literare · 2021. 2. 11. · e parágrafos do código penal), com pena de prisão e multa, busca e...
TRANSCRIPT
Literare Edição Janeiro 2021
NOTA: Dado o caráter interdisciplinar desta Antologia, os textos publicados respeitam as normas e técnicas bibliográficas utilizadas por cada autor. A responsabilidade pelo conteúdo dos textos desta obra é dos res-pectivos autores e autoras, isentando os Organizadores e a Editora com as ideias publicadas. © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total
ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por siste-
mas gráficos. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184
e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e
apreensão e indenizações diversas (art. 101 a 110 da Lei 9.610, de
19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
Literare Edição Janeiro 2021
1ª. Edição
Clube da Literatura
2021
Copyright © Clube da Literatura 2021
Todos os direitos reservados
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio
ou processo, especialmente por sistemas gráficos. A viola-ção dos direitos é punível como crime (art. 184 e parágrafos
do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e
apreensão e indenizações diversas (art. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
Capa, Projeto Gráfico e Editoração
Editora IGM
Impressão
Gráfica Parceira
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Literare – Edição Janeiro 2021. / Clube da Literatu-
ra. – Goiânia, GO: Editora IGM, 2021. 1ª Edição.
100 p. : il. ; 21 cm
ISBN: 978-65-87038-34-6
1. Literatura Brasileira - Coletânea. 2. Poesia I. Título.
CDU: B869-1
Índice para catálogo sistemático:
Poesias brasileiras – Literatura B869.1
Literatura brasileira – Coletânea B869.8
© 2021
Proibida a reprodução total ou parcial nos termos da lei.
Impresso no Brasil.
Sumário
E DEPOIS... .................................................................................... 11
AGOSTINHA MONTEIRO
CAPITÃO DO MATO ..................................................................... 12
ALIVAN FREITAS LIMA
CORRER COM O VENTO ........................................................... 13
ANA CAROLINE SOARES GOMES
CONTIGO ......................................................................................... 14
ANA MENDES
RELEMBRAR .................................................................................. 15
ANDRÉ SOSKA
MEGAFONE DA DOR ................................................................... 16
ANGELI ROSE
QUEM SOU EU ............................................................................... 17
ANTHONY PORTES
LAMÚRIAS DE UM CONDENADO ............................................ 18
ANTONIO ARCHANGELO
PORTO DO CAIS ........................................................................... 19
ARTTON RODRIGUES
A ÁRVORE DO MACAMBO ........................................................ 21
BENES (MEKÜRANA)
AMÁLIA ............................................................................................ 24
BRUNNO VIANNA DE ANDRADE
LIVRA-ME ....................................................................................... 25
CARLOS GARCIA
LIVRO ABANDONADO ................................................................. 26
CESAR L. THEIS
MEUS SONHOS ............................................................................. 27
DEANNA PIMENTA DE CARVALHO
MUDAR E ALCANÇAR ................................................................. 28
DELAINE SANTOS
PEQUENA NO TAMANHO, GRANDE NO VALOR ................ 29
DJANE DE SOUSA BARROS
TRANSIÇÕES ................................................................................. 30
ERINALDO SILVA OLIVEIRA
GAVETAS ........................................................................................ 31
GABRIELA BARROSO
PASTOREIO .................................................................................... 32
GLAUCIO OLIVEIRA
LONE WOLF (LOBO SOLITÁRIO) ............................................ 33
GUSTAVO SOUZA
AURORA .......................................................................................... 34
KEILA CAMILA DA SILVA
OLHOS ABERTOS AO MUNDO ................................................. 35
LAUANDA MEIRIELLE DOS SANTOS
LITERATURA E ANTOLOGIAS BRASIL ................................. 36
LIZANDRO BARBOZA DA SILVA
A VIDA RIBEIRINHA ................................................................... 37
LUIZ TOMAZ
INFLAÇÃO ....................................................................................... 39
MADSON COSTA
A SEARA DOS SEM CABEÇA .................................................... 40
MAGNUS LANGBECKER
FILÓSOFO-ANJO BOM!!! ........................................................... 41
MARCOS PEREIRA DOS SANTOS
NO TEU AMOR............................................................................... 42
MARIA LIMA
ORAÇÃO DO SÃO FRANCISCO ................................................ 43
MARLI PIVA MONTEIRO
PERSISTÊNCIA ............................................................................. 45
MIKAEL MANSUR-MARTINELLI
E SÓ .................................................................................................. 46
NATY BRASIL
A LUZ MISTERIOSA ..................................................................... 47
NEUBA MARIA DA SILVA
COMO SERÁ O AMANHÃ: PÓS PANDEMIA ......................... 50
NEUZA DE OLIVEIRA MARSICANO
O RIO CAMATIÃ............................................................................ 51
NILS KUSTEMBERG DE SEBASTIÃO PEREIRA
É JANEIRO, BEM ME QUER... ................................................. 52
ODY DMITRI CHURKIN
ÁGUAS DO RIBEIRÃO ................................................................. 53
PATRÍCIA VIEIRA SANTOS
MUSEU DO EU ............................................................................... 55
PAULA LIMA
MAESTRO ....................................................................................... 56
PIETRO COSTA
O SOL ............................................................................................... 57
RONILSON DE SOUSA LOPES
SONETO DE PAIXÃO ................................................................... 58
SALETINHA
A NATUREZA NÃO ESCONDE SUA BELEZA........................ 59
SÉRGIO CAMPOS
É DA EQUIDADE QUE PRECISAMOS .................................... 61
SISSA MOROSO
GRATIDÃO ...................................................................................... 66
TAUÃ LIMA VERDAN RANGEL
FUTURO SEM PRESENTE ......................................................... 71
VERÔNICA CÔCO
MEMÓRIAS E IDEIAS DO “EU” PÓSTUMO ......................... 73
VITOR SERGIO
SOBRE OS(AS) AUTORES(AS) ................................................... 75
Literare – Edição Janeiro 2021
11
E depois...
Agostinha Monteiro
De repente tudo mudou…
Mudou o tempo que nos orienta
Mudou o mundo que nos sustenta
Mudou a vida que nos acalenta
Mas não mudou o amor
Que define o que somos.
E depois? Que nos espera?
Que vontade governará a terra?
Que desejos por cumprir?
Que sonhos hão de vir?
Pois tudo tem o seu devir,
Mas só nós o podemos sentir.
No fim, vencerá a esperança
Que é a força que tudo alcança
Onde impera a bonança!
Antologia - Clube da Literatura
12
Capitão do mato
Alivan Freitas Lima
A mando da casa grande, matou, caçou, buscou pela
mata afora os escravos fugindo!
Capacho, a mando de seus senhores, caçou e matou,
amarrou, arrastou e judiou...
Miseráveis, perversos, sanguinários...
O bel prazer está na dó do outro, os gritos e as dores
alimentam a alma satânica desses desgraçados...
Vai caçar tua laia, maldito, deixa nossos irmãos em paz!
Sai a procura do teu destino que é o abismo, a escuridão...
Sai de minha direção, me caçou a vida toda, mas so-
brevivi, portanto, não mexe comigo não! Se me enfren-
tar não vou me esconder, me calar nem me abster...
Te jogo no chão, se for preciso sambo na tua cara,
sapateio na tua cara, te piso e te amasso. Afinal, lixo
a gente pisa!
Literare – Edição Janeiro 2021
13
Correr com o vento
Ana Caroline Soares Gomes
clareira extensa
céu aberto
o cheiro dele na brisa
e ela corre com o vento
e o encontra no abraço
no frescor da mata
macias as folhas secas ao chão
deitaram-se e o vento passava acima
as copas das árvores dançavam
o tempo escoa nas areias
ele a leva pela mão
sentaram-se no jardim
e viram pássaros voarem
ovelha calma a pastar
o olhar dele repousa no dela
o sol parte devagar
e a primeira estrela surge
o vento descongela a cena
a noite chega de mansinho
e é hora de acordar do sonho...
Antologia - Clube da Literatura
14
Contigo
Ana Mendes
Se abrir meu coração...
Encontrarei palavras doces e solteiras
Momentos virgens, de muita emoção
Paraísos soltos e floridas ladeiras
Margens de rios de paixão
Mares de amor e carícias companheiras
Se encostares a tua alma ao meu coração
Sentirás notas suaves como núvens
Ouvirás sons melodiosos que voarão
De sonhos jovens e de carinho
Cobrirão o teu de paixão
Arrepios de saudade nova
Abraçados a uma folha de pergaminho
Versejando no teu ouvido
Harmonias, músicas celestes que baixarão sobre ti
Brisas abrirão novo caminho
Envolvendo nossos corpos em cetim
Cabelos soltando perfume de rosas frescas
Véus de organza arco-íris em mim
Janelas escancaradas e altas
Deixarão nossos corpos e almas assim
esvoaçarem para lá do horizonte
sobre ondas de amor que nos levarão livres
Para lá do Sol poente...
Literare – Edição Janeiro 2021
15
Relembrar
André Soska
Você reclama, diz que só acontece com você
Se indigna, pensa que nada de bom pode acontecer
Porém, quem disse que já não aconteceu?
Não percebe quanta coisa Deus te concedeu?
Ele te deu o dom da vida, você precisa aproveitar
Agradeça hoje mesmo por poder respirar
Reclamar é fácil, difícil é perceber
O lado bom quando algo ruim acabou de ocorrer.
Quando acontecer pare, pelo menos, por um minuto e
tente notar
Tudo de bom que você já conquistou, só é preciso re-
cordar
Quando algo ruim acontece parece que todo o resto
deixa de fazer sentido
Nessas horas é preciso relembrar, sem esquecer de
que Ele está sempre contigo.
