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lº CURSO UE GEOLOGIA uE CAMPO UO G GE'I
C. Coke & R. Dias
Reunião organizada por: - Grupo de Geologia Estrutural e Tectónica
/ Sociedade Geológica de Portugal com a colaboração de:
- Departamento de Geologia da Fac. Ciênc. Univ. Lisboa
- Departamento de Geociências da Univ. Trás-os-Montes e Alto Douro
235e 26 de JULHO DE 1994
INTRODUÇÃO
A possibilidade de realização de um curso de campo na região do Marão, teve desde o início
uma larga aceitação, que se traduziu por um elevado número de pré-candidaturas. A
inscrição, não só de licenciados, mas também de alunos de vários anos do curso de
Geologia, obrigou a tentar programar um curso que, de algum modo, pudesse abranger este
vasto leque de interesses; a região do Marão possibilita isto. Com efeito, as boas condições
dos afloramentos permitem que num mesmo local possam ser mostrados diversos aspectos
geológicos, desde estruturas elementares, até situações de deformação mais complexas.
Embora preconizemos que um curso de Geologia de Campo, deve ser essencialmente
prático, achámos bem elaborar um pequeno guia com alguns conceitos gerais, que para
alguns poderão parecer demasiado elementares, mas que para outros irão permitir um melhor
acompanhamento dos trabalhos de campo. Neste livro-guia, para além destas noções
elementares de Geologia, apresenta-se também um pequeno texto de enquadramento
geológico das áreas que iremos estudar.
A terminar não queremos deixar de agradecer a colaboração prestada quer pela Secção de
Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, quer pelo Departamento de
Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa. Este 1 Q Curso do GGET não teria sido
possível sem a colaboração prestada pelos colegas Eurico Pereira, Pedro Terrinha e Manuel
Francisco.
1 - LOCALIZAÇÃO
Localizada em plena SeITa do Marão a cerca de 12 km a WSW de Vila Real a área a visitar,
está compreendida entre os V.G. de Fragas de Ermida a S e de Freitas a N .
2 - ENQUADRAMENTO REGIONAL
Situa-se em pleno autóctone da Zona Centro Ibérica confrontando a W com os terrenos
parautóctones que constituem o prolongamento das Unidades de Mouquim e de Canadelo,
recentemente estudadas por Pereira, (1987), às quais atribuiu a idade Silúrico Superior -
Devónico Inferior.
Num corte efectuado segundo a direcção WSW-ENE a localização da Serra do Marão ocupa
uma posição central na estrutura em leque que assume a Zona Centro Ibérica, apresentando
as dobras DI, como adiante veremos, uma vergência para NE.
B
Fig. 1.
as • Alóctone Superior op ·Ofiolito ai· Alóctone Inferior pa - Parautóctone
ZCI • Zona Centro Ibérica ZOAL • Zona Oeste Asturico Leonesa ZOM· Zona Ossa Morena
ZC . Zona Cantábrica 1:'~'!4 Substracto
w E
A. Aspectos principais de uma geotransversal ao longo da Zona Centro Ibérica no Norte de Portugal. B. Interpretação esquemática da geotransversal em termos de "flake" tectónica. (Adaptado de RIBEIRO et aI.. 1988).
2
3 - ENQUADRAMENTO LITOESTRATIGRÁFICO
Um pouco à laia de introdução importa aqui deixar claro uma certa confusão existente no uso
e aplicação de alguns tennos de índole litoestratigráfica. Assim; por Formação deve
entender-se a unidade básica da classificação litoestratigráfica. O grau de diferenciação das
características litológicas que as define é variável e depende da complexidade regional e do
critério do seu autor. As características definidoras das diferentes fonnações, para uma dada
região, devem ser suficientemente distintas de modo a pinnitir a sua fácil individualização e
cartografia.
As formações dividem-se em membros e camadas e reúnem-se em grupos. Os grupos
deverão incluir no nome uma designação geográfica correspondendo à região-tipo.
o termo complexo designa uma unidade constituida por diversos tipos de uma ou várias
categorias de rochas (sedimentares, ígneas ou metamórficas) em que a sua estrutura é tão
complicada que a sucessão original dessas rochas não é decifrável. Os limites das unidades
estratigráficas devem corresponder a mudanças litológicas nítidas ou, então, terão de ser
estabelecidos arbitráriamente nas zonas de transição.
Agora sim, podemos retomar o assunto a que se refere o título acima
Um pouco à semelhança com o que sucede com os terrenos autóctones Ordovícicos da
região, foram individualizadas duas fOlmações:
- Uma qUaI1zítica na base, assentando em discordância
sobre a Fonnação da Desejosa do Grupo do Douro e
- Uma Formação Xistenta a topo.
