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arquitectura Informação Técnica de Arquitectura ITA 10 Dimensões do mobiliário e do equipamento na habitação João Branco Pedro Leonor Vasconcelos Mara Monteiro Catarina Gerónimo

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  • arquitectura

    Informao Tcnica de Arquitectura ITA 10

    Dimenses do mobilirio

    e do equipamento na habitao

    Joo Branco Pedro Leonor VasconcelosMara Monteiro Catarina Gernimo

  • I

    Dimenses do mobilirio e do equipamento na habitao

    Resumo

    Para que as habitaes sejam adequadas ao uso devem conter espaos com rea,

    dimenses e equipamentos que permitam o desenvolvimento das funes

    domsticas, bem como possibilitar o acesso conveniente aos espaos que as

    constituem. A rea e as dimenses de cada espao das habitaes devem ser

    determinadas tendo em considerao o mobilirio e o equipamento necessrios ao

    desenvolvimento das funes domsticas. As dimenses do mobilirio e do

    equipamento so portanto informao tcnica essencial para a elaborao e a

    anlise de projectos de edifcios habitacionais.

    Nesta publicao apresentam-se as dimenses do mobilirio e do equipamento

    frequentemente utilizados na habitao. So tambm apresentadas as dimenses de

    alguns elementos construtivos (e.g., portas e escadas) e veculos (e.g., bicicletas,

    motociclos e automveis), que se consideram necessrios para o dimensionamento

    dos espaos da habitao.

    As dimenses foram definidas com base na anlise de uma amostra de mobilirio e

    de equipamento comercializado em Portugal. A amostra foi constituda com

    informao retirada de catlogos impressos ou disponveis na Internet. As dimenses

    obtidas na anlise da amostra foram aferidas com as dimenses definidas em

    bibliografia de referncia.

    Para cada elemento so indicadas as suas dimenses fsicas e as suas dimenses de

    uso, estabelecidas segundo trs nveis de desempenho (i.e., mnimo, recomendvel e

    ptimo).

    Aps a introduo, a publicao contm um captulo com as dimenses

    antropomtricas estticas de indivduos adultos portugueses. Os captulos seguintes

    abordam cada uma das onze funes em que foi dividido o uso da habitao. Cada

    um destes captulos contm: uma descrio resumida da funo, a listagem das

    actividades includas na funo, desenhos com as dimenses do mobilirio e do

    equipamento utilizado nessa funo, desenhos com esquemas que ilustram a

    utilizao desse mobilirio e equipamento, e notas de apoio interpretao dos

    desenhos.

  • II

    Dimensions of housing furniture and equipment

    Abstract

    To ensure functionality, dwellings should contain spaces with area, dimensions and

    equipment that enable the development of domestic functions, as well as

    convenient access to spaces that constitute them. The area and dimensions of each

    space of the dwellings should be set taking into account the furniture and equipment

    necessary to the development of the domestic functions. The dimensions of

    furniture and equipment are therefore essential technical information to develop

    and analyse dwelling designs.

    This publication presents the dimensions of furniture and equipment frequently used

    in dwellings. The dimensions of some constructive elements (e.g., doors e stairs) and

    vehicles (e.g., bicycles, motorcycles and cars) are also presented, because they are

    considered necessary for the design of dwelling's spaces.

    The dimensions were defined based on analysis of a sample of furniture and

    equipment sold in Portugal. The sample was made with information taken from

    catalogues available online or printed. The dimensions obtained in the analysis of the

    sample were compared with the dimensions set in bibliography.

    For each element the physical dimensions and the dimensions in use are defined,

    according to three performance levels (i.e., minimum, recommended and optimal).

    After the introduction, the publication contains a chapter with the most common

    static anthropometric measurements of Portuguese adult persons. The following

    chapters cover each of the eleven functions in which the housing use was divided.

    Each of these chapters contains: a brief description of the function, the list of

    activities included in the function, drawings with the dimensions of the furniture and

    equipment used in that function, drawings with diagrams that illustrate the use of

    furniture and equipment, and notes to support the interpretation of drawings.

  • III

    ndice

    Introduo ......................................................................................................................................... 1

    0. Dimenses antropomtricas .............................................................................................. 15

    1. Dormir/descanso ................................................................................................................... 21

    2. Preparao de refeies ....................................................................................................... 29

    3. Refeies.................................................................................................................................. 39

    4. Estar/reunir ............................................................................................................................. 51

    5. Diverso/estudo/trabalho ................................................................................................... 63

    6. Tratamento de roupa ........................................................................................................... 73

    7. Higiene pessoal/sade ......................................................................................................... 79

    8. Circulao................................................................................................................................ 87

    9. Organizao/gesto domstica ....................................................................................... 103

    10. Permanncia no exterior privado .................................................................................... 107

    11. Estacionamento privado .................................................................................................... 119

    Referncias bibliogrficas ......................................................................................................... 145

    Anexo Metodologia de investigao .................................................................................. 149

