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LÓGICA ARISTOTÉLICA

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LÓGICA ARISTOTÉLICA

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LÓGICA ARISTOTÉLICA

Lógica, o que é isso? É o estudo dos métodos e princípios da

argumentação; É a investigação das condições em que a

conclusão de um argumento se segue das premissas.

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Lógica Aristotélica Quando expomos nossas idéias, seja

oralmente ou por escrito, às vezes começamos pela conclusão, além de, com frequência, omitirmos premissas, deixando-as subentendidas. Por isso, um dos trabalhos do lógico é montar o raciocínio redescobrindo sua estrutura e avaliando se a conclusão se segue das premissas.

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A passagem das premissas para a conclusão corresponde à inferênciainferência (do latim infere, “levar para”).

PremissasPremissas são proposições iniciais a partir das quais tiramos a conclusão num determinado argumento.

ArgumentoArgumento é um discurso em que encadeamos proposições de maneira a chegar a uma conclusão.

A proposiçãoproposição é tudo o que pode ser afirmado ou negado.

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A inferência é um processo de pensamento pelo qual, a partir de certas proposições, chegamos a uma conclusão. A lógica examina se a estrutura da inferência é válida ou inválida.

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O SILOGISMO, a INFERÊNCIA e o

RACIOCÍNIO A INFERÊNCIA: é tirar uma PROPOSIÇÃO como conclusão de uma outra ou de várias outras proposições que antecedem e são sua explicação ou causa.

O RACIOCÍNIO: é uma operação do pensamento realizada por meio de juízos e enunciada linguística e logicamente pelas proposições encadeadas, formando um SILOGISMO.

O SILOGISMO: Raciocínio e Silogismo são operações mediatas de conhecimento, pois a inferência significa que só conhecemos alguma coisa (a conclusão) por meio ou pela mediação de outras coisas.

A teoria aristotélica do silogismo é o coração da lógica, pois é a teoria das demonstrações ou das provas, da qual depende o pensamento científico e filosófico

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As características do silogismo1º) é mediato: exige um percurso de pensamento e

linguagem para que se possa chegar a uma conclusão;2º) é dedutivo: é um movimento de pensamento e de linguagem que parte de certas afirmações verdadeiras para chegar a outras também verdadeiras e que dependem necessariamente das primeiras;3º) é necessário: porque é dedutivo (as consequências a que se chega na conclusão resultam necessariamente da verdade do ponto de partida).

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As partes do SilogismoUm SILOGISMO é constituído por três proposições.

a) A primeira é chamada de PREMISSA MAIOR;b) A segunda é chamada de PREMISSA MENOR; c) A terceira é a CONCLUSÃO

A CONCLUSÃO É INFERIDA DAS PREMISSAS PELA MEDIAÇÃO DO TERMO MÉDIO.

AS PREMISSAS POSSUEM TERMOS CHAMADOS EXTREMOS. A FUNÇÃO DO TERMO MÉDIO É LIGAR OS EXTREMOS.

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Essa ligação é a INFERÊNCIA ou DEDUÇÃO e sem ela não há raciocínio nem demonstração. Por isso, a arte do silogismo consiste em saber encontrar o termo médio que ligará os extremos e permitirá chegar a conclusão.

O SILOGISMO, para se chegar a uma conclusão verdadeira, deve obedecer a um conjunto complexo de regras. Vejamos alguns, utilizando o famoso silogismo:Todos os homens são mortais.Sócrates é homem.Logo,Sócrates é mortal.

