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USJ – CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ JULIANO CARDOSO DE LIMA LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO: ÁNALISE DA ESTRUTURA LOGÍSTICA DE MANUSEIO NA DIVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS. SÃO JOSÉ 2010

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USJ – CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

JULIANO CARDOSO DE LIMA

LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO: ÁNALISE DA ESTRUTURA LOGÍSTICADE MANUSEIO NA DIVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS.

SÃO JOSÉ

2010

JULIANO CARDOSO DE LIMA

LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO: ÁNALISE DA ESTRUTURA LOGÍSTICADE MANUSEIO NA DIVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoCurso de Administração do Centro UniversitárioMunicipal de São José - USJ, como requisito paraobtenção do Título de Bacharel em Administração.

Professor (a) Orientador (a): Lissandro Wilhelm

SÃO JOSÉ

2010

LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO: ÁNALISE DA ESTRUTURA LOGÍSTICADE MANUSEIO NA DIVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS.

Por

JULIANO CARDOSO DE LIMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoCurso de Administração do Centro UniversitárioMunicipal de São José - USJ, como requisito paraobtenção do Título de Bacharel em Administração,aprovado pela banca examinadora formada por:

___________________________________________________Presidente: Prof. , MS: Lissandro Wilhelm - Orientador, USJ

___________________________________________________Membro: Prof., MS: Luciana Costa, USJ

___________________________________________________Membro: Prof. , MS: Fabiana Witt, USJ

São José, 17 de junho de 2010.

2

Dedico este trabalho a minha esposa Andreza,

minha amada filha Rafaela, meus pais, professores e amigos.

3

AGRADECIMENTOS

A Deus porque sem ele nada nem ninguém somos;

Aos meus familiares pelo amor e apoio incondicional de sempre;

Aos colegas pelo companheirismo a mim dispensado;

Aos professores e mestres pela excelência no ensino.

4

RESUMO

Este trabalho teve como principal objetivo analisar a adequação da estocagem emovimentação de materiais na Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, identificarpossíveis falhas no processo de movimentação e armazenagem dos materiais, descrever osistema de estocagem e movimentação, e propor possíveis melhorias nos processos. Os dadosforam coletados na própria organização, por meio de entrevista realizada com o chefe dosetor. O delineamento deste trabalho foi feito por meio de pesquisa bibliográfica e estudo decaso. Foram identificados problemas e algumas divergências em comparação com a literaturado assunto em relação ao layout de armazenagem, espaço físico, e movimentação demateriais. Foram feitas propostas de melhoria para os itens que apresentaram maioresproblemas.

Palavras-Chave: Adequação de armazenagem de materiais; movimentação de materiais,logística no setor público;

5

ABSTRACT

This study aimed to examine the adequacy of storage and materials handling within theMunicipal Health Florianópolis, identify potential gaps in the process of moving and storingmaterials, describe the system of storage and handling, and propose possible improvements inprocesses. Data were collected on the organization itself, through an interview with the head ofthe sector. The outline of this work was done by means of literature and case study. Problemswere identified and some differences in comparison with the literature of the subject in relationto the layout of the storage space, and material handling. Proposals were made for improvementfor the items that had greater problems.

Keywords: Adequacy of storage materials, materials handling, logistics public sector;

6

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................9

1.1 TEMA E PROBLEMA................................................................................................9

1.1 OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO.......................................................................10

1.1.1 Objetivo Geral....................................................................................................................10

1.1.2 Objetivos específicos.........................................................................................................10

1.2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................11

2.1 LOGÍSTICA.............................................................................................................11

2.2 A LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO.....................................................................15

2.3 O ALMOXARIFADO E SUA IMPORTÂNCIA NA LOGÍSTICA...............................16

2.4 ARMAZENAGEM DE MATERIAIS.........................................................................17

2.5 PRINCÍPIOS DE ESTOCAGEM DE MATERIAIS...................................................18

2.6 NORMAS DE ESTOCAGEM..................................................................................20

2.7 TÉCNICAS DE ESTOCAGEM (ARMAZENAGEM)................................................20

2.8 ANÁLISE DE ALMOXARIFADO.............................................................................22

2.9 LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS............................................................................23

2.10 O LAYOUT DE ARMAZENAGEM.........................................................................25

2.11 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS.........................................26

2.12 INVENTÁRIO FÍSICO...........................................................................................27

2.13 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS......................................................................29

2.14 RECEBIMENTO DE MERCADORIAS..................................................................30

2.15 SAÍDA DE MERCADORIAS.................................................................................31

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................................32

4. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO...................................................................34

4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO........................................................................34

5. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS

MATERIAIS DA SMS.............................................................................................................38

6. DESCRIÇÃO DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS...................................................39

7. DESCRIÇÃO DA SAÍDA DE MATERIAIS......................................................................40

7.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAGEM ATUAL DA SMS....................40

7.2 DESCRIÇÃO DO ATUAL SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS.......41

7

8. COMPARAÇÃO ENTRE A ATUAL FORMA DE TRABALHO NO

ALMOXARIFADO DA SMS COM O PROPOSTO PELA LITERATURA E

IDENTIFICAÇÃO DE POSSÍVEIS FALHAS NO PROCESSO........................................42

8.1 ANÁLISE DA COMPARAÇÃO ENTRE O FUNCIONAMENTO DO

ALMOXARIFADO DA SMS COM O QUE ORIENTA A LITERATURA........................46

9. PROPOSTAS PARA POSSÍVEIS MELHORIAS.............................................................48

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................51

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................52

APÊNDICE................................................................................................................................53

ANEXOS....................................................................................................................................57

8

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a administração de materiais é uma das atividades de gestão mais importante

para as empresas. A manutenção da competitividade depende diretamente da forma que os

materiais são geridos, os quais devem possuir níveis compatíveis com suas demandas como

também as compras necessitam ser cada vez mais ágeis, para que possam atender as

necessidades de renovação dos estoques (COSTA, 2002).

No setor público, assim como na iniciativa privada, trabalha-se com o objetivo de

maximizar a agilidade dos processos com o menor custo possível, afim de que, não extrapole o

orçamento do atual exercício, não admitindo assim perdas ou desperdícios. Podemos comparar a

atividade logística a um grande quebra cabeça, onde todas as peças se encaixam conforme

forem colocadas, porém o resultado obtido dependerá da forma que as mesmas estejam

dispostas, pois se algumas poucas peças forem colocadas em local indevido, todo o resultado

ficará comprometido, por outro lado, se forem colocadas corretamente, os benefícios serão

excelentes.

O fluxo de movimentação de materiais dentro das empresas é uma questão que pode ser

considerada como um fator de diferencial competitivo, quando bem administrado, podendo

reduzir custos de processo e gerar ganhos de produtividade dentro de um processo de

manufatura enxuta, os manuseios desnecessários de produtos geram perda de tempo, qualidade e

produtividade (MENDONÇA, 2002).

1.1 TEMA E PROBLEMA

Como tema deste trabalho será realizado um estudo sobre as operações logísticas com

ênfase na análise da sistemática de estocagem e movimentação de produtos acabados do

departamento de recursos materiais e patrimoniais da Secretaria Municipal de Saúde de

Florianópolis, considerando as inovações tecnológicas disponíveis, de forma a obtermos

redução de custos, aumento na agilidade e qualidade dos serviços realizados pelo departamento.

A presente pesquisa busca responder ao seguinte problema:

A atual forma de armazenagem e movimentação de materiais implantada pela divisão de

recursos materiais está sendo o modo mais eficaz e menos oneroso para os cofres públicos?

9

1.1 OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é analisar a adequação da estocagem e movimentação de

materiais na Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.

1.1.2 Objetivos específicos

Descrever o sistema de estocagem e movimentação de materiais do Departamento

de Recursos Materiais e patrimoniais da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.

Identificar possíveis falhas no processo de movimentação e armazenagem dos

materiais.

Verificar a existência de atrasos ao atendimento de requisições de materiais, e

localizar o agente gerador deste atraso.

Propor possíveis melhorias nos processos de estocagem e movimentação de

materiais.

1.2 JUSTIFICATIVA

Uma das mais importantes funções da administração de materiais é o controle dos níveis

de estoque, portanto, uma gestão adequada é de suma importância, visto que afeta de maneira

bem definida o resultado financeiro da empresa.

Os materiais que compõem o estoque da divisão de recursos materiais e patrimoniais da

secretaria de saúde são: materiais de enfermagem, odontológicos, farmacêuticos, informática,

impressos, de expediente, instrumentais-odontológicos, rouparia e higiene e coparia.

A agilidade nos processos de movimentação de materiais é fator decisivo para um bom

funcionamento de todo sistema de atendimento nas unidades de saúde de Florianópolis, uma vez

que, sem uma estrutura logística bem implantada, possivelmente acarretaria a falta de alguns

materiais de extrema importância para o atendimento a pacientes de toda a rede de saúde e

conseqüentemente, prejuízos a toda população.

10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o objetivo de tornar disponíveis produtos e serviços certos no local onde são

necessários, no momento em que são desejados e na quantidade desejada, é difícil imaginar

qualquer atividade de produção ou de marketing sem o apoio logístico.

A implementação das melhores práticas logísticas tornou-se uma das áreas operacionais

mais desafiadoras e interessantes da administração nos setores privado e público (BOWERSOX

e CLOSS, 2001) A Administração de Materiais tecnicamente bem aparelhada é, sem dúvida,

uma das condições fundamentais para o equilíbrio econômico e financeiro de uma empresa.

(FRANCISSH & GURGEL, 2002).

Pode-se conceituar a Administração de Materiais como a atividade que planeja, executa

e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das

especificações dos artigos e compras até a entrega do produto terminado para o cliente

(FRANCISCHINI & GURGEL, 2002).

E ainda, de acordo com Gonçalves (2004, p.2) a administração de materiais tomou

grande impulso a partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras

das empresas, tendo como principal objetivo atender às necessidades e expectativas dos clientes,

No formato tradicional, a administração de materiais tem o objetivo de conciliar os interesses

entre as necessidades de suprimentos e a otimização dos recursos financeiros e operacionais das

empresas.

Essa evolução da Administração de Materiais ao longo dessas fases produtivas baseou-se

principalmente, pela necessidade de produzir mais, com custos mais baixos. Atualmente a

Administração de Materiais tem como função principal o controle de produtos e estoque, como

também a distribuição dos mesmos.

2.1 LOGÍSTICA

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem

que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de

consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento,

com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável

(POZO, 2008).

“Para implantar melhoramentos na estrutura industrial é necessário dinamizar o sistema

logístico, que engloba o suprimento de materiais e componentes, a movimentação e o controle

de produtos finais, até a colocação do produto acabado no consumidor” (DIAS 1990 p.15).

Os administradores estão reconhecendo, a necessidade de se estabelecer um conceito

bem definido de logística, pois começam a entender melhor o fluxo contínuo de materiais, as

relações tempo-estoque na produção e distribuição e os aspectos relativos ao fluxo de caixa no

controle de materiais.

Além disso, os administradores também estão reconhecendo que devem coordenar

suprimentos, produção, embalagem, armazenar, transporte, comercialização e finanças em uma

atividade de controle global, capaz de apoiar firmemente cada fase do sistema com um máximo

de eficiência e um mínimo de capital empatado (DIAS, 1990).