  • 1

    Introduo

    Enquadramento

    De modo a promover o bem-estar dos moradores, as habitaes devem adequar-se

    s necessidades das famlias ou agregados que previsivelmente a utilizaro. As

    habitaes devem portanto proporcionar um ambiente seguro, com condies de

    higiene e conforto, adequado aos usos dos moradores e que seja motivador de

    satisfao esttica. Para que as habitaes sejam adequadas ao uso devem conter

    espaos com rea, dimenses e equipamentos que permitam o desenvolvimento das

    funes domsticas, bem como possibilitar o acesso conveniente aos espaos que as

    constituem. A rea e as dimenses de cada espao das habitaes devem ser

    determinadas tendo em considerao a composio do mobilirio e do equipamento

    necessrios ao desenvolvimento das funes domsticas previstas (Pedro, 2009).

    As dimenses do mobilirio e do equipamento so informao tcnica essencial para

    a anlise e a elaborao de projectos de edifcios habitacionais. Atendendo a este

    facto, as dimenses do mobilirio e do equipamento surgem em estudos publicados

    em diversos pases ao longo das ltimas dcadas, que podem ser agrupados nos

    seguintes tipos:

    1) estudos sobre o dimensionamento da habitao (Dybbroe e Meyer, 1959;

    McCullough, 1962; MHLG, 1963; NBA, 1965; Portas, 1969; Thiberg, 1970;

    Svennar, 1975; Lamure, 1976; Herbert et al., 1978; Drake e Pheasant, 1984;

    Pedro, 1999a; Palermo, 2009; Design for London, 2010);

    2) manuais de apoio ao projecto em que os edifcios de habitao so um dos

    tipos de edifcios considerados (Griffini, 1948; Neufert, 1970; Benevolo,

    1977; Tutt e Adler, 1979; Menghi, 1992; Chiara et al., 1995);

    3) documentos regulamentares e normativos que enquadram a construo de

    habitao (MOPU, 1978; ITCC, 1983; Portugal, 1985; Swedish Standard,

    1994b; CEF, 2002; ABNT, 2007);

    4) estudos especficos sobre o dimensionamento do mobilirio e do

    equipamento (BR, 1957; Noble, 1982; Boueri et al., 2004; Boueri, 2005;

    Boueri, 2008a);

    5) manuais de ergonomia (Panero e Zelnik, 1979).

    Poucos estudos abordam especificamente o dimensionamento do mobilirio e do

    equipamento. A metodologia adoptada para definir as dimenses do mobilirio e do

    equipamento no usualmente explcita nos estudos, com excepo dos estudos

    que abordam especificamente esse tema.

  • 2

    Estudos anteriores realizados no LNEC

    Nos anos 60 e 70 do sculo XX, foi desenvolvido no LNEC um programa de

    investigao que tinha como tema a programao e a racionalizao dos projectos de

    habitao social. Este programa de investigao reflectiu uma preocupao com a

    qualidade da habitao e procurou apoiar o trabalho de projecto com informao

    tcnica diversa. O estudo baseou-se na pesquisa de informao junto dos

    moradores, no estudo das necessidades dos utentes e das funes da habitao, e na

    criao de instrumentos e metodologias de anlise e optimizao.

    A parte do programa de investigao relativa programao foi apresentada no

    relatrio intitulado Estudo das funes e da exigncia de reas da habitao (Portas

    e Gomes, 1964). Neste relatrio, que constituiu um marco importante na

    investigao sobre o tema, so definidas para cada funo de uso da habitao as

    exigncias de mobilirio e do equipamento, rea e dimenso, e articulao. O

    relatrio contm a definio das dimenses fsicas e de uso do mobilirio e do

    equipamento utilizado na habitao. Estas dimenses foram obtidas pela sntese de

    informao tcnica contida em bibliografia.

    Posteriormente, entre 1995 e 1998, foi desenvolvido no LNEC um estudo sobre as

    exigncias e especificaes da habitao para assegurar a satisfao das necessidades

    dos utentes (Pedro, 1999a e 1999b). Foram abordadas exigncias relativas ao

    conforto, segurana, ao uso e economia. Para definir as exigncias de uso foram

    estudadas a rea e a dimenso dos espaos funcionais da habitao, realizando as

    tarefas seguintes: anlise das dimenses fsicas e de uso de cada elemento de

    mobilirio e do equipamento, seleco de elementos necessrios para cada funo,

    elaborao de modelos de espaos funcionais considerando as disposies mais

    correntes dos elementos, anlise dos modelos e definio de reas e dimenses de

    cada espao funcional. Tal como no estudo anteriormente realizado no LNEC, as

    dimenses do mobilirio e do equipamento foram definidas com base numa sntese

    da informao tcnica contida em bibliografia, destacando-se entre outros o estudo

    apresentado na publicao Do bairro e da vizinhana habitao. Tipologias e

    caracterizao dos nveis fsicos residenciais (Coelho e Pedro, 1998)1.