Devido à ocorrência de elevado número de acidentes na zona, foi impossível seleccionar um
local que reunisse as condições ideais do ponto de vista estratigráfico para a realização de um
perfil tipo. No sentido de se ultrapassar o problema, segmentou-se o dito perfil em duas
partes. Um IQ segmento localizado a cerca de 700m a ESE do VG Marão e um 2Q segmento
600m a SE do anterior.
Da base para o topo temos:
3
FORMAÇÃO QUARTZITICA
CONGLOMERADO DE BOJAS - Esta unidade é constituída por um conglomerado
grosseiro poligénico. Na base predominam elementos de grauvaques e xistos,
observando-se em alguns deles o listrado típico da Formação da Desejosa. Para o topo
predominam os elementos de quartzo leitoso, apresentando por vezes dimensões
superiores a 10em. A matriz é metarenítica, quartzo-fIlítica e em alguns níveis sericítica.
Em vários locais foi observado um quartzito impuro, fino, cinzento claro, matriz
sericítica com espessura variável que recentemente se verificou tratar-se de material de
natureza vulcânica. Na nascente do Ribeiro da Ponte Velha a ESE do V.G. Marão
foram registadas estruturas filoneanas intersectando a estratificação A espessura total
ronda os 100m.
QUARTZITOS IMPUROS - São constituidos por alternâncias de bancadas centimétricas a
decimétricas de xistos por vezes grafitosos e xistos psamíticos com bancadas bastante
espessas de quartzitos impuros de grão médio a grosseiro apresentando geralmente uma
cor rosada. Esta cor bem como a presença de grãos de Quartzo de natureza vulcânica (?)
parecem estar associados ao vulcanismo relacionado com as estruturas filoneanas
observadas na unidade anterior. Na sua base ocorrem com frequência níveis
conglomeráticos de espessuras superiores a 1m sendo os elementos subangulosos de
quartzo leitoso e em menor quantidade de quartzito e xisto cinzento ou negro numa
matriz metarenitica. A espessura total ronda os 120m.
QUARTZITOS SEM FERRO - Esta unidade é constituida por quartzitos maciços, por vezes
impuros em bancadas métricas, alternando com leitos de xisto ou psamito muito bem
definidos. É frequente a ocorrência de leitos conglomeráticos, quer com características
semelhantes à unidade anterior, quer apresentando essencialmente elementos de quartzo
leitoso de vários calibres, constituindo óptimos níveis guias. A espessura total é cerca
de 110m.
QUARTZITOS COM FERRO - Caractelizam-se pela presença de ferro. Este ocorre quer em -
bancadas métricas de qurutzitos maciços quer em bancadas decimétricas a centimétricas
de xistos negros ou xistos psamíticos que com aqueles alternam. As espessuras das
bancadas de quartzitos diminuem para o topo da unidade e as de xisto aumentam. A
espessura desta unidade ronda os 130m.
4
PSAMITOS SUPERIORES - É uma unidade constituida por uma alternância de leitos
centimétricos a milimétricos de metassiltitos e filitos, conferindo um aspecto bandado à
unidade. Estes leitos bem definidos apresentam pequenas variações laterais de
espessuras. Na base, os leitos metassiltitos são mais espessos, ~acto que se inverte para
o topo da unidade. São frequentes as ocorrências de ferro principalmente na base. A
espessura total e cerca de 90m.
FOR}v1AÇÃO XISTEt .. rrA: Inicia-se com o desaparecimento dos leitos de metassiltitos. Esta
formação é constimida por xistos cinzentos a negros geralmente com quiastolites, com
aspecto monótono. A sua espessura é superior a 300m.
COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA SINTÉTICA
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Formação Xistenta - Xistos filito-grafitosos e xistos ardosíferos, xistos quiastolíticos
filitos cinzentos com raros níveis de metassiltitos.
Psamitos Superiores - Alternância de metassiltitos e filitos com alguns níveis de ferro
(Fe) intercalados em bancadas pouco espessas .
Quartzitos com Ferro - Alternâncias de quartzitos espessos e mitos em bancadas fi
nas com níveis de ferro (Fe) intercalados.
Quartzitos sem Ferro - Alternância de quartzitos espessos com intercalações conglo
meráticas e filitos em bancadas finas .
Quartzitos Impuros - Quartzitos impuros espessos com intercalações conglomeráticas
e matriz metarenítica-sericítica.
Conglomerado de Bojas - Conglomerado poligénico grosseiro de matriz metarenítica.
Formação da Desejosa - Alternância de mitos cinzentos e negros com níveis de me
tassiltitos e metagrauvaques.
5
4 - TEcrÓNICA
Na área estudada, a I ª Fase de Deformação Varisca assume particular importância e foi sobre
ela que incidiu este estudo. Mais para N e W quando nos aproximamos das formações
alóctones as fases seguintes começam a estar melhor representadas.
A I ª fase é caracterizada pela ocorrência de um dobramento intenso observado ao longo de
toda a área.