Antologia - Clube da Literatura
16
Megafone da dor
Angeli Rose
Não quero ser prisioneira
de meu gênero ou raça
Mas sou mulher parda
Tampouco de minha melhor idade
Mas sou do “grupo de risco”
As algemas da memória
São os elos das palavras
E nada pode me libertar
A não ser a vida
Mais do que existir
O perigo é grande e incontinente
Estamos ameaçados
Há leis, regras sociais
silenciosos homens
Se minha negritude ora embranquece
ora turva
É porque a razão oscila
E a História arrefece
Grito a desigualdade
E o insensível sem piedade
me encara e condena
Subtraído da experiência na pele
Diferente ou não
Sem medir o quão resiste ainda
Mais um sonho perdido, meu quinhão
Literare – Edição Janeiro 2021
17
Quem sou eu
Anthony Portes
Quando me vem seu rosto
meus dentes doem
meu estomago ânsia
e minhas pernas inquietas adormecem
-
eu iludo minha mente com músicas
e elas me lembram você
eu imundo minha alma de álcool e angustias
e elas me lembram nossas noites.
-
quem sou eu, longe das coisas que criei
quem sou eu, esquecendo do que me fez estar aqui
quem sou eu, partindo e rodando pela sua sala
-
as cores pintadas dentro do meu olho
refletem suas atitudes que mataram minha vontade
mas não meu amor.
Antologia - Clube da Literatura
18
Lamúrias de um condenado
Antonio Archangelo
Vivo silenciosamente com receio,
do arrebatamento da última fibra de seu corpo.
Agoniado, soterro esses conceitos,
como aquele que finge amor e dor.
O desânimo atinge meu peito,
nas manhãs que saboreio: a perda,
mesmo que ela não rejuvenesça,
receio, com dor, a sua partida.
Ao seu lado, silenciosamente,
como um condenado respiro aliviado,
mas incapaz, que sou, paralisado,
de agradecer, ó Senhor, de estar ao seu lado.
E mesmo na escuridão,
com parcos recursos,
na imundice da minh'alma:
Minha fortaleza!
E no dia, quem sabe, a morte finalmente recaía,
e a solidão incomensurável me condene,
que te encontre nos meus sonhos: para sempre!
Literare – Edição Janeiro 2021
19
Porto do Cais
Artton Rodrigues
— Não! Ao amor! Nem ao porto do cais! Não! Não
e não! Você ama a você mesmo apenas! — O amor é
assim mesmo consigo mesmo, no entanto é sinônimo
dos fracos os fortes se humanizam-se; deste fragiliza-
do sentimento aqui em fração de segundos atrás! —
No porto do cais, aos caos do amor nu porto de cais!
Já se foi! Eu e você está tão aqui! Ao mesmo tempo
cada um de nós estamos tão lá! — Eu aqui! — E você
aí e as nossas memoras de momentos ardente no re-
gistro do naufrágio do porto do cais! — O que falta
para estamos juntos mesmos? — Você sabe me dizer?
— Mais, lá dentro das memórias das audácias do
porto do cais, existe aquele nosso reencontro dentro
do encontro dos nossos recantos das nossas ventani-
as ardentes e quentes de quando você vinha e retirava
a minha roupa e eu logo retirava a sua roupa; E já
estávamos nus em um só ser, nas viagens das velas
das jangadas na beira mar e na cancela dos ventos do
porto de cais; que nos refaz e aos mesmo tempo os
ventos nus desfaz! — Hoje me lembro no fundo das
minhas lembranças póstumas que dizíamos um ao
outro “sou” aos sermos um do outro, somos apenas
Antologia - Clube da Literatura
20
um ser! — O que falta para estamos juntos mesmos?
— Você sabe me dizer?
— Lá dentro da jangada do barco nas trilhas das
correntes marítimas; ainda se existe tu e ainda se
existe eu! — Pôr lá atracados, mais violentados pelo
tempo e amassados pela mar afim; do que formos e
hoje já não somos mais o que formos antes de ontem
dentro do porto de cais! Não te encontra aqui mais
como tu também já não me encontra mais aqui neste
porto! — Eu aqui! — E você aí! Afundados das nossas
póstumas saudades do naufrágio do porto do cai! —
O que falta para estamos juntos mesmos? — Você
sabe me dizer?
—Hoje acordei a te espera no guarda roupas en-
ferrujado pelo amassado da ferrugem do tempo dos
ventos lá do porto de cais! —E fiquei sabendo que vo-
cê sonhou fazendo amor nas águas do nosso suor nu
no balanço do chão do velho reduto do porto de cais;
como tudo era antes lembra-se! — O que falta para
estamos juntos mesmos? — Você sabe me dizer?
Nossos jogos estão apenas começan-
do....................................
Literare – Edição Janeiro 2021
21
A árvore do macambo
Benes (Mekürana)
Certa noite estava um homem na sua cozinha
descansando numa casa típica dos índios Ticunas,
uma cozinha feita da casca de paxiúba e da palha de
caranã.
O tempo começou a fechar anunciava um grande
temporal com muita chuva, relâmpagos e trovões. Es-
tava ele deitado na sua maqueira e no quintal tinha
uma árvore de macambo carregados de frutos, planta
comestível que serve de alimentação do povo.
E eis que ele ouve umas cantorias vinda daquela
árvore com a chegada da chuva. E discretamente pus
se a ouvir. A voz dizia:
Antologia - Clube da Literatura
22
-Compadre, compadre você irá se transforma em
quê?
E cantando o compadre respondeu:
-Quando cair a chuva e trovejar eu me transfor-
marei num belo tatu. (canto).
-E você compadre?
-Quando cair a chuva e trovejar eu me transfor-
marei na mais formosa paca. (canto).
- E você compadre?
--Quando chover e trovejar eu me transformarei
no peixe mais bonito do igarapé serei um cara disco.
(canto)
Passado a chuva da noite, no dia seguinte bem
cedo o homem foi até o quintal onde estava o pé do
macambo e reparou que as lagartas que estavam no
tronco da árvore tinham sumido.
Logo descobriu e entendeu que aquelas cantori-
as eram das lagartas do macambeiro que estavam
passando por uma metamorfose de vida.
Curioso ele continuo andando ao redor do quin-
tal e de longe avistou um peixe agonizando, era o cara
disco que infelizmente não conseguiu a tempo encon-
trar o igarapé, pois a chuva tinha passado e ele ficou
no meio do caminho. Más ao ver o peixinho ainda com
Literare – Edição Janeiro 2021
23
vida o homem correu depressa ao pequeno igarapé
que ficava próximo e lá deixou. O cara disco foi salvo.
A tribo acredita que os seres vivos na grande
maioria passa por transformação para dar procedi-
mento ao ciclo da vida.
Antologia - Clube da Literatura
24
Amália
Brunno Vianna de Andrade
Amália ama
A literatura que profana entre os dedos
Ama a ternura que se rasga em segredo
Lia, e por ser livro, amava sem medo
Lerá, ainda
Seu nome em nome de poema
E descobrirá, assim, brincando
Que a vida é um brinquedo.
Literare – Edição Janeiro 2021
25
Livra-me
Carlos Garcia
Constitua-me como coleção de escritos
Imergindo em minha densidade
Sussurre meu nome devagar
Acaricia-me com suas palavras
Entre pouco a pouco
Tente tocar minha alma
Envolvendo-se em meu enredo
Leia-me devagar
Leve-me ao oposto
Esmiúça-me, palavra por palavra
Virando página por página
Perca-se nas horas
Com paixão, medo e desejo
Torne-me a poesia, a dúvida, a mentira,
A verdade que te escapa
O pensamento que te queima
Então sussurre para mim, suave e lento
Abra seus pensamentos
Realize meu corpo, meus sonhos, minhas asas.
Faça-me livro, torna-me livre.
Antologia - Clube da Literatura
26
Livro Abandonado
Cesar L. Theis
Sobre a cômoda descansa o antigo livro,
sob um manto fino de poeira marrom,
as vezes um feixe de luz dourada o visita,
a culpa?... são destes dias de trabalho.
O marcador emaranhado permanece imóvel,
as noites sucedem os dias... ou vice versa,
o compendio de páginas espera silencioso,
leitura inacabada, é o gato de Schrödinger.
Imploro diariamente desculpas em um olhar,
porém, sinto a indelével indiferença do amigo,
estranhamente... lembra uma amante traída,
consumida de ciúmes do casamento do amante.
Literare – Edição Janeiro 2021
27
Meus sonhos
Deanna Pimenta de Carvalho
Ontem,
Sonhei bolhas de sabão
Que o tempo se encarregou de furar.
Ontem,
Sonhei castelos de areia
Que o vento da vida
Se encarregou de desmanchar.
Sonhei também
Uma noite de estrelas,
Um reflexo de luar, no mar.
Porém a noite se fez densa
E eu não quis mais sonhar.
Hoje,
Eu sei que o destino
É quem traça os caminhos,
Não adiantou eu sonhar
Se nenhum dos sonhos meus
Estava no plano de Deus.
Antologia - Clube da Literatura
28
Mudar e Alcançar
Delaine Santos
Se a mudança de hábitos for necessária
Nunca desista de tentar realizá-la
A conquista é desafiadora, mas é exequível
Mesmo quando a vida te disser um não
Desistir não deve ser opção
Reflita, planeje-se, tente e renove-se
Mova-se em direção ao seu objetivo
Coloque seus planos em ação
Trace metas e não pare até chegar ao desejável
E lembre-se de que para Deus não existe o inalcançável.
Literare – Edição Janeiro 2021
29
Pequena no tamanho, Grande no valor
Djane de Sousa Barros
O Brasil tem uma infinidade de belezas, na regi-
ão Norte o encanto é arrebatador, em Itaituba-Pará
temos o grande divisor, os Rios Tapajós e Amazonas.
Com inúmeras culturas, assegurada de belezas, te-
mos a cidade da natureza, terra de grandes aventuras
e muitas realezas.
Itaituba, terra do ouro, é como todos a conhe-
cem; que entre morros e castanheiras vislumbra o
nascer e o pôr do sol. Imigração em busca de riquezas
como o ouro e a expansão industrial com silos de mi-
lho e soja.
