logística diferencial para a competitividade -...

07/07/2011

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NBome

Logística

Diferencial para a

Competitividade

Manoel A. S. Reis, Ph.D

Professor da FGV-EAESP

Coordenador do GVcelog

Comitê de Logística de Barueri06 de Julho de 2011

Agenda

• Logística

• Importância Estratégica da Logística

• Terceirização da Logística

• Internacionalização do Brasil

• Logística Internacional

• Conclusões

© Prof. Manoel AS Reis 2

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Definição de Logística

• Parte da Administração da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e efetiva, o fluxo direto e reverso e a armazenagem de bens, serviços e informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, de forma a atender aos requisitos do cliente.


Atividades da Logística

• Principais atividades envolvidas Logística:

– administração do transporte de entrada e saída e administração de frotas;

– armazenagem

– manuseio de materiais

– atendimento a pedidos

– administração de estoques

– planejamento de suprimentos e demanda

– administração de provedores de serviços logísticos

– projeto de redes logísticas (atividade estratégica)


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Logística - Segmentação

• Administração de Suprimentos: Inclui as atividades relativas à gestão e execução do fluxo de insumos de produção (matérias primas, componentes e materiais de embalagem), MRO (manutenção, reparo e operações), serviços e informações associadas, desde os fornecedores até os locais necessários na empresa, nos momentos e quantidades adequados.

• Distribuição: Atividades relativas à gestão e execução do fluxo de bens desde o local de produção até o destino e ao fluxo de informações associado.


DistribuiçãoAdministraçãode Suprimentos

Produção

Cadeia Logística


Produção

Entrega ao Cliente

Administração de Suprimentos

Recebimento

Movimentaçãoe ExpediçãoCentro de

Distribuição(CD)

Distribuição

Compras e Gestão de Fornecedores

Movimentação, Armazenagem e Gestão de Estoques

Ponto de Venda

Entrega

Conferência

Transferência

Entrega Direta

Consumidor

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Logística Reversa

• Processo de retorno de bens na cadeia.

• Pouco desenvolvida no Brasil, mas de grande potencial.

• Normalmente associada a retornos e reciclagens.

• Todas as empresas, independentemente de área de atuação, porte, produtos, serviços e localização geográfica, podem beneficiar-se do planejamento, implementação e controle da logística reversa.


Logística Reversa – Embalagens de Agrotóxicos

• Em 2007 indústria nacional de agrotóxicos movimentou (2007):– cerca de US$ 5,5 bilhões.– 33.000 toneladas de embalagens, resíduo tóxico que

coloca em risco a saúde da população e o meio ambiente.

• A lei federal 9.974 de 06/06/00, regulamentada pelo Decreto 4.074 de 04/01/02:– cria um conjunto pioneiro de regras para a coleta e

destinação de embalagens vazias de agrotóxicos;– disciplina a destinação final dessas embalagens,

determinando a responsabilidades do agricultor, do revendedor e do fabricante.

– O não cumprimento dessas responsabilidades poderá implicar em penalidades previstas na lei.


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Logística Reversa – Embalagens de Agrotóxicos

• Em função desta lei os fabricantes de agrotóxicos (cerca de 40) criaram em 12/2001 o inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, cuja missão inclui:

– Gerir o processo de destinação de embalagens vazias de fitossanitários no Brasil;

– Dar apoio e orientação à indústria, canais de distribuição e agricultores, no cumprimento das responsabilidades definidas na legislação;

– Promover a educação e a conscientização de proteção ao meio ambiente e à saúde humana;

– Apoiar o desenvolvimento tecnológico de embalagens de fitossanitários.


Agenda

• Logística





• Conclusões


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Importância Estratégica da Logística


Necessidade das empresas desenvolverem diferencial competitivo significativo e duradouro.

Aumento da concorrência

Dois fatores essenciais nessa direção:

• Vantagem de CUSTO• Vantagem de VALOR

Logística – Vantagem de Custo

• Vantagem de custo pode ser obtida através:

– do aumento de produtividade

– da economia de escala, com diluição de custos fixos

– da administração logística, que racionaliza e reduz custos

• Exemplos:

– Focalização de fábricas, que permite redução do número de itens produzidos numa planta, trazendo economias de escala;

– Centralização de estoques, que permite a redução dos mesmos e, portanto, de seus custos.


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Logística – Vantagem de Custo

• Possíveis conseqüências da focalização de unidades de produção e da centralização de armazéns:– crescimento dos custos de transporte, pelo aumento das

distâncias;

– redução do nível de atendimento ao cliente, pelo afastamento dos mercados.

• O impacto de alterações na cadeia de abastecimento deve ser avaliado antecipadamente, através do cálculo do custo total.

• A logística exerce papel importante, pois permite a redução de custos e disponibiliza o ferramental para a análise do custo total.


