livro 52-a

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CONGRESSO NACIONAL ANAIS DO SENADO FEDERAL ATA DA 237a SESSÃO DA 2a SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 54 LEGISLATURA VOLUME 36 N° 52 A 18 DE DEZEMBRO SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES SUBSECRETARIA DE ANAIS BRASíLIA - BRASIL 2012

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  • CONGRESSO NACIONAL

    ANAIS DO SENADO FEDERAL ATA DA 237a SESSO DA

    2a SESSO LEGISLATIVA ORDINRIA DA 54 LEGISLATURA

    VOLUME 36 N 52 A 18 DE DEZEMBRO

    SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAO E PUBLICAES

    SUBSECRETARIA DE ANAIS BRASLIA - BRASIL

    2012

  • VOLUMES NO PUBLICADOS DOS ANAIS DO SENADO FEDERAL

    1919, 1920, 1927 a 1930, 1936, 1937, 1949 a 1952, 1963, 1964 e 1966.

    Anais do Senado / Senado Federal, Subsecretaria de Anais. - 1823-. Braslia, Senado Federal, Subsecretaria de Anais, 1823- v. ; 27 cm. Quinzenal.

    Volumes anteriores a 1977 publicados sob numeraes prprias, com periodicidade irregular. Editado pela Diretoria de Anais e Documentos Parlamentares no perodo de 1950-1955; pela Diretoria de Publicaes no perodo de maio de 1956 a 1972 e pela Subsecretaria de Anais a partir de 1972.

    Variaes do ttulo: Annaes do Senado do Imprio do Brazil, 1826-1889. Annaes do Senado Federal, 1890-1935. Anais do Senado Federal, 1946-

    1. Poder legislativo - Anais. 1. Brasil. Congresso. Senado Federal, Subsecretaria de Anais.

    CDD 341.2531 CDU 328(81)(093.2)

    Senado Federal Subsecretaria de Anais - SSANS Via N 2, Unidade de Apoio 1. CEP - 70165-900 - Braslia - DF - Brasil.

  • SENADO FEDERAL

    COMISSO DIRETORA (2011-2012)

    PRESIDENTE Senador 10 VICE-PRESIDENTE Senador 20 VICE-PRESIDENTE Senador 10 SECRETRIO Senador 20 SECRETRIO Senador 30 SECRETRIO Senador 40 SECRETRIO Senador

    JOS SARNEY (PMDB-AP) ANIBAL DINIZ (PT-AC) WALDEMIR MOKA (PMDB-MS) CICERO LUCENA (PSDB-PB) JOO RIBEIRO (PR-TO) JOO VICENTE CLAUDINO (PTB-PI) CIRO NOGUEIRA (PP-PI)

    SUPLENTES DE SECRETRIO

    10 Senador CASILDO MALDANER (PMDB-SC) 20 Senador JOO DURVAL (PDT-BA) 3a Senadora MARIA DO CARMO ALVES (DEM-SE) 4a Senadora VAN ESSA GRAZZIOTIN (PC do B-AM)

  • 76228 Sexta-feira 21 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    COMPOSIO DO SENADO FEDERAL NA 54a LEGISLATURA (por Unidade da Federao)

    Bahia Bloco-PDT - Joo Dcirval*

    Bloco-PSB - Lidice da Mata**

    Bloco-PT - Walter Pinheiro**

    Rio de Janeiro Bloco-PP - Francisco Dornelles*

    Bloco-PRB - Eduardo Lopes** (S)

    Bloco-PT - Lindbergh Farias* *

    Maranho Bloco-PTB - Epitacio Cafeteira*

    Bloco-PMDB - Joo Alberto Souza**

    Bloco-PMDB - Lobo Filho** (S)

    Par Bloco-PSDB - Mrio Couto*

    Bloco-PSDB - Flexa Ribeiro**

    Bloco-PMDB - Jader Barbalho**

    Pernambuco Bloco-PMDB - Jarbas Vasconcelos*

    Bloco-PTB - Armando Monteiro**

    Bloco-PT - Humberto Costa**

    So Paulo Bloco-PT - Eduardo Suplicy*

    Bloco-PSDB - Aloysio Nunes Ferreira**

    Bloco-PR - Antonio Carlos Rodrigues** (S)

    Minas Gerais Bloco-PMDB - Clsio Andrade* (S) Bloco-PSDB - Acio Neves**

    Bloco-PDT - Zeze Penella** (S)

    Gois Bloco-PSDB - Cyro Miranda* (S)

    Bloco-PSDB - Lcia Vnia**

    Bioco-DEM - Wilder Morais** (S)

    Rio Grande do Sul Bloco-PMDB - Pedro Simon*

    Bloco-PP - Ana Amlia** Bloco-PT - Paulo Paim**

    Cear Bloco-PC DO B - Incio Arruda*

    Bloco-PMDB - Euncio Oliveira**

    Bloco-PT - Jos Pimentel**

    Paraba Bloco-PSDB - Ccero Lucena*

    Bloco-PSDB - Cssio Cunha Lima**

    Bloco-PMDB - Vital do Rgo**

    Esprito Santo Bloco-PT - Ana Rita* (S)

    Bloco-PR - Magno Malta**

    Bloco-PMDB - Ricardo Ferrao**

    Piau Bloco-PTB - Joo Vicente Claudino*

    Bloco-PP - Ciro Nogueira**

    Bloco-PT - Wellington Dias**

    Rio Grande do Norte Bloco-PMDB - Garibaldi Alves* (S) Bioco-DEM - Jos Agripino**

    Bloco-PV - Paulo Davim** (S)

    Santa Catarina Bloco-PMDB - Casildo Maldaner* (S) Bloco-PMDB - Luiz Henrique** Bloco-PSDB - Paulo Bauer**

    Alagoas Bloco-PTB - Fernando Collor*

    Bloco-PP - Benedito de Lira**

    Bloco-PMDB - Renan Calheiros**

    Amazonas Bloco-PR - Alfredo Nascimento*

    Bloco-PMDB - Eduardo Braga**

    Bloco-PC DO B - Vanessa Grazziotin**

    Paran Bloco-PSDB - Alvaro Dias*

    Bloco-PMDB - Roberto Requio**

    Bloco-PMDB - Srgio Souza** (S)

    Acre Bloco-PT - Anibal Diniz* (S)

    Bloco-PT - Jorge Viana**

    PSD - Srgio Peteco**

    Mato Grosso do Sul Bloco-PR - Antonio Russo* (S)

    Bloco-PT - Delcdio do Amaral** Bloco-PMDB - Waldemir Moka**

    Distrito Federal Bloco-PTB - Gim* (S)

    Bloco-PDT - Cristovam Buarque**

    Bloco-PSB - Rodrigo Rollemberg**

    Rondnia Bloco-PDT - Acir Gurgacz*

    Bloco-PP - Ivo Cassol**

    Bloco-PMDB - Valdir Raupp'

    Tocantins PSD - Marco Antnio Costa* (S) Bloco-PPL - Joo Costa** (S) Bloco-PR - Joo Ribeiro**

    Amap Bloco-PMDB - Jos Samey*

    Bloco-PSB - Joo Capiberibe**

    PSOL - Randolfe Rodrigues**

    Mato Grosso Sergipe Roraima Bioco-DEM - Jayine Campos* Bioco-DEM - Maria do Carmo Alves* Bloco-PTB - Sodr Sarltoro* (S)

    Bloco-PR - Biairo Maggl** Bloco-PSB - Antonio Carlos Valadares** Bloco-PT - Angela Portela**

    Bloco-PDT - Pedro Taques** Bloco-PSC - Eduardo Amorlm** Bloco-PMDB - Romero Juc**

    Mandatos *: Perodo 2007/2015 **: Perodo 2011/2019

  • NDICE TEMTICO

    Pg. Pg.

    DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    Consideraes a respeito do Projeto de Lei de Converso que regulamenta o Fundo de De-senvolvimento do Centro Oeste (FDCO). Senador Rodrigo Rollemberg...............................................54

    MENSAGEM DA PRESIDENTE DA REPBLICA

    externo, com garantia da Repblica Federativa do Brasil, entre o Estado de Santa Catarina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de USD 250, 000,000. 00 (duzentos e cinquenta milhes de dlares norte-americanos), de princi-pal, cujos recursos destinam-se ao financiamento parcial do "Programa Rodovirio de Santa Catarina (ETAPA VI).............................................................. 702

    Mensagem n9 118, de 2012, que encaminha nos termos do 12 do art. 62 da Lei n9 9.069, de 29 de junho de 1995, a Programao Monetria para o 22 trimestre de 2012, aprovada pelo Conselho Mone-trio Nacional em sesso de 29 de maro de 2012.

    Mensagem n9 119, de 2012, que autoriza a contratao de crdito externo, com garantia da Repblica Federativa do Brasil, entre o Estado de Santa Catarina e o Bank of Amrica, N.A (B0fAML), no valor de at US$ 726,441,556.00 (setecentos e vinte e seis milhes quatrocentos e quarenta e um mil quinhentos e sessenta e seis dlares dos Estados Unidos da Amrica), cujos recursos so destinados ao Refinanciamento do Resduo da Dvida do Estado de SC - Lei n2 9.496/97, de conformidade com inclusa Exposio de Motivos do Senhor ministro de Estado da Fazenda..........

    Mensagem n9 120, de 2012, que solicita que seja autorizada a operao de crdito externo, com garantia da Repblica Federativa do Brasil, entre o Estado do Cear e o Fundo Internacional para o De-senvolvimento Agrcola - FIDA, nos valores de SDR 20.624.403,00 (vinte milhes, seiscentos e vinte e quatro mil, quatrocentos e trs Direitos Especiais de Saque) e de EUR 5.948.482,00 (cinco milhes, novecentos e quarenta e oito mil, quatrocentos e oitenta e dois euros), destinados a financiar, par-cialmente, o Projeto de Desenvolvimento Produtivo e de Capacidades - PDPC - Projeto Paulo Freire..

    Mensagem n2 121, de 2012, que prope a autorizao da contratao de operao de crdito

    PARECER

    Parecer n9 1.677, de 2012, (da Comisso de Assuntos Econmicos), sobre a Mensagem n2 117,

    57 de 2012 (n2 566/2012, na origem), da Presidente da Repblica, que encaminha ao Senado Federal proposta para que seja autorizada contratao de operao de crdito externo, com garantia da Re-pblica Federativa do Brasil, no valor de at US$ 600.000.000,00 (seiscentos milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica), entre o Estado da Bahia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cujos recursos sero destinados a financiar, parcial-mente, o "Programa de Consolidao do Equilbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia - PROCONFINS II". Senador Anibal Diniz..............

    303 POLITICA ENERGTICA

    Consideraes a respeito da deciso ado-tada no Senado Federal e assumida pelo ministro Luiz Fux, a respeito da votao relativa aos vetos da presidente Dilma Rousseff e da lei dos royalties do petrleo. Senadora Vanessa Grazziotin............

    Aparte senadora Vanessa Grazziotin. Senador Wellington Dias.....................................

    PROJETO DE LEI DO SENADO 566

    Projeto de Lei do Senado n9 461, de 2012, que altera o 12 do art. 106 da Lei n2 9.279, de 14

    52

    53

  • Pg. Pg.

    de maio de 1996, a fim de ampliar para at um ano o prazo de sigilo do pedido de registro de desenho industrial. Senador Valdir Raupp............................

