São MiguelArcanjo de 1903, na Serra doTigre Dorizon, em Mallet. In-clusive foi feita uma réplicadesta igreja no Parque Tingui,em Curitiba. Esta foi a primei-ra igreja ucraniana na Améri-ca Latina. Essas construçõessão muito antigas, no projeto“Paraná de Madeira” encon-tramos paióis datados de 1880,é muita história do Paraná in-serida nessas construções.

As fotografias não apresentampessoas nas igrejas, por queessa escolha?Para produzir as fotografiaspensei em concentrar a imagemapenas nas suas formas e no de-

senho. A captação da imagemcom pessoas poderia distrair oleitor da fotografia.

A presença das pessoas pode-ria caracterizar datas também?E por que o uso predominantede preto e branco?De certa forma sim e não. Noprojeto “Paraná de Madeira” háuma fotografia com uma pes-soa. Mas ela foi utilizada comoum elemento secundário ape-nas para fortalecer a imagem daneblina no local. A opção porPB é porque as formas das foto-grafias ficam mais visíveis. Acor distrai, desconcentra a leitu-ra. Ela foi usada para mostraralguns detalhes de como cadapovo, os imigrantes, utilizavamas cores. Por exemplo, os polo-neses, usam muito cores fortes:rosa, verde, laranja, há muitasflores também. Foi necessárioproduzir fotos com detalhesdisso em cores para melhorpassar a informação.

Por que é tão forte esta carac-terística de construção de ma-deira no Paraná?Isso se deve pela forte presençados imigrantes em nossa colo-nização. Povos como os polone-ses e ucranianos já tinham essa

tradição em seus países. Aqui,eles iniciaram as construções apartir de troncos, depois comtábuas de rachão e finalmenteas tábuas comuns. A constru-ção foi evoluindo aqui em nos-sa região, pois eles acharammuita matéria prima para essasconstrução. Tínhamos uma in-finidade de florestas de pinhei-ros, perobas e madeiras nobres.Eles já tinham o conhecimentotécnico e foram adaptando aonosso clima e ao material dis-ponível. A construção aqui é di-ferente das construções de ori-gem desses povos.

Por que não é mais comumconstruir casas ou igrejas demadeira no Estado?A construção de madeira temuma forte ligação com algo tran-sitório, não perene. A cultura deconstrução de madeira se perdeuum pouco. A construção de ma-deira está muito ligado a algopassageiro. A conservação é umprocesso importante também. Épreciso arejar constantementepara evitar que as tabuas apodre-çam. Na Europa é comum estasconstruções, e até muito mais an-tigas que as nossas, inclusive,mais de 200 anos e o processo deconservação é mais forte.

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Para começar com pé direito, vou abordara principal estreia desta semana. A nova pe-lícula da Universal Pictures traz Russel Cro-we de voltas às telas. O eternizado generalMaximus de “O Gladiador” desta vez vem napele de Robin Hood, o mais famoso arqueirode todos os tempos.

O longa vai contar a história do destemi-do arqueiro e seu bando de saqueadores, queeram ladrões que se preocupavam somentecom suas próprias vidas. Até que decidem en-frentar o poder e a corrupção que tomou con-ta da cidade de Nottingham, sufocada pelosaltos impostos e dominada pelo xerife local.Em sua luta contra os poderosos e a favor dosoprimidos, Robin passa a ser considerado umfora da lei e, durante sua cruzada, acaba co-nhecendo e se apaixonando por Lady Mari-an, interpretada por Cate Blanchett. Inicial-mente, a personagem seria interpretada pelaatriz Sienna Miller, mas por problemas não re-velados foi substituída por Cate.

O longa vem com direção de Ridley Scott,que trabalhou junto com Russel Crowe em “OGladiador”, “Um Bom Ano” e “O Gângster”.Além de Crowe, a produção conta com umgrande elenco; entre eles estão Tony Swift,William Hurt, Vanessa Redgrave e Saoirse Ro-nan. Estreia sexta-feira.

Camilla Di LuccaEscreve quinzenalmente sobre arte,sempre às terç[email protected]

Muito diferente dos CDs estereotipados nos filmes da dé-cada de 80, os Nerds evoluíram, ganhando status e uma es-pécie de orgulho de classe.

Mas o que é ser nerd? É aquele sujeito que fica o dia intei-ro lendo gibis e jogando videogame? Seria o amigo que enten-de tudo de computador e novas tecnologias? Ou talvez o su-jeito isolado que não tem amigos além dos seus livros? To-dos? Nenhum? Um pouco de cada? Se você concorda que to-das as perguntas podem ser respondidas tanto com um simquanto um não, possivelmente você é um nerd.

