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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 15 de agosto de 2019

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 15 de agosto de 2019

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Prefeito de Venceslau, Jorge Duran, fala da importância da visita do Marcos Penido em encontro promovido pela Unipontal, em Teodoro Sampaio ............................................................................... 4

Marcos Penido fala sobre encontro promovido pela Unipontal, em Teodoro Sampaio (João Doria citado) .. 4

Prefeitura de Caraguatatuba participa de Seminário sobre licenciamento ambiental municipalizado ......... 5

Estado impõe regras para extração de areia na região ....................................................................... 6

Operação Fumaça Preta multa 835 veículos a diesel em São Paulo ...................................................... 7

Uso de energia solar em prédios públicos estaduais é tema de seminário em SP ................................... 8

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 9

Governo de São Paulo promove seminário sobre a municipalização do processo de licenciamento ambiental ................................................................................................................................... 10

Câmara de Caraguatatuba abriu CPI para apurar supostas irregularidades no funcionamento de Usina de

beneficiamento da construção civil ................................................................................................ 10

Medidas Necessárias para diminuir os poluentes e proteger a saúde .................................................. 11

Meio Ambiente ............................................................................................................................ 12

São Carlos constrói segunda escola modelo em sustentabilidade ....................................................... 13

Blitz de Controle de Fumaça Preta conscientiza caminhoneiros no Éden .............................................. 14

Motorista é notificado em operação de controle de fumaça diesel no Éden em Sorocaba ....................... 16

Operação da Cetesb multa 20 motoristas por excesso de fumaça preta em Araraquara e São João ........ 17

Cetesb fiscaliza veículos a diesel para verificar emissão de fumaça .................................................... 18

Projeto Santa Mercedes + Verde, doações de mudas para plantio em área urbana. ............................. 20

O que você faz para combater a poluição? ...................................................................................... 21

Produção de lixo cresce 7,2% em cinco anos .................................................................................. 23

Cetesb fiscaliza veículos a diesel para verificar a fumaça preta que foi emitida .................................... 25

Contribuição econômica melhora percepção sobre o Polo Petroquímico, mas poluição ainda incomoda ... 26

Emissão de fumaça ...................................................................................................................... 27

Montanha de lixo ......................................................................................................................... 28

Cetesb multa 39 caminhões por poluir o ar ..................................................................................... 29

Anel viário avança após entrave de áreas ....................................................................................... 30

Cetesb multa 93 motoristas por emissão de fumaça preta ................................................................ 32

Cetesb fiscaliza emissão de fumaça de diesel em rodovias ................................................................ 33

Superintendente da CIS presta esclarecimentos na Câmara .............................................................. 34

Parque em Pirapora do Bom Jesus será construído com recursos da Emae .......................................... 35

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo comemora 51 anos .................................................... 36

DAEE emite 6,3 mil autorizações para uso de água em 2019 ............................................................ 37

Mortes interferem na piracema; BRK terá que repovoar lago ............................................................ 38

Prefeituras avançam em planos de obras para saneamento .............................................................. 40

Polícia Ambiental resgata 6 cães em Pirassununga e aplica multa de R$ 24 mil por maus-tratos ............ 41

Ação contra maus-tratos resgata 16 cachorros em Guarujá, SP ......................................................... 41

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 43

PL do Licenciamento acelera desmatamento e desprotege população ................................................. 43

Populações de animais da floresta estão em declínio, aponta novo relatório do WWF ........................... 46

População de animais em florestas cai pela metade desde 1970 ........................................................ 49

Em defesa da Amazônia ............................................................................................................... 50

A questão das embalagens na sustentabilidade ............................................................................... 58

Partículas de plástico caem do céu com a neve no Ártico .................................................................. 59

Estudo relaciona exploração de gás natural por 'fracking' a aumento nas emissões de gases estufa ....... 61

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 63

Painel: Com Receita sob tempestade perfeita, há expectativa de queda de Marcos Cintra ..................... 63

Petrobras planeja vender 15 das 26 térmicas, diz diretora ................................................................ 65

Poluição por plásticos já chegou ao Ártico, diz estudo ...................................................................... 67

Bolsonaro sugere a Merkel que use verba suspensa para reflorestar a Alemanha ................................. 68

Ativista Greta Thunberg inicia viagem de veleiro para participar de conferência ................................... 69

Mônica Bergamo: Senadores se armam para sabatina de Eduardo Bolsonaro para embaixada............... 70

ESTADÃO ................................................................................................................................... 72

Petrobrás quer vender termoelétricas e, ao mesmo tempo, crescer em energia ................................... 72

Após crise no Inpe, governo já testa monitoramento privado de desmate ........................................... 73

Sistema privado para monitorar desmate tem alta resolução e alertas diários ..................................... 75

Merkel, pegue essa grana e refloreste a Alemanha, diz Bolsonaro ...................................................... 77

Rodrigo Maia fará 'audiência de emergência' com MP para tratar de licenciamento ambiental ................ 78

Fóssil de pinguim gigante é encontrado na Nova Zelândia ................................................................ 79

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 80

Distribuidoras temem mudança de regras no gás de cozinha ............................................................ 80

A MP do Estado anarcocapitalista .................................................................................................. 83

Microplástico contamina o ar ......................................................................................................... 85

Elétrons em zigue-zague e neurônios alucinados ............................................................................. 86

Petrobras disputará leilão de energia nova com gás natural .............................................................. 88

Retórica do governo levará agronegócio à estaca zero, diz Blairo....................................................... 89

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Rádio Prudente

Data: 14/08/2019

Prefeito de Venceslau, Jorge Duran, fala

da importância da visita do Marcos

Penido em encontro promovido pela

Unipontal, em Teodoro Sampaio

RÁDIO PRUDENTE 1070 AM/PRESIDENTE

PRUDENTE | OUTROS Data Veiculação:

14/08/2019 às 16h18

Duração: 00:04:55

Transcrição

Saneamento. Resíduos sólidos. Coleta de lixo.

http://cloud.boxnet.com.br/y3gmzhrz

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Veículo: Rádio Prudente

Data: 14/08/2019

Marcos Penido fala sobre encontro

promovido pela Unipontal, em Teodoro

Sampaio (João Doria citado)

RÁDIO PRUDENTE 1070 AM/PRESIDENTE

PRUDENTE | OUTROS Data Veiculação:

14/08/2019 às 16h33

Duração: 00:04:49

Transcrição

Aterros sanitários.

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Grupo de Comunicação

Veículo: Noroeste News

Data: 15/08/2019

Prefeitura de Caraguatatuba participa de

Seminário sobre licenciamento ambiental

municipalizado

http://cloud.boxnet.com.br/y4d42yu3 Voltar ao Sumário

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Gazeta de Taubaté

Veículo2: O Vale

Data: 15/08/2019

Estado impõe regras para extração de

areia na região

http://cloud.boxnet.com.br/y339pfw2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 14/08/2019

Operação Fumaça Preta multa 835

veículos a diesel em São Paulo

Da Redação

Ao todo, 835 caminhões foram multados em

mais de 40 pontos (Foto: Banco de Dados)

No segundo megacomando do ano realizado

pela CETESB (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) nesta quarta-feira

(14/8) contra a emissão de fumaça preta por

veículos a diesel, 835 caminhões foram

multados em mais de 40 pontos distribuídos

por rodovias e avenidas de grande circulação

no Estado. A ação integra a Operação Inverno

2019, período em que as condições

meteorológicas se tornam mais desfavoráveis

à dispersão dos poluentes na atmosfera.

Para a diretora-presidente da CETESB,

Patrícia Iglecias, que acompanhou a

operação no Km 13,5 do Rodoanel Mário

Covas, essas ações de fiscalização são

importantes para garantir a qualidade de vida

da população. 'No período de inverno,

operações como essa são importantes para

manter a qualidade do ar e preservar a saúde

das pessoas no ambiente urbano', comentou.

O valor da multa pela infração ambiental é de

R$ 1.591,80 e dobra em caso de reincidência.

No caso de não se tratar de reincidência, o

proprietário do veículo autuado pode solicitar

a redução/restituição de 70% do valor da

penalidade, que fica condicionada à

comprovação da reparação no veículo.

Para o subsecretário de Meio Ambiente da

secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Eduardo Trani, São Paulo está na

vanguarda das ações para controle da poluição

do ar. 'Pretendemos implementar medidas

inovadoras para preservar o meio ambiente e

em benefício à população', disse.

No megacomando realizado em 11 de junho,

foram multados 1.108 veículos. Em 2018,

foram fiscalizados 151.349 caminhões e

ônibus diesel e aplicadas 2.930 penalidades.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29145941&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 14/08/2019

Uso de energia solar em prédios públicos

estaduais é tema de seminário em SP

Estudo busca difundir uso de fontes

renováveis, por meio do sistema fotovoltaica,

e reduzir custos com eletricidade

Iniciativas para impulsionar a geração de

energia renovável nortearam os debates do 2º

Seminário Sistemas de Energia Solar

Fotovoltaica em Prédios Públicos do Estado de

São Paulo, nessa terça-feira (13). Promovido

pela Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente de São Paulo, o Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o

Consórcio Nippon Koei LAC-Cobrape, o evento

apresentou os resultados já obtidos com o uso

de energia limpa.

“Atualmente, existem 51 projetos de energia

solar licenciados pela Cetesb [Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo] com

uma potência de 2 GW, que receberam R$ 3,8

bi de investimentos. Temos uma oportunidade

única para discutir a descentralização e as

demandas do setor”, comentou a diretora-

presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.

O objetivo do levantamento é que as 12.864

edificações próprias do Estado apontadas pelo

estudo sejam abastecidas por energia solar. O

uso da energia fotovoltaica promove o

conceito de cidades sustentáveis e

inteligentes, além de ter potencial de gerar

uma economia de R$ 12,5 milhões por mês

para os cofres públicos.

