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SESSÃO AVERROES Cinema e Reflexão 2009 CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 Próximo ao metrô Vila Mariana, DETRAN e Instituto Biológico Informações: 11. 3512.6111 r 215 www.cinemateca.gov.br www.spinternacoes.com.br www.obore.com

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SESSÃO AVERROES

Cinema e Reflexão

2009

CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 Próximo ao metrô Vila Mariana, DETRAN e Instituto Biológico Informações: 11. 3512.6111 r 215 www.cinemateca.gov.br www.spinternacoes.com.br www.obore.com

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“O sofrimento somente é intolerável

quando ninguém cuida”.

Cicely Saunders

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CUIDADOS PALIATIVOS E

TERMINALIDADE NO CINEMA

Esta é uma seleção de filmes que apresentam em seu enredo uma série de situações ligadas ao sofrimento das pessoas quando acometidas por doenças terminais, como o câncer, que é a mais comum, ou quando se encontram em condições de dependência total ou parcial dos cuidados da família ou de outros.

Neles são relatados desde o diagnóstico e a comunicação da doença, as reações e mudanças provocadas na estrutura familiar, nos parentes e no próprio paciente, a evolução do tratamento, o sofrimento do paciente, o meio hospitalar, as despedidas e o fim.

Nada melhor do que a arte - neste caso, o cinema - para provocar a reflexão e os estudos necessários para se humanizar situação tão sofrida e difícil de lidar, tanto pelos profissionais quanto pelos familiares e pelo paciente. Cada vez mais as artes vêm sendo utilizadas no ensino e no aprendizado das áreas do comportamento humano, nas escolas. Da mesma forma tem sido muito utilizada na terapêutica do sofrimento psíquico.

Há muitos outros filmes, documentários, curtas que falam do assunto, esta é apenas uma pequena amostra do que pode ser encontrado nas vídeolocadoras e, portanto, fáceis de serem utilizados.

Façam bom proveito!

Kleber Lincoln Gomes, Professor Titular de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Itajubá - MG

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SUMÁRIO A família Savage 5

A vida secreta das palavras 6

Antes de partir 7

As invasões bárbaras 8

Cazuza – o tempo não para 10

Coisas que perdemos pelo caminho 12

Desde que Otar partiu 13

Doce novembro 14

Fale com ela 15

Filadélfia 16

Gritos e sussurros 17

Higlander, o guerreiro imortal 18

Iris 19

Lado a lado 20

Longe dela 21

Mar adentro 22

Menina de ouro 24

Minha vida 25

Minha vida sem mim 26

O declínio do império americano 27

O escafandro e a borboleta 28

O show deve continuar 29

Outono em Nova Iorque 30

Tudo por amor 31

Um certo olhar 32

Uma lição de vida 33

Vermelho como o céu 34

Viver 35

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A FAMÍLIA SAVAGE

Sinopse Wendy (Laura Linney) e Jon Savage (Philip Seymour Hoffman) sempre buscaram escapar do jeito dominador de seu pai (Philip Bosco), sendo que agora lidam apenas com suas próprias vidas. Wendy trabalha como dramaturga no East Village e passa seus dias buscando doações, namorando o vizinho casado e roubando material de escritório. Já Jon trabalha como professor universitário em Buffalo, tendo escrito alguns livros sobre assuntos obscuros. Um dia eles recebem um telefonema que os informa que seu pai, Lenny, está aos poucos sendo consumido pela demência e que apenas eles podem ajudá-lo. Isto faz com que Jon e Wendy voltem a morar juntos, o que não ocorria desde a infância, com ambos tendo que lidar com as excentricidades do outro.

Ficha Técnica Título Original: The Savages Gênero: Comédia Tempo de Duração: 113 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2007 Site Oficial: www.foxfilm.com.br/familiasavage Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Lone Star Film Group / Ad Hominem Enterprises / Cooper's Town Productions / This Is That Productions Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Tamara Jenkins Roteiro: Tamara Jenkins Produção: Anne Carey, Ted Hope e Erica Westheimer Música: Stephen Trask Fotografia: W. Mott Hupfel III Desenho de Produção: Jane Ann Stewart Direção de Arte: Suttirat Anne Larlarb e Mario Ventenilla Figurino: David C. Robinson Edição: Brian A. Kate

Elenco

Laura Linney (Wendy Savage); Philip Seymour Hoffman (Jon Savage); Philip Bosco (Lenny Savage); Peter Friedman (Larry); David Zayas (Eduardo); Gbenga Akinnagbe (Jimmy); Cara Seymour (Kasia); Tonye Patano (Sra. Robinson); Guy Boyd (Bill Lachman); Debra Monk (Nancy Lachman); Rosemary Murphy (Doris Metzger); Hal Blankenship (Burt) e Joan Jaffe (Lizzie).

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A VIDA SECRETA DAS PALAVRAS

Sinopse Hannah (Sarah Polley) tem 30 anos, é introvertida, solitária, misteriosa e trabalha numa indústria têxtil. Ela vai passar as férias num pequeno povoado costeiro, em frente a uma plataforma petrolífera. Um incidente faz com que ela permaneça alguns dias na plataforma cuidando de Josef (Tim Robbins), que sofreu uma série de queimaduras que o deixaram cego temporariamente. Com ele trabalham vários outros homens, cada um com uma personalidade marcante.

Ficha Técnica Título Original: La Vida Secreta de las Palabras Gênero: Drama Tempo de Duração: 115 minutos Ano de Lançamento (Espanha): 2005 Site Oficial: www.lavidasecretadelaspalabras.com Estúdio: El Deseo S.A. / Hotshot Films Distribuição: Europa Filmes Direção: Isabel Coixet Roteiro: Isabel Coixet Produção: Esther García Fotografia: Jean-Claude Larrieu Desenho de Produção: Pierre-François Limbosch Direção de Arte: Nigel Pollock Figurino: Tatiana Hernández Edição: Irene Blecua Efeitos Especiais: El Ranchito

Elenco Sarah Polley (Hanna); Tim Robbins (Josef); Javier Cámara (Simon); Eddie Marsan (Victor); Steven Mackintosh (Dr. Sullitzer); Julie Christie (Inge); Danny Cunningham (Scott); Dean Lennox Kelly (Liam); Daniel Mays (Martin) e Sverre Anker Ousdal (Dimitri).

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ANTES DE PARTIR

Sinopse Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida.

Ficha Técnica Título Original: The Bucket List Gênero: Comédia Dramática Tempo de Duração: 97 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2007 Site Oficial: www.antesdepartir.com.br Estúdio: Storyline Entertainment / Zadan/Meron / Two Ton Films Distribuição: Warner Bros. Direção: Rob Reiner Roteiro: Justin Zackham Produção: Alan Greisman, Neil Meron, Rob Reiner e Craig Zadan Música: Marc Shaiman Fotografia: John Schwartzman Desenho de Produção: Bill Brzeski Direção de Arte: Jay Pelissier Figurino: Molly Maginnis Edição: Robert Leighton Efeitos Especiais: Ring of Fire Studios

Elenco Jack Nicholson (Edward Cole); Morgan Freeman (Carter Chambers); Sean Hayes (Thomas); Beverly Todd (Virginia Chambers); Rob Morrow (Dr. Hollins); Alfonso Freeman (Roger Chambers); Rowena King (Angelica); Annton Berry Jr. (Kai); Verda Bridges (Shandra); Destiny Brownridge (Maya); Brian Copeland (Lee) e Ian Anthony Dale (Instrutor).

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AS INVASÕES BÁRBARAS

Sinopse À beira da morte e com dificuldades em aceitar seu passado, Rémy (Rémy Girard) busca encontrar a paz. Para tanto recebe a ajuda de Sébastien (Stéphane Rousseau), seu filho ausente, sua ex-mulher e velhos amigos, para atingir seu objetivo, a eutanásia. O capítulo dois de "O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO", de 1986, consegue ser melhor que o original. Trata-se de uma reunião de amigos do professor universitário Rémy (Rémy Girard), o mesmo grupo do primeiro filme, pois ele sofre de câncer e está à beira da morte. O cerne do filme está no choque entre a realidade e a ideologia, entre a teoria e a prática. Rémy sempre defendeu uma sociedade socializada ao longo de sua vida. No entanto, o que ele enfrenta nos estertores de sua vida é um hospital superlotado, com leitos espalhados por todos os corredores, os médicos não sabem o nome dos seus pacientes, além da falta de condições e de infra-estrutura,que ocorre no Canadá. Foi pela utopia de uma sociedade melhor e mais igualitária que Rémy lutou toda a sua vida. O seu filho, Sebastien (Stéphane Rousseau), que trabalha no mercado financeiro e é que chega e resolve a situação do pai. Ele suborna alguns membros do sindicato que dirige o hospital, cria uma suíte para o pai passar os seus últimos dias junto dos amigos. Sébastien consegue - através do dinheiro - que o pai faça uma ressonância magnética nos EUA. Também "convida" alguns dos ex-alunos do pai para que o visitem no hospital. O capitalista é que resolve as questões práticas do seu pai, cujo idealismo de sua geração se esvai pelos ralos dos serviços públicos canadenses. O título do filme se refere ao ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. E a melhor parte são os diálogos entre os amigos reunidos no quarto de hospital de Rémy quando eles discutem que a história do homem está intimamente ligada a atrocidades. O personagem principal faz uma revisão de sua vida, os momentos importantes, as imagens que o marcaram, as mulheres que teve e de suas conquistas. Os diálogos ao redor do leito, incluindo a família e os amigos, ocorrem de forma tão natural, livre de preconceitos e de dor que é difícil imaginar que estão a poucos passos da morte do progenitor. E, ao final, a escolha do protagonista pela morte suave, tranqüila através de uma injeção.