As dobras apresentam estilos diversos. Nas bancadas mais competentes de quartzitos são
mais expressivas. A vergência faz-se para NE.
o eixo das dobras apresenta uma atitude média de 10-12°; N 600W. A clivagem é de plano
axial apresentando uma direcção N60° W e um pendor elevado.
As lineaçôes de intersecção LI = SO/SI são subparalelas ao eixo das dobras. Comparando as
lineações LI do Ordovícico com as do Câmbrico (Formação da Desejosa do Grupo do
Douro) verificamos que estas apresentam pendores mais elevados e uma maior dispersão
facto que poderá dever-se à existência de um dobramento anterior possivelmente de uma fase
de deformação anterior (fase Sarda). Esta diferença de pendores evidencia também de forma
clara a discordância angular existente entre o Ordovícico e o Câmbrico.
o estiramento faz-se subparalelamente ao eixo das dobras mergulhando 3° para N 54° W. -
Como resultado deste estiramento podemos observar nas bancadas competentes de quartzito
mais puro a ocorrência de boudins com os eixos a penderem 14° para N 29°E.
Durante a formação das dobras e estruturas associadas desenvolvem-se grandes zonas de
cisalhamentos em regime frágil-dúctil, subparalelos à clivagem SI, é o caso da Falha do
Freitas e da Nascente da Ribeira do Ramalhoso. O sentido sinistrógiro destes cisalhamentos
põe em evidência o regime transpressivo esquerdo típico no ramo Sul do Arco lbero-
_ Annoricano.
No que se refere às estruturas frágeis destacam-se 4 fann1ias principais de falhas:
N 55 W Esquerdas/Cavalgantes
N 25 W Direitas
N-S Direitas e Normais e
N 40 E Esquerdas com componente normal dominante
6
INTERPRETAÇÃO DINÂMICA
Tratando-se de uma deformação progressiva, o campo de tensões ao longo da primeira fase
de deformação foi sofrendo modificações sendo possível evidenciar três estádios principais.
Num primeiro estádio da deformação (DIa), a tensão compressiva máxima 0'3 estaria
segundo a direcção WSW-ENE e seria responsável pelo dobramento intenso e pelos
cavalgamentos para NE. 0'1 ocuparia a posição subvertical e 0'2 subparalelo ao eixo das .
dobras.
Num segundo estádio da deformação (DIb) ter-se-ia verificado um ligeiro abrandamento da
compressão. A tensão compressiva máxima 0'3 teria rodado para a direcção NE-SW
enquanto que a tensão intermédia 0'2 passaria a ocupar a posição subvertical e a tensão
mínima 0'1 ocuparia agora a posição subhorizontal. Este campo de tensões aliado ao regime
transpressivo agora instalado seriam responsáveis pela ocorrência dos principais
desligamentos esquerdos subparalelos às estruturas e pelos cavalgamentos para SW.
Num terceiro estádio da deformação (Dlc), já em regime frágil ter-se-ia verificado um
decaimento significativo do valor da compressão passando a tensão máxima 0'3 para a
posição subvertical, a2 dispor-se-ia NE-SW e sI NW-SE. Este campo de tensões provocaria
o aparecimento de falhas com uma componente normal dominante. As falhas N400E por se
situarem numa posição mais próxima da tracção seriam preenchidas por quartzo filoniano
com sulfuretos associados.
7
•
CARTA GEOLÓGICA ESQUE~TICA E DE ESTRUTURAS MACROSCOPICAS
I I
: FREITAS ,
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UoMo geológico l'
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Ardonna .,vertido com tndcaçio do mergulho do eixo
+ Honzontal
I~-~' -r ._- l + Polaridade invertida -... -_ ........ Vertical
ESCALA " 15 000
FRAGAS DA ERMIDA
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DESCRIÇÃO DAS ÁREAS A ESTUDAR
P ARAGEM A - CORTE DO FREITAS
Neste corte, feito ao longo da estrada Alto de Espinho - Marão, é possível
observar as principais unidades geol6gicas da região. O interesse principal
desta paragem reside no facto de permitir aos participantes tomarem
contacto com as litologias regionais e com o modo como se faz a transição
entre as várias unidades. Como este corte é realizado ao longo das barreiras
de uma estrada, é possível ter uma visão bastante completa da sucessão
litol6gica regional, o que permitirá a elaboração de uma coluna
litoestratigráfica (LOG).
PARAGEM B - CORTE DE ERMIDA
Na paragem anterior foi possível observar uma sequência litoestratigráfica
bastante completa devido à abertura artificial de barreiras; aqui o que se
pretende fundamentalmente é mostrar a situação mais frequente de
afloramento, na qual o geólogo apenas dispõem de informação muito
parcelar para reconstituir a sucessão regional. Deste modo, iremos aqui
tentar mostrar como marcar contactos entre várias unidades do Paleozóico
que apresentam características litol6gicas muito semelhantes. Para além
disto será ainda possível observar uma situação típica de discordância
angular formada pelo contacto entre o Grupo do Douro (Formação da
Desejosa) e o membro da base do Ordovícico (Conglomerado de Bojas).