O seminário faz parte do Convênio de

Cooperação Técnica entre a Secretaria e o BID

firmado para desenvolver, demonstrar e

impulsionar a geração distribuída com energia

renovável por meio do uso de energia solar

fotovoltaica, com o objetivo de gerar

eletricidade e a redução de custos nas contas

de energia elétrica.

“É o momento de fortalecer a energia

fotovoltaica na matriz energética paulista e o

Estado precisa dar o exemplo”, afirmou o

Secretário Marcos Penido.

Nessa segunda edição do seminário foram

apresentados os resultados obtidos até o

momento pela consultoria contratada, o

Consórcio Nippon-Cobrape, denominado

“Apoio ao Governo do Estado de São Paulo no

desenvolvimento de conhecimento,

informações e ferramentas para disseminar o

uso de sistemas de energia solar fotovoltaica

em edifícios públicos no Estado”.

“São Paulo guia o desenvolvimento do Brasil,

da América Latina e pode ser exemplo, por

isso escolhemos o Estado”, disse o especialista

em Energia do BID, Arturo Alarcón.

As cartilhas de apoio aos gestores, estudos

técnicos nas unidades da APAE (Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais) de Guaíra e

São Vicente, entre outros, estão disponíveis

neste link.

Os recursos do convênio provêm do

mecanismo de cofinanciamento para Energias

Renováveis e Eficiência Energética (CORE)

assinado entre a Agência Japonesa de

Cooperação Internacional (JICA) e o BID em

abril de 2016.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/uso

-de-energia-solar-em-predios-publicos-

estaduais-e-tema-de-seminario-em-sp/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal Ipiranga

Data: 15/08/2019

Parque das Fontes faz 50 anos

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29155346&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Clube

Data: 14/08/2019

Governo de São Paulo promove seminário

sobre a municipalização do processo de

licenciamento ambiental

RÁDIO CLUBE 92,1 FM/VOTUPORANGA |

CLUBE NOTÍCIAS Data Veiculação:

14/08/2019 às 12h11

Duração: 00:00:55

Transcrição

municipalização, processo de licenciamento

ambiental, governo do estado, diretor de

Avaliação de Impacto Ambiental da CETESB,

Domênico Tremaroli,

http://cloud.boxnet.com.br/y32poqho

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Veículo: Rádio Band Vale

Data: 14/08/2019

Câmara de Caraguatatuba abriu CPI para

apurar supostas irregularidades no

funcionamento de Usina de

beneficiamento da construção civil

RÁDIO BAND VALE FM 98,5/SÃO SEBASTIÃO |

JORNAL DO MEIO DIA Data Veiculação:

14/08/2019 às 12h32

Duração: 00:03:42

Transcrição

Cetesb. Resíduos sólidos

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cultura

Data: 14/08/2019

Medidas Necessárias para diminuir os

poluentes e proteger a saúde

JORNAL DA CULTURA 1ª EDIÇÃO/TV

CULTURA/SÃO PAULO Data Veiculação:

14/08/2019 às 13h17

Duração: 00:10:32

Transcrição

Pode tirar das ruas centenas de milhares de

carros e ônibus e melhorar diretamente a

saúde da população mundo.

Muita gente e muito escapamento o resultado

é uma população doente por causa da

poluição, muito são vários componentes

associados com a poluição do ar, por exemplo,

monóxido de carbono, ele é um poluente que

ao você respirar esse gás dentro do seu

pulmão. Vou esse esse monóxido de carbono,

ele se associa no sangue com as moléculas

que carrega o oxigênio que a hemoglobina

essas moléculas, ao em vez de estar elevando

a oxigênio por seus tecidos, os seus músculos

e os seus órgãos está carregando monóxido

de carbono isso reduza ao que geração dos

tecidos e isso tem vários efeitos graves sobre

a saúde no Brasil, as mortes em decorrência

da poluição atmosférica aumentaram 14 por

cento em 10 anos.

Nesse período o número de óbitos por doenças

crônicas não-transmissíveis passou de 38 mil

em 2006 para 44 mil a constatação é do

estudo saúde Brasil 2018 do Ministério da

Saúde, o número de mortes evitáveis por

essas doenças cresceu assim como a

exposição ao ozônio em todo o país com

destaque para os grandes centros urbanos

estados castigados pelas queimadas e um

estudo da Organização Mundial da Saúde

classificou as 15 cidades brasileiras com maior

grau de poluição do ar, os níveis podem ser de

até 20 microgramas de poluentes por metro

cúbico de ar o Rio de Janeiro ocupa o 1º lugar

nessa lista com 64 microgramas seguido de

Cubatão, Campinas, São Paulo e Curitiba.

E no Rio de Janeiro, a medição da qualidade

do ar é feita apenas nos bolsões industriais já

que, em São Paulo a Cetesb tem medidores

por toda cidade da periferia ao centro isso

explicaria o Rio aparecer na frente no ranking,

além disso, quem estuda o problema diz que

mais grave do que a quantidade de poluentes

no ar e o tempo que as pessoas ficam na rua

respirando, a poluição.

E aí quem sai na frente e quem vive em São

Paulo, principalmente os taxistas e quem mora

na periferia, porque fica mais tempo dentro

dos ônibus.

Nos congestionamentos, a principal solução no

caso de cidade, como São Paulo que tem 8

milhões de automóveis e uma população de

cerca de 18 milhões de pessoas e obviamente

retirar os automóveis da rua, né e é para fazer

isso você precisa de transporte público de

qualidade para a população os ônibus também

são altamente poluidores na cidade de São

Paulo fez com tecnologias de 20 a 30 anos

atrás.

Então hoje existem ônibus com emissão 0

resolvendo a questão dos ônibus você resolve,

pelo menos, 50 por cento das emissões de

poluentes na cidade de São Paulo, nós

precisamos melhorar o transporte público de

massa se expandindo o metrô de uma maneira

rápida e de uma maneira e a atinge

principalmente nas periferias das cidades onde

a densidade populacional seja maior.

http://cloud.boxnet.com.br/y5bc7697

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Imparcial – Coluna José

Data: 14/08/2019

Meio Ambiente

O secretário Municipal do Meio Ambiente,

Inaldo Nascimento, e o interlocutor do

Projeto Município Verde Azul, Fábio

Florentino, participaram no dia 8 de agosto do

evento de Municipalização do Licenciamento

Ambiental em São Paulo. Durante o evento

foram abordados os benefícios desta proposta,

que garante a autorização do município para

expedir licenças ambientais para mais

atividades de produção, e, logo, geração de

emprego e renda.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29164305&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade On

Data: 14/08/2019

São Carlos constrói segunda escola

modelo em sustentabilidade

A primeira construção sustentável da

educação foi o CEMEI professor Nilson

Aparecido Gonçalves, localizada no Jardim

Embaré

CEMEI Profª Regina Aparecida Lima

Melchíades foi inaugurado em dezembro de

2018. Foto: Divulgação/ Prefeitura de São

Carlos

Ventilação e iluminação natural, economia de

água, uso de madeira de reflorestamento,

acessibilidade, coleta e reciclagem de resíduos

e aquecimento solar são algumas das

características do prédio do CEMEI Profª

Regina Aparecida Lima Melchíades.

A construção foi planejada e construída

pensando no meio ambiente e na economia.

"O município acerta em pensar na

sustentabilidade e ganha com a economia,

principalmente em contas de água e energia",

comenta Ana Paula Luzia, interlocutora do

programa Município VerdeAzul.

A escola contempla os parâmetros de

sustentabilidade previstos no Município

Verde/Azul. Esse é o segundo modelo de

habitação sustentável na educação. "Os

recursos são limitados, uma hora vão acabar.

Se nós não nos prepararmos para isso, eles

irão acabar antes do que a gente espera,

temos que pensar que as gerações futuras

tem que ter oportunidade de ter esses

recursos", afirma Ana Paula Luzia.

Outras três escolas em construção também

seguem modelos de obras sustentáveis, ganho

para o meio ambiente. "Pensamos em cada

detalhe; energia solar, cisternas, madeiras

ecológica, mas também na política

pedagógica, investindo no conceito de

preservação do meio ambiente e ensinando as

crianças desde pequenos a respeitar o meio

ambiente", conta o secretário de Educação,

Nino Mengatti.

Para Isabela Pelatti, bióloga da equipe

pedagógica da educação, ser modelo de

sustentabilidade também beneficia todo o

entorno. "Quando conscientizamos as crianças

estamos formando adultos preocupados com a

preservação do meio ambiente, a preservação

possibilita qualidade de vida para os próprios

filhos e netos. A educação forma

multiplicadores. Cada criança é um

multiplicador", diz ela.

O CEMEI Profª Regina Aparecida Lima

Melchíades foi inaugurado em dezembro de

2018, faz 170 atendimentos de crianças, com

idade entre 0 a 06 anos.

A primeira construção sustentável da

educação foi o CEMEI Professor Nilson

Aparecido Gonçalves, localizada no Jardim

Embaré.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29149208&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Prefeitura de Sorocaba

Veículo2: Diário de Sorocaba

Veículo3: Nave.org

Data: 14/08/2019

Blitz de Controle de Fumaça Preta

conscientiza caminhoneiros no Éden

Por: Letícia Campos quarta-feira, 14 de agosto

de 2019 - 14h54

Nesta quarta-feira (14), das 9h às 13h, a

Secretaria do Meio Ambiente, Parques e

Jardins (Sema), juntamente com a equipe de

Segurança de Trabalho dos Recursos Humanos

e a Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo (Cetesb) realizaram a Operação

de Controle de Fumaça Diesel na Avenida

Independência, próximo à Base da Polícia

Militar, no Éden. No total, 12 veículos a diesel

passaram pelo local, sendo que um deles foi

notificado.