Tem também a cultura, o lazer e entretenimento,
que resumem no olhar ambiental a preservação do
meio. Assim, encanta os que ouvem, renascem os que
veem, mas o melhor são os que vivem, pois os faz re-
juvelhecer.
Antologia - Clube da Literatura
30
Transições
Erinaldo Silva Oliveira
Mudanças inicialmente nos assustam.
O novo nos faz mais uma vez recomeçarmos.
O que era deixa de ser e o que importava não importa
mais. Pequenos momentos que ocorrem rápido, inqui-
etações nos traz.
O novo se abre. Novas oportunidades e perspectivas.
Aceite a vida, aceite os desafios que surgem todos os
dias.
Mude suas vestes, atitudes, pensar, agir.
Não deixe que o medo do amanhã te possa afligir.
As mudanças sempre virão, causado em nós espanto.
Transformamo-nos seja na alegria seja no pranto.
Causando libertação da alma, as vezes choro as vezes
felicidade. O que era angústia passa a ser sensação de
liberdade.
Quero sempre mudar. Transformar. Evoluir.
Enxergando que verdades são frágeis.
O que me sustenta é a capacidade de aceitar o eteno
porvir.
Literare – Edição Janeiro 2021
31
Gavetas
Gabriela Barroso
Guardo muitas coisas em minhas gavetas.
Uma tampa de garrafa que peguei como lembrança da
primeira vez que vi o mar,
Uma medalha de 2º lugar da feira de ciências,
E ingressos de cinema.
Gosto de pensar que minhas memórias se organizam
em gavetas com diversos momentos.
Hoje eu abri uma dessas gavetas,
A que eu mais gosto no momento,
Nela,
Guardo a primeira vez que você sorriu para mim.
Eu me alimento dela o dia inteiro,
Dá um frio na barriga e faz meu coração acelerar.
E Sorrio pra você de volta.
Você sorri pra mim em minha memória
E eu sorrio pra você no meu quarto
E a gente se encontra de alguma forma
Em alguma dobra no tempo.
Antologia - Clube da Literatura
32
Pastoreio
Glaucio Oliveira
Pelo nosso bem, eles disseram.
Em favor do outro, acrescentaram.
Ainda que nem todos compreendam,
Impelidos a obedecer o que ordenaram.
Noutras ocasiões de emergência,
Jamais observei medidas similares.
Não ouso contestar tais exigências,
Tampouco desafiar autoridades.
Oculto meu sorriso atrás do pano,
Incerto acerca das feições do outro.
O que deixa o ambiente menos humano,
Afastando-nos de pouco em pouco.
Mas, certo que zelarão meu interesse,
Confio nos indivíduos do estado.
Tal como quando uma rua atravesso.
Mão única? Checo ambos os lados!
Prometo não ficar tão aborrecido,
Por viver uma realidade enigmática.
Ainda que meu semblante entristecido
Esteja parcialmente sob a máscara.
Literare – Edição Janeiro 2021
33
LONE WOLF (Lobo solitário)
Gustavo Souza
Enquanto o coração grita em perseguição;
Aos ferimentos estampados ao corpo.
Lone Wolf; [Lobo solitário] - lacrimeja...
Enquanto a selva aos poucos devora os sonhos;
O amor! A paz.
Lone Wolf... [Lobo solitário]
Possuidor da morte; do descaminho humano.
Sagra a solidão;
Desamores;
Solidão – e a dor.
Antologia - Clube da Literatura
34
Aurora
Keila Camila da Silva
Vês? na serenidade há teu sossego.
Tuas ternas memórias,
Que de acalento se misturam com o vento.
Ah! Vento e tempo...
Refletem um mosaico de momentos.
Todavia há de crer,
minha bela calmaria,
Que neste âmago habita um contínuo lhe querer.
Eis que sou só ser.
Ainda assim,
a alma lhe tece ao amanhecer.
Literare – Edição Janeiro 2021
35
Olhos abertos ao mundo
Lauanda Meirielle dos Santos
Três vezes gritei o seu nome,
teu choro me respondeu.
Tu foste o primeiro.
O início, a vida e o complemento.
Teu sorriso inundou o mundo.
Fez renascer a energia.
Escolhido para ser o primogênito.
Me fizeste caso.
Abençoaste o meu desejo.
Venha para o meu colo,
menino levado.
Maluquinho. Meu Joãozinho.
Antologia - Clube da Literatura
36
Literatura e Antologias Brasil
Lizandro Barboza da Silva
A literatura desperta a imaginação,
a Antologia vem somar,
deixemos as letras viajar,
levando a poesia numa emoção.
O ritmo e a musicalidade,
fazem dos versos algo universal.
São poemas num ciclo cultural,
e muita riqueza da brasilidade.
Este poetar traz o cheiro da flor,
com carinho para você amigo,
a inspirá-lo a ser escritor.
A prosa ou poema, o deixa criativo,
fazendo do versejar um abrigo,
faça da escrita poética, seu objetivo.
Literare – Edição Janeiro 2021
37
A vida Ribeirinha
Luiz Tomaz
As quatro horas da manhã o canto do galo começa a
se intensificar
Já é hora de se despertar
Sair do deitar e admirar
Bem como começar a se virar
Em busca de alimentos seja na roça colhendo
Ou na beira do rio pescando com todo o frio tremendo
De segunda a sábado todos buscam seus meios de
sobreviver
Já no domingo é dia de ir na igreja orar e agradecer
Com fé e entusiasmo para vencer
Escuta-se o cantar dos passarinhos com tranquilidade
Sem barulho de carro ou qualquer zoada perturbante
como na cidade
Há os carapanãs e outros insetos que picam e faz a
gente se agoniar
Porém não dá para se apavorar
É só se cuidar
Antologia - Clube da Literatura
38
Vestindo roupas adequadas que os pernilongos não
vão conseguir ferrar
Ao entardecer há o silêncio de paz
Pois os moradores são humildes e também sagaz
Possuem hábitos locais com um carinho a mais.
Cultivam a mandioca, a banana e entre outras plantações
Que rende e garante suas sustentações
Assim é a vida do ribeirinho cheia de emoção
Onde ainda se ver bastante união
Que fazem bem para o coração!
Literare – Edição Janeiro 2021
39
Inflação
Madson Costa
Cessem os choros, as ruas estão lindas. Lá não há
males, o governo progride.
A inflação diminui, não há crimes nos bairros.
Nos livros de história, mudem os nomes: de golpe e
ditadura para revolução e governo popular.
Nas pautas, deixem os problemas aparte: visamos
agora combater o progresso suado
Daqueles que lutaram e morreram por tal; faremos os
cortes em vista da ordem;
Fecharemos os teatros, cancelaremos qualquer ato cultural;
Ode ao meu grande senhor mercado-produto, se não ven-
de; não tem pra quê existir. Ode ao meu senhor capital.
Meu pai e meu filho, trindade divina da sociedade atual.
Se não traz lucro, que vá para vala. Poder popular,
poder popular, se não traz lucro, que vá para vala.
Levaremos a todos que forem contrários, aqui não há rimas.
Rimas não se vendem ao mercado. Aqui escreveremos
versos sem melodias e canções de luta contra a tirania.
Antologia - Clube da Literatura
40
A Seara dos sem cabeça
Magnus Langbecker
E os viventes de Seara passaram a esquecer su-
as cabeças. Começou com os "finos" das coberturas
do centro. Mas logo a febre foi devorando tudo. Eu e
meus amigos encabeçados achávamos que essa ten-
dência nunca seria maioria. Os sem cabeça cometiam
muitas estripulias. Metiam-se nas maiores ciladas.
Acabavam levando junto algum cabeça dura. Ou avo-
ada. Isso recebia punição. Ou não. No final tudo era
leve. Seara é leve. Todos querem Seara leve.
- Não devemos cercear a liberdade dos descabe-
çados!
Até que vagou o cargo de líder de Seara.
Na reunia/“live” de escolha do novo comandante
a maioria compareceu sem o cerebrado membro. Al-
guém foi escolhido. Um "bobo da corte" preterido e
escarnecido foi alçado ao topo do Palácio.
Ferveram ressentimentos. Hoje quem tem ainda
sua cabeça a esconde muito bem. O novo comandante
considera o cérebro e seus complementos desnecessá-
rios. Alguns cabeçudos planejam uma carta de repú-
dio as ações de Sua Excelência.
Literare – Edição Janeiro 2021
41
Filósofo-Anjo Bom!!!
Marcos Pereira dos Santos
Quando estive em situação de vulnerabilidade
(Sobre)vivendo em extrema precariedade,
Um filósofo-anjo bom apareceu
E, num raio de Sol, logo me socorreu.
Na ocasião em que não tinha eira nem beira:
Desempregado, endividado, crise financeira,
Chegou até mim, fisicamente, um anjo de luz
Trazendo alento, esperança e fé em Jesus.
No momento que minha barriga doía de fome
Veio do céu à Terra um anjo de honrado nome
Para me estender as suas generosas mãos,
Amenizando o sofrimento. Somos coirmãos!
Na hora mais triste de minha (difícil) vida
Esteve ao meu lado um ser de paz infinita,
Um ser angelical que sabe sentir, ver e ouvir.
Muitíssimo obrigado, filósofo-anjo ADEMIR!!!
Antologia - Clube da Literatura
42
No teu amor
Maria Lima
Vi que era amor quando percebi o cuidado,
De cada carinho das mensagens de você amado,
entendi o verdadeiro significado da reciprocidade,
Que cada dia nos dá um laço de felicidade,
No teu amor que eu quero viver,
Ser feliz com vários motivos até descrever,
Na soberania superficial que acabe a nós sempre ser de verdade,
a este mundo que precisa perceber o que realmente é fidelidade,
Vi que era amor quando percebi o teu verdadeiro amor,
No teu sorriso de ser tão sereno e bom humor,
De cada carinho nas ligações que sempre mostra a afeição,
a importância que vale cada chamada de ligação.