O controlo cuidadoso das relações estruturais permitirá a elaboração de um
perfil geológico detalhado, bem como a determinação da posição das
estruturas geradas durante a orogenia varisca.
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PARAGEM C -V.G.MARÃO
As espectaculares condições de afloramento permitem ter uma visão
bastante completa da estrutura da Serra do Marão. Com efeito, o encaixe
do Rio das Bojas originou um "corte geológico nátural" com mais de 500
metros de desnível, onde é possível observar situações complexas de
dobramento e acidentes. Para além disto será ainda possível ver e analizar.
- Critérios de polaridade (estratificação entrecruzada, gradação,
bilobites e figuras de carga);
- Dobras: Flancos, planos axiais e eixos;
- Relações geométricas entre a estratificação (SO), a clivagem (SI), a
lineação de intersecção (LI), o estiramento (Xl) e os boudins;
- Influência da litologia na génese da clivagem;
- Estratificação activa (estrias no plano de So e clivagem sigmoidal);
- Utilização dos icnofósseis (Skolithos) para a determinação do
sentido de cisalhamento.
PARAGEM D - ZONA DO RIO TEIXEIRA
Nesta região observa-se o contacto entre a unidade dos Psamitos
Superiores e a Formação Xistenta, o qual poderá ser facilmente seguido no
decorrer deste curso de campo. Os Psamitos superiores caracterizam-se por
uma alternância centimétrica a milimétrica de pelitos e psamitos
aumentando a importância da componente mais fina quando nos'
aproximamos da Formação Xistenta. O elevado contraste de viscosidade
aliado ao aumento gradual da importância dos leitos peliticos para o topo
origina estruturas particulares (e. g. dobras, clivagens, fold mullions).
9
PARAGEM E - REGIÃO DE VILA COVA
Nesta região iremos fazer um corte ao longo da Fonnação Quartzítica, a
qual apresenta numerosas dobras mesoscópicas bem desenvolvidas. Ao
longo deste corte é possível estudar com pormenor as relações
estratificação / clivagem ao longo da estrutura. Para além disto é possível
observar diversos aspectos estruturais ligados à defonnação varisca.
PARAGEM F - MINAS DE MARIA ISABEL
Ao longo desta região iremos fazer um corte no núcleo da estrutura
observada na paragem C. Aqui será possível observar com pormenor
vários exemplos de dobras mesoscópicas geradas pela deformação varisca;
nalguns casos iremos ver estruturas complexas de associação de dobras e
falhas.
Neste corte iremos ainda observar diversos aspectos induzidos por três dos
principais acidentes que cortam a estrutura da serra do Marão: Falha do
Freitas, Falha da Mina e Falha de Bojas.
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ESTRUTURAS SEDIMENTARES
Podemos definir estrutura sedimentar como sendo a disposição mais ou menos
geométrica dos elementos que constituem o sedimento. Esta organização das partículas está
relacionada com as condições ambientais que existiam aquando da sua deposição ou, por
outras palavras, é uma consequência dos agentes geológicos e dos processos físicos
(predominantes), biológicos e químicos.
Para além das informações de carácter paleogeográfico que estas estruturas nos
fornecem, permitem-nos também reconhecer a ordem de deposição dos sedimentos ou a sua
polaridade. Esta informação é de primordial importância na interpretação estrutural já que
possibilita o conhecimento da posição (normal ou invertida) de um estrato.
As estruturas sedimentares primárias são aquelas cuja génese é contemporânea do
depósito ou ligeiramente posterior mas precedendo sempre a consolidação da rocha onde se
encontram.
Consideraremos dois aspectos principais:
o ES1RA TIFICAÇÃO INTERNA
o FIGURAS NOS PLANOS DE ESTRATIFICAÇÃO
1. ESTRATIFICAÇÃO INTERNA. Muitas vezes é possível observar uma disposição
particular nos elementos constitutivos de uma camada, principalmente nas de
origem detrítica. Algumas das estruturas internas que poderemos encontrar são as
seguintes:
A. Maciça. As partículas distribuem-se de forma homogénea a uma escala
macroscópica. No entanto quando observadas em lâmina delgada ou ao raio X,
poderão apresentar laminações (Fig. l-A).
B. Laminada ou folhe/ada.
v Laminação horizontal ou planar - As partículas dispõem-se segundo
folhetos paralelos à estratificação e paralelos entre si (Fig. I-B).