    1 Esta publicao resultou da adaptao do volume III da tese de doutoramento Rumos e factores de

    anlise da qualidade arquitectnica residencial (Coelho, 1993).

  • 3

    Objectivo

    O estudo teve como objectivo definir dimenses, ajustadas situao portuguesa

    contempornea, para o mobilirio e o equipamento frequentemente utilizados na

    habitao. As dimenses foram estabelecidas com base na recolha e sntese de

    informao tcnica contida em bibliografia e na anlise das dimenses do mobilirio

    e do equipamento comercializado em Portugal em 2005 e 2006. Como resultado,

    foram actualizadas as dimenses do mobilirio e do equipamento definidas nos

    estudos anteriores do LNEC.

    Em 2006, os resultados preliminares do estudo foram apresentados num stio da

    Internet (Pedro et al., 2006). Em 2010, o estudo foi concludo e os resultados foram

    editados num relatrio do LNEC (Pedro et al., 2011) e divulgados atravs de uma

    verso actualizada do referido stio da Internet. Em 2011, atendendo ao interesse que

    os resultados podem ter para o meio tcnico nacional, considerou-se oportuno

    proceder edio do relatrio do LNEC na presente publicao da srie Informao

    Tcnica Arquitectura.

  • 4

    Metodologia

    Para atingir o objectivo do estudo foram realizadas as seguintes actividades:

    1) Levantamento:

    - recolha de catlogos, disponveis na Internet ou impressos, com

    mobilirio e equipamento comercializado em Portugal entre

    Novembro 2005 e Setembro de 2006;

    - pesquisa de estudos que definam dimenses de mobilirio e de

    equipamento;

    - procura de estudos que definam dimenses antropomtricas.

    2) Anlise e sntese:

    - seleco dos elementos de mobilirio e de equipamento a estudar;

    - ordenao, por ordem crescente das dimenses, das amostras de

    mobilirio e de equipamento retiradas dos catlogos;

    - segmentao das amostras pelos percentis 50, 75 e 872;

    - comparao entre as dimenses fsicas resultantes da segmentao

    das amostras e as dimenses definidas nos estudos sobre dimenso

    do mobilirio e do equipamento;

    - organizao das dimenses de uso definidas nos estudos sobre as

    dimenses do mobilirio e do equipamento e sua comparao com

    dimenses antropomtricas;

    - definio das dimenses fsicas e de uso mnimas, recomendveis e

    ptimas.

    3) Representao grfica:

    - desenho de blocos paramtricos no programa de computador

    Autocad da Autodesk;

    - desenho de esquemas de uso.

    Esta metodologia idntica de estudos realizados no Brasil (Boueri, 2005). Quanto

    escolha dos percentis, deve referir-se que: o percentil 50 foi utilizado porque se

    entende que o espao mnimo deve permitir escolher e colocar um elemento de

    entre metade dos elementos de mobilirio e de equipamento venda no mercado; o

    percentil 75 define um espao recomendvel e representa um aumento de 25%

    relativamente ao percentil anterior; e o percentil 87 define um espao ptimo e

    representa um aumento de 12% relativamente ao percentil anterior.

    2 Percentil o valor abaixo do qual se encontra uma percentagem dos elementos da amostra. Por

    exemplo, no caso da amostra de mobilirio e equipamento ordenada de forma crescente pela

    dimenso dos elementos, o percentil 50 a dimenso abaixo da qual se encontram 50% das

    dimenses dos elementos da amostra.

  • 5

    Conceitos

    Entende-se por mobilirio o conjunto de objectos mveis utilizados no

    desenvolvimento das funes domsticas. O mobilirio usualmente serve para

    apoiar o corpo humano (e.g., cama, cadeira), arrumar ou apoiar objectos (e.g.,

    cmoda, estante) e proporcionar superfcies de trabalho ou de refeio (e.g.,

    secretria, mesa). O mobilirio pode tambm ter uma funo de decorao (e.g.,

    quadro), simblica ou religiosa (e.g., oratrio).

    Entende-se por equipamento o conjunto das mquinas, aparelhos e outros

    componentes da construo utilizados no desenvolvimento das funes domsticas.

    O termo electrodomstico designa um equipamento que funciona com energia

    elctrica. O equipamento pode ser mvel (e.g., frigorfico livre, televisor), estar fixo

    em zona especialmente reservada para o efeito (e.g., exaustor, lavatrio, armrio de

    cozinha) ou estar fixo por se encontrar embebido em caixa ou local especialmente

    concebida para o efeito (e.g., recuperador de calor encastrado, banheira, roupeiro

    embutido) (Fonseca, 2010).3

    O mobilirio e o equipamento mvel pode ser deslocado sem necessidade de se

    desprender qualquer parte ou dispositivo. No se considera como desprender o acto

    de desligar uma tomada de corrente, de gua, ou outra, quando a ligao se faz por

    condutor flexvel concebido para ser ligado/desligado com facilidade e frequncia.