Ficha Técnica Título Original: Les Invasions Barbares Gênero: Drama Tempo de Duração: 99 minutos Ano de Lançamento (Canadá): 2003 Estúdio: Astral Films / Centre National de la Cinématographie / Cinémaginaire Inc. / Le Studio Canal+ / Harold Greenbury Fund / Productions Barbares Inc. / Pyramid Productions / Société Radio-Canada / Téléfilm Canada/ Société de Développement des Enterprises Culturelles Distribuição: Miramax Films / Art Films Direção: Denys Arcand Roteiro: Denys Arcand

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Produção: Daniel Louis e Denise Robert Música: Pierre Aviat Fotografia: Guy Dufaux Desenho de Produção: François Séguin Direção de Arte: Caroline Alder Figurino: Denis Sperdouklis Edição: Isabelle Dedieu

Elenco Rémy Girard (Rémy); Stéphane Rousseau (Sébastien); Dorothée Berryman (Louise); Louise Portal (Diane); Dominique Michel (Dominique); Yves Jacques (Claude); Pierre Curzi (Pierre); Toni Cecchinato (Alessandro); Mitsou Gélinas (Ghislaine); Johanne-Marie-Josée Croze (Nathalie); Marina Hands (Gaëlle Tremblay); Denis Bouchard (Duhamel); Micheline Lanctôt (Enfermeira Carole); Markita Boies (Enfermeira Suzanne); Izabelle Blais (Sylvaine)

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Sinopse A vida louca que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza (Daniel de Oliveira), do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos: o sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids.

Ficha Técnica Título Original: Cazuza - O Tempo Não Pára Gênero: Drama Tempo de Duração: Ano de Lançamento (Brasil): 2004 Estúdio: Lereby Produções / Globo Filmes / Cineluz Produções / Columbia TriStar do Brasil Distribuição: Columbia TriStar do Brasil Direção: Sandra Werneck e Walter Carvalho Roteiro: Fernando Bonassi e Victor Navas, baseado em livro de Lucinha Araújo Produção: Daniel Filho Música: Guto Graça Mello Fotografia: Walter Carvalho Desenho de Produção: Marcelo Torres Direção de Arte: Cláudio Amaral Peixoto Figurino: Cláudia Kopke Edição: Sérgio Mekler

Elenco Daniel de Oliveira (Cazuza); Marieta Severo (Lucinha Araújo); Reginaldo Faria (João Araújo); Andréa Beltrão (Malu); Leandra Leal (Bebel Gilberto); Emílio de Mello (Zeca) Cadu Favero (Frejat); André Gonçalves (Maneco); Arlindo Lopes (Dé); Dudu Azevedo (Guto); André Pfefer (Maurício); Eduardo Pires (Serginho); Pierre Santos (Tonico); Victor Hugo (Bené); Maria Mariana (Talita); Débora Falabella (Dani); Maria Flor (Garota de Bauru); Fernanda Boechat (Garota da ponte)

O Poeta Está Vivo Musicalmente falando, os anos 80 ficaram marcados no Brasil pela ascensão do rock nacional. Diversas bandas surgiram neste período, como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho e tantas outras. Desta geração dois nomes ficariam mais conhecidos junto ao grande público: Renato Russo, da Legião Urbana, e Cazuza, do Barão Vermelho. Ambos arrastaram multidões e têm fãs ardorosos, apesar de possuírem estilos distintos. Por uma coincidência do destino, ambos foram vítimas da mesma doença: a AIDS.

CAZUZA - O TEMPO NÃO PÁRA

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Cazuza foi um marco não apenas para a música brasileira como também pelo que representou na luta contra a AIDS. Um dos primeiros artistas a declarar publicamente que estava infectado com o vírus, o cantor ao mesmo tempo em que combateu a doença de todas as formas possíveis mostrou de forma escancarada os sintomas que ela trazia. Ao final dos anos 80 era quase que impossível não ter ao menos uma leve noção do que acontecia com o cantor. Com isso, ao mesmo tempo em que várias de suas músicas estouravam nas rádios de todo o país, Cazuza foi um símbolo da luta pela vida e uma mostra de que o melhor meio de combater a doença era combatendo o preconceito que a cercava. A vida de Cazuza, especialmente a década de 80, é o foco de Cazuza - O Tempo Não Pára. A cinebiografia do cantor tem como base o livro "Todas as Mães São Felizes", de autoria de sua própria mãe, Lucinha Araújo. Dirigido em parceria por Sandra Werneck e Walter Carvalho, a maior qualidade que o filme possui é justamente ter conseguido capturar a essência de Cazuza e levá-la às telas. O lado debochado, de curtir a vida em uma época em que a ditadura e a repressão ainda vigoravam no Brasil, a descoberta das drogas e do sexo livre... todo este lado foi transposto com grande fidelidade, fazendo com que o espectador consiga facilmente identificar a época exibida nas telas. Algo que, é claro, foi imensamente auxiliado pela atuação de Daniel de Oliveira como o protagonista. A atuação de Daniel de Oliveira como Cazuza merece um parágrafo a parte. Quem já viu alguma entrevista, ou até mesmo algum show do cantor, percebe que os trejeitos e o modo de falar são idênticos. Porém, mais do que apenas copiar o modo de agir de Cazuza, Daniel conseguiu captar a essência do cantor e incorporá-la em cena. O Cazuza de Daniel de Oliveira não é em momento algum uma cópia ensaiada e sim tem vida própria, o que dá uma veracidade ainda maior à época retratada e ressalta a força que o cantor possuía em seus pensamentos e atitudes. Seja na fase adolescente, após alcançar o sucesso ou depois de descobrir a doença, a entrega de Daniel de Oliveira ao personagem é algo notável, e poucas vezes vista no cinema brasileiro. Cazuza - O Tempo Não Pára é também uma verdadeira sucessão de hits dos anos 80, que embalaram toda uma geração. Há uma grande quantidade de músicas no filme, além de alguns shows históricos, como o realizado no 1º Rock in Rio, quando ele ainda era realizado na Cidade Maravilhosa. Porém, mais do que relembrar grandes canções, a presença das músicas faz com que se note o quão elas eram pessoais para Cazuza, cada uma retratando uma determinada fase da vida do cantor. Algo também facilmente constatado ao assistir o filme e que serve até como base para contar algumas das histórias de sua vida. Cazuza ainda conta com diálogos inspirados, como o encontro de Daniel de Oliveira e Marieta Severo em um túnel ou ainda a conversa entre Daniel e Reginaldo Faria, na sauna. Aliás, a dupla Marieta Severo e Reginaldo Faria, que interpretam os pais do cantor, são outro destaque do filme, ao lado de Emílio de Mello. O trio consegue compôr bem seus personagens e ainda realiza grandes cenas ao lado de Daniel de Oliveira, destaque maior do filme. Assistir Cazuza é algo parecido como rever um amigo de longa data. Pela proximidade dos fatos mostrados, que ocorreram apenas duas décadas atrás, há um certo prazer a mais para a geração que hoje está entre os 20 e 40 anos, que acompanhou de alguma forma os eventos mostrados. Seja através de um show inesquecível, uma música marcante ou por acompanhar e torcer pela sua recuperação, mesmo quando esta parecia impossível. Para estes com certeza Cazuza é um filme imperdível. Para os demais, vale a pena assistir para conhecer um pouco mais daquele que, ainda hoje, tem suas canções na memória coletiva brasileira e está marcado para sempre na história musical do país.

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Sinopse

Audrey Burke (Halle Berry) está em choque com a notícia que acaba de receber: Brian (David Duchovny), seu marido, foi morto em um ato de violência o qual ele não tinha qualquer ligação. Audrey agora sente-se perdida e, por impulso, recorre a Jerry Sunborne (Benicio Del Toro), um amigo de infância do marido que é também viciado em drogas. Desesperada para preencher o vazio em sua vida que existe desde a morte de Brian, Audrey convida Jerry para morar no quarto anexo à garagem da família. Jerry atualmente está lutando para evitar as drogas e vê nesta oportunidade a chance de se recuperar de vez, já que passa a agir como se fosse o substituto de Brian na vida de Audrey e seus filhos.