A blitz contou com apoio da Polícia Militar e da

Urbes - Trânsito e Transporte, e foi realizada

através do convênio entre a Prefeitura de

Sorocaba e o Governo Estadual, dentro do

Programa de Manutenção e Melhorias de

Veículos a Diesel (PMMVD). Ação também é

em comemoração 'Dia do Combate à Poluição',

comemorado em 14 de agosto. A data

pertence ao calendário de datas

comemorativas alusivas ao Meio Ambiente,

conforme a Lei Municipal nº 8.812 de 2009.

Conforme o secretário da Sema, Maurício

Mota, trata-se de um trabalho em conjunto

com Estado, através da Cetesb, da Polícia

Militar, Polícia Militar Ambiental e, é de

fundamental importância neste momento do

ano, inverno seco. 'A questão atmosférica é

muito grave, traz muita preocupação no

tocante a saúde pública', ressalta.

'Estas ações são educativas e também

punitivas e contribuirão para melhorar a

qualidade do ar da nossa cidade', comenta

Maurício Mota. 'Existem estimativas de que

3,3 milhões de mortes no mundo são

decorrentes da poluição atmosférica oriundas

de veículos a diesel e estas mortes são

prematuras, ou seja, poderiam ser evitadas.

Crianças, idosos e a população mais carente

acabam ficando mais expostas, já que se trata

de uma faixa de maior vulnerabilidade',

comenta.

Para a segurança dos trabalhadores que

atuam nesta ação, a equipe de Segurança do

Trabalho da Prefeitura de Sorocaba também

acompanhou a blitz. 'Agimos na medição de

agentes de risco, da exposição passional do

servidor em função', comenta o engenheiro de

Segurança do Trabalho, Marcelo Rocha. 'Feitas

às medições de risco, avaliamos se cabe

propor medidas de proteção ao servidor',

complementa.

O gerente do setor de controle de emissões de

veículos em uso da Cetesb, Daniel Schimidt,

destacou a importância de manter o motor em

boas condições e a importância da operação

de inverno, 'a operação de hoje acontece em

todo Estado de São Paulo, em 42 pontos

diferentes, para conscientização dos

caminhoneiros', declara. 'A fumaça preta

prejudica a respiração e pode provocar muitas

doenças, por isso é muito importante à

conscientização dos motoristas e das

empresas que colocam esses caminhões para

trabalhar', orienta.

Francinaldo Henrique da Silva, 38 anos,

caminhoneiro há 12 anos comenta a

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Grupo de Comunicação

positividade da Operação de Inverno 'É

importante para o meio ambiente e para a

conscientização dos caminhoneiros', relata

após passar pela blitz.

Medições

As medições de emissão de fumaça preta são

realizadas por meio da escala de Ringelmamn,

que é feita visualmente, por meio de uma

tabela com cinco graduações de cores,

variando tons do cinza claro ao preto, sendo

que, a partir do terceiro tom, indo para o

preto, o veículo já pode ser multado. Esse

método oferece a vantagem de a fiscalização

ser feita com o veículo em movimento.

Caso a fiscalização com a escala não seja

precisa, o técnico encaminha os veículos para

teste com opacímetro. O instrumento portátil

é constituído por um banco óptico, sonda

(cabo inserido no escapamento) e maleta com

cabos para medição da quantidade de fumaça

preta. O teste, que é feito com o veículo

estacionado, dura em média dez minutos.

Se o modelo de caminhão for um pouco mais

novo, se faz a medição do Arla (Agente

Redutor Líquido Automotivo). 'O Arla é um

produto que vai a um tanque especial e evita a

emissão de muito poluentes na atmosfera',

comenta o técnico ambiental da Sema, Fábio

Roberto Alonso de Oliveira.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29134264&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29152537&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29145947&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: G1 Sorocaba e Jundiaí

Veículo2: Blog Peão

Data: 14/08/2019

Motorista é notificado em operação de

controle de fumaça diesel no Éden em

Sorocaba

No total, 12 veículos passaram pela Avenida

Independência durante a operação, na manhã

desta quarta-feira (14).

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Motorista é notificado em operação de controle

de fumaça diesel no Éden em Sorocaba —

Foto: Divulgação

Um motorista foi notificado durante a

Operação de Controle de Fumaça Diesel

realizada pela Secretaria do Meio

Ambiente, Parques e Jardins (Sema),

juntamente com a equipe de Segurança de

Trabalho dos Recursos Humanos e a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), em Sorocaba (SP).

No total, 12 veículos passaram pela Avenida

Independência, próximo à Base da Polícia

Militar, no Éden, durante a operação, na

manhã desta quarta-feira (14).

A blitz, que contou com apoio da Polícia Militar

e da Urbes, foi realizada em comemoração ao

Dia do Combate à Poluição, celebrado em 14

de agosto. A data pertence ao calendário de

datas comemorativas alusivas ao Meio

Ambiente, conforme a Lei Municipal nº 8.812

de 2009.

Medições

As medições de emissão de fumaça preta são

realizadas por meio da escala de Ringelmamn,

que é feita visualmente por meio de uma

tabela com cinco graduações de cores,

variando do cinza claro ao preto. A partir do

terceiro tom, indo para o preto, o veículo já

pode ser multado. Esse método oferece a

vantagem da fiscalização ser feita com o

veículo em movimento.

Caso a fiscalização com a escala não seja

precisa, o técnico encaminha os veículos para

teste com opacímetro. O instrumento portátil

é constituído por um banco óptico, sonda

(cabo inserido no escapamento) e maleta com

cabos para medição da quantidade de fumaça

preta. O teste, que é feito com o veículo

estacionado, dura em média 10 minutos.

Se o modelo de caminhão for um pouco mais

novo, se faz a medição do Arla (Agente

Redutor Líquido Automotivo).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29136969&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: G1 São Carlos e Araraquara

Veículo2: Wizze

Data: 14/08/2019

Operação da Cetesb multa 20 motoristas

por excesso de fumaça preta em

Araraquara e São João

Rodovia em São Carlos também foi fiscalizada,

mas houve motorista infrator nesta quarta

(14).

Por G1 São Carlos e Araraquara

Cetesb multa 20 motoristas em operação

contra fumaça preta em Araraquara e São

João da Boa Vista — Foto: Divulgação/Cetesb

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) multou 20 motoristas de

veículos a diesel de Araraquara e São João da

Boa Vista (SP) durante o 2º megacomando

contra excesso de fumaça, nesta quarta-feira

(14).

A operação aconteceu das 10h às 14h em 42

pontos distribuídos em rodovias e avenidas de

grande circulação em todo Estado de São

Paulo.

Em São Carlos, na altura do km 144 da

Rodovia Professor Luis Augusto de Oliveira

(SP-215), nenhum veículo foi flagrado em

desacordo com as normas.

Região

Cetesb fiscaliza veículos diesel que estejam

emitindo fumaça preta em excesso — Foto:

Jonathan Oliveira / G1

De acordo com a Cetesb, os veículos foram

flagrados em movimento, utilizando uma

cartela colorimétrica com indicativos da cor da

fumaça, chamada Escala de Rilgelmann.

Em Araraquara, a fiscalização aconteceu na

base operacional da Polícia Rodoviária na

Rodovia Washington Luís (SP-310), pista Sul.

Durante as quatro horas de operação, 1.240

veículos foram checados, resultando em 11

autuações.

Já em São João da Boa Vista, 539 veículos que

passaram pela Rodovia Adhemar Pereira de

Barros (SP-342), na altura do km 226, foram

fiscalizados. Desses, nove foram multados.

Multa

Cada veículo autuado recebeu uma multa de

R$ 1.591,80, sendo que o proprietário pode

solicitar a redução ou restituição de 70% do

valor se comprovada a reparação do veículo.

Em casos de reincidência, a multa pode ser

dobrada até atingir a quarta penalidade dentro

do um período de um ano.

Durante as quatro horas de operação, em todo

estado, 835 veículos dos 50.417 fiscalizados

foram multados.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/08/14/operacao-da-

cetesb-multa-20-motoristas-por-excesso-de-

fumaca-preta-em-araraquara-e-sao-

joao.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Agência Brasil

Veículo2: Mix Vale

Veículo3: Isto É online

Veículo4: UOL Notícias

Veículo5: A Crítica

+ 22 veículos

Data: 14/08/2019

Cetesb fiscaliza veículos a diesel para

verificar emissão de fumaça

Por Flavia Albuquerque - Repórter da Agência

Brasil São Paulo

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) fiscalizou hoje (14) 42 pontos

distribuídos em rodovias e avenidas de grande

circulação no estado para verificar a fumaça

preta emitida por veículos a diesel. A ação

integra a Operação Inverno 2019, período em

que as condições meteorológicas são

desfavoráveis para a dispersão dos poluentes

atmosféricos.

Foram abordados caminhões em dois pontos:

Rodoanel Km 13,5 Trecho Oeste, sentido

Norte e na Rodovia SP 79, Km 71, Bairro

Éden, em Sorocaba. Nesses locais foi utilizado

o opacímetro, um aparelho portátil que analisa

a opacidade da fumaça que sai pelo

escapamento do veículo. Nos outros pontos a

avaliação foi feita com os veículos em

movimento, com base em uma escala de cores

que classifica a cor da fumaça.

O veículo autuado recebe multa de R$

1.591,80, que pode dobrar em caso de

reincidência. Não se tratando de reincidência,

o proprietário do veículo autuado pode

solicitar a redução ou restituição de 70% do

valor da multa, condicionado à comprovação

da reparação do veículo.

A primeira ação semelhante do ano foi feita

em 11 de junho e resultou em 1.108 veículos

multados. No ano anterior, as ações

totalizaram 151.349 caminhões e ônibus a

diesel fiscalizados e 2.930 penalidades

aplicadas.