Ainda de acordo com o mesmo autor, a logística compõe-se de dois subsistemas de

atividades: administração de materiais e a distribuição física, cada qual envolvendo o controle

da movimentação e a coordenação demanda-suprimento.

De forma resumida, segundo Dias (1990) podem ser incluídas entre atividades logísticas

as seguintes:

Compras

Programação de entregas

Transportes

Controle de estoque de matérias-primas

Controle de estoque de componentes

Armazenagem de matérias primas

Armazenagem de componentes

Planejamento, programação e controle da produção

Previsão da necessidade de materiais

Controle de estoque nos centros de distribuição

Planejamento dos centros de distribuição

Planejamento de atendimento aos clientes

Existe um crescente interesse pela administração logística no Brasil, e como afirma Dias,

(1996, pag. 17), esse interesse pode ser explicado por seis razões principais:

12

1 Rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos serviços detransporte e armazenagem;

2 Desenvolvimento de técnicas matemáticas e de equipamento de computação capazesde tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessária para a analise deum problema logístico;

3 Complexidade crescente da administração de materiais e da distribuição física,tornando necessários sistemas mais complexos;

4 Disponibilidade de maior gama de serviços logísticos;5 Mudanças de mercado e de canais de distribuição, especialmente para bens de

consumo;6 Tendência de os varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades de

administração dos estoques para os fabricantes.

De acordo com o mesmo autor os custos representam parte importante no processo de

decisão na administração logística. A importância relativa desses custos dependerá das

características físicas do produto e de como as políticas administrativas da empresa consideram

a logística com relação a outras categorias de custo e objetivos, dependerá da localização, dos

recursos da empresa em relação a fontes de suprimento e mercados e do papel que a empresa

pode desempenhar em um sistema logístico.

O aspecto que constitui a base para qualquer sistema de gerenciamento de materiais é a

precisão dos dados ou qualidade das informações processadas (DIAS 1990).

Há uma série de técnicas disponíveis para gerenciar os estoques, cada uma delas

aplicável ao estágio em que a empresa se encontre; mas uma preocupação que deve estar sempre

presente em qualquer situação é, sem duvida, precisão das informações, as quais podem afetar a

operação da companhia em níveis de eficiência adequados. Dias, (1990, pag.26) enumera os

maiores problemas relativos à impressão que podem ser:

1. Má localização dos estoques2. Armazenamento inadequado3. Erros de calculo nos relatórios de entrada e saída de materiais4. Erros gerados no recebimento5. Esquecimento e atraso na emissão de documentos de documentos relativos à entrada

e saída de material.6. Procedimentos de contagem física inadequados.

Para cada um desses fatores e outros, para cada empresa em particular, os critérios para

o gerenciamento e controle que serão desenvolvidos, devem ser levados na devida conta.

As empresas dentro de um moderno enfoque logístico de gerenciamento de materiais

podem estar estruturadas conforme Dias (1990) de acordo com a figura abaixo.

13

Figura 1 – sistema logístico de gerenciamento de materiais.

Fonte: Dias (1990, p.25).

Poderíamos considerar que a estrutura do organograma acima é um gerenciamento

integrado. Existem também organizações em que encontraremos uma gerência de materiais

orientada para o suprimento, para distribuição ou para a produção. É bem comum encontrarmos

no setor de controle de estoques, como responsabilidade e atuação, dentro do P.C.P.

(Planejamento e Controle da Produção).

De acordo com Dias (1990) o manuseio ou a movimentação interna de produtos e

materiais significa transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente

pequenas, quando comparadas com as distâncias na movimentação de longo curso executadas

pelas companhias transportadoras.

É atividade executada em depósitos, fábricas, e lojas, assim como no transbordo entre

tipos de transporte. Seu interesse concentra-se na movimentação rápida e de baixo custo das

mercadorias (o transporte não agrega valor e é um item importante na redução de custos).

Métodos e equipamentos de movimentação interna ineficientes podem acarretar altos custos

para a empresa, devido ao fato de que a atividade de manuseio deve ser repetida muitas vezes e

envolve a segurança e integridade dos produtos.

Conforme menciona Ballou (2001) a administração de materiais tem uma preocupação

constante em procurar medidas para minimizar os custos da empresa. Sua importância para a

sobrevivência no mercado é notória. Com a crescente globalização, é preciso que as empresas se

preocupem em se modernizar, diminuir custo, e produzir com o máximo de eficiência e eficácia.

A movimentação de materiais adiciona valor de local e tempo aos produtos, por torná-

los disponíveis quando e onde se fizerem necessários e estão associadas as seguintes atividades

Gerentegeral

Materiais Financeiro Produção

Compras

Distribuição

P.C.P.

Controle de estoques

Comercial

14

(BALLOU, 2001): recebimento (descarga), identificação e classificação, conferência

(qualitativa e quantitativa), endereçamento para o estoque, estocagem, remoção do estoque

(separação de pedidos), acumulação de itens, embalagem, expedição e registro das operações.

Conseqüentemente, torna-se necessário buscar sempre sistemas de armazenagem que produzam

eficiência no abastecimento da produção ao menor custo.

A função logística compreende um conjunto grande de atividades que são executadas por

diversos agentes ao longo da cadeia completa de conversão da matéria-prima em produtos finais

para os clientes. Essas atividades são executadas em locais diferentes, em tempos diversos, o

que aumenta muito a complexidade de sua gestão.

No tópico seguinte faremos uma abordagem da logística no setor público, seu

funcionamento, os problemas enfrentados pela administração pública do setor e o que está sendo

feito para a melhoria dos processos logísticos.

2.2 A LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO

A administração pública vivencia momentos de profundas transformações através das

políticas estaduais e federais de modernização da Gestão Pública. Contudo, os problemas

decorrentes do longo período de “atraso” não são tão simples de serem sanados. Para Bresser

(1998) essa evolução ainda é instável e ineficaz, devido à falta de cultura gerencial dentro dos

órgãos públicos.

A Logística, portanto, está inserida nessa realidade. Segundo Ortolani (2003), os

problemas mais tradicionais encontrados na Logística do Setor Público são: falta de nível de

serviço (não conseguem enxergar o funcionário como um cliente), falta de agilidade de picking

(separação e preparação de pedidos), visão segregada entre etapas de compra estocagem,

problemas operacionais de armazenagem, ausência de cultura gerencial para resultados, dentre

outros.

Para os órgãos públicos é comum verificar que muitas operações logísticas possuem

natureza predominantemente empírica, cujas ações rotineiras e estratégicas são realizadas sem

um estudo prévio de trade-off (se refere, geralmente, a perder uma qualidade ou aspecto de algo,

mas ganhando em troca outra qualidade ou aspecto). Isso implica que uma decisão seja feita

com completa compreensão tanto do lado bom, quanto do lado ruim de uma escolha em

particular e conhecimento técnico.

Daí o motivo da existência de inúmeros gargalos na Logística dessas instituições. (World

Bank: 1994), pode-se entender a logística pública, Segundo o Banco Mundial, de forma geral,

15

como a composição de setores com características de economias de escala e externalidades

positivas.

O mesmo autor afirma ainda que, na tentativa desta caracterização mais clara, divide-se a

infra-estrutura em três partes: a) energia elétrica, telecomunicações, serviços de água e esgoto e

coleta de lixo; b) rodovias e sistemas de irrigação e drenagem; e c) sistemas de transporte:

portos, serviços de transporte ferroviário urbano e interurbano, transporte rodoviário urbano,

hidrovias e aeroportos.

Pego Filho et al. (1999) destacam que a logística púbica enquadra-se bem nas situações

que justificam a intervenção do Estado. Os setores econômicos que a compõem podem ser mais

racionais em situações de alta escala de produção, às vezes monopólios, como energia, ou com

dificuldade de não-exclusão do consumo, como no caso dos sistemas de transporte.

As atividades econômicas são impactadas pela logística pública aos níveis dos custos e

da qualidade dos serviços. Para Sousa (2002), os gastos públicos em infra-estrutura são um dos

principais fatores explicativos da localização da indústria brasileira nos anos 1970 e 1980, à

frente de outros indicadores convencionais, tais como potencial de mercado, subsídios e níveis

educacionais.

Este poder de atração gera, em nível das regiões, desequilíbrios que podem ser

interpretados também numa perspectiva histórica a partir de uma relação complexa entre as

primeiras atividades econômicas e as interações com as demanda de logística pública nacional.

No próximo tópico, falaremos sobre o almoxarifado e sua importância na logística, e

explicaremos como se procede este processo.

2.3 O ALMOXARIFADO E SUA IMPORTÂNCIA NA LOGÍSTICA

O almoxarifado é, sem dúvida, um “motor” para qualquer organização, pois é nele que

estão armazenados os materiais que sustentam o funcionamento destas.

Segundo Viana (2002), depositar materiais no almoxarifado é o mesmo que depositar

dinheiro em banco. Sendo assim, o almoxarifado deve possuir condições para assegurar que o

material adequado, na quantidade devida, estará no local certo, quando necessário, por meio de

armazenagem de materiais, de acordo com as normas adequadas, objetivando resguardar, além

de preservar a qualidade e as exatas quantidades. Mas, para que o almoxarifado seja eficaz

dentro do Canal de Distribuição, ele necessita primeiro atingir sua eficiência interna.

De acordo com Viana (2002, p.135), isso depende fundamentalmente de:

16

− Realização de cargas e descargas de veículos mais rápidas; − Agilidade dos fluxos internos, tanto de materiais quanto de informação; − Melhor utilização de sua capacidade volumétrica; − Acesso fácil a todos os itens (grau de seletividade); − Máxima proteção aos itens estocados; − Maior otimização do layout para reduzir distâncias e perdas de espaço;

O mesmo autor afirma ainda que na busca dessa eficiência interna, é importante que se

analise se o atual arranjo físico do armazém não está operando como um gargalo, bem como

verificar se os recursos disponíveis (mão-de-obra e equipamentos de movimentação) são

suficientes para um atendimento rápido e eficiente das operações logísticas.

No capítulo seguinte, veremos um pouco mais sobre armazenagem de materiais, layout

de armazenagem e sua importância para a eficiência do processo produtivo.

2.4 ARMAZENAGEM DE MATERIAIS

O almoxarifado está diretamente ligado à movimentação ou transporte interno de cargas,

e não se pode separá-lo (DIAS, 1990).

Ainda, Dias (1990) afirma que a influência dos equipamentos e sistemas para a

armazenagem na produtividade industrial pode ser observada em todas suas frentes. Um método

adequado para estocar matéria-prima, peças em processamento e produtos acabados permite

diminuir os custos de operação, melhoram a qualidade dos produtos e aceleram os ritmos dos

trabalhos. Além disso, provoca diminuição nos acidentes de trabalho, redução no desgaste dos

demais equipamentos de movimentação e menor número de problemas de administração.

A eficiência de um sistema para estocagem de cargas e o capital necessário dependem da

escolha adequada do sistema. Não há para isso uma fórmula pré-fabricada: o sistema de

almoxarifado deve ser adaptado às condições específicas de armazenagem e da organização.

De acordo com Dias (1990) um layout de armazenagem leva em conta as exigências de

estocagem de curto e longo prazo. Parte-se de um conhecimento bastante aproximado de

tendências do material estocado e das eventuais flutuações de demanda, informações sem as

quais um layout de armazenagem se torna simples previsão sem base.

