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Índice

Prefácio – Esta edição de 2017 é dedicada ao Prof. André Cruz 3

Apresentação 5

GRUPO I

LIVROS ROUBADOS 11

AMOR DE IRMÃ 12

MINHA VIDA 13

A MINHA IRMÃ NASCEU 14

A VIAGEM AO BETO CARRERO 15

O LADRÃO DE LIVROS 16

GRUPO II

MEU CADERNO 19

SAUDADES 20

QUERIDO JUNIM 21

O CADERNO 22

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GRUPO III

A MUDANÇA DO AMOR 25

CASAL 26

PROBLEMA PÚBLICO 27

GRUPO IV

HISTÓRIA DE UMA VIDA MORTA 31

UM GRITO PRO MUNDO 33

A VITÓRIA PORTUGUESA 35

CONHECIDA POR AÍ COMO FEMINISTA 36

O MENOR DOS PROBLEMAS 37

OPINIÃO IDEALIZADA 38

Agradecimentos 39

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Esta edição de 2017 é dedicada ao Prof. André Cruz

“Aos noventa e dois anos foi até a biblioteca. Já sabendo que sua hora chegaria, disse o moço:

— Quero devolver, roubar foi um erro na minha vida. Aprendi muito! Obrigado!” (Giovanna Dias)

Giovanna, a sua sensibilidade nos apresentou o personagem Roberto e nos mostrou o entendimento sobre a correlação entre a vida que se constrói e o seu desfecho.

. . . “No dia seguinte, perguntei para eles porque me ignoravam.

Falei o quanto isso me fazia mal e perguntei se tinham algo contra mim.” (Marianne de Aguiar)

Marianne, você soube retratar a rejeição entre as pessoas e melhor, nos ensinou como é fácil transformar a desconfiança em bem-estar.

. . . “Quando amamos uma pessoa, queremos tê-la por toda vida,

sabemos que ela não é perfeita, mas o sentimento é tão forte que estamos dispostos a superar qualquer defeito.” (Letícia da Silva)

Letícia, seu tratado sobre o amor é o ponto final sobre esse tal de amor tão complicado.

. . . “Morreu solitária, era apenas mais um número, menos uma

alma que passou despercebida pela vida e se foi tão rápido quanto surgiu.” (Carolina Branquinho)

Carolina, você criou uma personagem que sucumbiu com a droga e você não apresentou nenhuma saída para ela se soerguer. O paralelismo, que você estabeleceu entre o vício incontido e a morte, não vislumbrou o final feliz. Retratou o que também se vê. Fez prevalecer o realismo, o ápice da indiferença entre os homens.

. . . Os premiados merecem aplauso, porque seu valor aflorou; no

entanto, todos vocês que participaram deste Concurso Literário, inclusive os não classificados, possuem o mérito que agora louvamos, porque o julgamento dos homens, temos certeza de que, mesmo com a correta intenção do acerto, se diferencia, porque é particular e emocional.

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. . . Sobre o redigir e a criatividade: Os professores, com a exigência da gramática formal,

corrigiriam o poeta Silvio César em seus sonoros e belos versos da sua canção-poema, “Pra você”: “...Ah, se eu fosse você, eu voltava pra mim. Voltava, sim.”

— Meu caro aluno, voltava não, voltaria, o certo é o futuro do pretérito.

Esses professores, se assim procedessem, sem distanciar o formal do informal, aprisionariam a espontaneidade da criação. Não importa se o pretérito imperfeito foi usado no lugar do futuro do pretérito, porque o importante é a coerência em uma frase ou numa sequência de frases. Se o que você disse ou escreveu tem sentido, então está valendo. É claro que a linguagem mais cuidada tem a sua hora e é diferente da informal, a que você usa com amigos e com a família.

Queridos, vamos escrever em prosa, em poesia, em música e será bom seguirmos o notável escritor francês do séc. XIX, Antole France que perguntado sobre como se tornar um bom escritor, resumiu: “O estilo deve ter três virtudes: clareza, clareza e clareza.”

