livre escolha das escolas

90
Livre escolha das escolas pelos

Upload: helena-mascarenhas

Post on 22-Jul-2016

219 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Ramiro Marques

TRANSCRIPT

Page 1: Livre escolha das escolas

Livre escolha dasescolas pelos

Page 2: Livre escolha das escolas

pais: Uma viapara melhorar a

Page 3: Livre escolha das escolas

qualidade doserviço público

Page 4: Livre escolha das escolas

de educação

Page 5: Livre escolha das escolas

ramiro marques

Published by FastPencil, Inc.

Page 6: Livre escolha das escolas

Copyright © 2010 ramiro marques

Published by FastPencil, Inc.3131 Bascom Ave.Suite 150Campbell CA 95008 USA(408) 540-7571(408) 540-7572 (Fax)[email protected]://www.fastpencil.com

This work is licensed under the Creative Commons Attribution-No Derivative Works 3.0 United States License. To view a copy of thislicense, visit http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/ or send a letter to Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, SanFrancisco, California, 94105, USA.

Page 7: Livre escolha das escolas

The Publisher makes no representations or warranties with respect to the accuracy or completeness of the contents of this book and spe-cifically disclaim any implied warranties of merchantability or fitness for a particular purpose. Neither the publisher nor author shall beliable for any loss of profit or any commercial damages.

First Edition

Page 8: Livre escolha das escolas
Page 9: Livre escolha das escolas

Dedico este ebook aos leitores e comentadores do ProfBlog

Page 10: Livre escolha das escolas
Page 11: Livre escolha das escolas

Contents

CHAPTER 1: Livre escolha das escolas pelos pais 1

Page 12: Livre escolha das escolas
Page 13: Livre escolha das escolas

CHAPTER 1

Livre escolha das escolas pelos pais

Page 14: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar a qualidadedo serviço público de educação

2 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 15: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais 3

Page 16: Livre escolha das escolas

4 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 17: Livre escolha das escolas

Ramiro Marques

2010

Capítulo 1

Livre escolha das escolas pelos pais 5

Page 18: Livre escolha das escolas

As filhas do Presidente Obama, Sasha e Malia, frequentaram sempreescolas privadas. Foi assim enquanto viveram em Chicago. É assim agoraque vivem em Washington DC.

Em Portugal, passa-se o mesmo com os filhos do primeiro-ministro. E osnetos da ministra da educação. E por aí fora.

Gostava de saber se existe algum ministro ou dirigente do PS que tenha osfilhos em escolas públicas.

6 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 19: Livre escolha das escolas

Por que razão as elites políticas não querem para os outros aquilo queguardam para elas?

Se as escolas estatais fossem assim tão boas como dizem, os governantesteriam colocado os filhos nas escolas estatais. O facto de optarem peloensino privado e de impedirem que o comum dos portugueses o faça reveladuas coisas: hipocrisia e insensibilidade.

Livre escolha das escolas pelos pais 7

Page 20: Livre escolha das escolas

Os sistemas educativos da Nova Zelândia, da Suécia, Holanda e Bélgicaprovam que é possível dar liberdade de escolha na educação aos maispobres (os ricos sempre tiveram essa liberdade e exercem-na) semaumentar a despesa pública com a Educação.

Na verdade, a inclusão das escolas privadas na rede pública de educação,seja através das charter schools, cheque-educação ou deduções das despesascom as propinas em sede de IRS, permite poupanças significativas. Asescolas privadas prestam, regra geral, um melhor serviço educativo a ummenor preço.

8 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 21: Livre escolha das escolas

Se o Governo de José Sócrates reduzir ou anular as deduções das despesasde educação no IRS acontecerão duas coisas: aumenta subrepticiamente osimpostos e reduz a já escassa liberdade de escolha das escolas pelas famí-lias. Essa redução atingirá profundamente a classe média. Os ricos contin-uarão a poder inscrever os filhos nas escolas privadas mesmo que nãopossam deduzir as despesas no IRS.

Os socialistas são iguais em todo o lado. Têm em comum duas coisas:receiam a liberdade e olham para as pessoas como se elas não fossemcapazes de tomar decisões racionais. É por isso que reforçam sempre o

Livre escolha das escolas pelos pais 9

Page 22: Livre escolha das escolas

centralismo e o monopólio do Estado na prestações de serviços. Nãoquerem cidadãos livres nem comunidades locais fortes e emancipadas dopoder do Estado e do Governo.