No teu amor que sempre quero cuidar,
E mostrar o quanto isso é o meu lar,
O teu abraço que para mim é uma moradia,
Que sempre me mostra sua alegria.
Literare – Edição Janeiro 2021
43
Oração do São Francisco
Marli Piva Monteiro
Me chamam de Velho
Com muito carinho
Sou rei no meu ninho
Não vou me curvar
Sou Chico menino
Nas terras faceiras
De vãs corredeiras
No mato a adentrar
Meu nome é Francisco
Guerreiro valente
Descendo imponente
Cascatas sem par
Sou velho e sou forte
Esbanjo energia
Não há na Bahia
Nenhum pra igualar
Sou Chico cansado
Das águas feridas
Das gentes sofridas
Irmãos do penar
Antologia - Clube da Literatura
44
Francisco constante
Na vida e na morte
Dos párias da sorte
No rir, no chorar.
Senhor que me escuta
Não mude o caminho
Da fruta, do vinho
Do solo a medrar
Escuta, te peço
Não drene estas águas
Que prantos e mágoas
Jamais vão secar
Mantenha o roteiro
Preserve este amigo
Previna o perigo
Conserve o rio-mar
Já chega de seca
Já basta de fome
Proteja estes home
Cansados de andar
Literare – Edição Janeiro 2021
45
Persistência
Mikael Mansur-Martinelli
Em um certo momento
De instantes cada vez mais incompletos,
O farfalhar do vento batendo nas cortinas
Que eu mesmo fechara, incompletas,
A fim de não olhar o horizonte.
Gotas finas d’água açoitavam de leve a vidraça.
Entre frestas um frio cortante, passava.
Crescia uma rápida escuridão pelas paredes.
Abri os olhos, acordei
E, num suspiro de meia satisfação,
Senti o passar do tempo.
De um longo suspiro recostado no sofá,
O frio deixara a tarde mais preguiçosa.
No fundo, sempre tive uma necessidade:
Sentir a raiz firme das coisas
Aos poucos imergir para descobrir
Que a felicidade também é preguiçosa.
Antologia - Clube da Literatura
46
E só
Naty Brasil
Era só uma frescura,
pelo menos até evoluir para depressão...
a doença obscura.
Era só uma traição habitual,
pelo menos enquanto não destruiu por completo...
toda relação conjugal.
Era só um arranhão,
pelo menos até ser diagnosticada...
a verdadeira contusão.
Era só algo pequeno,
pelo menos enquanto foi ignorado...
ao ponto de se tornar o mais tóxico veneno.
Era só “nada não”,
pelo menos até conduzir a mais cruel...
decisão.
Literare – Edição Janeiro 2021
47
A luz misteriosa
Neuba Maria da Silva
“Mãe, quero canjica!” – Era assim quando a ma-
mãe cozinhava a tal canjica. Todas as crianças adora-
vam canjica com leite e açúcar queimado. Nos deliciá-
vamos com aquela gostosura e depois íamos brincar
no quintal. Assim era a minha vida de infância naque-
la região inóspita no sertão de Goiás, no Município de
Rio Verde. Era uma região linda, com um clima pre-
dominante Tropical Sazonal, com inverno seco.
Por ser cerrado a vegetação apresentava diversas
paisagens, com várias palmeiras, como babaçu, bacu-
ri, buriti, guariroba, macaúba. Na verdade, o que eu
mais gostava era das plantas frutíferas como arati-
cum-do-cerrado, araçá, bacupari, baru, figueira, lo-
beira, jabuticaba, jatobá, marmelinho pequi, goiaba,
gravatá, marmeleiro, jenipapo, ingá, mama-cadela,
mangaba, cajuzinho-do-campo, veludo-branco, entre
outras.
O meu avô, sempre mostrava para nós - as cri-
anças – árvores, como angico-branco, angico, aroeira-
branca, aroeira-do-sertão, cedro-rosa, bálsamo -do -
cerrado, pau-ferro, ipês. Vovô dizia que estas árvores
eram medicinais. Vivíamos ali na mais perfeita har-
monia, família, amizade, muita cumplicidade e, prin-
Antologia - Clube da Literatura
48
cipalmente os banhos no Córrego Cabeleira no Distri-
to de Ouroana.
A noite prometia emoção eloquente, noite de lua
cheia, roda de causos de assombração. O senhor Joa-
quim, com jeito matuto e matreiro contava os causos.
Naquele dia era sexta-feira. Ele contou o causo da
“Luz Misteriosa”. Dizia ele que toda noite de lua cheia,
lá pelas bandas do cerrado, perto da pedra talhada,
aparecia uma jovem de vestido branco, com um terço
na mão, chorando. Esta moça tinha um olhar brilhan-
te e quem conseguisse olhar dentro dos olhos dela
encontraria um tesouro. Mas, para isso teria que en-
frentar a luz misteriosa que aparecia sempre em noite
de lua cheia, especial na sexta-feira.
As crianças morriam de medo da tal luz misteri-
osa. Só eu que pensava “quando crescer vou encon-
trar esse tesouro”. Não tinha medo, tinha era cisma.
Naquele dia na hora de ir embora, o senhor José, de
alcunha Zé das facas, porque fazia facas, resolveu
pregar uma peça em meu pai. Pegou uma lanterna
cilibrim e escondeu no mato onde íamos passar.
No caminho, tudo parecia ganhar vida. O baru-
lho da natureza eclodia bem mais alto do que o nor-
mal. De repente a uns duzentos metros para chegar-
mos em casa surgiu uma luz muito forte que vinha do
meio da mata. O meu pai ficou com tanto medo que
correu deixando para trás eu e minha mãe. Minha
mãe chorava e rezava. Eu tremia todo, mas tomei co-
ragem e disse: “Oh! Moça misteriosa, medo não tenho.
Literare – Edição Janeiro 2021
49
Só tenho cisma. Aparece que te ajudarei a encontrar o
caminho para o descanso eterno. ” Minha mãe conti-
nuava de joelhos chorando e meu pai havia desapare-
cido na curva lá na frente.
Foi então, que os ramos começaram a mexer e a
luz continuava intacta. O meu coração estava acele-
rado. Já estava preparando para olhar bem dentro
dos olhos da moça. Escuto uma gargalhada e a luz
apaga. Ouço passos e os ramos vão se abrindo. Surge
na minha frente o senhor Zé das facas, quase mor-
rendo de rir.
Depois daquele episódio, meu pai ficou mais es-
perto com estes causos. Eu continuei a minha vida de
criança naquele lugar maravilhoso e com a esperança
de encontrar a tal moça. Nunca vi tal luz misteriosa,
mas sempre tinha alguém que contava já haviam vis-
to. Hoje, neste escritório de engenharia civil, relembro
a minha infância ao ler o poema de Casimiro de
Abreu: “Oh! Que saudade que tenho da minha infân-
cia querida...”
Antologia - Clube da Literatura
50
Como Será o Amanhã: pós pandemia
Neuza de Oliveira Marsicano
Retomar a rotina será maravilhoso. Porém exer-
cer um novo olhar sobre tudo ao meu redor, se antes
a intensidade de viver cada momento e a fé eram
combustíveis para minha felicidade, quero incorporar
a ressignificação de cada fragilidade de tudo e do
quanto pode mudar de repente, através da gratidão
em forma de gestos, pensamentos e orações. Quero
ter gratidão mediante até mesmo uma dificuldade ou
imprevisto como possibilidade de me satisfazer com a
dádiva de estar viva e com saúde física e mental vi-
vendo a vida que escolhi. Haverá um novo significado
nos encontros, nos abraços, nos eventos e em cada
retorno algo que faz o coração bater forte.
Os dias da grande virada estão sempre "por vir",
talvez seja hora de não esperarmos mais por eles, e
acreditar que estamos sim caminhando sempre em
frente. E que essa tal grande virada é tão somente
uma nova forma de encarar a vida.
Feliz amanhã a todos!
Literare – Edição Janeiro 2021
51
O Rio Camatiã
Nils Kustemberg de Sebastião Pereira
Observando a nossa imensa floresta,
Em meio aos rios e lagos,
Surgiu esta beleza natural
Que sua grandeza não tem igual.
Em suas águas escuras e ao mesmo tempo são claras
Que refletem os rincões,
E percorrem mansamente até o grande encontro,
Com o caudaloso Solimões.
Que em nenhum momento se misturam,
Sempre lado a lado, até em frente da cidade,
Num percurso onde logo se juntam
Para que vejamos a sua grandiosidade.
Assim temos a sua beleza,
Desse rio chamado Camatiã,
Quem chega a conhecer,
Jamais vai esquecer.
Antologia - Clube da Literatura
52
É Janeiro, bem me quer...
Ody Dmitri Churkin
... a menina radiante anunciou mais um janeiro,
seus olhos brilhantes, de farto e estridente sorriso me
lembraram do primeiro,
Ah, um sonho distante... jovens em busca do eterno amor
Em companhia de margaridas,
sim margarida é uma linda flor...
Bem me quer, bem me que quer...
Maçã verde, aroma e pele jovial, seu doce jamais irei esquecer.
Cheiro de “Roupa Nova”, - Linda Só Você Me Fascina,
ah, aquelas canções,
Te digo que hoje ecoam em Celestes Mansões,
Festa no céu, contínua lembrança em Tellus.
Linda, Iluminaram e encantaram tantos verões.
Chuva e Calor, cadê a sombrinha? Não precisa, vamos
tomar sorvete,
ah ... tanta e quanta paixão, Linda de se ver,
E a menina, brinda o tálamo com mais margaridas,
Lembranças floridas...
Bem me quer, Bem, me quer?....
E como na eterna canção,
Saibas que é Nossa também,
“... Me ama, como eu amo você, do prazer, muito além ...”
Bem me quer, Bem me quer,
...Menina te espero no próximo verão?
Literare – Edição Janeiro 2021
53
Águas do Ribeirão
Patrícia Vieira Santos
O que era um lindo sonho tornou-se desilusão.
Foi embora como as águas daquele ribeirão.