Ficha Técnica Título Original: Things We Lost in the Fire Gênero: Drama Tempo de Duração: 119 minutos Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra): 2007 Site Oficial: www.thingswelostinthefire.com Estúdio: DreamWorks SKG / Neal Street Productions Distribuição: Paramount Pictures / UIP Direção: Susanne Bier Roteiro: Allan Loeb Produção: Sam Mendes e Sam Mercer Música: Johan Söderqvist Fotografia: Tom Stern Desenho de Produção: Richard Sherman Direção de Arte: Geoff Wallace Figurino: Karen L. Matthews Edição: Pernille Bech Christensen e Bruce Cannon

Elenco Halle Berry (Audrey Burke); Benicio Del Toro (Jerry Sunborne); David Duchovny (Brian Burke); Alexis Llewellyn (Harper Burke); Micah Berry (Dory Burke); John Carroll Lynch (Howard Glassman); Alison Lohman (Kelly); Robin Weigert (Brenda); Omar Benson Miller (Neal); Paula Newsome (Diane); Sarah Dubrovsky (Spring); Maureen Thomas (Ginnie Burke); Caroline Field (Teresa Haddock); James Lafazanos (Arnie); Liam James (Primo Dave); Quinn Lord (Primo Joel); Patricia Harras (Esposa de Howard).

COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO

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DESDE QUE OTAR PARTIU

Sinopse Três mulheres de diferentes gerações vivem em um mesmo apartamento em Tbilissi, capital da Geórgia. A primeira é a matriarca Eka (Esther Gorintin), que anseia que seu filho Otar, médico que saiu do país para trabalhar como operário em Paris, volte para casa. A segunda é sua filha Marina (Nino Khomasuridze), que se ressente do amor de sua mãe pelo filho. A terceira é Ada (Dinara Drukarova), filha de Marina, uma jovem rebelde que deseja uma vida mais agitada. Quando um amigo de Otar surge com uma notícia, Marina e Ada precisam decidir se dão esta notícia a Eka.

Ficha Técnica

Título Original: Depuis qu’Otar Est Parti

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 103 minutos

Ano de Lançamento (França): 2003

Estúdio: Les Filmes Du Poisson/arte France Cinéma/Canal +/Centre National de La Cinématographie/Studio 99/

Distribuição: Zeitgeist Films/Pandora Filmes

Direção: Julie Bertucelli

Roteiro: Julie Bertucelli e Bernard Renucci

Produção: Yael Fogiel

Fotografia: Christophe Pollock

Desenho de Produção: Emmanuel de Chauvigny

Figurino: Nathalie Raoul

Edição: Emmanuelle Castro

Elenco

Esther Gorintin (Eka); Nino Khomasuridze (Marina); Dinara Drukarova (Ada); Temur Kalandadze (Tengiz); Rusudan Bolqvadze (Rusiko); Sasha Sarishvili (Alexi); Duta Skhirtladze (Niko); Mzia Eristavi (Dora); Micha Eristavi (Filho de Dora)

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DOCE NOVEMBRO

Sinopse

Nelson Moss (Keanu Reeves) é um atarefado executivo que só pensa em seu trabalho e parece ter se esquecido o que é ser amado por alguém. Até que conhece Sara Deever (Charlize Theron), que lhe traz novamente um sentimento de romantismo à sua vida. Ela termina convencendo-o a passarem um mês juntos e depois se separarem, pois considera este um tempo suficiente para que possam resolver seus problemas emocionais. Porém, com o passar dos dias Nelson se apaixona cada vez mais por Sara e busca descobrir qual é o motivo pelo medo de compromisso que ela possui.

Ficha Técnica Título Original: Sweet November Gênero: Romance Tempo de Duração: 119 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2001 Site Oficial: www.sweetnovember.net Estúdio: Warner Bros. / 3 Arts Entertainment / Bel Air Entertainment Distribuição: Warner Bros. Direção: Pat O'Connor Roteiro: Kurt Voelker, baseado em roteiro escrito por Herman Raucher Produção: Elliott Kastner, Steven Reuther, Deborah Stoff e Erwin Stoff Música: Christopher Young Direção de Fotografia: Edward Lachman Desenho de Produção: Naomi Sholan Direção de Arte: Kevin Constant Figurino: Shay Cunliffe Edição: Anne V. Coates

Elenco Keanu Reeves (Nelson Moss); Charlize Theron (Sara Deever) Jason Isaacs (Chad); Greg Germann (Vince Holland); Liam Aiken (Abner); Joe Bellan (Cabbie); Tom Bullock (Al); Lauren Graham (Angelica); Frank Langella (Edgar Price) Brian Leonard (Anunciante); Michael Rosenbaum

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FALE COM ELA Sinopse

Em Madri vive Benigno Martin, um enfermeiro cujo apartamento fica diante de uma academia de balé, comandada por Katerina Bilova. Ele fica freqüentemente na janela da sua casa, vendo com especial atenção uma das estudantes de Katerina, Alicia Roncero, por quem está apaixonado. Benigno chega ao ponto de marcar uma consulta com o pai dela, uma psiquiatra que tem um consultório na própria casa, só para ter uma chance de falar com Alicia, mas agora só consegue lhe dar um susto. Antes, porém, Benigno entrou no quarto dela e olhou o recinto com admiração, tendo roubado um prendedor de cabelos dela. Quando Alicia é ferida em um acidente de carro, que a deixa em um coma, é internada no hospital onde Benigno trabalha. Ele passa a cuidar dela, mas a atenção que dispensa com Alicia é totalmente acima do normal. Além disto Benigno fala com ela o tempo todo, movido por um misto de fé e amor, pois crê que de alguma forma ela possa ouvir. Após quatro anos, o quadro dela está inalterado e a dedicação que Benigno sente por ela também. Marco Zuluaga, um jornalista, é designado para entrevistar Lydia Gonzalez, uma conhecida toureira que teve o nome nos tablóides ao ter um tempestuoso romance com "El Nino de Valência" um toureiro. Inicialmente ela foi ríspida, mas após ele ter matado uma cobra que estava na casa dela se tornou mais amável. Logo os dois iniciam uma relação, que estava destinada a ser curta, pois Lydia é atingida por um touro e considerada clinicamente morta. Por coincidência ela é internada no mesmo hospital onde está Alicia e logo Benigno e Marco ficam amigos, pois no início Marco nem conseguia tocar em Lydia, mas recebeu de Benigno um simples conselho: fale com ela.

Ficha Técnica Título Original: Hable con Ella Gênero: Drama Tempo de Duração: 116 minutos Ano de Lançamento (Espanha): 2002 Site Oficial: www.sonyclassics.com/talktoher Estúdio: El Deseo S.A. Distribuição: 20th Century Fox / Sony Pictures Classics / Warner Bros. Direção: Pedro Almodóvar Roteiro: Pedro Almodóvar Produção: Agustín Almodóvar Música: Alberto Iglesias Fotografia: Javier Aguirresarobe Desenho de Produção: Antxón Gómez Direção de Arte: Antxón Gómez Figurino: Sonia Grande Edição: José Salcedo

Elenco Javier Cámara (Benigno Martin); Darío Grandinetti (Marco Zulonga); Rosario Flores (Lydia Gonzalez); Leonor Watling (Alicia Roncero); Geraldine Chaplin (Katerina Bilova); Mariola Fuentes (Rosa); Fele Martínez (Alfredo); Paz Vega (Amparo); Chus Lampreave (Concierge); Elena Anaya (Angela); Caetano Veloso (Caetano Veloso); Marisa Paredes e Cecilia Roth

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Sinopse Promissor advogado Andrew Beckett (Tom Hanks) que trabalha para tradicional escritório da Filadélfia é despedido quando descobrem ser ele portador do vírus da AIDS. Ele contrata os serviços de um advogado negro, que é forçado a encarar seus próprios medos e preconceitos. O filme gira em torno de preconceitos ligados à AIDS, ao homosexualismo, preconceito racial e a batalha que ocorre nos tribunais. Interessante como a família de Andrew apóia incondicionalmente ao filho e a seu companheiro Miguel, na luta que ambos passam a travar para fazer valer seus direitos. O filme foi muito significativo na época por colocar em evidência a importância da doença e sua gravidade. Participam como coadjuvantes vários homossexuais, dos quais a maioria estava morta um ano após o término do filme.