Segundo o mesmo autor, para que gerentes de materiais tenham uma base que permita

localizar, dimensionar e equipar adequadamente os diversos locais de estocagem, deve-se obter

dentro de um depósito da empresa uma série de informações: lotes de compras, lotes

econômicos, períodos de pedido, razões de utilização dos diversos materiais empregados nas

17

atividades fabris, de manutenção, e em alguns casos, até administrativas que são as diretrizes

básicas para um layout de armazenagem perfeito.

Há algum tempo, o conceito de ocupação física se concentrava mais na área do que na

altura. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre relegado ao local menos

adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento do espaço tornou-se um

comportamento antieconômico. Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o

maior cuidado possível (DIAS, 1990).

Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar

maior quantidade de material. A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande

importância na obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o material, ou

de como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem.

O mesmo autor salienta que, os termos "armazenagem" e "estocagem" são

freqüentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas, alguns preferem distinguir os

dois, referindo-se à guarda de produtos acabados como "armazenagem" e à guarda de matérias-

primas como "estocagem". A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao

sistema logístico, pois na área de suprimento é necessário adotar um sistema de armazenagem

racional de matérias-primas e insumos.

No processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na

distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em

termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às

exigências e flutuações do mercado.

2.5 PRINCÍPIOS DE ESTOCAGEM DE MATERIAIS

Um conceito formal de carga unitária utilizada poderia ser conforme Dias, (1990, p. 143)

“uma carga constituída de embalagens de transporte, arranjadas ou acondicionadas de modo que

possibilite o seu manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos e como uma

unidade”.

A introdução do conceito de carga utilizada no sistema de manuseio de materiais

permitiu uma maximização dos vários equipamentos de transporte, principalmente da

empilhadeira de garfos, que pode tornar-se o mais importante meio de transporte e

armazenagem de cargas nos diversos tipos de empresas.

Segundo Dias (1990) um dos mais conhecidos dispositivos que permitem a formação de

carga unitária é o pallet, que consiste num estrado de madeira ou plástico resistente, com o

18

aumento das trocas de mercadorias entre países de vários continentes, foi tornando-se necessário

estabelecer normas de medidas para os recipientes de manuseio formadores de cargas unitárias.

No Brasil existem normas elaboradas pela ABNT para regular o tamanho e medida dos pallets.

Costa (2002, p.80) corrobora afirmando que Pallet é um estrado de madeira, com uma ou

duas faces, duas ou quatro entradas. Possibilita o uso de empilhadeiras ou paleteiras de garfo,

facilitando o descarregamento, a movimentação e o armazenamento dos materiais durante sua

estocagem.

A arrumação das caixas sobrepostas ao palete, durante as operações de transporte,

compõe cargas unitárias, que diminuem em mais de 50% o tempo de carregamento e

descarregamento dos caminhões nas plataformas, como também facilita o manuseio de grandes

volumes.

A paletização vem sendo utilizada conforme Dias (1990) com freqüência cada vez maior,

em indústrias que exigem manipulação rápida e estocagem racional de grandes quantidades de

cargas. O emprego em empilhadeiras e pallets já proporcionaram a muitas empresas, economia

de até 30% do capital despendido com sistema de transporte interno. Um planejamento rigoroso

deve ser realizado para determinar viabilidade ou não do emprego do sistema.

Dias (1990) destaca ainda que “A manipulação em lotes de caixas, sacos, engradados etc.

permite que as cargas sejam transportadas e estocadas como uma só unidade. As principais

vantagens são: economia de tempo, mão de obra e espaço de armazenagem.”

Um sistema de paletização bem organizado permite a formação de pilhas altas e seguras;

oferece maior proteção às embalagens, que são manipuladas em conjunto, além de economizar

tempo nas operações de cargas e descarga de caminhões (DIAS, 1990)

A paletização consiste na combinação de peças pequenas e isoladas, com o objetivo de

realizar, de uma só vez, a movimentação de um número maior de unidades.

A característica comum aos sistemas de armazenagem é a utilização de paletes para

movimentação e estocagem de quase todos os materiais, motivo pelo qual ao palete é creditado

o aumento da capacidade de estocagem, a redução da largura dos corredores, economia de mão-

de-obra e redução de custos. Os paletes podem economizar grandes áreas e, combinados com

sistemas eficientes de armazenagem, proporcionam facilidades e maior segurança à entrada e

saída de materiais no estoque (COSTA, 2002).

No próximo tópico continuamos a falar sobre estocagem de materiais, mas agora, o foco

será as normas de estocagem de materiais.

19

2.6 NORMAS DE ESTOCAGEM

Segundo Costa (2002) cada material tem suas características próprias e,

consequentemente, normas apropriadas; alguns necessitam ambientes especiais para sua

conservação (carnes, explosivos, produtos químicos, gazes etc.), outros podem ser

acondicionados sem a necessidade de cuidados especiais, no entanto, é de fundamental

importância que sejam respeitadas as características individuais de cada um dos materiais.

Algumas recomendações de acordo com Costa, (2002, pág.84) são:

a) Os materiais perecíveis devem ser estocados em locais apropriados e quepropiciem condições ideais para sua conservação;b) Todos os materiais devem ser fiscalizados para garantir conservaçãoadequada;c) Produtos químicos precisam ser estocados em locais especiais e emconformidade com suas normas específicas de guarda e segurança;d) Produtos alimentícios necessitam fiscalização diária, preventiva e corretiva.Devem ser estocados sem contato com o solo e em locais arejados. Érecomendado o uso de estrados de madeira,afastados das paredes e estantes apropriadas. A higiene da área é indispensável,pois evita a proliferação de pragas;e) Todos os materiais devem ser estocados de modo que atenda às normas desegurança do produto e do trabalho;f) No manuseio de materiais perigosos é obrigatório o uso de EPI’s(Equipamento de Proteção Individual) adequados e em bom estado deconservação;g) Óleos, combustíveis, lubrificantes e produtos químicos devem ser estocadosde forma que previna incêndios ou explosões;h) Os prazos de validade dos produtos devem ser observados e nunca estarvencidos;i) Materiais de pequeno ou grande porte devem ser estocados de formaapropriada;j) Explosivos devem ser estocados em local apropriado, em conformidade comas normas de segurança e longe de qualquer agente que possa causar suadetonação;

A princípio devemos armazenar obedecendo a classificação dos grupos de materiais,

depois devemos observar as normas de armazenamento inerentes a cada produto.

No próximo tópico continuaremos a falar sobre armazenagem de materiais, e mais

especificamente, sobre técnicas de estocagem.

2.7 TÉCNICAS DE ESTOCAGEM (ARMAZENAGEM)

A dimensão e as características de materiais e produtos podem exigir desde a instalação

de uma simples prateleira até complexos sistemas de armações, caixas e gavetas. As maneiras

mais comuns de estocagem de materiais conforme Dias (1990, p. 192) podem ser assim

20

generalizadas:

Caixas – são adequadas para itens de pequenas dimensões; Prateleiras – são fabricadas em madeiras ou em perfis metálicos,

destinando-se a peças maiores ou para o apoio de gavetas ou caixaspadronizadas;

Racks – são construídos especialmente para acomodar peças longas eestreitas, como tubos, vergalhões, barras, tiras, etc;

Empilhamento – Constitui uma variante na armazenagem de caixas e certosprodutos, diminuindo a necessidade de divisões nas prateleiras ouformando uma espécie de prateleira por si só. É o arranjo que permite oaproveitamento máximo do espaço vertical; nesses casos os pallets sesobressaem pela variedade de formatos padronizados e características deconstrução que permitem, na maioria dos casos, o empilhamento direto deum sobre os outros com uma distribuição equitativa das cargas.

Existem três classificações básicas de estocagem próprias à transformação da matéria-

prima em produtos acabados em termos de fabricação: estocagem de matéria-prima, estocagem

intermediária e estocagem de produtos acabados.

De acordo com Dias, (1990, p.193) “estocagem de produtos acabados é aquela feita para

atender o usuário, seja o de entrega imediata, seja o de encomenda sobre pedido.”

No primeiro caso, o local deve situar-se próximo ao local de expedição, enquanto para o

atendimento de pedidos especiais, variáveis de cliente a cliente, a localização passa a ter

importância secundária, isto porque esta mobilidade de estocagem quase se funde no processo

de montagem final, estando envolvido um número relativamente baixo de componentes.

A escolha do melhor sistema de estocagem de uma empresa é feita de acordo com o

espaço disponível, do número de itens estocados e seus tipos, do tipo de embalagem e da

velocidade de atendimento necessária. Dias, (1990 p.193) comenta o seguinte:

Quando se fala em estocagem, o meio mais simples e econômico ainda é apaleteira. Esta deve ser utilizada apenas para peças pequenas e leves, quando oseu volume em estoque não for muito grande. Os materiais colocados nosnichos devem ficar visíveis e perfeitamente identificados.Os materiais de peso leve podem ser usados caixas metálicas e para materiais depeso médio é sugerida a utilização de caixas metálicas e de pallets. Esses doistipos têm como vantagem o aproveitamento do espaço vertical do almoxarifado.

Ao decidir-se melhorar um sistema de movimentação e estocagem de materiais de uma

empresa, devem ser consultados os inúmeros fabricantes de embalagens e equipamentos

(empilhadeiras, pallets, porta-pallets, containeres flexíveis, entre outros). Os fabricantes

normalmente se prontificam a executar e apresentar projetos que visam a melhor solução que

será característica e de acordo com uma empresa solicitante.

A estocagem é uma atividade ligada à produção e às vendas, então, não pode ser

considerada isoladamente, devendo ser programada em conjunto com esses setores. Suas

21

principais funções são: receber e fornecer materiais, registrando as entradas e saídas, controlar o

grau de obsolescência dos produtos, determinar os níveis de estoque adequado. Segundo Dias,

(1990 p.200) “Os custos de estocagem são elevados. A única forma de reluzi-los está numa

programação cuidadosa”.

O maior problema que surge durante a programação é determinar o nível correto do

estoque, e, com essa informação calcular a área necessária para armazenamento das

mercadorias. O nível adequado é aquele que permite atender a demanda dentro do tempo

necessário para a reposição, com o menor investimento. Devem ser considerados os estoques de

produtos acabados, em processamento, matérias-primas, materiais para embalagens e para

manutenção da fábrica.

Depois de terem sido calculados o nível de estoque determina-se o espaço necessário

para armazenar a mercadoria. São considerados também o sistema de manuseio, layout,

corredores, colunas, portas, pisos, instalações para embarque, escritório, etc.

2.8 ANÁLISE DE ALMOXARIFADO

Segundo Dias (1990) os itens de maior saída, assim como os de grande volume são

colocados próximo do local de embarque a fim de facilitar o manuseio.

A largura do corredor é determinada pelo equipamento utilizado para o manuseio. Os

corredores principais e os utilizados para embarque devem permitir o transito de suas

empilhadeiras ao mesmo tempo.

Ainda de acordo com Dias (1990) a localização é estabelecida em função das portas de

acesso, elevadores, chutes, etc., entre as mercadorias e as paredes são necessárias passagens de

60 cm que dêem acesso as instalações para combate a incêndios.

O topo das pilhas de mercadorias deve ficar um metro aproximadamente abaixo dos

sprinklers (chuveiros automáticos para extinção a incêndio) contra incêndios instalados no teto.

A altura máxima recomendada é de cinco pilhas, devido as limitações dos equipamentos de

elevação e ao custo de armazéns muito altos. As portas devem permitir a passagem de

empilhadeiras carregadas. Tem normalmente 2,4m de altura e igual largura.