    Projeto de Lei do Senado n2 462, de 2012, que acrescenta pargrafo nico ao art. 19 do Decreto--Lei n9 986, de 21 de outubro de 1969, para tornar obrigatria a meno ao teor calrico dos alimentos dietticos nos rtulos. Senador Valdir Raupp........

    Projeto de Lei do Senado n2 463, de 2012, que altera o 52 do art. 1.228 do Cdigo Civil, a fim de definir a natureza da perda da propriedade decorrente da posse coletiva, de que trata o 42 do mesmo artigo, assim como a responsabilidade pela indenizao respectiva. Senador Valdir Raupp......

    Projeto de Lei do Senado n2 464, de 2012, que acrescenta o 42 no art.53 da Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, para considerar abusiva e consequentemente nula clusula contratual que prev cobrana de taxa de cadastro em contratos de financiamento. Senador Valdir Raupp...............

    Projeto de Lei do Senado n2 465, de 2012, que altera os arts. 17, 21, 24, 26, 38, 46 e 109, acres-centa arts. 52-A, 52-B e 111-A, e revoga o 22 do art. 50, todos da Lei n9 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para revisar aspectos diversos da Lei de Direitos Autorais. Senador Valdir Raupp................

    Projeto de Lei do Senado n2 466, de 2012, que acrescenta subitem ao item 17 da lista de ser-vios tributveis pelo Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza (ISS) anexa Lei Complementar n2 116, de 31 de julho de 2003. Senador Francisco Dornelles................................................................

    tituio Federal para estabelecer a compensao

    pela Unio da concesso de benefcios fiscais que 14 incidam sobre a base de clculo das receitas dos

    Fundos de Participao dos Estados e do Distrito

    federal e do Fundo de Participao dos Municpios.

    Senadora Ana Amlia............................................44

    15 REQUERIMENTO

    Requerimento n2 1.159, de 2012, que solicita

    a tramitao em conjunto, dos Projetos de Lei do

    Senado 430 e 431, de 2012, com o Projeto de Lei 15 do Senado n9 176, de 2008, tendo em vista regu-

    larem a mesma matria. Senador Mrio Couto 12

    Requerimento n2 1.160, de 2012, que solici-

    ta a insero em ata de voto de aplauso e congra-

    tulaes ao Sport Club Corinthians Paulista, pela

    16 conquista do Bicampeonato Mundial de Clubes da

    FIFA. Senador Eduardo Suplicy. ............................ 12

    Requerimento n2 1.161, de 2012, solicita que

    seja encaminhado voto de congratulaes RBS

    TV - Porto Alegre, pelo transcurso dos 50 anos de

    17 sua fundao, que ocorrer no dia 29 de dezembro

    de 2012. Senadora Ana Amlia.............................13

    Requerimento n2 1.162, de 2012, solicita que

    seja encaminhado voto de congratulaes Rdio

    Cultura AM, pelo transcurso dos 30 anos de sua

    fundao, que ocorrer no dia 31 de dezembro de 21 2012. Senadora Ana Amlia .................................. 13

    PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUIO

    Proposta de Emenda Constituio n2 67, de 2012, que insere o Captulo IV ao Ttulo V da Constituio Federal referente atividade de inte-ligncia e seus mecanismos de controle. Senador Fernando CoIlor. .................................................... 22

    Proposta de Emenda Constituio n2 68, 2012, que altera o art. 151 da Constituio Fede-ral para compensar os Estados, o Distrito Federal e os Municpios por perda de receita decorrente de isenes de tributos concedidas pela Unio. Senador Wilder Morais..........................................34

    Proposta de Emenda Constituio n2 69, de 2012, que altera o art. 159 da Constituio Federal para elevar os repasses de recursos pela Unio ao Fundo de Participao dos Municpios. Senador WilderMorais.........................................................40

    Proposta de Emenda Constituio n2 70, de 2012, que altera os arts. 159 e 165 da Cons-

    Requerimento n2 1.163, de 2012, solicita que

    seja encaminhado voto de congratulaes ao Jor-

    nal O Dirio, pelo transcurso dos 20 anos de sua

    fundao, que ocorrer no dia 24 de dezembro de

    2012. Senadora Ana Amlia..................................13

    Requerimento n2 1.164, de 2012, solicita que

    seja encaminhado voto de congratulaes ao JOR-

    NAL VS pelo transcurso dos 55 anos de sua funda-

    o. Senadora Ana Amlia . ................................... 13

    Requerimento n2 1.165, de 2012, solicita que

    seja encaminhado voto de congratulaes RDIO

    MARISTELA AM pelo transcurso dos 55 anos de

    sua fundao. Senadora Ana Amlia.....................13

    Requerimento n2 1.166, de 2012, que solicita

    insero em ata de voto de pesar e apresentao

    de condolncias famlia pelo falecimento da

    ex-senadora cearense Maria Alacoque Bezerra.

    Senador Incio Arruda . ........................................ 13

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73009

    Ata da 237a Sesso, Deliberativa Ordinria, em 18 de dezembro de 2012

    2a Sesso Legislativa Ordinria da 54a Legislatura

    Presidncia dos Srs. Jos Sarney, Anibal Diniz, Casildo Maldaner, Acir Gurgacz, Incio Arruda e Paulo Paim

    (Inicia-se a sesso s 14 horas e 5 minutos e o seguinte o Registro de comparecimento:

    encerra-se s 21 horas e 56 minutos)

    REGISTRO DE COMPARECIMENTO E VOTAAO

    Senado Federal 54a Legislatura 28 Sesso Legislativa Ordinria

    237 SESSO DELIBERATIVA ORDINRIA S 14 HORAS

    Perodo : 18/12112 07:00 at 18/12/12 22:48

    PrtdD UF

    Nome

    Pres Voto

    PDT RO ACIR GURGACZ

    x x PSOR MG ACIO NvES

    x x

    PR AM ALFRFOO NASCIMENTO X X PSDB SP ALDYSIO NUNES FERREIRA X X PSDB PR ALVARO DIAS -- X X PP RS ANA AMUA X X PT ES ANA RITA X X

    -- PT RR ANGELA PORTELA X X PT AC ANIBAL DINIZ X X PR PSR

    SP SE

    ANTONIO CARLOS RODRIGUS ANTFIIO CARLOS VALADARES

    X X

    X X

    PTB PE ARMANDO MONTEIRO X X PP PR PMDB

    AL MT 50

    BENEDITO DEURA BLAIRO MAGGI - CASILDO MALOANER

    X X X

    X X X

    PSDB PB CSSIO CUNHA LIMA X X PSDE PP PMDB

    PB PI MG

    CICERO LUCENA CIRO NOGUEIRA CLSIO ANDRADE -

    X X

    -

    X X X

    PDT DF CRISTOVAM BUARQUE X X - PSDB

    PT PSC

    MSSE

    GOCYROMIRANDA DELCI 010 DO AMARAL EDUARDO AMORIM

    XXX

    X X X

    PMDB AM EDUARDO BRAGA X X PRB - RJ EDUARDOLOPES X X PT SP EDUARDO SLJPLICY X X PTB MA EPITAC1O CAFETEIRA X X PMDB CE ELJNCIO OLIVEIRA X X PT B - AL FERNANDO COLLOR -- X X PSDB PA FLEXA RIBEIRO X X PP RJ FRANCISCO DORNELLES X X PTB DF GIM X X

  • 73010 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    PT - P r= HUMBERTO COSTA X X PCdoB CE iwcro ARRUDA X X PPPMI)B DEM

    RO

    MT PEJARBASVASCONCELOS

    IVOCASSOL

    .JAYMC CAMPOS

    XXX

    X )( X

    PMDB MA JOO ALBERTO SOUZA X X PSB AP JOO CAPISERIBE X X PPLPR

    - - TO

    - TO JOO COSTA JOO RIBEIRO

    x X

    x X

    PTB - P1 JOO VICENTE CLALJDINO X X PT OM

    - AC RN

    JORGE VIANA JOS AGRIPINO

    xx

    x x

    PT CE JOS P1MENTEL X X PMDB PSB

    APBA

    JCSSARNEYL'DICEDAMATA

    XX

    X X

    PT RJ LINDBERGI-1FARIAS X X PSDB - GO LCIAVANIA X X PMDB PR PSD

    SCES TO

    LUIZ HENRIQUE MAGNO MALTA MARCO ANTNICCcSTA

    X x X

    X x X

    DEM SE MARIADOCARMO.ALVES - x PA MIO COUTO X

    PSDB PV PT PMDB -

    SC RNRSRS

    PAULO BAUER PAULODAVIM PAULOPAIM - PEDRO SIMON

    X -X

    X X

    X x X X

    PDT MT PEDRO TAQUES X X P-SOL AP RANDOLFE RODRIGUES X X PMDB AL RENANCALHEIROS X X PMDR PR RORERTOREOUIO x x P513PMDB RR

    DFRODRIGO ROLLEMBERG ROMEROJUC

    X x

    X x

    PSD AC SRGIO PETECO X X PMDB PR SERGIO SOUZA X X PMDB RO VALDIRRAUPP X X

    AM VANESSA GRAZZIOTIN X X PMDBPMDB

    -- PB -- MS

    VITAL DO REGO WALDEMIRMOKA

    XX

    X X

    PT BA WALTER PINHEIRO X X PT P1 WELLINGTON DIAS X X DEM GO WILCER MORAIS X X PDT MG ZEZPERRELLA X X

    Compareceram: 74 Senadores

    Operador: N1LSO StLA DE ALMEIDA 1niia: 18112/12 2249 Pin: 2

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - H nmero regimental. Declaro aberta a sesso.

    Sob a proteo de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia do Senado Federal recebeu, por meio do Ofcio n 541, Relatrio de Viagem da Senadora Ldice da Mata, referente ao Requerimento no 996, de 2012, de misso, no qual relata compareci-mento Audincia Pblica da Comisso Parlamentar de Inqurito do Trfico de Pessoas em Salvador - BA, no dia 12 de novembro de 2012.

    O Ofcio vai publicao. O Requerimento vai ao Arquivo.

    o seguinte o ofcio:

    Of. GSLMAT n 541/2012

    Braslia, 14 de dezembro de 2012

    Senhor Presidente,

    Cumprimentando cordialmente Vossa Exceln-cia, em ateno aos termos do art. 70 da Constituio Federal, e com referncia ao Requerimento n 996, de 2012, encaminho relatrio de viagem decorrente da audincia pblica da Comisso Parlamentar de Inqu-rito do Trfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado Federal, na cidade de Salvador/BA, no dia 12 de novembro prximo passado.

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73011

    Seguem, tambm em anexo, matrias jornalsti-cas que ilustram minha participao.

    Atenciosamente, - Ldice da Mata, Senadora da Repblica.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia do Senado Federal recebeu, por meio do Ofcio n 542, Relatrio de Viagem da Sena-dora Ldice da Mata, referente ao Requerimento n 1.061, de 2012, de misso, no qual relata compareci-mento Audincia Pblica da Comisso Parlamentar de Inqurito do Trfico de Pessoas em Manaus - AM, no dia 10 de dezembro de 2012.

    O Ofcio vai publicao. O Requerimento vai ao Arquivo.

    o seguinte o ofcio:

    Of. GSLMAT n 542/2012

    Braslia, 14 de dezembro de 2012

    Senhor Presidente,

    Cumprimentado cordialmente Vossa Excelncia, em ateno aos termos do art. 70 da Constituio Fe-deral, e com referncia ao Requerimento n 1.061, de 2012, encaminho relatrio de viagem decorrente da audincia pblica da Comisso Parlamentar de Inqu-rito do Trfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado Federal, na cidade de Manaus, no dia 10 de dezembro prximo passado.