Nos EUA, Obama faz o mesmo: verte lágrimas de crocodilo quando con-frontado com crianças pobres que são impedidas de frequentar as escolasda escolha dos pais e, simultaneamente, corta nas verbas destinadas aosprogramas de apoio às charter schools e às escolas independentes. E insistenas velhas receitas socialistas que falharam em todo o lado onde foram

10 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 23: Livre escolha das escolas

aplicadas: centralização do currículo, aumento da burocracia, metas estandards nacionais.

Livre escolha das escolas pelos pais 11

Page 24: Livre escolha das escolas

12 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 25: Livre escolha das escolas

Capítulo 2

A liberdade de escolha das escolas é um tema que divide. Não é do agradoda maioria dos professores que vêem nela um entrave à igualdade de opor-

Livre escolha das escolas pelos pais 13

Page 26: Livre escolha das escolas

tunidades. Este comentário da Salomé resume bem o que a maioria dosdocentes pensa do assunto:

A liberdade de escolha vai-se traduzir em escolas desiguais. Não sejamosutópicos, a realidade demonstra que os grupos com características comunstêm tendência a agregarem-se. As escolas vão ter de seleccionar os alunos e ocritério será certamente as notas. Vão-se contrapor escolas de excelência comescolas de gueto. Há que fazer uma discussão alargada deste tema para seacautelar enganos que penalizam gerações.

14 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 27: Livre escolha das escolas

Não tenho uma posição fechada sobre a liberdade de escolha. Sei que temdados bons resultados em países como a Nova Zelândia e a Suécia e que atéo Presidente Obama fez dela bandeira impulsionando o movimentodas charter schools.

Os resultados da investigação são inconclusivos. Há resultados que con-firmam as vantagens e outros que apontam desvantagens.

Julgo que a liberdade de escolha das escolas tem vantagens se for feita deforma adequada, isto é, se proteger os interesses dos alunos mais care-

Livre escolha das escolas pelos pais 15

Page 28: Livre escolha das escolas

nciados e se for acompanhada de mecanismos que impeçam as escolas defazerem selecção dos alunos com base no rendimento dos pais.

Vou manter este assunto em aberto ao longo de todo o dia, acrescentandoargumentos a favor e contra e revelando estudos que apontam num enoutro sentido.

16 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 29: Livre escolha das escolas

Capítulo 3

O autêntico Estado Social serve os cidadãos e auto-regenera-se! Em Por-tugal houve uma perversão do Estado Social no domínio da educação,

Livre escolha das escolas pelos pais 17

Page 30: Livre escolha das escolas

responsável pela perpetuação de um sistema educativo sem qualidade egerador de grande injustiça social.

Com efeito, não obstante o sacrifício dos contribuintes e o crescimentosubstancial do orçamento do Ministério da Educação (ME), os resultadosinternacionais espelham a fraca qualidade do ensino em Portugale indicam que o nosso país é um dos países europeus em que o sistema deensino mais reproduz desigualdades sociais, sendo opaís da UniãoEuropeia em que ter um pai licenciado ainda é a melhor garantia de acessoà universidade. Portugal está no grupo dos países “a vermelho” em que, ao

18 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 31: Livre escolha das escolas

lado de uma educação de fraca qualidade, se acentuam as disparidadessociais. As elevadas taxas de abandono escolar precoce e de chumbos con-secutivos envergonhariam qualquer outro país Europeu. Utilizamos as dis-paridades sociais como arma política mas as suas causas não são correcta-mente combatidas.

Como justificar esta dispendiosa e tamanha derrota humana?

No domínio da Educação mantemos um modelo de Estado Social cristali-zado desde o Estado Novo. Assenta num vasto conjunto de escolas geridas

Livre escolha das escolas pelos pais 19

Page 32: Livre escolha das escolas

pelo Estado e na ideia de Estado Educador, que determina imperativa-mente a forma como os alunos têm de aprender na Escola. É o Estado comuma oferta educativa única e gratuita para todos: “eu” pago os custos daeducação nas “minhas” escolas, mas não noutras escolas, mesmo se foremmelhores e mais baratas. Este Estado egocêntrico, entende que a liberdadede escolha dos pais fica cumprida com uma vaga nas “suas” escolas estatais.Isto retira a liberdade de educação aos pobres.

Noutros países Europeus, a vitalidade das sociedades democráticas, asso-ciada ao declinar dos seus resultados educativos, exigiu reformas que alter-

20 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 33: Livre escolha das escolas

aram a forma de intervenção pública na Educação para modelos consentâ-neos com o Direito Fundamental de escolha pelos pais do projecto educa-tivo para os seus filhos. Hoje é assim na Suécia, Holanda, Bélgica e ReinoUnido, só para citar alguns países Europeus.