12
v Estratificação oblíqua. O material granular dispõe-se em folhetos
obliquamente à superfície de estratificação (Fig. l-C). Neste caso é possível
inferir o sentido da corrente.
v Estratificação entrecruzada. Os folhetos dispõein-se obliquamente à
estratificação mas com inclinações contrárias em cada cíclo, correspondendo a
uma mudança no sentido da corrente. Por vezes o ciclo seguinte é iniciado
por uma erosão penecontemporânea da deposição que trunca a parte superior
das lâminas. Neste caso é possível inferir a polaridade (Fig. I-D).
C. Granotriagem .. É frequente em sedimentos detríticos cujas partículas
apresentam dimensões entre os calhaus (64mm - 4mm) e argilas « 1/256mm)_ Os
contactos superior e inferior com as bancadas vizinhas são bastante nítidos.
Verifica-se geralmente uma variação de cor associada à dimensão das partículas.
desde a areia quartzosa de cor clara à argila de tonalidade mais escuraA
granotriagem pode ser vertical e horizontal. A vertical designa-se por positiva
se tivermos na base os elementos de maiores dimensões correspondendo neste
caso a uma perda de energia do meio (Fig. I-EI). Se as partículas de menor
calibre se posicionarem na base teremos uma granotriagem negativa
correspondendo neste caso a um aumento de energia do meio (Fig. I-E2).
Quando se verifica um aumento do calibre das partículas a partir da base até
certa altura e em seguida uma diminuição para o topo dizemos que a
grano triagem vertical é simétrica negativa. Se houver uma dimunuição seguida
de um aumento do calibre das partículas teremos uma granotriagem vertical
simétrica positiva.. A granotriagem vertical é um critério de polaridade
ambfguo que deve ser controlado com outros critérios.
D. Imbricação de calhaus. De uma forma geral a maior dimensão dos calhaus
dispõe-se paralelamente à superfície de deposição. No entanto por acção da
corrente de um fluído (água ou ar) os calhaus tendem a imbricar-se.
mergulhando para montante (Fig.l-F). As estruturas sedimentares deste tipo são
bons indicadores de paleocorrentes.
2. FIGURAS NOS PLANOS DE ESTRATIFICAÇÃO. Estas figuras podem ocorrer quer na
face superior (topo) quer na face inferior (base) das bancadas.
13
A. Na face inferior das camadas.
v Figuras de carga (LOAD CASTS). Resultam geralmente de uma carga
desigual sobre a argila mole hidroplástica. A areia afunda-se na argila
subjacente, independentemente da existencia de depressões pré-existentes.
Apresentam geralmente o aspecto bulboso e constituem bons critérios de
polaridade (Fig.l-G).
v Marcas orgânicas (TRACE FOSSILS). Estas estruturas resultam da actividade
de organismos. São moldes de pistas ou pegadas. Um exemplo muito
frequente destas estruturas são as cruzianas. Tratam-se de pistas constituídas
por dois sulcos paralelos. A partir da zona axial partem nervuras dispondo-se
oblíqua ou transversalmente ao eixo central (Fig. l-H). Constituem óptimos
critérios de polaridade.
v Figuras de corrente. Estas marcas são feitas pela acção de correntes na
superfície da lama e podem ser provocadas por dois agentes diferentes,
adquirindo cada uma um aspecto bastante peculiar.
n Moldagens cónicas (FLUTE CAST). São geradas pela própria corrente e.
têm a forma de sulcos de forma cónica (Fig. l-I). Estas estruturas
constituem bons critérios de polaridade e indicadores de paleocorrentes ( a
corrente evolui da parte mais estreita para a parte larga).
n Estrias e caneluras (GROOVE CAST). São marcas feitas no sedimento do
fundo por material diverso arrastado pela corrente. Estes materiais podem
ser fragmentos de madeira, de conchas, escamas de xisto ou grãos de
areia. As marcas produzidas traduzem-se por sulcos alongados (Fig. 1-1).
Estas marcas indicam a direcção da corrente e nos casos em que o objecto
escavador se encontra no final do sulco podemos concluir também sobre
o seu sentido.
n Moldes de impacto (PROD CAST e BOUNCE CAST). Resultam do impacto de
objectos no fundo lodoso; eventualmente dão-nos o sentido da corrente.
