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LLNii INSIMU SENHOR" og J-111.2: -FEDERAL DA VARA Do. TRABALHO DE SÃO PAULO. MARIA INÊS DE LIMA TARGA, nascida em 21.02.1957, brasileira, solteira, funcionária pública, portadora do RG 5.492.205 - SSP/SP, do CPF 010.314.268-17. da CTPS n" 82.799, série 00108 e inscrita no PIS/PA- SEP sob n° 10111555008, filha de ANNA MARIA DE BERNARDES LIMA TARGA, residente à Rua Engenheiro Junior, 370 — Belém — São Paulo — SP — CEP 03061-040; MARIA DE LOURDES DAMASCENO, nascida em 06.09.1956, brasileira, separada, funcionária pública, portadora do RG 8.707.534 - SSP/SP, do CPI' 107.607.648-32, da CTPS n° 75.426, série 00022 e inscrita no PIS/PASEP sob n" 10644573241, filha de MARIA DE LOURDES DAMASCENO, residente à Rua: Chile, 182 — Pq. Das Américas — Mauá — SP — CEP 09350-639; VANDA BRAULIO LONEL, nascida em 27.02.1955, brasileira, casada, funcionária pública, portadora do RG 7.281.444 - SSP/SP, do CPF 246.931.138-16, da CTPS n" 64.735, série 436 e inscrita no PIS/PASEP sob n° 10413208521, filha de APARECIDA MESSIAS BRAULIO, residente à Rua Liucisa Braziene, 113 — Vila Ana — Mauá -- SP — CEP 09340-490 e MIL SIA REIS, nascda em 01 03.1954, brasileira, divorciada, funcionária publica, portadora do R.G 8.197.510 - SSP/SP, do CPI 605.757 868-68, da CTPS n" 45.332, série 305 e inscrita no PIS/PASEP sob :." 10425642256, filha de ROSA RIBEIRO DOS REIS, residente à Rua: Santo Amaro, 125A — Ipiranga — São Paulo — SP CNP 04235-100. Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8"Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 010-12-001 Fortes—Fax: (011) 32.31-24.79 — 11 - 32.31-5-1.29 - munhoz.o.adv.oahsp.oi:.br,

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LLNii INSIMU SENHOR" og J-111.2: -FEDERAL DA VARA Do. TRABALHO DE SÃO PAULO.

MARIA INÊS DE LIMA TARGA, nascida em 21.02.1957, brasileira, solteira, funcionária pública, portadora do RG 5.492.205 - SSP/SP, do CPF 010.314.268-17. da CTPS n" 82.799, série 00108 e inscrita no PIS/PA-SEP sob n° 10111555008, filha de ANNA MARIA DE BERNARDES LIMA TARGA, residente à Rua Engenheiro

Junior, 370 — Belém — São Paulo — SP — CEP 03061-040;

MARIA DE LOURDES DAMASCENO, nascida em 06.09.1956, brasileira, separada, funcionária pública, portadora do RG 8.707.534 - SSP/SP, do CPI' 107.607.648-32, da CTPS n° 75.426, série 00022 e inscrita no PIS/PASEP sob n" 10644573241, filha de MARIA DE LOURDES DAMASCENO, residente à Rua: Chile, 182 — Pq. Das Américas — Mauá — SP — CEP 09350-639;

VANDA BRAULIO LONEL, nascida em 27.02.1955, brasileira, casada, funcionária pública, portadora do RG 7.281.444 - SSP/SP, do CPF 246.931.138-16, da CTPS n" 64.735, série 436 e inscrita no PIS/PASEP sob n° 10413208521, filha de APARECIDA MESSIAS BRAULIO, residente à Rua Liucisa Braziene, 113 — Vila Ana — Mauá -- SP — CEP 09340-490 e

MIL SIA REIS, nascda em 01 03.1954, brasileira, divorciada, funcionária publica, portadora do R.G 8.197.510 - SSP/SP, do CPI 605.757 868-68, da CTPS n" 45.332, série 305 e inscrita no PIS/PASEP sob :." 10425642256, filha de ROSA RIBEIRO DOS REIS, residente à Rua: Santo Amaro, 125A — Ipiranga — São Paulo — SP CNP 04235-100.

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8"Andar - Conjunto 802 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 010-12-001 Fortes—Fax: (011) 32.31-24.79 — 11 - 32.31-5-1.29 - munhoz.o.adv.oahsp.oi:.br,

Leonardo Arruda MuUluiz

- por seus procuradores que a esta subscrevem, estabelecidos nesta Capital, na Rua Barão de Itapetininga, 297 - 8° andar - cj. 802, - CEP 01042-001, para onde requerem sejam enviadas as notificações, vêm à presença de V.Exa. para propor a presente reclamação trabalhista, pelo RITO ORDINÁRIO, em face da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, inscrita no CNP.' sob n° 71.584.833/0002-76, com sede em São Paulo — Capital, na Rua Pamplona, 227 — 50 andar — CEP 01405-000. pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

1. As reclamantes, são servidoras públicas estaduais, contratados pelo regime da C.L.T. desde 04.03.1988, 23.02.1990, 06.05.1985 e 13.09.19r::0, respectivamente, pertencentes ao quadro da SECRETARIA DA SAÚDE, em São Paulo — SI)-,-onde a primeira exerce a função de Cirurgia Dentista, a segunda de Atendeste dc Enfermagem, a terceira de Auxiliar de Enfermagem e a quarta de Atendeste;

1.1. —As cópias dos demonstrativos de pagamentos anexos, comprovam a contratação das reclamantes, pelo regime da C.L.T.

PRELIMINARMENTE

Como previsto no Estatuto do Funcionário Pábi;co do Estado de São Paulo, os reclamantes, são consideradas SERVIDOR ES PÚBLICOS.

O artigo 205 da Lei Complementar n° 180/78 — Estatuto do Funcionário Público Estadual - é claro ao estabelecer:

LEI COMPLEMENTAR N° 180/78

Artigo 205 — Para os fins desta lei complementar, passam a ser considerados servidores:

I -

III -

- IV - os servidores admitidos nos termos da legisãção trabalhista. (grifou-se)

Assim, diante do referido dispositivo legal estadual, não existe nenhuma dúvida que os reclamantes são servidores públicos estaduais, para todos os efeitos legais.

Leonardo Arruda MUnhoz

DO DIREITO PLEITEADO

a) INTEGRAÇÃO DO PRÊMIO INCENTIVO

Pretendem perceberem as diferenças do 13° Salário e Férias, incorretamente calculados em razão da não inclusão do Prêmio de Incentivo em suas bases de cálculo.

b) DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QÜINQÜÊNIO)

Pretendem receber as diferenças decorrentes do correto cálculo da vantagem do ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QÜINQÜÊNIO), com a inclusão das gratifinações e demais vantagens não eventuais, nos termos do artigo 129 da Con,l-auição Estadual observada a situação funcional de cada reclamante, a ser devidamente apurada em futura fase de liquidação de sentença.

A inclusão das vantagens percebidas pelos reclamantes na base de cálculo do

Adicional por Tempo de Serviço, é inteiramente devida não só por expressa

determinação do artigo 129 da Constituição Estadual, mas também pela

verdadeira natureza jurídica das vantagens, eis que absolutamente integram os

vencimentos /-proventos.

c) DA LICENÇA PRÊMIO

Pretendem obterem declaração do direito à vantagem da licença-prêmio,

correspondendo a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) aios trai 311- ados, com a mesma

igualdade dos servidores efetivos e extranumerários.

DA INTEGRAÇÃO DO PRÊMIO INCETIVO NOS 13° SALÁRIOS E 1/3 DAS FÉRIAS

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

2. Devido à relevância de suas funções, todos w seividores públicos da área da Saúde_ tiveram o reconhecimento por parte do Governo do Estado de São Paulo, com a concessão do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei n' 8.975/94.

1.1•■••,,,t • seszmweffir.,,,,,,,,,,,nua,~,ameassameswomonv‘

AI) V (.) José Maria Ribeíro, Soarés Leonardo Arruda Munhoz

A Lei n° 8.975/94, ao instituir o Prêmio de Incentivo, assim dispôs:

LEI N° 8.975, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1994.

Dispõe sobre a concessão de Prêmio de Incentivo aos servidores em exercício na Secretária da Saúde, nas condições que especifica:

Artigo 1" - Poderá ser concedido, em caráter experimental e transitório, pelo prazo de 12 (doze) meses, Prêmio de Incentivo aos ser ►ciotes em exercício na Secretária da Saúde, objeti-.-ando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde, mediante avaliação dos-seguintes fatores:

Artigo 4° O Prêmio de Incentivo não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como os descontos previdenciários e de assistência médica.

§ único — O valor do Prêmio de Incentivo não será computado no cálculo do décimo terceiro salário a que se refere a Lei Complementar n° 644, de 26 de dezembro de 1989. - (grifou-se)

4. Conforme demonstrado na própria lei qce instituiu o Prêmio de Incentivo - apesar de ser pago de forma habitual e permanente - ficou excluído o seu cômputo no décimo terceiro salário.

5. Posteriormente, houve a prorrogação do pagamento do Prêmio de Incentivo pela Lei n° 9.185/95 e finalmente através da Lei n° 9.463/96, foi concedido por tempo indeterminado, mantendo também a não inclusão de tal verba no cálculo do 13° salário.

6. O Prêmio de Incentivo para os servidores da Secretaria da Saúde foi regulamentado pelo Decreto n° 41.794/97 e alterado pelo Decreto n" 42.955/98, sendo importante á transcrição do seguinte trecho:

DECá.ETO N" 42.°5, DE 23 DE MARÇO DE 1998.

Artigo 10 - Os dispositivos adiantes mencionados do Decreto n° 41.794, de 19 de maio de 1997, passam a vigorar com a seguinte redação:

I — o artigo 3°:

1-1.11 MAI MIMO LAfitC ulmo/ José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

"Artigo 3" - O Prêmio de Incentivo será pago mensalmente e terá como composição percentual máxima o que se segue: ... (grifou-se)

7. Ocorre que, apesar do Prêmio de Inc..-ntivo ser vantagem que integra de forma definitiva e permanente os vencimentos de todos os servidores da área da Saúde. a reclamada em total desrespeito a Constituição Federal, não vem computado o mesmo na base de cálculo do 13" Salário.

8. Por outro lado, apesar da reclamada efetuar o pagamento do Prêmio de Incentivo nas férias de todos os servidores da área da Saúde, também não vem creditando o acréscimo de 1/3, assegurado pelo inciso XVII do artigo 7" da Carta Magna.

9. Entretanto, tal conduta não pode prevalecer.

10. Thm efeito, a natureza jurídica do Prêmio de Incentivo, instituído pela referida Lei, demonstra inconi,..Mavelmente. a característica de vantagem que absolutamente integra aos vencimentos, eis que, paga todo mês, desde k kVA instituição até a presente data, não sk, justificando, portanto, sua exclusão no cálculo do pagamento do 13° Salário e no 1/3 das férias.

11. O fato fundamental, é que o "Prêmio de Incentivo_"__trata-se na verdade de aumento de vencimentos em caráter geral, uma vez que, é pago a todos os servidores em atividade, sem qualquer especificação de função ou local de trabalho.

DO 13° SALÁRIO PAGO SOBRE A REMUNERAÇÃO INTEGRAL ARTIGO 7°, VIII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

12. Com efeito, o 13° salário é um direito social devendo ser pago com base aa remuneração integral ou sobre o valor da aposentadoria, assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 7°, VIII, abaixo transcrito:

Artigo 7" - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais_ além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

VIII — décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. "(grifou-se)

13. ,ilise-se que, a no7-ma constitucional é clara, quando determina que o 13" Salário seja pago com base remuneração integral.

Jose marta kipelro:Noares Leonardo km:da Munhoz

1•1•1~1,,,111101=~~~111ffil~

14. Tal direito igualmente é assegurado pelo § 3 do artigo 124 da Constituiçáo

Estadual.

15. O 13° Salário pago aos servidores estaduais é regulado também pela Lei Complementar n° 644/89, que igualmente determina o seu pagamento com base na remuneração integral ou no valor dos proventos de aposentadoria, na qual transcreve abaixo:

LEI COMPLEMENTAR N° 644/89

"Dispõe sobre o pagamento do 13° Salário aos Servidores Públicos do Estado, e dá providências correlatas.

Artigo 1" - O 13° Salário de que trata o artigo 39. § 2"

combinado com o artigo 7°, inciso VIII da Constituição Federal, será pago anualmente, em dezembro, a todos os servidores públicos civis e militares do Estado., devendo ser calculado com base na remuneração integral ou no valo r dos proventos de aposentadoria ou reforma a que fizerem j as naquele mês.

§ 1° Para os fins desta Lei Complementar, entende-se por remuneração integrai-a soma de todos os valores percebidos pelo servidor em caráter permanente_ compreendendo:

§ 4° Para fins de cálculo do 13° salário, não serão considerados os valores pagos sob quaisquer dos seguintes títulos: 1 — indenização de qualquer natureza; 2 — pagamento atrasados não pertinentes ao exercício: 3 — acréscimo de 1/3 (um terço) à retribuição mensal do servidor, de que trata o artigo 39, § 2°, combinado com o artigo 7°, inciso XVII, da Constituição Federal; 4 — créditos do Programa de Integração Social e do

Programa de Assistência ao Servidor Público Estadual; 5 — diárias e ajusta de custo; 6 — auxílio-transporte; 7 — aplicação dos itens 1 e 2. do § V., do artigo 7', da 1 .ei Complementa: n° 57, de 20 de juho de 1988; 8 — salário-família e salário-esposa; e 9 — outros que não sejam pertinentes à remuneração ou aos

proventos. (grifou-se)

16. Observe-se que conforme o artigo 1° § 4°, excluem-se somente as absolutamente

transitóriaseoMo. auxílio - isporte, diárias, ajuda de outras.--1.o.taimente

José,ivi -;104111eiro:,soares Leonardo:Àirruda"-- Munhoz

diferente do Prêmio de Incentivo que é vantagem paga mensalmente, integrando os vencimentos/proventos com habitualidade desde o ano de 1994, sem interrupção, o que justifica o seu cômputo no 13" Salário a exemplo das demais vantagens, nos termos do art. 1, § 1" da CLT.