    Um equipamento fixo pode ser deslocado, mas obriga a desligar ligaes, desmontar

    partes ou libertar fixaes permanentes.

    As dimenses fsicas definem a largura, o comprimento e a altura do mobilirio ou do

    equipamento. Ao dispor o mobilirio num espao s possvel a sobreposio de

    elementos de mobilirio ou equipamento no mesmo local se estiverem colocados a

    diferentes alturas (e.g., bancada de cozinha e armrio superior) ou se forem

    desmontveis e utilizveis em diferentes momentos (e.g., tbua de passar a ferro e

    estendal interior utilizados no espao livre de uma marquise).

    As dimenses de uso definem a largura, o comprimento e a altura da zona livre junto

    do mobilirio ou do equipamento necessrio para permitir o acesso e a utilizao

    (e.g., espao livre em frente de uma cmoda para permitir a abertura e o fecho de

    gavetas)4. Ao dispor o mobilirio num espao possvel a sobreposio entre zonas

    livres (e.g., a zona de acesso a um roupeiro de arrumao pode estar sobreposta

    zona de acesso a uma cama), excepto quando exista simultaneidade ou grande

    frequncia de uso do mobilirio ou do equipamento.

    3 A terminologia de mobilirio e de equipamento adoptada procura traduzir os conceitos utilizados na

    linguagem corrente.

    4 A zona livre junto do mobilirio ou equipamento necessrio para permitir o acesso e a utilizao

    designada em alguns estudos como espao de actividades (Boueri, 2008).

  • 6

    As dimenses foram definidas, para cada elemento de mobilirio e equipamento,

    segundo trs nveis. No caso das dimenses fsicas o significado de cada nvel o

    seguinte:

    1) no nvel mnimo, o espao definido permite colocar um elemento de entre

    50% dos elementos mais pequenos da amostra;

    2) no nvel recomendvel, a possibilidade de escolha alarga-se para 75% dos

    elementos mais pequenos da amostra;

    3) no nvel ptimo, a possibilidade de escolha alarga-se para 87% dos

    elementos mais pequenos da amostra.

    As dimenses de uso tambm aumentam com o nvel, proporcionando maior

    desafogo na utilizao de cada elemento de mobilirio ou equipamento. Observa-se

    que as dimenses de uso no tm em considerao as necessidades especiais de

    pessoas com mobilidade condicionada (e.g., pessoas em cadeira de rodas).

    Para organizar o mobilirio e o equipamento foi utilizada uma classificao do uso da

    habitao em funes5. As funes constituem um sistema de actividades inter-

    relacionadas que contribui para atingir um objectivo geral no uso da habitao (e.g.,

    a funo higiene pessoal/sade compreende actividades tais como lavar e secar

    aos mos, tomar banho, lavar os dentes, utilizar a sanita, entre outras). As actividades

    compreendem usualmente uma sequncia de aces atravs das quais se realiza

    uma determinada tarefa (e.g., a actividade lavar os dentes compreende aces tais

    como pr a pasta de dentes na escova, escovar os dentes, enxaguar a boca com

    gua, passar as mos e a escova de dentes por gua, limpar a boca e as mos, secar a

    escova de dentes e arrumar os utenslios utilizados). Em virtude das actividades que

    constituem cada funo serem numerosas, optou-se por associ-las em conjuntos de

    actividades que compreendem actividades com afinidades em termos funcionais,

    espaciais, temporais ou dos personagens envolvidos (e.g., o conjunto de actividades

    lavagens corporais compreende actividades tais como lavar e secar as mos,

    tomar banho, fazer a barba, lavar os dentes, entre outras).

    5 Adoptou-se uma verso revista da classificao de funes proposta por Portas (1969) e

    desenvolvida por Pedro (1999).

  • 7

    Resultados

    Com resultado do estudo foram definidas as dimenses fsicas e de uso de 256

    elementos frequentemente utilizados na habitao e relevantes para o

    dimensionamento dos espaos que a constituem. Foram includos o mobilirio e o

    equipamento utilizado nas actividades domsticas, bem como de alguns elementos

    construtivos (i.e., portas e escadas) e veculos (i.e., bicicletas, motociclos e

    automveis). Destes 256 elementos, 104 j tinham sido includos em estudo

    desenvolvido no LNEC entre 1995 e 1998 (Pedro, 1999a) e 152 foram novos

    elementos. Para determinar as dimenses fsicas dos elementos de mobilirio,

    equipamento e veculos, foram levantados mais de 6.000 modelos comercializados

    em Portugal nos anos de 2005 e 2006, o que se traduz numa mdia de 32 modelos

    por elemento. Para os elementos construtivos (i.e., portas e escadas) no foi

    realizado nenhum levantamento.

    Para alguns elementos de mobilirio e equipamento, as dimenses fsicas obtidas no

    presente estudo foram superiores s dimenses fsicas obtidas na anlise da

    bibliografia. Observa-se que esta diferena pode ter sido motivada por parte da

    bibliografia no estar actualizada ou pelo facto da amostra no ser representativa.