Ficha Técnica Título Original: Philadelphia Gênero: Drama Tempo de Duração: 125 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1993 Estúdio: TriStar Pictures / Clinica Estetico Distribuição: Columbia TriStar Pictures Direção: Jonathan Demme Roteiro: Ron Nyswaner Produção: Jonathan Demme e Edward Saxon Música: Howard Shore, Bruce Springsteen e Neil Young Direção de Fotografia: Tak Fujimoto Desenho de Produção: Kristi Zea Direção de Arte: Tim Galvin Figurino: Colleen Atwood Edição: Craig McKay

Elenco Tom Hanks (Andrew Beckett); Denzel Washington (Joe Miller); Roberta Maxwell (Juíza Tate); Karen Finley (Dra. Gillman); Mark Sorensen Jr. (Paciente da clínica); Jeffrey Williamson (Tyrone); Charles Glenn (Kenneth Killcoyne); Ron Vawter (Bob Seidman); Anna Deavere Smith (Anthea Burton); Stephanie Roth (Rachel Smilow); Lisa Talerico (Shelby); Joanne Woodward (Sarah Beckett); Jason Robards (Charles Wheeler); Robert Ridgely (Walter Kenton); Antonio Banderas (Miguel Alvarez); Buzz Kilman.

FILADÉLFIA

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GRITOS E SUSSUROS

Sinopse Em uma casa no campo uma mulher está bastante enferma e recebe cuidados de suas duas irmãs e de uma empregada da família, que precocemente perdeu sua filha e por isso extravaza seu amor de mãe dando o maior carinho possível para aquela moça tão debilitada. Dentro deste contexto lembranças, frustrações e imaginações em um misto de amor e ódio surgem no interior de cada pessoa. Ficha Técnica Título Original: Viskningar Och Rop Gênero: Drama Tempo de Duração: 90 minutos Ano de Lançamento (Suécia): 1972 Estúdio: Cinematographica AB / Svenska Filminstituet Distribuição: New World Pictures Direção: Ingmar Bergman Roteiro: Ingmar Bergman Produção: Lars-Owe Carlberg Fotografia: Sven Nykvist Desenho de Produção: Marik Vos-Lundh Figurino: Marik Vos-Lundh Edição: Siv Lundgren

Elenco Harriet Andersson (Agnes) Kari Sylwan (Anna) Ingrid Thulin (Karin) Liv Ullmann (Maria) Anders Ek (Isak) Inga Gill (Contador de histórias) Erland Josephson (David) Henning Moritzen (Joakim) Georg Arlin (Fredrik)

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HIGHLANDER, O GUERREIRO IMORTAL

Sinopse Connor MacLeod (Christopher Lambert), um guerreiro escocês do século XVI, é imortal e, após algum tempo, encontra Juan Ramirez (Sean Connery), imortal como ele. Ramirez o ensina a manejar uma espada, pois a única forma de matar um imortal é cortando sua cabeça. Após alguns séculos, surge um inimigo, imortal como ambos, que pretende decapitar Connor, para se tornar o único imortal da face da Terra.Quando um imortal é decapitado a força passa para o outro. A busca é para se atingir o poder máximo. É relevante no filme o fato dele não envelhecer e viver vários amores, que vão morrendo ao longo da história, e o imortal começa a se angustiar pelo fato de ter a vida eterna. A trilha musical é do grupo Queen, que valoriza excepcionalmente o filme. Ficha Técnica

Título Original: Highlander Gênero: Ficção Científica Tempo de Duração: 110 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1986 Site Oficial: www.highlander-official.com/movies/h1-storymain.htm Estúdio: 20th Century Fox / EMI Films Ltd. Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Russell Mulcahy Roteiro: Gregory Widen, Peter Bellwood e Larry Ferguson, baseado em estória de Gregory Widen Produção: Peter S. Davis e William N. Panzer Música: Michael Kamen Direção de Fotografia: Gerry Fisher Desenho de Produção: Allan Cameron Direção de Arte: Martin Atkinson e Tim Hutchinson Figurino: James Acheson Edição: Peter Honess

Elenco Christopher Lambert (Connor MacLeod); Roxane Hart (Brenda Wyatt); Clancy Brown (Kurgan); Sean Connery (Juan Ramirez); Beatie Edney (Heather); Alan North (Tenente Frank Morgan); Jon Polito (Detetive Walter Bedsoe); Sheila Gish (Rachel Ellenstein) Hugh Quarshie (Sunda Kastagir); Christopher Malcolm (Kirk Matunas); Billy Hartman (Dugal MacLeod); James Cosmo (Angus MacLeod).

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IRIS

Sinopse

A história de amor entre a novelista e filósofa Iris Murdoch e seu marido, o professor John Bayley, contada em duas épocas distintas: na juventude, quando se conheceram, e na velhice, quando Iris sofre do mal de Alzheimer. Aos poucos o marido vai acompanhando a decadência da esposa, que deixa de conhecê-lo, mas em momento algum ele declina de seus cuidados a ela. Um exemplo de amor e de cuidados.

Ficha Técnica

Título Original: Iris Gênero: Drama Tempo de Duração: 90 minutos Ano de Lançamento (Inglaterra): 2001 Site Oficial: www.miramaxhighlights.com/iris Estúdio: Miramax Films / BBC / Intermedia Films / Mirage Enterprises Distribuição: Miramax Films / Paramount Pictures / Buena Vista International Direção: Richard Eyre Roteiro: Richard Eyre e Charles Wood, baseado em livro de John Bailey Produção: Robert Fox e Scott Rudin Música: James Horner Fotografia: Roger Pratt Desenho de Produção: Gemma Jackson Direção de Arte: David Warren Figurino: Ruth Myers Edição: Martin Walsh

Elenco Kate Winslet (Jovem Iris Murdoch) Hugh Bonneville (Jovem John Bayley) Judi Dench (Iris Murdoch) Jim Broadbent (John Bayley) Eleanor Bron (Diretor) Angela Morant (Anfitriã) Penelope Wilton (Janet Stone) Juliet Aubrey (Jovem Janet Stone) Kris Marshall (Dr. Gudgeon) Tom Mannion (Neurologista) Saira Todd (Phillida Stone) Juliet Howland (Emma Stone) Charlotte Arkwright (Jovem Phillida Stone) Harried Arkwright (Jovem Emma Stone)

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Sinopse

Uma jovem de doze anos (Jena Malone) e um garoto de sete (Liam Aiken), filhos de pais separados, não aceitam a nova namorada de seu pai (Ed Harris), uma bela e renomada fotógrafa (Julia Roberts). O garoto ainda tolera a situação, mas a adolescente não se conforma com a separação e com fato de seu pai e a namorada viverem juntos, pois isto significa que as chances de reconciliação de seus pais se tornam quase nulas. Por sua vez, a mãe das crianças (Susan Sarandon) ainda alimenta esta briga, fazendo o gênero "mãe perfeita". A fotógrafa faz de tudo para agradar as crianças, chegando ao ponto de dar tanta atenção aos enteados que acaba perdendo o emprego, pois deixou de ser a profissional competente que era. Até que uma notícia inesperada muda completamente a relação entre os familiares e as duas mulheres. A mãe recebe a notícia de que é portadora de câncer e caminha para um estágio terminal. Isto provoca uma série de reações em todos os personagens, que vão evoluindo para relações mais maduras a partir da evolução da doença.

Ficha Técnica Título Original: Stepmom Gênero: Drama Tempo de Duração: 125 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1998 Site Oficial: www.spe.sony.com/movies/stepmom/index.html Estúdio: TriStar Pictures / 1492 Pictures / Shoelace Productions Distribuição: Columbia TriStar Pictures / Sony Pictures Entertainment Direção: Chris Columbus Roteiro: Gigi Levangie, Jessie Nelson, Steven Rogers, Karen Leigh Hopkins e Ronald Bass, baseado em estória de Gigi Levangie Produção: Michael Barnathan, Chris Columbus, Wendy Finerman e Mark Radcliffe Música: John Williams Direção de Fotografia: Donald McAlpine Desenho de Produção: Stuart Wurtzel Direção de Arte: Ray Kluga Figurino: Joseph G. Aulisi Edição: Neil Travis Efeitos Especiais: Rhythm & Hues

Elenco Julia Roberts (Isabel Kelly); Susan Sarandon (Jackie Harrison); Ed Harris (Luke Harrison); Jena Malone (Anna Harrison); Liam Aiken (Ben Harrison); Lynn Whitfield (Dr. Sweikert); Darrell Larson (Duncan Samuels); Mary Louise Wilson (Conselheira da escola); Andre B. Blake (Cooper); Russel Harper (Assistente de fotografia)

LADO A LADO

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Sinopse Grant (Gordon Pinsent) e Fiona (Julie Christie) formam um casal feliz, que tem sua vida abalada quando ela apresenta alguns graves sintomas, como perda de memória. Logo vem a confirmação: Fiona está com o mal de Alzheimer. Relutante a princípio, ela passa a aceitar a doença e se interna numa clínica. Uma das regras do local é que os pacientes não recebam visitas durante seus primeiros 30 dias. Quando Grant finalmente consegue vê-la, ela já não o reconhece mais. Fiona está agora afeiçoada por Aubrey (Michael Murphy), outro paciente da clínica, o que faz com que Grant tenha que se contentar com sua nova condição de amigo ao mesmo tempo em que tenta ajudá-la a se lembrar do passado. Um belo exemplo de amor, compreensão e cuidados.