Dia de Combate à Poluição

A blitz ocorre no mesmo dia em que é

celebrado o Dia de Combate à Poluição. A

organização não governamental Greenpeace

chama a atenção para a necessidade de

alertar a população para os perigos escondidos

no ar respirado na capital paulista, ameaçando

não só a saúde, mas o ambiente das cidades e

do planeta. Um dos principais causadores

dessa poluição, destaca o Greenpeace, são os

ônibus movidos a diesel.

Segundo informações da Organização Mundial

de Saúde (OMS), a poluição do ar mata 17 mil

pessoas por ano na capital paulista, sendo que

a fumaça dos ônibus é responsável por 4.700

dessas mortes. No Brasil, esse número de

mortes sobe para 50 mil e, no mundo, são 7

milhões de pessoas. Hoje, os 15 mil ônibus

que circulam no espaço urbano são

responsáveis por 47% do material particulado

(fuligem) e 13% das emissões de CO2 que

poluem o ar da capital paulista e que afetam a

saúde de seus 12 milhões de moradores.

Para tentar reverter esse quadro na capital

paulista, a Lei Municipal 16.802/2018 exige

que os ônibus a diesel sejam transformados

em veículos não poluentes, movidos a

combustíveis 100% renováveis. O objetivo é

que a cidade reduza em 50% a emissão de

CO2 do transporte público municipal até 2028.

"Essa lei estabelece um marco regulatório

importante quando coloca não só um prazo de

transição como a porcentagem que terá que

ser reduzido para chegar a zero CO2 emitido

por combustível fóssil dos ônibus assim como

outros veículos da prefeitura. Por isso, ela é

uma lei bastante robusta e de potência

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Grupo de Comunicação

fenomenal para o país e um passo importante

até mesmo para o mundo. Estamos falando

sobre salvar vidas", disse o especialista em

mobilidade urbana do Greenpeace Brasil, Davi

Martins.

Segundo ele, apesar de a lei estar em vigor há

mais de um ano ainda há atrasos na transição

do transporte público municipal para uma

matriz limpa. "Temos hoje uma situação de

urgência climática. Não existem motivos

técnicos nem econômicos que impeçam a

adoção de ônibus menos poluentes", avaliou

Martins.

"Temos um comitê gestor [Comitê Gestor do

Programa de Acompanhamento da

Substituição de Frota por Alternativas Mais

Limpas - Comfrota] dessa questão que já está

trabalhando há seis meses e apenas hoje, na

sua terceira reunião, iniciou essa discussão.

Estamos alongando o tempo de condução e

isso vai ter impacto direto na população e no

bolso das operadoras de ônibus".

A prefeitura foi procurada, mas não respondeu

à solicitação até a publicação desta matéria.

Edição: Lílian Beraldo

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29137237&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29133792&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29134732&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29134733&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=29134769&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Panorama Notícia

Data: 14/08/2019

Projeto Santa Mercedes + Verde, doações

de mudas para plantio em área urbana.

Ermenson Rodrigues

Com o projeto "Santa Mercedes + Verde", o

munícipe de Santa Mercedes e Terra Nova

D'Oeste poderá fazer o cadastro na sede da

Prefeitura Municipal, onde escolherá a espécie

de árvore desejada, limitando-se a 2 mudas

por munícipe, e funcionários da Divisão de

Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente farão

o plantio, gratuitamente, no prazo de 15 dias.

A ação será realizada em parceria com a Usina

Caeté, Unidade de Paulicéia, representada

pelo Sr. Ricardo Jampani Picinini Engenheiro

Ambiental Espec. Seg. Trabalho, no qual serão

disponibilizadas as espécies nativas e

frutíferas para o plantio.

Cumpre destacar que a Unidade de Paulicéia

conta com as seguintes espécies disponíveis

para plantio em calçadas: ipê de jardim; pata

de vaca; resedá; brinco de índio; chapéu de

Napoleão; manguba; jacarandá; murta;

sombreiro; neve da montanha; graviola; ingá;

amora e bacupari.

É importante destacar que o plantio será

fiscalizado pela Chefe da Divisão de

Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente e

atual Interlocutora do Programa Município

Verde Azul, Sra. Ariadny Rocha Dias.

As árvores filtram o ar, funcionam como

barreira natural de ventos e odores,

possibilitam uma melhor percolação de água

no solo e diminuem a temperatura do

ambiente, por isso é imprescindível a nossa

conscientização.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29145952&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Primeira Página – São Carlos

Data: 14/08/2019

O que você faz para combater a poluição?

Com objetivo de levar à reflexão sobre as

atitudes individuais e coletivas para a

conservação ambiental e o combate à

poluição, Lençóis Paulista conta a Lei Municipal

3976/2009, que fixa o calendário de datas

comemorativas do meio ambiente,

regulamentada pelo Decreto Executivo nº

251/2010. Dentre elas, o dia 14 de agosto é

reconhecido oficialmente como o 'Dia de

combate à Poluição'. A Secretaria de

Agricultura e Meio Ambiente (SAMA)

desenvolve ações relacionadas ao tema

durante todo o mês de agosto, com destaque

para algumas ações que se concentram nesta

semana especial, com visitas ao Centro de

Educação Ambiental (CEA) no Parque do Povo

e Nascente Municipal Modelo; Campanhas

educativas; Plantio de árvores e mutirões de

limpeza em praças e área rural.

Na segunda-feira, 12, jovens integrantes do

grupo Leo Clube de Lençóis Paulista, clube de

serviço oficial ligado ao Lions Clubs

Internacional, participaram de campanha

educacional chamando a atenção para o

descarte irregular de lixo em praças, mais

especificamente na praça 'Domingos Antônio

Mastrângelo' e Rua Cel. Álvaro Martins (Rua

do Teatro Municipal 'Adélia Lorenzetti') e praça

'Lourenço Gutierres' no Jardim Village. Essas

praças e trajeto têm sido alvo do descarte

irregular de lixo nos fins de semana, como

copos, garrafas, tampinhas, latinhas de

bebidas, entre outros. A equipe da SAMA

realiza a limpeza dessas praças, porém se

cada um que frequenta esses locais levassem

seus resíduos em uma sacola para descartar

na lixeira mais próxima, seria a atitude mais

adequada e colaborativa para manutenção da

área, afinal cada um deve ser o primeiro

responsável pelo lixo que gera.

O plantio de árvores também está diretamente

ligado ao combate à poluição, uma vez que

combatem a poluição, beneficiam a qualidade

do ar, do ambiente em que vivemos e

favorecem a biodiversidade. Na terça-feira,

13, os colaboradores aniversariantes da

Support Informática também plantaram mais

9 árvores na praça 'Maria José Batista dos

Santos', no bairro Cecap.

Durante o mês de agosto para promoção da

educação ambiental formal, alunos da

educação infantil (Etapas II) da rede municipal

participam de visitas ao Centro de Educação

Ambiental (CEA) no Parque do Povo, onde

participam de atividades monitoradas sobre o

contexto e importância do Córrego da Prata e

Rio Lençóis, limpeza dos nossos rios e das

matas ciliares, e ainda visitam a nascente

municipal modelo, situada no Jardim Europa.

Os alunos também conhecem o conceito da

biodiversidade e importância da salvaguarda

dos animais silvestres; fauna doméstica com a

guarda responsável e exploram as plantas do

jardim sensorial, bem como as esculturas da

fauna que contam com sistemas audiovisuais,

tornando a aprendizagem mais lúdica e

atrativa para as crianças e visitantes. Alunos

do município de Borebi, da Escola 'Profª.

Iracema Leite e Silva' também visitaram o

CEA de Lençóis Paulista nesta semana

especial.

Na quinta-feira, 15, Lençóis Paulista por meio

de interlocutor e representantes dos quadros

da administração participa de mais uma

capacitação do Programa Município Verde

Azul no Teatro Municipal 'Renata Lycia dos

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Grupo de Comunicação

Santos Ludovicco', em Macatuba, onde serão

tratadas as diretivas Arborização Urbana,

Esgoto Tratado e Resíduos Sólidos.

Já na sexta-feira, 16, está planejada uma ação

em parceria com a PHD-Cana, com foco na

educação ambiental e mutirão de limpeza nos

canaviais, que infelizmente também tem sido

alvo do descarte irregular de lixo e resíduos,

desta vez com participação dos alunos do 4º

ano B da EMEF 'Lina Bosi Canova', Jardim

Ubirama. Os alunos participam de palestra e

acompanham o serviço com o maquinário na

remoção dos resíduos, alertando ainda sobre

os serviços prestados pela Prefeitura, como

agendamento para coleta de inservíveis,

funcionamento dos Ecopontos; Importância da

coleta seletiva e reciclagem realizadas

oficialmente pela Cooprelp e Adefilp;

Reaproveitamento dos Resíduos de Construção

Civil (RCC); Sistema de coleta mecanizada

'Coleta Certa', destinação adequada de óleo de

cozinha usado e programa 'Quando Acaba a

Pilha'; Coleta de animais mortos e lixo

infectante; Coleta de pneus; entre outros.

Ao final os alunos também visitam uma

nascente da região.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29144677&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Popular

Data: 15/08/2019

Produção de lixo cresce 7,2% em cinco

anos

Por Maria Teresa Costa

A produção de lixo urbano cresceu 7,2% nos

últimos cinco anos na Região Metropolitana de

Campinas (RMC) e saltou de 2,8 mil toneladas

diárias para 3 mil toneladas no período,

segundo a Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (Cetesb). Na média, foram

930 gramas diárias descartadas por pessoa

em 2018. Pode parecer pouco, mas

multiplicado por 365 dias, cada habitante

gerou 340 quilos no ano passado.