DO ACRÉSCIMO DE 1/3 SOBRE AS FÉRIAS ARTIGO 7", XVII, DA CARTA DA REPÚBLICA

17. Com relação à reclamada efetuar o pagamento do Prêmio de Incentivo nas Lérias. entretanto, sem creditar o acréscimo de 1/3 (um terço), igualmente não pode prevalecer.

18. Com- efeito, o acréscimo de 1/3 (um terço) sobre as férias, é devidamente assegurado pelo inciso XVII do artigo 70 da Carta Magna, "in verbis":

Artigo 7° -

XVII -- gozo de fé ias anuais remuneradas com., pelo menos, um f.rço, a mais do que o salário normal: (grifou-se)

19. Assim, inteiramente devido o pagamento do acréscimo de 1/3 das férias sobre o Prêmio de Indentivo.

20. Para que não paire dúvidas quanto à integração do "Prêmio" no 13° Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, vale conferir a lição do Ilustre Professor Sergio Pinto Martins em sua Obra "Direito do Trabalho", 9" edição, editora Atlas, pág. 225. "in verbis":

"...A natureza jurídica do prêmio decorre de fatores de ordern pessoal relativos ao trabalhador, ou seja, seria uma espécie de salário •vinculada. a cera condição: Hay.ndo pagamento h.lbituJ, terá natureza salarial, integrando as demais verbas trabalhistas pela média. ..." (0-Ou-se)

21. Sendo o 13° Salário e férias com acréscimo de um terço, vantagens trabalhistas_ pagas a todos os funcionários públicos ou de empresas privadas — por força do § do artigo 39 da Constituição Federal -, pede-se vênia para transcrever trechos de Acórdãos proferidos pelo E. Tribunal Regional do Trabalho, que trata de matéria idêntica, isto é, a integração do prêmio no salário para todos os fins:

RECURSO ORDINÁRIO N° 11173/93 ACÓRDÃO N° 14425/94 — 3" TURMA

José Maria Ribeiro Soares eonardo Arruda Munhoz

EMENTA: PRÊMIO-PRODUÇÃO. HABITUALIDADE. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO .

Relevando a parcela paga sob o título de "prêmio-produção" contornos de natureza nitidamente salarial, caracterizando-se, em realidade, uma gratificação ajustada, deve ser ela integrada ao salário do reclamante, para todos os efeitos legais, nos termos do art. 458, parágrafo 1", da CLT.

Os demonstrativos de pagamento de fls. 332/353 também colaboram no descobrimento da verdade, pois, neles se constata o pagame,iW, mês após mês, da parcela ora em questão. o que vem a cáracterizar a sua habitualidade.

A doutrina do eminente jurista Arnaldo Susseking, na obra Instituições de Direito do Trabalho, é bem aproveitada aqui. Pois bem, citado autor nos brinda com os seguiines dizeres acerca desta questão:

"Revela ponderar, todavia, que, se os proventos pagos sob

o falso título de prêmio correspondem, realmente. a contraprestação de serviços prestados pelo empregado_ atinente à relação de emprego, deverão ser conceituados como salário. É que o rótulo com que são concedidos náo concerne à sua verdadeira natureza jurídica. E.. como salário, não rodeio ser alterados por ato unilateral do empregador. Aliás, no Brasil, algumas empresas já instituíram o que denominam de prêmio-produção, como complemento de um salário básico garantido, que nada mais representa do que a contraprestação do trabalho executado pelo empregado, proporcional à produção obtida. Como ensina Maurice Dobb, inúmeros são os sistemas de remuneração que resultam da combinação de salários por unidade de tempo e por unidade de obra ou serviço. São os regimes de salários mistos, nos quais, alem da retribuição alusiva ao tempo de trabalho, percebe o empregado proventos complementares proporcionais a si prodt.',ão individual à produção coletiva do grupo.

seção ou estabelecimento a que pet.ence". ( In oh. I. •i! Editora LTr, 12" Edição, Vol. I, pág. 358).

Entendo, pois, que, em realidade, o "prêmio-produção-mascarava uma gratificação e, sendo pago de forma habitual deve ser integrado na remuneração do auto nnrv➢ “,„

rsCs i 11 dIV g 4,.d.va:u[rnoz::

Jos&Maria'Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

RECURSO DE REVISTA N° 355490/97

... A discussão presente nestes autos diz respeito à integração ou não do prêmio maquinista ao salário do empregado.

A verba era rapa mensalmente, de forma ininterrupta, tendo nítido caráter salarial e característica de direito adquirido, ...

Dessa forma, não há como afastar-se a natureza salarial da verba, devendo esta integrar o salário para todos os efeitos legais, conforme consignado na decisao ora recorrida. (grifou-se)

DO DESRESPEITO AO PRINCIPIO DA IGUALDADE

22. Por fim, registre-se que a reclamada não efetuando o pagamento do 13° Salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias sobre o Prêmio de Incentivo percebidos pelos servidores da Secretaria da Saúde viola também o princípio da igualdade.

23. Realmente, os servidores pertencentes à Secretaria da Fazenda, percebem mensalmente o Prêmio de Incentivo à Qualidade — PIQ, que é computado não sc.) no pagamento do 13° Salário, mas também no acréscimo de 1/3 (um terço) das férias. consoante determina o artigo 7° da Lei Complementar n° 887/2000.

24. Ora, o Prêmio de Incentivo (servidores da Saúde) e o Prêmio de Incentivo a Qualidade (servidores da Fazenda) são muito pa_rxidus. eis qtIJ pagos a servidores das respectivas Secretarias, sere qualquer requisito especial, bastando estal-em exercício para percebê-los, e assim, nítido o desrespeito ao princípio da igualdade.

25. Dessa forma, verifica-se que é devida a inclusão do Prêmio de Incentivo no cálculo de pagamento do 13° Salário e no acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, sob pena de violação do "capuz" do artigo 5° e dos incisos VIII e XVII do artigo 7° da Constituicilo Federal.

r T 4 blo'.Wea'iiiiiI,eitie Munhoz

10Sé Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

DO ADICIONAL POR TEMPO DE 2E;VIÇO ;QÜINQÜÊNIO)

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

26. As reclamantes, são servidoras pertencentes à Secretaria da Saúde, todas com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, e conseqüentemente, percebendo no mínimo 1 (um) Adicional por Tempo de Serviço, conforme comprovam os documentos em anexo.

27. Nos termos do artigo 127 da Lei 10.261/68 e posteriormente o artigo 129 da Constituição Estadual, é devido ao servidor estadual, a cada cinco anos de trabalho. hm Adicional por Tempo de Serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre tis venci lentos.

28. Ocorre que, o Governo do Estado de São nÁalo, nos últimos anos, tem adoiacK, política salarial incompatível e totalmente equivocada, uma vez que com o artificio (le "reajustes", vem concedendo gratificações/adicionais com as mais diversa nomenclaturas, sem a devida incidência no cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio).

29. No presente caso, as reclamantes objetivam a incidência de vantagens efetivas e permanentes na base de cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (Qüinqüênio)_ uma vez que pela sua verdadeira natureza, absolutamente integram os vencimentos/proventos.

30. P-almente, essas gratificações, pela efetividade e permanência, se caracterizam como política de cor-.71ementa0o do salário base, integrando nos vencimentos proventos, e assim, a composição dos venci tentos passou a ser Salário Base Gratificações, nos termos do artigo 457, § 1." da CL F.

DAS CARACTERÍSTICAS DAS VANTAGENS EM TELA

30.1. Gratificação por Trabalho Noturno - GTN Instituída pela Lei Complementar n° 506/87 Vigência a partir de 28/02/1987

30.2. Gratificação Especial de Atividade - GEA Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 ','Ijência a partir de: 01/03/1992

30.3. Gratificação Especial por Atividade Filoritárin. e Estrategicn GEAPE Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 Vigência a partir de 01/03/1992

JOSé Maria Ribeiro Soares s Leonardo Arruda Munhoz

.s•••• r k.J

30.4. Gratificação Especial por Atividade Hospitalar em Condições Especiais de Trabalho - GEAH Instituída pela Lei Complementar n° 674/92 Vigência a partir de 01/03/1992

30.5. Gratificação de Função Instituída pela Lei n° 8482/93 Vigência a partir de: 01/07/1993

30.6. Gratificação Fixa Instituída pela Lei Complementar n° 741/98 Vigência a partir de: 01/09/1993

30.7. Gratificação Extra Instituída pela Lei Complementar n° 788/94 Vigência a partir de: 01/09/1994

30.8. Gratificação Executiva istituída pela Lei Complementar n° 802/95

Vigência a partir de: 01/03/1995

30.9. Piso Salarial — Reajuste Complementar Vigência a partir de: 1997

30.10. Gratificação por Atividade de Apoio à Pesquisa Instituída pela Lei Complementar n° 849/98

Vigência a partir de: 01/10/1994

30.11. Adicional de Insalubridade Instituída pela Lei Complementar n° 432/85

30.1? Artigo 26 da DCT - CE

30.13. Artigo 133 — CE — Diferenças Vencimentos

30.14. Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde - GASS Instituída pela Lei Complementar n° 871/00 Vigência a partir de: 01/06/2000

30.15. Gratificação Geral Instituída pela Lei Complementar n° 901/01 Vigência a partir de: 01/08/2001

31. Conforme se verifica acima, evidencia-se, que apesar das referidas vantagens o "nome!,, unis de "Gratificação", não passam na verdade de

aumento , de eretos váníier ¶er L1 unta VÇZ são ;);n..!

José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

iidiscriminadamente a todos os servidores, sem (¡ualquer esocáficação ou atividade exercida.

32. O mesmo ocorre com as demais vantagens descritas acima, que por sua própria natureza, efetividade e permanência, se caracterizam como política de complementa00 do salário base, integrando nos vencimentos / proventos.

33. De fato, as Leis que instituíram as mencionadas vantagens, não especificaram qualquer função ou condição para o exercício do trabalho, bem como vem sendo paga às reclamantes desde sua institui ão até a s resente data ininterru s Lamente mês a mês.

34. Ademais, o fato das vantagens em tela serem pagas a os aposentados e pensionistas, bem como terem sido incluída,: dit base cie cálculo dos descontos previdenciários e de assistência médi':a e para o pagamento do 13' Salário., afastaram seu caráter precário e transitório, e portanto, inteiramente devida sua incidência no cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (Qüinqüênio).

35. Aliás, as verdadeiras naturezas jurídicas das vantagens em tela, _já ióraiii analisadas pelo E. Tribunal de Justiça de São Paulo, consoante se verifica das inclua cópias de Acórdãos, na qual transcreve o seguinte trecho:

APELAÇÃO CÍVEL N° 341.519-5/4 1' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

APELAÇÃO. FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL. Pensionistas. Gratificação de Assistência a. Suporte à Saúde — GASS. Aumento disfarçado de vencimentos. Extensão aos inativos. Art. 40, parágrafo 8° da Constituição Federal e art. 126, parágrafos 2° e 4° da Constituição Estadual. Admissibilidade. Recursos improvidos.

A gratificação em apreço, consoante se vê dos termos da lei que a instituiu, foi concedida à generalidade dos servidores da ativa, sem a estipulação de quaisquer condições especiais de trabalho a justifica-la.

Em primeiro lugar, as - razões c:a ré são a pr.:hp!ti confissão. da ilegalidade do procedimento da Administração. Ora, "gratificação" pelo exercício da atividade nada mais é do que salário. Todos funcionários ganham seus sal porcmeliexercem uma atividade..,,Wo

0..411,111lik, 15-14,1R ,.... IV )1..141,(11RX/ár,

-,A( • José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

pode a administração _gratifica-los por isso. Na verdade, a atividade administrativa é mera tentativa, alias sem nenhuma criatividade, de conceder aumento aos funcionários da ativa sem estende-los aos inativos.(grifou-se)

APELAÇÃO CÍVEL N° 29.875-5/2 9' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

Servidor Público Inativo — Gratificações da Saúde concedidas aos servidores em atividade — Leis Complementares n° 674/92 e 755/94 — Extensão aos inativos — Sexta-Parte e adicionais que incidem sobre os vencimentos integrais, nestes incluídas as gratificações --Sentença que decretava a procedência parcial da ação — Recurso dos autores provido, considerado interposto o recurso oficial, ao qual se nega provimento.

Assim, não se vislumbra como as vantagens instituídas pelas Leis Complementares n°s 674/92 (art. 13) e 755/94 (art. 19), possam ser enquadradas como de caráter individual ou relativa a natureza ou local de trabalho, visto que concedidas a diversas classes de servidores pelo exercício de suas atividades ordinárias, nas mesmas condições em que os inativos a exerceram antes da aposentação.

Trata-se, na realidade, de vantagens concedidas em caráter geral a todos que se encontravam em atividade.

Em conseqüência, os autores que, quando em atividade, pertenceram à mesma classe de servidores ativos beneficiados com o direito ao recebimento das "gratificações" previstas nas Leis Complementares n°s 674/92 (art. 19) e 755/94 (art. 13), também terão direito a elas, nas mesmas condições dos servidores em atividade, dado õ seu caráter geral, visto que a exclusão dos inativos viola o sistema de tratamento paritário provent( de aoc.)E -nt:n. ddrin

ADVOCACIA Airton Camilo Leite Munhoz

José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

1111~1~NINE

remuneração dos servidores em atividade estabelecido pelos arts. 40, § 4°, da Constituição Federal, e 129, § 4°, da Constituição Estadual, nos termos do pedido.