Nele às vezes íamos pescar.
Passávamos o tempo a prosear.
Com o adiantar dos anos muita coisa mudou.
A vida não é feita só momentos bons e assim ela mostrou.
Felicidade existiu, porém sorrateiramente os reveses
foram chegando.
Em meio a ganhos e perdas o ribeirão foi esvaziando.
Tentativas sem êxitos foram atolando.
O diálogo e a cumplicidade foram acabando.
E os dois pescadores cada vez mais se distanciando.
Porém um dos pescadores já estava enxergando que o
ribeirão morreria.
Entristecido chorava, pedia alguma atitude e uma
mudança, porque o fim daquela relação ele temia.
Infelizmente naquele momento já era tarde e nada foi
feito eles não mudaram.
Antologia - Clube da Literatura
54
Os pés dos dois estavam cansados e por fim no ribei-
rão sem água atolaram.
Principalmente, porque a cada dia ficavam mais dife-
rentes e isto começou a incomodar.
E para tristeza do vilarejo todos acompanharam as
pernas daqueles dois companheiros afundar.
Muitos lamentaram e tentaram ajudar.
Rotina, aspereza, mágoas, tristeza, quarentena, doen-
ça e decepção?
Afinal por que secou o ribeirão?
No lugar o ribeirão talvez algo volte a nascer.
Mato, erva daninha, flores quem sabe venham crescer.
Mas para a água voltar a brotar, será que um grande
milagre irá acontecer?
Literare – Edição Janeiro 2021
55
Museu do Eu
Paula Lima
Enquanto viajo pelo seu interno museu
Deparo-me com objetos, preceitos e preconceitos
Que nunca foram realmente seus
O que aconteceu?
Por que guardou tanto
O que jamais lhe apeteceu?
Por que chamou de seu
O que em tempo algum lhe pertenceu?
E por isso não viveu
Por vezes, sei que até já morreu ...
Percebo que há registros de que fostes tirano
De seus próprios planos
Há sessões simultâneas
Reprisando suas decisões errôneas
Há um amontado de relíquias empoeiradas
Em sua câmara de lágrimas
Pelo tanto que ainda guarda
Vejo que exerce a curadoria acurada
De sua alma amargurada.
Antologia - Clube da Literatura
56
Maestro
Pietro Costa
Contemplativo
Há silêncios circundantes
Atentivo
Aos ruídos desconcertantes
Susto os bramidos
De cifras e partituras
Busco acordes divinos
Nas desditas e fortunas
No caleidoscópio de emoções mobilizantes
No anfiteatro de performances palpitantes
Nas ilíadas e odisseias da jornada errante
Nos prosadores e poetas de pena fascinante
Há uma ventania que tudo movimenta e revira
Há um roteirista que tudo imagina, engendra e cria
Há um juiz que tudo elucubra, pesa, decide, avalia
Com fina verve, um maestro rege toda a sinfonia
Literare – Edição Janeiro 2021
57
O Sol
Ronilson de Sousa Lopes
Quero ver o sol nascer
E com ele a esperança,
Quem sabe vai surgir.
Estamos sempre a sonhar
E temos que lutar,
Já que temos que viver.
E um amor eu quero ter,
Pois não pretendo ver
O por do sol sozinho,
Pois, com esse amor quero viver um dia,
Dividir as alegrias
Do presente e do futuro.
Que esse sol
Ilumine o meu caminho
Que é tão escuro,
Pra que eu te encontre logo,
Que há muito tempo
A te procurar
Já ouço o teu sorriso
E já estou a rir
Na esperança de encontrar
Você e ser feliz,
Contemplando, amando
A cada dia,
Enquanto o sol brilhar.
Antologia - Clube da Literatura
58
Soneto de Paixão
Saletinha
Paixão é sangue quase ardente
É um fogo que queima sem demora
Um contentamento descontente
Uma chama que queima toda hora
Paixão é querer sem querer bem
É trilhar por uma estrada incerta
É contentar-se com o que não tem
É achar que tem sem hora certa
É uma cegueira mesmo sem querer
Um desejo infame de ser vencedor
É ser infiel sem certeza do amor.
É contar com a falsa felicidade
Envolver-se numa fonte quase em vão
É um querer sem ter, isso é paixão.
Literare – Edição Janeiro 2021
59
A Natureza não Esconde Sua Beleza
Sérgio Campos
Muitas vezes, andamos despreocupados e não
percebemos que, ao nosso lado, as belezas natu-
rais, oriundas da Mãe Natureza, estão ao nosso intei-
ro dispor com toda a sua riqueza, onde, assim, o Cri-
ador lhe concedeu essa grandeza.
O sol se mostra radiante e imponente, porém, de
forma democrática, oferece os seus benéficos e sua
pureza a todos os habitantes da Terra, sem nada co-
brar e ninguém discriminar, demonstrando, dessa
forma, a sua infinita bondade e real nobreza.
Quando chega a noite, a lua, com seu inigualável
brilho radiante, aparece para que não fiquemos na
escuridão e possamos desfrutar da sua luminosidade
em forma de bênção, tanto para quem mora na me-
trópole quanto para o aldeão.
A sábia e útil conexão da Mãe Natureza une as
águas de todo o Planeta num ciclo constante, a fim de
que nunca falte alimento aos seus habitantes, seja em
qualquer estação, no outono, inverno, primavera ou
verão.
Antologia - Clube da Literatura
60
A partir de um pequeno córrego, onde a fauna e
a flora se beneficiam de suas águas, ainda que sejam
poucas, é que acontece a absorção de parte da natu-
reza para que nada que nela existe fique em plena
solidão.
Desde o bebê até o ancião, todos tiram grandes
proveitos do que este bem Divino, que é a natureza,
nos dá em sua amplidão, quando, em alguma ocasião,
uma simples planta nos mostra que, para determina-
da doença, ali está a solução.
Assim é a Mãe Natureza, só nos pede um cora-
ção recheado de amor, cheio de sabedoria e grandeza,
para que mantenha a sua firmeza em favor da vida do
nosso planeta, onde todos possam se beneficiar da
sua generosa e salutar riqueza.
Literare – Edição Janeiro 2021
61
É da equidade que precisamos
Sissa Moroso
Procurando os significados no dicionário, encon-
trei a etimologia das palavras: igualdade que vem de
igual e diversidade que significa diverso. São duas
palavras que simbolizam o ser humano, que é tão
igual e ao mesmo tempo tão diverso. Mas a palavra
que deve ser considerada nos dias atuais é a equida-
de, que engloba a igualdade e a diversidade ao mesmo
tempo sem discriminação nem preconceito.
O termo igualdade aparece na constituição fede-
ral, escrita a mais de trinta anos, como um princípio
dos brasileiros, ou seja, “Todos são iguais perante a
lei (...) todos tem direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade”, isso está escrito no
capítulo cinco. Podemos encontrar ainda na lei, a
igualdade: racial, entre sexos, credo religioso, jurisdi-
cional, trabalhista, política e tributária.
A palavra diversidade também aparece na cons-
tituição e em outras leis que tratam do tema. Somos
um país diverso em etnia, cores, culturas e tantas
outras diversidades que também existem em todo
mundo.
Antologia - Clube da Literatura
62
Há mais de setenta anos, os governantes aprova-
vam na ONU a Declaração dos Direitos Humanos, que
tanto discutiu sobre igualdade e diversidade, como
valores essenciais à Humanidade. Mas nos anos ses-
senta, tivemos o golpe militar que durou como uma
ditadura por vinte e um anos, e infelizmente, tudo
aquilo que os brasileiros haviam conquistado como
direito, fora esquecido.
Foi preciso lutar, ir pra rua pedir “Diretas Já”
para conquistar o direito ao voto e consequentemente
uma mudança nas leis e nas cabeças de alguns políti-
cos. Sim, a política interfere na vida das pessoas, nos
seus direitos de igualdade e respeito à diversidade de
ser, de estar e de poder escolher.
Durante nossa constituinte, nos anos oitenta, as
entidades e associações puderam contribuir para que
a nova lei fosse de fato defensora dos direitos dos bra-
sileiros. Nos anos noventa, os brasileiros foram às
ruas pedir o “Impeachment” de III um presidente que
foi eleito pelo voto direto do povo.
Conforme a nova lei, o povo vota e o povo tira,
mas claro que o voto final foi dos políticos de plantão.
No novo século, em 2010 os brasileiros elegem uma
mulher para ser a presidente do Brasil e que foi reelei-
ta. Mas, dois anos depois sofreu o Impeachment. E
agora, depois de dez anos desse fatídico fato histórico,
o povo pensa de novo nessa possibilidade. Uns dizem
que é/foi golpe, mas outros afirmam que não é. Vai
saber! São tantos segredos da política.
Literare – Edição Janeiro 2021
63
E tem gente que acha que é democracia, tirar os
direitos adquiridos e discriminar as pessoas que são
diferentes de si. Vivemos tempos difíceis e de pande-
mia! Essa pequena história do Brasil em algumas li-
nhas, eu trouxe para gente entender melhor as pala-
vras igualdade e diversidade. Primeiramente dizer que
o povo pode tudo!
Os políticos são nossos funcionários e devem
trabalhar em favor do direito dos brasileiros. Enquan-
to não entendermos isso, vamos ter que continuar
sem direitos iguais ou respeito à diversidade, pois os
dois caminham juntos.
O Brasil é o país da diversidade, pois os indíge-
nas (amarelos) já moravam aqui quando os europeus
(brancos) chegaram e que depois trouxeram nos navi-
os negreiros os escravos (negros) e o povo brasileiro foi
formado por essas cores, etnias, religiosidade e cultu-
ra. Deu-se a miscigenação!