A geração regional está acima da média

mundial, que, segundo relatório do Banco

Mundial, de 2018, é de 270 quilos anuais por

pessoa, mas abaixo da média nacional, de 378

quilos, calculada, no ano passado, pela

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza

Urbana e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A geração de lixo, diz engenheiro sanitário e

consultor ambiental Marco Antônio Bispo, está

diretamente ligada ao consumo. Mesmo diante

de uma pequena melhora da economia,

afirmou, as pessoas passaram a descartar

mais materiais. A quantidade de embalagens e

resíduos domésticos que chega aos aterros

tende a crescer cada vez mais.

“Na região de Campinas temos um situação

bastante razoável nos aterros, embora a

reciclagem ainda seja muito pequena. Os

impactos ambientais só tendem a crescer se

não houver uma mudança no padrão de

consumo. Muitos alimentos vão para o lixo.

Perdemos o hábito de comprar produtos a

granel e isso gerou um grande descarte de

plásticos, como garrafas pets, sacolas

plásticas, pratos e copos descartáveis,

canudos que só trazem dano ao ambiente”,

disse.

Para a ambientalista Maria Odete Rigatto, do

Instituto Salve o Planeta, o consumo diário de

produtos industrializados é responsável pela

contínua produção de lixo. “Nas cidades

brasileiras, geralmente os resíduos são

destinados a céu aberto, contaminando solo e

água. O lixo provoca assoreamento,

enchentes, proliferação de vetores que

transmitem doenças, além do mau cheiro e

contaminação do ambiente”, afirmou.

A redução da produção de lixo, segundo a

ambientalista Maria Helena de Mello, é tarefa

de longo prazo e vai exigir educação ambiental

e mudança de processos produtivos. Há

atitudes que cada um pode adotar para

reduzir o volume de lixo em casa, sugere. Por

exemplo, evitar comprar água em garrafa

plástica, ir ao supermercado com ecobags, não

adquirir pratos e copos descartáveis, escolher

recipientes reaproveitáveis, abolir o uso de

canudinhos, escolher fraldas de pano, limitar

os alimentos em embalagens plásticas. “São

atitudes simples que irão impactar

positivamente o meio ambiente”, disse.

Dados da Prefeitura de Campinas mostram

que além do aumento de volume, a

composição dos resíduos também mudou, com

a redução da participação do lixo orgânico na

produção total. Há 20 anos, o orgânico

representava 60% da produção total e hoje

representa 40%. Isso ocorre por causa do

maior consumo de produtos embalados,

industrializados, com redução de produtos in

natura. Cada vez mais as pessoas estão

produzindo menos comida em casa e se

aproximando de padrões americanos e

europeus. Nos Estados Unidos, 16% do lixo

são de origem orgânica e na Europa, 20%.

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Grupo de Comunicação

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29150695&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Comercial

Data: 15/08/2019

Cetesb fiscaliza veículos a diesel para

verificar a fumaça preta que foi emitida

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29153200&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Regional - Minha Cidade

Data: 15/08/2019

Contribuição econômica melhora

percepção sobre o Polo Petroquímico,

mas poluição ainda incomoda

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29153199&e=577

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Veículo: Jornal Empresas e Negócios

Data: 15/08/2019

Emissão de fumaça

A Cetesb fiscalizou ontem (14) 42 pontos

distribuídos em rodovias e avenidas de grande

circulação no estado, para verificar a fumaça

preta emitida por veículos a diesel. A ação

integra a Operação Inverno 2019, período

em que as condições meteorológicas são

desfavoráveis para a dispersão dos poluentes

atmosféricos. Foram abordados caminhões no

Rodoanel Km 13,5 Trecho Oeste, sentido

Norte. O veículo autuado recebe multa de R$

1.591,80, que pode dobrar em caso de

reincidência.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29151104&e=577

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Veículo: Notícia Já - Cidades Já

Data: 15/08/2019

Montanha de lixo

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29166606&e=577

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Veículo: O Diário – Mogi

Data: 15/08/2019

Cetesb multa 39 caminhões por poluir o

ar

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/08/15/29170412/29170412_site.jpg

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Veículo: Diário da Região WEB

Data: 15/08/2019

Anel viário avança após entrave de áreas

Quase três meses depois de assinar contrato

da segunda fase de obras do anel viário, o

prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB),

assinou nesta quarta-feira, 14, a ordem de

serviço para o início da empreitada. A obra

ficará a cargo da empresa Constroeste, que

ganhou licitação com proposta de R$ 20,1

milhões. O atraso para início desta fase

ocorreu por conta de disputa com proprietários

de áreas e a esperada licença ambiental, que

é emitida pela Cetesb. O prazo previsto no

contrato para conclusão da empreitada é de

um ano e seis meses. Edinho pediu ao

representante da empresa, Denner Fernandes

Beato, que a obra seja concluída antes desse

período.

A primeira fase também é realizada pela

mesma empresa. Nesta etapa, as obras vão

interligar ruas e avenidas nos bairros Conjunto

Habitacional São José do Rio Preto, Residencial

Santa Ana e Duas Vendas. A empreitada ainda

prevê quatro pontos além de viadutos sobre o

rio Preto e ainda sobre o córrego Felicidade.

Segundo o prefeito, quando esta etapa for

concluída, irá facilitar o acesso à região norte

da cidade por trecho da cidade que é

"interrompido" por áreas de fundo de vale. O

anel viário segue trecho por onde passa o

linhão da CPFL. No total, tem 35 quilômetros

de extensão, sendo que 13 quilômetros terão

obras.

O impasse na segunda fase ocorreu por conta

de impasse com donos de áreas, em casos

que foram parar na Justiça, além das licenças

ambientais. A Justiça concedeu a imissão de

posse de áreas ao município para as obras. A

Prefeitura por sua vez depositou na Justiça

valores apontados em laudo pericial e aguarda

o desenrolar do processo.

"Conseguimos a imissão da ponte feita pelo

juiz e muitas vezes com autorização do

proprietário. Hoje temos essas áreas

liberadas. Além disso, todas as licenças

ambientais foram concedidas, num longo,

demorado, intenso [processo]", afirmou o

prefeito nesta quarta. "Vamos viabilizar anel

viário, com interligação de bairros, encurtando

as distâncias hoje existentes", disse Edinho.

Segundo o secretário de Planejamento, Israel

Cestari, a segunda etapa é de menor

extensão, com 1,2 quilômetro, mas

considerada a mais complexa. "São obras em

fundo de vale e o custo dela é maior, com

travessias, pontes e viadutos", disse Cestari.

O representante da Constroeste no evento,

Denner Fernandes Beato, disse que se trata de

trecho complexo. "Essa é a principal fase do

anel viário. Vai depender das chuvas. O que

pudermos agilizar nesta época de estiagem

será feito", afirmou a Edinho com relação ao

prazo da obra.

Etapas

Enquanto autoriza as obras da segunda etapa

do anel viário, a primeira, que começou em

maio, segue nas regiões da avenida Belvedere

(perto da rodovia BR-153), e também no

Jardim Tarraf, já próximo ao Parque

Tecnológico. O contrato dessa obra é de R$ 10

milhões. A terceira fase, que está terminando

a licitação e Constroeste também apresentou

a menor proposta R$ 9,3 milhões. A última

etapa está em fase final de projeto.

A construção do complexo de viadutos na

avenida Mirassolândia será concluída antes do

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Grupo de Comunicação

prazo previsto em contrato. A obra no valor de

R$ 24,8 milhões, foi iniciada em julho do ano

passado, com previsão de conclusão no início

de 2020.

Segundo a Prefeitura, o complexo vai

interligar a rua Capitão Faustino de Almeida

com as avenidas Mirassolândia e Domingos

Falavina, passando sobre a avenida Ernani

Pires Domingues. São seis alças de acesso à

região norte.

O procurador da Constroeste, Denner

Fernandes Beato, disse nesta quarta, 14, que

obra está "praticamente pronta". "A obra do

complexo da Mirassolândia será entregue

antes do prazo contratado. Quando o projeto é

bem elaborado, no momento certo, o

resultado é esse. As obras acontecem e,

inclusive, podem acabar antes do prazo",

afirmou Denner. (VM)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29159353&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário da Região WEB

Data: 15/08/2019

Cetesb multa 93 motoristas por emissão

de fumaça preta

Blitz da Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (Cetesb) contra emissão de

fumaça preta nas estradas estaduais fiscalizou

3.182 veículos a diesel em quatro municípios

da região de Rio Preto. Destes, 93 foram

multados por circular poluindo mais que o

permitido por lei. A operação durou quatro

horas e, em todo Estado, fiscalizou 50.417

veículos e multou 835 veículos em mais de 40

pontos.

As ações fazem parte da Operação Inverno

2019 da companhia. O objetivo é monitorar e

conscientizar os motoristas neste período do

ano, no qual as condições meteorológicas

estão mais desfavoráveis à dispersão dos

poluentes na atmosfera por conta da falta de

chuvas e baixa umidade relativa do ar.

Na região, o maior número de autuações - 31

multas - foi no quilômetro 495 da rodovia

Euclides da Cunha (SP-320), região de

Votuporanga. Na mesma estrada os fiscais

estiveram no quilômetro 580, região de Jales,

e multaram 28 condutores. Na rodovia

Washington Luís (SP-310), em Rio Preto, os

agentes multaram 25 motoristas e, na rodovia

Brigadeiro Faria Lima, em Barretos, nove.

Durante o monitoramento, os agentes usam a

Escala de Ringelmann para comparar a

densidade da fumaça emitida com os padrões

de cinza da escala. As medições também

utilizam o opacímetro, um equipamento que

capta a fumaça emitida por meio de uma

sonda no escapamento.