Ficha Técnica Título Original: Away from Her Gênero: Drama Tempo de Duração: 110 minutos Ano de Lançamento (Canadá): 2007 Site Oficial: www.moviemobz.com/longedela Estúdio: Pulling Focus Pictures / The Film Farm / Foundry Films Inc. Distribuição: Lions Gate Films / Moviemobz Direção: Sarah Polley Roteiro: Sarah Polley, baseado em estória de Alice Munro Produção: Daniel Iron, Simone Urdl e Jennifer Weiss Música: Jonathan Goldsmith Fotografia: Luc Montpellier Desenho de Produção: Kathleen Climie Direção de Arte: Benno Tutter Figurino: Debra Hanson Edição: David Wharnsby Efeitos Especiais: Performance Solutions

Elenco Gordon Pinsent (Grant); Julie Christie (Fiona); Stacey LaBerge (Fiona - jovem); Olympia Dukakis (Marian); Deanna Dezmari (Veronica); Clare Coulter (Phoebe Hart); Thomas Hauff (William Hart); Alberta Watson (Dra. Fisher); Grace Lynn Kung (Enfermeira Betty); Lili Francks (Theresa); Andrew Moodie (Liam); Wendy Crewson (Madeleine); Judy Sinclair (Sra. Albright); Tom Harvey (Michael); Carolyn Heatherington (Eliza); Michael Murphy (Aubrey)

LONGE DELA

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MAR ADENTRO

Sinopse

Ramón Sampedro é tetraplégico há 28 anos, desde que sofreu um acidente de mergulho, e quer pôr fim à própria vida. O drama espanhol "Mar Adentro", indicado em duas categorias do Oscar, apresenta argumentos contundentes para mostrar por que ele deveria ser autorizado a fazê-lo -- e também por que não deveria. Alejandro Amenabar é nascido no Chile, mas radicado na Espanha. O ator Javier Bardem, tem uma atuação inesquecível no papel de um homem talentoso e cheio de sentimentos que deseja morrer com dignidade.

Baseado em fatos reais, Amenabar mostra como um homem vigoroso e com gosto pela aventura se torna quase totalmente incapacitado. O diretor apresenta argumentos convincentes em favor da idéia de que essa impotência lhe nega a possibilidade de levar uma vida digna, tornando-o totalmente dependente de sua família devotada. Bardem ganha aparência envelhecida e incapacitada não apenas graças ao ótimo trabalho da maquiadora Jo Allen, mas também à extraordinária habilidade do ator em encarnar o personagem. Seu sorriso constante mascara sua raiva e tristeza. Embora Ramón se irrite com seu sobrinho pequeno e tenha pouca paciência com visitas, ele continua a ser um homem amoroso e cheio de compaixão.

Na casa de seu irmão José (Celso Bugallo) ele tem acesso a computador, telefone e televisão, que ele controla com sua boca e um bastonete. Ramón está solicitando ao governo espanhol a permissão para cometer suicídio. Ele conta com a ajuda de uma organização que defende esse direito, e o grupo é representado pela vivaz Gene (Clara Segura). Gene convoca uma advogada para defender a causa de Ramón. Esta é uma mulher bela e elegante chamada Júlia, representada por Belen Rueda. Júlia sofre de uma doença degenerativa, de modo que Ramón acredita que seu problema fará com que ela defenda sua causa com ainda mais convicção. Outra pessoa que entra em sua vida é uma desconhecida chamada Rosa, representada por Lola Duenas, que o viu na televisão e se apaixona por ele. Mas Ramón se apaixona por Julia, apesar de esta ser casada. Juntos, eles planejam publicar um livro de poemas que ele escreveu quando era mais jovem. Mas nada disso o demove de sua determinação em morrer.

Para um filme que vai levar o espectador às lágrimas, há momentos de muito humor. O filme é um libelo em favor da eutanásia, mas também apresenta o ponto de vista das pessoas que ficam para trás.

Ficha Técnica Título Original: Mar Adentro Gênero: Drama Tempo de Duração: 125 minutos Ano de Lançamento (Espanha): 2004 Site Oficial: www.theseainside.com Distribuição: 20th Century Fox / Fine Line Features

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Direção: Alejandro Amenábar Roteiro: Alejandro Amenábar e Mateo Gil Produção: Alejandro Amenábar e Fernando Bovaira Música: Alejandro Amenábar Fotografia: Javier Aguirresarobe Desenho de Produção: Benjamín Fernández Direção de Arte: Benjamín Fernández Figurino: Sonia Grande Edição: Alejandro Amenábar

Elenco Javier Bardem (Ramón Sampedro); Belén Rueda (Julia); Lola Dueñas (Rosa); Mabel Rivera (Manuela); Celso Bugallo (José); Clara Segura (Gené); Joan Dalmau (Joaquín); Alberto Jiménez (Germán); Tamar Novas (Javi); Francesc Garrido (Marc); José Maria Pou (Padre Francisco); Alberto Amarilla (Hermano Andrés); Nicolás Fernández Luna (Christian); Andrea Occhipinti (Santiago); Xosé Manuel Oliveira (Juez)

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MENINA DE OURO *Sinopse Frankie Dunn (Clint Eastwood) passou a vida nos ringues, tendo agenciado e treinado grandes boxeadores. Frankie costuma passar aos lutadores com quem trabalha a mesma lição que segue para sua vida: antes de tudo, se proteja. Magoado com o afastamento de sua filha, Frankie é uma pessoa fechada e que apenas se relaciona com Scrap (Morgan Freeman), seu único amigo, que cuida também de seu ginásio. Até que surge em sua vida Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma jovem determinada que possui um dom ainda não lapidado para lutar boxe. Maggie quer que Frankie a treine, mas ele não aceita treinar mulheres e, além do mais, acredita que ela esteja velha demais para iniciar uma carreira no boxe. Apesar da negativa de Frankie, Maggie decide treinar diariamente no ginásio. Ela recebe o apoio de Scrap, que a encoraja a seguir adiante. Vencido pela determinação de Maggie, Frankie enfim aceita ser seu treinador. Após vencer várias lutas, numa ação desleal de uma adversária, Maggie entra em coma e fica em estado vegetativo, desenganada pelos médicos. Frankie passa a cuidar dela, ficando cada vez mais angustiado diante daquela situação, a ponto de provocar um desfecho próprio.

Ficha Técnica Título Original: Million Dollar Baby Gênero: Drama Tempo de Duração: 137 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2004 Site Oficial: http://milliondollarbabymovie.warnerbros.com Estúdio: Malpaso Productions / Lakeshore Entertainment / Albert S. Ruddy Productions Distribuição: Warner Bros. / Europa Filmes Direção: Clint Eastwood Roteiro: Paul Haggins, baseado em estórias de F.X. Toole Produção: Clint Eastwood, Paul Haggis, Tom Rosenberg e Albert S. Ruddy Música: Clint Eastwood Fotografia: Tom Stern Desenho de Produção: Henry Bumstead Direção de Arte: Jack G. Taylor Jr. e Jack Taylor Figurino: Deborah Hopper Edição: Joel Cox

Elenco Clint Eastwood (Frankie Dunn); Hilary Swank (Maggie Fitzgerald); Morgan Freeman (Eddie Scrap-Iron Dupris); Jay Baruchel (Danger Barch); Mike Colter (Big Willie Little); Lucia Rijker (Billie "Urso Azul"); Brian F. O'Byrne (Padre Horvak); Anthony Mackie (Shawrelle Berry); Margo Martindale (Earline Fitzgerald); Riki Lindhome (Mardell Fitzgerald); Michael Pena (Omar); Benito Martinez (Empresário de Billie); Bruce MacVittie (Mickey Mack); Marcus Chait (J.D. Fitzgerald)

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MINHA VIDA

Sinopse Bob Jones (Michael Keaton), proprietário de uma empresa de relações públicas, tem um casamento sólido e feliz. Gail Jones (Nicole Kidman), sua mulher, espera um filho, mas ele é portador de um câncer inoperável e tem os dias contados Com isso, decide então gravar um vídeo para o filho, se apresentando e passando para ele toda sua experiência, desejando muito estar vivo no dia de seu nascimento.