A formação do povo brasileiro que sempre aco-
lheu todas as etnias e ainda acolhe, é diverso! Não
somos de “raça pura”, igual queria Hitler. Somos colo-
ridos. A nossa ancestralidade é uma incógnita, pelo
menos para os racistas. As mulheres no poder? Isso é
igualdade! Mas também é uma conquista. A primeira
mulher que teve o direito a voto precisou reivindicar
através da lei, isso foi nos anos quarenta no Rio
Grande do Norte. No outro ano, tivemos a primeira
vereadora no mesmo Estado, a professora Julia Alves
Barbosa. E de lá pra cá quanta luta. Uma mulher em
Antologia - Clube da Literatura
64
Santa Catarina foi à primeira no país a ser deputada
estadual, era a professora (negra) Antonieta de Bar-
ros! A primeira mulher na Academia Brasileira de Le-
tras foi a escritora Rachel de Queiroz, que escreveu
mais de duas mil crônicas. Na Academia Catarinense
de Letras, tivemos Maura de Senna Pereira, como
uma das sete mulheres a ter uma cadeira, sendo pa-
trona e acadêmica, numa academia com a maioria de
homens escritores.
Fizeram a lei onde uma assembleia (vereado-
res/deputados/senadores) podem ter 30% de pessoas
de gênero diferente, mas não diz que 70%, não podem
ser de mulheres, precisamos conquistar mais espaço
nesse mundinho fechado de homens que fazem a lei,
mas que nós mulheres sabemos tão bem interpretar.
No ano de 2008 foi aprovada a lei 11.645 que modifica
a lei 10639/2003 a qual estabelece as diretrizes e ba-
ses da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
“História e cultura afro-brasileira e indígena”. Foi ne-
cessária essa lei para trabalhar a diversidade na esco-
la, pois muitos professores não trabalhavam esses
temas, pois devemos trabalhar com os alunos a histó-
ria, para que todos conheçam e possam respeitar a
diversidade.
Cada um de nós tem a sua bandeira, uns usam
a do Brasil, outras agitam as vermelhas, outras aba-
nam as brancas e outras mostram com orgulho as
coloridas.
Literare – Edição Janeiro 2021
65
O multiculturalismo de cores deve ser respeita-
do, na cor da pele e/ou da bandeira que cada um car-
rega individualmente ou em grupos organizados, re-
conhecidos ou não. Por todos esses fatores lembrados,
acredito que precisamos mesmo é da equidade, pala-
vra nova no dicionário, mas que representa a relação
direta entre a igualdade e a diversidade, pois se a
igualdade é dar às pessoas as mesmas oportunidades,
respeitando a diversidade de cada um, a equidade é
justamente adaptar as mesmas oportunidades a to-
dos, reconhecendo as diferenças, nas condições de
vida e opção de cada um, considerando que os direi-
tos de todas as pessoas passam pelas diferenças soci-
ais e que deve atender principalmente a igualdade da
diversidade.
Antologia - Clube da Literatura
66
Gratidão
Tauã Lima Verdan Rangel
A palavra de ordem, em meio a todo um universo
de incertezas e de medos, é a gratidão.
Mais um ano se encerra e outro se aproxima
com um catálogo de trezentas e sessentas oportuni-
dades ímpares de se reinventar, de se reescrever e de
ousar viver o novo!
Viva na imensidão e na essência daquilo que a
vida exige! Não se farte com migalhas milimetricamen-
te dadas a ti nem seja uma migalha para outra pes-
soa. Não se esforce para caber nos sentimentos das
pessoas nem exija que outra pessoa se esforce para
caber em sua vida. Aliás, eis, para mim, um dos me-
lhores conselhos ouvidos: não seja leviano com o co-
ração dos outros nem ature pessoas de coração levia-
no.
Exercite a sensação de ser grato e, se puder,
despreze toda inveja, rancor e ambição desmedida!
Em um certo momento da estrada, você passa a per-
ceber que aquilo que, de fato, será seu encontrará um
jeito, seja com muito suor, seja com muita sorte, de
chegar até suas mãos.
Literare – Edição Janeiro 2021
67
O tempo todo, é só você contra você. Vez por ou-
tra, o universo coloca algumas pessoas na sua estra-
da que te ajudam a tropeçar e a cair, mas, até isso,
tem uma lógica: entenda, dentro de ti, há toda a po-
tencialidade para conquistar o mundo, ainda que isso
rompa com alguns padrões.
E o ano vindouro se aproxima e, com ele, um
exercício ingênuo de metas, de projetos, de sonhos e
de planos. Quase todo mundo, faz aquele belo exercí-
cio de tentar domesticar o futuro! Esqueça! O futuro
não é domesticável, mas sim nos exige um contínuo
reaprender, crescer e, quando possível, evoluir.
Eu poderia prosseguir em minhas linhas, diva-
gando e refletindo sobre as infinitas possibilidades
que te aguardam logo ali, quando o relógio promover a
mudança de um 31 de dezembro para um 1º de janei-
ro. Ao invés disso, vou tentar, na medida das possibi-
lidades e dos desafios, desejar, a ti, gratidão...
Bem, adianto que não desejo uma gratidão com-
portada, que teme ser amassada, exposta ou mesmo
quebrar protocolos e etiquetas. Essa gratidão, ainda
que guarde alguma beleza, não me interessa! Trata-se
de uma gratidão adestradas e docilizada a conviver
em uma sociedade moldada em padrões...
Eu desejo é aquela gratidão intensa, absurda-
mente visceral e que arda num prazer de estar vivo a
cada segundo. Eu estou falando de uma gratidão que
se emociona e que, quando não consegue mais se
Antologia - Clube da Literatura
68
conter, derrama lágrimas caudalosas pela face rega-
das pela mais pura felicidade. Eu estou falando de
uma gratidão que se entrega sem medo, que se mani-
festa nos pequenos momentos e que toma forma dian-
te de uma vida realmente vivida e não apenas existi-
da. Eu estou falando de uma gratidão que consegue
reconhecer que, até mesmo quando há perdas, é o
universo tramando a seu favor.
Desejo que você tenha gratidão e ela tenha o sa-
bor de fruta mordida e dos lábios doces de uma pai-
xão arrebatadora.
Desejo que você tenha gratidão e ela seja ofegan-
te como o coração descompassado diante da presença
daquele ou daquela a quem se ama. Aliás, desejo,
neste ponto, que ninguém tenha que guardar em se-
gredo o nome de quem se ama pelo medo da intole-
rância e que toda forma de amar seja libertada das
masmorras dos julgamentos e das sentenças de con-
denação.
Desejo que você tenha gratidão e ela tenha o
cheiro cítrico daquele perfume que traz as melhores e
mais ardentes lembranças, responsável por você,
mesmo intuitivamente, soletrar, em um tom de con-
fissão, o nome daquele ou daquela que usava tal per-
fume.
Desejo que você tenha gratidão e ela tenha tex-
tura dos abraços calorosos daqueles que te amam e
que realmente se importam com você.
Literare – Edição Janeiro 2021
69
Desejo que você tenha gratidão e, como uma dá-
diva da vida, ame intensamente e seja amado ou
amada na mesma intensidade de um amor avassala-
dor. Aliás, desejo que você tenha gratidão e exercite o
presente do amor-próprio, racional e consciente.
Desejo que você tenha gratidão e ela tenha o som
das gargalhadas de crianças se divertindo, o tom dos
votos trocados em segredo e da melodia que nos en-
torpece em meio a uma semana barulhenta.
Desejo que você tenha gratidão e ela seja capaz
de te tornar um ser humano melhor, mais compreen-
sivo, empático, tolerante, acolhedor e capaz de reco-
nhecer em cada semelhante a singularidade da exis-
tência humana.
Desejo que você tenha gratidão e ela seja capaz
de romper com todas as suas amarras, medos e recei-
os! Independentemente do que vier, toda escolha tem
sempre cinquenta por cento de dar certo e, se não for
assim, pense que poderia ser dessa maneira.
Desejo que você tenha gratidão e ela se manifes-
te como bons conselhos de pai e de mãe! Sim, aqueles
conselhos que são acompanhados de uma sabedoria e
de um carinho desmedido.
Desejo que você tenha gratidão e compreenda
que não se mede uma pessoa pelo valor que ela ganha
como salário, pelo cargo que ocupa ou pela capacida-
de de dar ordens. Ao contrário, desejo que você tenha
Antologia - Clube da Literatura
70
gratidão e entenda que uma pessoa é medida pelos
bons feitos que ela é capaz, sobretudo em segredo, de
fazer aos seus semelhantes e por ser lembrada com
carinho e saudades daqueles que te cercam.
Somos apenas poeiras de estrelas em um uni-
verso... uma lufada de brisa em meio a infinitude da
existência e, por isso, desejo que você tenha gratidão
e seja capaz, mesmo que em pequenos gestos, de ser
a mudança e fazer a mudança que o mundo tanto
precisa...
Desejo que você tenha gratidão e ela se manifes-
te em trezentos e sessenta e cinco oportunidades em
branco e que estão à sua espera para serem coloridas,
significadas e materializadas.
Enfim, é o que desejo a você...
Literare – Edição Janeiro 2021
71
Futuro sem presente
Verônica Côco
Filhos perdidos, sem caminho, sem esperança de
viver um amanhã distante. Sem um passado que lhes
ajude a construir o hoje. O agora é vazio, apenas pedir
que viva um dia de cada vez. Pais presentes, ausentes
de espírito e força, nada que lhes traga o brilho nos
olhos e sorriso no coração. Contudo, mães presentes
em alma, corpo e coração não os abandona.
Mais uma madrugada de espera por minutos de
amor. Ela estava lá sempre, com nuvens ou brilho,
jamais perdera a esperança de ser menos um dia na-
quele lugar, sentir aquele cheiro gelado de sofrimento
e dor.
Todos haviam se afastado, afinal, toda ostenta-
ção se vai quando o sol nos aparece em “quadrados”,
quando o ouro ficou preso junto ao chumbo e a exe-
cução. O medo faz parte de você e, como um mosaico,
o constrói em pedaços descrentes e ociosos de uma
estrada que os leve a algum lugar.