Nestes países, ao Estado cabe assegurar uma rede de ensino gratuita paratodos e garantir que as escolas estão a prestar um serviço de qualidade.Dessa rede escolar fazem parte escolas estatais e privadas, o que permiteaos cidadãos, ricos ou pobres, escolherem livremente o projecto educativo

Livre escolha das escolas pelos pais 21

Page 34: Livre escolha das escolas

que pretendem para cada um dos seus filhos. Todas estas escolas são classi-ficadas como “públicas” e não podem fazer selecção de alunos!

Dizer que escola pública e escola estatal é a mesma coisa é enganoso einquina o debate sobre o Estado Social logo à partida. Esta redução daescola pública à escola estatal, permite ao ME continuar entretido a gerir as“suas”escolas, consolidando uma estrutura cada vez mais centralizada.Serve de escudo para o Estado, arrogantemente, não prestar contas aoscidadãos. Confunde e frustra os jovens portugueses para quem a escola demodelo único e massificada não é a resposta (jovens estes que, perdendo a

22 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 35: Livre escolha das escolas

oportunidade de um ensino de qualidade, nunca poderão disso ser indem-nizados!). Permite a este Estado Social injusto assombrar o fantasma deque alterar significa a desprotecção dos cidadãos.

Alexandra Pinheiro

Fórum para a Liberdade de Educação – FLE

www.fle.pt

Livre escolha das escolas pelos pais 23

Page 36: Livre escolha das escolas

24 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 37: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais 25

Page 38: Livre escolha das escolas

Capítulo 4

Há factos que não podemos ignorar:

Portugal gasta com a Educação cerca de 5% do PIB: o mesmo que amaioria dos países da OCDE.

26 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 39: Livre escolha das escolas

A taxa de repetência e abandono já foi alta mas agora é baixa: 3,8% no 1ºCEB, 8,4% no 2º CEB e 13,8% no 3º CEB. São taxas que estão em linha comos países do Sul da Europa com quem partilhamos índices e padrões cul-turais, económicos e sociais.

Se o sistema educativo é ineficiente - e é-o claramente - a culpa só pode seratribuída ao carácter totalitário e estatizante do mesmo, já que mais de 80%dos alunos frequentam escolas do Estado e, com excepção das escolasestrangeiras, até as escolas privadas portuguesas são obrigadas a vergarem-se ao experimentalismo doentio do Ministério da Educação, sofrendo as

Livre escolha das escolas pelos pais 27

Page 40: Livre escolha das escolas

pressões da IGE e sendo obrigadas a cumprirem as orientações pedagóg-icas e curriculares que o ME exige às escolas do Estado.

Nas últimas três décadas, as escolas portuguesas viveram sob o domínio deuma sistemática e asfixiante revolução educativa.

Não deve existir país europeu onde o Ministério da Educação exerça umcontrolo mais apertado sobre a vida das escolas do que o nosso país.

28 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 41: Livre escolha das escolas

Sou desfavorável à continuação da sujeição das escolas à revolução educa-tiva permanente e ao centralismo e controlismo do ME.

A solução do problema das escolas portuguesas passa por duas medidasmuito simples: liberdade de escolha das escolas pelos pais e opção deopting out por parte das escolas que tiverem as condições e as possibili-dades para abandonarem o controlo e a dependência do Ministério daEducação.

Livre escolha das escolas pelos pais 29

Page 42: Livre escolha das escolas

No Reino Unido, isso está a acontecer, da mesma forma que já aconteceuna Suécia, na Irlanda, na Austrália e na Nova Zelândia, com as academiasindependentes e as charter schools. E até o ineficiente sistema educativopúblico norte-americano está a ser melhorado à custa do movimento dascharter schools e das academias independentes.

O sistema educativo socialista actual só tem paralelo com o monopólioestatal da televisão existente, em Portugal, até à década de 90 do séculopassado. Mantê-lo por mais tempo seria o mesmo que obrigar os portugu-

30 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 43: Livre escolha das escolas

eses a verem apenas os canais da RTP e a comprarem as mercearias emarmazéns do Estado.

Um aluno da escola estatal custa em média 5 mil euros por ano. A general-ização de um sistema de liberdade de escolha pelos pais custaria muitomenos. A redução dos custos com a gigantesca burocracia que gravita noMinistério da Educação seria suficiente para reduzir o custo por aluno emmais de 10%.

Livre escolha das escolas pelos pais 31

Page 44: Livre escolha das escolas

É claro que a libertação das escolas do jugo asfixiante dos burocratasinsanos que gravitam no ME não verá a luz do dia enquanto o eleitoradocontinuar a dar a sua preferência aos partidos responsáveis pelo estado aque chegámos.