Não existe um registro oficial sobre a etimologia do termo.Existe um consenso sobre a primeira aparição constar no li-vro do Dr. Seuss, “If I Ran the Zoo’’ (escrito em 1950), paradesignar uma criatura estranha, bem diferente das outras. Masa popularização veio com o filme “A vingança dos Nerds”,de 1984.

Diferente do apresentado no filme oitentista, o nerd atualé aquele sujeito que não se satisfaz simplesmente com o que épassado. Ele precisa se especializar em algo, mas não em tudo.O gênio do computador não necessariamente sabe tudo sobreo mundo dos quadrinhos. Aquele fanático por George Lucasnem sempre vai poder ajudar com a prova de matemática.

Sim, a classe tem suas subdivisões e, acredite, são várias:

A classe

Vinicius StempniakEscreve quinzenalmente, às quartas-feiras,sobre [email protected] | www.cinejoia.com

Mundo Nerd

Felipe Santana

O novoCinema Divulgação

Aproveitando...A coluna de hoje pega a onda de “Alice”, porisso trago uma lista com os dez melhores filmesde Tim Burton

RobinHood

10. Batman9. Batman – O Retorno8. A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça7. Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco daRua Fleet6. A Fantástica Fábrica de Chocolates5. Planeta dos Macacos4. Os Fantasmas Se Divertem3. Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas2. Edward Mãos de Tesoura1. A Noiva-Cadáver

Divulgação

Fernando Luiz FaveroEscreve quinzenalmente, às quartas-feiras,sobre o mundo [email protected]

Divulgação

Divulgação

Existe um consenso sobre a primeiraaparição constar no livro do Dr. Seuss, “IfI Ran the Zoo’’ (escrito em 1950), paradesignar uma criatura estranha, bem dife-rente das outrasO já citado expert da computação e novas tecnologias (tam-bém chamado de geek); o fanático por ficção, englobando a li-teratura fantástica e quadrinhos; o estudioso que não trocaseus livros técnicos por uma noite no bar; os fascinados porcultura japonesa (otakus); e os nerds especialistas em cinema,música, ocultismo. Lembrando aqui que o nerd cinéfilo não éaquele que vai bancar o crítico dos filmes chamados cults, masaquele que idolatra diretores como Peter Jackson, Steven Spi-elberg, James Cameron e, principalmente e já citado, GeorgeLucas.

Então não pense que apenas aquele sujeito calado de óculos,com notas altas e que fica o tempo todo calado é um nerd. Podeexistir um na sua vizinhança, debaixo do seu teto e mesmo olhan-do para você no espelho. E isso é um motivo de orgulho!

Tim Burton

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Curitiba, quarta-feira, 12 de maio de 2010 7

O técnico da Seleção Brasilei-ra, Dunga, convocou na tarde deontem os jogadores para a dis-puta da Copa do Mundo, quecomeça no dia 11 de junho. Alista não apresentou nenhumasurpresa, como boa parte da po-pulação e também da imprensaesperava. Jogadores como Ro-naldinho Gaúcho, Neymar,Adriano e Paulo Henrique“Ganso” estão fora da Copa. ACBF (Confederação Brasileira deFutebol) tem até o dia 1º de ju-nho para enviar à FIFA a relaçãofinal dos 23 jogadores. Caso sejanecessário, poderá haver trocasaté 24 horas antes da estreia.Além disso, um jogador machu-cado poderá ser cortado para aentrada de outro.

Dunga manteve a coerênciados três anos e meio no coman-do da Seleção, convocando joga-dores que o ajudaram nas con-quistas da Copa América, Copadas Confederações e tambémnas Eliminatórias – competiçãoque levou o Brasil à Copa.

Miguel Basso Locatelli A convocação estava marca-da para as 13h, e a expectativajá era grande desde as primeirashoras da manhã. O assessor deimprensa da Seleção Brasileira,Rodrigo Paiva, anunciou que osconvocados seriam apresenta-dos em slides com duração de 3segundos para cada atleta. De-pois disso, foram dados 15 mi-nutos para os meios de comuni-cação divulgar e debater. Na se-quência, o técnico Dunga con-cedeu entrevista coletiva.

Aliás, Dunga criticou boaparte da imprensa, que até on-tem fez diversas escalações. Ex-plicou a ausência de jogadorescomo Paulo Henrique “Ganso”e Neymar, tão elogiados porparte da população e pela mai-or parte dos jornalistas. Dungadisse que, até dezembro, os doiseram banco da equipe do Santos.Depois, tiveram férias e em janei-ro aconteceu a pré-temporada.Ambos tiveram cerca de três me-ses para mostrar o futebol e,para o treinador, era muito pou-co para mostrarem que teriam

maturidade de chegar à Copa eajudar. Além disso, Dunga afir-mou que não é momento de tes-tar jogadores. Outro caso polê-mico é o do atacante Adriano, doFlamengo. Mesmo em má fase eapresentando problemas com afalta de comprometimento noclube, muitos garantiam que eleestaria na lista, mas não foi oque aconteceu. Dunga explicouque o jogador teve inúmeraschances, mas não soube apro-veitar, principalmente pela in-disciplina fora de campo.