Conhecer os sistemas gerais de estocagem não é tudo, de acordo com Dias (1990,

pág.213). “cada carga em suas particularidades exige adaptações menores ou maiores. Por isso é

preciso desenvolver uma solução para cada caso. Produtos que necessitam de algumas

adaptações para estocagem: barras, tubos e feixes; Bobinas; chapas, fardos, parafusos, porcas e

arruelas, pneus, sacos, tambores, tapetes e carpetes, vasilhames plásticos e vidros”.

22

2.9 LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS

O sistema de localização de materiais é imprescindível para estabelecer os meios

necessários à perfeita identificação da localização dos materiais estocados sob responsabilidade

do almoxarifado. Deve ser utilizada uma simbologia (codificação) normalmente alfanumérica,

representativa de cada local de estocagem, abrangendo até o menor espaço de uma unidade de

estocagem.

De acordo com Dias (1990, p.213) cada conjunto de códigos, apresentado sob a forma

de um código alfanumérico, deve indicar, precisamente o posicionamento de cada material

estocado facilitando as operações de movimentação, inventário, etc.

Costa (2002) afirma ainda que para facilitar a localização dos materiais estocados, visto

que é comum a presença de mais de dois mil itens cadastrados e armazenados sem

almoxarifados, foi necessária a criação de métodos para localização. Estes métodos têm como

principal objetivo agilizar o atendimento nos almoxarifados, como também facilitar o trabalho

daqueles que ainda não estão familiarizados com a localização dos itens estocados.

É importante que o método de localização adotado seja funcional e adequado à estrutura

de armazenagem da empresa. Os métodos de localização geralmente são compostos pela

combinação de letras e algarismos, os quais combinados darão a localização exata do material,

conforme a seguinte figura:

telefone

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Figura 2 – O telefone ilustrado está localizado no seguinte endereço: A5BC3Almoxarifado “A”; estante 5; lado “B”; prateleira “C”; escaninho 3.Fonte: Costa (2002, pág. 88)

Segundo Costa (2002, pág.87):

“As estantes e porta-paletes poderão ser identificadas por letras ou números, conforme olayout do almoxarifado/depósito, cuja seqüência de identificação deverá ser da esquerdapara direita, em relação ao acesso principal, se houver mais de uma área de estocagem,as mesmas deverão se identificadas com a indicação do respectivo subalmoxarifado”. Caso ocorra da mesma estante ou porta-paletes possuir dois lados de acesso, o ladoesquerdo receberá a indicação “A” e o lado direito receberá a indicação “B”.As prateleiras deverão ser identificadas por letras, iniciando pela letra “A”, de baixo paracima. As colunas devem ser identificadas por números, iniciando do número “1” daesquerda para direita.

O responsável pela manutenção do sistema de localização deve ser o chefe do

almoxarifado que deve possuir um esquema de depósito, que defina detalhadamente a posição e

situação dos espaços das respectivas áreas de estocagem.

As estantes devem ser identificadas por letras, a sequência deverá ser da esquerda para

direita em relação a entrada principal. No caso de existência de piso superior e inferior, as

estantes devem ser identificadas pelas partes de trás, defrontando corredores de acesso

diferentes, cada uma delas deve ser identificada como unidade isolada.

O símbolo da estante deverá ser colocado no primeiro montante da unidade, com

projeção para o corredor principal Dias (1990 p. 214). As prateleiras devem ser identificadas por

letras, cuja sequência deve ser iniciada em A no sentido de baixo para cima da estante e o

escaninho por números no sentido do corredor principal para a parede lateral.

Segundo Dias (1990) normalmente são usados dois critérios de localização de material:

Sistema de estocagem fixa;

Sistema de estocagem livre.

No sistema de estocagem fixo, como o próprio nome diz, é determinado um número de

áreas de estocagem para cada tipo de material, definindo-se assim que somente material deste

tipo poderá ser estocado nos locais marcados.

O ponto fraco deste sistema é que poderá ocorrer muito desperdício de espaço nos locais

marcados para o estoque.

No sistema de estocagem livre não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para

os materiais de estocagem especiais. Os materiais irão ocupar os espaços vazios disponíveis

dentro do almoxarifado. O único problema desse sistema é que será necessário existir um

método de controle sobre o endereçamento dos materiais. Este controle poderá ser feito por duas

24

fichas, uma ficha mestra de controle do saldo total por item e outra de controle do saldo por

local de estoque.

De acordo com Costa (2002) vale salientar que a localização física dos materiais deve

respeitar as características dos mesmos, visto que não é coerente armazenar materiais de gêneros

diferentes próximos uns dos outros, como por exemplo: papeis próximos a latas de tinta.

2.10 O LAYOUT DE ARMAZENAGEM

Segundo Viana (1998), o layout é o arranjo de homens, máquinas e materiais; é a

integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos de movimentação,

combinados com as características que conferem maior produtividade ao elemento humano; isto

para que a armazenagem de determinado produto se processe dentro do padrão máximo de

economia.

O espaço e o layout de uma área de armazenamento devem ser estruturados de forma

que seja possível desfrutar ao máximo de sua área total. Os espaços horizontais e verticais

devem ser aproveitados inteiramente, mediante o uso de prateleiras, estruturas porta-paletes,

empilhamento de materiais ou a combinação destas formas de armazenamento (COSTA, 2002).

Ainda, de acordo com Costa (2002, pág. 77) para aproveitar o espaço vertical é

necessário levar em consideração:

a) A resistência dos materiais e suas embalagens, que podem ser danificadas apartir de certo limite de peso;b) A resistência dos pisos, devido ao movimento de cargas unitárias através deempilhadeiras e paleteiras;c) A possibilidade do uso de paletes e estruturas porta-paletes;d) A disponibilidade e custo dos equipamentos;e) As normas de segurança do trabalho inerentes ao local.

A eficiência das operações de movimentação e armazenagem depende do grau de

planejamento do layout. O layout é uma estrutura que já foi bastante ignorada por seus

administradores, sendo considerado secundário nos seus planejamentos. Hoje, o meio

empresarial concebe que não se pode obter eficiência nas operações logísticas, sem que haja um

arranjo físico bem planejado da área do armazém. Mas para o Setor Público, essa concepção

ainda não é bem evidente, pois em muitos deles, o layout do armazém não possui projeto de

instalação para ser um armazém, e são apenas prédios adaptados para tal função.

É indiscutível a importância de um eficiente desempenho logístico para o sucesso de

qualquer organização, já que ela é uma ferramenta chave para a satisfação de clientes, e como

25

conseqüência, a redução de custos. Todavia, muitas organizações ainda não perceberam tal

importância, a exemplo, cita-se a existência de empresas privadas brasileiras, que mesmo

realizando por conta própria suas operações logísticas, não possuem departamentos de Logística

e não concebem tratamento exclusivo à área. Sendo assim, essas empresas enxergam tal

atividade como um fator secundário dentro dos seus planejamentos. Diante desse fato, imagina-

se como vem sendo efetuada a Logística Pública no país. Apesar de haver nos últimos anos

programas federais e estaduais para a Modernização da Gestão Pública, percebem-se ainda que

o foco da Logística Pública seja o investimento que a máquina pública fez (ou deixou de fazer)

nas áreas de infra-estrutura e transporte. Logo, a Logística dos órgãos é vista como algo

secundário, e na maioria dos casos, esta é realizada sem planejamento e estudo técnico, fora da

ótica de racionalização de recursos e valorização do funcionalismo público.

Ortolani (2003) comenta que o processo de modernização da máquina pública ao âmbito

logístico representa movimento gradual que ainda está tomando forma e logo que despertar a

atenção geral dos governantes, a atividade passará a ganhar expressividade nos programas do

governo. O mesmo autor conclui que é inevitável que as organizações públicas necessitem das

mesmas práticas avançadas de logística aplicadas atualmente às empresas privadas, pois

somente assim será possível reduzir custos, aperfeiçoar sistemas e aumentar a eficiência e

eficácia em operações logísticas da máquina pública. Portanto, são interessantes que sejam

realizados e difundidos trabalhos cujo foco seja a eficiência na Gestão Pública, e principalmente

no que concerne a Logística.

2.11 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A necessidade de um sistema de classificação é primordial para qualquer Departamento

de Materiais, pois sem ela não pode existir um controle eficiente dos estoques, procedimentos

de armazenagem adequados e uma operacionalização do almoxarifado de maneira correta

(DIAS, 1990).

O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação,

especificação, padronização, normalização e codificação de todos os materiais componentes do

estoque da empresa.

Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande diversidade de um item empregado

para esse fim. E conforme menciona Dias (1990) aliado a uma simplificação é necessário uma

especificação do material que é uma descrição minuciosa e possibilita melhor entendimento

entre o consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado. Quanto à

26

normalização de acordo com o mesmo autor ela se ocupa da maneira pela qual devem ser

utilizados em suas diversas finalidades e da padronização e identificação do material, de modo

que tanto o usuário como o almoxarifado possa requisitar e atender os itens, utilizando a mesma

terminologia. A padronização é também aplicada no caso de peso, medida e formato.

Classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso, etc.

Dias (1990) menciona ainda que a classificação de materiais não deva gerar confusão, ou seja,

um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo

este semelhante. A classificação deve ainda, ser feita de modo que cada gênero de material

ocupe seu respectivo local.

Os materiais podem ser agrupados de várias formas, conforme a visão de cada empresa,

tais como: estado de conservação, utilização, natureza etc. Cada classificação deve atender aos

objetivos desejados, sendo possível grande variação de classificações. A atividade de

classificação é muito importante no momento do cadastro no sistema de controle do estoque,

onde os materiais devem ser classificados em grupos e subgrupos, criados conforme as

necessidades de classificação e de agrupamento dos materiais de cada empresa (COSTA, 2002).

Em função de uma boa classificação de material, conforme Dias (1990) podemos partir

para a codificação do mesmo, ou seja, representar todas as informações necessárias, suficientes

e desejadas por meio de números e/ou letras, com base em toda a classificação mais comumente

usados são: o alfabético, alfanumérico, também chamado de decimal.

2.12 INVENTÁRIO FÍSICO

Conforme Costa (2002, p.115) o conceito de inventário físico pode ser definido da

seguinte maneira: “O inventário dos estoques é um procedimento de controle que deve ser

executado com periodicidade semestral, trimestral, mensal e até mesmo semanal ou diária,

conforme cada empresa e a confiabilidade atribuída aos controles, ou pelo menos uma vez ao

ano, quando é obrigatório”.

Este procedimento consiste na contagem dos materiais de um determinado grupo ou de

todos os materiais em estoque, avaliando e identificando possíveis erros nas movimentações.

Antes ou após as operações de inventário também devem ser realizadas arrumação e limpeza da

área de armazenamento e manutenção dos itens estocados.

De acordo com (Costa, 2002, p.115) seus objetivos básicos são:

• Realizar auditoria sobre serviços desenvolvidos pela Área de Estoques;

27

• Levantamento real da situação dos estoques, para compor o balancete daempresa;• Identificar e eliminar itens sem movimentação;• Identificar e eliminar materiais com defeito e/ou danificados;• Sugerir opções de melhoria dos métodos de controle dos estoques;• Identificar e corrigir erros nas movimentações dos materiais;

Tipos de Inventários:• Rotativo ou parcial;• Geral ou total;• Permanente.