Associemos a clareza à imensidão do mundo, ao verde, aos frutos, às flores, à arte. Viajemos com o vento.

Abelardo Soares

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Apresentação

O XXXII Concurso de Literatura Maria Helena Xavier Fernandes privilegiou a liberdade de criação. Não tivemos um homenageado, isto é, um nome que representasse o centro das criações para nossos alunos. Os professores escolheram textos e criaram propostas que envolveram o aluno e proporcionaram o verdadeiro estímulo para a criação literária. Apresentamos, pois, o centro desta edição: a importância do discurso?

De maneira primária, podemos entender que discurso é o espaço da materialização das formações ideológicas. O discurso utiliza a língua, considerando os contextos histórico e social específicos que desempenham papel importante: faixa etária, gênero, nível de escolaridade, classe social, entre outros fatores. Podemos dizer que discurso é a voz de um grupo social.

Todo texto está vinculado ao discurso que lhe deu origem. Por isso, um autor “nunca escreve sozinho”, porque seu texto reflete, de alguma forma, a formação discursiva dos membros de um grupo social.

Nos textos que aqui se apresentam você encontrará o discurso que nossos jovens deixam impresso para as gerações futuras, suas marcas – o olhar capaz de enxergar e fazer refletir sobre a realidade que nos cerca.

Professora Ana Carolina Nóbrega

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“A única pessoa livre é aquela que não tem medo do ridículo.”

Luiz Fernando Veríssimo

GRUPO I

4° e 5° anos

“Deveríamos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensarmos em julgar os outros.

Molière

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LIVROS ROUBADOS Quando Roberto tinha oito anos, amava ler livros, porém

não tinha condição de comprar ou alugar livros e não tinha biblioteca na cidade. Seus pais não ganhavam nem mil reais em cinco meses. Ele nem podia estudar.

Vinte anos depois, Roberto, com vinte e oito anos, foi pela primeira vez em uma biblioteca. Ele poderia simplesmente pegar um livro, ler e depois devolver, porém via tantas pessoas na sua infância estudando e tendo conhecimentos, que sentiu inveja de tudo e todos e resolveu roubar livros.

Anos se passaram e Roberto, com oitenta e cinco anos, tinha uma extensa coleção de livros, possuía vários tipos: romance, terror, aventura...

Aos noventa e dois anos foi até a biblioteca. Já sabendo que sua hora chegaria, disse ao moço:

— Quero devolver, roubar foi um erro na minha vida. Aprendi muito! Obrigado!

Um dia depois Roberto morreu.

Giovanna Ornellas Celente Dias

1º Lugar

Turma 52

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AMOR DE IRMÃ Na chegada da minha irmã Sofia, senti uma felicidade

enorme, abri meu coração para amá-la como novo membro da família. Eu tinha seis anos quando minha irmã nasceu. Vi-a passando no corredor em um berço no hospital.

Com o passar dos anos, ela foi crescendo e ficou tão fofinha que dava vontade de apertar, até que ela aprendeu a falar. Nesse momento, eu me enchi de alegria com a primeira palavra dela, que foi o meu nome, Sara. Sempre pensei que a primeira palavra dita seria mamãe ou papai, mas foi o meu nome.

Quando ela cresceu mais, começou a falar várias coisas, fazer besteiras enormes e ficou mais amorosa. Um exemplo foi o dia em que ela escalou minha cômoda no meu quarto e a cômoda caiu em cima dela! E o que me impressionou foi que ela não se machucou. Eu e minha mãe ficamos muito irritados, pois tivemos que arrumar tudo que caiu da cômoda.

Também teve um dia em que ela se sujou de comida e saiu correndo para me abraçar e me sujar.

Ela também é muito amorosa. Um dia eu me machuquei e ela foi me ajudar.