B. Na face superior das camadas.
v Marcas de ondulação (RIPPLE MARKS). São marcas de ondas manifestadas sob a forma de cristas e vales subparalelos. Estas marcas apresentam essencialmente perfis de dois tipos:
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n Marcas de ondulação assimétricas. São produzidas por correntes
transversais. A corrente desloca-se para a parte abrupta da crista,
transversalmente a ela (Fig. l-K). São pouco utilizadas como critérios de
polaridade por se confundirem com os contra-moldes.
n Marcas de ondulação simétricas. São produzidas por oscilação ou por correntes longitudinais. Indicam-nos a direcção da corrente mas não o sentido (Fig. l-L).
v Fendas de dessecação (MUD-CRACKS). São fendas encerrando polígonos de faces aplanadas ou ligeiramente encurvadas de um número reduzido de lados. Revelam ambientes continentais e correspondem a períodos de emersão. São bons critérios de polaridade (Fig. l-M)o
Em alguns casos a estratificação pode ser deformada por processos contemporâneos do fim da sedimentação. Esta deformação pode traduzir-se por:
n Camadas convolucionadas (CONVOLUTE BEDDING). Estas estruturas traduzem-se por uma convulsão no interior da camada não afectando as superfícies da camada. São frequentes em sedimentos arenosos finos (Fig.
l-N)o
n Estruturas de escorregamento (SL UMPING). São estruturas convolucionadas em que toda a camada é afectada, resultando uma nova configuração. São devidas a escorregamentos dos sedimentos depositados em ambientes aquáticos, geralmente marinhos (Fig. 1-0).
n Pseudo-nódulos (pseudonodules). Trata-se de uma estrutura do úpo figura de carga em que o afundimento exagerado, geralmente de um arenito ou um siltito numa camada mais plástica de argila, leva a que a vasa subjacente perca toda a aderência com a camada arenosa original. O seu aspecto é de uma almofada com a face inferior convexa e a face superior aplanada (Fig. I-P). Estas estruturas constituem óptimos critérios de polaridade.
n Estruturas de origem orgânica. São formadas por organismos que vivem no sedimento.
v Skolithos. Trata-se de uma toca vertical ou subvertical construida num sedimento geralmente arenoso (Fig. l-Q). É um bom critério de polaridade.
15
ESTRUTURAS TECTÓNICAS
DOBRAS
A resposta das rochas à tensão em regime dúctil traduz-se na modificação de superfícies
originalmente planares para superfícies não planares dobradas.
O aspecto das dobras é bastante variado sendo detenninado por múltiplos factores, litologia,
condições da tensão, etc.
As dobras podem ser descritas e classificadas de acordo com o seu aspecto geométrico.
Por antiforma designa-se urna dobra com o fecho para cima e um sinforma se o fecho está
para baixo (Fig.2).
Fig. 2 - a. Antiforma b. Sinforma
Se a sucessão estratigráfica for conhecida e se as rochas mais antigas se situarem no núcleo
da dobra ternos um anticlinal (Fig.3a). Se por outro lado as rochas mais modernas
ocuparem o núcleo da dobra estaremos em presença de um sinclinal (Fig.3b).
a b
Fig. 3 - a. Anticlinal b. Sinclinal
17
Quando a dobra tem o fecho para cima e o seu núcleo é ocupado pelas rochas mais recentes
dizemos que estamos em presença de um antiforma sinclinal (FigAa). Quando a dobra fecha
para baixo e o núcleo é ocupado pelas rochas mais antigas temos um sinforma anticlinal
(Fig.4b).
a
Fig. 4 - a. Antiforma Sinclinal b. Sinforma Anticlinal
A linha de charneira de uma superfície simplesmente dobrada é constituida pelo conjunto
dos pontos de inflexão dessa supelfície ou por outras palavras é a linha de máxima CUIVatura
dessa superfície dobrada. O plano que contêm as linhas de charneira de um conjunto de
bancadas dobradas designa-se por plano axial. Quando este plano é CUIVO é geralmente
designado por superfície axial.
A linha de charneira separa os dois flancos de uma dobra.
O comprimento de onda de uma dobra é a distância entre duas linhas de charneira adjacentes
(Fig.5).
Fig. 5 - À = Comprimento de Onda. a = Amplitude
18
o afastamento entre pontos de inflexão contrários do mesmo flanco designamos por
amplitude.
Designa-se por eixo de uma dobra a linha que deslocada paralelamente a si própria gera a
dobra. Não deve ser confundida com linha de charneira. Tratando-se de dobras cilindricas
estas duas linhas são paralelas. As dobras não cilíndricas não possuem eixo.
A vergência de uma dobra é o sentido para onde se processou o movimento, por outras
palavras é para onde as dobras "olham" (Fig. 6).
Fig. 6 - Vergência de uma dobra
As rochas sedimentares e metamórficas apresentam muitas vezes uma trama interna que
permite a sua separação por planos constantemente espaçados. Estes planos designam-se por
planos de clivagem. São estruturas penetrativas à escala do afloramento. A clivagem está
geralmente associada a dobras, sendo na maior parte dos casos subparalela à superfície
axial.
Da intersecção das superfícies de clivagem (S 1) com a superfície de estratificação (SO) resulta
uma lineação que designaremos por (LI). Estas estruturas apresentam-se geralmente
subparalelas ao eixo das dobras (Fig. 7).