A seguir descrevem-se estas etapas de acordo com Costa (2002):

Rotativo/Parcial:

Consiste na contagem parcial dos itens em estoque. Esta contagem pode ser de um ou

mais grupos de materiais ou de alguns itens em estoque. Geralmente os itens classe “A” na

classificação ABC do estoque são alvo deste tipo de inventário, o qual deve ser executado com

maior periodicidade que a do inventário geral, podendo ser realizado a qualquer momento, sem

prévio aviso aos executores da movimentação dos materiais.

Geral/Total:

Consiste na contagem de todos os itens em estoque. Necessita de paralisação das

atividades que envolvem movimentação de materiais como também de planejamento prévio e

bem elaborado. Normalmente emprega vários funcionários nesta tarefa, os quais devem ser

orientados previamente quanto à importância do trabalho a ser executado, pois não há pessoal

disponível no setor de materiais em número suficiente para executar o serviço em pouco tempo.

Neste tipo de inventário a agilidade dos trabalhos é muito importante, visto que a empresa não

pode paralisar a movimentação dos materiais por período prolongado.

Hoje em dia o uso de coletores de dados torna os processos de contagem e apuração do

inventário muito mais rápido. Realizando, em poucos segundos, operações de fechamento que

poderiam levar horas se realizadas manualmente.

Permanente:

Utilizado por empresas que necessitam da exata posição dos seus estoques, sem admitir

margem de erro. O método é bastante simples: a cada movimentação o estoque físico do item

movimentado é checado com o estoque constante no sistema, identificando e eliminando

qualquer divergência encontrada no saldo do estoque como também apurando suas causas. Este

método é utilizado por bancos, joalharias, fechamento de caixa e por qualquer tipo de empresa

que necessite desta modalidade de inventário.

28

2.13 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

As movimentações de materiais devem ser feitas através das notas fiscais ou documentos

internos para movimentação de materiais. Segundo Costa (2002) existem três tipos de

movimentações: Entrada, Saída e Transferência.

Entrada:

Consiste na movimentação de materiais entrando no estoque da empresa, estas entradas

são registradas através do cadastro das notas fiscais emitidas pelos fornecedores ou, em se

tratando de movimentações internas, via documentos de devolução de materiais (DM’s), que são

utilizados para controle das devoluções ao almoxarifado dos materiais requisitados e não

utilizados pelo setor requisitante.

Saídas:

Compreende a baixa do estoque registrada através da emissão de notas fiscais de vendas

ou, em se tratando de movimentações internas, via requisições de materiais (RM’s) que são

documentos emitidos pelos setores requisitantes ao almoxarifado.

Transferências:

São movimentações de materiais efetuadas entre almoxarifado ou filiais da mesma

empresa. Esta operação gera débito e crédito entre as unidades da empresa, mas não afeta o

resultado final do saldo do estoque geral. O registro desta operação é efetuado via emissão de

notas fiscais de transferência ou por documento interno de requisição de materiais (RM’s).

Segundo Costa (2002) os documentos comprobatórios das movimentações dão origem a

lançamentos no cadastro de movimento do sistema de controle do estoque, que deve possuir

opções específicas para digitação de cada uma das modalidades de movimentação de materiais.

Por outro lado, estes documentos fornecem elementos de controle aos órgãos de custo e/ou à

contabilidade da empresa.

Aos setores controladores do estoque não é permitida a permanência e guarda da

primeira via das notas fiscais, estas, após conferência e devido registro da movimentação dos

materiais nelas descritos, deverão ser encaminhadas aos órgãos controladores, que

providenciarão seu devido registro e arquivo contábil.

Nas empresas, para o sistema de controle do estoque, a cópia deste documento é

utilizada meramente para arquivo, não cabe, em hipótese alguma, a retenção das primeiras vias,

originais, das notas fiscais de entrada ou saída.

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Segundo o mesmo autor, o pedido ou autorização de fornecimento é o documento mais

adequado para conferir entradas (compras), visto que verificar quantidade e qualidade das

mercadorias enviadas pelos fornecedores através da nota fiscal, emitida pelo próprio fornecedor,

permite vulnerabilidade na alteração dos pedidos. O hábito de utilizar cópias dos pedidos, além

da possibilidade do prévio cadastramento pela Área de Compras, facilita e agiliza o processo de

registro das entradas dos materiais adquiridos.

2.14 RECEBIMENTO DE MERCADORIAS

De acordo com Costa (2002) o recebimento é uma rotina de grande importância para

gestão dos estoques, pois verifica o cumprimento do acordo firmado entre a Área de Compras e

o fornecedor, para isso é necessário que seja obedecida à rotina de recebimento de materiais

estabelecida pela empresa.

De acordo com Costa, (2002, p. 72) as rotinas de recebimento podem ser efetuadas da

seguinte forma:

1. Ao chegar na empresa, as mercadorias são descarregadas na área de recepção.O responsável pelo recebimento desarquiva ou emite a via de conferência, (viacega) do pedido (autorização de fornecimento), enviada pelo setor de compras,recebe a nota fiscal que acompanha a mercadoria, enviando-a para o controle demercadorias (CM), que confrontará os valores da nota fiscal com os valores dopedido;

2. Os volumes e os materiais são conferidos na presença do transportador(pesados, contados ou medidos). O conferente anotará os valores na via cega,que deverá conter a identificação do pedido, fornecedor, os códigos e descriçõesdos produtos, depois esta via será confrontada pelo controle de mercadorias coma via completa do pedido e a nota fiscal. Estando o material recebido conformefoi pedido, o CM dará o “recebido” nos documentos e o conferente datará erubricará o canhoto da nota fiscal, que será devolvido ao transportador;

3. Após o recebimento e conferência, o controle de estoque envia, protocolada,a cópia do pedido, juntamente com cópia da nota fiscal, à Área de Compras; a 1ªvia da nota fiscal seguirá para o setor contábil/financeiro que tomaráprovidências relativas ao pagamento do respectivo fornecedor e providenciaráseu arquivo.

Após conhecermos o processo de recebimento de materiais proposto por Costa,

falaremos agora, no próximo tópico sobre o processo de saída de materiais.

2.15 SAÍDA DE MERCADORIAS

Conforme explica Costa (2002) os procedimentos variam conforme cada empresa, no

entanto, há certas ações que devem ser tomadas por todos responsáveis pela expedição de

30

materiais. Ao receber o documento que autoriza a saída de materiais (nota fiscal de venda ou

requisição de materiais), o funcionário expedidor confere os dados contidos no documento,

estando corretos, retira os materiais dos seus locais de armazenamento nas quantidades

solicitadas, confere juntamente com o transportador (produtos, quantidades e o estado de

conservação), estando em conformidade com o documento fiscal, o transportador assina o

recebimento dos materiais e a mercadoria é liberada.

Em se tratando de nota fiscal de venda, o destinatário deverá assinar o canhoto da

primeira via do documento que será anexado a via fixa da empresa emitente.

31

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Diante do referencial teórico elaborado e do seu confronto com um diagnostico realizado

na organização em estudo, torna-se conveniente a apresentação dos procedimentos referente aos

métodos adotados nos desenvolvimento desta pesquisa.

No presente trabalho, visa-se identificar, prioritariamente, como ocorrem os processos de

armazenagem e movimentação de materiais na divisão de recursos materiais e patrimoniais da

Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. Propôs-se a realização de uma pesquisa de

natureza exploratória. Nesta linha de pensamento, o primeiro conceito que deve ficar claro é a

definição de pesquisa, onde se observa: “como o procedimento racional e sistemático que tem

como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos” (GIL, 2002, p.17).

O estudo desenvolveu-se na Divisão de Recursos Materiais e Patrimoniais da Secretaria

Municipal de Saúde de Florianópolis, localizada na Rua Heitor Blum, 521 – Estreito –

Florianópolis – SC.

Para elucidar os referidos procedimentos, são explanados: a caracterização, os sujeitos,

as técnicas de coletas e de tratamento dos dados, bem como um relato sobre o trâmite deste

trabalho.

Em se tratando da caracterização geral da pesquisa, cabe comentar as formas adotadas

em termos de abordagem, finalidade e delineamento.

Quanto à abordagem, a pesquisa foi predominantemente qualitativa, segundo Roesch

(1999, p. 130) se o objetivo do projeto é avaliar resultados, de algum sistema ou projeto, indica-

se utilizar a pesquisa quantitativa, pois se consegue uma boa interpretação dos dados.

Este trabalho é um estudo de caso que segundo Gil (1999, p, 72 e 73) é estudar com

intensidade os objetivos, permitindo um conhecimento detalhado das atividades que eram

consideradas praticamente impossíveis.

Outro ponto a ser comentado, refere-se aos sujeitos envolvidos na pesquisa, que segundo

Gil (1999, p. 99 e 100), a população é um conjunto de elementos com características

determinadas e a amostra é um subconjunto da população, onde se define uma quantidade de

pessoas a serem analisadas, estabelecendo as características da população. Neste caso, a

população deste trabalho é o gerente do Departamento de Recursos Materiais e Patrimoniais da

Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, onde este tinha um maior conhecimento para

responder o questionário.

As principais técnicas de coletas de dados, segundo Roesch (1999, p. 140) são as

entrevistas, os questionários, os testes e as observações. As fontes coletas de dados podem ser

divididas em dois grupos que são os dados primários onde as informações são retiradas

diretamente do pesquisador e os dados secundários que podem ser trabalhados através de banco

de dados ou arquivos.

Utilizou-se a coleta de dados em fontes primárias que foram o questionário e a entrevista

aplicada na organização ao responsável da área de recursos materiais e patrimoniais para poder

conhecer melhor a sistemática utilizada, e utilizou-se também de fontes secundarias, pois este

trabalho foi desenvolvido com base em livros e sites.

Os dados foram coletados na primeira quinzena de maio de 2010 na própria organização

e posteriormente foi feita uma entrevista com o chefe do setor de recursos materiais para

identificar opiniões sobre o procedimento mais coerente para a organização.

Conforme comenta Gil (1999, p, 128), o questionário é uma técnica de investigação com

questões já formuladas e que tem como objetivo conhecer características da população em

estudo como: opiniões, crenças, expectativas etc.

No que diz respeito ao tratamento e a análise dos dados, convém expor que após essa

coleta, foi utilizado à categorização que segundo Richardson (1999, p. 239) após a análise e

coleta dos dados é importante classificá-los, pois ajuda para analisar as informações obtidas,

favorecendo a proposta que é objeto deste estudo.

33

4. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO

A sede da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis está localizada na Avenida

Henrique da Silva Fontes, nº 6100, bairro Trindade em Florianópolis - SC.

O município de Florianópolis tem se organizado de forma a buscar um sistema de saúde

equânime, integral e resolutivo, para assim proporcionar o atendimento efetivo dos problemas

de saúde da população local através da realização de um conjunto de ações articuladas entre os

diferentes níveis de complexidade da atenção à saúde.

Como o perfil de morbi-mortalidade do município de Florianópolis se caracteriza pelo

envelhecimento progressivo da população e pelo predomínio das doenças crônico-degenerativas

como as doenças do aparelho circulatório, neoplasias e os transtornos mentais, ações de saúde

integrais de promoção de saúde, prevenção e rastreamento/diagnóstico precoce voltado a esses

grupos de doenças são fundamentais para o envelhecimento saudável dos florianopolitanos.