Ficha Técnica Título Original: My Life Gênero: Drama Tempo de Duração: 102 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1993 Estúdio: Columbia Pictures Corporation / Zucker Brothers Corporation / Capella Films Distribuição: Columbia Pictures Corporation Direção: Bruce Joel Rubin Roteiro: Bruce Joel Rubin Produção: Hunt Lowry, Bruce Joel Rubin e Jerry Zucker Música: John Barry Direção de Fotografia: Peter James Direção de Arte: Larry Fulton Figurino: Judy L. Ruskin Edição: Richard Chew Efeitos Especiais: Sony Pictures Imageworks

Elenco Michael Keaton (Bob Jones) Nicole Kidman (Gail Jones) Bradley Whitford (Paul Ivanovich) Queen Latifah (Theresa) Michael Constatine (Bill) Rebecca Schull (Rose) Mark Lowethal (Dr. Hills) Lee Garlington (Carol Sandman) Toni Sawyer (Doris) Haing S. Ngor (Sr. Ho) Romy Rosement (Anya Stasiuk)

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MINHA VIDA SEM MIM Sinopse

Tendo apenas 23 anos, Ann (Sarah Polley) é mãe de duas garotinhas, Penny (Jessica Amlee) e Patsy (Kenya Jo Kennedy), e é casada com Don (Scott Speedman), que constrói piscinas. Ela trabalha todas as noites na limpeza de uma universidade, onde nunca terá condições de estudar, e mora com sua família em um trailer, que fica no quintal da casa da sua mãe (Deborah Harry). Ann mantém uma distância obrigatória do pai, pois ele há dez anos está na prisão. Após passar mal, Ann descobre que tem câncer nos ovários. A doença alcançou o estômago e logo estará chegando no fígado, assim ela terá no máximo três meses de vida. Sem contar a ninguém seu problema e dizendo que está com anemia, Ann faz uma lista de tudo que sempre quis realizar, mas nunca teve tempo ou oportunidade. Ela começa uma trajetória em busca de seus sonhos, desejos e fantasias, mas imaginando como será a vida sem ela.

Ficha Técnica Título Original: Mi Vida Sin Mi Gênero: Drama Tempo de Duração: 106 minutos Ano de Lançamento (Espanha): 2003 Site Oficial: www.sonyclassics.com/mylifewithoutme Estúdio: El Deseo S.A. / My Life Productions Inc. Milestone Productions Inc. / SLU Distribuição: Sony Pictures Classics / Warner Brothers / Imagem Filmes Direção: Isabel Coixet Roteiro: Isabel Coixet, baseado em livro de Nancy Kincaid Produção: Esther García e Gordon McLennan Música: Alfonso Vilallonga Fotografia: Jean-Claude Larrieu Desenho de Produção: Carol Levallee Direção de Arte: Shelley Bottom Figurino: Katia Stano Edição: Lisa Robison

Elenco Sarah Polley (Ann); Scott Speedman (Don); Deborah Harry (Mãe de Ann); Mark Ruffalo (Lee); Leonor Watling (Ann); Amanda Plummer (Laurie); Julian Richings (Dr. Thompson); Maria de Medeiros (Cabeleireira); Jessica Amlee (Penny) ; Kenya Jo Kennedy (Patsy); Alfred Molina (Pai de Ann); Sonja Bennett (Sarah).

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O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO

Sinopse

Enquanto preparam um jantar, quatro homens conversam entre si sobre assuntos diversos. Ao mesmo tempo, em uma academia de ginástica, quatro mulheres conversam sobre os problemas de relacionamento entre homens e mulheres. O filme teve sua continuação posteriormente filmada com o nome de “As invasões Bárbaras”.

Ficha Técnica Título Original: Le Déclin de l'Empire Américain Gênero: Drama Tempo de Duração: 101 minutos Ano de Lançamento (Canadá): 1986 Estúdio: Malofilm / Corporation Image M & M / National Film Board of Canada / Téléfilm Canada / Société Général du Cinéma du Québec / Societe Radio Cinema Distribuição: Cineplex-Odeon Films / Art Films Direção: Denys Arcand Roteiro: Denys Arcand Produção: Roger Frappier e René Malo Música: François Dompierre Fotografia: Guy Dufaux Desenho de Produção: Gaudeline Sauriol Direção de Arte: Gaudeline Sauriol Figurino: Denis Sperdouklis Edição: Monique Fortier Efeitos Especiais: Les Productions de l'Intrigue Inc.

Elenco Dominique Michel (Dominique) Dorothée Berryman (Louise) Louise Portal (Diane) Pierre Curzi (Pierre) Rémy Girard (Rémy) Geneviève Rioux (Danielle) Daniel Brière (Alain) Gabriel Arcand (Mario) Évelyn Regimbald Lisette Guertin Alexander Remy Ariane Frédérique Jean-Paul Bongo

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O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Sinopse Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.

Ficha Técnica Título Original: Le Scaphandre et le Papillon Gênero: Drama Tempo de Duração: 112 minutos Ano de Lançamento (França / EUA): 2007 Site Oficial: www.lescaphandre-lefilm.com Estúdio: Pathé Renn Productions / France 3 Cinéma / Canal+ / Région Nord-Pas-de-Calais / The Kennedy/Marshall Company / C.R.R.A.V. Nord Pas de Calais / Ciné Cinémas / Banque Populaire Images 7 Distribuição: Miramax Films / Europa Filmes Direção: Julian Schnabel Roteiro: Ronald Harwood, baseado em livro de Jean-Dominique Bauby Produção: Kathleen Kennedy e Jon Kilik Música: Paul Cantelon Fotografia: Janusz Kaminski Desenho de Produção: Michel Eric e Laurent Ott Figurino: Olivier Bériot Edição: Juliette Welfling

Elenco Mathieu Amalric (Jean-Dominique Bauby); Emmanuelle Seigner (Céline Desmoulins) Marie-Josée Croze (Henriette Durand); Anne Consigny (Claude); Patrick Chesnais (Dr. Lepage); Niels Arestrup (Roussin); Olatz Lopez Garmendia (Marie Lopez); Jean-Pierre Cassel (Lucien / Vendeur Lourdes); Marina Hands (Joséphine); Max von Sydow (Papinou); Isaach De Bankolé (Laurent); Emma de Caunes (Imperatriz Eugénie); Jean-Philippe Écoffrey (Dr. Mercier); Nicolas Le Riche (Nijinski); Lenny Kravitz (Lenny Kravitz); Michael Wincott (Michael Wincott).

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Sinopse Joe Gideon (Roy Scheider é um diretor de cinema e coreógrafo mulherengo, que trabalha simultaneamente na edição de seu filme e nos ensaios de um musical. Nisto ele sofre um enfarte e, com a vida por um fio, revê momentos da sua vida, transformando-os em sua imaginação em números musicais. Sua atenção é disputada por 4 mulheres: sua namorada, a ex-esposa, a filha e a Morte, representada por uma bela loira vestida de branco, que conversa com ele de forma bem instigante. Sua trajetória autodestrutiva tem sua apoteose quando ao final monta um espetáculo grandioso de sua morte, com a participação das pessoas com as quais conviveu. No filme salienta-se as fases da morte descritas pela psiquiatra Elizabeth Kübler Ross.

Ficha Técnica Título Original: All That Jazz Gênero: Musical Tempo de Duração: 123 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1979 Estúdio: 20th Century Fox / Columbia Pictures Corporation Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Bob Fosse Roteiro: Robert Alan Aurthur e Bob Fosse Produção: Robert Alan Aurthur Música: Ralph Burns Fotografia: Giuseppe Rotunno Desenho de Produção: Philip Rosenberg Figurino: Albert Wolsky Edição: Alan Heim

Elenco Roy Scheider (Joe Gideon); Jessica Lange (Angelique); Ann Reinking (Kate Jagger); Leland Palmer (Audrey Paris); Cliff Gorman (Davis Newman); Ben Vereen (O'Connor Flood); Erzsebet Fold (Michelle); Michael Tolan (Dr. Ballinger); Max Wright (Joshua Penn); William LeMassena (Joseny Hecht); Irene Kane (Leslie Perry); Deborah Geffner (Victoria Porter); Kathryn Doby (Kathryn); Anthony Holland (Paul Dann); Robert Hitt (Ted Christopher); David Margulies (Larry Goldie); John Lithgow (Lucas Sargeant).

O SHOW DEVE CONTINUAR

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OUTONO EM NOVA YORK

Sinopse

Will Keane (Richard Gere) é um playboy cinquentão que tem como promessa nunca ter um compromisso sério com uma mulher. Quando ele conhece Charlotte Fielding (Winona Ryder), uma jovem que tem a metade da sua idade, imagina que terá com ela outro rápido e fácil romance. Mas nada no relacionamento de ambos é fácil ou rápido. Apesar da diferença de idade, eles terminam se apaixonando perdidamente e fazendo com que Will resolva abandonar sua decisão de nunca assumir um compromisso amoroso. Mas Charlotte tem um sério motivo para recusar a proposta de ter uma relação com Will que dure para sempre: ela está morrendo.

