livro ecos no porão
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ECOS NO PORÃO –VOLUME 2SILVEIRA DE SOUZA
ProfªValéria Lima
SÍNTESE DA OBRA
PRIMEIRA PARTE – CANÁRIO DE ASSOBIO(1985)
• O homenzinho que corria
Narração 3ª pessoa
• O narrador comenta que um homem estava em suajanela, distraído, quando viu a figura de um homenzinhodescendo correndo a Avenida Ivo Silveira(Capoeiras) fazendocooper.
• Descreve o homenzinho em um velhote muito magro, enfiadoem um espalhafatoso e folgado calção verde, usando tênisazul e uma camiseta vermelha regata.
• O meu secretário
Narração: 1ª pessoa
• Um homem que contrata os serviços de um secretário e comos conselhos deste passa a perceber como vinha agindo deum modo errado.
• O secretário passa ditar regras para um bom relacionamentopessoal e profissional e assim o homem ganha as eleições.
• Românticas neuroses
Narração: 3ª pessoa
• É a história de um homem, que trabalha em um escritório eque de vez em quando, para seu serviço e fica se imaginandocom uma mulher que deseja.
• Uma insólita amizade
Narração: 3ª pessoa
• A história de dois senhores( um gordo e um magro) desconhecidos que sempre se sentavam em um banco de jardim, no Centro de Florianópolis, para conversar de assuntos como aposentadoria, tempos e costumes antigos. Até que um dia o senhor magro não aparece mais.
• Porcelanas
Narração: 3ª pessoa
• Uma mulher que possuía gatos e a cada morte de seusanimais de estimação, vinha-lhe uma súbita vontade dedescobrir uma nova peça para a beleza de uma composiçãoimaginada.
Marduk Kish
Erech
• Um nome: Marina
Narração: 1ª pessoa
• A personagem relata sua infância com o pai, depois relembra a adolescência com os meninos gritando: “Oi Marina”.
• Relembra o 1º namorado e o rapaz que fugiu aos 19 anos com quem viveu por um certo tempo e depois o abandonou-o.
• Aos 23 anos se viu mais madura e nostálgica.
• Casou-se com um homem que era muito apaixonado por ela. Marina fugiu na festa de casamento e foi dançar nua e bêbada sobre a mesa de uma boate. Na saída, ele a esperava com um punhal que brilhava.
• O velhinho das trovas
Narração: 1ª pessoa
• O narrador fala de um velho de sua imaginação, sonha comum tipo de velho que era viúvo e morava com uma filhafeiosa, e tinha um filho internado na Colônia Santana poralcoolismo.
• Depois imagina-o sentadinho na poltrona da casa dele, usandosandálias, a barriguinha saliente.
• Canário de assobio
Narração: 1ª pessoa
• Negra era a criada da casa do narrador, responsável por limpartodos os dias a gaiola cheia de coco e de trocar a água dopassarinho. Mas era muito desastrada, e cada vez que issoacontecia, o canário ficava estressado.
• Um dia, Negra foi limpar a gaiola e deixou o passarinho fugir.
• Foram momentos de profunda tristeza e espreita para ogaroto que sofria a perda do animal.
• SEGUNDA PARTE – RELATOS ESCOLHIDOS(1988)
• O olho de Deus
Narração: 3ª pessoa
• O narrador, um funcionário público relembra uma certa noitedos anos 80, quando saiu e foi até uma danceteria(wisqueria)– Sandália de Prata e encontrou uma velha conhecida, a belaNádia negra, a Naja do ébano, com suas sandálias de prata.
• Uma voz abafada
Narração: 3ª pessoa
• Alguém caminhando preocupado pelas ruas da ilha, sempremais pontilhadas de rostos estranhos. Alguém que ignorasseou simplesmente não visse a movimentação do trânsito. Semdúvida poderia esse alguém ouvir de repente uma vozsurda, abafada, a extravasar um apelo como o som preso nooco de um búzio: “Socorro! Socorro!”
• O álbum de ceninhas
Narração: 1ª pessoa
• Dois amigos de longa data, após trinta anos, reúnem-se nacasa de um deles e relembram seus tempos depassado, quando eram vizinhos.
• Assunto principal: coleção de cenas de filmes que alguns delesfaziam(Rafael, primo do Valdir, operador de projeções do cineOdeon).
• Vidraças partidas
Narração: 3ª pessoa
• Um velho aguarda a presença de um rapaz na praia.
• Cinco dias úteis
Narração: 1ª pessoa
• Segunda: Um dia normal na repartição. Aristófanes Soares vaiao banheiro e quando sai vê sete funcionárias ajoelhadas aochão rezando.
• Terça: Nataércia vai até a casa do narrador confeccionarbonecas de pano.
• Quarta: a mulher do narrador avisou que osvizinhos, velhinhos, não estavam bem. Logo foram levados aum centro de umbanda da Mariazinha dos Despachos.
• Quinta: O narrador foi até o escritório do Sr. Virgolino Ferreira para vender algumas de suas ações telefônicas, mas a secretária pediu que ele voltasse no outro dia.
• Sexta: O narrador retornou ao escritório do Sr. Virgolino, pois havia urgência em receber o dinheiro. Quando abre a porta se depara com o homem de peruca ruiva, rebolando os quadris e sacudindo as pernas cantando uma música: “Tutti frutti, oh, groovy”
• TERCEIRA PARTE – CONTAS DE VIDRO(2002)
• Altamira
Narração: 1ª pessoa
• O narrador fala da empregada doméstica Altamira queadorava ouvir músicas clássicas.
• Admirava a mulher pela sensibilidade e inteligência e faziacomparações com as irmãs e a mãe pela vitalidade e belezaque ela esbanjava.