Só a força da realidade - com o esgotamento financeiro do modelo social-ista que criou uma taxa de desemprego de 10,8%, 22% nos jovens, 20% depobres, défice público de 9% e uma dívida pública a crescer 2 milhões deeuros por cada hora que passa - pode conduzir-nos à libertação das escolas

32 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 45: Livre escolha das escolas

do jugo dos burocratas que as asfixiam e impedem de exercer a suamissão.Mas isto não é para fazer de repente. Não sabem como montar um sistemade livre escolha? Estudem o que os suecos fizeram. Contratem um especia-lista sueco na matéria e mandem todo o pessoal das DRE de regresso àsescolas. Pelo caminho, podem seguir o exemplo dos suecos que reduziramo Ministério da Educação a uma mera e insignificante Agência Nacionalpara a Educação com escassos poderes de interferência directa nas escolas.

Livre escolha das escolas pelos pais 33

Page 46: Livre escolha das escolas

Isso vai acontecer mas demorará o seu tempo. Até lá, é preciso cair maisfundo e ir mais longe no processo de degradação em curso.

Capítulo 5

Eu sei que é mais fácil fazer passar um camelo pelo buraco de uma agulhado que encontrar um professor que vote no PSD ou no CDS. Faço for-mação de professores há mais de 25 anos e sou professor há 36 anos. Sei o

34 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 47: Livre escolha das escolas

suficiente para concluir que a esmagadora maioria dos professores votasempre à esquerda: PS, BE e PCP, por esta ordem.

Há razões que explicam esta tendência. Mais de 90% dos professores por-tugueses exercem a actividade em escolas estatais e receiam profunda-mente que a liberdade de escolha na educação - a proposta que mais clara-mente distingue a direita da esquerda em matéria de educação - torne osvínculos laborais mais precários. É um medo infundado. É a recusa daesquerda em mudar o Estado Social (ista) que aumenta a precariedade e odesemprego docente e não o contrário.

Livre escolha das escolas pelos pais 35

Page 48: Livre escolha das escolas

Há mais de três décadas que a esquerda gramsciana ocupa a maior partedas cátedras e influência nas áreas das ciências sociais e da educação. Essahegemonia deixou marcas profundas na actual geração de professores.

A esquerda portuguesa é avessa à mudança e apresenta-se como a grandedefensora do status quo. Há muitos professores que receiam pelas conse-quências negativas de uma mudança sistémica na forma como as escolassão geridas e financiadas. Por cautela e medo, encostam-se à protecção quea esquerda amiga do status quo lhes finge dar. O corte recente nos salárioscaiu como uma forte martelada em cima da cabeça dos professores de

36 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 49: Livre escolha das escolas

esquerda. Os outros estavam à espera disso e não ficaram surpreendidos.Sabem até que novos cortes vão ocorrer em breve se o Estado Social (ista)não for reformado.

Ainda é chique ser de esquerda. No espaço mediático hegemónico, nassalas de professores e nos ambientes onde os professores se movem, ser dedireita é visto como sinónimo de ignorância. Por vezes até de falta dealtruísmo porque a esquerda guarda para ela o monopólio da solidariedadee da justiça social. As vozes discordantes do discurso hegemónico daesquerda são silenciadas de duas maneiras: através da autocensura para

Livre escolha das escolas pelos pais 37

Page 50: Livre escolha das escolas

evitar problemas e litigância e pelo recurso à calúnia e ao insulto sobre osadversários que ousam quebrar o silêncio.

Capítulo 6

Basta olhar para a História sem preconceitos: o socialismo é o caminhopara a servidão, o despotismo e a pobreza. E ainda há quem queira solu-

38 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 51: Livre escolha das escolas

cionar os problemas causados pelo socialismo com mais socialismo. Ou écegueira ou insensibilidade.

Os problemas causados pelo socialismo resolvem-se com mais liberdade.Por exemplo, a liberdade das famílias escolherem as escolas para os seusfilhos sem estarem sujeitas ao diktat de meia dúzia de burocratas nãoeleitos que reservam para eles o poder de decidirem o destino dos outros.

Livre escolha das escolas pelos pais 39

Page 52: Livre escolha das escolas

40 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 53: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais 41

Page 54: Livre escolha das escolas

Capítulo 7

Sem pormos fim ao monopólio estatal sobre as escolas não há forma demelhorar a qualidade de ensino. Não são as mudanças curriculares nem aformação de professores que podem inverter o caminho do declínio. Tãopouco é uma questão de aumentar a despesa na Educação. Os governos das

42 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 55: Livre escolha das escolas

duas últimas décadas mexeram nessas variáveis e os resultados não apare-ceram.