Fig. 7 - Principais estruturas associadas ao dobramento
19
A defonnação responsável pelo dobramento provoca geralmente uma reorientação dos
minerais que constituem a rocha. Estes orientam-se de acordo com as direcções dos eixos
componentes da tensão. A maior superfície do mineral dispõem-se perpendicularmente à compressão máxima e o seu maior comprimento tende a dispor-se paralelamente à tensão.
mínima, geralmente com características distensivas. Esta disposição dos minerais
constituintes da rocha sedimentar ou metamórfica vai contribuir para que ela adquira uma
maior fissilidade segundo estes planos designados de clivagem. Em muitos casos é possível
observar nestes planos lineações devidas ao alinhamento dos grãos segundo a direcção do
estiramento. Esta lineação, geralmente muito ténue e difícil de observar designa-se por
lineação de estiramento.
Quando estamos em presença de rochas xistentas é frequente observar nas superfícies de
clivagem ou de estratificação pequenas crenulações. As lineações definidas pelas linhas de
charneira destas microdobras designam-se por lineaçóes de crenulação (Fig.8).
Fig. 8 - Lineações de crenulação
Outro tipo de estruturas que ocorre também com uma certa frequência são os "boudins".
Estas eSU'uturas resultam do estiramento de bancada competentes. O estiramento vai provocar
um estrangulamentos ao longo da bancada adquirindo esta, em secção longitudinal ao
estiramento, o aspecto de chouriços ("boudins") (Fig.9).
Fig. 9 - Bancada competente "Boudinada".
20
FALHAS
As falhas são descontinuidades planares ao longo das quais ocorreu um deslocamento
significativo. Estas estruturas fonnam-se geralmente em regime semi-dúctil a frágil.
Podem ser de vários tipos:
Tipo de falha Geometria Movimentação relativa dos dois blocos
Estrias
Desligamento Vertical a subvertical Paralela à direcção do Horizontais
Verticais
Normais
Inversas
Oblíquas
(Em geral) plano de falha
Vertical
Muito inclinada (Em geral)
Pouco inclinadas (Em geral)
Qualquer tipo
Paralela à inclinação do plano de falha
Paralela à inclinação do plano de falha c/ descida do bloco superior
Paralela à inclinação do plano de falha c/ subida do bloco superior
Oblíqua à direcção e inclinação do plano de falha
Verticais
Segundo a inclinação do plano de falha
Segundo a inclinação do plano de falha
Oblíquas
Fig. 10 - Principais tipos de Falhas
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Esquema
ESTRUTURA
" r
ESTRUTURA Plano axial do kink
ESTRUTURAS DOBRADAS
o QUE SE MEDE
Atitude da superfície axial (Direcção; Inclinação)
Atitude do eixo da dobra. (Inclinação;Direcção)
Vergência (Direcção).
Atitude da clivagem em torno da dobra.
(Direcção; Inclinação)
Ângulo interflancos.
Atitude dos eixos de Boudins (Inclinação; Direcção)
QUE OBSERV AÇÓES SE REGISTAM
Natureza da superfície axial. Relação da superficie axial com o grupo de dobras.
Natureza da linha de chameira- direita ou curva.
Vergência e sentido de assimetria das dobras de arraste.
Aspecto da clivagem.
Natureza dos flancos - planares ou curvos.
Dimensões dos boudins
BANDAS DE "KINKS"
o QUE SE MEDE QUE OBSERVAÇÓES SE REGISTAM
Orientação da foleação fora das
E· d kink bandas de Kinks "'" IXO o
Natureza da foleação afectada pelas bandas kink Natureza da foleação nas bandas kink
{ "'--_-:--..Y
Foleação no interior da banda kink Foleação exterior à
banda kink
" -
°3
l Bandas kink conjugadas
"
°3
Orientação do plano axial do Kink.
Orientação do plano axial da banda Kink conjugada.
Angulo normal ou inverso entre o kink e a foleação média.
Ângulo entre as bandas kink conjugadas
Linha de intersecção das bandas Crenulações/lineações associadas à banda kink kink conjugadas
Eixo da dobra das bandas kink Largura da zona de cisalhamento
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No Plano de Clivagem de 1ª Fase (SI)
ESTRUTURA
P'.a1l0 de eh? Com , -~L!C1i .. s=
S, id iEst",:if:c:;ç.i"
Estn~ifll::!ç'.ão
Em terrenos polifasicos
Do"'~ do =n~.
~ 5,
o QUE SE MEDE QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Clivagem (Dir.; IneI.)
Lineação de intersecção SO/SI (Incl; Dir.)
Lineação de estiramento (Incl.; Dir.)