Enfim o caráter • enérico com • ue foram criadas as mencionadas gratificações não poderia levar à exclusão dos inativos, sob pena de se criar discriminação, pois, desse modo, as referidas gratificações, representam um aumento de vencimentos disfarçado, apenas aos servidores da ativa.

Incidem, pois, a sexta-parte e os adicionais sobre os vencimentos integrais dos autores, nestes incluídas as gratificações percebidas. (grifou-se)

DO LEGITIMO DIREITO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

36. De fato, a reclamada não incluindo as mencionadas vantagens na base de cálculo do Adicional por Tempo de Serviço, está desrespeitando a regra contida no artigo 129 da Constituição Estadual, que dispõe:

Artigo 129 — Ao servidor público estadual é assegurado opercebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição. (grifou-se)

37. A norma acima é clara ao determinar que o cálculo do Adicional por Tempo de Serviço deva ser elaborado com base nos vencimentos / proventos integrais.

38. 3e igual forma, estabelece o artigo 11 da Lei Complementar n° 712 93, determinando que o adicional por tempo de serviço seja calculado sobre o valor (10,r

vencimentos.

Airton anulo Leate.iviunnoz José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz 4111~~1~111.11

39. Com a finalidade de corroborar com a pretensão das autoras, vale conferir a lição do Ilustre Hely Lopes Meirelles em sua obra "Direito Administrativo Brasileiro". 153 Ediçao - Editora Revista dos Tribunais, pág. 392:

"Vencimentos — Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação.

Quando o Legislador pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no singular —vencimento; quando quer abranger as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural — vencimentos" (grifou-se)

40. Impende ressaltar, que as reclamantes não objetivam qualquer efeito "cascata"' ou incidência "repique" de cálculos, nem contrário ao disposto no artigo 115, XVI da Carta Estadual e artigo 37, XIV da Constituição Federal, mas única e exclusivamente o cumprimento puro e simples do artigo 129 da Constituição Estadual, calculando-se o Adicional por Tempo de Serviço sobre as vantagens de caráter permanente, nos termos, do artigo 457, § 1" da CLT.

41. Como a reclamada efetua o cálculo apenas sobre o salário base, a importância paga a menor as reclamantes, mensalmente, resultam exatamente da não inclusão das verbas abaixo relacionadas, a título exemplificativo - eis que o mesmo ocorre com relação aos demais reclamantes - o que pode ser comprovado pelos demonstrativos anexos:

Códigos Verbas 04.020 GEA - GRAT. ESPECIAL DE ATIVIDADE 04.065 GRATIFICAÇÃO EXTRA 04.074 GRATIFICAÇÃO EXECUTIVA 04.105 GASS - GRAT. ASSISTENCIA SUPORTE SAUDE 04.117 GRATIFICAÇÃO GERAL 12.007 ADIC. INSALUBRIDADE

DA JURISPRUDÊNCIA

42. A respeito do assumo, assim já decidiu nossas Tribunais Trabalhistas:

-,kry:rtNeNwe , Airton Camilo Leite NI A111110Z

José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

JEINCSIC

Incidência. Sendo o salário do funcionário público, inclusive o contratado pela CLT, fixado por lei estadual e, a corrosão causada pela inflação, protegida pela concessão de gratificação que se incorporam à remuneração, até a edição de nova lei que regulamente os salários, não pode esse adicional restringir-se ao salário-base, mas sim incidi-lo sobre a remuneração efetivamente percebida pelo trabalhador. Acrescente-se que o artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo veda a limitação dessa benesse". (grifou-se)

Processo 02990344653, Acórdão 20000396898, 8" Turma, Relator(A) José Mechango Antunes, julgado em 31.07.00..

publicado no DOE em 05.09.00, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região.

"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CELETISTA. QÜINQÜÊNIOS E SEXTA-PARTE. DEVIDOS. A expressão "servidor público" adotada pelo art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, em sentido "lato" é -utilizada pela-Constituição -Federal para designar as pessoas físicas que prestam serviços em prol da Administração Pública, direta e indireta, com habitualidade, onerosidade e "intuito personae". O empregado publico 'é espécie do gênero servidor público. Recurso a que se dá provimento" (grifou-se).

Processo 02498-2003-033-02-00-6, Acórdão 20050721610, 2" Turma, Relator(A) Maria Aparecida Pellegrina, julgado em 13.10.05, publicado no DOE em 08.11.05, in Ementário Eletrônico Via Internet de. Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2" Região.

"SERVIDOR CELETISTA DE AUTARQUIA 1)0 ESTADO DE SÃO PAULO. O Servidor que presta serviços sob regimt - da CLT a Autarquia do Estado de São Paulo ap'nas faz jus aos Qüinqüênios e a Licença Premio, posto que expressamente previstos em lei Estadual. No que pertine a "Sexta Parte" dependera do

regime jurídico único e planos de carreira a serem instituídos (art. 39 da CF). Quanto a possibilidade de extensão deste direito aos servidores exercentes de funções ai i',,:idades, perante as autarquias"_(tn-ifon-;se)..

José Maria'.1&ibeiro Suares Leonardo Arruda Munhoz

Processo 02900268774, Acórdão 02930001660, 7" Turma. Relator(A) Gualdo Formica, julgado em 09.12.92, publicado no DOE em 08.11.05, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 2" Região.

43. Também o Egrégio Tribunal de Justa de São Paulo em casos como o presente. vem assim se manifestando:

Apelação Civel n° 317.065-5/0-00 9' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

SERVIDOR PÚBLICO — Adicional por tempo de serviço — Incidência sobre os vencimentos integrais (CE, Art. 129) — Dispositivo constitucional auto-aplicável — Emprego da expressão "vencimentos" no plural, acrescido dG adjetivo "integrais", sem caráter restritivo — Aplicação da regra sendo qual ubi lex non distinguis nec nos distinguere debemus —Ressalva das verbas eventuais, que constituem parcelas transitórias. (grifou-se)

44. Vale conferir também, a decisão proferida nos autos do Incidente de Uniformização de Jurisprudência, que apesar de tratar sobre a Sexta-Parte, é inteiramente aplicável "in casu", em razão do artigo 129 da Carta Estadual, na qual transcreve os seguintes trechos:

Incidente Urfocmização Jurisprudência n° 193.485-1/6-03

SERVIDOR PÚBLICO — SEXTA-PARTE —Incidência sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos, entendendo-se por vencimentos integrais o padrão mais as vantagens adicionais efetivamente recebidas, salvo as eventuais — Uniformização de Jurisprudência neste sentido.

45. Prrtanto, claro está o direito ao cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (qüill:iüênio), com a inclusão das gratificações, adicional de insalubridade e demais va ntagens spi.pe.,na de violação, 3, ligo Ustadua I,

JoSê Migiiltibei'ro Soares Leonardo Arruda Munhoz

artigos 5", "capul" (princípio da igualdad' e inciso XXXVI (direito adquirido) e "capul" (princípio da moralidade) ambos da Constituição Federal e artigo 457, § 1" da CLT.

DA LICENÇA PRÊMIO

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

-46. A reclamantes são servidoras estaduais adinitidas pelo regime da CLT, possuindo pelo menos 5 (cinco) anos de efetivo exercício e conforme documentação que acompanha a presente, e requereram adminisp. ativamente a concessão da .. Licença-Prêmio.

47. Referido pedido não foi concedido administrativamente, sob a alegação de nã(.-) serem servidoras públicas o que contraria frontalmente o disposto no artigo 205 da l Complementar 180/78 — Estatuto do funcionário Público — que equiparou os contratados pelo regime da CLT, aos servidores públicos.

48. Referido dispositivo legal, é suficientemente claro ao estabelecer:

LEI COMPLEMENTAR N° 180/78

Artigo 205 — Para os fins desta lei complementar, vssam a ser considerados servidores:

III - IV - os servidores admitidos nos termos da legislação trabalhista. (grifou-se)

49. Entretanto, totalmente equivocada a Administração Estadual, uma vez que devidamente assegurado o direito das reclamantes de perceberem a vantagem da Licença-Prêmio.

50. cem efeito, a licença-prêmio é uma bonificação concedida aos servidores, em razão da assiduidade e idoneidade funcional cnrresponden.+e a 90 (noventa) dias em cada período completado (5 anos de efetivo exercício), nos tei-m.)s do artigo 2()() Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, "in verbis":

Artigo 209 — O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (noventa) dias em cadao.,. de 5 (cinco)

DR,

initO :ede'Munhoz JáSê'Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Parágrafo único — O período de licença será considerado de efetivo exercício para todos os efzitos legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração. (grifou-se)

51. Conforme se verifica, a norma acima transcrita não faz qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores que exercem função-atividade. e nem poderia ser diferente, sob pena de violar dispositivos constitucionais, tais como artigo 5", da Constituição Federal.

52. Por outro lado, o artigo 205 da Lei Complementar 180/78 — Estatuto do Funcionário Público do Estado de São Paulo — passou a considerar como SERVIDOR PUBLICO, também os contratados pelo regime da CLT, como é o caso das reclamantes.

53. ainda, conforme estabelece nossa legislação e pacífica jurisprudência, não há qualquer dúvida que as autoras também são con.3:de...ladas seividoras públicas.

54. Vale transcrever alguns dispositivos que alicerçam a pretensão dos reclamantes:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residente no Pais a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

55. O próprio artigo 129 da Constituição Estadual assegura, o direito aos adicionais por tempo de serviço, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais (vantagens devidas em razão do efetivo exercício), a exemplo da licença-prêmio, que estão sendo concedidas a todos os servidores e não somente aos funcionários efetivos.

56. Frise-se que, a nossa legislação e jurisprudência, não fazem qualquer distinção entre funcionários públicos, ocupantes de cargos, e servidores que exercem função atividade.

57. Vale conferir também, a lição do Ilustre Celso Antonio Bandeira de Mello, em sua obra "O Regime Constitucional dos Servidores da Administração Direita e Indircia".

RT, 199.0:•

Airton Camilo Leite Munhoz José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz ■1111•11■1111~

"... A expressão servidor público, na Constiz`uição, é designativo genérico de todos os que, sob regime de cargo ou emprego, estão vinculados por relação de caráter profissional à Administração direta, indireta ou fundacional, em quaisquer dos Poderes, ou órbitas do governo. Não é, pois, denominação restrita aos agentes titulares de cargo ou apenas dos que estejam ligados a entidades de direito público. ..."

-58. Ora, a licença pleiteada, tem como objetivo premiar a assiduidade e a idoneidade funcional, não se admitindo, que as autoras, que preenchem referidos requisitos, não percebam tal vantagem.

59. Dessa forma, devido o reconhecimento do e..:re:.•:o dos reclamantes de perceberem a vantagem da licença-prêmio.

DA FORMA DE CONCESSÃO/PAGAMENTO DA LICENÇA-PRÊMIO

60. Quanto a forma de concessão / pagamento da Licença-Prêmio pleiteada, deverá ser apurada somente em fase de liquidação de sentença, assegurando-se assim, não somente as reclamantes, mas também a reclamada, ,que não sofram qualquer prejuízo.

61. De fato, somente em futura fase de liquidação, é que deverá verificar se as reclamantes irão usufruir o beneficio em gozo ou em pecúnia, uma vez que ate o trânsito em julgado desta ação, alguns dos autores poderão se aposentar ou nao estalem mais trabalhando, e conseqüentemente não terão oportunidade de usufruir tal direito, não restando outra alternativa, senão o wigainento dos valores correspondentes.

62. Cumpre ainda salientar, que em caso de eventual alegação de prescrição. com relação a licença prêmio, a mesma somente poderá ser considerada após a aposentadoria do funcionário público, como já decidido pelo Superior Tribunal de Justiça:

AgRg no Recurso Especial n° 813.694 - SP Relator: Ministro Felix Fischer Agravante : Estado de São Paulo Agravado : Adélia Nishikawa e Outros D.J. 12/06/2006

:\GRAVO 'REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PCJELICO LICENÇA-PRÉMIG. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. APOSENTADORIA. O termo, _ inicial para a contagem do prazo

on Camilo Leite Munhoz An_vo T JOse Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

aposentadoria. Portanto, persistindo a relação entre os agravados e a administração pública, não há que se cogitar na suscitada prescrição. Agravo regimental desprovido.

O EXMO. MINISTRO FELIX FISCHER (Relator: Traia-se de agravo regimeniai interposto pelo ESTADO DE SÃO PAULO contra decisão que negou seguimento ao recurso especial, sob os seguintes fundamentos:

Decido. O recurso não merece trânsito. Com efeito, o e. Tribunal de origem decidiu em consonância com o entendimento pacificado desta Corte no sentido de que o termo a quo para a contagem do prazo prescricional, no caso de pedido de indenização de licença-prêmio não gozada, é a data da aposentadoria.

Dessa forma. persistindo a relação entre os __recorridos e a administração pública, não há que

se cogitar na suscitada prescrição.

O EXMO. SR. MINISTRO FELIX FISCHER (Relator): A decisão deve ser mantida por seus próprios fundamentos.

É que, conforme dito anteriormente é pacífico o entendimento nesta Corte no sentido de que o termo inicial para a contagem do prazo prescricional, no caso de pedido de indenização de licença-prêmio não gozada, é a (Jata da aposentadoria.

Portanto, persistindo a relação entre os agravados e a administração pública, não há que se cogitar na suscitada prescrição.

"ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-PRÊMIO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. APOSENTADORIA. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Mantida a relação com a Administração. o Servidor Público poderá usufruir do gozo da...