As reformas educativas na Suécia e na Nova Zelândia mostram que ocaminho mais rápido e eficaz para melhorar a qualidade do ensino tem umnome: liberdade.

Há duas maneiras de pôr fim à mãe de todos os problemas, o monopólioestatal sobre as escolas:

Livre escolha das escolas pelos pais 43

Page 56: Livre escolha das escolas

A Suécia escolheu o caminho das mudanças graduais, feitas ao longo deuma década, com ajustamentos progressivos que permitiram criar escolasindependentes financiadas pelo Estado, liberdade de escolha das escolaspelas famílias, descentralização curricular, pedagógica e administrativa eredução da interferência das autoridades educativas centrais na vida dasescolas.

A Nova Zelândia fez tudo de uma só vez. No dia 1 de Outubro de 1989, oGoverno da Nova Zelândia extinguiu todas as estruturas do Ministério daEducação e encerrou as autoridades educativas regionais e locais.

44 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 57: Livre escolha das escolas

Num caso e noutro, o sistema centralizado, burocrático e padronizado deulugar à completa autonomia curricular, pedagógica e administrativa dasescolas e à liberdade de escolha das escolas pelas famílias.

Em posts anteriores defendi a primeira opção: reajustamentos progressivosem ordem a pôr fim à interferência do ME na vida das escolas. Estou cadavez mais convencido de que a segunda opção é a única que resulta nonosso país dada a enorme capacidade de adaptação que a elite burocrática,que gravita em torno do ME, possui.

Livre escolha das escolas pelos pais 45

Page 58: Livre escolha das escolas

A opção por uma reforma educativa à maneira da Nova Zelândia, a serassumida pelos dois partidos à direita do PS, poderia:

Garantir o apoio político das famílias, fartas de terem de obedecer ao diktatdos burocratas em matérias que condicionam o futuro dos filhos, e dosprofessores avessos à burocracia, à educação faz-de-conta e ao show offinstalado na maioria das escolas.

Se o PSD e o CDS se entenderem em torno de uma reforma educativasemelhante à que foi feita na Nova Zelândia ganharão votos dos profes-

46 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 59: Livre escolha das escolas

sores que querem ensinar e das famílias que pretendem adquirir o poderde escolherem a melhor educação para os filhos, e terão a possibilidade demelhorar a qualidade do ensino sem que para tal seja necessário lançarmais dinheiro que não temos para cima das escolas.

Voltarei a este assunto em próximos posts porque a reconfiguração do sis-tema público de educação passa por aqui.

Livre escolha das escolas pelos pais 47

Page 60: Livre escolha das escolas

Não é um tema popular entre os professores mas eu não edito este bloguepara ser popular. Edito-o porque é um instrumento para reflectir sem pre-conceitos sobre a educação.

48 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 61: Livre escolha das escolas

Capítulo 8

Livre escolha das escolas pelos pais 49

Page 62: Livre escolha das escolas

Eu sei que a defesa da liberdade de escolha das escolas é uma tese impop-ular entre os professores. Sucede que eu não alimento este blogue com oobjectivo primeiro de ser popular. Saúdo a inclusão desta questão no dis-curso político da oposição pela voz de Passos Coelho. Até agora, apenas oCDS advogava, de forma tímida, a liberdade de escolha. O PSD foi sempreum irmão gémeo do PS em matéria de Educação, repartindo ambos asresponsabilidades pelo estado em que se encontram as escolas públicas.Vai deixar de ser? Não sei. É preciso esperar para ver.

Conheço vários países onde a liberdade de escolha das escolas é uma reali-dade aceite e que não oferece grande contestação. É o caso dos EUA, onde

50 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 63: Livre escolha das escolas

vivi e que visitei uma dezena de vezes nos últimos vinte e cinco anos. É ocaso da Irlanda, da Inglaterra (em certa medida), da Holanda e da Suécia.As charter schools são um evidente caso de sucesso. Boston, Nova Iorque,Chicago e muitas outras cidades dos EUA estão cheias delas. O que é queos professores e os alunos ganharam? Melhores ambientes de aprendi-zagem, mais tranquilidade nas salas de aula, mais respeito e espaços maisseguros.

A Suécia, outrora um país socialista, foi o país que mais longe levou o con-ceito de livre escolha. Mas há outros países noutras partes do Globo que

Livre escolha das escolas pelos pais 51

Page 64: Livre escolha das escolas

também concretizaram o conceito: Austrália e Nova Zelândia, porexemplo.