L2 em SI - Intersecção de clivagens posteriores no 19 plano de clivagem isto é, lineações de crenulação
Posição da SI em relação a SO Natureza da clivagem Refracção Sentido da vergência
Natureza da lineação
Natureza da intersecção da clivagem de segunda fase com a de primeira fase
No Plano de Clivagem de 2ª Fase (S2)
ESTRUTURA
S2 (Geralmente uma clivagem de crenulação ou xistosidade)
Plano de 52
SI crenulado
L2 intersecção S 1/S2
Plano de S2
Plano de S2
Elongação dos minerais
ML,
o QUE SE MEDE
Clivagem S2 (Dir.; lncl.)
L2 (intersecção de SI com S2)
LO/2 - Lineação de intersecção entre SO e 52
Estiramento dos minerais no plano de S2
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QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Natureza da S2: Posição da S2 em relação a. SI em relação aSO.
Vergência
Natureza da lineação
ESTRUTURA
FALHAS COMPRESSIVAS
o QUE SE MEDE
Atitude do plano de falha (Dir.; Inc!.)
Atitude dos blocos deslocados (Dir.; lnc!.)
Atitude das estrias no plano (lucI.; Dir.)
QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Aspecto do plano (irregular. liso etc.) Largura da caixa de falha Tipo de falha
Separação estratigráfica Sentido de movimento Sentido de cisalhamento
Natureza das estrias Sentido de movimento Relações com outras falhas
FALHAS DISTENSIV AS
o QUE SE MEDE
Atitude do plano de falha (Dir.; lnc!.)
Atitude dos blocos deslocados (Dir.; lnc!.)
Atitude das estrias no plano (lnc!.; Dir.)
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QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Aspecto do plano (irregular. liso etc.) Largura da caixa de falha Tipo de falha Curvat1..(a do plano
Separação estratigráfica Sentido de movimento Sentido de cisalhamento
Natureza das estrias no plano de falha Sentido de movimento Relações com outras falhas
FALHAS POR DESLIGAMENTO
ESTRUTURA
Plano de falha
90" 120"
Lineação Slickenside
o QUE SE MEDE
Atitude do plano de falha (Dir.; lnc!.)
Atitude dos blocos deslocados (Dir.; lnc!.)
Atitude das estrias no plano (Incl.; Dir.)
QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Natureza do plano de falha e material de preenchimento Largura da zona de falha
Sentido de movimento Sentido de cisalhamento
Natureza das estrias no plano de falha Sentido de movimento Relações com outras falhas
LINEAÇÕES NO PLANO DE FALHA
ESTRUTURA
Sulcos (Sem crescimento de fibras cristalinas
Plano de falha
Slickensides (com crescimento de fibras cristalinas)
Lineação Slickenside Plano de falha
o QUE SE MEDE
Atitude da lineação
Atitude da superfície da falha (Dir.; lncl.)
Atitude das unidades deslocadas
Atitude da lineação Atitude da superfície da falha (Dir.; lncl.)
Atitude das unidades deslocadas
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QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Natureza dos sulcos
Material de preenchimento
Sentido do movimento no plano de falha Largura da caixa de falha Deslocamento Separaçãoestratigráfica
Natureza das fibras Sentido do movimento Material de preenchimento
Largura da caixa de falha Deslocamento Separaçãoestratigráfica
ZONAS DE CISALHAMENTO
ESTRUTURA
Zona de cisalhamento frágil
'"
Zona de cisalhamento semi-frágil (Fendas de tracção "en echelon")
Trama de solução por pressão
Fendas de tracção "en echclon"
Zona de cisalhamento dúctil
0, Foleação exterior à zona de cisalhamento
-.:::-Foleação interior ,
à zona de cisalhamento \, ",
o QUE SE MEDE
Orientação dos limites da zona de cisalhamento.
Orientação das fracturas Riedel ReR·.
Orientação das fracturas P se estiverem desenvolvidas.
Orientação dos limites da zona de cisalhamento.
Orientação das pontas das fendas.
Orientação das intersecções das pontas com os bordos da zona de cisalhamento
Orientação da trama da solução de pressão com os bordos da zona de cisalhamento
Orientação dos limites da zona de cisalhamento.
Orientação da foleação nos bordos da zona de cisalhamento
Orientação das lineações na zona de cisalhamento
Orientação/vergência de dobras na zona de cisalhamento
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QUE OBSERVAÇÕES SE REGISTAM
Natureza da zona de cisalhamento Largura da zona de cisalhamento
Natureza do material de preenchimenlO
Orientação das fracturas em relação à zona de cisalhamento
Sentido do cisalhamento Deslocamento
Natureza da zona de cisalhamento Largura da zona de cisalhamento
Natureza dos veios (fibrosos ou maciços)
Natureza da foleação na zona de cisalhamento
Sentido do cisalhamento Deslocamento Croquis da zona de cisalhamento
Natureza da zona de cisalhamento Largura da zona de cisalhamento
Natureza da foleação na zona de cisalhamento Sentido do cisalhamento Deslocamento
Natureza das dobras/vergência
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