    Seguem, tambm em anexo, matrias jornalsti-cas que ilustram minha participao.

    Atenciosamente, - Ldice da Mata, Senadora da Repblica.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia do Senado Federal recebeu, por meio do Ofcio n 2.070, Relatrio de Viagem da Senadora Ana Amlia, referente ao Requerimento n 986, de 2012, de misso, no qual relata compare-cimento ao encontro da Unio Interparlamentar e da ONU, na cidade de Nova Iorque - EUA, nos dias 6 e 7 dezembro de 2012.

    O Ofcio vai publicao. O Requerimento vai ao Arquivo.

    o seguinte o ofcio:

    Ofcio n 2.070/2012 - GSAAME

    Braslia, 14 de dezembro de 2012

    Caro Presidente Senador Jos Sarney,

    Cumprimentando-o cordialmente, encaminho o registro que fiz de minha participao, por desig-nao de Vossa Excelncia, no encontro da Unio Interparlamentar com Organizao das Naes Uni-

    das, realizado em Nova York, EUA, nos dias 6 e 7 de dezembro de 2012.

    Cordialmente, - Senadora Ana Amlia, PPRS.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia do Senado Federal recebeu expediente da Senadora Ana Rita, referente ao Re-querimento n1.062, de 2012, no qual relata compa-recimento Audincia Pblica da CPMI da Violncia contra a Mulher na cidade de Goinia - GO, no dia 14 de dezembro de 2012.

    O expediente vai publicao. O Requerimento vai ao Arquivo.

    o seguinte o expediente:

    RELATRIO DE VIAGEM - GOINIA (Requerimento n 1.062-2012)

    Relatora da Comisso Parlamentar Mista de In-qurito (CPMI) que investiga a violncia contra a mulher no Brasil, estive na sexta-feira (14-12) em audincia pblica realizada pela CPMI em Goinia, na Assem-bleia Legislativa de Gois, em etapa que encerrou o ciclo de audincias pblicas e diligncias nos Estados e Distrito Federal.

    Com as informaes apuradas na ocasio pela CPMI em Goinia, o relatrio trar consolidado o diag-nstico da realidade de violncia contra a mulher no Brasil - o que foi constatado de ruim e de boas prti-cas nos equipamentos e rede de atendimento mulher - bem como apontamentos do que ideal diante do quadro encontrado e sugestes de polticas pblicas para a reverso dessa realidade. Recomendaes aos rgos competentes sobre a aplicabilidade da legisla-o, de forma especial, da Lei Maria da Penha, tambm constaro no relatrio.

    Durante a audincia pblica realizada em Goi-nia, a CPMI constatou problemas de precariedade nos rgos e na rede de atendimento s mulheres em Gois. Falta de pessoal especializado, de capacitao de funcionrios e sucateamento das poucas delega-cias de atendimento mulher e inexistncia de alguns equipamentos como casas abrigos pblicas tambm foram diagnosticados.

    Foram inquiridas as seguintes autoridades: a De-legada Geral da Polcia Civil, Doutora Adriana Accorsi, representante do Secretrio de Estado de Segurana Pblica, Delegado Federal Joaquim Cludio Figueire-do Mesquita; a Secretria de Estado de Polticas para Mulheres e Promoo da Igualdade Racial, Glucia Maria Theodoro Reis; o Juiz de Direito, Doutor Doni-zete Martins de Oliveira, representante do Excelen-tssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justia de Gois, Desembargador Leobino Valente de Chaves; a

  • 73012 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    Promotora de Justia dos Direitos da Mulher, Doutora Rbia Correia Coutinho, representante do Procurador Geral de Justia, Doutor Benedito Torres Neto e o De-fensor Pblico, Alaor Arantes da Silva, representante do Defensor Pblico Geral, Doutor Alexandre Eduardo Felipe Tocantins.

    Tambm falou CPMI da Mulher, representando a sociedade civil organizada, a coordenadora do F-rum Goiano de Mulheres, a Sra. Ftima Veloso, que apresentou um dossi da violncia contra a mulher no estado de Gois. A Secretaria de Estado de Polticas de Mulheres e Promoo da Igualdade Racial e o Mi-nistrio Pblico de Gois tambm entregaram CPMI um relatrio com as respostas solicitadas.

    O Secretrio de Estado de Sade de Gois, o Doutor Antnio Faleiros, no compareceu e nem en-viou representante.

    A Comisso j esteve no Distrito Federal, Per-nambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Esprito Santo, Alagoas, Paran, So Paulo, Bahia, Paraba, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Par, Roraima, Cear e Gois.

    Braslia, 18 de dezembro de 2012. - Ana Rita, Senadora da Repblica (PT/ES).

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - Sobre a mesa, ofcio que ser lido.

    lido o seguinte:

    Of. n 265/2012 - CRE/PRES

    Braslia, 18 de dezembro de 2012

    Excelentssimo Senhor Presidente Jos Sarney,

    Nos termos do art. 89, inciso IV, do Regimento Interno do Senado Federal, comunico a Vossa Exce-lncia a designao do Senador Blairo Maggi para, nas vagas anteriormente ocupadas pelo Senador Cidinho Santos, compor como membro titular a Subcomisso Permanente da Amaznia e da Faixa de Fronteira (CREPAFF), e a Subcomisso Permanente para Mo-dernizao e Reaparelhamento das Foras Armadas (CREMRFA), e, como suplente, a Subcomisso Perma-nente de Monitoramento da Implantao das Medidas Adotadas na Rio+20, e do Regime Internacional sobre Mudanas Climticas (CRER+20).

    Aproveito a oportunidade para renovar protestos de elevada estima e distinta considerao.

    Atenciosamente, Fernado CoIlor, Presidente da Comisso de Relaes Exteriores e Defesa Nacional.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - O ofcio que acaba de ser lido vai publicao.

    Sobre a mesa, parecer que ser lido.

    lido o seguinte:

    PARECER N 1677, DE 2012

    Da COMISSO DE ASSUNTOS ECONMICOS, sobre a Mensagem n" 117, de 2012 (n 5661201 2- na origem), da Presidente da Repblica, que encaminha ao Senado Federal proposta para que seja autorizada contratao de operao dc crdito externo. com garantia da Repblica Federativa do Rrasil, no valor de at IJSS 600.000.000,00 (seiscentos milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica), entre o Estado da I3ahia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (1310), cujos recursos sero destinados a financiar, parcialmente, o "Programa de Consolidao do Equilibrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia - PROCONFIS 11".

    RELATOR: Senador ANJEAL DINIZ

    - RELATRIO

    A Presidente da Repblica, mediante a Mensagem n 117, de 2012 (n 566, de 12 de dezembro de 2012, na origem), submete apreciao do Senado Federal pleito do Estado da Bahia, para que seja concedida a autorizao para contratao de operao de crdito com o Banco Interamercano de Desenvolvimento ( BID), com garantia da Repblica Federativa do Brasil.

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73013

    Os recursos da operao de. crdito, no valor de at US 600.000.00000 (seiscentos milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica), destinam-se, a financiar, parcialmente, o Programa de Consolidao do Equilbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia - PROCONFIS IF'

    Conforme Parecer Tcnico da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, o Pro&ania de Consolidao do Eqiiiibrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia - PRC)CONFIS IT visa reforar o processo de ajuste fiscal da Estado e a consequente ampliao da capacidade de investimento necessria s demandas sempre crescentes por servios pblicos.

    A matria encontra-se instruda com documentos pertinentes, entre os quais a Exposio de Motivos n 00249/2012-MF, de 12 de dezembro de 2012, do Ministro da Fazenda, os pareceres favorveis da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (Parecer PGFN/COF n 2502/2012, de 10 de dezembro de 2012), da Secretaria do Tesouro Nacional (Pareceres n 1727/2012 COPEM/SIN, de 6 de dezembro de 2012, e n 1725/2012 COPEM!STN, de 5 de dezembro de 2012, e Nota n 830/2012/COREMISTN, de 15 de outubro de 2012) e da Procuradoria-Geral do Estado da Bahia n PA-NLC-MSQ-597120 12, de 27 de setembro de 2012,, e n' PA-NLC-VSN-675t2012. de 12 de novembro de 2012; a Recomendao ri0 1.282, de 20 de dezembro 2011, da Comisso de Financiamentos Externos (Cofiex); o Oficio ri 239/2012- DEPEC/DICIN/SUREC de 21 de novembro de 2012, por meio do qual o Banco Centrai providenciou o credenciamento da operao, sob o n0 ROF TA 632645; e a minuta do contraio de emprstimo.

    A liberao dos recursos da operao de crdito est prevista para os exerccios de 2012 e 2013, com amortizaes semestrais; os prazos de amortizao e de carncia sero, respectivamente, de 240 meses e de 66 meses, ambos contadds da data de celebrao do contrato, e o custo efetiva da operao foi estimado em 2.76% ao ano, flutuante conforme variao da LIBOR, considerado aceitvel pela STN.

    Ii ANLISE

    A anlise da presente operao de credito externo fiindaenta-se no art. 52, incisos V. VH e VIII da Constituio Federal .e visa a verflcar o cumprimento das detem,i.naes das Resolues n 40 e n 43, de 2001, e 48,

  • 73014 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    de 2007, todas do Senado Federal, e da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas so as normas que regulam os limites e condies para a contratao de operaes de crdito internas e externas, inclusive concesso de garantia, no mbito dos trs niveis de goyerno.

    De acordo cornos Pareceres n` 1 725 e 1,72, de 2012, ambos da Coordenao-Geral de Operaes de Crdito de Estados e Municpios (COPEM) da STN, o Estado da Bahia cumpre os limites e demais condies denidas pelas referidas resolues. Portanto, atende os requisitos minimos previstos no art. 32 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Entende a STN, portanto, que a atual situao de endividamento do Estado comporta a assuno das obrigaes financeiras advindas da contratao desse novo emprstimo.

    Como ressaltado naqueles pareceres, anexos Mensagem encaminhada ao Senado Federal, o Estado da Bahia atende aos limites definidos nas Resolues n 40 e n 43, de 2001, do Senado Federal. Em particular, os limites definidos nos incisos 1, II e 111 do art. 7 da Resoluo nD

    43, de 2001, que tratam, respectivamente, do montante anual passvel de contratao, do montante mximo de comprometimento da receita corrente lquida com amortizaces juros e demais encargos financeiros da divida consolidada, e do montante da divida consolidada dos Estados.

    Conforme declarao do Chefe de Poder Executivo do Estado da Bahia, as aes previstas para o PROCONFIS 11 esto inseridas no Plano Plurianual 2012-201 5 estabelecido pela Lei Estadual n 12.504, de 29 de dezembro de 2011.

    O Governador atesta tambm que o oramento previsto para o exerccio financeiro de 2012, nos termos da Lei Estadual n 12503, de 29 de novembro de 2011, contempla dotaes suficientes para o ingresso de recursos relativos operao e aos seus encargos, sendo que as dotaes sero supleinentad.as, se nccessras e na ocorrncia de eventuais acrscimos. Tais variaes podem decorrer, por exemplo, de variaes na taxa de cmbio.