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a premissa maior deve conter o TERMO EXTREMO MAIOR (no caso, “mortais”) e o TERMO MÉDIO (no caso homens);

a premissa menor deve conter o TERMO EXTREMO MENOR (no caso, “Sócrates”) e o TERMO MÉDIO (no caso, “homem”);

A conclusão dever conter o maior e o menor e JAMAIS deve conter o termo médio (no caso, deve conter “Sócrates” e “mortal” e JAMAIS deve conter “homem”). Sendo função do médio ligar os extremos, deve estar nas premissas, mas nunca na conclusão. A ideia geral da dedução ou inferência silogística é:A é verdade de BB é verdade de CLOGO, A é verdade de C

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A inferência silogística também é feita com negativas:Nenhum anjo (médio) é mortal (maior) . (A é verdade de B)Miguel (menor) é anjo (médio). (B é verdade de C)Logo, Miguel (menor) não é mortal (maior). (A é verdade de C)

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Na escola, Joana se queixava a uma amiga sobre um namorado que a abandonara para ficar com outra colega da turma. Tentando consolá-la, a amiga lhe disse que ela deveria se acostumar com isso, ou então, nunca mais tentar namorar, pois, disse ela, “os garotos são todos interesseiros”. Deixando a dor de Joana de lado, poderíamos sistematizar o argumento da amiga na forma de um silogismo tal como definido pelo filósofo Aristóteles, da seguinte maneira: Todo garoto é interesseiro. Premissa maiorOra, o namorado de Joana é um garoto. Premissa menorLogo, o namorado de Joana é interesseiro. Conclusão.

A respeito desse argumento, e de acordo com as regras da lógica aristotélica, é correto afirmar queA) o argumento é inválido, pois a premissa maior é falsa.B) o argumento é válido, pois a intenção da amiga era ajudar Joana.C) o argumento é válido, pois a conclusão é uma consequência lógica das premissas.D) o argumento é inválido, pois a conclusão é falsa.

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Considere o seguinte silogismo.1- Nenhuma abelha é formiga.2- Algumas criaturas gregárias* são abelhas.3- Algumas criaturas gregárias não são formigas.

* Criaturas gregárias: criaturas que vivem em colônias ou em comunidades.

Tendo em conta o silogismo apresentado e os conceitos da lógica de Aristóteles, assinale a alternativa correta.A) Este silogismo não é válido, pois sua conclusão é particular.B) Este silogismo não é válido porque sua conclusão é negativa.C) As frases 1 e 2 são as premissas do silogismo.D) O termo médio, nesse silogismo, é o termo “criatura gregária”.

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Nos Primeiros e nos Segundos Analíticos Aristóteles expõe a teoria geral dos silogismos, bem como as especificidades do silogismo científico. O exemplo clássico de silogismo é:"Todo homem é mortal.Sócrates é homem.Logo, Sócrates é mortal."

Leia as seguintes afirmativas sobre esse silogismo:I- É composto por duas premissas e uma conclusão.II- O termo maior não aparece na conclusão.III- É um típico exemplo de raciocínio indutivo.IV- O termo "homem" é o termo médio.

Assinale a alternativa correta.A) III e IV são verdadeiras.B) II, III e IV são verdadeiras.C) I, II e IV são verdadeiras.D) I e IV são verdadeiras.

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“Todos os homens são mortais.Sócrates é homem.Logo, Sócrates é mortal.”

Sobre o silogismo em geral e, sobre este em particular, é correto afirmar que:

I - é um raciocínio indutivo, pois parte de duas premissas verdadeiras e chega a uma conclusão também verdadeira.II - o termo médio homem liga os extremos e, por isso, não pode estar presente na conclusão.III - é um raciocínio válido, porque é constituído por proposições verdadeiras, não importando a relação de inclusão (ou de exclusão) estabelecida entre seus termos.IV - as premissas, desde que uma delas seja universal, devem tornar necessária a conclusão.- Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II e IVB) I e IIC) II e IIID) III e IV

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As regras do silogismo 1º) Um silogismo deve ter um termo maior, um

menor e um médio e somente três termos, nem mais, nem menos;

2º) O termo médio deve aparecer nas duas premissas e jamais na conclusão; deve ser tomado em toda a sua extensão (isto é, como universal) pelo menos uma vez, pois, do contrário, não poderá ligar o maior e o menor. Por exemplo, se eu disser “Os nordestinos são brasileiros” e “Os paulistas são brasileiros”, não poderei tirar conclusão alguma, pois o termo médio “brasileiros” foi tomado sempre em parte de sua extensão e nenhuma vez no todo de sua extensão;