■- •;:k " sx, -Airton Camilo Leite Munhoz

José Maria Ribeiro Soares Leonardo Arruda Munhoz

SP, 5' Turu.a, Rei. Min. Laurita Vaz, DJU 03.04.2026). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. (grifou-se)

DA JURISPRUDÊNCIA

63. A respeito do assunto, assim já decidiram nossos Tribunais Trabalhistas:

"Licença . Prêmio. Direito Adquirido. Tendo a empregada reque-.-'do a concessão da licença-prêmio, na vigência do pacto laboral, cujo âsufruto foi nega& pela empregadora. outra alternat:‘-. a Go resta, senão de transforma-la em pecúnia, porquanto impossível de outra forma, em face de sua aposentadoria".

Processo 02900208593, Acórdão 02910037295, 2' Turma_ Relator(A) Maria Aparecida Duenhas, julgado cm 11.03.91, publicado no DOE em 26.03.91, in Ementário Eletrônico Via Internet de Jurisprudência Trabalhista d Tribunal Regional do Trabalho da 2" Região.

"LICENÇA-PRÊMIO — ADICIONAL POR TEMPO 1)1: SERVIÇO — LEI MUNICIPAL (LEI N° 1.169/70) OUT. DISPCS SOBRE a REGIME JURIDICO DO MUNICÍPIO — AUSÊNCIA DE IMSTINCÀO ENT1:11 EMPREGADÜ PÚBLICO E SERVIDOR PÚBLICO -- PAGAMENTO DEVIDO: Devidos o adicional por tempo de serviço e a licença-prêmio ao empregado público, ainda que esses benefícios estejam previstos em regime jurídico próprio (Lei n° 1.169/70), já que genérico o conceito de "funcionário público" dado pelo legislador municipal. alem de os artigos 29, § 10 e 31 § I" da mencionada lei. de forma expressa, asseguram esses benefícios "seja qual H-a forma de provimento", o que só pode levar à conclusão de que não houve qualquer intenção de restringir esses direitos aos servidores estatutários".

TRT 15" Região, C=..1/4.iSio 036942/2006-PATR --- Processo 02040-2004-0! 0-15-06-ii, Publicado eni 10-'08-0(), in Jurisprudência via Internet.

ton Camilo Leite iviunnoz José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

Ai

64. As reclamantes não tem condições financeiras ou econômicas de assumir quaisquer despesas, sem o prejuízo do seu sustento e de sua família, motivo pelo qual, requerem os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos da Lei 1.060/50 e Súmula n" 5 do F.

TRT da 2" Região.

DOS PEDIPtY,=,

65. Do exposto, requerem a citação da reclamada, para responder aos termos da presente, até final, quando aguardam seja a mesma julgada PROCEDENTI'.

condenando-a:

65.1. Ao pagamento das diferenças, vencidas e vincendas, dos 13" salários e 1 3 sobre as férias, decorrentes da inclusão do Prêmio de Incentivo, pago mensalmente as

autoras;

65.2 pagamento dos reflexos dos 13" acima, no FGTS;

65.3. Ao pagamento das diferenças salariais, vencidas e vincendas, decorrentes da._

apuração do Adicional por Tempo de Serviço (qüinqüênio) sobre a totalidade dos

vencimentos, com a inclusão das gratificações, adicional de insalubridade e demais

vantagens não eventuais, percebidas, além das que forem instituídas no curso da

lide, de caráter permanente, nos exatos termos do artigo 129 da Constituiçào

Estadual e artigo 457, § 1" da CLT;

65.4. pagamento dos reflexos das diferenças do Adicional por Tempo de Serviço

(qüinqüênio), nos 13° salários, férias + 1/3 e

65.5. Declaração do direito das reclamantes de perceberem a vantagem da licença-

prêmio, correspondente a 90 (noventa) dias a cada 5 (cinco) anos trabalhados, sem a

ocorrência de mais de 30 (trinta) dias de falta em cada qüinqüênio, e sem terem sofrido

penalidade administrativa;

Airton' Camilo Leite di,uiriàn 0Ai.,' - 65.444

.1(,' -é Alaria Ribeiro Saci cs -n - •

Airton Camilo Leite Munhoz José Maria Ribeiro Soares

Leonardo Arruda Munhoz

concessão do beneficio em gozo ou pagamento em pecúnia das respectivas

Licenças-Prêmio, que deverá ser apurado some- fase de liquidação de sentença,

pelos motivos explicitados nos itens 60/62 ia presente.

65.7. Ao apostilamento do decidido, para que prevaleça no futuro, o direito pleiteado

nesta ação.

65:8. Requerem ainda, sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita no caso de

eventual condenação no pagamento de quaisquer despesas no presente processo,

conforme declarações em anexo, assinadas por seus patronos, nos termos da Súmula

005 Tribunal Regional do Trabalho da 2" Região.

66. Requerem ainda, para fins de puluestionamento, que Vossa Excelência se manifeste expressamente sobre as violações aos dispositivos legais e constitucionais referidos, especialmente os artigos 50, "cama" e 70, VIII e XVII da Constituição Federal e artigo 124, § 3° e 129 da Constituição Estadual e art. 457, § 1 .̀) da CLT.

67. Requerem finalmente, que todas as publicações e notificações referentes ao presente processo, sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome de seu procurador, Airton Camilo Leite Munhoz.

68. ,',-iotestam provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente depoimento pes-•aal do representante da reclamada, oitiva de testemunhas, juntadas de documentos, expedição de oficias, períci's, etc.

Dá-se a causa o valor de R$ 16.500,00, para fins de alçada.

Nestes termos e.deferimento

São Paulo, 08 de outubro de 2007.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - Região

88a Vara do Trabalho de São Paulo - Capital 1

TERIVIO 1W AUDIÊNCIA

Autos do processo 2(166/2007

Em 01/02/2008, às 16h02, na Sala de Audiência da 88" Vara Trabalhista de Saio

Paulo, foram, pela ordem do Juiz do Trabalho, Dr. Homero Batista Mateus da Silva,

apregoados os seguintes litigantes: MARIA INES DE LIMA TARGA, MARIA DE

LOURDES DAMASCENO, VANDA TIRAI J1.10 [ONU!, e 1\111.MA REIS, autor, e FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÀO PAULO, réu. Pali es ausentes. Proposta final de conciliaç'-) prejudicada.

R.Aatorió.

MARIA INES DE LIMA 'LARGA, MARIA DE 1.011RDES DAMASCE.NO, VAND,A

BRAULIO LONEL e MILMA REIS ajuizaram ação trabalhista em ffice de FAZENDA

PUBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, elll que postulam a integração do prêmio de incentivo habitualmente auferido e o pagamento das vantnens do adicional por tempo de serviço e da licença prêmio, mesmo sendo o contrato de trabalho regido-pela Consolidação das

Leis do Trabalho. Recomenda-se maior poder de síntese na redação da petição inicial, desnecessariamente longa e repetitiva.

A reclamada apresenta contestação à íl 82 em que nega a natureza salarial do prêmio,

destaca a restrição do adicional por tempo de serviço e da licença prêmio para os servidores publicos estatutários e afirma a regularidade dos pagamentos efetuados. Com as cautelas de praxe, aguarda a improcedência das pretensões. A parte contrária se manifestou à Il. 99

Inviável a conciliação, foi encerrada a instrução processual em despacho de II. "`'

I I. Fundar,- 'lação.

São inexigiveis, por força da prescrição, os titulas anteriores a 09 do outubro de 26(2

O prêmio de incentivo, habitualmente auferido pelas empregadas e não vinculado a

alguma forma de situação aleatória ou meta razoável, tem eletiva natureza salarial. Como se

sabe, a habitualidade marca a natureza salarial da parcela. ainda que concebida a titulo

indenizatorio ou em caráter provisório. Apesar dos esforços da defesa da Procuradoria Geral

do Estado, não se nota no prêmio nenhuma marca de eventualidade ou de precariedade em seu

pagamento ou em sua concepção, impondo-se o deferimento dos pedidos 65.1 e 65.2 (0. 25),

tal como postulados.

Apesar do empenho dos procuradores da reclamada. por disciplina judiciaria este

julgado aplica ao caso a Slimula 04 do 'Tribunal Re2ional do Trabalho da 2" Região

• O art 129 da Constituição do Estado de São Paulo. ao fazer referência a Ser\ idoi-

P';')Iico Estadual, não distingue o regime juridico para efeito de aquisição de direito

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

38a Vara do 'Trabalho de São Paulo - Capital 2

Por conseguinte, razão assiste à petição inicial quanto ao pedido de pagamento do

adicional por tempo de serviço e também quanto ao recebimento da chamada licença prêmio, em parcelas vencidas e vincendas.

Pedidos 65.3, 65.4, 65.5 (fl. 25). 65.6 e 65.7 (fl. 26). Nos cálculos de liquidação serão

considerados apenas dias efetivamente trabalhados, incluindo-se as ferias mas excluindo-se os

períodos de ausência não justificada e licenças médicas, porque as normas mencionam tempo de trabalho efetivo.

111. Conclusão.

Do - posto a 88" Vara Trabalhista de São Paulo julga PARCIALMENTh PROCEDEI\ as pretensões de MARIA INIS DE I,IMA TARGA, MARIA DE

LOURDES DAMASCENO, VANDA 13RA111.10 LONEL e MII,MA REIS em face de FAZENDA PÚBliCA DO ESTADO DE SÃO PAULO, para o fim de condenar o réu a pagar

às autoras reflexos do prêmio de incentivo e, ainda, o adicional por tempo de serviço e a licença

prêmio, tudo a ser calculado em liquidação de sentença, observados os parametros da

fundamentação, inclusive a .prescrição e os reflexos deferidos.

-Na forma da lei, os juros de mora, desde a distribuição d-wfeito, e a correção monetária,

tomada por época própria o mês cia prestação dos serviços. Recolhimentos previdenciários e

fiscais, no que couber, a cargo do empregador, vedados descontos do crédito do autor, porque

direitos reconhecidos judicialmente não podem ser tributados às expensas da parte lesada.

Custas pela reclamada, calculadas sobre o valor ora arbitrado de RS 10.000,00, no

importe de RS 200,00, aplicando-se ao caso o artigo 790-A da CI.T.

Não á desp,,sa processual a cargo das autoras para que se aprecie o pedido 65.8 (11 :'_6)

Intimem-se as partes e remetam-se os autos ao reexame necessário

110MERO BATISTA NIAMJS DA SILVA

.luiz do Trabalho

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - TRT 2a Região

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

No na Pauta: 086 Processo TRT/SP:02066006020075020088

ACÓRDÃO No: 20110205531 Recurso Ordinário - 88 VT de São Paulo RECORRENTE: VT E FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: Maria Inês de Lima Targa E OUTROS 3

C ERTIFICOque, em sessão realizada nesta data, a 16a TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região, julgando o presente processo, resolveu: por unanimidade de votos NÃO CONHECER da remessa oficial e conhecer e DAR PARCIAL PROW:MENTÕjagzeDurso da ReClamada, para excluir da condenação a licença prêmio, mantendo, no mais, a r. sentença de Origem, nos termos da fundamentação constante do voto da Relatora.

Presidiu o julgamento a Exma. Sra. Desembargadora LEILA CHEVTCHUK.

Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. IVETE BERNARDES VIEIRA DE SOUZA, NELSON BUEY0 DO PRADO, LEILA CHEVTCHUK.

Relatora: à Exma. Sra. Juíza IVETE BERNARDES VIEIRA DE SOUZA ReVisor: o Exmo. Sr. Juiz NELSON BUENO DO PRADO

São Paulo, 23 de Fevereiro de 2011.

Valdir Ces4r Azanha Gonçalves , , //

Secretário da /16a/Títirma e

16a Turra

fls.

f unc.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO

PROC. TRT/SP n° 02066.2007.088.02.00-7 -16a. TURMA VARA DE ORIGEM: 88a VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP NATUREZA: RECURSO EX OFFICIO E ORDINÁRIO RECORRENTE: VT E FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: MARIA INÊS DE LIMA TARGA-E OUTROS 3

Inconformada com a r. sentença de fl. 130/131, cujo relatório adoto, que julgou parcialmente procedente a ação, recorre, ordinariamente, a reclamada — e a 88a Vara do Trabalho ex officio -, pretendendo a pronúncia da prescrição nuclear ou; quando menos, da qüinqüenal. Colima, também, a exclusão do prêmio de incentivo, da licença prêmio e da sexta-parte.

Contrarrazões às fl. 155/168.

A D. Procuradoria Regional do Trabalho opinou pelo conhecimento e provimento parcial do recurso voluntário (fl. 171/173).

É o relatório.

VOTO

Conheço do recurso, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade.

Não conheço, porém, da remessa oficial, eis que o valor da condenação é inferior a 60 (sessenta) salários mínimos, consoante dispõe o artigo 475, §2°, do Diploma Processual. Inteligência jurisprudencial, aliás, sedimentada na Súmula 303, 1, a, do C. TST.

Da prescrição

A hipótese dos autos não comporta declaração da prescrição nuclear, porquanto os contratos de trabalho das Recorridas encontram-se em plena vigência.

Outrossim, a prescrição quinquenal já fora pronunciada pela Origem (fl. 130), carecendo a Recorrente de interesse recursal no

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br informando: codigo do documento = 111034

16' Tur rra

fl s.

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acompanharam -a petição inicial, contrariando, portanto, o disposto no artigo 4°, da Lei n. 8.975/94 (fl. 06), que, aliás - repise-se -, previa a sua concessão apenas por 12 meses, em caráter transitório.

Por fim, impõe-se ressaltar que, observada a hierarquia das normas, as leis estaduais equivalem a regulamentbs de empresas quando estabelecem direitos aos trabalhadores, não sendo aplicáveis, pois, quando ofensivas aos princípios,norteadores do Direito do Trabalho.

Diante do contexto transato, não merece reparos a r. sentença de origem que, reconhecendo a habitualidade do prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos nos 13° salários, no 1/3 de férias e nos depósitos do FGTS, que mantenho.

Nego provimento.

Da licença prêmio

Reformo.