    De fato, em razo da variao cambial ocorrida em 2012 e por nuejo do Decreto n 71.de 2X de novembro de 2012- o Estado da Bahia procedeu a suplenuentao oramentria no valor de R$ 89746.000,00 -

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73015

    perfazendo, dessa forma, o valor de R$ 840 milhes, suficiente para cobertura oramentria de urna liberao de at US$ 400 milhes no exeiicio de 2012 a urna taxa de cmbio de R$ 2,10 por USS.

    Com vis1as concesso da garantia da Unio, submetida ao que detennina o art. 40 da LRF e aos limites e condies previstos nos arts. 90 e 10 da Resoluo do Senado Federal n 48, de 2007, examina-se, em seguida, a situao de adimp1ncia do Estado em relao Unio e as contragarantias oferecidas.

    A Lei Estadual D 12.359, de 26 de setembro de 2011, autoriza o Poder Fxecuti'%rc a contratar operao de crdito extenio com o BID, no valor de at US5 600 milhes, destinada ao PROCONFIS II, e a vincular, como contragarantias garantia da Unio, as parcelas necessrias e suficientes das receitas a que se referem os arts. 155, 157 e 159, na forma do 4 do art. 167, todos da Constituio Federal, e outras garantias em direito admitidas.

    De acordo com estudo elaborado pela SI'1 sobre o comprometimento das transferncias federais e receitas prprias do Estado da Bahia, objeto da vinc.ulao autorizada a STN concluiu que elas 5o gaLantias suficientes ao ressarcimento da Unio, se esta porventura vier a ser chamada a honrar o compromisso na condio de garantidora da operao.

    Relativamente adinipln.cia fiscal e financeira do Estado, inclusive quanto prestao de contas de recursos recebidos da Unio, a SYN assinalou .no j citado Parecer n 1727/20 12-COPEMJSTN. que, em consulta eletrnica ao Cadastro nico de Convnios (CAUC) foi constatada uma irregularidade referente Administrao Direta do Estado da Bahia. Vale enfaiizar, entretanto, que a Resoluo n 41, de 2009, ue alteruii a Resoluo n 48, de 2007, possibilita a comprovao de adLmpincia do Ente por ocasio da assinatura do contrato.

    Destaque-se, todavia, que no h registro de compromissos honrados pela Unio em nome do Governo do Estado da Bahia nos ltimos anos, em decorrncia de garantias coucedidas, estando ainda o Estado adimplente com as instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional, No h ainda pendncias do Estado referentes aos fmanciarneritos e refinanciainentos concedidos pela Unio.

  • 73016 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    Conforme o Relatrio de Gesto Fiscal da Unio para o 23 quadrimestre de 2012, eiste margem para a concesso da pleiteada garantia da Unido: ae.ntro dos limites estabelecidos pelo Senado Fedei-al nos termos do art. 9 da Resoluo n 48, de 2007.

    A Secretaria do Tesouro Nacional procedeu ainda a unia avaliao prpria acerca da capacidade de pagamento do emprstimo pelo Estado. Ela afenda nos termos da Portaria MF ri0 306, de 2012, e serve de parmetro para efeito da concesso de garantia da Unio.

    Assim, de acordo com anlise consignada na Nota n 830/2012, de de 15 de outubro de 2012, da Coordenao-Geral das Relaes e Anlise Financeira dos Estados e Municpios (COREM) da STN. o Estado da Bahia foi classificado na categoria 'C 1", que corresponde situao em que o Ente no atende ao indicador de endividamento requerido pela norma, ficando, assiin a concesso de garantia da Unio condicionada ao pronunciamento favorvel do Secretrio do Tesouro Nacional, nos termos do art. 9 da citada Portada. O Senhor Secretrio do Tesouro Nacional, tendo em conta que o Estado atende aos critrios de endividamento da Resoluo do Senado Federal 13143, de 2001, manifestou-se favoravelmente ao pleito do Estado da Bahia.

    A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), mediante seu Parecer n 2502, de 12 de dezembro de 2012, considerou que as formalidades prvias contratao so aquelas prescritas na Constituio e nos dispositivos legais e regulamentares que disciplinam a matria.,as quais foram observadas, em especial o art. 8 da Resoluo no 48, de 2007, do Senado Federal, que veda disposio contratual de natureza poltica, atentatria soberania e ii ordem pblica, contrria Constituio e s leis brasileiras ou que im'plique compensao automtica de dbitos e crditos.

    Em suma, a Secretaria do Tesouro Nacional entendeu que o Estado da Bahia apresenta capacidade financeira suficiente para contratar a operao em exame e, fundamentada nos parmetros que utiliza para avaliar o risco da Unio na concesso da garantia solicitada, manifestou-se favoravelmente sua concesso, desde que atendidas as seguintes condies- a) a formalizao do contrato de contrac

    ::YaTantia entre o Estado e a Unio; b)

    verificao previarnente celebrao do contrato de emprstimo da verificao por parte da STN da adimplncia do Estado da Bahia com a Unio; e e) verificao do cumprimento substancial das condies especiais do primeiro desembolso constantes no contrato de emprstimo.

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73017

    Conclui-se, assim. que o Estado da Bahia atende aos limites e condies estabelecidos pelas referidas Resolues d Senado Federal que tratam da matria e cumpre as exigncias e demais condies para a prestao de garantia pela Unio, contidas no art. 40 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    111VOTO

    Ante o exposto, voto pela aprovao do pedido de autorizao de Estado da Bahia para contratar a operao de crdito externo com garantia da Repblica Federativa do Brasil, nos termos do seguinte:

    PROJETO DE RESOLUO DO SENADO Na74, DE 2012

    Autoriza o Estado da Bahia a contratar operao de crdito externo, corri garanta da Unio, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de at USS 600.0O0000,00 (seiscentos milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica).

    O SENADO FEDERAU resolve:

    Art. 11 E o Estado da Bahia autorizado a contratar operao de crdito externo, com garantia da Repblica Federativa do Brasil, com o Banco Interamericano de. Desenvolvimento (BID), no valor de at US$ 600.000.00000 (seiscentos milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica).

    Pargrafo nico. Os recursos dessa operao de crdito destinam-se ao "Programa de Consolidao do Equilbrio Fiscal paia o Desenvolvimento do Estado da Bahia - PROCONFIS II."

    Art. 20 A operao de crdito referida no ait. J dever ser realizada nas seguintes condies:

  • 73018 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    1 - drvedce-: Estadci da 13aiaia.;

    Ei a.LiC.i) Taterarricri e aru) dc IDCSC-Lv cii ii irrCritc (Ei EL)).

    III aratitid ci-: R.epblic.a Federativa dc I3rrici1

    at LJSS 600 00000000 (seiscentos ei-iIics de dlares des Estados lfriides da. Arnrica);

    rim diii id ad e: rriprsti ira e e otni -c.a de j cxrCc baseada tia L. 1 Ei

    CIO ci caem belce: a.tr dei a aries e itades a prnr-Lir da data de ritr-ada cmi csr- de c-crrtrate.

    VII -- amrtiaSci: mediante ci pa.arnierltc de presiraca serri cstrais e e era- ceniti '-'as, vsinceridc,-s e a pene eira ci ri e e cri es rr ai 5 seis iii eses a-ps a. data de -vipticia do eerltratc, e a iiltiyrna. at i'iritc aiicis pcis a data de vipiaeia

    '-fIJI - jrirea e rmlrLrarie d -v er papar jures sobre es saldos devedei- e a dirios a nua-a taa e q'c e se r ci eterrniiaad a d aco ir-do e tini o m--t- 3.03 das 4orrniac erai s; o p cimeiro pagarnicatc dever ccerrcr seis meses colha a p arir da. viria ia da ecritrato; ceqearlite e crnpzr-s time iie tiver sido e b3 etc de i-ternh-iurtia converso ci lranit-u i-io pagar- j tires a L-Irila taa de jircs baseada na L-IEicp.. riestC cas e, es jarros ir ci diro a rima ta-,,ta amitia] para cada trimestre

    a da. pele Ei TE) em a-ei a data para det er-mirra. o da t atca de jurres irias cada ria L. 113CP. para cada. trirrt.estre, da segnurite' fdrrna: a.) a respectiva taraa. L. TT3CD1. reais - cri recries; ti) e eriste de eap-taSe de 13 TU); mc eirizi1ttiiitC ci

    e de 'v =; aalr- a titule de j tire g, a ri] ai-peru cii Ii cr' c 1 pai-a. emprstiriuci a de capital cirdiri ri e -

    - eeriv era cs: com coas erutiniCtito do Ei ader, e ei-ri tririe poder seJici Lar cc IL) eoaveiscri de iiiceda cria cc)1rversc de taaa clii urres ciii qriaJq tier mc)iT1eIitc) dirirruuuie a vigncia dc> cc)rltriite. de scerdci cera e di sJ_iesto

    e aptale V das 114 cii-riias (E-arai s; seiidci qa-ci. para a. e cc prsci de irrice dc, e rtiI]tw ir ci peciter cii citar que rua dciaatnsbcrilsci eu a tcita.lida.dc crie Liriria parte de salde de--ecir sej ama e cii iv ciii dcc eia Trio e cia. de Pais rici ritLitLLrTi e e Li 5. tirITa

    e da 1 cc ai, ci tie ci bane-e possa iii tcririedi ar criei ejateimerite, e, para a e 'ersi-9c de tric a de jrmrcri s. cri mc etLiri a p eder a ciii citar, em rT a o a. parte cia tci ai i dad. e dci sal de deve der, qac a tai'ca, do j ares baseada a a L 113 C>EE se) a ceus' cru da era ciii a. tmi_-'-ma. zflaa de j i.iros. cri qrma.i quer entra op o de e etc veraS e de taaa dejw- s siriuiciitada pala umnitutrie e aceita pele ElE).