Quando chego da escola, ela me abraça muito forte. Às vezes dormimos juntas na mesma cama e brincamos juntas, assim é o amor de irmã!

Sara Venafro Cabral Moreira

2º Lugar Turma 52

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MINHA VIDA

O sonho da minha vida é encontrar uma pessoa que me faça rir que me deixe boa. O sonho da minha vida é encontrar um amor que seja inteligente que nem um professor. O sonho da minha vida é achar alguém parecido comigo que aí eu vou ter o sonho da minha vida: achar alguém que vá comigo até o além.

Maria Eduarda Mandarim de Lacerda Zacarias

3º Lugar Turma 42

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A MINHA IRMÃ NASCEU

Na noite do dia 8/1/2014, uma coisa muito legal aconteceu

que me deixou muito feliz e fiquei muito realizada, pois a minha irmã iria nascer e eu pedi muito mesmo para isso acontecer. Então, meus pais acordaram de madrugada, me chamaram, eu fui me arrumar e pronto. Partimos para o carro, pegamos a minha avó e fomos.

Quando chegamos, eu estava ansiosa para ela nascer e eu queria uma amiga para brincar, uma irmã, uma melhor amiga para mim na verdade! E isso aconteceu.

A minha mãe foi para a sala de parto se preparar. Meu pai vinha falar com a família sobre o que estava acontecendo no parto. Quando via aqueles bebezinhos, eu ficava muito ansiosa para ver a minha irmã e o sonho virou realidade!

Quando eu vi a minha irmã, chorei muito de felicidade, pois isso para mim era um sonho! Ter uma irmã é ter uma melhor amiga para sempre!

Gabriela Otaviano Teixeira Menção Honrosa

Turma 52

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A VIAGEM AO BETO CARRERO Em uma sexta-feira, na véspera do meu aniversário, fui

viajar para o Beto Carrero, em Santa Catarina. Chegamos lá de tarde, mas estávamos cansados para ir a

algum lugar, então só saímos à noite para comer. No dia seguinte, fomos visitar o maravilhoso Beto Carrero.

Era meio longe, mas a viagem valeu a pena. A entrada era enorme! Tinha um castelo colorido e dentro

dele já havia uma pequena atração que fazia parte de um dos shows que eles faziam. Era do Velozes e Furiosos, eu acho. Os carros que estavam lá não eram baratos não, tinha Ferrari, BMW e vários outros.

Quando você saía do castelo, via as atrações e os brinquedos. Na frente ficavam os brinquedos para crianças menores e lá no fundo mesmo, tinham os brinquedos radicais.

Fui primeiro em uma montanha-russa chamada Stair Mountain e depois ao Elevador Mosaico e foi “animal”!

Foi assim que tive os melhores dias, minutos e brinquedos da minha vida!

Sophia Vieira de Oliveira Menção Honrosa

Turma 52

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O LADRÃO DE LIVROS Um velho simples de oitenta e cinco anos, que tinha uma

vida normal de um clássico idoso, usava dentadura e usufruía de muitas “pelancas”. Tinha uma família pequena de três pessoas e um vira-lata.

Ele era o homem mais velho da família, mas os três membros da família morreram antes dele em um acidente de carro.

O idoso, com muita tristeza no coração, ainda tinha seu vira-lata, mas a sua única esperança faleceu sete meses depois do resto da família.

O velho precisava se distrair para não morrer de depressão, então começou a ler.

Ele não tinha dinheiro para comprar livros, porém começou a assaltar bibliotecas.

Logo os policiais descobriram, mas, com pena do idoso, apenas o proibiram de entrar em bibliotecas.

Algum tempo depois o velho morreu de tristeza, pois não tinha mais como se distrair.

Guilherme Quintanilha Marcello

Menção Honrosa Turma 52

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“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que saiba amar.”

Machado de Assis

GRUPO II

6° e 7° anos

“Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos.”