    Nestes casos, optou-se por adoptar valores intermdios entre os resultados da

    anlise da amostra e da bibliografia.

  • 8

    Utilidade

    A informao sobre o dimensionamento do mobilirio e do equipamento da

    habitao pode ser utilizada para:

    - analisar projectos de habitao;

    - elaborar novos projectos de habitao.

    Quando um comprador pretende adquirir uma habitao -lhe usualmente

    disponibilizada a respectiva planta. Para aferir a adequao da habitao s suas

    necessidades, o comprador por vezes utiliza esta planta para ensaiar a disposio do

    mobilirio e do equipamento nos compartimentos. Este ensaio realizado

    considerando o mobilirio que possui e o que pretende vir a adquirir. Nesta segunda

    situao, a informao disponibilizada permite ao comprador saber as dimenses

    usuais dos elementos de mobilirio disponveis no mercado. Observa-se que as

    dimenses dos elementos de mobilirio e equipamento representados nas plantas

    dos folhetos publicitrios dos empreendimentos imobilirios nem sempre esto

    ajustadas realidade.

    Com base no conhecimento das dimenses do mobilirio e do equipamento

    possvel ajustar a forma e o dimensionamento dos espaos da habitao s

    quantidades e configuraes mais correntes desses elementos. Esta preocupao

    tanto mais importante quanto menor for a dimenso da habitao. Usualmente

    apenas o equipamento (fixo) representado nas plantas de arquitectura. Porm,

    considera-se importante aferir tambm a possibilidade de colocar o mobilirio

    (mvel) pois isso tem como vantagens:

    - proporcionar uma melhor percepo das dimenses dos espaos;

    - avaliar a adequao da forma e dimenses dos espaos;

    - identificar a localizao adequada para tomadas e interruptores elctricos,

    bem com para pontos de luz;

    - determinar potenciais conflitos com portas, janelas, radiadores, etc.

  • 9

    Limitaes

    Ao analisar as concluses do estudo importa ter presente que a metodologia

    adoptada tem limitaes, que so referidas em seguida.

    Foram estudadas as dimenses do mobilirio e do equipamento mais

    frequentemente utilizado, admitindo-se que alguns elementos menos frequentes

    no tenham sido considerados.

    Procurou-se, para cada elemento de mobilirio e equipamento, constituir uma

    amostra to representativa quanto possvel do que estava venda em Portugal no

    perodo em que foi realizado o levantamento. Para alguns elementos foram

    levantadas as dimenses de mais de 100 tipos ou modelos mas, para outros

    elementos, no foi possvel encontrar um nmero de tipos ou modelos da mesma

    ordem de grandeza. Sendo o mercado de mobilirio muito amplo e variado admite-

    se que a amostra no seja representativa. De modo a atenuar eventuais desvios

    motivados pela no representatividade da amostra, confrontaram-se os resultados

    do estudo com os valores propostos na bibliografia e, quando necessrio,

    introduziram-se rectificaes.

    As dimenses de uso foram definidas com base na sntese da informao contida em

    diversa bibliografia. Os resultados da sntese foram aferidos com as dimenses

    antropomtricas de indivduos adultos portugueses. No foram, no entanto,

    realizados ensaios ergonmicos. Portanto, contrariamente ao que acontece para as

    dimenses fsicas definidas neste estudo, as dimenses de uso no se baseiam na

    anlise de uma amostra recente e adaptada realidade portuguesa contempornea.

    As dimenses de uso tambm no reflectem as necessidades especiais de crianas,

    idosos e pessoas com mobilidade condicionada (excepto em algum mobilirio

    previsto na funo Diverso/estudo/trabalho e usado exclusivamente por crianas

    ou jovens).

    Optou-se por no incluir para cada elemento de mobilirio e equipamento a lista

    dos modelos levantados, a ordenao dos modelos por ordem crescente da largura e

    do comprimento, as dimenses fsicas e de uso preconizadas na bibliografia, e a

    comparao entre as dimenses resultantes do levantamento e as indicadas na

    bibliografia. Esta informao, embora pudesse ser til para melhor compreender

    como foi obtido cada valor, era volumosa e no se afigurou essencial para a

    utilizao prtica dos resultados.

  • 10

    Organizao

    Aps esta introduo, a publicao contm um captulo com as dimenses

    antropomtricas estticas mais correntes de indivduos adultos portugueses dos

    sexos masculino e feminino.

    Os onze captulos seguintes abordam cada uma das funes de uso da habitao

    apresentadas no Quadro 1. Cada um destes captulos contm:

    - uma descrio resumida da funo;

    - a listagem das actividades includas na funo e o respectivo agrupamento

    em conjuntos de actividades;

    - desenhos com as dimenses do mobilirio e do equipamento utilizados

    nessa funo;

    - desenhos com esquemas que ilustram a utilizao desse mobilirio e

    equipamento;

    - notas de apoio interpretao dos desenhos.

