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LOGÍSTICA DE TRANSPORTES: ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Fábio Fagundes Benevides Haylander Augusto Moreira Pedrosa

Jarmiely Belo de Oliveira Michelle Marins de Santana

Professora Orientadora: Rachel Ferreira Klem de Mattos Morgades

CENTRO UNIVERSITÁRIO FLUMINENSE – UNIFLU RESUMO

O presente estudo teve como objetivo buscar soluções para os obstáculos encontrados no transporte de materiais de uma indústria de corte e dobra de aço para o setor de construção civil de Campos dos Goytacazes - RJ, obtidos com aplicação dos conceitos de logística de transporte. O procedimento técnico adotado foi a pesquisa bibliográfica com coleta de dados feita através da observação direta e entrevista com a responsável da área. Para tanto, foi aplicado a análise SWOT - Strenghts, Weaknesses, Opportunities, Threats, a fim de identificar as (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) e indicar soluções para melhoria no sistema de transporte. PALAVRAS CHAVE: Logística, Transporte, Construção civil. 1 INTRODUÇÃO: Atualmente, a implantação da logística integrada vem sendo cada vez mais necessária para que uma empresa se destaque no mercado globalizado, pois, sobretudo o planejamento de uma empresa é de extrema importância para que as mesmas se tornem competitivas e ainda mais reconhecidas no mercado. Assim, percebe-se que a logística é um meio muito importante de organizar todos os setores das empresas, de maneira a diminuir seus custos, sempre procurando atender às expectativas esperadas pelos clientes da melhor forma possível. Segundo Ballou (2006, p.27), logística é o processo de planejar, implantar e controlar o fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde seu ponto de origem até o ponto final atendendo às exigências dos clientes. Na logística existem varias funções dentre elas a de recebimento, separação, armazenagem, estocagem, transportes entre outras. Nazário (apud Ribeiro, Ferreira et al. 2002) afirma que o transporte representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, podendo ele variar entre 4% e 25% do faturamento bruto. Assim, pode-se destacar que a logística não se trata apenas de transporte de mercadorias, apesar desta área da logística ser de extrema importância. Com isso, a logística do transporte nos ajuda na movimentação de materiais, fazendo com que sejam entregues da melhor forma para o consumidor final.

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Contudo segundo dados estimados nos anos de 2008 a 2013, adquiridos pela Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo do Município de Campos dos Goytacazes (RJ), que está localizado na região Norte Fluminense, sendo o maior município em extensão territorial do Estado do Rio de Janeiro, fazendo divisa com o Espírito Santo, ao norte e estando há aproximadamente 290 km da capital do Rio de Janeiro. Segundo dados recentes do IBGE (2010), a população de Campos possui aproximadamente 464 mil habitantes (CIDAC, 2014). Tendo crescido nos últimos anos o número de imóveis, consultados através do Habite-se (Prédios Concluídos), com um total de 7.198 unidades concluídas no decorrer desses seis anos, oque gera maior demanda de materiais para o setor de construção civil, como se pode observar no Gráfico 1.

Gráfico 1: Demonstração do Crescimento na Área de Construção Civil.

Fonte: Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo de Campos dos Goytacazes/RJ. Como observado no gráfico acima, com o crescimento de obras na região a demanda de materiais para construção civil tem sido um ramo muito promissor, o que faz ganhar destaque nas distribuições destes produtos. Segundo Faria (2010), o fenômeno de verticalização em Campos dos Goytacazes iniciou-se nos anos de 1940, basicamente no centro da cidade se intensificando na década de 70, tornando-se ainda mais notório no início do século XXI. Assim, este trabalho mostra como tal seguimento de construção civil tem sua importância para o desenvolvimento da região. Diante do exposto, o objetivo geral desta pesquisa é propor soluções para os obstáculos encontrados no transporte de materiais de uma empresa no ramo de corte e dobra de aço no setor de construção civil no município de Campos dos Goytacazes/RJ.