Milton Hatoum

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MEU CADERNO

Quando cheguei pela primeira vez à minha escola nova, ninguém falou comigo direito, pareciam não se importar comigo, era como se eu não estivesse ali. Sentei no canto e comecei a mexer no meu celular. Estava me sentindo péssima. Isso continuou acontecendo por mais duas semanas.

Meus pais estavam pensando em me mudar de escola. Eu me sentia cada vez mais inferior às pessoas da minha turma. A solidão me ensinou a guardar meus sentimentos e problemas comigo, porque ninguém iria se importar mesmo.

Talvez isso estivesse acontecendo, porque eu era aluna nova. Pensei bastante sobre isso e decidi tomar uma atitude. Apesar do medo, eu iria falar com eles.

No dia seguinte, perguntei para eles porque me ignoravam. Falei o quanto isso me fazia mal e perguntei se tinham algo contra mim. Eles me disseram que não e que, na verdade, tinham vergonha de ir falar comigo e me sugeriram que fôssemos amigos e... eu amei a ideia!

Agora tenho muitos amigos, o que é normal para uma garota da minha idade. Aprendi que às vezes coisas boas dão errado para que coisas melhores possam dar certo.

Marianne Cattete Reis de Aguiar

1º Lugar Turma 61

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SAUDADES

Quando se trata de escola, já passa um pequeno filme que retrata todas as histórias que passei. E que ainda vou passar. Quero ter muitas e muitas histórias para contar.

Entretanto, agora irei contar apenas uma parte das histórias pelas quais passei por aqui. Bom, eu sei que um dia, um dia bem breve, eu irei sentir imensa saudade da escola. Sentirei saudades do “falta quanto tempo para o recreio?”, do “alguém me empresta grafite 0.7”!

Sentirei saudades das paqueras. Sim, das paqueras que fazem você se sentir animado e talvez um pouco confuso. Sentirei saudades das pessoas que estão perto de mim todos os dias. E pensar que um dia elas não estarão mais lá para me fazer sorrir.

Também ficarei com saudades de chorar perto de quem eu realmente gosto. Chorar, porque quando você faz isso, você descarrega tudo o que você sente, sabendo que aquela pessoa o entende mais do que ninguém no mundo.

A escola é um lugar tão bom, um lugar em que você, na maioria das vezes, pode “confiar”. E, por incrível que pareça, nunca achei que diria isso na minha vida: sentirei saudades de estudar que nem uma louca para a semana de provas.

Kaylanie Lourenço Gamba

2º Lugar Turma 71

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Rio, 06 de abril de 2017.

Querido Junim, Eu acho que a sua opinião a respeito do futebol feminino é

muito errada. Não é “modinha”, ele sempre existiu. Só que agora a sociedade começou a aceitá-lo. Você está sendo muito machista! Só porque você é homem, você joga melhor? Você acha que o seu pensamento está certo?

As mulheres têm tanto direito de jogar futebol quanto os homens. Assim como eu acho que o futebol misto é uma ótima ideia. As mulheres são iguais aos homens e, em alguns aspectos, são até melhores do que eles.

Eu estou escrevendo esta carta em nome de todas as mulheres que se sentem ofendidas no seu dia a dia pela desigualdade e o machismo. E não é nenhum menininho que deve falar o que nós, mulheres, podemos ou não podemos fazer! E agora eu lhe pergunto, você ainda acha que está certo?

Beijos, Giovana

Giovana de Melo Vasconcellos Dias 3º Lugar

Turma 71

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O CADERNO

Chego à escola faltando um minuto para o sinal tocar. Subo as escadas o mais rápido que posso e, quando eu entro na sala de aula, sento na mesma cadeira de todos os dias. Observo a mesa toda rabiscada com nomes, frases e desenhos.

Começo a pensar nos meus últimos dias que são sempre iguais. Chego atrasada à escola, subo as escadas correndo para não perder mais nenhum minuto da aula. No intervalo, fico no celular jogando ou olhando os minutos passarem e, na saída, sou uma das primeiras da turma a ir embora.