Com excepção dos estudos conduzidos ou financiados por investigadores ecentros de investigação marxistas, quase todos os outros estudos concluempela existência de ganhos na aprendizagem dos alunos. É verdade que hámuitos estudos a provar a inexistência de ganhos significativos. Mas isso éassim porque a maior parte dos investigadores e centros de investigaçãoem Educação adoptam uma perspectiva marxista na análise do fenómeno.Há um preconceito ideológico de base que contamina, em muitos casos, osresultados.

52 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 65: Livre escolha das escolas

Há duas formas de levar à prática a livre escolha das escolas: uma boa eoutra errada. A primeira inclui o exercício da actividade reguladora inde-pendente com o objectivo de assegurar que as escolas que beneficiam dosprogramas de livre escolha não utilizam o critério “rendimentos famili-ares” como método de selecção dos candidatos. A segunda - errada - é adesregulação total.

O que acontece na Suécia, onde nos últimos anos foram criadas cerca demil novas escolas ao abrigo do programa de livre escolha, insere-se no pri-meiro caso. Espero que seja essa a opção de Passos Coelho. Não é precisoinventar nada. Aplique-se, em Portugal, com as necessárias adaptações, o

Livre escolha das escolas pelos pais 53

Page 66: Livre escolha das escolas

modelo sueco. Que é aliás o modelo que o Partido Conser-vador defende para a Inglaterra e o País de Gales.

Os professores não têm de recear a aplicação do modelo sueco de liberdadede escolha das escolas. Mantêm o estatuto de funcionários públicos e con-servam o estatuto da carreira docente. O que podem esperar de diferentediz respeito ao clima de escola e ao código de conduta dos alunos. Numcaso e noutro, só podem esperar melhorias. E podem esperar também pelofim da impunidade dos alunos violentos. Esses alunos excluem-se do pro-grama de livre escolha das escolas. Na Inglaterra e País de Gales, há escolasde retaguarda, com programas específicos, para acolher esses alunos.

54 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 67: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais 55

Page 68: Livre escolha das escolas

56 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 69: Livre escolha das escolas

Capítulo 9

Não há nada que as escolas públicas mais precisem do que um Ministérioda Educação menos interveniente. Menos regulamentador. A maior partedo tempo e das energias dos directores e adjuntos é desperdiçado a prestarcontas aos vários organismos do ME: DRE, DGRHE, IGE, equipas deapoio às escolas.

Livre escolha das escolas pelos pais 57

Page 70: Livre escolha das escolas

As regras do jogo mudam a toda a hora. As escolas estão sujeitas à vor-agem de um experimentalismo desmedido.

Imaginem o que seria uma empresa cujos gestores em vez de dedicarem otempo e energia a servir os clientes, passavam o tempo a prestar contas aosaccionistas. Uma empresa assim teria pouco tempo de vida.

Só há uma forma de melhorar a educação pública em Portugal. E essaforma não passa por equipá-las com os recursos mais modernos do mer-cado. Passa por dar mais autonomia às escolas com a consequente criação

58 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 71: Livre escolha das escolas

de um mecanismo de prestações de contas baseado em dois instrumentossimples: resultados dos exames nacionais e liberdade de escolha das escolaspelos pais.

Num caso e noutro é retirar o poder aos burocratas e entregá-lo aos direc-tores, professores e pais. É fazer exactamente o contrário do que o Governofaz.

Livre escolha das escolas pelos pais 59

Page 72: Livre escolha das escolas

60 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 73: Livre escolha das escolas

Capítulo 10

Estes números dão que pensar. As escolas privadas apresentam melhoresindicadores do que as escolas públicas em todos os factores. Os dados vêmno Relatório do INE “50 anos de estatísticas de Educação”. É certo que háuma variável de peso que explica uma parte destes resultados: os alunosque frequentam as escolas privadas são oriundos de famílias com rendi-

Livre escolha das escolas pelos pais 61

Page 74: Livre escolha das escolas

mentos mais elevados do que os alunos que frequentam as escolas públicas.Mas essa variável não explica tudo. Se isolarmos a variável “rendimentodas famílias”, veremos que os alunos de baixos rendimentos que fre-quentam escolas privadas têm melhores resultados do que os alunos debaixos rendimentos que frequentam escolas públicas.

Estes dados não me levam, no entanto, a defender a privatização dasescolas públicas. O Estado deve continuar a ter uma presença forte na áreada educação, mas deve caminhar para dar às famílias dos alunos liberdadede escolha entre as escolas públicas. E isso quer dizer que as escolas púb-licas que não prestam devem ser encerradas.