Para tanto os objetivos específicos são apresentar a empresa estudada, descrever seu sistema de transporte, analisar seus pontos fortes e fracos, analisar suas ameaças e suas oportunidades e por fim fazer uma análise SWOT diante dos dados obtidos, apontando possíveis soluções para as dificuldades enfrentadas pela empresa, vez que tal mercado está em franca expansão e sem uma logística de transporte eficaz desses materiais seria bem mais difícil e oneroso assistir ao crescimento de qualquer região.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO: 2.1 A Logística Segundo Magee (apud Alves 1977), a palavra logística é de origem francesa (do verbo loger: alojar). O qual se refere a um termo militar que significava a arte de transportar, abastecer e alojar as tropas. Tomou, depois, um significado mais amplo, tanto para uso militar como industrial: a arte de administrar o fluxo de materiais e produtos, da fonte para o usuário. O Council of Logistic Management (apud Ballou, 1993), entidade americana que possui milhares de associados em todo o mundo, assim conceitua logística:

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente. (Ballou, 1993)

Trata-se do processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem de matérias-primas, inventário em processo, produtos acabados e informações correlatas do ponto de origem ao ponto de consumo em conformidade com os requisitos do cliente (COMEXNET, 2001). Ballou (apud Alves 1993) considera a logística como assunto vital. Sendo ela um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disso, os consumidores não residem próximos de onde os bens ou produtos estão localizados. 2.2 Logística Empresarial Ballou (apud Alves, 1993) ainda conceitua logística empresarial como o objetivo de prover o cliente com os níveis de serviços desejados.

A meta de nível do serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada, ao menor custo possível. Isto é conseguido com a administração adequada das atividades, desde seu transporte, manutenção dos estoques, processamento de pedido e de várias atividades de apoio adicionais. (Ballou, 1993)

Administração de materiais e distribuição física integra-se para formar o que se chama hoje de logística empresarial. (Silva 2001).

Muitas companhias desenvolveram novos organogramas para melhor tratar das atividades de suprimento e distribuição, frequentemente dando status de alta administração para a função, ao lado de marketing e produção. O tempo da logística empresarial está chegando e uma nova ordem das coisas está começando (Silva, 2001).

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, pelo planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem, que visam facilitar o fluxo de produtos (BALLOU,1993).

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2. 3 Transporte 2.3.1 Transporte e Logística Silva (2001) nos ensina que na relação Transporte e Serviço ao Cliente, o primeiro é extremamente influente no desempenho do segundo, devido às exigências de pontualidade do serviço, tempo de viagem, capacidade de prover um serviço porta a porta, à flexibilidade para o manuseio de vários tipos de cargas, gerenciamento dos riscos quanto a roubos, danos e avarias e à capacidade de o transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas. Investir em logística é uma estratégia na quais empresas de transportes de carga no Brasil estão apostando para enfrentar a virada do milênio. Em outras partes do mundo como EUA, Europa e alguns países da Ásia, a logística já se encontra num processo bastante avançado (SILVA, 2001). 2.4 Classificação dos Modais de Transporte 2.4.1 Ferroviário O transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes toneladas de produtos e em distâncias relativamente longas. Apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas entre outros (Ferreira e Ribeiro, 2002). 2.4.2 Rodoviário É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional, destina-se principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semiacabados. Apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Uma das suas vantagens é a possibilidade de transporte integrado porta a porta, assim como frequência e disponibilidade dos serviços. (Ferreira e Ribeiro, 2002). 2.4.3 Hidroviário O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor (operadores internacionais) em contêineres. Apresenta custo fixo médio (navios e equipamentos) e custo variável baixo (capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem), (Ferreira e Ribeiro, 2002). 2.4.4 Aeroviário Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda, etc.) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos, etc.). É o que tem custo mais elevado em relação aos outros modais (Ferreira e Ribeiro, 2002). 2.4.5 Dutos Destina-se principalmente ao transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos (petróleo bruto e derivados, minérios). A

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movimentação via dutos é bastante lenta, sendo contrabalançada pelo fato de que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por semana, (Ferreira e Ribeiro, 2002). 2.5 - Comparação entre as características dos diversos modais Para que se faça a escolha certa, do modal de transporte para o produto que se queira entregar, devem-se observar as características operacionais de cada transporte.

De acordo com Nazário (apud Fleury et al. 2000: p.130), em relação aos modais, há cinco pontos importantes para se classificar o melhor transporte: Velocidade; Disponibilidade; Confiabilidade; Capacidade e Frequência. Tabela 1: Pode-se observar estas características, sendo que a pontuação menor, significa que o modal possui excelência naquela característica.