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3º) Nenhum termo pode ser mais extenso na conclusão do que nas premissas, pois, nesse caso, concluiremos mais do que seria permitido. Isso significa que uma das premissas sempre deverá ser universal (afirmativa ou negativa);

4º) A conclusão não pode conter o termo médio, já que a função deste se esgota na ligação entre o maior e o menor, ligação que é a conclusão;

5º) De duas premissas negativas nada pode ser concluído, pois o médio não terá ligados aos extremos;

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6º) De duas premissas particulares nada poderá ser concluído, pois o médio não terá sido tomado em toda a sua extensão pelo menos uma vez e não poderá ligar o maior e o menor;

7º) Duas premissas afirmativas devem ter a conclusão afirmativa, o que é evidente por si mesmo;

8º) A conclusão sempre acompanha a parte mais fraca, isto é, se houver uma premissa negativa, a conclusão será negativa; se houver uma premissa particular, a conclusão será particular; se houver uma premissa particular negativa, a conclusão será uma particular negativa.

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3. Validade e verdade Exemplo. Todo inseto é hexápode. Ora, todo inseto é invertebrado. Logo, todo hexápode é invertebrado. Esse tipo de argumento é chamado por

Aristóteles de silogismo, que significa “ligação” – é a ligação de dois termos por meio de um terceiro.

O termo “inseto” é o termo médio. No entanto, o termo maior “hexápode” é particular na premissa maior. Já na conclusão, “hexápode” é tomado em toda extensão (todo hexápode), o que significa afirmar no consequente mais do que foi afirmado no antecedente. É portanto, inválido.

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Podemos dizer das proposições que elas são verdadeiras ou falsas. Mas quando se trata de argumentos, dizemos que são válidos ou inválidos. Um argumento é válido quando sua conclusão é conseqüência lógica de suas premissas.

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Argumento:Raciocínio e Inferência Exercício 1:

Um turista está andando pela terra dos honestos e mentirosos. Lá, as pessoas são radicais, umas só falam a verdade e outras só falam mentiras. Chegou a hora do almoço e o turista encontra-se numa estrada com uma bifurcação. O turista sabe que um dos caminhos é para um restaurante e o outro para um abismo, mas não sabe distingui-los. Nesta bifurcação ele encontra um homem nativo. Naturalmente o turista não sabe se ele é honesto ou mentiroso. Como o turista descobre o caminho para o restaurante fazendo uma única pergunta a esse nativo?

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Argumento: Raciocínio e Inferência Exercício 2:

Um rei resolveu dar a liberdade a um de seus três prisioneiros. Mandou trazer três chapéus brancos e dois vermelhos. Vendou os olhos dos prisioneiros, colocou um chapéu em cada um e depois foi retirando a venda dos olhos deles. Ganharia a liberdade aquele que soubesse dizer, de forma convincente, a cor do seu próprio chapéu olhando para os outros prisioneiros. Os dois primeiros não souberam dizer. O terceiro, antes que o rei lhe tirasse a venda dos olhos, afirmou com toda certeza a cor do seu chapéu.

Qual a cor do chapéu do terceiro prisioneiro? Justifique.

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Argumento:Raciocínio e Inferência Para convencer que você sabe a resposta (que não é um chute)

você tem de expor as razões que o levaram a conclusão (justificar).

Pontos de Partida

Caminhos Seguidos

Conclusão

Um argumento poderia ser considerado uma reconstrução explícita do raciocínio efetuado

Raciocínio ouProcesso de Inferência

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O enunciado da conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito.

Para justificar que a conclusão não excede o que foi dito no antecedente é preciso saber que existem proposições gerais e proposições particulares.

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Uma proposição é geral quando o sujeito da proposição é tomado na sua totalidade. Por exemplo: “Toda baleia é mamífero”. Na proposição “Os paulistas são brasileiros”, não importa que os paulistas sejam uma parte dos brasileiros, mas que nesse caso estamos nos referindo à totalidade dos paulistas.