O valor da multa pela infração ambiental é de

R$ 1.591,80 - que dobra em caso de

reincidência. Se não for multado outra vez, o

proprietário do veículo pode solicitar a

redução/restituição de 70% do valor da

penalidade, "ficando condicionado à

comprovação da reparação no veículo", afirma

nota da Cetesb.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29164302&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: CBN Campinas

Data: 14/08/2019

Cetesb fiscaliza emissão de fumaça de

diesel em rodovias

Leandro Las Casas

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo realizou uma operação contra a fumaça

preta emitida por veículos a diesel. O chamado

megacomando foi o segundo do ano e foi feito

em 42 pontos espalhados por rodovias do

estado.

Caminhões foram abordados em dois locais

para aferição de um opacímetro, que analisa

as substâncias dispersadas pelos

escapamentos. Nos demais lugares, uma

cartela com indicativos da cor da fumaça foi

utilizada pelos fiscais.

As ações aconteceram em três rodovias da

região de Campinas e integram a Operação

Inverno 2019. Isso porque as condições

meteorológicas nessa época do ano se tornam

desfavoráveis à dispersão dos poluentes

atmosféricos.

O trabalho foi feito na Anhanguera, nos km 89

e 128, em Campinas e Americana, e na SP-

332, no km 129 em Paulínia. Os veículos

autuados receberão uma multa de R$

1.591,80, dobrando em caso de reincidência.

Ainda de acordo com o balanço da Cetesb, no

primeiro megacomando realizado em 11 de

junho de 2019, foram multados 1.108

veículos. Em 2018, foram fiscalizados 151.349

caminhões e ônibus diesel e aplicadas 2.930

penalidades.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29151106&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itu

Data: 14/08/2019

Superintendente da CIS presta

esclarecimentos na Câmara

O superintendente da Companhia Ituana de

Saneamento (CIS), Vincent Roland Menu,

esteve na Câmara de Vereadores de Itu na

tarde desta terça-feira, 13, para prestar

esclarecimentos sobre a qualidade de água no

município. O convite havia sido feito pela

vereadora Maria do Carmo Piunti, em maio.

Sobre a reportagem publicada no Jornal de Itu

sobre a presença de 27 agrotóxicos na água

(leia aqui), Menu garantiu que os agrotóxicos

existentes estão dentro do permitido pelo

Ministério da Saúde. 'Todas as análises no

período da Cis estão dentro do limite

aceitáveis, e mesmo antes da Cis', afirmou.

A respeito da notícia divulgada pela própria Cis

sobre uma contaminação que a autarquia

chamou de 'criminosa', Menu disse que

quando a água chegou 'espumando' no ETA do

Rancho Grande, o abastecimento que vem do

Mombaça foi interrompido, e segue assim até

hoje.

'Nós temos cinco mananciais neste trecho,

além do Mombaça', esclareceu. Segundo ele,

os laudos apontaram óleo e graxa, mas sem

ser possível nenhuma conclusão.

Sobre outro incidente no Mombaça no dia 3 de

agosto, ele afirmou que a suspeita é de que

algo tenha vindo de São Roque. 'O Mombaça

tem 50 quilômetros de extensão e passa por

três municípios, antes de desaguar no Rio

Tiete. Ele passa por estações de tratamento de

esgoto e áreas industriais. Podem ter recebido

esses materiais, e as análises não foram

capazes de detectar exatamente o que foi',

disse. Ele afirmou ainda que nesta quarta-feira

estaria reunido com a Secretaria de Meio

Ambiente de São Roque, pois a suspeita é de

que aquele município também foi prejudicado

no incidente do dia 3, e que estaria cobrando

da CETESB uma resposta.

Transparência

A vereadora Maria do Carmo aproveitou para

cobrar mais transparência da autarquia.

'Vemos propagandas de vocês em quase todos

os meios de comunicação e vocês devem usar

esses meios para informar a população'.

Vincent disse que a autarquia informa apenas

fatos, mas iria ver junto ao seu diretor de

comunicação como ser mais transparente.

Na semana passada, ao anunciar a

contratação do advogado Dr. Renê Paschoal

Liberatore como novo Diretor de Controle

Interno da Cis, o superintendente também

ressaltou que 'a contratação de Liberatore

corrobora a total transparência na

administração e divulgação de informações da

autarquia'

NOTA DA REDAÇÃO: A postura de Vincent

Menu parece ser incoerente com a de sua

Assessoria de Imprensa. Há dez dias enviamos

algumas perguntas, a maioria respondidas

ontem na Câmara, e não tivemos resposta.

Outros jornais, com o jornal Cruzeiro do Sul,

de Sorocaba, também têm dificuldades de

obter informações da autarquia, precisando

usar da Lei de Acesso à Informação, o que nos

causa espanto.

Vincent sabe dos e-mails não respondidos por

sua assessoria? Se sabe, está mentindo ao

falar de transparência. Se não sabe, está

sendo desmerecido do seu cargo de

superintendente.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29143133&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 15/08/2019

Parque em Pirapora do Bom Jesus será

construído com recursos da Emae

Empresa Metropolitana de Águas e

Energia vai investir R$ 2 milhões em área

que terá 25 mil metros quadrados

No último dia 6 de agosto, Pirapora do Bom

Jesus recebeu a cerimônia de lançamento da

pedra fundamental do Parque Municipal

Prefeito José Silveira Bueno “Capela”, que será

construído com recursos da Empresa

Metropolitana de Águas e Energia

(Emae), concessionária de geração de

energia ligada ao Governo do Estado de São

Paulo. A inauguração está prevista para 2020.

Na ocasião, o Presidente da Emae, Ronaldo

Camargo, anunciou que a companhia vai

investir R$ 2 milhões neste projeto. “Cerca de

R$ 300 mil serão despendidos ainda em 2019

e os outros R$ 1,7 milhão, no primeiro

trimestre do ano que vem”, disse

Para o Prefeito da cidade, Gregorio Rodrigues

Pontes Maglio, o empreendimento será um

marco na história de Pirapora do Bom Jesus.

“O início das obras dependia do licenciamento

ambiental. Com isso em mãos, logo teremos o

primeiro parque linear de Pirapora. Temos

uma ótima parceria com a Emae. O que não

aconteceu em cinco anos, em seis meses foi

solucionado”, afirmou.

A previsão é que o parque, que terá uma área

total de 25 mil metros quadrados e 786

metros quadrados de área construída, fique

pronto em até oito meses após a assinatura do

contrato com a empresa prestadora de

serviço. A empresa venceu o pregão eletrônico

em 5 de agosto e deve realizar a obra.

Processo ambiental

A construção do parque Municipal Prefeito José

Silveira Bueno “Capela” é uma compensação

ambiental relacionada à Pequena Central

Hidráulica (PCH) Pirapora, usina da Emae

instalada em 2014 na cidade. Esse é um

mecanismo que tem o objetivo de

contrabalançar os impactos ambientais

previstos ou já ocorridos na implantação de

determinado empreendimento.

Para viabilizar o espaço público, a equipe do

departamento de Meio Ambiente e Patrimônio

Imobiliário da Emae interagiu com a prefeitura

de Pirapora para entender melhor os desejos e

as necessidades da comunidade local. A partir

disso, desenvolveu o projeto e tratou do

processo de licenciamento ambiental junto à

Cetesb. Ficou a cargo do departamento de

Engenharia da Emae a contratação de uma

empresa para efetivar o projeto executivo e

fazer a gestão da obra.

“Esse projeto trará diversos benefícios para a

cidade de Pirapora do Bom Jesus que é muito

carente de espaço de lazer, entretenimento e

contemplação, além de ter espaços que

poderão ser utilizados por públicos de todas as

idades e necessidades”, comemora o gerente

do departamento de Meio Ambiente e

Patrimônio Imobiliário da Emae,

Admilson Clayton Barbosa.

Segundo Itamar Rodrigues, da Diretoria

de Geração, esse é mais um dos projetos da

Emae que ganhou agilidade com o novo corpo

executivo da Empresa. “Conseguimos em

tempo recorde o licenciamento ambiental que

era o grande entrave do projeto. A ideia é que

até a segunda quinzena de setembro a

construção seja iniciada.”

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/par

que-em-pirapora-do-bom-jesus-sera-

construido-com-recursos-do-emae/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 14/08/2019

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo comemora 51 anos

Criada em 1968, a CETESB é um dos 16

centros de referência da Organização das

Nações Unidas (ONU) para questões

ambientais

A CETESB (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) está comemorando 51

anos de serviços prestados. A agência do

Governo do Estado é responsável pelo

controle, fiscalização, monitoramento e

licenciamento de atividades geradoras de

poluição, com a preocupação fundamental de

preservar e recuperar a qualidade das águas,

do ar e do solo.

A diretora de Controle e Licenciamento

Ambiental, Zuleica Perez, afirmou que

“tenho orgulho de pertencer ao corpo de

técnico da CETESB. Após o balanço dos seis

meses da atual gestão, sinto que a Companhia

faz o Estado se movimentar.”

Para o diretor de Engenharia e Qualidade

Ambiental, Carlos Roberto dos Santos, a

Companhia, em 51 anos, contribuiu para

melhoria da saúde da população. “A alta

qualidade técnica do seu corpo funcional

inspira segurança e credibilidade”, diz.

A Companhia é um dos 16 centros de

referência da Organização das Nações Unidas

(ONU) para questões ambientais, atuando em

colaboração com os 184 países integrantes.

Além disso, é uma das cinco instituições

mundiais da Organização Mundial de Saúde

(OMS) para questões de abastecimento de

água e saneamento, além de órgão de

referência e consultoria do Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento para

questões ligadas a resíduos perigosos na

América Latina.