A licença-prêmio vindicada pelas Recorridas tem por fundamento a Lei n° 10.261, de 18.10.1968 — Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo —, que, em seu artigo 209, dispõe ser direito do funcionário publico, como prêmio de assiduidade, a licença de 90 (noventa) dias em cada período de. 5 (cinco). anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Incontroverso, contudo, que as 'Recorridas foram contratadas pelo regime da CLT, consoante admitiram na petição inicial (fl. 06).

É certo que o artigo 209 do Estatuto refere ao funcionário público stricto sensu, e não ao servidor lato sensu, assim considerado aquele contratado sob o regime da CLT.

A lei confere à cada servidor — estatutário e contratado —vantagens diferentes e incomunicáveis, como, v. g., Fundo de Garaptia somente ao servidor celetista, não se havendo falar, pois, em isonomia de direitos entre o servidor estatutário e o servidor contratado para fins de concessão de licença-prêmio prevista no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - TRT 2a Região

086 23/02/2011

PROC. TRT/SP No 02066006020075020028 (02066200708802007) RECORRENTE(S): VT E FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO(S): Maria Inês de Lima Targa E OUTROS 3

Nesta data, certifico que a'conclusão do V.Acordão n° 20110205531 foi publicada no Diário Oficial Eletrônico deste Tribunal, em 15 de março de 2011, terça-feira. Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, QS autos retornarão à Vara de origem, ficando dispensada a emissão de certidão de trânsito em julgado, nos termos do art.146 da Consolidação das Normas da Corregedoria Regional - Provimento GP/CR no 13/2006:

São Paulo, 15 de-março de 2011.

fiValdir Ce Sec

Azanhá Gonçalves o,da 16a Turma

CERTIFICO que o Exmo. Sr. Procurador da Fazenda Pública do Estado de São Paulo foi devidamente intimado da p blicação-do V. Acórdão retro, nos termos do oficio n° O • 011.

São Paulo, 1 drnarço de 2011.

Secrepri da 16a Turma

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PROC. TRT/SP n° 02066.2007.088.02.00-7 - 16'. TURMA VARA DE ORIGEM: 88' VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP NATUREZA: RECURSO EX OFFICIO E ORDINÁRIO RECORRENTE: VT E FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: MARIA INES DE LIMA TARGA E OUTROS 3

Inconformada com a r. sentença de fl. 130/131, cujo relatório adoto, que julgou parcialmente procedente a ação, recorre, ordinariamente, a reclamada — e a 88a Vara do Trabalho ex officio -, pretendendo a pronúncia da prescrição nuclear ou, quando menos, da qüinqüenal. Colima, também, a exclusão do prêmio de incentivo, da licença prêmio e da sexta-parte.

Contrarrazões às fl. 155/168.

A D. Procuradoria Regional do Trabalho opinou pelo conhecimento e provimento parcial do recurso voluntário (fl. 171/173).

É o relatório.

VOTO

Conheço do recurso, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade.

Não conheço, porém, da remessa oficial, eis que o valor da condenação é inferior a 60 (sessenta) salários mínimos, consoante dispõe o artigo 475, §2°, do Diploma Processual. Inteligência jurisprudencial, aliás, sedimentada na Súmula 303, I, a, do C. TST.

Da prescrição

A hipótese dos autos não comporta declaração da prescrição nuclear, porquanto os contratos de trabalho das Recorridas encontram-se em plena vigência.

Outrossim, a prescrição quinquenal já fora pronunciada pela Origem (fl. 130), carecendo a Recorrente de interesse recursal no

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16' Turrre

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particular.

Da integração da parcela denominada prêmio de incentivo aos salários

Insurge-se a Recorrente contra a r. sentença de origem que, reconhecendo a habitualidade da verba denominada prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos. A Recorrente fundamenta sua pretensão alegando que o pagamento de tal verba teria sido instituída em caráter transitório, através de leis específicas, a teor do princípio emanado pelo artigo 169, da Constituição Federal, sendo vedada, portanto, sua incorporação ao salário.

Sem razão, contudo.

De efeito, deflui da análise dos autos que o prêmio em comento foi instituído, de forma transitória, por 12 meses, para os servidores estaduais vinculados à Secretaria da Saúde, pela Lei Estadual n. 8.975/94, tendo sido estendido, também de modo transitório e por igual período, aos servidores autárquicos, pela Lei Estadual n. 9.185/95 (fl. 06), entre os quais os empregados celetistas da Recorrente, como é o caso das Recorridas, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde, mediante avaliação de determinados fatores (artigo 1°, da Lei n. 8.975/94 - fl. 06).

Entrementes, passado o período legal e sem nenhuma prorrogação legal expressa, tal parcela continuou a ser paga mensalmente por mais de 10 anos, sem que a Recorrente tenha provado a realização de qualquer avaliação ou mesmo preenchimento de qualquer requisito para a sua concessão.

Assim, emerge que o prêmio incentivo, de transitório, passou a ser pago habitualmente, integrando-se, portanto, aos salários para todos os efeitos (artigo 457, §1°, da CLT), sendo irrelevante, nessa hipótese, a natureza jurídica do empregador.

Sublinhe-se, a propósito, que a própria Recorrente reconheceu, ainda que implicitamente, a natureza salarial da parcela denominada prêmio de incentivo, haja vista que passou a efetuar recolhimentos do FGTS e a descontar imposto de renda e contribuições previdenciárias, consoante demonstram os recibos de pagamento que

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16' Turra

fl s.

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acompanharam a petição inicial, contrariando, portanto, o disposto no artigo 4°, da Lei n. 8.975/94 (fl. 06), que, aliás - repise-se -, previa a sua concessão apenas por 12 meses, em caráter transitório.

Por fim, impõe-se ressaltar que, observada a hierarquia das normas, as leis estaduais equivalem a regulamentos de empresas quando estabelecem direitos aos trabalhadores, não sendo aplicáveis, pois, quando ofensivas aos princípios norteadores do Direito do Trabalho.

Diante do contexto transato, não merece reparos a r. sentença de origem que, reconhecendo a habitualidade do prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos nos 13° salários, no 1/3 de férias e nos depósitos do FGTS, que mantenho.

Nego provimento.

Da licença prêmio

Reformo.

A licença-prêmio vindicada pelas Recorridas tem por fundamento a Lei n° 10.261, de 18.10.1968 — Estatuto dos Funcionários_ Públicos Civis do Estado de São Paulo —, que, em seu artigo 209, dispõe ser direito do funcionário público, como prêmio de assiduidade, a licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Incontroverso, contudo, que as Recorridas foram contratadas pelo regime da CLT, consoante admitiram na petição inicial (fl. 06).

É certo que o artigo 209 do Estatuto refere ao funcionário público stricto sensu, e não ao servidor lato sensu, assim considerado aquele contratado sob o regime da CLT.

A lei confere a cada servidor — estatutário e contratado —vantagens diferentes e incomunicáveis, como, v. g., Fundo de Garantia somente ao servidor celetista, não se havendo falar, pois, em isonomia de direitos entre o servidor estatutário e o servidor contratado para fins de concessão de licença-prêmio prevista no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

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Nesse contexto, a licença-prêmio prevista em lei em favor do funcionário público não se aplica aos servidores regidos pelo regime da CLT, como é o caso das Recorridas.

Destarte, dou provimento ao recurso voluntário, para excluir a licença-prêmio.

Da sexta-parte

Carece de interesse recursal a Recorrente no particular, haja vista que a lide não versou sobre o pagamento da sexta-parte.

Isto Posto,

ACORDAM os Magistrados da 16a Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região em NÃO CONHECER da remessa oficial e conhecer e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da Reclamada, para excluir da condenação a licença prêmio, mantendo, no mais, a r. sentença de Origem, nos termos da fundamentação constante do voto da Relatora.

IVETE BERNARDES VIEIRA DE SOUZA Juíza Relatora

JMS

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO

16" TURMA PROC. TRT/SP n° 02066.2007.088.02.00-7 EMBARGOS DECLARATÓRIOS EMBARGANTE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMBARGADO: ACÓRDÃO N° 20110205531

Opõe a reclamada embargos declaratórios às fls. 181/184, alegando a existência de omissões no v. acórdão publicado no que se refere ao reexame necessário, a constitucionalidade do artigo 4° da Lei Estadual n° 8.975/94 e a aplicabilidade da OJ n° 60, da SDI-I, do C. TST.

Destaca, também, a necessidade de prequestionamento. Relatados.

VOTO

Conheço, por tempestivos.

O fato do valor da condenação ter sido arbitrado e não liquidado não afasta o entendimento esposado de impertinência do reexame necessário, conforme o parágrafo 2°, do artigo 475, do CPC e Súmula n° 303, I, a, do C.TST.

Quanto ao valor pago, este não se encontra amparado no artigo 4°, da Lei Estadual n° 8.975/94, pois a verba nele prevista possuía caráter provisório, ao contrário do valor pago aos reclamantes. Sendo assim, não se deixou de aplicar referido artigo, tampouco ele foi julgado inconstitucional, não havendo ofensa à Súmula Vinculante n° 10, do STF.

O que restou reconhecido foi o pagamento de verba de natureza salarial aos reclamantes, sendo que esta não possuía amparo legal. Contudo, a torpeza da Fazenda não pode lhe beneficiar, prevalecendo o disposto no parágrafo 1°, do artigo 457, da CLT.

Por fim, quanto à OJ indicada, esta diz respeito aos portuários. Caso se refira àOJ transitória de n° 60, esta não se aplica ao caso, pois houve o pagamento de parcela salarial sob rubrica diversa, não podendo a ré tirar proveito dessa circunstância.

Pelo exposto, ACORDAM os Magistrados da 16' Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em conhecer dos embargos declaratórios e, no mérito, NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos da fundamentação constante do voto da relatora.

IVETE BERNARDES VIEIRA DE SOUZA

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO

Juíza Relatora raso

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Poder Judiciário Justiça do Trabalho

, Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

Agravante : MARIA INES DE LIMA TARGA E OUTROS Advogado : Dr. Airton Camilo Leite Munhoz Agravante : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Procuradora: Dra. Mônica Maria Petri Farsky Agravados : OS MESMOS GMWOC/acc/fp/rao/ac

DECISÃO

Trata-se de agravos de instrumento interpostos contra a

decisão do Tribunal Regional do Trabalho que denegou seguimento aos recursos de revista.

Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do

Trabalho, em face do disposto no art. 83, § 2°, II, do Regimento Interno do TST.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade quanto à

tempestividade, ao preparo e à regularidade de representação.

A Vice-Presidência do Tribunal Regional do Trabalho negou

seguimento aos recursos de revista interpostos pelas partes agravantes, nos seguintes termos:

RECURSO DE: MARIA INÊS DE LIMA TARGA 1...] REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS BENEFÍCIOS / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL LICENÇA PRÊMIO. Alegaç ão (oes): - violação do(s) art(s). 5°, caput, 22, I, 37, 39, §2°, 173, §1°, II da CF. - violação do(s) art(s). 124, §3°, 129, da Constituição Estadual; 457,

§1°, CLT; 538, CPC; 205, da Lei Complementar Estadual 180/78; 84 da Lei Estadual 8666/93.

- divergência jurisprudencial. Consta do v. Acórdão: Da licença prêmio Reformo. A licença prêmiovindicada pelas Recorridas tem por fundamento a

Lei n° 10.261, de 18.10.1968 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo -, que, em seu artigo 209, dispõe ser direito do funcionário público, como prêmio de assiduidade, a licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

Incontroverso, contudo, que as Recorridas foram contratadas pelo regime da CLT, consoante admitiram na petição inicial (fl. 06).

É certo que o artigo 209 do Estatuto refere ao funcionário público stricto sensu, e não ao servidor lato sensu, assim considerado aquele contratado sob o regime da CLT.

Firmado por assinatura digital em 31/10/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.119/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

A lei confere a cada servidor - estatutário e contratado - vantagens diferentes e incomunicáveis, como, v. g., Fundo de Garantia somente ao servidor celetista, não se havendo falar, pois, em isonomia de direitos entre o servidor estatutário e o servidor contratado para fins de concessão de licença prêmioprevista no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

Nesse contexto, a licença prêmioprevista em lei em favor do funcionário público não se aplica aos servidores regidos pelo regime da CLT, como é o caso das Recorridas.

Destarte, dou provimento ao recurso voluntário, para excluir a licença-prêmio.

O C. Tribunal Superior do Trabalho já firmou entendimento, no sentido de que aos empregados celetistas do Estado de São Paulo não é devida a licença-prêmio estabelecida na Lei Estadual 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo).

Nesse sentido, dentre outros, são os seguintes precedentes: TST-RR-130100-06.2006.5.15.0094, Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 19/05/2010, 5' Turma, Data de Publicação: 28/05/2010; TST-RR-162100-16.2008.5.02.0041, Rel. Ministro Antônio José de Barros Levenhagen, 4a Turma, DJ 05/02/2010; TST-AIRR-176200-28.2002.5.02.0900, Rel. Ministro Mauricio Godinho Delgado, 6" Turma, Dl 19/02/2010; TST-RR-98400-42.2007.5.15.0008, Rel. Ministra Rosa Maria Weber, 3a Turma, DJ 18/12/2009; TST-RR-206300-21.2006.5.15.0008, Rel. Ministra Dora Maria da Costa, 8' Turma, DJ 04/12/2009. Assim, a função uniformizadora do Tribunal Superior do Trabalho já foi cumprida na pacificação da controvérsia, o que obsta o seguimento do presente recurso, quer por divergência, quer por violação de preceito de lei ou da Constituição Federal.

CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao Recurso de Revista. RECURSO DE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO [...I PRESCRIÇÃO. Alegação(ões): - violação do(s) art(s). 7°, XXIX da CF. - violação do(s) art(s). 11, CLT.

Consta do v. Acórdão: Da prescrição A hipótese dos autos não comporta declaração da prescrição

nuclear, porquanto os contratos de trabalho das Recorridas encontram-se em plena vigência.