A seleção vai fazer umapreparação em Curitiba, a par-tir do dia 21 - com a realizaçãode exames médicos e testes fí-sicos -, até o dia 26 deste mês,no CT do Atlético-PR. Depoisdisso, viaja para a África doSul, onde ficará concentradaem Joanesburgo. A estreia acon-tece no dia 15 de junho, contraa Coréia do Norte, às 15h30pelo horário de Brasília. Os ou-tros jogos serão nos dias 20 e25 de junho, contra a Costa doMarfim (15h30) e Portugal(11h), respectivamente. Confiraa lista completa:

é surpresa na seleção de DungaTécnico mantém a coerência que teve durante os três anos e meio no comando do Brasil

Esporte

A convocação do técnicoDunga para a Copa da Áfricado Sul seguiu a mesma ten-dência da convocação de Car-los Alberto Parreira para aCopa de 2006. A campanhamal-sucedida na Alemanhateve a participação de quatroatletas que atuam no Brasil.Neste ano, o número foi ain-da menor. Apenas três joga-dores da lista de Dunga jogamno futebol brasileiro (Gilber-to, do Cruzeiro; Kleberson, doFlamengo; e Robinho, do San-tos).

Em 2002, ano do último tí-tulo do Brasil, esse número eramuito maior. Nada menos que12 jogadores convocados porFelipão atuavam em seu paísde origem. Apesar dos quatroatacantes que jogaram naCopa de 2006 terem retornadoao futebol brasileiro após pas-sagens pela Europa, apenasRobinho foi convocado. Ro-naldo, Adriano e Fred ficaramde fora e assistirão a Copa doMundo pela televisão.

Grafite

GOLEIROSJúlio Cesar (Inter de Milão)Gomes (Tottenham)Doni (Roma)

LATERAISMaicon (Inter de Milão)Daniel Alves (Barcelona)Gilberto (Cruzeiro)Michel Bastos (Lyon)

ZAGUEIROSLúcio (Inter de Milão)Juan (Roma)Luisão (Benfica)Thiago Silva (Milan)

MEIO-CAMPISTASFelipe Melo (Juventus)Gilberto Silva (Panathinaikos)Ramires (Benfica)Elano (Galatasaray)Kaká (Real Madrid)Josué (Wolfsburg)Júlio Baptista (Roma)Kleberson (Flamengo)

ATACANTESRobinho (Santos)Luis Fabiano (Sevilla)Grafite (Wolfsburg)Nilmar (Villarreal)

A ausência de Neymar e Ganso resultou em críticas ao técnico Dunga

Daniel Castro

A queda

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Page 8: LONA 556 - 12/05/2010

Curitiba, quarta-feira, 12 de maio de 20108

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Clássico do teatro

Rodrigo Cintra

Cultura

Uma das principais referên-cias arquitetônicas da cidade,o Paço da Liberdade faz partedo patrimônio histórico Curiti-ba. Sede da prefeitura por 53anos, o antigo Paço Municipalé a única construção da cida-de tombada na instância muni-cipal, estadual e federal. Cons-truído em 1916, foi considera-do o prédio mais inovador daépoca, com o primeiro elevadorda cidade, referências de ArtNouveau e ecletismos de esti-los arquitetônicos.

Com grande importânciahistórica e cultural, um acor-do firmado entre o Estado e oMunicípio definiu que a anti-ga prefeitura seria a sede doMuseu Paranaense, já que re-presentava um marco zeropara a cidade. O espaço foiocupado de 1974 até 2002,quando passou a enfrentar di-ficuldades estruturais. Após asaída do Museu do local, oprédio foi abandonado.

A revitalização do Paçosurgiu a partir do interessemútuo entre o Serviço Socialdo Comércio do Paraná (SES-CPR) e a prefeitura. A falta derecursos municipais para via-bilizar a reforma do prédio fezcom que fosse cedido ao SESC,que estava à procura de umespaço onde pudesse ser cria-do um centro cultural, educa-cional, de inovação e acesso,uma proposta diferente das jáexistentes em Curitiba.

Em junho de 2008 inicia-ram-se as obras e, em 29 demarço de 2009, o Paço da Liber-dade foi entregue totalmente re-vigorado. O local onde se en-contra o Paço da Liberdade erauma região complicada da cida-de, com altos índices de crimi-nalidade e prostituição. Um dospapéis do Paço foi revitalizarseu entorno.