Missão da Secretaria Municipal de Saúde:

“Desenvolver ações de promoção, prevenção e recuperação dos danos à saúde em todos

os níveis de atenção e vigilância do SUS, de formas a proporcionar à população condições

adequadas para a qualidade de vida”.

Princípios:

Princípios são as idéias fundamentais em torno das quais se estrutura a instituição. São

valores e convicções a serem seguidos no âmbito do Sistema Municipal de Saúde, para que

sejam traçadas suas diretrizes, objetivos e metas.

O município de Florianópolis adota a Estratégia de Saúde da Família como modelo de

atenção integral à saúde, incorporando e consolidando os princípios básicos do Sistema Único

de Saúde (SUS), sendo então os seguintes princípios da gestão da saúde do município de

Florianópolis: Universalidade, Integralidade, Equidade, Descentralização / Regionalização,

Hierarquização, Humanização, Participação Social, Acessibilidade, Resolutividade, e

Cidadania.

Unidades de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Florianópolis, 2007.

Tipo de Unidades de Saúde Nº de unidades

Centro de Atenção Psicossocial 3

Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) 1

Centro de Saúde 48

Pronto-Atendimento 1

Policlínica Municipal 1

Laboratório Municipal 1

Total de Unidades 55

O município está dividido administrativamente em cinco Regionais de Saúde, com área

de abrangência e geoprocessamento definidos. Cada Regional possui sua sede gerencial e é

responsável pela vigilância e acompanhamento do desempenho da atenção à saúde pelas equipes

de saúde da sua área de abrangência.

A Secretaria Municipal de Saúde, parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) é

signatária do Pacto pela Saúde desde julho de 2007. Com a adesão ao Pacto, Florianópolis será

capaz de garantir o atendimento em seu território para sua população e outras referenciadas

pelos municípios vizinhos, ofertando, além dos procedimentos assistenciais da atenção básica,

outros da média e alta complexidade.

A Gestão da saúde possui como diretriz a qualificação das ações de planejamento e

programação em saúde, através de uma política de descentralização baseada nas necessidades da

comunidade. Florianópolis já vinha se preparando para assumir suas responsabilidades

sanitárias, construindo sua política de saúde a partir das realidades regionais e conforme a nova

lógica do Ministério da Saúde, que é o Pacto pela Saúde.

Florianópolis, sendo uma das primeiras capitais a aderir ao Pacto pela Saúde, reafirma o

seu compromisso público com base nos princípios constitucionais do SUS. As ações de

planejamento possuem especial importância neste processo de consolidação, nas quais as

necessidades de saúde da população devem ser adotas como critério para o processo de

planejamento, monitoramento e a avaliação, sendo o Plano Municipal de Saúde o instrumento

referencial básico por refletir as diferentes realidades locais.

A atual estrutura organizacional segue a seguinte configuração:

35

Apesar de não aparecer no organograma da SMS, o Departamento de Recursos Materiais

e Patrimoniais da SMS encontra-se inserido na Gerência de Apoio Logístico e Abastecimento.

36

De acordo com o relatório de prestação de contas à câmara municipal referentes ao

primeiro semestre de 2007, a Secretaria conta com a força de trabalho de 2.297 pessoas. A

análise desses dados é de extrema relevância nos processos decisórios que visam a

recomposição do quadro funcional, principalmente ao se observar o elevado número de

estagiários e funcionários com contrato temporário, o que dimensiona bem a necessidade de

criação de novos cargos e concurso público para sua investidura, providência que reflete a

intenção do gestor na desprecarização das relações de trabalho e qualificação da instituição.

A Secretaria tem se empenhado para regularizar a contratação e admissão de seus

Agentes Comunitário de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, profissões que só foram

regulamentadas através da Emenda Constitucional no. 91 em 2006. Como providência, a

Secretaria de Saúde fomentou a elaboração de projeto de lei para a criação de 700 vagas de

Agentes Comunitários de Saúde e 150 vagas de Agentes de Combate a Endemias, projeto este

que se encontra na Câmara Municipal de Florianópolis para aprovação. Também foi criada uma

comissão para análise e certificação dos processos de seleção pública anteriores.

37

5. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS

MATERIAIS DA SMS

O Departamento de Recursos Materiais da SMS está localizado à Rua Heitor Blum s/n,

bairro Estreito, em Florianópolis/SC (prédio anexo à Policlínica do Estreito). Conta atualmente

com 18 servidores no seu quadro funcional, sendo este, formado por: um chefe de

departamento, um farmacêutico, uma enfermeira, uma dentista, uma assistente administrativa,

um almoxarife, dois auxiliares de almoxarife, dois motoristas, dois ajudantes de motoristas, duas

estagiárias em administração e quatro auxiliares de limpeza.

A estrutura física do prédio possui três andares para armazenamento de materiais. Os

materiais de enfermagem, odontológicos, instrumentais e materiais de expediente ficam

alocados em prateleiras e também em pallets no primeiro e segundo andares. Já os materiais de

farmácia e medicamentos ficam armazenados em prateleiras no terceiro andar.

A armazenagem dos materiais é disposta de forma geral, em prateleiras e em ordem

alfabética. Como o espaço físico para armazenagem é insuficiente em prateleiras, uma parte dos

materiais fica armazenada em pallets distribuídos por toda a extensão dos corredores dos

andares prejudicando assim, a movimentação de materiais.

6. DESCRIÇÃO DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS

O recebimento de materiais é feito da seguinte maneira: no momento em que chega a

mercadoria no desembarque do almoxarifado, um servidor confere a nota fiscal e confronta com

o material recebido. Inicialmente é feita uma contagem cega do número de volumes recebidos.

Após esta conferência, as mercadorias são enviadas para uma conferência técnica de acordo

com a natureza das mercadorias.

Na conferência técnica são verificados os lotes das mercadorias, a validade, qualidade,

integridade física, defeitos, entre outros. Tudo deve estar de acordo com as especificações de

compra e com o contrato de licitação. Se tudo estiver de acordo com as especificações técnicas,

as mercadorias são encaminhadas para o registro de entrada no sistema de informática

“infoestoque”.

Assim que o processo de registro de entrada de mercadorias estiver concluído, é feito o

processo de fracionamento dos produtos, codificação, embalagem e por fim o armazenamento

dos materiais em prateleiras e pallets.

7. DESCRIÇÃO DA SAÍDA DE MATERIAIS

O processo de saída de materiais é feito através de requisição de materiais solicitados

pelas unidades de saúde e UPAS, mas isso nem sempre acontece, pois ainda existem algumas

unidades de saúde que não estão informatizadas e estão sem acesso a rede de saúde e ao

programa “infoestoque”, nestes casos pedidos de materiais são feitos através de C.I. (circular

interna) e enviadas via fac-símile.

Existem mais de 60 (sessenta) unidades de saúde em Florianópolis, além de, 03

policlínicas e 02 UPAS (unidade de pronto atendimento). O atendimento a requisições de

materiais de toda a rede de saúde gera um grande esforço e muitos transtornos a toda a equipe

do almoxarifado que se empenha no atendimento da grande demanda de pedido de materiais.

As requisições obedecem a um cronograma para solicitação de materiais. O atendimento

das mesmas é feito de acordo com esse cronograma de atendimento, que é executado da

seguinte maneira: As requisições chegam ao almoxarifado através do sistema Infoestoque. O

chefe do setor verifica o pedido e decide se aceita ou corta alguns produtos do da requisição,

depois encaminha o pedido com ou sem alterações para o almoxarife.

O almoxarife separa os produtos pedidos na requisição e registra a saída no sistema

infoestoque dando baixa dos materiais. Após o registro de saída, os materiais são embalados,

etiquetados, e armazenados em pallets, este segue para a área de transporte e saída de materiais.

7.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAGEM ATUAL DA SMS

A armazenagem dos materiais na divisão de recursos materiais da SMS é feita

basicamente de duas formas: em prateleiras, ou em pallets. Nas prateleiras os materiais são

armazenados em ordem alfabética e de acordo com sua especificação, porém, não existe placas

ou qualquer tipo de identificação que facilite a localização dos mesmos.

Normalmente os materiais já têm seu espaço físico para serem armazenados pré-

definidos, mas em algumas circunstâncias, por exemplo, quando na chegada de uma quantidade

elevada de materiais, ou ainda, em casos de doações de materiais provenientes da Secretaria de

Estado da Saúde, ocorrem problemas de falta de espaço para armazenagem, ocasionando na

armazenagem de alguns materiais fora dos locais onde deveriam ser armazenados, e desta

forma, causando dificuldades na movimentação e localização dos mesmos.

Um dos maiores problemas percebidos no almoxarifado é a alta rotatividade de pessoal.

A rotatividade de pessoal é considerada um problema pelo fato de que para cada novo

40

funcionário é necessário dispor de tempo para treinamento e adaptação ao trabalho realizado no

almoxarifado, e esse período de adaptação e treinamento de novos funcionários provoca muitas

vezes atrasos e prejuízo no funcionamento do almoxarifado.

7.2 DESCRIÇÃO DO ATUAL SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

A movimentação de materiais ocorrida no interior do almoxarifado é feita através da

utilização de três paleteiras (uma em cada andar) e seis carrinhos de transporte (modelo

semelhante aos utilizados em lojas de departamento e supermercados).

As paleteiras são utilizadas para movimentação de materiais mais pesados e mantidos

em pallets, (ex. caixas de soro fisiológico, caixas de álcool e caixas de papel A4), mais usadas

na entrada e saída de materiais para o caminhão. Os carrinhos de transporte são utilizados para o

atendimento de requisições e movimentação de materiais entre os corredores do almoxarifado.

O espaço entre os corredores das prateleiras é pequeno, não permite o fluxo de mais de

uma paleteira ou carrinhos ao mesmo tempo. Também não há empilhadeira para facilitar o

trabalho, tampouco para elevação de materiais para armazenagem em prateleiras.

Com as descrições do funcionamento do departamento de recursos materiais, dos

sistemas de entrada e de saída de materiais, do atual sistema de armazenagem e do sistema de

movimentação empregado pela SMS, concluímos nosso primeiro objetivo específico.

No próximo tópico faremos a comparação de todo o atual sistema de trabalho do

Departamento de Recursos Materiais da SMS, com o que a literatura propõe como ideal para a

maximização dos resultados para o setor em questão.

41

8. COMPARAÇÃO ENTRE A ATUAL FORMA DE TRABALHO NO ALMOXARIFADO

DA SMS COM O PROPOSTO PELA LITERATURA E IDENTIFICAÇÃO DE

POSSÍVEIS FALHAS NO PROCESSO

Neste tópico tentaremos demonstrar de maneira clara e sucinta as possíveis divergências

entre a forma de trabalho utilizada atualmente no interior do almoxarifado da SMS com

propostas pela literatura e para isso utilizaremos o quadro a seguir.

Itens de comparação Como é feito na SMS O que diz a literaturaComo deveria ser feito

Item – 01

Armazenagem de Materiais

É feita basicamente de duasformas: em prateleiras, ouem pallets. Nas prateleirasos materiais sãoarmazenados em ordemalfabética e de acordo comsua especificação, porém,não existe placas ouqualquer tipo deidentificação que facilite alocalização dos mesmos.Nem sempre é possívelobedecer completamente àsnormas de armazenamento.