Outrossim, a prescrição quinquenal já fora pronunciada pela Origem (fl. 130), carecendo a Recorrente de interesse recursal no particular.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

A matéria em discussão é meramente interpretativa, sendo imprescindível para seu reexame, a apresentação de tese oposta, específica, que não restou demonstrada, a teor do disposto no item I, da Súmula n° 296 da Corte Superior.

REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATORIAS E BENEFÍCIOS / PRÊMIO. Alegação(ões): - violação do(s) art(s). 5°, II; 37 da CF. - divergência jurisprudencial. Consta do v. Acórdão: Da integração da parcela denominada prêmio de incentivo aos

salários Insurge-se a Recorrente contra a r. sentença de origem que,

reconhecendo a habitualidade da verba denominada prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos. A Recorrente fundamenta sua pretensão alegando que o pagamento de tal verba teria sido instituída em caráter transitório, através de leis específicas, a teor do princípio emanado pelo artigo 169, da Constituição Federal, sendo vedada, portanto, sua incorporação ao salário.

Sem razão, contudo. De efeito, deflui da análise dos autos que o prêmio em comento foi

instituído, de forma transitória, por 12 meses, para os servidores estaduais vinculados à Secretaria da Saúde, pela Lei Estadual n. 8.975/94, tendo sido estendido, também de modo transitório e por igual período, -aos-servidores autárquicos, pela Lei Estadual n. 9.185/95 (fl. 06), entre os quais os empregados celetistas da Recorrente, como é o caso das Recorridas, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde, mediante avaliação de determinados fatores (artigo 1", da Lei n. 8.975/94 - fl. 06).

Entrementes, passado o período legal e sem nenhuma prorrogação legal expressa, tal parcela continuou a ser paga mensalmente por mais de 10 anos, sem que a Recorrente tenha provado a realização de qualquer avaliação ou mesmo preenchimento de qualquer requisito para a sua concessão.

Assim, emerge que o prêmio incentivo, de transitório, passou a ser pago habitualmente, integrando-se, portanto, aos salários para todos os efeitos (artigo 457 „V", da CLT), sendo irrelevante, nessa hipótese, a natureza jurídica do empregador.

Sublinhe-se, a propósito, que a própria Recorrente reconheceu, ainda que implicitamente, a natureza salarial da parcela denominada prêmio de incentivo, haja vista que passou a efetuar recolhimentos do FGTS e a descontar imposto de renda e contribuições previdenciárias, consoante demonstram os recibos de pagamento que acompanharam a petição inicial, contrariando, portanto, o disposto no artigo 40, da Lei n. 8.975/94 (fl. 06), que, aliás - repise-se -, previa a sua concessão apenas por 12 meses, em caráter transitório.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

Por . fim, impõe-se ressaltar que, observada a hierarquia das normas, as leis estaduais equivalem a regulamentos de empresas quando estabelecem direitos aos trabalhadores, não sendo aplicáveis, pois, quando ofensivas aos princípios norteadores do Direito do Trabalho.

Diante do contexto transato, não merece reparos a r. sentença de origem que, reconhecendo a habitualidade do prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos nos 13" salários, no 1/3 de férias e nos depósitos do FGTS, que mantenho.

Nego provimento. Oferecidos embargos declaratórios, assim se pronunciou o Colegiado: O fato do valor da condenação ter sido arbitrado e não liquidado não

afasta o entendimento esposado de impertinência do reexame necessário, conforme o parágrafo 2°, do artigo 475, do CPC e Súmula n° 303, L a, do C. TST.

Quanto ao valor pago, este não se encontra amparado no artigo 4°, da Lei Estadual n° 8.975/94, pois a verba nele prevista possuía caráter provisório, ao contrário do valor pago aos reclamantes. Sendo assim, não se deixou de aplicar referido artigo, tampouco ele foi julgado inconstitucional, não havendo ofensa à Súmula Vinculante n° 10, do STF.

O que restou reconhecido foi o pagamento de verba de natureza salarial aos reclamantes, sendo que esta não possuía amparo legal. Contudo, a torpeza da Fazenda não pode lhe beneficiar, prevalecendo o disposto no parágrafo 1°, do artigo 457, da CLT.

Por fim, quanto à OJ indicada, esta diz respeito-aos portuários. Caso se refira àOJ transitória de n° 60, esta não se aplica ao caso, pois houve o pagamento de parcela salarial sob rubrica diversa, não podendo a ré tirar proveito dessa circunstância.

A discussão é meramente interpretativa e não trouxe a recorrente demonstração de divergência autorizadora do reexame pretendido. Inservíveis os arestos colacionados, a teor do disposto na alínea "a" do artigo 896 da CLT, no tocante ao órgão prolator, bem como não abordam situação idêntica à definida pela v. decisão, revelando sua inespecificidade para o confronto de teses (Súmulas 23 e 296/TST).

Por outro lado, não se viabilizam as violações apontadas porque não demonstradas de forma literal e inequívoca.

CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao Recurso de Revista.

No caso concreto, verifica-se que, nas minutas dos agravos de

instrumento, as partes não conseguem infirmar as razões da decisão

agravada, a qual encontra seu fundamento de validade no art. 896, § 1°,

da CLT, dispositivo que autoriza o juízo primeiro de admissibilidade a

mandar processar ou negar seguimento ao recurso de revista que não observa

pressuposto extrínseco ou intrínseco de cabimento. Deve, pois, ser confirmada a decisão agravada, por seus

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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls . 5

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

próprios e jurídicos fundamentos, não desconstituídos pelas partes agravantes.

Cumpre destacar que a adoção dos fundamentos constantes da

decisão agravada como expressa razão de decidir atende à exigência legal

e constitucional da motivação das decisões proferidas pelo Poder Judiciário (fundamentos per relationem), conforme entendimento sedimentado pelo STF no MS-27350/DF, Relator Min. Celso de Mello, DJ de

04/06/08, revelando-se legítima e plenamente compatível com preceitos

da Constituição Federal e da legislação infraconstitucional (artigos 93,

inciso IX, da Constituição Federal, 458, inciso II, do CPC e 832 da CLT)

o julgamento per relationem, consubstanciado na remissão a outros atos, manifestações ou peças processuais constantes dos autos.

A jurisprudência da SBDI-1 desta Corte orienta-se no sentido

de conferir plena validade à referida técnica de julgamento, conforme

os seguintes precedentes: E-Ed-AIRR-10307-04.2010.5.05.0000, Rel.

Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT de 03/04/2012;

Ag-E-ED-AgR-AIRR-92640-31.2005.03.0004, Ministro Ives Gandra Martins

Filho, DEJT de 11/05/2012.

Ante o exposto, com amparo no art. 557, caput, do CPC e na Súmula 435 do TST, por serem manifestamente inadmissíveis os recursos de revista, NEGO SEGUIMENTO aos agravos de instrumento.

Publique-se.

Brasília, 31 de outubro de 2014.

Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)

WALMIR OLIVEIRA DA COSTA Ministro Relator

Firmado por assinatura digital em 31/10/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

ACÓRDÃO (1' Turma) GMWOC/he/vmn

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE. PROCURADORIA DO ESTADO. INTIMAÇÃO PESSOAL. A parte agravante não apresenta argumentos novos capazes de desconstituir a juridicidade da decisão agravada. O Código de Processo Civil prevê, em seu art. 236, que a intimação das partes será feita pela publicação dos atos no órgão oficial. Nesse contexto, não havendo previsão legal para que a intimação de Procurador do Estado seja pessoal, aplica-se, por consequência, a regra geral do Código de Processo Civil. Na hipótese vertente, o agravo de instrumento foi interposto quando já exaurido o prazo em dobro para recurso, fixado no art. 1°, III, do Decreto-Lei n° 779/69. Precedentes desta Corte Superior. Agravo a que se nega provimento.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo

em Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n°

TST-Ag-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088, em que é Agravante FAZENDA

PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e são Agravados MARIA INES DE LIMA TARGA

E OUTROS.

Contra a decisão monocrática que negou seguimento ao

agravo de instrumento (fls. 435-439), a reclamada interpõe agravo (fls.

441-442).

O Ministério Público do Trabalho opinou no sentido do

não provimento do apelo (fls. 431-434).

É o relatório.

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fls .2

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VOTO

1. CONHECIMENTO

Satisfeitos os pressupostos genéricos de

admissibilidade recursal quanto à tempestividade (fls. 440 e 441) e à

regularidade de representação (Súmula n° 436, I, do TST), CONHEÇO do

agravo.

2. MÉRITO

Conforme relatado, mediante decisão monocrática, foi

negado seguimento ao agravo de instrumento interposto pela reclamada,

com amparo nos arts. 557, caput, do CPC e na Súmula n° 435 do TST, sob

os seguintes fundamentos, verbis:

A Vice-Presidência do Tribunal Regional do Trabalho negou

seguimento aos recursos de revista interpostos pelas partes agravantes, nos --

seguintes termos: (...) RECURSO DE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO

PAULO [...] PRESCRIÇÃO. Alegação(ões): - violação do(s) art(s). 7°, XXIX da CF. - violação do(s) art(s). 11, CLT. Consta do v. Acórdão: Da prescrição A hipótese dos autos não comporta declaração da

prescrição nuclear, porquanto os contratos de trabalho das Recorridas encontram-se em plena vigência.

Outrossim, a prescrição quinquenal já fora pronunciada pela Origem (11. 130), carecendo a Recorrente de interesse recursal no particular.

A matéria em discussão é meramente interpretativa, sendo imprescindível para seu reexame, a apresentação de tese oposta, específica, que não restou demonstrada, a teor do disposto no item I, da Súmula n° 296 da Corte Superior.

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xd)

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS / PRÊMIO.

Alegação(ões): - violação do(s) art(s). 5°, II; 37 da CF. - divergência jurisprudencial. Consta do v. Acórdão: Da integração da parcela denominada prêmio de

incentivo aos salários Insurge-se a Recorrente contra a r. sentença de origem

que, reconhecendo a habitualidade da verba denominada prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos. A Recorrente fundamenta sua pretensão alegando que o pagamento de tal verba teria sido instituída em caráter transitório, através de leis específicas, a teor do princípio emanado pelo artigo 169, da Constituição Federal, sendo vedada, portanto, sua incorporação ao salário.

Sem razão, contudo. De efeito, deflui da análise dos autos que o prêmio em

comento foi instituído, de forma transitória, por 12 meses, para os servidores estaduais vinculados à Secretaria da Saúde, pela Lei Estadual n. 8.975/94, tendo sido estendido, também de modo transitório e por igual período, aos servidores autárquicos, pela Lei Estadual n. 9.185/95 (fl. 06), entre os quais os empregados celetistas da Recorrente, como é o caso das Recorridas, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde, mediante avaliação de determinados fatores (artigo 1", da Lei n. 8.975/94 - fl. 06).

Entrementes, passado o período legal e sem nenhuma prorrogação legal expressa, tal parcela continuou a ser paga mensalmente por mais de 10 anos, sem que a Recorrente tenha provado a realização de qualquer avaliação ou mesmo preenchimento de qualquer requisito para a sua concessão.

Assim, emerge que o prêmio incentivo, de transitório, passou a ser pago habitualmente, integrando-se, portanto, aos salários para todos os efeitos (artigo 457 „V", da CLT), sendo irrelevante, nessa hipótese, a natureza jurídica do empregador.

Sublinhe-se, a propósito, que a própria Recorrente reconheceu, ainda que implicitamente, a natureza salarial da parcela denominada prêmio de incentivo, haja vista que passou a efetuar recolhimentos do FGTS e a descontar imposto de renda e contribuições previdenciárias, consoante demonstram os recibos de pagamento que acompanharam a petição inicial, contrariando, portanto, o disposto no artigo 40, da Lei n. 8.975/94 (fl. 06), que, aliás - repise-se -, previa a sua concessão apenas por 12 meses, em caráter transitório.

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fls. 4

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

Por fim, impõe-se ressaltar que, observada a hierarquia das normas, as leis estaduais equivalem a regulamentos de empresas quando estabelecem direitos aos trabalhadores, não sendo aplicáveis, pois, quando ofensivas aos princípios norteadores do Direito do Trabalho.

Diante do contexto transato, não merece reparos a r. sentença de origem que, reconhecendo a habitualidade do prêmio de incentivo, deferiu seus reflexos nos 13° salários, no 1/3 de férias e nos depósitos do FGTS, que mantenho.

Nego provimento. Oferecidos embargos declaratórios, assim se pronunciou o

Colegiado: O fato do valor da condenação ter sido arbitrado e não

liquidado não afasta o entendimento esposado de impertinência do reexame necessário, conforme o parágrafo 2°, do artigo 475, do CPC e Súmula n° 303, 1, a, do C.TST.

Quanto ao valor pago, este não se encontra amparado no artigo 4°, da Lei Estadual n° 8.975/94, pois a verba nele prevista possuía caráter provisório, ao contrário do valor pago aos reclamantes. Sendo assim, não se deixou de aplicar referido artigo, tampouco ele foi julgado inconstitucional, não havendo ofensa à Súmula Vinculante n° 10, do STF.

O que restou reconhecido foi o pagamento de verba de natureza salarial aos reclamantes, sendo que esta não possuía amparo legal. Contudo, a torpeza da Fazenda não pode lhe beneficiar, prevalecendo o disposto no parágrafo I°, do artigo 457, da CLT.

Por fim, quanto à OJ indicada, esta diz respeito aos portuários. Caso se refira à OJ transitória de n° 60, esta não se aplica ao caso, pois houve o pagamento de parcela salarial sob rubrica diversa, não podendo a ré tirar proveito dessa circunstância.

A discussão é meramente interpretativa e não trouxe a recorrente demonstração de divergência autorizadora do reexame pretendido. Inservíveis os arestos colacionados, a teor do disposto na alínea "a" do artigo 896 da CLT, no tocante ao órgão prolator, bem como não abordam situação idêntica à definida pela v. decisão, revelando sua inespecificidade para o confronto de teses (Súmulas 23 e 296/TST).