Saio dos meus pensamentos quando ouço o sinal do intervalo. Chego à cantina, que já estava totalmente lotada, e sem prestar atenção por onde eu andava, acabei esbarrando em uma garota que jogou o livro que carregava no chão.

Pego o livro e começo a olhar a capa. Era um livro que eu já tinha lido e que era um dos meus livros preferidos. Pela minha expressão, ela deve ter percebido que eu conhecia o livro. Perguntou se ele era bom. Devolvo o livro e respondo que é um dos melhores. Com isso, começamos a conversar sobre os livros que conhecíamos. Na saída, encontro novamente a garota e saímos da escola falando sobre coisas de que gostávamos de fazer. Penso em como o dia tinha sido diferente e divertido comparando-o com os outros em que só fazia as mesmas coisas.

Bruna Andrade Tourinho de Bittencourt

Menção Honrosa Turma 71

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“Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha. Certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.”

Marina Colasanti

GRUPO III

8° e 9° anos “A arte existe porque a vida não basta.”

Ferreira Gullar

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A MUDANÇA DO AMOR

O que é o amor? O tempo passou, ele mudou, ou melhor, a forma que nós amamos mudou. O amor se tornou algo banal nos tempos atuais, mas não é de propósito, é apenas uma confusão de nossas cabeças entre gostar e amar.

Quando gostamos de alguém, queremos tê-lo por perto, achamos que ele é perfeito e não vemos os seus defeitos, mas quando começamos a vê-los, nos decepcionamos e não estamos mais dispostos a ficar com esse alguém, pois apenas gostamos dele.

Quando amamos uma pessoa, queremos tê-la por toda vida, sabemos que ela não é perfeita, mas o sentimento é tão forte que estamos dispostos a superar qualquer defeito.

O amor é um sentimento maravilhoso, e não precisamos dizer só “eu te amo” para demonstrá-lo, um “bom dia” ao acordar, “bons sonhos” antes de dormir e até um “tô com saudade” podem demonstrar amor.

Quando pensamos em amor, sempre lembramos do romantismo de antigamente, e como seria bom tê-lo nos dias atuais; como seria bom viver uma história de amor digna de um filme de romance em Hollywood; como seria bom viver o verdadeiro amor, o amor que nos faz suspirar de felicidade, o amor que nos faz bem até com um simples e singelo olhar.

Letícia Macedo Ramos de Azevedo da Silva 1º Lugar

Turma 91

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CASAL

Se comparada ao passado, hoje as relações amorosas são bastante distintas, cada casal age de um modo diferente no seu dia a dia. Em alguns casos, apenas o homem trabalha fora, em outros são apenas as mulheres, e ainda existem situações em que os dois casais trabalham fora.

Vários casais são formados por um homem e uma mulher, mas atualmente, devido a maior liberdade que existe, há casais que são formados por dois homens ou duas mulheres.

Nunca, em nenhuma outra época, as mulheres foram tão independentes quanto são hoje, possuindo os mesmos direitos que seus companheiros. O papel do homem e da mulher na sociedade mudou muito, o que, no início, trouxe grandes impactos nas relações amorosas.

Hoje em dia a taxa de divórcios, no primeiro casamento, é muito alta, isso demonstra a maneira leviana como o casamento é tratado na atualidade. Ele não é mais “até que a morte os separe”.

Filhos, algo que pode tanto salvar quanto arruinar relações, porque ter filhos é um dos maiores obstáculos que um casamento pode enfrentar. Para cuidar de uma criança é necessário companheirismo, dedicação e tempo. Este é extremamente precioso, porque os pais têm que acompanhar a vida dos filhos em casa, na escola, em todos os momentos.

Para um casal prosperar é preciso existir o amor, que é muito confundido com outros sentimentos, como paixão e, às vezes, amizade.