A princípio devemosarmazenar obedecendo aclassificação dos grupos demateriais, depois devemosobservar as normas dearmazenamento inerentes acada produto.

Item – 02

Análise de almoxarifado

A grande maioria tem umaenorme saída, não é possívelcolocar todos próximos aolocal de embarque, usamoso bom senso em deixarpróximo ao local deembarque os materiais demaior volume e peso etambém com maior saída,afim de, facilitar o manuseioe movimentação dosmesmos.A largura dos corredoresnão permite amovimentação de mais deuma paleteira ao mesmotempo em um mesmocorredor.

Segundo Dias (1990) os itensde maior saída, assim como osde grande volume sãocolocados próximo do local deembarque a fim de facilitar omanuseio. A largura do corredor édeterminada peloequipamento utilizado para omanuseio. Os corredoresprincipais e os utilizados paraembarque devem permitir otransito de suas empilhadeirasao mesmo tempo.

42

Item - 03

Análise de almoxarifado

(equipamentos de proteção)

Existe um projeto emdiscussão para implementaresses equipamentos desegurança, mas no momentoos únicos equipamentos desegurança que o prédiopossui são os extintores deincêndio, e mangueiracontra incêndio.

Equipamentos de combate aincêndio, portas para saída deemergência e sprinklers noteto, são equipamentosexigidos e necessários para aobtenção de alvará defuncionamento para qualqueredificação comercial.

Item - 04

Localização de materiais

Não há um sistema fixo delocalização, nos baseamosna experiência da equipe detrabalho para identificar aexata localização de cadatipo de material em estoque,porém, alguns materiaiscomo, por exemplo, osmedicamentos possuemlocalização fixa nasprateleiras.

O sistema de localização demateriais é imprescindívelpara estabelecer os meiosnecessários à perfeitaidentificação da localizaçãodos materiais estocados sobresponsabilidade doalmoxarifado. Deve serutilizada uma simbologia(codificação) normalmentealfanumérica, representativade cada local de estocagem,abrangendo até o menorespaço de uma unidade deestocagem.

Item - 05

Movimentação de materiais

A entrada de materiais éefetuada através de AF(Autorização deFornecimento) e nota fiscal.Para saída de materiais éfeita através de requisiçõesde materiais pedidas atravésdo sistema de informáticadas unidades de saúde,policlínicas e UPAS, etambém pode ser efetuadaatravés de CI (comunicaçãointerna) enviadas por emaile malote.

As movimentações demateriais devem ser feitasatravés das notas fiscais oudocumentos internos paramovimentação de materiais.Segundo Costa (2002) existemtrês tipos de movimentações:Entrada, Saída eTransferência.

43

Itens de comparação Como é feito na SMS O que diz a literaturaComo deveria ser feito

Item - 06

O Layout de Armazenagem

O prédio foi construído paraabrigar o antigo posto doINAMPS no estreito, ouseja, não foi projetado paraser um almoxarifado. Foramfeitas algumas adaptaçõescomo, por exemplo: rampade acesso para carga edescarga de materiais trocade piso para suportar o pesodos materiais e amovimentação dos mesmos,foi instalado um montacarga (elevador), e tambémforam feitas outraadaptações para um melhorfuncionamento dos serviços.

A eficiência das operações demovimentação earmazenagem depende dograu de planejamento dolayout. O layout é umaestrutura que já foi bastanteignorada por seusadministradores, sendoconsiderado secundário nosseus planejamentos. Hoje, omeio empresarial concebe quenão se pode obter eficiêncianas operações logísticas, semque haja um arranjo físicobem planejado da área doarmazém.

Item - 07

Classificação e codificaçãode materiais

Na entrada dos materiais nosistema informatizado éfeita a classificação por lote,tipo de material e é emitidauma etiqueta com código debarra.

A necessidade de um sistema declassificação é primordial paraqualquer Departamento deMateriais, pois sem ela não podeexistir um controle eficiente dosestoques, procedimentos dearmazenagem adequados e umaoperacionalização do almoxarifadode maneira correta (DIAS, 1990).O objetivo da classificação demateriais é definir uma catalogação,simplificação, especificação,padronização, normalização ecodificação de todos os materiaiscomponentes do estoque da empresa

Item - 08

Inventário Físico

Os balanços mensais sãofeitos nos medicamentos eitens de maior valorfinanceiro, os balançossemestrais são feitos paramateriais de enfermagem eexpediente, e o balançoanual é feito nos produtosde baixo valor e poucasaída.

Conforme Costa (2002) oconceito de inventário físicopode ser definido da seguintemaneira: “O inventário dosestoques é um procedimentode controle que deve serexecutado com periodicidadesemestral, trimestral, mensal eaté mesmo semanal ou diária,conforme cada empresa e aconfiabilidade atribuída aoscontroles, ou pelo menos umavez ao ano, quando éobrigatório”.

Itens de comparação Como é feito na SMS O que diz a literatura

44

Como deveria ser feitoItem - 09

Entrada de materiais

O recebimento de materiaisé feito da seguinte maneira:no momento em que chega amercadoria no desembarquedo almoxarifado, umservidor confere a notafiscal e confronta com omaterial recebido.Inicialmente é feita umacontagem cega do númerode volumes recebidos. Apósesta conferência, asmercadorias são enviadaspara uma conferênciatécnica de acordo com anatureza das mercadorias.

Consiste na movimentação demateriais entrando no estoqueda empresa, estas entradas sãoregistradas através do cadastrodas notas fiscais emitidaspelos fornecedores ou, em setratando de movimentaçõesinternas, via documentos dedevolução de materiais(DM’s), que são utilizadospara controle das devoluçõesao almoxarifado dos materiaisrequisitados e não utilizadospelo setor requisitante.

Item - 10

Saída de materiais

O processo de saída demateriais é feito através derequisição de materiaissolicitados pelas unidadesde saúde e UPAS, mas issonem sempre acontece, poisainda existem algumasunidades de saúde que nãoestão informatizadas e estãosem acesso a rede de saúdee ao programa“infoestoque”, nestes casospedidos de materiais sãofeitos através de C.I. (circular interna) e enviadasvia fac-símile.

Conforme explica Costa(2002) os procedimentosvariam conforme cadaempresa, no entanto há certasações que devem ser tomadaspor todos responsáveis pelaexpedição de materiais. Aoreceber o documento queautoriza a saída de materiais(nota fiscal de venda ourequisição de materiais), ofuncionário expedidor confereos dados contidos nodocumento, estando corretos,retira os materiais dos seuslocais de armazenamento nasquantidades solicitadas,confere juntamente com otransportador (produtos,quantidades e o estado deconservação), estando emconformidade com odocumento fiscal, otransportador assina orecebimento dos materiais e amercadoria é liberada.

45

Com a execução da comparação entre o trabalho efetuado no almoxarifado da SMS e o

referencial teórico, partimos agora para a análise das divergências encontradas. Para isso

examinaremos item por item, a fim de identificar as maiores diferenças entre métodos de

trabalho.

8.1 ANÁLISE DA COMPARAÇÃO ENTRE O FUNCIONAMENTO DO ALMOXARIFADO

DA SMS COM O QUE ORIENTA A LITERATURA

Item 1 – O sistema de armazenagem do almoxarifado da SMS apresenta alguns problemas

relacionados a maneira mais adequada em armazenar diferentes tipos de materiais, materiais

como álcool, produtos inflamáveis que pertencem à classe de enfermagem são armazenados

juntos aos materiais de expediente, como por exemplo, papel A4 e diversos outros. Não

obedecendo assim, as normas de armazenamento, onde cada tipo de material deve ser

armazenado em local apropriado, diminuindo riscos de acidente, e facilitando sua

movimentação.

Item 2 – Neste item observam-se problemas relacionados com o layout do almoxarifado, os

corredores são muito estreitos e prejudicam a movimentação dos materiais por paleteiras e

carrinhos, também materiais de grande volume e peso são armazenados longe das áreas de

embarque, e pior que isso, esses materiais são armazenados em locais mais altos das prateleiras.

Item 3 – Em um edifício de três andares, é normal que tenha no mínimo uma saída de

emergência, não é o caso do almoxarifado da SMS, além de não ter saídas de emergência, não

possui sprinklers no teto e nem alarme de incêndio. Isso sem dúvida causa uma grande

insegurança entre os funcionários.

Item 4 – O sistema de localização de materiais no almoxarifado é bastante deficiente, só existe

basicamente na memória dos funcionários, e isso é um problema, pois, para cada novo

funcionário é necessário um longo treinamento e um longo período de adaptação, causando

algumas vezes atrasos no atendimento às requisições.

Item 5 – Neste item não parece haver divergências com o que diz a literatura, os procedimentos

são bem definidos e atendem todas as normas.

46

Item 6 – A estrutura da edificação que abriga o almoxarifado da SMS foi projetada e planejada

para outra finalidade, apesar de ter passado por várias adaptações, ainda está longe de ser um

modelo ideal de almoxarifado.

Item 7 – Existe um sistema informatizado de controle de registros de entrada, saída, de

codificação e etiquetação de materiais no qual, facilita os processos de controle de posição de

estoque, estoque de segurança e orienta na tomada de decisão. Este item está de acordo com a

literatura sobre o assunto.

Item 8 – Os inventários físicos executados no almoxarifado são efetuados periodicamente, assim

como orienta a literatura do assunto e de acordo com as normas.

Item 9 – O sistema de entrada de materiais utilizado pelo almoxarifado é praticamente o mesmo

mencionado pela literatura, segue todas as rotinas de recebimento de materiais.

Item 10 – O sistema de saída de materiais obedece a quase todos os requisitos mencionados pela

literatura, uma diferença identificada foi a liberação de mercadorias através de CI, algo que não

deveria acontecer pelo fato de que em uma CI o número de requisição de controle não é

mencionado no pedido, podendo causar problemas de controle no atendimento à requisições.

Com a análise concluída, podemos identificar algumas divergências com a literatura e

problemas encontrados nos itens 1; 2; 3; 4; 6 e 10. Alguns itens com problemas mais relevantes

que outros em relação à movimentação e armazenagem de materiais e ao funcionamento global

de todas as operações internas do almoxarifado da SMS.

Ao final desta análise, concluímos nosso segundo objetivo específico que era identificar

possíveis falhas no processo de movimentação e armazenagem de materiais. No próximo tópico

faremos algumas sugestões de melhoria para o funcionamento do Departamento de Recursos

Materiais e Patrimoniais da SMS.

47

9. PROPOSTAS PARA POSSÍVEIS MELHORIAS

Neste tópico faremos algumas sugestões de melhoria para os itens considerados mais

críticos para uma maximização nos processos de trabalho no almoxarifado da SMS.

Neste quadro se identificaram aspectos que deverão ser modificados.

Aspectos Críticos Proposta de MelhoriaO sistema de armazenagem do almoxarifado

da SMS apresenta alguns problemas

relacionados à maneira mais adequada em

armazenar diferentes tipos de materiais,

materiais como álcool, produtos inflamáveis

que pertencem à classe de enfermagem são

armazenados juntos aos materiais de

expediente, como por exemplo, papel A4 e

diversos outros. Não obedecendo assim, as

normas de armazenamento, onde cada tipo de

material deve ser armazenado em local

apropriado, diminuindo riscos de acidente, e

facilitando sua movimentação.