Por outro lado, não se viabilizam as violações apontadas porque não demonstradas de forma literal e inequívoca.

CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao Recurso de Revista.

No caso concreto, verifica-se que, nas minutas dos agravos de

instrumento, as partes não conseguem infirmar as razões da decisão Firmado por assinatura digital em 18/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

agravada, a qual encontra seu fundamento de validade no art. 896, § 1°, da

CLT, dispositivo que autoriza o juízo primeiro de admissibilidade a mandar

processar ou negar seguimento ao recurso de revista que não observa

pressuposto extrínseco ou intrínseco de cabimento.

Deve, pois, ser confirmada a decisão agravada, por seus próprios e

jurídicos fundamentos, não desconstituídos pelas partes agravantes.

Cumpre destacar que a adoção dos fundamentos constantes da decisão

agravada como expressa razão de decidir atende à exigência legal e

constitucional da motivação das decisões proferidas pelo Poder Judiciário

(fundamentos per relationem), conforme entendimento sedimentado pelo

STF no MS-27350/DF, Relator Min. Celso de Mello, DJ de 04/06/08,

revelando-se legítima e plenamente compatível com preceitos da

Constituição Federal e da legislação infraconstitucional (artigos 93, inciso

IX, da Constituição Federal, 458, inciso II, do CPC e 832 da CLT) o

julgamento per relationem, consubstanciado na remissão a outros atos,

manifestações ou peças processuais constantes dos autos.

A jurisprudência da SBDI-1 desta Corte orienta-se no sentido de

conferir plena validade à referida técnica de julgamento, conforme os

seguintes precedentes: E-Ed-AIRR-10307-04.2010.5.05.0000, Rel. Ministro

Augusto César Leite de Carvalho, DEJT de 03/04/2012;

Ag-E-ED-AgR-AIRR-92640-31.2005.03.0004, Ministro Ives Gandra

Martins Filho, DEJT de 11/05/2012.

Ante o exposto, com amparo no art. 557, caput, do CPC e na Súmula

435 do TST, por serem manifestamente inadmissíveis os recursos de revista,

NEGO SEGUIMENTO aos agravos de instrumento.

Contra essa decisão a reclamada, interpõe agravo.

Sustenta que o benefício denominado "prêmio de incentivo", instituído

pela Lei Estadual n° 8.975/94 é verba de caráter transitório, existindo

previsão expressa no art. 4° da referida Lei no sentido de sua não

incorporação aos vencimentos dos servidores estaduais. Aponta violação

dos arts. 5°, II, 37, caput, e X, 61, § 1°, II, a, e 169, § 1°, I e II,

da Constituição Federal. Traz arestos para o cotejo de teses.

À análise.

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Nàb

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

Em melhor análise dos pressupostos de admissibilidade

do agravo de instrumento, observo que o recurso revela-se intempestivo.

Consoante noticia a certidão à fl. 322, a decisão

denegatória do recurso de revista foi publicada em 07/10/2011

(sexta-feira). Assim, a contagem do prazo em dobro, de dezesseis dias,

para interposição do agravo de instrumento iniciou-se em 10/10/2011

(segunda-feira), vindo a expirar em 25/09/2011 (terça-feira).

Entretanto, o recurso foi interposto somente em 09/11/2011

(quarta-feira), quando expirado o prazo de dezesseis dias, fixado no art.

897, caput, da CLT, c/c o art. 1°, III, do Decreto-Lei n° 779/69.

Pontua-se que a contagem dos prazos processuais, para

fins de aferição da tempestividade do recurso, encontra previsão legal

nos arts. 236 e 237 do CPC, verbis:

Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos

Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos

no órgão oficial (...).

Art. 237. Nas demais comarcas--aplicar-se-á o disposto no artigo

antecedente, se houver órgão de publicação dos atos oficiais; não o havendo,

competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados

das partes (...).

Ressalta-se, no mais, que as prerrogativas previstas

na Lei Complementar n° 73/1993 não se estendem aos Estados, na medida

em que se restringe, em seu art. 38, a regulamentar a necessidade de

intimação pessoal do Advogado Geral da União, verbis:

Art. 38. As intimações e notificações são feitas nas pessoas do Advogado da União ou do Procurador da Fazenda Nacional que oficie nos respectivos autos.

Frise-se não há previsão legal para que a intimação

de Procurador do Estado seja pessoal, aplicando-se, por consequência,

a regra geral do Código de Processo Civil.

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PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

Assim, não há possibilidade de se afastar

intempestividade do agravo de instrumento com amparo em notificação

pessoal do Estado ou em retirada dos autos por Procurador do Estado,

levada a efeito com base em Provimento da Corte Regional, uma vez que

a contagem do prazo recursal, matéria de ordem processual, encontra

previsão em lei federal ordinária, nos moldes do art. 22, I, da

Constituição Federal.

Nes-sa linha, são os precedentes desta Corte Superior,

OS quais envolvem a reclamada, verbis:

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

INTEMPESTIVIDADE. FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL.

INTIMAÇÃO. Nega-se provimento a agravo em que a reclamada não

consegue desconstituir o fundamento da decisão proferida no agravo de

instrumento, no sentido de que o Estado e seus representantes não detêm a

prerrogativa da intimação pessoal, considerando-se intimado mediante a

publicação na imprensa oficial, nos termos do art. 236 do CPC. Segundo a

iterativa e notória jurisprudência- desta Corte, a data da retirada dos autos

pelo Procurador do Estado, levada a efeito com base em Provimento da Corte

Regional, não altera o marco inicial para o cômputo do prazo para

interposição de recurso, que tem regulamentação na legislação federal

ordinária, nos moldes do art. 22, I, da Constituição Federal. Agravo a que se

nega provimento (TST-Ag-AIRR-67700-70.2007.5.02.0291, Relator

Ministro Walmir Oliveira da Costa, 1a Turma, DEJT de 28/09/2012).

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROTOCOLIZADO

FORA DO PRAZO PREVISTO EM LEI. INTEMPESTIVIDADE.

PROCURADOR DO ESTADO. INTIMAÇÃO PESSOAL.

PRERROGATIVA NÃO ASSEGURADA EM LEI. 1. À falta de lei

disciplinando a intimação do Estado na pessoa de seu procurador, aplica-se

ao ente público a regra geral prevista no artigo 236 do Código de Processo

Civil. 2. A existência de certidão informando a notificação pessoal do Estado

não socorre a parte, uma vez que a matéria se reveste de índole processual e

de ordem pública. 3. Constatada a intempestividade do agravo de

instrumento, porquanto interposto fora do prazo previsto em lei, não há corno

assegurar-lhe processamento. Precedentes desta Corte superior e do Firmado por assinatura digital em 18/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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Qs)

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Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo não provido.

(TST-Ag-AIRR-201200-95.2009.5.02.0314, Relator Ministro Lelio Bentes

Corrêa, 1' Turma, DEJT de 27/09/2013).

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTEMPESTIVO.

PROCURADOR DO ESTADO. INTIMAÇÃO PESSOAL.

PRERROGATIVA NÃO ASSEGURADA EM LEI. Na ausência de previsão

em lei que determine a intimação pessoal do Procurador do Estado, impõe-se

aplicar, em tais casos, a regra geral prevista no art. 236 do Código de

Processo Civil. A Agravante, portanto, não possui a prerrogativa da

intimação pessoal, à míngua de disposição de lei que lhe garanta tal

beneficio, não lhe aproveitando a intimação pessoal expedida com base em

provimento editado por tribunal. Precedentes. Assim, a decisão agravada foi

proferida em estrita observância aos artigos 896, § 5°, da CLT e 557, caput,

do CPC, razão pela qual é insuscetível de reforma ou reconsideração.

Mantém-se, pois, a decisão agravada. Agravo desprovido.

(TST-Ag-AIRR-133100-88.2009.5.02.0023, Relator Ministro Mauricio

Godinho Delgado, 3' Turma, DEJT de 28/03/2014).

AGRAVO DE -INSTRUMENTO DA FAZENDA PÚBLICA DO

ESTADO DE SÃO PAULO - INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO DE

INSTRUMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL - DESCABIMENTO. Não há

registro nos autos e não houve alegação ou comprovação pela parte, à época

da interposição do recurso, da ocorrência de feriado local, de modo a ensejar

a prorrogação do prazo recursal, o que seria necessário, nos termos da

jurisprudência sedimentada na Súmula n° 385 desta Corte. Por outro lado,

nem se argumente com a ausência de intimação pessoal ou que o termo

inicial se inicia com a retirada dos autos da secretaria, uma vez que não há

previsão legal para esse procedimento. Precedentes. Agravo de instrumento

não conhecido. (TST-AIRR-267700-88.2008.5.02.0085, Relatora

Desembargadora Convocada Maria das Graças Silvany Dourado Laranjeira,

2' Turma, DEJT de 09/11/2012)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMISSIBILIDADE. RECURSO

DE REVISTA. INTEMPESTIVIDADE. O agravo de instrumento

encontra-se intempestivo. O despacho agravado foi publicado em

13/06/2011 (segunda-feira), iniciando a contagem do prazo legal de 16 dias

(prazo em dobro) em 14/06/2011, tendo como termo final o dia 29/06/2011. Firmado por assinatura digital em 18/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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f, Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

A parte interpôs o presente agravo em 21/07/2011. Acrescenta-se, ainda, que

a intimação dos Procuradores de Estado ocorre na forma do artigo 236 do

CPC, pois não gozam do privilégio da intimação pessoal. Precedentes.

Agravo de instrumento não conhecido.

(TST-A1RR-40600-67.2009.5.02.0034, Relator Ministro Emmanoel Pereira,

5' Turma, DEJT de 19/10/2012).

(...) II - AGRAVO DE INSTRUMENTO DA FAZENDA PÚBLICA

DO ESTADO DE SÃO PAULO — INTEMPESTIVIDADE.

O Agravo de Instrumento foi interposto quando já havia expirado o

prazo legal para tanto, sendo, pois, intempestivo. No caso da Fazenda

Pública do Estado de São Paulo, ante a ausência de norma legal assegurando

a prerrogativa da intimação pessoal, a intimação é feita na forma do art. 236,

caput, do CPC. Precedentes. Agravo de Instrumento não conhecido.

(TST-ARR-21700-07.2007.5.02.0034, Relator Desembargador Convocado

João Pedro Silvestrin, 8' Turma, DEJT de 15/08/2014).

No mesmo sentido, destaca-se o precedente do Supremo

Tribunal Federal proferido no- julgamento do AI-AgR-590561, da relatoria-

do Ministro Marco Aurélio, publicado no DJU de 23/2/2007, verbis:

RECURSO - PRAZO - INTIMAÇÃO FICTA VERSUS PESSOAL.

Não sendo pessoal, a intimação ocorre normalmente com a ciência a ser dada

ao representante do Estado - um procurador. A expedição de mandado não

tem o condão de reabrir o prazo recursal considerada a intimação ficta

mediante a publicação do ato no Diário Oficial.

Pontua-se que o Supremo Tribunal Federal já sedimentou

sua jurisprudência no sentido de que a inadmissão de recurso de revista

quando não observados os comandos das leis instrumentais ou aqueles

fixados por jurisprudência pacífica desta Corte, não constitui ofensa

aos princípios da ampla defesa e do contraditório, tampouco negativa de

prestação jurisdicional. Entende, ainda, a Suprema Corte que ofensa a

tais postulados é, em regra, reflexa, não servindo, assim, ao embasamento

de recurso extraordinário (STF-AgR-RE-189.265/DF, Rel. Min. Maurício

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fls. 9

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.10

PROCESSO N° TST-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088 - FASE ATUAL: Ag

Corrêa, 2' Turma, DJ de 10/11/95; STF-AgR-AI-339.862/BA, Rel. Min. Celso

de Mello, 2a Turma, DJ de 14/12/01).

Verifica-se, portanto, que a agravante não expende

nenhum argumento jurídico capaz de infirmar os fundamentos da decisão

agravada, porque o agravo de instrumento não reunia condições de

admissibilidade, por ser intempestivo, devendo ser mantida a decisão,

embora por outros fundamentos.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do agravo e, no mérito,

negar-lhe provimento.

Brasília, 17 de dezembro de 2014.

Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)

WALMIR OLIVEIRA DA COSTA Ministro Relator

Firmado por assinatura digital em 18/12/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

,2"

PROCESSO N° TST-Ag-AIRR-206600-60.2007.5.02.0088

Agravante :FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procurador:Dr. Mônica Maria Petri Farsky

Agravado : MARIA INES DE LIMA TARGA E OUTROS

Advogado : Dr. Airton Camilo Leite Munhoz

DESPACHO

Ante a irregularidade certificada pela Secretaria da Primeira • Turma, a fim de eVitar prejuízo às partes, determino a ') republicação do acórdão prolatado nos presentes autos.

A Secretaria da Primeira Turma para as providências

cabíveis, nos termos do artigo 81, V, do Regimento Interno do TST.

Brasília, 13 de fevereiro de,2015.

Firmado por assinatura digital (MI, 2.200=2/2001)

LELIO BENTES CORRÊA- Ministro Presidente da Primeira Turma

Firmado por aosinatura digital em 1:3/02/2015 pelo eietene riasineJus da Ju•tiça do Trabaldo, conforme MP 2.200-2/2001, que ins!:-.ituin a intra-Estrutura de Chaves Publea= O'ae Jeira.

Poder Judiciário Justiça do Trabalho

- Tribunal Superior do Trabalho Secretaria da la Turma

PROCESSO N.° TST-Ag-AIRR - 206600-60.2007.5.02.0088

Certidão de Republicação

Certifico que a ementa e a decisão, relativas ao acórdão prolatado no processo em referência, foram divulgadas no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho em 26/02/2015, . sendo consideradas republicadas em 27/02/2015, nos termos da Lei if 11.419/2006.