    - ii tiec

    CIO ei- di te: a serem e stabel incidas pendi e a.a.ierit e pele Id 111) e e a.1 cru ad as se br e ci sai de ri Se dcc emb ei cade de erriprs time. cai gida j rmte.rricrrite cciii es jel-us. innmtr-rnadc eira 'w-iger ccc senta. di cc tip a a mis ai Ti atrrra de e-cri trate, ri ci pederi dc cace der. cru case crtlguirrni_ a. 0,75'3 a a

    il --- d .rspesas ci e i ri spc ti e aix pe r-i'i sc: li)e acorde cem pecltacia vigente, cri IS 1 E) .0 Se e obra r -ri cri tarife para aterru der despe ccc de cuLpei-visSe eeia iria pe o e sapa i-ia so pairei; em evarita-ci yei,,'is Se, peri dica dci si umas pciiiti e as. o iS lEi jacitifi e an, ii essa. hiptese, e mtituri cri co bre ci va.i r de vide em sarTTcslirc de tenrmiaa.dcri. qnte tiSci pc dc>r-S ser superior a 1,i16 de -'calei-ci e Ti ri criei cri-I cri te, cii vida de pa 1 e ri ii rri era ele micra catres e erri pira cri di de ao prai o cri g irial cia deerri bel ccc

    Jg-rca/b abi ice - Fica e. IlLa-LltclJrikD, aictoniaad o a. encare em- media-ri te scclici ta Se formal ae era dor, as ep es dc e crIvei-so pr-c'eistas ria ia cisc 1i14 deste artIgo

    .,4.rrt_ 3 Fica a Lircilio atuter-Ezuida ai eciricader ganteitia ao Estado da 13 chia ria cerltr-atal o da cc pera Se de crdito catartici re Ferida cesto.Rescrittta

    imraJn -z2iriie - C) cmcercicie da anitei-isac, prevista rio a-! fica cetidioieniardci a que:

    1 - ci Estado da - Eiihia celebre centrate com a unio para a c cine essci de cc zntra.p arausti as, se b -1 feriria. d r'iriciilaa das receitas de que tratam os arta. 155, 157 e 159, rios termos do 4 d> ar-t- 167, todos da. Cerrstitrrio Federal, e de outras paramiti as em direi tci a driauitidras, podetide e (li- ci verri cri Federal req ecran as t7-irri s fernc e ias de e cai-se s iria cries ri es par a cc fi ar-ttrrc dos e erripremi sso a li rircd os, diretani-cenite das eciuritas e cri trai i aa.dcira.s da erre e adaci dci Estado cri das trai] sferinrciias federais;

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73019

    11 - a t 11i iatii a da. Faaiida. rifi q1a a ata sia a) a iip1 cia dci Est adc, d a 13 abi a qia1at c, a cc s pa aixian tci a a

    FT-aa -t aa a a da a citaa da cllIa a t a cc art -

    10 cia aaluca r' 48, da 20G7, a a afbr - a diac ip1i acici pai a 5 dc. riaa airic. ar-ti a a c1Iiaxic c' aci q a a dispO a a at 16 da esc.1t3c. ia" 43. de 2001;

    b) a a a pLm anta s Ii Star.ra i ai das aci-.-. di Oa s asjiia ai ai s a p uira C ira c1aairii ba 1 sa aciri atar. ta s ri ci ac.c trata dc eciriprti rr. a

    4 i racc iciixic, p ara a a ai-cicia da pi-eseat a tc.i-rza Ac.

    da cniahar tnia ci ria arciri s, cic.-rifac1a a pai-rir da - .-i a da ta }asa1 LL3a.

    rS. r-t_ 5" TEs La Icsc.I ara ar. Lr-a rT1 cgar ria drrta cia

    a1a da -riiaa. IS da daarabrri da 201 2

    raaidarita

    ktaI arcar

    Ccrnso de Assunto5 Econmicos - CA MENSAGEM (SF) N- 117, dz, 2012

    ASNAM OFARECER, IA e4LJN1O, DE - /12I2012. OS(AS) SE OR(A) SENADORES(AS)

    PRESIDENTE: R.EL&TOR:

    - oeAcio 2oGvcrrQ(FT, pipc _____________ Zez Pet (PT cArnara,1 (PT)

    EdIlardo Supky PT) / -. -2 W.Ft Pnher (PT)

    Jo F;rire1 (PT

    'rrjmbrO Oo5l (P1) Ll:--- W."irIn D1a (PTI

    LLrdterliI-arIa PT - - - JrgeVir (PT) /..v

    Ar GLIracz (FUJ) rrvarn uaque I:FL})

    Lidce da Mata P8B) -4

    Antznia Carlos Valadares i:PB)

    Grioti (PC UQ E) 1ncio Ada PC C B)

    - Bicca Parlamenta aMk2ria(PV. PMtB, PP)

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    Reroar Riupp .- '', i----

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    3. Ciro Nogueira (FF)

    Ricardo .Feo (EMCB)

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    73020 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    Bloco PrImert2rMIrOr1a(P$DB DM)

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    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia comunica ao Plenrio a aber-tura de prazo de cinco dias teis perante a Mesa, para apresentao de emendas ao Projeto de Resoluo n74, de 2012, resultante de parecer lido anteriormen-te, nos termos do Regimento Interno.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - Sobre a mesa, requerimento que ser lido.

    E lido o seguinte

    REQUERIMENTO N 1.159, DE 2012

    Senhor Presidente, Requeiro, nos termos do art. 258 do Regimento

    Interno, a tramitao em conjunto, dos Projetos de Lei do Senado ns 430 e 431, de 2012, com o Projeto de Lei do Senado n 176, de 2008, tendo em vista regu-larem a mesma matria.

    Sala das Sesses, 10 de dezembro de 2012. - Senador Mrio Couto.

    ( Mesa para deciso)

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - O requerimento que acaba de ser lido ser despachado Mesa para deciso.

    Sobre a mesa, requerimentos que sero lidos.

    So lidos os seguintes:

    REQUERIMENTO N 1.160, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222 do Regi-mento Interno do Senado Federal, a insero em ata de voto de aplauso e congratulaes ao Sport Club Corinthians Paulista que, no ltimo domingo, 16 de dezembro, conquistou o Bicampeonato Mundial de Clubes da FIFA.

    Justificao

    Depois de cinco anos, a taa do Mundial de Clu-bes volta ao Brasil pela excelente campanha do Corin-thians e pela fora e energia dos milhares de torcedores que viajaram ao Japo e empurraram o time paulista rumo ao segundo ttulo mundial de sua histria. O Co-rinthians superou o Chelsea, da Inglaterra, e quebrou o jejum de seis anos dos sul-americanos na competi-o organizada pela FIFA, que foi disputada no Japo.

    Com a taa de campeo do mundo ao lado, o tcnico Tite fez questo de ressaltar o sistema do Co-rinthians para superar o Chelsea e citou a "multiplica-o corintiana", destacada antes da partida pela FIFA.

    "Gosto de citar a crnica que li no site da FIFA e inclusive mostrei para os atletas: a multiplicao corin-tiana. Quando cada atleta divide uma bola, intercepta uma jogada, a torcida grita e sobe o nimo junto. No significa que bloquear ou cortar uma bola seja plasti-camente bonito, mas mostra a alma da equipe", disse.

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73021

    "Mostra que um clube tradicional se desdobra para conseguir vencer. Alm disso, todos os jogadores esto preocupados em ajudar um ao outro em todos os momentos para lutar pelo objetivo final", comple-tou o treinador.

    Com a conquista, Tite fecha uma "trplice coroa" no Corinthians com os ttulos do Campeonato Brasi-leiro (2011), a Libertadores e o Mundial, ambos em 2012. Desde o So Paulo, de Tel Santana, nenhuma equipe brasileira repetia essa sequncia.

    Eu, como torcedor do Santos, considero que o Corinthians honrou o nosso pas com a sua campanha e a conquista do Bicampeonato Mundial de Clubes. Parabns ao Corinthians, sua Fiel Torcida e a cada um dos jogadores que participaram desta conquista: Cssio, Alessandro, Chico, Paulo Andr, Fbio San-tos, RaIf, Paulinho, Danilo, Emerson, Wallace, Paolo Guerrero, Juan Martnez, Jorge Henrique, bem como ao tcnico Tite.

    Sala das Sesses, - Senador Eduardo Mata-razzo Suplicy.

    REQUERIMENTO N 1.161, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222, do Regimen-to Interno do Senado Federal, que seja encaminhado Voto de Congratulaes RBS TV - Porto Alegre, pelo transcurso dos 50 anos de sua fundao, que ocorrer no dia 29 de dezembro de 2012.

    A homenagem do Senado Federal, que exten-siva a todos os seus funcionrios e telespectadores, dever ser encaminhada ao seu Diretor Antonio Ti-gre, no seguinte endereo: Rua Rdio e TV Gacha, 189 - Morro Santa Tereza - CEP: 90850-080 - Porto Alegre/RS.

    Sala das Sesses, 13 de dezembro de 2012. - Senadora Ana Amlia, PPRS.

    REQUERIMENTO N 1.162, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222, do Regimen-to Interno do Senado Federal, que seja encaminhado Voto de Congratulaes RDIO CULTURA AM, pelo transcurso dos 30 anos de sua fundao, que ocorrer no dia 31 de dezembro de 2012.

    A homenagem do Senado Federal, que exten-siva a todos os seus funcionrios e ouvintes, dever ser encaminhada ao seu Diretor Garcia Moreno Ste-fanello, no seguinte endereo: Rua Presidente Getulio Vargas, 153 - CEP: 99490-000 - Tapera/RS.

    Sala das Sesses, 13 de dezembro de 2012. - Senadora Ana Amlia, PPRS.

    REQUERIMENTO N 1.163, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222, do Regimento Interno do Senado Federal, que seja encaminhado Voto

    de Congratulaes ao jornal O DIRIO, pelo transcur-so dos 20 anos de sua fundao, que ocorrer no dia 24de dezembro de 2012.

    A homenagem do Senado Federal, que exten-siva a todos os seus funcionrios e leitores, dever ser encaminhada ao seu Diretor Raul Petry, no seguinte endereo: Av. Presidente Lucena, 3332 - CEP: 93900 - 000 - lvoti/RS.

    Sala das Sesses, 13 de dezembro de 2012.Senadora Ana Amlia, PP/RS.

    REQUERIMENTO N 1.164, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222, do Regimen-to Interno do Senado Federal, que seja encaminhado Voto de Congratulaes ao JORNAL VS, pelo trans-curso dos 55 anos de sua fundao, que ocorrer no dia 20 de dezembro de 2012.

    A homenagem do Senado Federal, que exten-siva a todos os seus funcionrios e leitores, dever ser encaminhada ao seu Diretor Fernando Cesar Anschau, no seguinte endereo: Av. Joo Correa, 1017 Centro - CEP: 93020-690 - So Leopoldo/RS.

    Sala das Sesses, 13 de dezembro de 2012.Senadora Ana Amlia, PP/RS.

    REQUERIMENTO N 1.165, DE 2012

    Requeiro, nos termos do artigo 222, do Regimen-to Interno do Senado Federal, que seja encaminhado Voto de Congratulaes RDIO MARISTELA AM, pelo transcurso dos 55 anos de sua fundao, que ocorrer no dia 30 de dezembro de 2012.

    A homenagem do Senado Federal, que exten-siva a todos os seus funcionrios e ouvintes, dever ser encaminhada ao seu Diretor Dom Jaime Pedro Kohl, no seguinte endereo: Av. Borges de Medeiros, 401 - CEP: 95560 - 000 - Torres/RS.

    Sala das Sesses, 13 de dezembro de 2012.Senadora Ana Amlia, PP/RS.

    REQUERIMENTO N 1.166, DE 2012

    Requeiro, nos termos regimentais, insero em ata de voto de pesar e apresentao de condolncias famlia pelo falecimento da Senadora Cearense Ma-ria Alacoque Bezerra.

    Justificao

    com grande pesar que registramos o falecimen-to de Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, primeira senadora do Nordeste, com mandato parlamentar entre outubro de 1989 e fevereiro de 1990.

    Nascida em Juazeiro do Norte, Alacoque foi em-presria e professora de exerccio e vocao. Como escritora, produziu o livro Jos Bezerra, O Pacificador. Contribuiu para o reconhecimento histrico e desenvol-

  • 73022 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    vimento da 'terra do Padre Ccero', e de forma subs-tancial para o engrandecimento educacional do Cariri.

    So de autoria da Senadora Alacoque Bezerra, os Projetos: "Municipalizao da Merenda Escolar" e "Piso Salarial para o Incio da Carreira do Magistrio Pblico nos Nveis, Fundamental e Mdio".

    Em 2007, foi lanada a sua biografia, "Alacoque Bezerra - A Madrinha de Juazeiro", do jornalista BIan-chard Giro.

    Alacoque dignificou o povo do Cear, por isto, figura nas pginas da nossa histria como um dos mais belos exemplos de dignidade e de amor terra que lhe serviu de bero.