• Planos
Narração: 1ª pessoa
• O narrador-personagem sente-se vazio quando vê que seus planos com seu amante não deram certo.
• Depoimento
Narração: 1ª pessoa
• Um sujeito está em uma delegacia dando depoimento pelamorte de uma mulher chamada Doraci, sua “amizadecolorida”.
• Conta que estava no bailão naquela noite e que Doraciaparecera com um sujeito estranho.
• Papo da avozinha
Narração: 3ª pessoa
• A história de diálogo entre um neto e uma avó pra lá de moderna.
• A avó explica várias coisas a respeito de Newton, Guerra de Troia...
• Ruídos na casa
Narração: 3ª pessoa
• O narrador acorda no meio da noite com a sensação de terouvido ruído dentro da casa.
• Ao caminhar pela casa, fazendo a vistoria, percebe algo quenunca havia prestado atenção... Seu coração murchara para avida.
• Um, dois, três
Narrador: 3ª pessoa
• Um dia muito estranho. O filho adulto e desempregadoacordara com os olhos inchados e vermelhos, gritando com amãe.
• Na televisão, o depoimento de um ministro dizia que estavamquerendo levar o país a um caos.
• Naquele dia, a mãe não conseguiu ir ao trabalho, pois estavacansada e faminta, afinal, já eram quatro horas da tarde.
• Diário da campanha
Narração: 1ª pessoa
• O personagem fica acampado numa colina por três dias, juntoa uma clareira entre as árvores, onde arma a barraca de lona.
• Fica a sonhar e a viajar em seu pensamento... Imaginando oinimigo... Se imagina um caçador de centauros(objeto deinfância)...
• O tudo do Sr. Lenard
Narração: 3ª pessoa
• É a história de um estudioso (talvez um cientista), que mostraa três espectadores experiências a partir de um tubo deensaio.
• Primeiro ele funde dois terminais de metal, e chama de“eletrodos”.
• Depois mistura as cores do tubo e fala da revoluçãomicroeletrônica...
• He, he, he, he!
Narração: 3ª pessoa
• Havia uma mesa de reuniões e cinco indivíduosimpecavelmente bem-vestidos (terno, gravata, e sapatoslustrosos) trocavam ideias.
• De repente um deles, o homem mais baixo, começa a contar-lhes uma história de Jean de Léry, um navegador francês quechegou aqui no Brasil, por volta de 1557.
• Contas de vidro
Narração: 1ª pessoa
• Em uma mesma casa, moravam o morador, que estavadesempregado – havia sido despedido da fábrica de conservas– a prima Júlia, que tinha 50 anos e era a cozinheira da casa, eMário, que trabalhava em uma relojoaria.
• Um dia, Mario trouxe cinco contas de vidro para casa, a fim deque eles pudessem se divertir fazendo desenhos.
• QUARTA PARTE – OUTROS RELATOS
• Grotesca armação
Narração: 1ª pessoa
• O narrador e sua namorada Nadir mantinham umrelacionamento com um velho. O homem permitia que eladormisse com ele para poder aliviar a barra financeira queeles estavam passando.
• Mataram o velho e depois tiveram que dar fim ao corpo.Foram até no alto do Morro do Boi, caminho paraCamboriú, às margens da BR 101, e jogaram o corpo contra osrochedos até rolar no mar.
• Inocente útil
Narração: 3ª pessoa
• O personagem está internado em um sanatório e Marcela sempre vai visitá-lo. Quando o médico vinha vê-lo, acontecia às vezes um diálogo.
• Os dois falavam de um homem que fora preso, torturado pela Ditadura, acusado de comunista.
• Quase três horas em Candeias
Narração: 1ª pessoa
• O narrador, D. e V.(personagens sem nomes) se encontraramnum lugar chamado Candeias para ir até o Cine Teatro Culturaa fim de assistirem um espetáculo.
• O que lhes chamou a atenção foi um homenzinho baixo emagro, rosto melancólico e débil, apoiava a bunda sobre umabanqueta redonda... Ele não possuía os dois braços.
• Associações caóticas
Narração: 1ª pessoa
• O narrador conta que estava com sua amiga Dioclécia, uma garota que, segundo ele, andava sempre vestida de palhaça, com aquela calça jeans vermelha, blusa de seda verde e o tênis com arabescos de várias cores. Mas o que atraía nela era a sua inteligência.
• As personagens começam a refletir sobre o caos, sobre atitudes caóticas, confusão, anarquia.
• Ecos no Porão
Narração: 1ª pessoa
• O narrador inicia a história dizendo que estava cada vez maiscomum seu pai lhe dar dinheiro para comprar “remédio” noarmazém. A mãe ficava sempre muito apreensiva quando issoacontecia, pois o tal remédio era, na verdade, aguardente.
• O comportamento do pai se alterava, a rotina da casa mudavae o casal brigava muito.
ANÁLISE DA OBRA
• Tempo e espaço
• Região da Grande Florianópolis (Rua Felipe Schmidt, PraçaXV, Avenida Ivo Silveira, a Ponte...)
• O tempo não é relatado, mas supõe-se um passado não muitodistante.
• Temática
• São várias as temáticas encontradas na obra. No entanto asmais empregadas são a velhice, a loucura, a volta à infância eo homossexualismo.
• Narração
• As histórias são narradas em primeira e terceira pessoas.
• Há narradores personagens (aqueles que participam da ação) e narradores observadores (aqueles que apenas contam a história, mas não participam).
• Linguagem
• Linguagem simples, porém bem trabalhada.
• Não há traços significativos de coloquialidade, portanto, em sua grande maioria, permanece a forma culta da língua portuguesa.
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• FIM
• FIM
• FIM
ECOS NO PORÃO – VOLUME 2SILVEIRA DE SOUZA
Profª Valéria Lima