Ficha Técnica Título Original: Autumn in New York Gênero: Drama Tempo de Duração: 105 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2000 Site Oficial: www.mgm.com/autumninny Estúdio: United Artists Distribuição: Columbia TriStar / Metro-Goldwyn-Mayer Distribution Corporation Direção: Joan Chen Roteiro: Allison Burnett Produção: Gary Lucchesi, Amy Robinson e Tom Rosenberg Música: Gabriel Yared Direção de Fotografia: Changwei Gu Desenho de Produção: Mark Friedberg Direção de Arte: Jess Gonchor Figurino: Carol Oditz Edição: Ruby Yang

Elenco Richard Gere (Will Keane) Winona Ryder (Charlotte Fielding) Anthony LaPaglia (John) Elaine Stritch (Dolly) Sherry Stringfield (Sarah) Jilian Hennessy (Lynne) Vera Farmiga Jamie Harrold Delores Mitchell

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TUDO POR AMOR

Sinopse Victor Geddes (Campbell Scott) é um jovem de uma família rica, que faz tratamento quimioterápico por ter leucemia. Ele se apaixona por Hillary O'Neil (Julia Roberts), que cuida dele, mas este amor pode gerar conseqüências trágicas.

Ficha Técnica Título Original: Dying Young Gênero: Drama Tempo de Duração: 105 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1991 Estúdio: 20th Century Fox / Fogwood Films Ltd. Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Joel Schumacher Roteiro: Richard Friedenberg, baseado em livro de Marti Leimbach Produção: Sally Field, Mauri Syd Gayton e Kevin McCormick Música: James Newton Howard Fotografia: Juan Ruiz Anchía Direção de Arte: Guy J. Comtois e Richard L. Johnson Figurino: Susan Becker Edição: Robert Brown

Elenco Julia Roberts (Hillary O'Neil) Campbell Scott (Victor Geddes) Vincent D'Onofrio (Gordon) Collen Dewhurst (Estelle Whittier) David Selby (Richard Geddes) Ellen Burstyn (Sra. O'Neil) Dion Anderson (Cappy) George Martin (Malachi) Adrienne-Joi Johnson (Shauna) Daniel Beer (Danny) Behrooz Afrakhan (Moamar Gadaffi) Larry Nash (Assistente)

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UM CERTO OLHAR

Sinopse Alex (Alan Rickman) é um taciturno inglês que está no Canadá para se encontrar com a mãe de seu falecido filho. No caminho ele dá carona para Vivienne (Emily Hampshire), jovem que vai visitar a mãe. Na viagem um caminhão atinge o carro, matando Vivienne. Alex sai então à procura da mãe da jovem. Ao encontrá-la, descobre que ela (Sigourney Weaver) é autista. Linda não tem qualquer reação ao saber da tragédia, mas Alex decide ficar com ela até o funeral. É quando ele conhece Maggie (Carrie-Anne Moss), a vizinha sexy com quem se envolve.

Ficha Técnica Título Original: Snow Cake Gênero: Drama Tempo de Duração: 112 minutos Ano de Lançamento (Canadá / Inglaterra): 2006 Estúdio: Revolution Films / Rhombus Media Distribuição: The Weinstein Company Direção: Marc Evans Roteiro: Angela Pell Produção: Gina Carter, Jessica Daniel, Andrew Eaton e Niv Fichman Música: Brocken-Social-Scene Fotografia: Steve Cosens Desenho de Produção: Matthew Davies Direção de Arte: Peter Emmink Figurino: Debra Hanson Edição: Mags Arnold Efeitos Especiais: Pepper Post Production Ltd.

Elenco Alan Rickman (Alex Hughes) Sigourney Weaver (Linda Freeman) Carrie-Anne Moss (Maggie) David Fox (Dirk Freeman) Jayne Eastwood (Ellen Freeman) Emily Hampshire (Vivienne Freeman) James Allodi (Clyde) Callum Keith Rennie (John Neil)

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UMA LIÇÃO DE VIDA

Sinopse

Vivian Bearing (Emma Thompson) é uma professora universitária que leciona poesia inglesa e fica sabendo através de Kelekian (Christopher Lloyd), um oncologista famoso, que tem um câncer de ovário em estágio avançado. Assim ela terá de fazer um tratamento radical, que resultará em efeitos colaterais, mas não há outra opção, pois suas chances de cura são mínimas. Durante o tratamento Vivian analisa suas reações à doença, o tratamento e fatos marcantes da sua vida. Ela é burocraticamente assistida por Kelekian, que só se importa com o resultado sem levar em conta os efeitos que causam no paciente. Além dele há Jason Posner (Jonathan M. Woodward), um médico que foi aluno de Vivian, e Susie Monahan (Audra McDonald), a enfermeira-chefe e também a única pessoa no hospital que a trata com calor humano, calor este que ela nunca teve com seus alunos mas agora anseia intensamente.

Ficha Técnica Título Original: Wit Gênero: Drama Tempo de Duração: 99 minutos Ano de Lançamento (EUA): 2001 Estúdio: HBO Films / Avenue Pictures Productions Distribuição: HBO Direção: Mike Nichols Roteiro: Emma Thompson e Mike Nichols, baseado em peça teatral de Margaret Edson Produção: Simon Bosanquet Música: Henryk Mikolaj Gorecki, Arvo Pärt e Dmitri Shostakovich Fotografia: Seamus McGarvey Desenho de Produção: Stuart Wurtzel Figurino: Ann Roth Edição: John Bloom

Elenco Emma Thompson (Vivian Bearing) Christopher Lloyd (Dr. Kelekian) Eileen Atkins (E.M. Ashford) Audra McDonald (Susie Monahan) Jonathan M. Woodward (Jason Posner) Harold Pinter (Pai de Vivian) Su Lin Looi (Enfermeira)

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Sinopse Anos 70. Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estórias sonoras.

Ficha Técnica Título Original: Rosso Come Il Cielo Gênero: Drama Tempo de Duração: 96 minutos Ano de Lançamento (Itália): 2006 Site Oficial: www.rossocomeilcielo.it Estúdio: Orisa Produzioni Distribuição: California Filmes Direção: Cristiano Bortone Roteiro: Paolo Sassanelli, Cristiano Bortone e Monica Zapelli Produção: Daniele Mazzocca e Cristiano Bortone Música: Ezio Bosso Fotografia: Vladan Radovic Desenho de Produção: Davide Bassan Figurino: Monica Simeone Edição: Carla Simoncelli

Elenco Francesco Campobasso (Davide) Luca Capriotti (Mirco) Simone Colombari (Padre) Marco Cocci (Ettore) Andrea Gussoni (Valerio) Patrizia La Fonte (Suor Santa) Paolo Sassanelli (Don Giulio)

VERMELHO COMO O CÉU

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VIVER Sinopse:

Em Viver, Kurosawa se concentra em apenas um personagem e na sua forma de encarar a vida. Kanji Watanabe é um burocrata que descobre ter câncer no estômago, sendo impelido a rever a sua forma mínima de viver e a mudá-la já na velhice. É impressionante observar o carinho e a dedicação com que Kurosawa trata seu personagem. É a visão da compaixão, mostrando a beleza da vida de um homem, em sua simplicidade, a partir da explosão da realidade que lhe aponta a morte através do diagnóstico de um câncer no estômago, já em fase avançada. A maneira terna do próprio diretor de contar tudo isso funciona como uma mão estendida para que seu personagem se erga. Durante essa revisão de sua vida, na qual Kurosawa nos coloca na mente de seu protagonista ao nos fazer viver com ele os flashbacks que contarão por o que ele já passou, lhe são apresentadas algumas formas de se viver bem, mas nenhuma delas se adequa à vontade de Watanabe. Aproveitar a vida na velhice, aqui, não é visto com o sentido ingênuo dos prazeres carnais. Os jogos, as mulheres e as bebidas simplesmente não se encaixam com essa idéia de Viver do título. Também não é se aproximar de alguém mais novo (como a mulher com quem trabalha) que ainda tem muita vida pela frente. É nesse ponto que o filme vai além da idéia de superação de adversidades para se viver bem: toda a questão está no como se olhar para a vida. É a observação atenta da sua forma de viver aliada à possibilidade de realização de algo que valha a pena e que o represente na comunidade. E é o que irá permitir que ele realize também uma mudança dentro dele mesmo. A ação de se olhar para trás no final da vida não é incomum na obra do diretor. Seus personagens idosos costumam realizar esse movimento em uma tentativa de aceitar a morte e melhorar sua compreensão da vida. O que difere Watanabe desse arquétipo típico é a novidade representada por esse olhar para a vida. Enquanto os outros personagens já chegavam na velhice como pessoas sábias e cheias de conselhos para dar, o protagonista de Viver chega nesse ponto com a curiosa perspectiva de alguém que pouco entendeu sobre o que passou. É exatamente na forma de aprendizado infantil – não à toa o cartaz do filme o mostra sentado em um balanço – que ele procurará o sentido de sua vida, construindo um playground em seu bairro.