    Sala das Sesses, - Senador Incio Arruda.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco/PDT - RO) - A Presidncia encaminhar os votos solicitados.

    Os requerimentos vo ao Arquivo. Sobre a mesa, projetos de lei do Senado que

    sero lidos.

    So lidos os seguintes:

    PROJETO DE LEI DO SENADO N 461, DE 2012

    Altera o 11 do art. 106 da Lei n9.279, de 14 de maio de 1996, a fim de ampliar para at um ano o prazo de sigilo do pedido de registro de desenho industrial.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 100 10 do art. 106 da Lei n9.279, de 14 de

    maio de 1996, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 106........................................................ 1 A requerimento do depositante, por oca-sio do depsito, poder ser mantido em sigilo o pedido, pelo prazo de at um ano, contado da data do depsito, aps o que ser processado. ............................................................. "(NR)

    Art. 20 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Justificao

    Entre as inovaes protegidas pela Lei n9.279, de 14 de maio de 1996, que regula direitos e obriga-es relativos propriedade industrial, est o desenho industrial, definido como a forma plstica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configurao ex-terna e que possa servir de tipo de fabricao industrial.

    Em outras palavras, essa a modalidade de pro-priedade industrial que garante a explorao econ-mica exclusiva, pelo perodo de dez anos, prorrogvel duas vezes por cinco anos, do trabalho do intelecto

    humano que confere distino ao aspecto externo de um produto, sem considerar as caractersticas funcio-nais, protegidas por patente de inveno ou de modelo de utilidade.

    O 10 do art. 106 da Lei da Propriedade Industrial prev que, no pedido de registro do desenho indus-trial, o depositante pode requerer o sigilo pelo prazo de 180 (cento e oitenta dias), adiando-se a publicao do pedido, que ocorre de forma simultnea conces-so do registro.

    O objetivo da solicitao de sigilo evitar que a publicao do desenho industrial no Brasil impossibilite o pedido de registro em outros pases, especialmente aqueles no signatrios da Conveno de Paris, nos quais a prvia publicao incluiria o desenho no estado da tcnica e eliminaria o requisito da inovao, prejudi-cando quem se interessasse por promover depsitos concomitantes em vrios locais distintos.

    Por outro lado, o pedido de sigilo posterga o in-cio da explorao econmica do desenho industrial e reduz seu tempo total, uma vez que o prazo de priori-dade j comea a transcorrer com o depsito, haven-do ou no sigilo.

    Entendemos, contudo, que a depender do pas em cujo territrio se queira promover o registro de de-senho, esse prazo poder ser insuficiente. Por isso, propomos o aumento do prazo de sigilo na Lei de Propriedade Industrial para um ano, a fim de propi-ciar oportunidade para maior proteo internacional aos desenhos industriais registrados no Brasil. Escla-recemos que tal alterao est em harmonia com a prtica de naes com grande tradio na proteo da propriedade intelectual, como Estados Unidos, pases da Unio Europeia e Japo, os quais preveem prazos mais dilatados para o pedido de sigilo.

    Por entender que a proposta vai ao encontro do objetivo de estimular e proteger a produo intelectu-al brasileira, solicito o apoio dos dignos Pares para a aprovao deste Projeto de Lei.

    Sala das Sesses, - Senador Valdir Raupp.

    LEGISLAO CITADA

    LEI N 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996

    Regula direitos e obrigaes relativos propriedade industrial

    Art. 106. Depositado o pedido de registro de desenho industrial e observado o disposto nos arts. 100, 101 e 104, ser automaticamente publicado e simultaneamente concedido o registro, expedindo-se o respectivo certificado.

    1 0 A requerimento do depositante, por ocasio do depsito, poder ser mantido em sigilo o pedido,

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73023

    pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data do depsito, aps o que ser processado.

    20 Se o depositante se beneficiar do disposto no art. 99, aguardar-se- a apresentao do docu-mento de prioridade para o processamento do pedido.

    30 No atendido o disposto nos arts. 101 e 104, ser formulada exigncia, que dever ser res-pondida em 60 (sessenta) dias, sob pena de arquiva-mento definitivo.

    40 No atendido o disposto no art. 100, o pe-dido de registro ser indeferido.

    ( Comisso de Cincia, tecnologia, Inova-o, Comunicao e Informtica, em deciso terminativa.)

    PROJETO DE LEI DO SENADO N462, DE 2012

    Acrescenta pargrafo nico ao art. 19 do Decreto-Lei n 986, de 21 de outubro de 1969, para tornar obrigatria a meno ao teor calrico dos alimentos dietticos nos rtulos.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 1 O art. 19 do Decreto-Lei n986, de 21 de

    outubro de 1969, passa a vigorar acrescido do seguinte 2, renumerando-se o atual pargrafo nico em 10 :

    "Art. 19.......................................................... 1 ................................................................. 20 O rtulo de alimento diettico dever con-ter a especificao do teor calrico do produto, na forma do regulamento." (NR)

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor aps cento e vinte dias de sua publicao.

    Justificao

    Uma grande parte dos rtulos de alimentos diet no traz o teor calrico do referido produto. Muitos desses alimentos, embora sejam dietticos, tm alto teor calrico, alm de muitas vezes possuir alto teor de gordura, como o caso do chocolate diet e de ali-mentos que so fabricados com esse produto.

    Essa ausncia de informao induz o consumidor a acreditar que, por serem dietticos, esses alimentos tm baixo ou nenhum teor calrico, sendo, inclusive, prejudicial aos obesos.

    Nesse sentido, a presente proposio objetiva contribuir para a defesa da sade do nmero crescente de brasileiros e brasileiras que apresentam sobrepeso e obesidade, bem como para sua melhor orientao nutricional.

    Sala das Sesses. - Senador Valdir Raupp.

    LEGISLAO CITADA

    DECRETO-LEI N 986, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969

    Institui normas bsicas sobre alimentos

    Art. 19. Os rtulos dos alimentos enriquecidos e dos alimentos dietticos e de alimentos irradiados devero trazer a respectiva indicao em caracteres facilmente legveis

    Pargrafo nico. A declarao de "Alimento Die-ttico" dever ser acompanhada da indicao do tipo de regime a que se destina o produto expresso em linguagem de fcil entendimento

    ( Comisso de Assuntos Sociais, em deci-so terminativa)

    PROJETO DE LEI DO SENADO N463, DE 2012

    Altera o 51 do art. 1.228 do Cdigo Ci-vil, a fim de definir a natureza da perda da propriedade decorrente da posse coletiva, de que trata o 4 do mesmo artigo, assim como a responsabilidade pela indenizao respectiva.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 100 50 do art. 1.228 da Lei 10.406, de 10

    de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 1.228.

    50 No caso do 40 deste artigo, a justa in-denizao pela desapropriao judicial ser fixada pelo juiz, com pagamento sob respon-sabilidade da Fazenda Nacional, conta do respectivo crdito a ser includo no oramento, mediante precatrio, na forma do disposto no art. 100 da Constituio Federal; pago o preo, valer a sentena como ttulo para o registro do imvel em nome dos possuidores." (NR)

    Art. 20 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Justificao

    A despeito do razovel decurso de tempo desde a edio do novo Cdigo Civil, em 2002, at hoje os operadores do direito ainda no chegaram a um con-senso sobre a natureza da privao da propriedade de que trata o 40 do art. 1.228 do referido diploma.

    Isso porque essa modalidade de privao da pro-priedade imvel foi prevista para o caso de reivindica-o judicial de bem de extensa rea, em decorrncia

  • 73024 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    de posse ininterrupta e de boa-f, por mais de cinco anos, por considervel nmero de pessoas, quando na referida rea tenham sido realizados, em conjun-to ou separadamente, obras e servios considerados pelo juiz de interesse social e econmico relevante. A lei, porm, no especificou se se trata de um tipo de usucapio ou de verdadeira desapropriao.

    Alm disso, deixou lacuna que deu margem a controvrsia sobre a responsabilidade pelo pagamen-to da indenizao, isto , se ela caberia aos prprios posseiros reivindicantes da rea pretendida ou ao Poder Pblico.

    Por tais motivos, a sociedade, inevitavelmente, acaba sofrendo prejuzos pela indefinio legislativa reinante, uma vez que permanece destituda de dire-trizes capazes de resultar na necessria segurana jurdica quanto s hipteses e ao modo com que se deve operar essa modalidade sui generis de perda/ aquisio da propriedade privada.

    No nosso modo de ver, essa questo pode ser perfeitamente solucionada mediante a estipulao de que a perda da propriedade, tal como definida no aludido dispositivo legal, decorre de autntica desa-propriao - excluindo, portanto, a tese da aquisio por usucapio -, pois inquestionvel que apenas a desapropriao depende de indenizao a ser paga quele que perde a propriedade. Ademais, a toda evi-dncia, essa desapropriao no corresponde exata-mente quela operada pelo Poder Executivo, mediante decreto presidencial, mas opera-se por fora de de-ciso judicial, nos exatos termos do disposto no 40 do art. 1.228 do Cdigo Civil, razo pela qual convm ser denominada desapropriao judicial.

    De igual modo, possvel, no nosso sentir, o aperfeioamento do texto legislativo de que trata o presente projeto de lei, a fim de definir com preciso a quem cabe o pagamento da indenizao nele prevista, atribuindo esse nus Fazenda Nacional, haja vista o interesse socioeconmico relevante expressamente estabelecido no texto da lei como condio para a ob-teno da coisa reivindicada judicialmente.

    Por tais motivos, esperamos contar com o apoio dos ilustres Pares no sentido da aprovao da matria que ora submetemos considerao do Congresso Nacional.

    Sala das Sesses, - Senador Valdir Raupp.

    LEGISLAO CITADA

    LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

    Institui o Cdigo Civil

    Art. 1.228. O proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reav-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

    10 O direito de propriedade deve ser exercido em consonncia com as suas finalidades econmicas e sociais e de modo que sejam preservados, de con-formidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilbrio ecolgico e o patrimnio histrico e artstico, bem como evitada a poluio do ar e das guas.

    20 So defesos os atos que no trazem ao pro-prietrio qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela inteno de prejudicar outrem.

    30 O proprietrio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriao, por necessidade ou utilidade pblica ou interesse social, bem como no de requisi-o, em caso de perigo pblico iminente.

    40 O proprietrio tambm pode ser privado da coisa se o imvel reivindicado consistir em extensa rea, na posse ininterrupta e de boa-f, por mais de cinco anos, de considervel nmero de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou sepa-radamente, obras e servios considerados pelo juiz de interesse social e econmico relevante.

    50 No caso do pargrafo antecedente, o juiz fi-xar a justa indenizao devida ao proprietrio; pago o preo, valer a sentena como ttulo para o registro do imvel em nome dos possuidores.

    ( Comisso de Constituio, Justia e Cida-dania, em deciso terminativa.)

    PROJETO DE LEI DO SENADO N 464, DE 2012

    Acrescenta o 40 no art.53 da Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, para considerar abusiva e consequentemente nula clusula contratual que prev cobrana de taxa de cadastro em contratos de financiamento

    O Congresso Nacional decreta: Art. 10.0 art. 53 da Lei n8078, de 11 de setem-

    bro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte 40:

    "Art. 53 ..........................................................

    40. Sero nulas as clusulas contratuais nos contratos supracitados que prever o pagamento de taxa de cadastro, ou similares." (NR)

    Justificao

    Os contratos de financiamento so em tese con-tratos de adeso, nos quais o consumidor em nada contribui para sua feitura. Dessa maneira tem-se vis-lumbrado diversos abusos cometidos pelas instituies financeiras escudados no pacta su servanda.