Brasília, 26 de fevereiro de 2015.

Firmado por Assinatura Eletrônica

MARLI DA SILVA ALBUQUERQUE,

Supervisor De Seção

[ninado por assinatura eletrônica em 2(V02/2015 pelo(a) Supervisou De Seção MARIA DA SII,VA A IMIIQUESQUE. por meio do Sistema de

Informações Judiciárias, nos termo_, da Lei no 11 410/2006

Processo N° Ag-AIRR - 206600-60.2007.5.02.0088

CERTIDÃO

Certifico que, até o dia 31/03/2015, não houve interposição de recurso contra a decisão proferida nestes autos.

Brasília, 8 de abril de 2015.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei a° 11.419-12006)

CANDI DA ANTUNES -FERREIRA LOPES TÉCNICO JUDICIÁRIO

Firmado por assinatura eletrônica, em 08/04/2015, pelo(a) TECNICO PIDICI AR O. CANDIDA ANTUNES FERREIRA LOPES, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n" 1 I .41912006.

Processo N° Ag-AIRR - 206600-60.2007.5.02.0088

TERMO DE REMESSA AO TRT

Nesta data, faço a remessa dos presentes autos ao Tribunal Regional do Trabalho, para as providências cabíveis.

Brasília, 8 de abril de 2015.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei n 11.41912006)

ALEX ALEXANDER ABDALLAH JUNIOR - Sccretário da 1' Turma

Firmildo por assina era (W04/2015, pelo(a) TECNICO JUDIC1 AR O. CA N DMA ANTUNES FERREIRA LOPES. por meio do Sistema de Informações Judiciáias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

2L

Processo N° Ag-AIRR - 206600-60.2007.5.02.0088

CERTIDÃO DE ORIGEM DE DOCUMENTO ELETRÔNICO .

Certifico, nos termos do § 2° do art. 3° do Ato.Conjunto n° 10/2010 - TST.CSJI, que o presente arquivo foi gerado por esta Corte para remessa eletrônica ao Tribunal Regional do Trabalho.

Brasília, 8de abril de2015.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei na 1.419/2006)

ALEX ALEXANDERABDALLAH JUNIOR , Secretário da la Turma

Firmado por assinatura detronica, em 08/04/2015, pelo(a) TFCNICO JUDICIAR O. CA NDIDA ANTUNES FERREIRA LOPES, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n' 11.410/2006.

REMESSA Nesta data, faço remessa dos presentes

autos ao MM. Juizo de origem. São Paulo, 15 de maio de 2015.

SECRETARIA DE APOIO DICIÁRIO DIGILIZA TA O

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2' Região 88' Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

303 cí\

88" . Vara do Trabalho de São Paulo

Processo n" 02066006020075020088

CONCLUSÃO

Neste aio . faço os presentes autos conclusos ao MM Juiz do Trabalho, informando seu-relorno-do E.TRL lendo sido reformada parcialmente,a sentençu

São Paulo, 15 de junho de 2015.

Rafada Lenzi Técnico Judiciário -Área Administrativa

Vistos etc.

Cumpra-se o acórdão de fls. 177.

Apresentem as reclainamtes os cálculos de liquidação, inclusive da . contribuição

previdenciária em sua inteira composição (cola empregado e empregador) no prazo de 30 dias, sob

Pena de preclusão.

São Paulo, data supra.

Homero Batista Mateus dá Silvá

Juiz do. Trabalho Titular da 88" VT/SP

(Pág. ///)

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br. Código do documento: 3891777 Data da assina?un:,' 15/06/2015, 03:27 PM.Assinado por: HOMERO BATISTA MATEUS DA SILVA

Alexander Sil Procurador do o

rães Pereira

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

REF. OBRIGAÇÃO DE FAZER - URGENTE INTERESSADA: NII~Yok-T-05-9GS-9~5- friAKi4 .12 LeMn .(e

PROCESSO: 0206600-60.2007.5.02.0088 - 88a. Vara do Trabalho da Capital

Represento no sentido de ser providenciado cumprimento de obrigação de fazer decorrente da reclamação trabalhista em epígrafe, consistente em:

1) apostilamento do direito aos reflexos do prêmio de incentivo sobre 13° salário, 1/3 de férias e depósitos do FGTS;

2) apostilamento do direito ao quinquênio.

Diante do exposto, requer-se o encaminhamento do presente expediente à Secretaria da Fazenda para elaboração da fórmula de cálculo, com a máxima urgência possível.

Devido ao curto prazo de implementação e risco de multa por atraso, solicito o encaminhamento imediato do presente processo, tendo em vista que já houve o trânsito em julgado.

Elaborada a fórmula de cálculo, remeta-se à Secretaria da Saúde para cumprimento da obrigação de fazer, com a máxima urgência.

Cumprida a obrigação de fazer, retorne o presente expediente a esta Procuradoria Judicial, para comprovação do atendimento à determinação judicial.

Encaminhe-se à Secretaria da Fazenda, com prévio trânsito pelo GPJ.

São Paulo, 29 de se bro de 2015.

Página 1 de 3

Acompanhamento Processual em ia Instância

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Processo : São Paulo - Capital

Vara: 088 - 02066006020075020088

Distribuído em 09/10/2007 7

AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Maria Inês de Lima Targa + 3

AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

Fazenda do Estado de São Paulo

Procedência em parte de Ação em 01/02/2008

Alt. Sol.: Procedência em parte de Ação em 15/06/2015

Trâmite(s)

22/10/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 16/11/2015 - Fazenda do Estado de São Paulo

16/10/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Fazenda do Estado de São Paulo-Réu

e (0011 )00000001, São Paulo-SP

08/10/2015 Expedição de Notificação Ciência Despacho

Doc : 06084/2015

Re1:00001/2015 Envio: EM MÃOS

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

30/09/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 25/10/2015 - Fazenda do Estado de São Paulo

30/09/2015 Protocolo de Petição de Manifestação

Número do Protocolo: 74929

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

25/09/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Fazenda do Estado de São Paulo-Réu

e (0000 )00000001, São Paulo-SP

04/09/2015 Expedição de Notificação Ciência Despacho

Doc : 05123/2015

Re1:00001/2015 Envio: EM MÃOS

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

23/06/2015 Protocolo de Petição de Manifestação sobre despacho

Número do Protocolo: 8823273

Nome: Maria Inês de Lima Targa

Autor :

Advogado :

Réu :

Solução :

Solução :

Data(s)

http://aplicacoes5.trtspjus.br/consultasphp/public/index.php/primeirainstancia 14/03/2016

Governo do Estado do Sao Paulo

Secretaria da :7,izenda

Rol de Autores - Dados Funcionais

Processo PJ :

PJ-287493/2015

Processo n° :

0206600-60.2007.5.02.0088 - 88v Vara do Trabalho

Interessado :

MARIA INES DE LIMA TARGA E 00

Assunto :

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Nome MARIA INES DE LIMA TARGA

Data Ingresso 10/03/1988

Data Falec. RG 5492205

RS 5918091

Data de Nascimento 21/02/1957

Sexo F

CPF 1031426817

Envio PV EX EV Inicio Exercício 01 10/03/1988

Data Situação

18/08/1989 Situação

EXCLUI

Cargo

7927 Cat. F

6°Parte Quin N

Jor Padrão Nível Secret. 3 5 A 9

UA

58315 Orgão DSD

1 SD 145

DRA NRH

02 01/04/1991 10/03/2008 EXCLUI 4032 N 3 2 1 F 86836 1 145 NRH

Nome

MARIA DE LOURDES DAMASCENO Data Ingresso Data Falec 23/02/1990

RG 8707534

RS 725988:

Data de Nasci to 06/09/1956

exo F

CPF

10760764832 Envio PV EX EV Início Exercício

01 23/02/1990 Data Situação 23/02/1990

Situação ATIVO

argo 5402

Cat. N

6°Parte S

Quin 4

Jor Padrão Nivel Secret 1 C 9 '

UA 86443

Orgão DSD 1

SD 145

DRA NRH

Nome Data Ingresso VANDA BRAULIO LONEL 06/05/1985

Data Falec. RG 7281444

RS 6973530

ta de Nascimento Se 27/02/1955

E

CPF

24693113816 Envio PV EX EV Inicio Exercício

01 06/05/1985 Data Situação

03/10/2011 Situação

EXCLUI Cargo 4056

Cat. N

6°Parte N

Quin 4

Jor Padrão Nível Secret 2 A Ç9)

UA 864.3

Orgão DSD 1

SD 145

DRA NRH

Nome Data Ingresso MILMA REIS 13/09/1990

Data Falec. RG 8197510

RS 7286594

Data de ,ascimento Sexo 01/03 954 F

CPF 60575786868

Envio PV EX EV Inicio Exercício 01 13/09/1990

Data Situação 13/09/1990

Situação AF S/P

Cargo 5402

Cat. N

6°Parte

S Quin • 4

Jor Padrão Nivek-Sepre 1 B l' 9 ‘`, 59192

UA Orgão DSD 1

SD

145

DRA

NRH

"tal de Autores : 4

1 12/03/2016 (Caso : 8740216 )

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO 13.1 N2

PROCESSO N.2

INTERESSADO

ASSUNTO

287493/2015

0206600-60.2007.5.02.0088 — 882 VT

MARIA INES DE LIMA TARGA E 00

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação:

Direito aos reflexos do Prêmio de Incentivo sobre o décimo terceiro salário,

terço constitucional de férias e depósitos do FGTS, bem como recálculo dos

quinquênios sobre os vencimentos integrais, nos termos do art. 129 da

Constituição Estadual, a partir de 05/10/89, respeitada a prescrição

quinquenal.

Quanto ao reflexo do Prêmio de Incentivo sobre o décimo terceiro salário, terço constitucional de férias e depósitos do FGTS:

• Compete exclusivamente ao órgão de pessoal da Secretaria da Saúde o

apostilamento do título da autora na forma e modo traçados pela Procuradora encarregada do presente feito judicial.

• É conveniente ao ser cumprida a Obrigação de Fazer cientificar a Comissão

Técnica de Sistema de Gratificações de Saúde, para conhecimento e adoção de providências pertinentes.

Quanto ao recálculos dos quinquênios sobre os vencimentos integrais:

• Quando da Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os

cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir os quinquênios sobre

aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.

• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código VD 008473 — Adic. S/ Integrais — Res. CC 138/12 — AJ, por parte da Fazenda Estadual.

• Deverá ser observada a prescrição quinquenal, esclarecendo que a distribuição

da reclamação trabalhista ocorreu em data de 09/10/2007, devendo os reflexos

pecuniários retroagirem a 09/10/2002.

DDP/CIPJ, março de 2016.

De acord

forma proposta. DDP/ de março de 2016.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/ DDPE/ CIPJ PGE/ JUDICIAL/ SAP

PROCESSO pi N2

PROCESSO N.

INTERESSADO

ASSUNTO

287493/2015

0206600-60.2007.5.02.0088 — 889 VT MARIA INES DE LIMA TARGA E 00

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de

Fazer, face a ação movida por: MARIA INES DE LIMA TARGA E 00.

Juntamos às fls. 63 a fórmula de cálculo para

cumprimento do julgado ante a manifestação do(a) Procurador(a) da causa às fls. 60, nos termos do Decreto n9 61.782/2016, para o cumprimento da Obrigação de Fazer.

Deverá ser observada a manifestação do (a) Procurador

(a) Oficiante quando do cumprimento da obrigação de fazer, o prazo para retorno,

assim como informe do trânsito em julgado em atendimento a Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência — SPPREV n9 25/2012 e Instrução n2 01/2002 do TCE no respectivo Processo Único de Contagem de Tempo (PUCT).

Após as providências adotadas pela Pasta em questão,

deverão ser encaminhadas cópias das apostilas diretamente aos autos no Poder

Judiciário, por meio de ofício com indicativo do processo, vara e encabeçante (art. 92 do referido diploma legal).

Isso posto, encaminhe-se o presente para o devido

apostilamento do direito conforme Resolução Conjunta SF/PGE 03, de 04/02/2016 à (s):

( ) Secretaria da Saúde

ADE NDO A ILVA JUNIOR Dir r Téc. de Divisão d Fazenda Estadual

rkí. # the P7 F-.2t!,;:e:;

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da CRH/GGP/Centro de

Legislação de Pessoal, apensamos ao processo n° 001/0941/287.493/2015

o processo n° 001/0001/004.127/2007.

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA/PROTOCOLO

21/03/2016

Jõddinftit fRettetti Diretor-I

CGA/CPEA/PROTOCOLO

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fl.

GGP/CLP

INTERESSADO:

ASSUNTO:

PROCESSO N°. 001/0941/287.493/2015 (AP N°. 001/0001/004.127/2007)

MARIA INES DE LIMA TARGA (E OUTROS)

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de Recursos

Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista de

decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n° 0206600-60.2007.5.02.0088

(88a Vara do Trabalho/SP), PJ/F n.° 2015.01.287493 e AP n.° 001.0001. 004.127/2007, em

nome de MARIA INES DE LIMA TARGA (E OUTROS), que as interessadas (contra

capa), fazem jus ao:

"- direito aos reflexos do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei n°. 8.975/94 e

alterações posteriores, na base de cálculo do décimo terceiro salário e do terço

constitucional de férias percebidos, com o pagamento das diferenças;

- incidência dos adicionais temporais, representados pelos quinquênios, de forma que

seja calculado sobre os vencimentos integrais, salvo as eventuais, nos termos do art. 129

da Constituição Estadual, a partir de 05/10/89;

- Em ambos, deverá ser respeitada a prescrição quinquenal a contar do ajuizamento da

ação que ocorreu em 09/10/2007."

CLP, em 31 de março de 2016.

ORLANDj G FERNANDES IR R TÉCNICO II

JM