Logística – Vantagem de Valor

• Valor pode ser oferecido através de :– Benefícios intrínsecos

características físicas e desempenho (adequabilidade das funções, facilidade de uso, qualidade, durabilidade...)

– Benefícios intangíveis

serviço (disponibilidade, atendimento , ...), imagem da marca e da empresa, ...

• Valor intangível é mais diferenciador do que valor intrínseco.

• A logística disponibiliza produtos e serviços e viabiliza o atendimento adequado ao cliente. Portanto, agrega valor intangível.


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Logística – Diferencial Competitivo

• Então, a logística permite reduzir custos e agregar valor intangível, fatores essenciais para a diferenciação.

• Daí sua importância estratégica.


Agenda

• Logística





• Conclusões


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Possíveis Vantagens da Terceirização

• Manter foco no negócio principal (core business).• Melhorar o atendimento ao cliente.• Aumentar flexibilidade, eficiência e produtividade .• Aumentar a inovação em processos e tecnologias.• Reduzir custos.• Transformar custos fixos em custos variáveis.• Reduzir investimentos:

Proporciona aumento do retorno sobre o ativo= margem líquida x giro do ativo (vendas/ativo total).

• Adquirir competência e know-how.• Reduzir problemas trabalhistas.


Possíveis Desvantagens e Riscos da Terceirização

• Repasse a terceiros da responsabilidade pela execução de atividades muitas vezes estratégicas.

• Possibilidade da dependência excessiva do terceiro.

• Risco de penalização pela ação ilegal ou informal do terceiro.

• Dificuldade na identificação de terceiros competentes e confiáveis.

• Tendência do contratante a valorizar excessivamente os custos, em detrimento do nível de serviço e do desempenho geral do terceiro.


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Critérios para a Seleção de Terceiros

• Estabilidade financeira.

• Forma de relacionamento trabalhista com colaboradores

• Experiência e consistência.

• Equipamentos e instalações físicas.

• Processos de gestão e operação.

• Tecnologia da informação e capacidade de processamento de informações.

• Potencial de crescimento.

• Custos.


Conteúdo Essencial dos Contratos

• Características dos serviços a serem prestados.

• Cuidados essenciais.

• Previsão dos volumes de serviços envolvidos.

• Nível de serviço exigido, indicadores de desempenho e respectivas metas.

• Preços e forma de cobrança.

• Penalidades pelo não cumprimento das cláusulas.

• Seguros.


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O Caso Volkswagen Resende

• Em 1996 a VW inaugurou sua primeira fábrica de caminhões e ônibus no mundo em Resende - RJ, baseada no conceito inovador de “Consórcio Modular”.

• Projeto e desenvolvimento comandados pela VW.

• Toda a produção terceirizada para 7 fornecedores (anteriormente 450) que produzem os módulos que acoplados formam os veículos.

• Os próprios fornecedores acoplam os módulos na linha de montagem da fábrica da VW.


O Caso Volkswagen Resende – Resultados


PARTICIPAÇÃO MERCADO CAMINHÕES EM %

0,0

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1956 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 961998

MA

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%) M BBRAS Ford VW GM Scania Volvo Fiat

Gráfico 02Participação no Mercado de Caminhões em %

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O Caso Volkswagen Resende

• Pretendia-se que esse fosse o modelo de fábrica para todos os negócios da VW no Brasil e no mundo e talvez de outras montadoras.

• Apesar do sucesso, hoje essa é a única fábrica com esse conceito no mundo e a VW repassou a operação para a MAN Latin America.

• A razão mais plausível para a não continuidade do modelo é:

– Receio do excesso de dependência dos fornecedores por parte da empresa, podendo a mesma perder sua razão de ser no mercado.


Agenda

• Logística





• Conclusões


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Internacionalização do Brasil

• A partir do início da década de 1990, com a abertura comercial, o Brasil iniciou um vigoroso processo de internacionalização.

• O comércio exterior tem crescido de forma sustentável tanto nas exportações quanto nas importações, quase sempre com um saldo comercial positivo.

• As reservas do país têm crescido de forma significativa.

• As cadeias de valor em ambos os sentidos apresentam uma clara evolução.


Pontos Fortes do Brasil

• Grande extensão - 8,5 milhões de km2 - clima ameno

• Grandes cadeias exportadoras (café, soja, açúcar, etanol, suco de laranja, carnes, celulose e papel, minério e ferro, autopeças)

• 3º maior exportador mundial de produtos agropecuários

• Produtividade agrícola crescente (Embrapa)

• Grande reserva de áreas agriculturáveis

• Grandes reservas de petróleo (pré-sal) em início de exploração pela Petrobras

• Expressão em combustíveis renováveis


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Pontos Fracos do Brasil

• Infraestrutura logística insuficiente, que limita desenvolvimento e a gestão das cadeias de valor

• 73% da produção concentrada no sul e sudeste

• 85% da população e do PIB concentrados na costa.