    A cobrana de taxa de cadastro e similares trans-fere ao consumidor o nus do servio, que em tese somente beneficia a instituio financeira. Exigir dos

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73025

    consumidores o pagamento de taxa para que sejam realizadas pesquisas junto aos cadastros de proteo de crdito em seu nome, imoral e deve tambm ser considerada ilegal, j que transfere ao consumidor o nus da impreviso contratual, que cabe ao fornecedor por determinao expressa dos princpios de defesa dos consumidores, dispostos no inciso IV do art. 60 da Lei 8078 de 11 de setembro de 1990.

    Essa cobrana extremamente polmica e foi levada ao judicirio. No mbito do Superior Tribunal de Justia gerou divergncias entre os ministros da Corte. Cito como exemplo, conforme publicado no Jor-nal Valor, o caso analisado pelo STJ, onde "o Banco Volkswagen havia cobrado R$500,00 para pesquisar o histrico de uma cliente do Rio Grande do Sul que financiou um carro de R$22 mil em 48 prestaes." Res-ta claro, que se trata de evidente abuso de cobrana por parte da instituio financeira, principalmente no alto valor cobrado.

    Levando em considerao que a matria dispos-ta constitui-se de ordem pblica e de sumo interesse social. Considerando, ainda, que todos os abusos co-metidos contra os consumidores devem ser punidos e cerceados, que apresento o projeto em tela com a finalidade de acabar com os questionamentos exis-tentes acerca da matria.

    Portanto, no sentido de conferir segurana jurdi-ca nos contratos firmados entre as partes, e proteger o consumidor, que geralmente a parte mais fraca da relao jurdica, solicito o apoio dos meus ilustres pares no sentido de debater e aprovar a matria.

    Sala das Sesses, - Senador Valdir Raupp.

    LEGISLA AO CITADA

    LEI N 8078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

    Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias.

    Art. 53. Nos contratos de compra e venda de m-veis ou imveis mediante pagamento em prestaes, bem como nas alienaes fiducirias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as clusulas que estabeleam a perda total das prestaes pagas em benefcio do credor que, em razo do inadimplemen-to, pleitear a resoluo do contrato e a retomada do produto alienado.

    1 (Vetado).

    20 Nos contratos do sistema de consrcio de produtos durveis, a compensao ou a restituio das parcelas quitadas, na forma deste artigo, ter descon-tada, alm da vantagem econmica auferida com a fruio, os prejuzos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.

    3 Os contratos de que trata o caput deste artigo sero expressos em moeda corrente nacional.

    (s Comisses de Constituio, Justia e Ci-dadania; e de Meio Ambiente, Defesa do Con-sumidor e Fiscalizao e Controle, cabendo ltima a deciso terminativa.)

    PROJETO DE LEI DO SENADO N 465, DE 2012

    Altera os arts. 17, 21, 24, 26, 38, 46 e 109, acrescenta arts. 52-A, 52-B e 111-A, e revoga

    o 2 do art. 50, todos da Lei n9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para revisar aspectos diversos da Lei de Direitos Autorais.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 100 art. 17 da Lei n9.610, de l9defevereiro

    de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte 40 :

    "Art. 17.

    40 O organizador poder utilizar ou reprodu-zir, total ou parcialmente, as obras coletivas, mesmo sem autorizao dos participantes individuais, sem prejuzo do direito destes de haver a remunerao contratada." (NR)

    Art. 20 O art. 21 da Lei n 9.610, de 19 de feve-reiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte pargrafo nico:

    "Art. 21 .......................................................... Pargrafo nico. Os servios de registro deve-ro divulgar, a pedido de qualquer interessado e mesmo sem prova de legtimo interesse, os nomes dos titulares de direitos da obra regis-trada, bem como o prazo de vigncia da pro-teo conferida a tais direitos." (NR)

    Art. 30 O 10 do art. 24 da Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 24.

    10 Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os direitos a que se referem os in-cisos 1 IVeVil.

    "(NR)

    Art. 40 O art. 26 da Lei n 9.610, de 19 de feverei-ro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 26. Sem anuncia de seu autor, no pode o proprietrio da obra introduzir modificaes no projeto por ele aprovado, ainda que a execuo seja confiada a terceiros, a no ser que, por motivos supervenientes ou razes de ordem

  • 73026 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    tcnica, fique comprovada a inconvenincia ou a excessiva onerosidade de execuo do projeto em sua forma originria. 1 A proibio deste artigo no abrange al-teraes de pouca monta, ressalvada sempre a unidade esttica da obra projetada.

    20 Se o autor repudiar a alterao do projeto arquitetnico, o proprietrio da obra no poder atribuir construo o carter de reproduo da obra arquitetnica, sob pena de responder pelos danos que causar ao autor." (NR)

    Art. 50 O caput do art. 38 da Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 38. O autor tem o direito, irrenuncivel e inalienvel, de perceber, no mnimo, cinco por cento sobre o preo praticado em cada revenda de obra de arte ou manuscrito, sendo originais.

    ......................................................... 11 (NR)

    Art. 60 O art. 46 da Lei n 9.610, de 19 de feve-reiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX:

    "Art. 46...........................................................

    IX - o uso e a reproduo da obra, total ou parcialmente, sempre que a utilizao e a re-produo no causem prejuzo a sua explora-o comercial nem prejuzo injustificado aos direitos de seus titulares." (NR)

    Art. 70 A Lei n9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 52-A:

    "Art. 52-A. A obra intelectual realizada por empregado ou comissrio poder ser utiliza-da pelo empregador ou comitente, em carter temporrio ou permanente, sem nus, sempre que tal utilizao estiver limitada aos objetivos pactuados no contrato e tiver conexo com a atividade econmica exercida pelo emprega-dor ou comitente."

    Art. 80 A Lei n9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 52-13:

    "Art. 52-13. Se o titular da obra no for identi-ficvel, poder qualquer interessado, perante a autoridade administrativa ou judicial compe-tente, obter a licena compulsria de direitos de uso e de explorao da obra, em carter oneroso, sem exclusividade e limitada ao fim proposto, desde que comprove haver emprega-do todos os meios razoveis para identificar o titular e obter a autorizao prvia necessria."

    Art. 900 art. 109 da Lei n9.610, de 19 de feve-reiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 109. A execuo pblica feita em desa-cordo com os arts. 68, 97, 98 e 99 desta Lei sujeitar os responsveis a multa de trs a vinte vezes o valor que deveria ser originaria-mente pago." (NR)

    Art. 10. A Lei n9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo 111-A:

    "Art. 111-A. Prescreve em cinco anos a ao civil por ofensa a direitos autorais, contado o prazo da data em que ocorreu a violao."

    Art. 11. Esta Lei entra em vigor cento e vinte dias aps a sua publicao.

    Art. 12. Fica revogado o 20 do art. 50 da Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

    Justificao

    A proposta inspirada em ensaio do jurista Mano-el J. Pereira dos Santos, publicado na edio de maio/ junho de 2009 da Revista da Associao Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), e objetiva, no contexto geral, oferecer maior garantia ao autor de obra inte-lectual, mas tambm permitir o acesso a esta, diante da fragilidade da poltica formadora de acervos, do inexpressivo empenho em se realizarem cadastros de obras de arte de interesse pblico e da dificuldade de acompanhamento das criaes intelectuais junto aos autores e sucessores.

    Do ponto de vista cultural, cabe lembrar o episdio em que se destruiu a maior parte do acervo de Hlio Oiticica, um dos expoentes da arte moderna brasileira, e que significou grande perda para a cultura brasilei-ra. alentadora, porm, a notcia de que alguns dos principais museus de arte moderna de outros pases possuem obras importantes do artista, o que contribui para atenuar o prejuzo.

    Ao mencionar a propriedade, por parte de museus estrangeiros, de exemplares importantes da obra de Oiticica, uma indagao se impe: e os museus bra-sileiros? Por que o acervo Oiticica no se encontrava protegido por uma instituio de atribuio especfica?

    Na verdade, anteriormente, as obras em questo estiveram aos cuidados da Fundao Hlio Oiticica, administrada pelo Instituto Municipal de Arte e Cultura (RIOARTE), vinculada Secretaria Municipal de Cultu-ra do Rio de Janeiro. No entanto, o herdeiro do artista, irmo de Oiticica, passou a questionar a qualidade da segurana proporcionada pela Fundao em relao a eventuais desgastes e danos contra o acervo. As desavenas resultaram na remoo das obras para a sua residncia, onde acabou ocorrendo o incndio.

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    O episdio enseja a constatao de que, provavel-mente, a Fundao Hlio Oiticica padece de dificuldade oramentria peculiar quase totalidade dos museus brasileiros, e a lei no tem comandos especficos para resolver determinadas situaes, inclusive as relativas a obras rfs. Tal deficincia legal impede, muitas ve-zes, a iniciativa de aquisio de acervos notveis e o provimento de instalaes compatveis com a qualida-de exigida para a sua conservao, o que abre espao para o fortuito e o desastre.

    Recorde-se, a ttulo de exemplo, do grande in-cndio que destruiu parcela inestimvel do acervo do Museu de Arte Moderna (MAM), do Rio de Janeiro, em julho de 1978. Na ocasio, em que obras de renoma-dos artistas - Antnio Dias, Max Ernst, Mir, Picasso, Portinari, Salvador Dali e Volpi, para citar alguns - fo-ram consumidas pelo fogo, o desastre foi atribudo inoperncia dos extintores disponveis, demora de socorro por parte do Corpo de Bombeiros e, finalmen-te, falta d'gua.

    Mesmo assim, a custdia responsvel dos prin-cipais acervos pelas instituies museolgicas oficiais continua sendo um ideal a ser alcanado; faltam apenas meios. Em relao a acervos de artistas falecidos, os quais pertencem, por imposio legal, a seus descen-dentes, a situao tem oferecido alguns complicadores. Esse um dos pontos que se objetiva alterar com a presente proposio, de modo a disciplinar o direito de seqela, sem que se percam as obras de arte para o fortuito, para o anonimato da nostalgia familiar ou para o simples intemperismo, em falta de meios adequados conservao.

    No se cogita, nesta proposio, de alterar a pers-pectiva dos detentores desses legados, ou de adquirir as obras quando no disponibilizadas, mas promovera cesso em comodato e estimular a parceria, em acor-dos celebrados com os proprietrios ou herdeiros, o que resolver, em grande parte, o problema da conser-vao e propiciar a exposio e o acesso s obras, resguardado o direito de propriedade do particular.

    ilustrativo desse sistema o acervo de um dos maiores colecionadores de arte brasileira de todos os tempos, Gilberto Chateaubriand. Essa coleo, cons-tituda por aproximadamente sete mil obras, encontra--se em exposio pblica por mais de uma dcada, graas cesso em comodato estabelecida entre o colecionador e instituies pblicas.

    Ultimamente, sete mostras, constitudas por cem obras cada uma, so expostas de forma permanente, em esquema de rodzio, no MAM, do Rio de Janeiro. Esse tipo de acordo entre a instituio pblica e o co-lecionador ou o herdeiro tem propiciado inegveis ga-nhos, particularmente no que se refere divulgao

    das obras de arte e respectiva extenso do benefcio cultural e educacional para toda a sociedade.