O diretor de Avaliação de Impacto

Ambiental Domenico Tremaroli, funcionário

de carreira com 43 anos na Companhia, se

emocionou ao relatar que “tem consciência do

que foi feito no passado e vem sendo realizado

no presente e que luta para que no futuro a

CETESB continue sendo uma referência no

trabalho ambiental.”

A diretora-presidente, Patrícia Iglecias,

ressaltou que “a velha e sempre nova Cetesb”

está em fase de renovação. “A Nova Cetesb

está baseada em cinco pilares. O programa de

renovação é o resultado do trabalho em

grupo, que reuniu os gerentes da companhia

para, juntos, projetarmos a Companhia que

queremos para os próximos 51 anos”,

finalizou.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/co

mpanhia-ambiental-do-estado-de-sao-paulo-

comemora-51-anos/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 14/08/2019

DAEE emite 6,3 mil autorizações para uso

de água em 2019

Número é o acumulado até julho deste ano;

outorga é instrumento fundamental para

gestão de recursos hídricos

O DAEE emitiu 895 autorizações para uso da

água no Estado de São Paulo em julho. No

total do ano, até o mês passado, o número de

outorgas chega a 6.304. Desde 1992, quando

entrou em vigor a lei nº 7.663, que

estabeleceu a política estadual de

aproveitamento dos recursos hídricos, foram

emitidas 78.111 outorgas pelo

Departamento de Águas e Energia

Elétrica.

“A outorga é um instrumento fundamental na

gestão do uso da água, pois permite à

administração pública equacionar o

atendimento às demandas e à disponibilidade

deste recurso no Estado de São Paulo. Graças

a esse trabalho, o DAEE tem cadastrado

usuários em mais de 16,6 mil cursos d’água

no Estado, de minúsculos riachos ao rio Tietê,

o maior do Estado com mais de 1,1 mil

quilômetros”, explica o superintendente do

DAEE, Alceu Segamarchi Jr.

O DAEE autorizou também a realização de

156 obras de desassoreamento de cursos

d’água, indeferiu 453 pedidos, revogou 26

portarias e registrou 3.139 casos de dispensa

de outorgas.

Com 1.638 outorgas, a Bacia do Médio Tietê

emitiu o maior volume de autorizações do

período. A quantidade corresponde a 26% do

total de emissões entre janeiro e julho de

2019. A Bacia, com 90 municípios, inclui as

Regiões Metropolitanas de Campinas,

Piracicaba, Sorocaba e Jundiaí.

Como pedir

A outorga deve ser solicitada por todo usuário

que necessite realizar captações e lançamento

de efluentes nos cursos d’água superficiais,

extração de águas subterrâneas para qualquer

finalidade, destacando-se os usos para

abastecimento público, irrigação e uso

industrial; precise realizar obras que

impliquem em alteração do regime

hidrológico, como canalizações, pontes,

travessias e barragens; ou para usos como

turismo, lazer, navegação, piscicultura e

outros.

A documentação necessária para obter a

outorga está disponível no site do DAEE

(www.daee.sp.gov.br) no item “Outorga e

Fiscalização”. No item “Saiba Mais”, o

interessado encontra também a legislação que

regulamenta a questão.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/dae

e-emite-63-mil-autorizacoes-para-uso-de-

agua-em-2019/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 15/08/2019

Mortes interferem na piracema; BRK terá

que repovoar lago

Ainda não há detalhes do volume de esgoto

que atingiu local para mensuração do impacto

A mortandade de peixes nas lagoas do Parque

Ecológico do Jardim do Lago provoca

consequências ambientais como o processo da

piracema, de reprodução dos peixes, e que

começa no fim do ano. O impacto é lembrado

pelo professor Hiroshi Yoshizane, da Faculdade

de Tecnologia (FT/Unicamp).

Ele explica que o processo ocorre mesmo em

lagos como o do porte do parque, e que a

morte dos peixes implica redução na

população fértil. Apenas na noite de terça-feira

a Prefeitura de Limeira informou a estimativa

de 100 peixes mortos, recolhidos pela

concessionária BRK Ambiental.

As estimativas dos danos são difíceis de

mensurar, como argumenta o professor. De

acordo com ele, a equação depende de

variáveis como a produção de esgoto da

população do entorno, em demanda que vai

para a rede que rompeu e lançou os dejetos

no lago. O parque está na região de maior

crescimento populacional, e concentra

também diversos bairros em situação de

vulnerabilidade social.

O professor defende que aréas como essa

devem ter uma comissão ambiental

responsável, formada por moradores da

comunidade. "É preciso de pessoas com

participação, e que possam responder a essas

situações reais", sugere. Em relação ao

impacto dos outros animais que habitam o

parque, como capivaras e gansos, Yoshizane

salienta que o dano é menor. Mesmo

usufruindo da água e de alimentos que têm

contato com ela, ainda contaminada, ele

esclarece que a flora intestinal desses animais

está condicionada às piores situações de

adaptação.

2 MIL ALEVINOS

Entre as penalidades da Prefeitura aplicadas à

BRK Ambiental, está a obrigação de repovoar

o lago com a soltura de dois mil alevinos. De

acordo com Rogério Mesquita, da Secretaria

de Meio Ambiente, o cálculo foi de 20 alevinos

para cada morte. O diretor de Licenciamento e

Fiscalização ressalta que, apesar do prazo de

cumprimento, está fora de cogitação a soltura

agora. A estimativa é que o lago esteja

propício a recebê-los em cerca de duas

semanas.

Secretária de Meio Ambiente interina, Patrícia

Kühl informa que a concessionária já foi

notificada das penalidades, que incluem multa

de 3,5 mil ufesps, ou R$ 92,8 mil. A punição

tem base no Código Municipal do Meio

Ambiente, lei de 2012 que prevê punições nos

casos de dano ambiental.

Mesquita explica que a lei prevê de 2 mil a 5

mil Ufesps. A infração foi considerada

gravíssima em função dos danos, mas a

equipe não entendeu que seria o caso do valor

máximo. "Não é determinado por achimos,

mas o que a lei permite dentro de parâmetros,

considerando despejo de efluente,

contaminação da água e do solo, a

mortandade dos peixes, poluição da flora e

fauna e dos meios bióticos e abióticos". Ele

reforça que, desde que notificado do

vazamento, na quinta-feira, o departamento

tomou as providências necessárias.

Cetesb decide

não multar

Agente da Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb) voltou ontem

ao local, para nova vistoria. Questionado

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Grupo de Comunicação

sobre providências na terça-feira, o órgão

desconhecia as mortes dos peixes, assim

como questionamento do Ministério Público

sobre o fato.

De acordo com o órgão, na nova vistoria,

constatou "que permanecem as operações de

bombeamento para oxigenação da água no

lago e o monitoramento de oxigênio

dissolvido. A empresa BRK Ambiental adotou

as providências para o restabelecimento da

operação da rede coletora e medidas para

melhoria das condições do lago. Considerando

que a Prefeitura de Limeira multou a

concessionária pelo dano ambiental causado, a

Cetesb decidiu não tomar a mesma medida,

para não incorrer na repetição de uma sanção

administrativa sobre o mesmo fato".

A Gazeta buscou posicionamento da agência

reguladora Ares-PCJ, notificada pela Prefeitura

em relação às punições à BRK Ambiental,

regulada pela agência, mas não houve retorno

até o fechamento da edição. (Daíza de

Carvalho)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29172358&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 15/08/2019

Prefeituras avançam em planos de obras

para saneamento

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29166115&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 São Carlos e Araraquara

Data: 15/08/2019

Polícia Ambiental resgata 6 cães em

Pirassununga e aplica multa de R$ 24 mil

por maus-tratos

Equipe chegou ao local após receber denúncia

de entidade protetora de animais.

Cães resgatados em Pirassununga foram levados para o

veterinário — Foto: Polícia Ambiental/Divulgação

A Polícia Ambiental de Pirassununga (SP)

resgatou seis cães em situação de maus-tratos

na terça-feira (13). Os animais estavam em

uma casa no Jardim Margarida. O dono foi

multado em R$ 24 mil.

Os policiais recebem denúncia de uma

entidade protetora de animais e foram

averiguar. Ao chegar ao local, a polícia

encontrou os cães debilitados por falta de

alimentação. Dois filhotes foram comidos pelos

outros animais.

Segundo a polícia, o dono alegou que está

desempregado, vive de bicos e que só

alimentava o cães durante a noite. Ele afirmou

ainda que tentou doar os filhotes, mas não

conseguiu.

Os seis animais debilitados foram recolhidos e

passam por atendimento veterinário.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/08/14/policia-ambiental-

resgata-6-caes-em-pirassununga-e-aplica-

multa-de-r-24-mil-por-maus-tratos.ghtml

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Veículo: G1 Santos e região

Data: 14/08/2019

Ação contra maus-tratos resgata 16

cachorros em Guarujá, SP

Animais foram localizados no Jardim Boa

Esperança, após denúncia anônima.

Cachorros foram resgatados após

denúncias de maus-tratos, em Guarujá, SP — Foto:

Divulgação/PMG

Pelo menos 16 cachorros foram resgatados

durante uma operação contra maus-tratos a

animais em Guarujá, no litoral de São Paulo. A

ação foi motivada após denúncia anônima e os

animais foram encontrados desnutridos e em

condições precárias de higiene. Todos foram

levados para o Canil Municipal.

Segundo a prefeitura, os cachorros foram

localizados em uma residência no bairro

Jardim Boa Esperança, no Distrito de Vicente

de Carvalho. Equipes da Polícia Militar

Ambiental e Diretoria de Força Tarefa da

Secretaria de Desenvolvimento e Convivência

Social (Sedecon) estavam presentes.

Os cães estavam desnutridos e em condições

que atestavam maus tratos. Eles foram

apreendidos e levados para o Canil Municipal,

onde receberão atendimento necessário e

vacinação. Assim que recuperados, serão

colocados para adoção.