O almoxarifado da SMS possui três andares,

então poderíamos dividir a armazenagem de

materiais da seguinte maneira:

Produtos farmacêuticos – Utilização somente

do 3º andar (assim como é hoje);

Materiais de enfermagem e odontológicos -

Utilização apenas do 2º andar.

Materiais de expediente, de informática e

impressos – Utilização apenas do 1º andar.

Essa alteração facilitaria na localização dos

materiais, pois poderíamos organizar de

forma adequada todo o sistema de

armazenamento, de acordo com cada grupo

de produto.Problemas relacionados com o layout do

almoxarifado, os corredores são muito

estreitos e prejudicam a movimentação dos

materiais por paleteiras e carrinhos, também

materiais de grande volume e peso são

armazenados longe das áreas de embarque, e

pior que isso, esses materiais são

armazenados em locais mais altos das

prateleiras.

Feita a divisão dos grupos de materiais

mencionados acima, agora poderíamos

alterar a largura dos corredores, tornando-os

capazes de suportar a movimentação de mais

de uma paleteira. Para isso ser possível deve-

se diminuir a quantidade de prateleiras e em

seu lugar utilizar estruturas porta pallets, já

que a altura de cada andar suporta até três

pallets verticalmente. Com esta modificação,

poderíamos dobrar a capacidade de

armazenagem do almoxarifado da SMS.

Aspectos Críticos Proposta de Melhoria

48

Em um edifício de três andares, é normal que

tenha no mínimo uma saída de emergência,

não é o caso do almoxarifado da SMS, além

de não ter saídas de emergência, não possui

sprinklers no teto e nem alarme de incêndio.

Isso sem dúvida causa uma grande

insegurança entre os funcionários.

O edifício possui espaço lateral suficiente

para saídas de emergência com escadas em

cada lado do prédio. Uma já seria suficiente.

É necessária a instalação urgente de um

alarme de incêndio e também de sprinklers

no teto. Estas alterações seriam possíveis,

pois, a SMS já possui contratos com

empresas responsáveis por esse tipo serviço.O sistema de localização de materiais no

almoxarifado é bastante deficiente, só existe

basicamente na memória dos funcionários, e

isso é um problema, pois, para cada novo

funcionário é necessário um longo

treinamento e um longo período de

adaptação, causando algumas vezes atrasos

no atendimento às requisições.

É necessário utilizar um sistema de

endereçamento fixo para localização de

materiais. Para isso deve-se utilizar o auxilio

do sistema de informática infoestoque, por já

possuir um banco de dados sobre os

materiais, além de já existir uma empresa de

TI contratada pela SMS e responsável por

todo o sistema de informação da SMS.

A estrutura da edificação que abriga o

almoxarifado da SMS foi projetada e

planejada para outra finalidade, apesar de ter

passado por várias adaptações, ainda está

longe de ser um modelo ideal de

almoxarifado.

O ideal seria a construção de um novo centro

de distribuição de materiais, mas sabemos

que por motivos orçamentários, no momento

isso não é possível, então podemos sugerir a

alteração do layout de armazenagem dos

materiais, afim de que facilite a

movimentação e a armazenagem de

materiais, e também tornem os processos de

entrada e saída de materiais mais práticos e o

ágil possível.O sistema de saída de materiais obedece a

quase todos os requisitos mencionados pela

literatura, uma diferença identificada foi a

liberação de mercadorias através de CI, algo

que não deveria acontecer pelo fato de que

em uma CI o número de requisição de

controle não é mencionado no pedido,

podendo causar problemas de controle no

Como a saída de materiais ocorre somente

para abastecimento de toda a rede de saúde

os pedidos de mercadorias devem ser

efetuados somente através de documento

requisição de materiais, pelo fato do mesmo

possuir número de registro para controle.

49

atendimento à requisições.

Sabemos que é possível implementar muitas melhorias das quais foram sugeridas para

esse trabalho, porém, sabemos que existem muitos entraves na gestão do serviço público, e

entre elas, políticas de gestão, vontade política, e outros fatores ainda.

Para os órgãos públicos é comum verificar que muitas operações logísticas possuem

natureza predominantemente empírica, cujas ações rotineiras e estratégicas são realizadas sem

um estudo prévio de trade-off. Isso implica que uma decisão seja feita com completa

compreensão tanto do lado bom, quanto do lado ruim de uma escolha em particular e

conhecimento técnico.

50

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho pontuou de forma especial a conjuntura atual de constantes

transformações enfrentadas pelas organizações, sejam elas públicas ou privadas.

No setor público, assim como na iniciativa privada, trabalha-se com o objetivo de

maximizar a agilidade dos processos com o menor custo possível, afim de que, não extrapole

o orçamento do atual exercício, não admitindo assim perdas ou desperdícios. Podemos

comparar a atividade logística a um grande quebra cabeça, onde todas as peças se encaixam

conforme forem colocadas, porém o resultado obtido dependerá da forma que as mesmas

estejam dispostas, pois se algumas poucas peças forem colocadas em local indevido, todo o

resultado ficará comprometido, por outro lado, se forem colocadas corretamente, os

benefícios serão excelentes.

Falando mais especificamente sobre os dados apurados na pesquisa, estes foram

conclusivos em relação à carência de um maior investimento no setor de administração de

materiais e logística dentro do setor público, e em especial na SMS.

A agilidade nos processos de movimentação de materiais é fator decisivo para um bom

funcionamento de todo sistema de atendimento nas unidades de saúde de Florianópolis, uma

vez que, sem uma estrutura logística bem implantada, possivelmente acarretaria a falta de

alguns materiais de extrema importância para o atendimento a pacientes de toda a rede de

saúde e conseqüentemente, prejuízos a toda população.

Ao longo deste trabalho fomos percebendo que na SMS, não existe uma preocupação

em investimentos em infra-estrutura e obras nas quais não apareçam explicitamente aos olhos

da população. Parece ser muito mais conveniente investir naquilo que a população realmente

possa ver, que seja tangível, e essa visão dos gestores públicos é um tanto quanto equivocada,

pois cedo ou tarde, os problemas relativos a falta de investimentos no setor tema deste

trabalho, surgirão em grandes proporções, podendo com certeza causar muitos prejuízos para

a população que depende de toda a rede de saúde pública.

51

REFERÊNCIAS

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: Transportes, Administração de materiais. São

Paulo: Editora Atlas, 1993.

BALLOU, R.H. (2001) – Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Planejamento,Organização e Logística Empresarial. Bookman. Cleveland 4ª Edição

COSTA, Fábio J.C. Leal. Introdução à Administração de Materiais em SistemasInformatizados. Ieditora. São Paulo, 2002.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma Abordagem Logística. Edit.Atlas, 3ª edição. 1990.

Edenilso Stela ET al.: Análise da estrutura logística de estocagem e manuseio: estudo decaso na Indústria de Fios da Cocamar. Disponível em: < http://www. hermes.ucs.br > acessoem 23 de maio de 2009.

Felipe Fonseca ET AL Otimização das operações de Movimentação e Armazenagem de materiais através de rearranjo físico: uma proposta de melhoria para um almoxarifado da esfera pública. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR450303_8218.pdf > acesso em 15 de maio 2009.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Impactos da carência de investimentos na logística pública de transportes para o agronegócio: discussão teórica e evidências para o caso brasileiro. Disponível em: http://www.sober.org.br/palestra/2/716.pdf >acesso em 10 de maio de 2009.

MENDONÇA, J.C.V. (2002) – Movimentação de Materiais. Disponível em<http://www.guiadelogistica.com.br> Acesso em: 30 de maio de 2009.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

ROESCH, Silvia Mara Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração:guias para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de casos. 2.ed. São Paulo:Atlas, 1999.

VIANA, João José. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo:Atlas, 1998.

SITE: http://www.pmf.sc.gov.br/saude

52

APÊNDICE

53

ENTREVISTA DE PESQUISA

Esta entrevista de pesquisa foi realizada no Almoxarifado Central da SecretariaMunicipal de Saúde de Florianópolis-SC no dia 17 de maio de 2010. A pessoa entrevistadapara a pesquisa foi o Chefe da Central de Abastecimento, que exerce a função de chefia nosetor a mais de cinco anos e possui grande experiência na administração pública Municipal.

PERGUNTAS DE PESQUISA

1. O almoxarifado é, sem duvida, um “motor” para qualquer organização. Mas, para que o

almoxarifado seja eficaz dentro do canal de distribuição, ele precisa primeiro atingir sua

eficiência interna. Sendo assim, que tipo de ações são adotadas pela direção do

almoxarifado central da SMS para que atinja essa eficácia desejada?

2. O atual arranjo físico do almoxarifado da SMS está funcionando de forma eficiente? Não

está operando como um gargalo?

3. Os recursos disponíveis (mão de obra, equipamentos de movimentação) são suficientes

para o atendimento rápido e eficiente das operações logísticas?

4. O atual sistema de almoxarifado da SMS está adequado e respeita as condições específicas

de cada tipo de material ali armazenado?

4.1 Há cuidado na preservação de materiais estocados?

5. A forma de armazenamento de materiais adotada pelo almoxarifado obedece às normas

técnicas de armazenamento de cada produto?

54

6. Os atuais níveis de estoque atendem completamente a demanda? Ou existem fatores

como, por exemplo, sazonalidade onde a demanda é maior que o estoque disponível?

6.1 As mercadorias recebidas no almoxarifado são conferidas?

6.2 A atualização do sistema (SI) é feito já na chegada das mercadorias?

7. A edificação que abriga o almoxarifado da SMS foi construída e planejada para esse fim?

Foram feitas adaptações para seu funcionamento?

8. Segundo Dias (1990) os itens de maior saída, assim como os de maior consumo são

colocados próximos ao local de embarque, a fim de facilitar o manuseio. Esses itens no

almoxarifado da SMS são alocados desta forma?

9. A largura do corredor é determinada pelo equipamento utilizado para manuseio. Os

corredores principais e os utilizados para embarque permitem trânsito de mais de um

equipamento de movimentação ao mesmo tempo?

10. Que tipos de equipamentos de movimentação de materiais são utilizados no almoxarifado

da SMS?

11. Sobre a segurança no almoxarifado, existem equipamentos de combate a incêndio, portas

para saída de emergência e sprinklers no teto?

12. O sistema de localização de materiais é imprescindível para estabelecer os meios

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necessários à perfeita identificação da localização dos materiais estocados sob

responsabilidade do almoxarifado. Que tipo de sistema de localização de materiais é usado

pelo almoxarifado da SMS?

12.1 O sistema de endereçamento dos materiais é informatizado?

13. Existe algum tipo de identificação nas estantes e corredores do almoxarifado facilitando

assim, a localização dos materiais ali armazenados?

14. O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação,

padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque. Existe uma

classificação de materiais adotada pelo almoxarifado? De que maneira é feita essa

classificação?

15. O almoxarifado da SMS utiliza inventários físicos para procedimentos de controle de

estoque?

16. Quais os tipos de inventários físicos são usados no almoxarifado?

17. Quais os materiais necessitam de um melhor controle na SMS? Justifique sua resposta.

18. Explique que procedimentos são adotados após ser feito o inventário físico do

almoxarifado?

19. Toda movimentação de materiais, seja ela, de entrada, saída, ou transferência, são

efetuadas através de notas fiscais ou notas de transferência?

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ANEXOS

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FOTOS DO ALMOXARIFADO DA SMS

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Almox. Foto 04

Almox. Foto 05

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Almox. Foto 06

Almox. Foto 07

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