62 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 75: Livre escolha das escolas

Uma presença forte do estado na Educação é uma garantia de igualdade deoportunidades. Mas essa presença forte do estado na área da Educação sópromove a igualdade de oportunidades se as escolas públicas forem bemgeridas, a burocracia reduzida, o clima de respeito e responsabilidade res-taurado, os docentes dotados de autoridade nas salas de aula e as funçõesnão lectivas dos docentes reduzidas ao mínimo.

Estou em crer que a melhoria dos resultados das escolas privadas, peseembora essas escolas terem mais alunos por turma que as escolas públicas,resulta, fundamentalmente, do clima escolar. As escolas privadas podemescolher os alunos e têm poder para se verem livres dos que revelam com-

Livre escolha das escolas pelos pais 63

Page 76: Livre escolha das escolas

portamentos violentos. As escolas públicas não têm meios para impedirque um grupo de arrauceiros impeça os restantes de aprenderem.

É o ensino privado que faz subir as taxas de transição e conclusão nosensinos básicos e secundários. No privado, entre os dois anos analisados, ataxa para o básico sobe de 93 para 97 por cento. No secundário, a evolução éde 73 para 89 por cento. No público, a taxa sobe de 86 para 92 por cento nobásico e de 66 para 78 por cento no secundário. Relativamente às taxas de retenção, o privado também fica melhor noretrato dos 12 anos analisados. No básico a taxa desceu de sete para 3,5 por

64 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 77: Livre escolha das escolas

cento no básico; e de 27 para 11 por cento no secundário. Comparando como público, a taxa de retenção no secundário é de 22,3, em 2007/2008. Verificou-se uma “evolução positiva” no rácio professor/aluno no ensinopúblico, atingindo valores de 15,1 e 14,1 no pré-escolar e no 1.º ciclo respecti-vamente. No secundário, há 7,7 alunos por docente. Há 50 anos esses valoreseram de 29, 34 e 19 alunos para o pré-escolar, 1.º ciclo e secundário, respecti-vamente. No privado, um educador de infância tem em média 17 crianças,igual número para o 1.º ciclo e no secundário o rácio é de 18,6. Fonte: Púb-lico 21/1/22010

Livre escolha das escolas pelos pais 65

Page 78: Livre escolha das escolas

Faço a mim próprio a seguinte pergunta: se tivesse um filho em idadeescolar, colocava-o numa escola pública? Resposta: não. Procurava colocá-lo numa escola privada de elevada qualidade. E porquê? Porque o ambi-ente/clima das escolas públicas tem piorado muito nos últimos anos. E é adeterioração do clima das escolas públicas que explica os fracos resultadosapesar dos investimentos em recursos físicos e humanos. Podem forrar asescolas de públicas de mármore, computadores e quadros digitais.Enquanto não libertarem os professores das funções burocráticas eenquanto não melhorarem o clima das escolas, impedindo os arruaceirosde agirem com impunidade, a qualidade do ensino só vai piorar.

66 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 79: Livre escolha das escolas

Livre escolha das escolas pelos pais 67

Page 80: Livre escolha das escolas

Bibliografia

UCHMANN, Claudia e HANNUM, Emily. (2001), “Education and Strati-fication in Developing Countries: A Review of Theories andResearch”. Annual Review of Sociology, vol. 27, pp. 77-102. [ Links ]

68 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 81: Livre escolha das escolas

CALDEIRA, Teresa. (1997), “Enclaves Fortificados: A Nova SegregaçãoUrbana”. Novos Estudos Cebrap, nº 47, pp. 155-176. [ Links ]

CANDAU, Vera. (1999), Escola e Violência. Rio de Janeiro, DP&A Editora. [ Links ]

CARVALHO, Cynthia Paes de. (2004), Entre as Promessas Escolares e osDesafios da Reprodução Social - Famílias de Camadas Médias do EnsinoFundamental à Universidade. Tese de doutorado em Educação Brasileira.Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, PUC-Rio. [ Links ]

Livre escolha das escolas pelos pais 69

Page 82: Livre escolha das escolas

CAZELLI, Sibele. (2005), Ciência, Cultura, Museus, Jovens e Escolas:Quais as Relações? Tese de doutorado em Educação Brasileira. Rio deJaneiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, PUC-Rio. [ Links ]

FRANCO, Creso, BROOKE, Nigel e ALVES, Fátima. (2008), “Estudo Lon-gitudinal sobre Qualidade e Equidade no Ensino Fundamental Brasileiro(GERES 2005)”. Ensaio. Avaliação e Políticas Públicas em Educação, vol.16, nº 61, pp. 625-638. [ Links ]

70 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 83: Livre escolha das escolas