Uma pesquisa realizada

por quase dois anos foi indis-pensável para que o SESC pu-desse reconhecer os anseios enecessidades do público. Nes-te primeiro ano de funciona-mento que acaba de ser com-pletado, o centro cultural abri-ga o LAB_Paço (acesso à inter-net), um estúdio para a grava-ção de bandas, salas de aula,a Livraria SESCPR - que privi-legia escritores e músicos pa-ranaenses -, uma bibliotecaatualizada com um acervo de6 mil títulos, salas de exposi-ções, além do Café do Paço.

Existem atividades gratui-tas e pagas, e para ambos oscasos é necessário cadastro.São diversos os formatos deeventos: workshops, palestras,shows, exposições, lançamen-tos de livros, apresentações nocafé.

De acordo com Daniel Fer-rarezi, técnico do Paço, o espa-ço proporciona atividadespara todos os perfis. A rotati-vidade de público em 2009 foigrande, mais de 600 mil visi-tas. “Tem bastante turista por-que arquitetonicamente é a re-ferência mais forte da cidade.Mas o pessoal que mora aquivisita muito e participa bas-tante das atividades”.

O aposentado Enir Dias selembra como o Paço era anti-gamente e afirma serem desuma importância iniciativas

Gabriela Junqueira

Tradição e inovaçãojuntas para fomentar acultura paranaenseO espaço Paço da Liberdade SESCPR já tem mais de umano de funcionamento, proporcionando à populaçãocuritibana atividades culturais em constante inovação

como esta, que resgatem a his-tória de Curitiba. “Já vim emvárias exposições que ocorre-ram aqui, desde quando era oMuseu Paranaense”, conta.“O espaço ficou muito bonitoe o café muito agradável”,completa a aposentada Semi-rames Melo.

O público jovem tambémtem um grande potencial naprogramação. “Muitos univer-sitários vêm assistir palestrassobre filosofia e ciências soci-ais. Nas atividades que a gen-te faz na internet, normalmen-te o público jovem está bastan-te presente. As exposições e aspalestras sobre inovação e tec-nologia têm despertado umacuriosidade bem grande nes-se perfil de público”, afirmaFerrarezi.

Para a estudante ThaísDomingues, as apresentaçõesmusicais no café são de gran-de qualidade, além de cursose palestras, que contribuemcom sua formação. Vale res-saltar que a curadoria doPaço da Liberdade SESCPRestá aberta a propostas denovas bandas que estejam in-teressadas em tocar no local,basta procurá-la e mandarum projeto e algo gravado. Aprogramação anual já é mon-tada no início do ano, masnada impede que seja reava-liada.

Mostra “aparências”O designer Claudio Alvarez expõe dez obras de catálogo e duasinéditas no espaço de arte Ybakatu, no Alto da XV. As obrasforam feitas de materiais diversos e mesclam luz, movimentos efotografias.Onde: Ybakatu Espaço de Arte (R. Itupava 414, Alto da XV).Quando: Terça a sexta, das 4h às 19h; sábado, das 10h às 13h.Quanto: Gratuito

Última oportunidade

Autor que vira personagem

Gabriela Junqueira

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Este é último fim de semana para ver a peça “Elizaveta Bam”, emcartaz no Teatro Novelas Curitibanas até domingo. O espetáculoretrata um drama familiar protagonizado pelos irmãos Petr eElizaveta. As cenas são apresentadas em diferentes cômodos docasarão onde está o teatro. Durante a apresentação, o público éconvidado a um passeio pela casa para acompanhar a peça, mastambém pode fazer seu próprio trajeto.Onde: Teatro Novelas Curitibanas (R. Presidente CarlosCavalcante, 1.222, São Francisco).Quando: Quinta a domingo, às 20h.Quanto: R$ 10.

Baseado em um fragmento do livro “Kafka de Crumb”, a peça“Kafka - Escrever é um Sono Mais Profundo do que a Morte”retrata o início da vida do escritor tcheco. Usando as obsessões ejogos de palavras do autor, o espetáculo traz um Kafka comcaracterísticas semelhantes às dos seus personagens.Onde: Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655, Centro)Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19hPreço: R$ 20

A peça clássica Medeia, escrita por Eurípedes em 431 A.C., seráapresentada no Guairinha a partir de amanhã. A história é sobreuma mulher que traiu a família e matou o irmão pelo amor de umhomem.Onde: Guairinha (R. XV de Novembro, s/n°, Centro).Quando: Quinta a sexta, às 21h; domingo, às 19h.Quanto: R$ 20.

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