    A propsito, til informar que as unidades muse-olgicas federais encontram-se vinculadas ao Instituto Brasileiro dos Museus (IBRAM). Trata-se da mais nova autarquia federal, vinculada ao Ministrio da Cultura, recentemente criada por intermdio da Lei n 11.906, de 20 de janeiro de 2009, e encarregada, entre outras misses, de promover as aes de Poltica Nacional de Museus e de aperfeioamento na gesto do setor museolgico. A criao do instituto no deixa de ser auspiciosa em relao obteno de recursos compa-tveis com a importante tarefa dos museus brasileiros, e esse incremento financeiro faz parte das expectativas que cercam o advento do IBRAM.

    Nesse cenrio, ainda mais indispensvel a re-viso dos pontos sensveis da Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei de Direitos Autorais - LIDA), com o propsito de tornar possvel o acesso do pblico s obras de arte e assegurar os direitos do autor.

    Sobreleva, nesse intento, a reviso das disposi-es da LDA relativas aos direitos patrimoniais, saben-do-se que, por morte do autor, cria-se, quase sempre, um vazio cultural relativamente utilizao da obra, o que dificulta o acesso s chamadas obras rfs, por-que nem sempre os herdeiros se fazem conhecer ou tm cincia de que podem disponibiliz-las.

    Alteram-se tambm os dispositivos legais que tra-tam da autonomia de explorao da obra coletiva pelo organizador, da divulgao de informaes armazena-das em registro de obras intelectuais e das limitaes dos direitos autorais, com a repercusso direta desses temas sobre as obras rfs e sobre o comodato ou a cesso de licena de direitos.

    Por fim, cuida-se da elevao da multa por uso indevido de obra intelectual e da fixao, em cinco anos, do prazo prescricional para a propositura de ao civil por ofensa a direitos autorais.

    Diante do exposto, contamos com o apoio dos dignos Pares para a aprovao deste projeto de lei que representa a contribuio deste Parlamento para o apri-moramento de tema do mais elevado interesse cultural.

    Sala das Sesses, - Senador Valdir Raupp.

    LEGISLAO CITADA

    LEI N 9.6010, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

    Altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras provi-dncias

    Art. 17. assegurada a proteo s participaes individuais em obras coletivas.

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    10 Qualquer dos participantes, no exerccio de seus direitos morais, poder proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuzo do direito de haver a remunerao contratada.

    2 Cabe ao organizador a titularidade dos di-reitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva.

    30 O contrato com o organizador especificar a contribuio do participante, o prazo para entrega ou realizao, a remunerao e demais condies para sua execuo.

    Art. 21. Os servios de registro de que trata esta Lei sero organizados conforme preceitua o 20 do art. 17 da Lei n 5.988. de 14 de dezembro de 1973.

    Art. 24. So direitos morais do autor: - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria

    da obra; II - o de ter seu nome, pseudnimo ou sinal con-

    vencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilizao de sua obra;

    III - o de conservar a obra indita; IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-

    -se a quaisquer modificaes ou prtica de atos que, de qualquer forma, possam prejudic-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputao ou honra;

    V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;

    VI - o de retirar de circulao a obra ou de sus-pender qualquer forma de utilizao j autorizada, quando a circulao ou utilizao implicarem afronta sua reputao e imagem;

    VII - o de ter acesso a exemplar nico e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotogrfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua mem-ria, de forma que cause o menor inconveniente poss-vel a seu detentor, que, em todo caso, ser indenizado de qualquer dano ou prejuzo que lhe seja causado.

    1 Por morte do autor, transmitem-se a seus su-cessores os direitos a que se referem os incisos 1 a IV.

    2 Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra cada em domnio pblico.

    30 Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prvias indenizaes a terceiros, quando couberem.

    Art. 26. O autor poder repudiar a autoria de pro-jeto arquitetnico alterado sem o seu consentimento durante a execuo ou aps a concluso da construo.

    Pargrafo nico. O proprietrio da construo res-ponde pelos danos que causar ao autor sempre que, aps o repdio, der como sendo daquele a autoria do projeto repudiado.

    Art. 38. O autor tem o direito, irrenuncivel e ina-lienvel, de perceber, no mnimo, cinco por cento so-bre o aumento do preo eventualmente verificvel em

    cada revenda de obra de arte ou manuscrito, sendo originais, que houver alienado.

    Pargrafo nico. Caso o autor no perceba o seu direito de seqncia no ato da revenda, o vendedor considerado depositrio da quantia a ele devida, salvo se a operao for realizada por leiloeiro, quando ser este o depositrio.

    Art. 46. No constitui ofensa aos direitos autorais: - a reproduo:

    a) na imprensa diria ou peridica, de notcia ou de artigo informativo, publicado em dirios ou peridi-cos, com a meno do nome do autor, se assinados, e da publicao de onde foram transcritos;

    b) em dirios ou peridicos, de discursos pro-nunciados em reunies pblicas de qualquer natureza;

    c) de retratos, ou de outra forma de representa-o da imagem, feitos sob encomenda, quando rea-lizada pelo proprietrio do objeto encomendado, no havendo a oposio da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;

    d) de obras literrias, artsticas ou cientficas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reproduo, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatrios;

    II - a reproduo, em um s exemplar de peque-nos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

    III - a citao em livros, jornais, revistas ou qual-quer outro meio de comunicao, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crtica ou polmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;

    IV - o apanhado de lies em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicao, integral ou parcial, sem autorizao prvia e expressa de quem as ministrou;

    V - a utilizao de obras literrias, artsticas ou cientficas, fonogramas e transmisso de rdio e televi-so em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstrao clientela, desde que esses es-tabelecimentos comercializem os suportes ou equipa-mentos que permitam a sua utilizao;

    VI - a representao teatral e a execuo mu-sical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didticos, nos estabelecimentos de ensino, no havendo em qualquer caso intuito de lucro;

    VII - a utilizao de obras literrias, artsticas ou cientficas para produzir prova judiciria ou admi-nistrativa;

    VIII - a reproduo, em quaisquer obras, de pe-quenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plsti-

  • Dezembro de 2012 DIRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 19 73029

    cas, sempre que a reproduo em si no seja o objetivo principal da obra nova e que no prejudique a explora-o normal da obra reproduzida nem cause um preju-zo injustificado aos legtimos interesses dos autores.

    Art. 50. A cesso total ou parcial dos direitos de autor, que se far sempre por escrito, presume-se onerosa.

    10 Poder a cesso ser averbada margem do registro a que se refere o art. 19 desta Lei, ou, no estando a obra registrada, poder o instrumento ser registrado em Cartrio de Ttulos e Documentos.

    2 Constaro do instrumento de cesso como elementos essenciais seu objeto e as condies de exerccio do direito quanto a tempo, lugar e preo.

    Art. 109. A execuo pblica feita em desacordo com os arts. 68, 97, 98 e 99 desta Lei sujeitar os res-ponsveis a multa de vinte vezes o valor que deveria ser originariamente pago.

    (s Comisses de Educao, Cultura e Es-porte; e de Cincia, Tecnologia, Inovao, Co-municao e Informtica, cabendo ltima a deciso terminativa)

    PROJETO DE LEI DO SENADO N 466, DE 2012 (Complementar)

    Acrescenta subitem ao item 17 da lista de servios tributveis pelo Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza (ISS) anexa Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 10 O Item 17 da Lista de servios anexa

    Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, passa a vigorar acrescido do seguinte subitem 17.25:

    "Lista de servios anexa Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003. 17 ............................................................... 17.25 - Insero de textos, desenhos e outros materiais de publicidade em qualquer meio (exceto em livros, jornais, peridicos, rdio e televiso).

    Art. 21 Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicao.

    Justificao

    A Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003, dispe sobre o Imposto Sobre Servios de Qual-quer Natureza (ISS), de competncia dos Municpios e do Distrito Federal, e estabelece como fato gerador

    a prestao dos servios constantes em lista anexa norma em comento.

    A incluso do item 17.25, nos termos propostos nesta proposio, tem por objetivo reintroduzir na lista dos servios sujeitos ao ISS a "veiculao de textos, desenhos e outros materiais de publicidade em qualquer meio, exceto em jornais, peridicos, rdio, e televiso".

    A redao proposta retoma aquela do Decreto--Lei 404/68 e considera as imunidades constitucionais apontadas como excees, consignando a veiculao desses materiais como fato gerador de ISS.

    Esta proposio, ademais, alinha-se com a dou-trina dominante e com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal segundo o qual a veiculao deve ser tratada como etapa do servio de publicidade, no se confundindo com servio de comunicao, este su-jeito ao Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios, recolhidos pelos estados e pelo Distrito Federal.

    Nesse sentido, este projeto de lei complementar, ao acolher a doutrina passiva e a jurisprudncia da Corte Maior, elimina riscos jurdicos e disputas entre os municpios e os estados advindos da falta de cla-reza da legislao vigente acerca da classificao da prestao de servios de veiculao de textos, dese-nhos e outros materiais de publicidade como sujeitos ao ISS, colaborando assim para a reduo do custo de se produzir no Brasil.

    Sala das Sesses, - Senador Francisco Dor-nelles.

    LEGISLAO CITADA

    LEI COMPLEMENTAR N116, DE 31 DE JULHO DE 2003

    Dispe sobre o Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza, de competncia dos Municpios e do Distrito Federal, e d ou-tras providncias

    Lista de servios anexa Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003.

    17 - Servios de apoio tcnico, administrativo, jurdico, contbil, comercial e congneres.

    17.01 - Assessoria ou consultoria de qualquer na-tureza, no contida em outros itens desta lista; anlise, exame, pesquisa, coleta, compilao e fornecimento de dados e informaes de qualquer natureza, inclu-sive cadastro e similares.

    17.02 - Datilografia, digitao, estenografia, ex-pediente, secretaria em geral, resposta audvel, reda-o, edio, interpretao, reviso, traduo, apoio e infra-estrutura administrativa e congneres.

  • 73030 Quarta-feira 19 DIRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2012

    17.03 - Planejamento, coordenao, programao ou organizao tcnica, financeira ou administrativa.

    17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleo e colocao de mo-de-obra.

    17.05 - Fornecimento de mo-de-obra, mesmo em carter temporrio, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporrios, contratados pelo prestador de servio.

    17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive pro-moo de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaborao de desenhos, textos e demais materiais publicitrios.

    17.07 - (VETADO) 17.08 - Franquia (franchising). 17.09 - Percias, laudos, exames tcnicos e an-

    lises tcnicas. 17.10 - Planejamento, organizao e administra-

    o de feiras, exposies, congressos e congneres. 17.11 - Organizao de festas e recepes; buf

    (exceto o fornecimento de alimentao e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

    17.12 - Administrao em geral, inclusive de bens e negcios de terceiros.

    17.13 - Leilo e congneres. 17.14 - Advocacia. 17.15 - Arbitragem de qualquer espcie, inclu-

    sive jurdica.

    17.16 - Auditoria. 17.17 - Anlise de Organizao e Mtodos. 17.18 - Aturia e clculos tcnicos de qualquer

    natureza. 17.19 - Contabilidade, inclusive servios tcni-

    cos e auxiliares. 17.20 - Consultoria e assessoria econmica ou

    financeira. 17.21 - Estatstica. 17.22 - Cobrana em geral. 17.23 - Assessoria, anlise, avaliao, atendi-

    mento, consulta, cadastro, seleo, gerenciamento de informaes, administrao de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operaes de faturizao (factoring).

    17.24 -Apresentao de palestras, conferncias, seminrios e congneres.