GAMORAN, Adam. (1996), “Do Magnet Schools Boost Achieve-ment?”. Educational Leadership, vol. 54, nº 2, October, pp. 42-46. [ Links ]

GUIMARÃES, Maria Eloísa. (1995), Escola, Galeras e Narcotráfico. Tesede doutorado em Educação Brasileira. Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, PUC-Rio. [ Links ]

LEE, Valerie E. (1993), “Educational Choice: The Stratifying Effects ofSelecting Schools and Courses”.Educational Policy, vol. 7, nº 2, pp.125-148. [ Links ]

Livre escolha das escolas pelos pais 71

Page 84: Livre escolha das escolas

LIN, Nan. (2001), Social Capital. A Theory of Social Structure and Action.Cambridge, Cambridge University Press. [ Links ]

LUCAS, Samuel R. (2001), “Effectively Maintained Inequality: EducationTransitions, Track Mobility, and Social Background Effects”. AmericanJournal of Sociology, vol. 106, nº 6, pp. 1642-1690. [ Links ]

MACHADO SOARES, Tufi. (2005), “Modelo de Três Níveis Hierárquicospara a Proficiência dos Alunos de 4ª Série Avaliados no Teste de LínguaPortuguesa do SIMAVE/PROEB-2002”. Revista Brasileira de Educação, nº29, pp. 73-87. [ Links ]

72 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 85: Livre escolha das escolas

NOGUEIRA, Maria Alice. (1998), “A Escolha do Estabelecimento deEnsino pelas Famílias: A Ação Discreta da Riqueza Cultural”. Revista Bra-sileira de Educação, nº 7, pp. 42-56. [ Links ]

ORTIGÃO, Maria Isabel R. (2005), Currículo de Matemática e Desigual-dades Educacionais. Tese de Doutorado em Educação Brasileira. Rio deJaneiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, PUC-Rio. [ Links ]

Livre escolha das escolas pelos pais 73

Page 86: Livre escolha das escolas

PAIM, Iracema de Macedo. (1997), As Representações e a Prática da Vio-lência no Espaço Escolar. Dissertação de Mestrado em Educação. Niterói,Universidade Federal Fluminense. [ Links ]

RAFTERY, Adrian e HOUT, Michael. (1993), “Maximally MaintainedInequality: Expansion, Reform and Opportunity in Irish Education,1921-1975”. Sociology of Education, vol. 66, nº 1, pp. 41-62. [ Links ]

REIS, Fábio Wanderley. (2000), Mercado e Utopia: Teoria Política e Socie-dade Brasileira. São Paulo, Edusp. [ Links ]

74 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 87: Livre escolha das escolas

RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz. (1996), “Rio de Janeiro: Exemplo deMetrópole Fragmentada e Sem Rumo?”. Novos Estudos Cebrap, nº 45, pp.128-137. [ Links ]

______ e LAGO, Luciana Corrêa do. (2000), “O Espaço Social das GrandesMetrópoles Brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Hori-zonte”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, nº 3, pp.111-129. [ Links ]

ROMANELLI, Geraldo. (1995), Projetos de Escolarização dos Filhos eEstilos de Vida das Famílias das Camadas Médias. Trabalho apresentado

Livre escolha das escolas pelos pais 75

Page 88: Livre escolha das escolas

na 18ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pes-quisa em Educação - ANPEd, Caxambu, MG, outubro. [ Links ]

SILVA, Nelson do Valle. (2003), “Expansão Escolar e Estratificação Educa-cional no Brasil”, in C. Hasenbalg e N. do V. Silva (orgs.), Origens e Des-tinos: Desigualdades Sociais ao Longo da Vida. Rio de Janeiro, Topbooks. [ Links ]

______ e HASENBALG, Carlos. (2002), “Recursos Familiares e TransiçõesEducacionais”. Cadernos de Saúde Pública, vol. 18, supl., pp. S67-S76. [ Links ]

76 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação

Page 89: Livre escolha das escolas

______ e SOUZA, Alberto M. (1986), “Um Modelo para a Análise daEstratificação Educacional no Brasil”. Cadernos de Pesquisa, FundaçãoCarlos Chagas, nº 58, pp. 40-58. [ Links ]

SMREKAR, Claire e GOLDRING, Ellen B. (1999). “School Choice inUrban America: Magnet Schools and the Pursuit of Equity”. Critical Issuesin Educational Leadership Series. Chicago, Spencer Foundation, 150 pp. [ Links ]

Livre escolha das escolas pelos pais 77

Page 90: Livre escolha das escolas

1

78 Livre escolha das escolas pelos pais: Uma via para melhorar aqual idade do serviço públ ico de educação