Mas ela não ousa desistir. Jamais! Saber que o
acalanto e cuidados logo voltarão a ser parte da rotina
a faz forte e otimista. Ela também sofre, mas não ousa
fazê-lo em sua presença, porque sabe que a força dela
Antologia - Clube da Literatura
72
é o combustível que o sustenta e o faz sobreviver a um
dia de cada vez. Eles são parte um do outro, ligados
por um cordão que não se desfaz e, juntos, lutam. A
esperança de que logo tudo acabará lhes dá forças
para tudo suportar e jamais se entregar.
Literare – Edição Janeiro 2021
73
Memórias e ideias do “Eu” póstumo
Vitor Sergio
Quando fui...
Tentei voltar, porém
todos já tinham ido...
Fui tarde, não despedi da morte,
do tempo, do olhar e de mim.
Instantaneamente,
Após a embriagues vem o (des)apego e o sono.
Aqui o preto funde-se ao branco,
o rancor é jovial e doce,
o saudosismo é, finalmente, visível e atingível.
Naquele lugar há um sol que nasce à noite.
Embriagante, o mar corre para o rio;
Rio de lavas delirantes
que encobre os anseios da montanha.
Enfim, ainda a de renascer!
Dia a dia, teimo em libertar o verbo do pretérito.
Os de caráter duvidosos sobreviveram
e os bons que somente vão cedo
foram... Todavia, estão nas:
Memórias e ideias do “Eu” póstumo
Antologia - Clube da Literatura
74
Literare – Edição Janeiro 2021
75
Sobre os(as)
Autores(as)
Antologia - Clube da Literatura
76
Literare – Edição Janeiro 2021
77
Agostinha Monteiro Vila Nova de Gaia - Portugal
Natural de Aguiar da Beira e reside em
Vila Nova de Gaia, Portugal. Licenciada em Línguas e Mestre em Educação, re-
parte a sua atividade profissional pela
docência, formação, tradução e escrita. Tem algumas obras publicadas individu-
almente e participações em várias cole-
tâneas em Portugal, Brasil, Argentina e
São Tomé e Príncipe.
Alivan Freitas Lima Ipirá - BA
Pedagogo, Especialista em Gestão e Co-
ordenação Escolar. Professor na Facul-dade Eugenio Gomes-FAEG. Autor do
livro: Silenciamento, Educação do Campo
e memórias subterrâneas (EDITORA VERSEJAR). Organizador do livro: Edu-
cação na contemporaneidade: saberes a
serem compreendidos (EDITORA VER-SEJAR).
Antologia - Clube da Literatura
78
Ana Caroline Soares Gomes São Domingos do Prata - MG
Natural de São Domingos do Prata/MG,
advogada, 25 anos. Começou a escrever poesias aos nove anos. É a idade em que
considera ter iniciado sua “carreira” lite-
rária, tendo guardado, desde então, os seus cadernos de rascunhos. Participou
das antologias “Poemas do Coração” e “A
essência de tudo”, ambas pela Editora
IGM.
Ana Mendes Vevey - Suiça
Autora de 2 livros em português/francês.
Um romance policial e um infanto juvenil 2019. Participou em mais de 30 Antolo-
gias e Colectâneas, Portu-
gal/Brasil/Itália/Suiça/França. É Aca-démica da ALALS /AIL/NALAP, Premiada
pela Rede Sem Fronteiras(Honrosa)/Pela
FALARJ-RJ e AJEB_RJ em 2020 na cate-goria contos e crónicas(1°lugar).
Literare – Edição Janeiro 2021
79
André Soska Cachoeirinha - RS
Divulgou o seu primeiro texto quando
tinha apenas 13 anos, desde então, nun-ca parou de escrever. O autor publica
seus textos em uma página nas redes
sociais Facebook e Instagram chamada "Força, Fé e Esperança". Em 2020 publi-
cou o seu primeiro livro físico intitulado
“Leveza”.
Angeli Rose
Rio de Janeiro - RJ Autora de “Biografia não autorizada de
uma mulher Pancada”; coautoria de an-
tologias nacionais e internacionais; é colunista do JCB; PhD Educação (UFRJ);
Coordenadora do “Coletivo Mulheres Ar-
tistas”; recebeu Prêmio Internacional de Literatura Machado de Assis (FEBACLA);
“Embaixadora da Paz” (OMDDH), D.h.C
Multi. (FEBACLA), e outros.
Antologia - Clube da Literatura
80
Anthony Portes Curitiba - PA
Natural de Curitiba, passou a infância e
a adolescência no interior do estado. De-senvolveu sua inspiração na sua passa-
gem por São Paulo e desde então dedica-
se aos poemas e contos.
Antonio Archangelo
Rio Claro - SP Autor da Coleção de Poemas Nonsense:
Ápeiron (2019); Homeomerias (2019);
Nheengatu (2020); Ataraxia (2020) é pro-fessor de língua portuguesa, poeta, escri-
tor, publicitário, jornalista, gestor e audi-
tor em Saúde.
Artton Rodrigues Santo Antônio - RN
Autor contemporâneo, Norte-rio-grandense/RN, nasceu em 1984. Autor,
compositor. Fomentador cultural, articu-
lador cultural literário, militante, ativista,
agente e produtor cultural com várias participações em inúmeras Coletâneas e
Antologias nacionais e internacionais
físicas e virtuais por diversas editoras.
Literare – Edição Janeiro 2021
81
Benes (Mekürana) São Paulo de Olivença - AM
Professora há 15 anos das séries iniciais,
nascida no município de Benjamin Cons-tant- amazonas. Indígena do povo Ticuna
graduada em normal superior pela Uni-
versidade do estado do Amazonas e mes-trada em linguística em línguas e língua
indígena pela universidade Federal do
Rio de Janeiro.
Brunno Vianna de Andrade
Rio de Janeiro - RJ Historiador, nasceu no Rio de Janeiro,
publicou três livros, venceu o Concurso
Literário Machado de Assis, o VIII Con-curso Internacional La Vida és Poesía, e o
I Concurso de PoEsIa InStAnTaNeA do
Sarau do Bar. Participou de projetos co-mo Literatura de Circunstâncias, da Uni-
versidade Federal de Roraima.
Antologia - Clube da Literatura
82
Carlos Garcia Jaboatão dos Guararapes - PE
Comissário de Polícia Civil há 18 anos
em Pernambuco. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambu-
co e Pós Graduado em Coordenação Pe-
dagógica pela Uninassau. É paulista ra-dicado em Recife e também trabalhou
como advogado no Rio Grande do Sul.
Amante das artes, escreve, desenha, pin-
ta e toca violão.
Cesar L. Theis Guarujá do Sul - SC
O autor Cesar L. Theis é professor-
pesquisador, licenciado em Histó-ria/Informática, escritor, fotografo ama-
dor e cineasta entusiasta, apaixonado
por viajar e café, reside em Guarujá do Sul/SC. Atualmente discente no Mestra-
do em Educação pela Universidade Fede-
ral da Fronteira Sul (UFFS).
Literare – Edição Janeiro 2021
83
Deanna Pimenta de Carvalho Rio de Janeiro - RJ
Sou funcionária pública aposentada.
Quando da ativa trabalhei no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro exercendo a
função de Técnico Judiciário como secre-
tária do Juiz da 33ª Vara Criminal.
Delaine Santos
Ilhéus - BA É de Ilhéus-Bahia e tem 28 anos. Possui
4 poemas publicados em livros. Ama es-
crever poemas e faz isso desde o fim de 2013. Inspira-se nas circunstâncias da
vida, nas pessoas, nos aprendizados, nos
desejos, nas pequenas mudanças e con-
quistas do dia a dia. Atualmente possui cerca de 90 poemas escritos e almeja
publicar um livro.
Antologia - Clube da Literatura
84
Djane de Sousa Barros Itaituba - PA
Itaitubense, esposa do Helton David, mãe
do Davi Luiz, sempre busca fortalecer a base Familiar. Mestra em Letras procura
demonstrar em seus escritos a essência
de suas vivências e conhecimentos.
Erinaldo Silva Oliveira
Itaituba - PA Doutorando em Educação na Universi-
dade Luterana do Brasil. Administrador
da Universidade Federal do Oeste do Pa-rá - Campus Itaituba. Esposo apaixona-
do da Sandra e Pai coruja da Eloah. Nas-
ceu e vive em Itaituba no interior do Pa-rá. Filho de garimpeiro e descendente de
nordestinos.
Literare – Edição Janeiro 2021
85
Gabriela Barroso Juazeiro do Norte - CE
Nasceu em 22 de abril de 1998. Como
criança curiosa que era, começou a ler. Após, decidiu criar sua própria narrativa.
É graduanda do curso de Direito na Uni-
Fap localizada cidade de Juazeiro do Nor-te/CE e escritora em formação. Possui
poesias publicadas no livro "Estações"
organizado por Agnes Morgana Silva.
Glaucio Oliveira Ribeirão Preto - SP
Natural do interior paulista, Glaucio
aprecia diferentes culturas e idiomas, por essa razão viveu em Boston entre 2017 e
2020. Durante a pandemia decidiu se
aventurar no meio literário através de coautorias. Em um mês teve participação
confirmada em diversos livros contendo
seus contos e poemas, o que o motivou a concluir sua primeira obra “Tutor”.
Antologia - Clube da Literatura
86
Gustavo Souza Piranhas - AL
Nascido em Piranhas-AL em 1992 é gra-
duado em História e pós-graduado no Ensino de História pela Universidade
Federal de Alagoas – Campus Sertão.
Tendo diversas poesias e prosas publica-das em coletâneas e revista nacional e
internacional.
Keila Camila da Silva Jaú - SP Nasceu em Jaú, interior de São Paulo, Brasil. Desde criança escreve poesias e
contos em várias temáticas relacionadas
à natureza, à simplicidade e à existência. Acredita que a poesia está presente nos
pequenos detalhes e é o mais complexo
conjunto de universos.