Laura Rolinho Pereira da Silva 2º Lugar

Turma 81

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PROBLEMA PÚBLICO

O nome "público" já não faz o mesmo sentido de antes. O público é administrado pelo particular e as empresas privadas visam mais o lucro do que as condições oferecidas. Pagamos serviços e não recebemos, na maioria das vezes, nem o básico.

Em tese, funcionaria uma relação de reciprocidade, pagaríamos tarifas e impostos e receberíamos um serviço de qualidade por aquilo que investimos através dessas taxas. Mas tudo o que recebemos é a superlotação dos ônibus e metrôs, as condições precárias em que os trens e ônibus se encontram, o trânsito confuso que todos os dias perseguem a vida de todos, a má distribuição das rotas, as “ignorâncias” dos despreparados motoristas, entre vários outros problemas fundamentais que temos para desencadear essa situação em que nos encontramos.

Nem tudo está em ruínas, também temos pontos positivos. Recentemente, no estado do Rio de Janeiro, vimos três grandes mudanças no transporte público: os ônibus BRT's numa pista única, que reduz o fluxo de trânsito, a linha 4 do metrô que abrange mais estações, e a aplicação da tecnologia estrangeira do VLT. São mudanças importantes e farão diferença. Será que teremos que esperar outra Olimpíada para termos melhorias na cidade? Temos que fazer greves e manifestações por algo que deveria ser de qualidade por direito?

Transporte, saúde e educação precisam de investimentos. Nós elegemos nossos representantes para o Congresso, pagamos impostos e apenas queremos os nossos direitos preservados.

Alexia Victoria Chaves da Silva 3º Lugar

Turma 91

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“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” Clarice Lispector

GRUPO IV

Pré I, Pré II e Pré III “O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso.”

Bertolt Brecht

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HISTÓRIA DE UMA VIDA MORTA

Ela era uma pessoa, uma mulher única, com suas próprias características. Porém, assim que sucumbiu ao vício passou a ser invisível, ignorada socialmente, apenas mais uma dependente química. Anos de vício alteraram sua aparência e saúde, passou a viver para se drogar e se drogar para viver. A cocaína era sua pior inimiga e sua euforia efêmera que lhe proporcionava uma fuga da realidade.

Marginalizada, abusada, assediada, violentada. Quase sempre era esta a realidade de Kasandra, cercada por crime e violência. Então seria sua a culpa pelo seu atual estado? Ou de seu pai, que a abandonou? Ou de sua mãe, que apenas assistiu à degradação lenta e gradual de sua filha? Talvez não exista mais um culpado, mas os culpados.

Logo foi presa por envolvimento no tráfico e contrabando. Passou a ser um número, uma detenta dentre as muitas que pagavam por seus crimes. Aprendeu as regras do encarceramento, dormia de olhos abertos atenta e com medo. Estava em desvantagem, era uma presa frágil no meio de carnívoros sedentos por sangue.

Assim que se enturmou e aprendeu as leis que regiam a convivência, enxergou uma maneira diferente de adquirir vantagem. Havia muitas dependentes químicas que precisavam nutrir seus desejos. Enxergou um amplo mercado com nenhuma concorrência e passou a alimentar o vício de outras detentas.

Não foi difícil, tinha contatos e descobriu a rota da droga dentro das celas. Adquiriu inimigos e, logo, uma detenta contou aos carcereiros sobre o contrabando. Foi punida, anos foram acrescentados à sua pena. Passou dias, semanas, meses na solitária. Não conseguia contar o tempo, pois o cubículo resumido à sua rotina, não tinha janelas ou qualquer tipo de iluminação natural. Beirou a loucura, pensamentos suicidas se tornaram frequentes.

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Mas o suicídio não foi o fim de Kasandra. Assim que voltou a conviver com as detentas, voltou a ser ninguém. Ela morreu em um dia sem importância de um mês qualquer. Foi apunhalada na barriga por um objeto pontiagudo – uma detenta havia retirado o sopro de vida que havia em seu corpo. Sentiu o sangue escorrer e sua vida se esvair enquanto se contorcia no chão. Morreu solitária, era apenas mais um número, menos uma alma que passou despercebida pela vida e se foi tão rápido quanto surgiu.