• PIB per capita baixo, mas com forte crescimento

• 1,1% de participação no comércio exterior mundial. Isso significa 24º lugar como exportador de bens físicos e 35º lugar como exportador de serviços. No entanto, somos a 10ª economia do mundo !!!

• Portos com baixa eficiência e grande concentração nas regiões sul e sudeste


Exportações de Produtos Agropecuários


Fontes: Caderno de Economia – OESP-07/03/2010, OMC, MB Agro

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Fonte: Conab, Ministério da Agricultura, Ernesto Lozardo

144.137,3 mil t

47.674,4 mil Ha

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50.000

70.000

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1984/85 1987/88 1990/91 1993/94 1996/97 1999/2000 2002/03 2005/06 2008/09 Previsão (1)

Produtividade Agrícola, 1985-2010

Grain Total Production in Tons MM Area Produced, Ha Thousand.Produção Total de Grãos – mil t Área Plantada – mil Ha

Área plantada cresceu 1,7% ao ano e a produção 4,7% ao ano

Produtividade cresceu de 1,45 t/Ha (1984/85) 3,02 t/Ha (2008/09)



28% da populaçãoNordeste

13% do PIB

8 % da população

Norte

5% do PIB

7 % da populaçãoCentro Oeste

9% do PIB

15% da populaçãoSul

17% do PIB

42 % da população

Sudeste

56% do PIB

Fonte: Banco Central e IBGE

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PIB per capita (US$) 2001 a 2010


Fonte: BACEN


Cerca de 40 Portos Marítimos no Brasil.

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Portos no Brasil


Portos Participação

Santos 25,4%Vitória 7,7%

Paranaguá 7,2%Rio Grande 5,6%

Rio de Janeiro 5,1%Total dos 5 Portos 51,0%

Outros Portos 49,0%

Apesar do elevado número de portos, grande maioria tem baixaprodutividade e pela concentração da produção há também grandeconcentração de cargas.

Agenda

• Logística





• Conclusões


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Logística Internacional

• Sistemas logísticos tornam-se críticos nas operações internacionais.

• Sua importância é realçada pela crescente dinâmica do comércio internacional.

• Logística doméstica tem foco na prestação de serviços que agregam valor em ambientes controlados.

• Logística internacional deve, além de acomodar todos os requisitos domésticos, enfrentar incertezas associadas a distância, diversidade, burocracia e documentação.


Logística Internacional

• América do Sul

– Barreiras naturais e rarefação das vias terrestres.Transporte comercialmente viável entre o Brasil e grande parte dos países da América do Sul somente é possível por vias marítima/fluvial e aérea.

– Acesso terrestre somente é possível para Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia e precariamente para alguns países amazônicos.

• Demais regiões do mundo

– Acesso somente pelas vias marítima e aérea.

– 93% do comércio internacional brasileiro passa pelo transporte marítimo.


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Cadeia Logística Internacional


Processo dofornecedorno exterior

Transportelocal

Desembaraçopara exportação

Trânsitointernacional

Desembaraço para importação

Transportelocal

TrânsitoInternacional

Desembaraço para importação

TransporteLocal

Importadorcomercial

Vendasnacionais

Empresaindustrial

TransformaçãoVendas

nacionais

Importadorno exterior

Brasil

Exterior

Exterior

IMPORTAÇÃO

EXPORTAÇÃO

Insumosnacionais

Transportelocal

Desembaraço para exportação

Transportelocal

Movimentaçãoe armazenagem

Movimentaçãoe armazenagem

Comércio Exterior Brasileiro


Fonte: Secex – Secretaria de Comércio Exterior – MDIC

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Exportação Importação Saldo Comercial

Balança Comercial (1950 a 2009)

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Corrente de Comércio (1950 a 2009)

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Exportações Mundiais (1950 a 2009)

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Setembro 2008

Crise

econômica

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Exportações e Importações %Mundiais (1950 a 2009)

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MANUFATURADOS BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS




Participação por Categoria nas Exportações (1964-2009)

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2006

2008

TOTAL GERAL MANUFATURADOS BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS

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Participação por Categoria nas Exportações (1964-2009)

Agenda

• Logística





• Conclusões


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Conclusões

• A logística tornou-se um importante instrumento para a competitividade, tanto no mercado nacional quanto no internacional.

• A infraestrutura logística brasileira carece de uma grande atenção por ser o caminho para o desenvolvimento.

• O Brasil tem a vocação para a produção e exportação de commodities, tornou-se um grande player

internacional e tem agora que incrementar sua capacidade de agregar valor a seus produtos.


OBRIGADO

Prof. Manoel A. S. Reis

[email protected]

http://gvcelog.fgv.br/

011 3799-7946


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