Observe, na tabela a pontuação total, que a preferência geral é dada ao transporte rodoviário. Este ocupa o primeiro e segundo lugar em todas as categorias, exceto em capacidade. 3.4 Cenário Atual do Transporte de Materiais A distribuição por muitos hoje tratados de forma mais ampliada e denominada logística, derivou da evolução do Transporte de Mercadorias no Brasil e se tornou mais relevante aos olhos do empresário e consumidor a partir da implantação da Indústria Automobilística no Brasil, na década de 50. Com isso percebe-se que se é necessário uma série de investimentos em rodovias nacionais, já que a distribuição via transporte rodoviário é a mais comum no país, (CABRAL, Eymar Cruz et al. [s.d]). 4 METODOLOGIA: No sentido de proporcionar uma visão geral da logística de distribuição de materiais (aço) para construção civil, apresentamos uma análise qualitativa, descritiva e com coleta de dados feitas através da observação direta e entrevista com a responsável da área na qual analisaremos uma empresa no município de Campos dos Goytacazes com faturamento mensal de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). No que se refere à análise a pesquisa é qualitativa, pois nos ensina (Medeiros et al, 2010, p. 26), que a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente, sendo o processo e seu significado os focos principais de abordagem.

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Já no que tange à pesquisa ora apresentada, a mesma se qualifica como descritiva vez que visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. E envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. (Medeiros et al, 2010, p. 28). 5 DESENVOLVIMENTO: 5.1 Apresentação da empresa A NEPESTEEL é uma empresa do Grupo J. Ricardo, representado por um conjunto de empresas sólidas, que nasceu no Norte do Estado do Rio de Janeiro em 1992, a qual é administrada juntamente com quatro companhias sendo elas Mendes JR; Mendes Ribeiro, Jotaço e JRR, nas áreas de Infraestrutura para Construção Civil, Urbanização e Indústrias Onshore e Offshore, estando situada em Campos dos Goytacazes há 4 anos. As informações institucionais ao grupo apontam uma preocupação em atender seus clientes com agilidade criando uma rede completa e eficiente em logística que supera o tempo de entrega dos concorrentes com total garantia de prazos. A empresa aponta como sendo um dos grandes diferenciais as máquinas de Corte e Dobra de Aços e as máquinas que produzem Telhas Galvalume e Chapas. Esse tipo de trabalho é oferecido exclusivamente pela marca NEPESTEEL na Região. Outros fatores muito importantes que fazem a diferença no mercado são os custos mais baixos, produtos personalizados e acima de tudo a alta qualidade com a marca NEPESTEEL. A empresa vem atuando nas regiões de Campos, Região dos Lagos, São Gonçalo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, acreditando que a excelência dos serviços prestados junto ao preço justo e a minimização dos custos fazem da empresa uma das melhores na distribuição de corte e dobra de aço da região. No que se refere a custos, receitas, liquidez a empresa não quis fornecer tais informações, não sendo possível o presente artigo analisar tais abordagens na empresa estudada. 5.2 Sistema de transporte O sistema de transporte da NEPESTEEL conta com 11 caminhões, sendo respectivamente 1 carreta de grande porte com 35 toneladas, 9 truck de porte médios com 15 toneladas e 1 toco de pequeno porte com 7 toneladas, podendo assim atender grandes e pequenas demandas na região. Observe as figuras a seguir.