    Algum mobilirio, que pode ser utilizado em mais do que uma actividade (e.g.,

    mesas ou cadeiras), apresentado nas diversas funes para facilitar a consulta.

    Em anexo descrita detalhadamente parte da metodologia de investigao e, como

    exemplo, apresentada toda a informao utilizada para determinar as dimenses

    fsicas e de uso de uma cama de casal.

  • 11

    Quadro 1 Funes e conjuntos de actividades de uso da habitao

    Funes Conjuntos de actividades

    1. Dormir/descanso Casal

    Duplo

    Individual

    2. Preparao de refeies Armazenagem

    Preparao, confeco e lavagem

    3. Refeies Refeies correntes

    Refeies formais

    4. Estar/reunir Em famlia

    Com visitas

    5. Diverso/estudo/trabalho Diverso das crianas

    Diverso/estudo dos jovens

    Diverso/trabalho dos adultos

    6. Tratamento de roupa Lavagem de roupa

    Secagem de roupa

    Passar roupa a ferro

    Costurar roupa

    Outras tarefas de tratamento de roupa

    7. Higiene pessoal/sade Lavagens corporais

    Cuidados pessoais

    Excrees

    Cuidados de sade

    Exerccio fsico

    8. Circulao Entrada/sada

    Comunicao entre espaos

    9. Organizao/gesto domstica Limpeza da casa

    Manuteno da casa

    Controlo ambiental

    Vigilncia e segurana

    Gesto de provises e servios domsticos

    Arrumao geral

    Gesto de resduos domsticos

    Tratamento de plantas e animais domsticos

    10. Permanncia no exterior privado Actividades de lazer

    Actividades de servio

    11. Estacionamento privado Parqueamento

    Limpeza e manuteno de veculos

  • 12

    Divulgao na Internet

    Para proporcionar uma ampla divulgao dos resultados do estudo foi criado um

    stio na Internet. O stio est em linha desde Junho de 2006, existindo verses em

    Portugus e Ingls. data da edio desta publicao, o endereo do stio era:

    http://www-ext.lnec.pt/LNEC/DED/NA/pessoal/jpedro/Research/Mob/Por_mob.htm

    Este stio contm, entre outra informao, desenhos dos elementos de mobilirio e

    equipamento apresentados nesta publicao sob a forma de blocos paramtricos

    do programa de computador Autocad da Autodesk6. Os blocos podem ser

    descarregados e utilizados nas actividades de elaborao e de anlise de projectos de

    habitao.

    Os blocos paramtricos so objectos virtuais facilmente manipulveis que renem a

    informao dimensional referente a cada tipo de elemento. Foi criado um bloco para

    cada tipo de elemento de mobilirio ou equipamento utilizado na habitao (e.g.,

    cama, roupeiro, mesa-de-cabeceira). Em cada bloco foram associados diferentes

    variantes de um tipo (e.g., o bloco camas contm a cama de casal, o sommier de

    casal, a cama individual, o sommier individual, a cama de criana e o bero). Para

    cada variante esto includas representaes para as dimenses mnimas,

    recomendveis e ptimas (e.g., a cama de casal pode ter as dimenses 200 x 160

    cm, 210 x 175 cm ou 220 x 190 cm). Assim, cada bloco pode assumir diferentes

    representaes e dimenses (e.g., o bloco camas pode assumir 18 visualizaes

    diferentes).

    6 Blocos so conjuntos de entidades associadas a um nome, sendo paramtricos porque a sua

    geometria e aspecto podem variar com a modificao de parmetros (e.g., dimenses mnimas,

    recomendveis ou ptimas).

  • 13

    Convenes de apresentao

    As dimenses fsicas e de uso do mobilirio e do equipamento so apresentadas em

    planta. Cada elemento representado segundo as dimenses mnimas,

    recomendveis e ptimas. Os elementos de mobilirio e de equipamento so

    representados de forma simplificada e de acordo com as conveces usuais do

    desenho tcnico. As zonas livres de uso so representadas junto aos elementos por

    reas delimitadas a trao-ponto e manchadas com tramas.

    Para facilitar o entendimento, so tambm apresentados cortes e alados

    esquemticos de alguns elementos de mobilirio e de equipamento. Nestes

    esquemas colocado um utilizador a realizar a actividade descrita e as dimenses de

    uso so cotadas para os trs nveis de desempenho.

    As dimenses so cotadas em centmetros. Os desenhos esto escala 1/100, 1/75

    ou 1/50, conforme a escala grfica apresentada no canto superior esquerdo de cada

    pgina.

    Agradecimentos

    Os autores agradecem reconhecidos as contribuies na reviso da publicao dos

    colegas do LNEC Arq. A. Baptista Coelho, Arq. Isabel Plcido, Eng. J. Grando

    Lopes, Eng. J. Oliveira Pedro e Eng. J. Vasconcelos Paiva.