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Uma proposição é particular quando o sujeito da proposição é tomado em apenas uma parte indeterminada: “Alguns homens são injustos”, “Certas pessoas são curiosas”. Uma proposição particular pode ser singular, quando o sujeito se refere a um indivíduo: “Esta flor é bonita”, “São Paulo é uma bela cidade”, “Sócrates é filósofo”.

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Ex.O mercúrio é um metal.Ora, o mercúrio não é sólido.

Logo, algum metal não é sólido.

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4. Tipos de Argumentação Dedução – o enunciado da

conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito. O silogismo é um raciocínio que parte de pelo menos uma proposição geral e cuja conclusão pode ser uma proposição geral ou uma proposição particular.

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Nos exemplos a seguir, a primeira dedução parte de premissas gerais e chega a uma conclusão também geral; no segundo caso, a conclusão é particular:

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Todo brasileiro é sul americano. Todo paulista é brasileiro. Todo paulista é sul americano.

Todo brasileiro é sul americano.

Algum brasileiro é índio. Algum índio é sul americano.

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Indução - é uma argumentação pela qual, a partir de diversos dados singulares constatados, chegamos a proposições universais. Enquanto na dedução a conclusão deriva de proposições universais já conhecidas, a indução, ao contrário, chega à conclusão a partir de evidências parciais.

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Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...; logo, a água ferve a cem graus.

O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, e o ferro, e o zinco, e a prata também...; logo, o metal (isto é, todo metal) é condutor de eletricidade.

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Analogia – é uma indução parcial ou imperfeita, na qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que, embora diferentes, apresentam ponto de semelhança:

Paulo sarou de suas dores de cabeça com este remédio.

Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com este mesmo remédio.

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Falácias – é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter a aparência de correção. É conhecida também como sofisma ou paralogismo. Muitas falácias decorrem do fato de algumas premissas serem irrelevantes para a aceitação da conclusão, mas são usadas com a função psicológica de convencer, mobilizando emoções como medo, entusiasmo, hostilidade ou reverência. Geralmente é algo usado para que você acredite, quando, na verdade, você está sendo enganado.

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Argumento de autoridade - trata-se de recurso desviante, em que é usado o prestígio da autoridade para outro setor que não é da sua competência. Ex. quando artistas famosos vendem produtos ou até idéias.

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Argumento contra o homem – consideramos errada uma conclusão porque parte de alguém por nós depreciado. Ex. desvalorizar a filosofia de Francis Bacon porque ele perdeu seu cargo de Chanceler da Inglaterra depois de serem constatados atos de desonestidade.

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Raciocínio circular – é aquele em que se diz a mesma coisa duas vezes, só que dispondo uma das vezes como justificativa da outra. Ex. “O biscoito .... vende mais porque é fresquinho e é fresquinho porque vende mais.”

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Apelo ao povo – quando buscamos legitimar nossa fala alegando que ela é sustentada por todos ou pela maioria. Ex. “Todo mundo vai, porque eu não posso ir?”

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Apelo à piedade – quando vale-se da emoção como forma de obter a adesão do auditório. Ex. “Não é possível que eu reprove nesta matéria, já que passei a semana inteira estudando!”

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Generalização apressada – quando, a partir de algo que tem como referência uma coisa específica, amplia-se e aplica-se a todos os casos, incluindo “gregos e troianos”. Ex. “O jornal publicou uma pesquisa afirmando que a maioria dos pobres já cometeu algum tipo de furto na vida. Por isso é preciso ter o máximo cuidado com as empregadas lá de casa...”

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Apelo às conseqüências – consiste em nos fazer pensar nas conseqüências de nossas afirmações e assim “balançar” nossa adesão. Ex. “Não se pode aceitar a Teoria da Evolução como verdadeira, pois, se o fosse, como explicar que somos tão superiores aos macacos?”

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Apelo à força – é a fronteira entre o verbal e o “braçal”. É muito comum e pode vir mascarado de muitas sutilezas. Ex. “É importante que você saiba das conseqüências desagradáveis que advirão da sua discordância dessa opinião.”