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Ficha Técnica

DIRETOR: Akira Kurosawa ANO: 1952 ARTISTAS: Takashi Shimura | Kumeco Urabe | Miki Odagiri | Makoto Kobori | Minosuke Iamada | Nobuo Kaneko | Kyoko Seki REGIÃO: 0 (ALL) IDIOMA: Japonês PAÍS DE PRODUÇÃO: JAPÃO LEGENDA: Espanhol | Inglês | Português TÍTULO ORIGINAL: IKIRU FORMATO DE TELA: Standard 1.33:1 ÁUDIO ORIGINAL: DOLBY 2.0 TEMPO DE DURAÇÃO: 142 minutos SELO: Continental

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Como tudo começou...

São Paulo, 26 de junho de 2008

À Cinemateca Brasileira

Att. Carlos Wendel de Magalhães, Diretor-Executivo

Prezado Senhor

Antes de tudo, agradecer a forma tão atenciosa, gentil e qualificada com que fomos recebidos na visita à Cinemateca Brasileira. Nas semanas que antecederam nossa primeira visita às suas instalações, Sergio Gomes, jornalista, diretor da OBORÉ e nosso parceiro de longa data, havia nos falado sobre os projetos e as realizações que os senhores vêm conduzindo há tantos anos e com tanta persistência, determinação e - por que não dizer – com tanto amor.

Vínhamos preparados para encontrar algo importante e bem feito, mas confesso que a realidade superou em muito nossas melhores expectativas. Não tínhamos idéia das dimensões e da complexidade do trabalho necessário à preservação da memória do cinema nacional.

Como morador de São Paulo há tantos anos e interessado nas manifestações culturais à disposição da nossa população, não me perdôo por esse tempo em que não soube da existência desse verdadeiro Campus Universitário que são as instalações da Cinemateca!

A beleza, o conforto e a modernidade das salas de projeção, os espaços para exposições, a biblioteca e o centro de documentação aberto à consulta, os jardins, o bosque ao lado da antiga casa de administração, a qualidade da restauração do prédio do velho Matadouro, a simpatia e a disposição para o trabalho das pessoas: das equipes de pesquisa, restauro, programação e atendimento. E jovens, muitos jovens dedicados, compenetrados nas suas tarefas e discretamente orgulhosos de fazerem parte da história da Cinemateca Brasileira!

Também nos encantaram as instalações do Café, com suas mesas amplas e cadeiras aconchegantes, convite permanente para que a gente se encontre com calma, converse, troque idéias, conviva.

Mas à medida que pudemos realizar novas visitas, trazer outras pessoas da nossa equipe para conhecer esse espaço e seus sonhos, fomos tomando conhecimento de alguns problemas que precisam e podem ser enfrentados para garantir longa vida produtiva para essa instituição fundamental para a Nação Brasileira. E para nossa satisfação, vimos que alguns desses desafios podiam contar, desde já, com a nossa colaboração.

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A idéia inicial era lhes propor, simplesmente, a realização, em setembro próximo, de um ciclo de cinema acompanhado de palestras e debates após as projeções, sobre o tema Aprender a Viver , Aprender a Morrer.

O contato mais profundo com a realidade da Cinemateca, no entanto, mostrou-nos que podemos mobilizar alguns hospitais (além do nosso) e empresas fornecedoras desses hospitais para dar apoio concreto, sobretudo para o "hospital do cinema brasileiro" que dispõe de "pronto socorro", "serviços de emergência", "UTI", "recuperação", até poder dar alta ao "individuo" e ele voltar à vida normal, ou seja, ser projetado nas salas de cinema e/ou converter-se em dvd e outras formas modernas de registro para exibições descentralizadas.

Verificamos que a Cinemateca aplica o mesmo método, tem a mesma filosofia dos cuidados paliativos do Premier Residence Hospital.

Quando tomamos conhecimento sobre uma das mais importantes atividades da Cinemateca, o CineEducação, verificamos que também aí podíamos contribuir com nossos recursos, por exemplo mobilizando alguns fornecedores e outras instituições que estão ao alcance de nossas relações, para proporcionar lanches aos adolescentes.

Assim, embora nossa primeira iniciativa conjunta concreta possa ser a realização do Ciclo Aprender a Viver nos dias 12, 13 e 14 de setembro, conforme o que já tivemos oportunidade de avançar nas reuniões preliminares, gostaríamos de propor que estabelecêssemos um Protocolo de Parceria e Cooperação que se projetasse no tempo e que indicasse, com o máximo de precisão, quais as áreas prioritárias para os projetos da Cinemateca Brasileira e onde – e de que forma – poderiam ser concentrados os esforços do Premier, da OBORÉ e seus aliados.

Para tanto, ficamos desde logo comprometidos a comparecer com nossa equipe a uma reunião de planejamento que viesse a ser convocada pela Diretoria da Cinemateca.

Quanto ao desafio imediato apresentado pela construção do Ciclo previsto para setembro, propomos selecionar em conjunto os 5 ou 6 filmes a serem projetados e estudar quais conferencistas/debatedores temos condições de trazer para esse evento, consultar que espaços estariam disponíveis para a exposição de alguns painéis e verificar da possibilidade de que se ministrem algumas aulas nos períodos da manhã e da tarde.

Temos como público preferencial para essa iniciativa os médicos, as enfermeiras, os demais profissionais da saúde, estudantes de medicina, profissionais das áreas de psiquiatria, antropologia, jornalismo e cinema.

Apresentamos em anexo um texto de trabalho interno para explicitar como vemos a atualidade e complexidade do tema Vida, Doenças e Morte em nossos dias, a relação das artes com a ciência e a necessidade absoluta da arte (o cinema em primeiro lugar e daí a idéia deste ciclo com a Cinemateca) para a formação e desempenho competente de uma nova geração de profissionais da saúde dedicados a cuidar das pessoas que cada vez mais terão suas vidas prolongadas.

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No aguardo de uma manifestação dos amigos e amigas que dirigem a Cinemateca, para que possamos saber quais seriam as responsabilidades que nos caberiam para levar a termo essa empreitada imediata e qual a opinião dos senhores sobre a possibilidade de um plano de trabalho de médio e longo prazos entre Cinemateca e Premier, nos despedimos

Atenciosamente

Samir Salman

Diretor Superintendente do Premier Residence Hospital

Anexo

EM BUSCA DA BOA VIDA OU UMA NOVA ONDA

Nasce no Brasil, a exemplo de outros países, uma nova maneira de se cuidar dos enfermos e dos idosos em fases terminais de suas vidas.

Essas pessoas, antes relegadas pela família, pela sociedade e sobretudo pelos médicos a um canto obscuro de suas existências (literalmente), por preconceito ou por negação de nossa finitude, passam a ter a atenção que merecem para que sua última fase de existência tenha dignidade, bem estar físico, psíquico e espiritual.

Essa nova abordagem foi designada de Cuidados Paliativos (de pallium, manto, proteção), que significa a proteção contra a dor e o sofrimento. Diferencia-se fundamentalmente da medicina de cuidados curativos, predominante até então, porque cuida dos enfermos que não têm mais possibilidades de tratamento convencional. Resta-lhes apenas o alívio da dor e os cuidados fornecidos pela família e pela equipe de saúde, agora interdisciplinar, que articula as ações do médico, do enfermeiro, do nutricionista, do fisioterapeuta, do psicólogo, do fisiatra, do assistente social, entre outros.

Essa nova onda precisa ser disseminada na sociedade, nas escolas de saúde, nas famílias, nos órgãos públicos, para que se conquiste uma cultura em que todos os que necessitam de cuidados em sua saúde (ou com a falta dela), independente de serem terminais, possam usufruir dos preceitos dos cuidados paliativos.

Uma nova vida, com mais qualidade em seu início e meio, para que se possa ter um fim melhor.

Lutando por essa abordagem, o Premier, que há quatro anos desenvolve trabalhos de Cuidados Paliativos, tinha já o propósito de promover um evento para a divulgação dessa nova especialidade em serviço de saúde. Estamos convictos de que não há nada melhor para se divulgar e sedimentar algo novo, do que as atividades culturais associadas às científicas. Ninguém melhor que os artistas, cineastas, poetas, filósofos, escritores, pintores têm sensibilidade para tratar desses temas.

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Assim, a proposta é que, através da música, do teatro, do cinema, das artes plásticas, palestras e discussões pertinentes ao tema, avancemos um pouco mais na divulgação desta nova prática.

Recentemente, descobrimos a existência, o trabalho e as perspectivas da Cinemateca Brasileira em São Paulo e passamos a vê-la como palco, ambiente e parceira ideais à realização de um evento pioneiro. Espaço, trabalho e perspectivas que combinam totalmente com os princípios da nossa proposta.

O projeto aponta para exibições (nos dias 12, 13 e 14 de setembro) de uma parte do que de melhor foi produzido pelo cinema que se relacione, direta ou indiretamente, com o tema Vida e Morte, acompanhadas de atividades culturais e científicas, com palestrantes e debatedores convidados, e ampla divulgação na mídia (geral e segmentada) para que se atinja o maior público possível.

"Todo o interesse na doença e na morte é, em verdade, apenas outra expressão do nosso interesse na vida".

Thomas Mann, A montanha mágica.