  • 15

    0. Dimenses antropomtricas

    Sendo as funes domsticas desempenhadas por pessoas, o dimensionamento do

    mobilirio, do equipamento e dos espaos da habitao deve ter como ponto de

    partida as dimenses e os movimentos do corpo humano (Boueri, 2008b).

    Na concepo do mobilirio e do equipamento foram utilizados pelos designers

    dados antropomtricos para determinar as dimenses fsicas de cada pea (i.e.,

    altura, largura e comprimento). Como complemento, os dados antropomtricos

    foram utilizados neste estudo para aferir as dimenses das zonas de uso definidas na

    bibliografia, para cada pea.

    Nas Figuras 1 e 2 so apresentadas as dimenses antropomtricas estticas mais

    correntes de indivduos adultos portugueses do sexo masculino. Nas Figuras 3 e 4

    so apresentadas as mesmas dimenses para os indivduos adultos do sexo feminino.

    Para cada dimenso so apresentados valores para os percentis 5 e 95. O percentil 5

    significa que 5% da populao tem dimenso inferior dimenso indicada. De forma

    idntica, o percentil 95 significa que 95% da populao tem dimenso inferior

    dimenso indicada. Portanto, 90% da populao tem uma dimenso compreendida

    entre os valores indicados para estes dois percentis.

    As dimenses foram definidas utilizando como principal referncia o Estudo

    Antropomtrico da Populao Portuguesa (Arezes et al., 2006), realizado com base

    em medies da populao portuguesa empregada na indstria. Para definir valores

    para as dimenses omissas no estudo sobre a populao portuguesa, foram

    utilizados resultados de estudos baseados em medies realizadas noutros pases.

    Em virtude dos estudos realizados noutros pases se basearem em populaes

    diferentes, as dimenses apresentadas podem no ser consistentes com as do estudo

    realizado para a populao portuguesa e devem, portanto, ser utilizadas a ttulo

    indicativo. Optou-se por utilizar estudos cujas dimenses da populao estavam

    mais prximas da populao portuguesa. Para poderem ser diferenciadas, as

    dimenses provenientes de estudos baseados em populaes diferentes da

    populao portuguesa so identificadas do seguinte modo: * para Las dimensiones

    humanas en los espacios interiores (Panero, 1979), ** para Metric Handbook

    (Adler, 1999) e *** para Manuale di progettazione edilizia (Menghi, 1992).

  • 16

    Figura 1 Dimenses antropomtricas de indivduos adultos do sexo masculino (1/2)

  • 17

    Figura 2 Dimenses antropomtricas de indivduos adultos do sexo masculino (2/2)

  • 18

    Figura 3 Dimenses antropomtricas de indivduos adultos do sexo feminino (1/2)

  • 19

    Figura 4 Dimenses antropomtricas de indivduos adultos do sexo feminino (2/2)

  • 21

    1. Dormir/descanso

    Esta funo define-se sobretudo pelas actividades de dormir e descansar, qual

    esto geralmente associadas outras actividades complementares. As actividades que

    constituem a funo podem ser associadas em trs conjuntos: dormir/descanso de

    casal, dormir/descanso duplo e dormir/descanso individual. Os conjuntos de

    actividades e as actividades includas nesta funo so apresentadas no Quadro 2.

    Quadro 2 Dormir/descanso: conjuntos de actividades e actividades

    Conjuntos de actividades Actividades

    Dormir/descanso de casal

    Dormir/descanso duplo

    Dormir/descanso individual

    Dormir noite

    Dormir de dia

    Descansar

    Relaxar

    Conversar em privado

    Ter relaes ntimas

    Ler

    Ver televiso

    Fazer a cama

    Estar doente

    Tratar de pessoa doente

    Estar com criana pequena

    Apoiar idoso acamado

    Escolher roupa

    Vestir e despir roupa

    Arrumar roupa pessoal

    Nas Figuras 5 a 8 apresentam-se as dimenses fsicas e de uso do principal

    mobilirio utilizado nesta funo. Na Figura 9 apresentam-se esquemas que ilustram

    a utilizao desse mobilirio.

    A cama designa uma estrutura de madeira ou metal, usualmente rectangular, que

    serve de suporte ao colcho em que se dorme. As camas podem ser divididas em trs

    tipos usuais: camas tradicionais, sommiers e estrados.

    A cama tradicional constituda por uma estrutura onde encaixa o colcho. A forma

    da cama tradicional muito varivel, podendo incluir cabeceira, gavetes inferiores,

    mesas-de-cabeceira ou dossel. As dimenses da cama tradicional so usualmente

    maiores do que as do respectivo colcho.

  • 22

    O sommier, ou base estofada, constitudo por uma caixa rgida sobre a qual se

    coloca o colcho. Os sommiers podem ser articulados de modo a permitir aceder a

    um espao de arrumao sob o colcho. Em alguns modelos pode ser associada uma

    cabeceira base onde assenta o colcho. As dimenses do sommier usualmente

    coincidem com as do colcho e a sua altura geralmente superior das camas

    tradicionais.