Figura 1: Carreta

Fonte: http://clubedonibus.blogspot.com.br

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Figura 2: Caminhão Truck

Fonte: http://clubedonibus.blogspot.com.br

Figura 3: Caminhão Toco

Fonte: http://clubedonibus.blogspot.com.br A empresa também investe em tecnologia como rastreamento 24h para melhor roteirização e controle das entregas e com utilização de equipamentos de GPS para chegarem ao seu destino com o máximo de rapidez e segurança possível para melhor atender as necessidades dos seus clientes. O cronograma é traçado pelos profissionais da área de logística e setor comercial e a entrega varia a cada semana conforme demanda de pedidos, tal como segue: Segunda-Feira entrega-se para Região dos Lagos, Terça-Feira para Rio de Janeiro, Quarta-Feira para São João da Barra, Quinta-Feira em São Francisco de Itabapoana e Sexta-Feira em Farol de São Thomé. Entregas em Campos tem um prazo de 48 horas para serem realizadas. Dentre os serviços adicionais, a empresa conta com o auxílio de escolta armada para melhor segurança dos colaboradores e das mercadorias em viagens dentro da cidade em casos especiais como, por exemplo, quando a mercadoria ultrapassa o limite do caminhão. Existe ainda um cronograma o qual ajuda na realização da organização de pedidos e armazenagem das mercadorias, tanto no interior da empresa, quanto dentro do modal, vez que a forma de carregamento na maioria das vezes é manual. Sempre o montante a ser entregue é formado por um conjunto de diferentes tipos de materiais, dificultando o processo de mecanizar esse processo. No entanto, em casos específicos, onde o peso do material excede aos limites humanos, usa-se a mecanização através de ponte rolante e empilhadeiras para realização do

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carregamento e descarregamento da carga dentro da própria empresa. Observe as figuras a seguir.

Figura 4: Ponte Rolante

Fonte: http://blogsegvida.blogspot.com.br

Figura 5: Empilhadeira

Fonte: http://empilhadeiraguia.com O montante é sempre arrumado no caminhão de acordo com a rota a ser seguida, facilitando dessa forma o descarregamento que é efetuado de forma manual pelo motorista e dois ajudantes. Em determinadas entregas, no ato do descarregamento a empresa que está recebendo a mercadoria disponibiliza alguns funcionários para colaborar na descarga do caminhão, que já havia sido combinado mediante a compra. 5.2.1 Abastecimento da Frota A empresa firma um convênio com um determinado posto de gasolina, onde de acordo com a necessidade de abastecimento, o motorista de cada caminhão, com a autorização assinada pelo gerente de transporte ou gerente administrativo, abastece e leva a nota para a loja.

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Ao final de cada mês uma pessoa responsável pelo posto, se desloca até a loja, procura o setor administrativo, para acertar as notas referentes aquele mês. 5.2.2 Manutenção da frota A empresa conta com uma oficina terceirizada que atende com os serviços de reparo, tanto em manutenção preventiva e corretiva, onde realiza a prevenção de danos fazendo troca de peças de tempo em tempo e a correção de problemas detectados nos veículos, além da limpeza e conservação da frota. 5.2.3 Possíveis Avarias na Carga Devido à falta de estrutura nas vias, algumas mercadorias principalmente as chapas, sofrem avarias decorrentes de movimentos bruscos feitos pelos motoristas dos caminhões ao passarem por determinados buracos ou até mesmo em vias sem pavimentação. Assim, as mercadorias que sofrem danos ou são prejudicadas de alguma forma no decorrer do transporte e não são recebidas pelos clientes, são devolvidas à organização para eventuais substituições realizando a logística reversa com transformação da mercadoria avariada em matéria prima para a construção de um novo produto. A empresa trabalha com eficiente logística reversa cuidando para que não haja nenhum tipo de perda do produto ou material e também para que os clientes saiam sempre com suas expectativas atendidas e muita das vezes superadas. 5.3 Pontos Fortes e Fracos O grande ponto forte em relação ao transporte de materiais decorre do fato da NEPESTEEL ter sua própria frota de veículos, o que ajuda a diminuir o custo tanto para a empresa quanto para os seus clientes e ajuda também na agilidade e pontualidade nas entregas, uma vez que a frota atende única e especificamente à empresa. A NEPESTEEL se destaca com alto nível de tecnologia em seus equipamentos, com maquinas que conseguem desempenhar serviços com qualidade, rapidez e precisão, proporcionando satisfação aos clientes. Essa tecnologia é composta pelas maquinas de corte e dobra de aços e as maquinas que produzem chapas, telhas, lambri “Portões de chapa” entre outros, além de contar com sua fabricação em Campos dos Goytacazes/RJ, que ajuda ainda mais à pronta entrega na região. Seus pontos fracos são os altos custos na manutenção dos caminhões por contar com oficina terceirizada levando maior tempo para realização da manutenção corretiva quando necessário, levando a empresa a atrasos em suas entregas além de ter que ocupar os caminhões de tempos em tempos para realização da manutenção preventiva para melhor conservação da frota. Como também a grande rotatividade de motoristas por falta de treinamento que gera falta de confiança nos mesmos para o melhor desempenho dos seus trabalhos, além de gerar maiores custos para a empresa. 5.4 Ameaças e Oportunidades Dentre as ameaças encontradas pela empresa é sua concorrência com a RDG - Aços do Brasil S/A, que é uma indústria de aço com sua Matriz situada em Carapina, Serra – Espírito Santo (ES) / Vitória, ela é uma empresa de grande porte que conta com 6 Filiais no estado do