Carolina Pessoa Branquinho

1º Lugar Pré III

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UM GRITO PRO MUNDO

Xenofobia, homofobia, racismo, machismo, feminicídio... preconceito. Essas palavras, mesmo que sejam jogadas, são fortes. Fortes para ferir. Fortes para sangrar. Um sangue que nem sempre escorre, uma ferida que não cicatriza. O povo sabe e sabe muito bem que é preciso lutar e mesmo assim se veem perdidos por onde começar. Eles dizem que somos a nova voz; dizem que podemos mudar o mundo, que somos o futuro deles, mas são os primeiros a calarem nossas bocas e moldar o nosso jeito, até ficarmos como eles ou como acham que são. No entanto, nós gritamos e berramos. Nos revoltamos, para que assim possamos mostrar a voz que eles dizem admirar, mas que no fundo só ouvem quando querem. Nós somos muitos, pode não parecer. Somos ligados, conectados, apaixonados. Fazemos de tudo para viver. Nossos exemplos de voz são os jovens dos anos 90. Aqueles que mesmo com medo gritavam o que queriam. Curtição, amor, alegria...

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Igualdade, diversidade, respeito e justiça; somos muito mais que pura folia. Esse é o nosso grito, essa é a nossa cara, o nosso jeito; a nossa história. Nós somos mais do que simples jovens perdidos no mundo. Somos os jovens que querem encontrar um mundo novo.

Barbara Ferreira Gomes de Mello 2º Lugar

Pré III

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A VITÓRIA PORTUGUESA

Calabar contemplava a Lua que pairava no céu, enquanto saboreava seu rum, ainda se perguntando como era possível um homem se passar por outro sem nenhum pingo de suspeitas.

Pouco depois de Olinda e Recife terem sido conquistadas pelos holandeses, D. João IV veio até Calabar com o mais incomum dos pedidos: ir para o lado dos holandeses. “Será decisivo para que os holandeses saiam de nossas terras”, disse D. João IV para Calabar com toda a certeza do mundo. Em alguns anos, essa certeza se mostraria bem pouco equivocada.

Calabar ainda estava perplexo com os eventos que antecederam sua entrada no navio. Não é de se surpreender, já que agora ele estava livre e outra pessoa tomaria seu lugar na execução. Calabar, agora menos agitado, se viu novamente diante de D. João IV, só que, dessa vez, eles estavam em alto mar, navegando para a Itália. O que era bom, pois a última coisa que Brasil ou Portugal precisavam testemunhar era o traidor da coroa portuguesa andando por aí, vivo e com o rei ao seu lado.

Dez anos depois, em uma mansão no litoral da Itália, estava Calabar contemplando a Lua que pairava no céu, enquanto saboreava seu rum, ainda se perguntando como era possível um homem se passar por outro sem nenhum pingo de suspeitas; e como D. João IV sabia que a União Ibérica chegaria ao fim, causando um prejuízo enorme para os holandeses e retirando-os do Brasil como foi planejado. Talvez D. João IV fosse muito mais do que aparentava ser para os outros.

Octavio Lyra Heitor

3º Lugar Pré II

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CONHECIDA POR AÍ COMO FEMINISTA

Século XXI, nossa atual realidade e você ainda quer controlar minha feminilidade? o cabelo tem que estar liso, a menina usa saia, não senta de perna aberta, meia-noite, te quero em casa! Ah, vamos lá, isso tá errado! Você, homem, não pode mandar em mim. Famosa questão do “se eu fiz, foi porque estava a fim” E eu faço o que eu quero, importante lembrar. Mas para tudo isso eles ainda têm desculpa “O brasileira sempre foi machista, bote a culpa na cultura.” A cultura é machista, até se tornar feminista E uma hora se tornará, terão de aceitar. A mulher fica no mercado e na rua, na esquina, na minha e na tua. E se quiser nos encontrar, procure na revolução, pois estaremos todas lá, pelo futuro da nação.