    O estrado constitudo apenas por uma estrutura com ps e uma base para assentar

    o colcho. Os estrados podem ser fixos ou articulados e geralmente no tm

    cabeceira. Os estrados articulados permitem dar diferentes inclinaes ao colcho de

    modo a proporcionar um melhor apoio a cada parte do corpo. Os estrados fixos, em

    que a base onde assenta o colcho rgida, so designados tapis. Usualmente, as

    dimenses dos estrados coincidem com as do colcho.

    As dimenses da mesa de toilette foram definidas com base em resultados de

    estudos anteriores, dado que o reduzido nmero de exemplares comercializados

    presentemente em Portugal no foi suficiente para constituir uma amostra. As mesas

    de toilette que ainda so utilizadas fazem geralmente parte de moblias de quarto

    antigas. As mesas de toilette tm, usualmente, gavetas e espelho e so utilizadas

    sobretudo em actividades de cuidados pessoais (e.g., escovar e pentear o cabelo,

    colocar maquilhagem e cremes, aplicar perfumes).

  • 23

    Mnimo Recomendvel ptimo

    Cama individual

    Cama de casal

    Sommier/estradode casal

    Sommier/estradoindividual

    Figura 5 Dormir/descanso: dimenses do mobilirio (1/4)

  • 24

    Cama de criana

    Bero

    Cmoda simples

    Arca

    Mesa-de-cabeceira

    Cmoda dupla

    Camiseiro

    Mnimo Recomendvel ptimo

    Figura 6 Dormir/descanso: dimenses do mobilirio (2/4)

  • 25

    01 01 01

    01 01 01

    01 01 01

    01 01

    Roupeiro individual(portas de abrir)

    Cadeira simples

    Cadeira de braos

    Mnimo Recomendvel ptimo

    Roupeiro duplo(portas de abrir)

    Roupeiro individual(portas de correr)

    Roupeiro duplo(portas de correr) 01

    Mesa de toilette

    Figura 7 Dormir/descanso: dimenses do mobilirio (3/4)

  • 26

    Sof cama rebatvel

    Div

    Poltrona cama

    Sof cama de abrir

    Mnimo Recomendvel ptimo

    Figura 8 Dormir/descanso: dimenses do mobilirio (4/4)

  • 27

    Circular ao lado da cama Fazer a cama

    Circular em frente do sof cama Abrir o sof cama de abrir

    Circular em frente da cama

    Aceder a mesa-de-cabeceira(de lado)

    Aceder a mesa-de-cabeceira(de frente)

    Figura 9 Dormir/descanso: esquemas de uso (1/2)

  • 28

    Aceder a cmoda

    Aceder zonaintermdia do roupeiro

    Vestir/despir roupa

    Aceder zona inferiordo roupeiro (de frente - joelhos)

    Aceder a arca(de frente - debruado)

    Aceder zonasuperior do roupeiro

    Aceder a arca(de frente - joelhos)

    Figura 10 Dormir/descanso: esquemas de uso (2/2)

  • 145

    Referncias bibliogrficas

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  • Dimenses do mobilirio

    e do equipamento na habitao

    Para que as habitaes sejam adequadas ao uso

    devem conter espaos com rea, dimenses e

    equipamentos que permitam o desenvolvimento das

    funes domsticas, bem como possibilitar o acesso

    conveniente aos espaos que as constituem. A rea e

    as dimenses de cada espao das habitaes devem

    ser determinadas tendo em considerao o mobilirio

    e o equipamento necessrios ao desenvolvimento

    das funes domsticas. As dimenses do mobilirio

    e do equipamento so portanto informao tcnica

    essencial para a elaborao e a anlise de projectos

    de edifcios habitacionais.

    Nesta publicao apresentam-se as dimenses

    do mobilirio e do equipamento frequentemente

    utilizados na habitao. So tambm apresentadas

    as dimenses de alguns elementos construtivos e

    veculos, que se consideraram necessrios para o

    dimensionamento dos espaos da habitao. As

    dimenses foram deinidas com base em catlogos

    de mobilirio e de equipamento comercializados em

    Portugal, e em estudos portugueses e estrangeiros

    sobre o tema.

    Aps a introduo, a publicao contm um captulo

    com as dimenses antropomtricas estticas de

    indivduos adultos portugueses. Os onze captulos

    seguintes abordam cada uma das funes em que foi

    dividido o uso da habitao. Cada captulo contm:

    uma descrio resumida da funo, a listagem das

    actividades includas na funo, desenhos com

    as dimenses do mobilirio e do equipamento,

    desenhos com esquemas que ilustram a utilizao

    desse mobilirio e equipamento, e notas de apoio

    interpretao dos desenhos.

    AV DO BRASIL 101 1700-066 LISBOA PORTUGALtel. (+351) 21 844 30 00 fax (+351) 21 844 30 [email protected] www.lnec.pt