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Espírito Santo. Na cidade de Campos dos Goytacazes funciona a 7ª filial da RDG como um Centro de Distribuição. Outra ameaça encontrada foi o e-commerce que se trata da venda de produtos pela internet, o qual a NEPESTEEL não adota esse critério, fazendo de seu uso apenas para apresentar a empresa, produtos e suas tecnologias utilizadas, não utilizando este canal como estratégia de venda. Diferente de alguns dos seus principais concorrentes que adotam o e-commerce como um canal que os auxiliam nas vendas de seus produtos tendo assim um ganho maior de mercado e sobre tudo um diferencial. Outro fator de ameaça é o aumento do dólar que afeta toda economia direta ou indiretamente, onde acontece um redirecionamento da oferta, neste caso caberia uma análise, se a queda no dólar é gradativa como acontece hoje no Brasil, a tendência é que não ocorram aumentos nos preços das mercadorias, visto que as empresas terão tempo de ajustarem seus estoques e poderão visualizar com mais antecedência os cenários que se apresentam no médio prazo. Se a queda é repentina é possível que num primeiro momento haja um aumento de preços pelos quais os empresários tendem a compensar possíveis prejuízos (expectativas), provocados pelo redirecionamento da demanda, visto que seus estoques estão elevados e o cenário pode não ser de tão fácil visualização, mas ao longo prazo se não houver intervenções governamentais os preços certamente cairão, influenciando assim os preços finais das mercadorias. Dentre as oportunidades a empresa conta com uma indústria na cidade de Campos dos Goytacazes diferente de sua concorrente facilitando a fabricação e entrega de produtos personalizados e com nível de perda zero para melhor atender as expectativas dos seus clientes, se beneficiando diante do crescimento na área da construção civil, com a chegada da Copa do Mundo as Olimpíadas e o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento criado pelo Governo Federal em 2007, com objetivo de promover a retomada do planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, contribuindo para o seu desenvolvimento acelerado e sustentável com recursos e parcerias dos estados e municípios, para a execução de obras estruturantes que possam melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras. Por fim, a empresa destaca que o alto preço de seus concorrentes é favorável ao seu crescimento. 6 RESULTADOS: O presente estudo permitiu observar que o transporte é parte integrante do sistema de uma indústria de corte e dobra de aço para o setor de construção civil, sendo sua gestão fundamental para realizar as atividades de distribuição dos produtos. Como representa grande parte dos custos da empresa, observa-se a necessidade de estudar com cautela seus parâmetros, para que a mesma não perca seu lucro no fim da cadeia. Isto é algo que na prática ocorre com frequência, pois parâmetros como peso, fragilidade, dimensão e compatibilidade não são observados e levam a excesso de manuseio, avarias no produto e consequentemente perda de vendas. No que diz respeito aos problemas encontrados na empresa sugere-se que seja implantado uma oficina mecânica “própria” para manutenção da frota de veículos e para minimizar os gastos futuros. Percebe-se também a necessidade de treinamento dos motoristas gratificações e revisão nas jornadas de trabalhos entre outros incentivos, reduzindo assim o número de rotatividade e aumentando o nível de satisfação dos mesmos gerando melhor desempenho de seus trabalhos.

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Com isso, analisando as possibilidades de um entendimento mais claro foi feito a análise SWOT que trata de um sistema simples que nos proporciona posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão, vez que é uma ferramenta que ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar efeitos dos pontos fracos e das ameaças.

7 CONCLUSÕES: Percebe-se, portanto que tanto a logística e o transporte formam uma área de conhecimento que promove muitas pesquisas e consultorias. Isso ocorre porque uma empresa não alcança o mercado se não tiver uma logística planejada com o nível de serviço adequado às necessidades do cliente. 8 BIBLIOGRAFIA: BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Editora Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial / Ronald H. Ballou; tradução Raul Rubenich, - 5. Ed. – Porte Alegre: Bookmam, 2006.

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