Beatriz Maciel Lages Menção Honrosa

Pré III

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O MENOR DOS PROBLEMAS

Desde pequenos, os irmãos mexicanos Diego e Gerardo Guerra sonham em poder ver um jogo da Copa do Mundo pessoalmente. Quando descobriram que a Copa de 2014 seria realizada no Brasil, os dois irmãos começaram a fazer diversos planos para realizarem seus sonhos. Após meses de planejamento, eles já possuíam o plano perfeito. Mas faltava um detalhe: como convenceriam sua mãe de que essa ideia realmente daria certo? Um dia, os irmãos chamaram a mãe para uma conversa. — Podem falar. O que vocês querem agora? — pergunta Dona Elena, mãe de Diego e Gerardo. — Queremos ir para o Brasil. — E como vocês pretendem fazer isso? — Já temos um plano — começou Gerardo. Bom, primeiro saímos de Monterrey e vamos até Dallas. De lá, vamos para Miami, onde pegaremos um voo até São Paulo, no Brasil. — Vocês estão loucos? De onde vão tirar tanto dinheiro? — perguntou a mãe, já não gostando nada desta ideia dos filhos. — Acalme-se, mãe! — disse Diego continuando. Quando chegarmos a São Paulo, pegaremos mais um voo, esse para Brasília, onde vamos assistir ao jogo da Copa. Sobre o dinheiro, a senhora não precisa se preocupar, nós já estamos juntando há uns anos. — Tudo bem. Mas aonde os dois pretendem passar as noites? — perguntou Dona Elena, preocupada. — Os hotéis em Brasília são muito caros, vamos ficar no aeroporto mesmo. — disse Diego, fazendo sua mãe abrir a boca em espanto. — Vocês realmente são loucos! E as manifestações que estão ocorrendo lá? Vocês vão acabar presos! — disse Dona Elena, já convencida a não permitir essa ideia louca. Mas, ao pensar no grande sonho de seus filhos, decidiu deixá-los fazerem essa loucura. E após uma grande comemoração dos dois, ela perguntou: — Espera, onde vocês pretendem tomar banho? Ah, mãe, esse é o menor dos nossos problemas.

Gabriela Tavares Magalhães Menção Honrosa

Pré I

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OPINIÃO IDEALIZADA

Indo sem rumo, Caminhando no escuro, Será que estou seguro? Vejo um negro passando E as pessoas atravessando, Um garoto da escola pública Brincando com seus amigos na rua E as pessoas julgando sua postura. Um casal gay ao meu lado, O que eles estão fazendo de tão errado? A população passa e olha, Como se eles fossem uma doença contagiosa! Com esse governo golpista, Será que sou capitalista ou comunista? Tenho opinião, mas nem sequer posso Tomar minha própria decisão. Essa sociedade alienada e idealizada. Os jovens cada vez mais egoístas E sem atitudes altruístas. Será que pensamos com a razão ou com o coração? Eis a questão...

Lourdes Maria Bento Campello Menção Honrosa

Pré I

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Agradecimentos

Abelardo Soares

Ana Carolina Nóbrega

André Cruz

Antônio Carlos Tonnesen

Cristina Andrietta

Fernando Impagliazzo

Flávia Macedo

Flavio Casal

Lourdes Fonseca

Ludwig Araujo

Márcia Martins

Neirilane Xavier

Rogério Melo

Produção Gráfica:

Abelardo Neto

Fabio Carvalho

Heloísa Gomes

Luana de Britto Vidal

Sergiana Marques

Multimídia e Plotagens:

Fabio Carvalho

Produção e Impressão:

Fabio Carvalho

Heloísa Gomes

Luana de Britto Vidal

Sergiana Marques

Coordenação:

Ana Carolina Nóbrega

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