Literare – Edição Janeiro 2021
87
Lauanda Meirielle dos Santos Goiânia - GO
Nasceu na cidade de Goianésia- Brasil. É
escritora, recebeu o primeiro lugar no concurso literário Notas Migratórias Cé-
sar Vallejo e o segundo lugar no concur-
so Letras del Silencio. A autora é reco-nhecida por suas publicações em espa-
nhol e em português.
Lizandro Barboza da Silva
Tabatinga - AM És licenciado em Letras por desbravar o
universo da língua e linguagem na poe-
sia. É um dos “Melhores Poetas do Ama-zonas” pela Almeida Editoral. Seu livro:
“Letras: poemas que encantam o povo
paulivense”. O lema: “apesar dos desafi-
os, faça como a fênix renasça das cinzas, tenhas um olhar de coruja e voe acima
dos horizontes como as águias”.
Antologia - Clube da Literatura
88
Luiz Tomaz São Paulo de Olivença - AM
Paulivense, graduado em Letras Língua
Portuguesa pela UEA (2019) na qual par-ticipou da Semana de Arte Moderna, Ofi-
cinas Literárias para Crianças, SDISCON
e entre outros eventos. Já publicou um poema em uma antologia. Estuda pós
graduação em Ensino de Língua, é pro-
fessor e representante de uma escola na
zona rural de SPO.
Madson Costa Maceió - AL
Discente do curso de Letras na UFAL
(Universidade Federal de Alagoas), poeta, escritor, professor de inglês, redator, po-
liglota e divulgador cultural. Além de ser
um dos ganhadores do prêmio “Diversi-dades Literárias”, promovido pela SE-
CULT-Al, através da Lei Aldir Blanc.
Literare – Edição Janeiro 2021
89
Magnus Langbecker Santa Rosa - RS
Nascido em Tuparendi RS passou infân-
cia e juventude no interior do Paraná residindo sempre em zona rural. Forma-
do em magistério no ensino médio e li-
cenciatura em ciências biológicas pela UNIJUI.
Marcos Pereira dos Santos Ponta Grossa - PR
Brasileiro. Natural da cidade de Ponta Grossa/PR. Pós-doutor (PhD) em Ensino
Religioso pelo Seminário Internacional de
Teologia Gospel (SITG) - Ituiutaba/MG. Pesquisador em Ciências da Educação.
Literato profissional. Professor universi-
tário em Ponta Grossa/PR, onde reside atualmente.
E-mail: [email protected]
Antologia - Clube da Literatura
90
Maria Lima Quirinópolis - GO
Escritora, Poetisa, Técnica em Adminis-
tração, Violinista,natural de Alagoas. Da cidade de Boca da Mata, atualmente mo-
ra em Quirinópolis Goiás, Desde de 2012
escreve textos e poesias, apaixonada por viagens e em conhecer lugares incríveis,
nas horas vagas ama escrever e princi-
palmente a ler livros de romance.
Marli Piva Monteiro
Salvador - BA Médica, Psicanalista, Tradutora, Membro
da SOBRAMES – BA, ABRAMES (Acade-
mia Brasileira de Médicos Escritores), UMEAL, AJEB. Livros: Feminilidade: o
perigo do prazer (ed. Vozes, 2ª. Ed). Mu-
lher, profissão mulher (Ed. Vozes)
Literare – Edição Janeiro 2021
91
Mikael Mansur-Martinelli Colatina - ES
Colatinense do Espírito Santo. Biólogo,
professor e taxidermista. Contribui com suas pesquisas em periódicos científicos
do Brasil e do exterior além de ser revisor
de outros. Autor do livro "O pé de jambo e a fábrica de refrigerante". Organizou a
antologia poética "Letras e vida".
Naty Brasil Fernandópolis - SP De Fernandópolis/SP, Natalia tem 26 anos, é pós graduanda de Pedagogia Uni-
versitária na UFTM, Funcionária Pública,
tem mais de 50 poesias publicadas em antologias. Selecionada no Prêmio Poesia
Agora Inverno e festival UFSCAR 2020,
destaque literário no 33º Concurso Lite-rário Internacional Alpas 21, publica em
seu Instagram @natybrasilescreve.
Antologia - Clube da Literatura
92
Neuba Maria da Silva Caçu - GO
Nasceu em 25/08/1969. Filha de Sebas-
tião Guedes da Silva e de Maria Apareci-da da Silva. Professora e ocupante da
cadeira n° 33, Patrono Gregório de Matos
Guerra, foi diplomada como membro da Academia de Letras ALESG em 2016.
Publicou o livro: “Chuva de emoção: vul-
tos e sentimentos – poesia” pela Editora
IGM.
Neuza de Oliveira Marsicano Juiz de Fora - MG
Natural de Juiz de Fora/MG. Graduada
em Pedagogia, Pós-Graduada em Gestão da EaD. Mestre em Educação. Estudei
Doutorado na Universidade Pablo de
Olavide, UPO/Sevilla/ ES. Professora, atleta e Cronista. Sou uma “pensadora”
apaixonada pela vida, pelas letras, pelo
esporte e pela educação!
Literare – Edição Janeiro 2021
93
Nils Kustemberg de Sebastião Pereira
São Paulo de Olivença - AM Professor de Língua Portuguesa de 6° ao
9° ano. Tecnólogo em Processos Gerenci-
ais - Uniasselvi. Licenciado em Letras - Língua Portuguesa - UEA. Especialista
em Letramento Digital - UEA.
Ody Dmitri Churkin Campina Grande do Sul - PR
Professor Filósofo, palestrante, escritor e
Poeta. Da poesia não desisto, se quiseres,
para ti também há uma... não te pren-das, basta que me peças....
Patrícia Vieira Santos São Bernardo do Campo - SP
Administradora. Mestre em Ciências
Humanas Interdisciplinar pela UNI-SA/SP. Graduanda de Pedagogia na
UNIVESP/SP. Servidora Pública concur-
sada na Prefeitura de SP atuando na
Escola Municipal de Administração Pú-blica de SP. Professora Universitária.
Tutora EaD. Pesquisadora sobre as Me-
todologias Ativas. Escritora e Palestrante.
Antologia - Clube da Literatura
94
Paula Lima Três Pontas - MG
Natural de Alfenas -MG e atualmente
residente em Três Pontas-MG. Advogada, paisagista nas horas vagas, compositora,
artista plástica, poetisa, amante da natu-
reza e da filosofia.
Pietro Costa
Brasília - DF Escritor. Poeta. Presidente da Academia
Cruzeirense de Letras. Representante do
Brasil no Conunives (Lima/Peru). Inte-grante de várias Academias Literárias e
Entidades Culturais no Brasil e no exte-
rior. Autor de 4 obras literárias. Co-autor
de mais de 50 coletâneas. Detentor de diversas honrarias, prêmios e títulos.
Literare – Edição Janeiro 2021
95
Ronilson de Sousa Lopes Lábrea - AM
Escritor, poeta, contista e professor de
Filosofia do Instituto Federal do Amazo-nas. Membro corresponde da Academia
Internacional de Artes, Letras e Ciências
'A palavra do século 21' ALPAS 21. Atu-almente curso Mestrado em Estudos Li-
terários da Universidade Federal de Ron-
dônia UNIR.
Saletinha
Aracaju - SE Maria Salete da Costa Nascimento (Sale-
tinha). Natural de Nossa Senhora das
Dores/SE, Cidadã Estanciana e Aracaju-ana por Decreto Lei, Residente a rua Ita-
poranga,311 Ed. Casa Grande Aracaju
Centro. CEP 49010140. Sou cordelista, escritora, poetisa, fundadora e sócia efe-
tiva de 8 Academias de Letras e do Clube
dos Poetas Estancianos.
Antologia - Clube da Literatura
96
Sérgio Campos Santana do Ipanema - AL
Nasceu em 11 de novembro de 1961, em
Santana do Ipanema/AL. Possui crônicas publicadas em sites e livros como: À
Sombra do Umbuzeiro e À Sombra do
Juazeiro. É membro idealizador e cofun-dador da Associação Guardiões do Rio
Ipanema (Agripa). Criou o projeto musi-
cal Canteiro da Cultura, lançado dia 14
de dezembro de 2019.
Sissa Moroso Criciúma - SC
Natural de Tubarão/SC, Nasceu em
24/10/1965.Graduada em Pedagogia. Tem crônicas e poesias em algumas cole-
tâneas, escreveu o livro de contos “Faces
da Vida”, como coautora com seu pai José Valmor e o livro infanto-juvenil: O
Enigma de Zaki. Pertence a Academia de
Letras e Artes de Siderópolis e AJEB/SC.
Literare – Edição Janeiro 2021
97
Tauã Lima Verdan Rangel Mimoso do Sul - ES
Mestre e Doutor em Ciências Jurídicas e
Sociais pela UFF. Autor de livros literá-rios: "Versos, Inversos & Outros Escri-
tos"; “Indrisos em Versos”; "Efemeridade
em Versos"; "Aldravias e Versos" (v. 1); “Decanatos em Versos”; “Aldravias e Ver-
sos (v. 2). Tem muitos projetos em an-
damento com editoras diversas.
Verônica Côco Campos dos Goytacazes - RJ
Uma professora apaixonada pela profis-
são. Organizadora e coautora de 08 obras em parceria com seus alunos e
companheiros de profissão. Ama as pala-
vras, poesias e conectar-se às emoções. Uma mulher forte, que tem na família
sua fortaleza e que não tem medo de
reinventar-se. Insiste em ser feliz.
Antologia - Clube da Literatura
98
Vitor Sergio Uberlândia - MG
Graduado em Letras, Jornalismo e Peda-
gogia. É especialista, mestre e doutor em Educação.
Literare – Edição Janeiro 2021
99
Antologia - Clube da Literatura
100
www.editoraigm.com.br
+55 (11) 94205-8079
Este livro foi elaborado pela Editora
IGM de Quirinópolis, GO, em papel
Avena 80g, fonte Bookman Old Style.
Impresso no Brasil em Gráfica parceira.