A prefeitura orienta que denúncias sobre casos

de maus-tratos devem ser feitas de segunda à

sexta-feira, das 9h às 17h, no Canil Municipal

(Rua Maria Lídia Rêgo Lima, 301 - Jd.

Conceiçãozinha). Não é necessário se

identificar.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/08/14/acao-contra-maus-tratos-

resgata-16-cachorros-em-guaruja-sp.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Itapetininga e região

Data: 14/08/2019

Moradores do distrito de Nova Campina

reclamam de falta de água

Segundo secretária de Administração e

Planejamento, mina apresenta pouca água por

causa do período de estiagem. Sabesp disse

que estão sendo feitos estudos para

implantação de um sistema de abastecimento

de água no distrito.

Por G1 Itapetininga e Região

Casas de moradores do distrito de Nova

Campina (SP) apresentam falta d'água —

Foto: Reprodução/TV TEM

Os moradores do distrito de Itaoca, em Nova

Campina (SP), reclamam que algumas casas

que são abastecidas por uma mina estão

apresentando falta d'água há dias.

“Na última semana ficamos sem água

nenhuma. Você chega a tarde do serviço, de

repente as caixas d'água estão secas. É pouca

água, praticamente não tem", diz Wagner

Camargo dos Santos, morador do distrito que

tem cerca de 2,5 mil habitantes.

Eraldo da Silva Almeida passa pela mesma

situação e afirma que precisa buscar água com

baldes em uma nascente para que consiga

limpar a casa.

“Já aconteceu de buscar água no vizinho pelo

menos para cozinhar. Para outros afazeres,

como limpar casa e lavar louça temos que

correr para o mato. A gente vai para o mato e

pega água do rio”, conta.

De acordo com a secretária de Administração

e Planejamento Daiane Mesquita Camargo, a

mina apresenta pouca água por causa do

período de estiagem.

“Hoje temos um poço para fazer o

abastecimento do bairro e temos algumas

minas lá. Por causa do período de estiagem, a

quantidade de água acabou diminuindo, com

isso aconteceu de não abastecer todo bairro.

Tem também a questão do uso consciente da

água”, explica.

A secretária ainda afirma que a prefeitura fez

um contrato com a Sabesp para que a

empresa fizesse o abastecimento de água nos

bairros da cidade.

“A gente tem cobrado. A prefeita conversa

com o pessoal da Sabesp, cobra deles. A

gente tem um ofício, para que seja colocada

água lá. Não só lá, mas em outros distritos

também. A meta da Sabesp era, até 2015, ter

os bairros abastecidos. Como não

conseguiram cumprir, mandaram em 2017

uma reprogramação, falando que em 2019

eles iriam iniciar os trabalhos no bairro. A

Sabesp precisa fazer a canalização do bairro

para distribuir a água pras pessoas. A gente

tem cobrado, ido atrás”, afirma.

A Sabesp informou que o distrito não possui

sistema de abastecimento de água operado

pela Companhia. No local, há um poço tubular

profundo que abastece a população.

A Sabesp também disse que estão sendo

feitos estudos para a elaboração de projeto

para a implantação de um sistema de

abastecimento de água no distrito.

https://g1.globo.com/sp/itapetininga-

regiao/noticia/2019/08/14/moradores-do-

distrito-de-nova-campina-reclamam-da-falta-

de-agua.ghtml

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: WWF Brasil

Data: 14/08/2019

PL do Licenciamento acelera

desmatamento e desprotege população

Garimpo no Pará . © Tarcisio_Schnaider/ Shutterstock

Por WWF-Brasil

Pode ser colocado para votação no plenário da

Câmara dos Deputados, ainda nessa semana,

um projeto de lei que, se aprovado como está,

provocará uma explosão nas já altas taxas de

desmatamento no país e reduzirá a proteção

da população em relação aos impactos

negativos decorrentes da construção de

fábricas, termelétricas, empreendimentos de

mineração, dentre outras obras que afetam o meio ambiente e a saúde humana.

O projeto de lei em questão é o PL 3729 de

2004, que estabelece novas regras para o

licenciamento ambiental no país e foi incluído

pelo Presidente da Câmara dos Deputados,

Rodrigo Maia, em sua lista de projetos

prioritários para “destravar” investimentos no

país. Para tanto ele escolheu o deputado Kim

Kataguiri (DEM-SP) para relatar o projeto,

com a seguinte diretriz: dar eficiência aos

procedimentos administrativos sem diminuir padrões de proteção ambiental.

O substitutivo que vai à votação,

disponibilizado na última quinta-feira (08/08),

no entanto, não se enquadra nessa diretriz.

Pelo contrário, retrocedeu em diversos pontos

das versões anteriores, surpreendendo

técnicos e organizações da sociedade que vinham colaborando para equilibrar o texto.

Estradas, grandes obras e desmatamento

A proposta simplesmente dispensa de prévia

avaliação de impacto ambiental o

asfaltamento de estradas precárias que

cortam áreas bem preservadas de floresta,

permitindo que ela ocorra por meio do auto

licenciamento (Licença por Adesão e

Compromisso). Pior ainda, alterando regra

atualmente existente, proíbe que o órgão

ambiental exija do empreendedor –

frequentemente o próprio Governo Federal – a

adoção de medidas para controlar o

desmatamento induzido pela instalação de

obras de infraestrutura na floresta, ou mesmo

que negue uma licença em função do

previsível aumento incontrolável da grilagem e

consequente derrubada de florestas em

regiões ambientalmente sensíveis ou bem

preservadas. Isso porque o projeto dispensa,

no caso de licenciamento de novas obras, que

seja feita análise e proposição de medidas de

controle para os ditos impactos “indiretos”.

Com isso, o Poder Público deixará de se

preocupar com o desmatamento que resulta

não da obra em si, mas da abertura de novas

áreas para exploração agropecuária e

madeireira, o que valoriza a terra e atrai

novas pessoas para regiões remotas e até então bem conservadas.

Um caso exemplar ocorreu com as Usinas

Hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e

Jirau/Santo Antônio, em Rondônia. Os dois

municípios nos quais estão inseridas, Altamira

e Porto Velho, são há anos os campeões do

desmatamento na Amazônia. Parte importante

desse desmatamento decorre da atração de

novas pessoas para a região, o que acaba

estimulando invasão de terras públicas e

levando a conflitos violentos com os

moradores locais, incluindo povos indígenas.

Um dos objetivos declarados dos apoiadores

do projeto, dentre eles o Ministro de

Infraestrutura do Governo Bolsonaro, é

facilitar a reconstrução e instalação de novas

estradas na Amazônia, as quais têm hoje

dificuldades para conseguir licença ambiental

por serem importantes indutoras de invasão

de terras indígenas, áreas protegidas e

desmatamento. Segundo o relator da

proposta, deputado Kim Kataguiri, o

desmatamento não é um problema a ser

levado em consideração quando se avalia o impacto ambiental de uma rodovia.

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Grupo de Comunicação

Uma das primeiras rodovias a se beneficiar

dessa alteração legislativa será BR 319, que

liga Manaus a Porto Velho. Construída durante

da Ditadura Militar no Brasil, dentro da

perspectiva de acelerar a colonização da

região amazônica, o que levou ao

desmatamento de uma área do tamanho da

França em 40 anos, ela hoje tem um trecho de

quase 500 km totalmente intransitável em

época de chuvas e que corta uma das regiões

mais bem preservadas Amazônia Ocidental.

Com as novas regras ela poderá ser

reconstruída sem elaboração de Estudo de

Impacto Ambiental (EIA) e sem qualquer tipo

de avaliação prévia, pois se enquadrará na

figura de auto-licenciamento (art.10).

Segundo estimativas feitas por pesquisadores

do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia - INPA e da Universidade Federal do

Amazonas - UFAM é esperado um aumento de

528,1% no desmatamento no entorno da

rodovia até 2050, caso a reconstrução seja

feita sem os devidos cuidados ambientais e

sociais. A zona impactada é uma das áreas de

floresta tropical mais bem conservadas do

Planeta, com uma área do tamanho da Irlanda

indo para o chão. Esse impacto simplesmente

não será mais levado em consideração para se

avaliar a viabilidade ambiental da obra, ou mesmo medidas de controle (art.3º, II).

Saúde humana em risco

Esse não é o único problema do projeto. Ao

dispensar de avaliação ambiental os chamados

“impactos indiretos” de uma obra, ele abre

caminho para que os órgãos ambientais deem

autorizações baseadas em estudos parciais,

que podem deixar de fora impactos

importantes para a população. Por exemplo, a

construção de uma hidrelétrica pode levar a

um aumento significativo no número de

pessoas infectadas por malária, devido ao

desmatamento realizado, à chegada de mais

gente à região e ao represamento da água dos

rios. Hoje os empreendedores são obrigados a

adotar medidas para controlar a expansão da

malária, assim como para garantir

atendimento médico à população que virá a

ser infectada. Com a nova lei, tudo isso

desparece, pois se trata de um impacto indireto.

Auto licenciamento vira regra

Uma das novidades da lei é a previsão do

Licenciamento por Adesão e Compromisso

(LAC), uma forma de licença auto declaratória

através da qual o interessado pode instalar

seu projeto sem a necessidade de avaliação

prévia do órgão ambiental, uma vez que este

tenha estabelecido previamente as regras

ambientais que ele deve seguir. Já em uso na

Bahia, essa modalidade de licenciamento foi

prevista para ser aplicada a empreendimentos

pequenos e de baixo impacto ambiental, o que

ajudaria a direcionar o esforço de análise dos

órgãos ambientais aos empreendimentos com maior risco ambiental.

O projeto de Kim Kataguiri, no entanto, prevê

que essa modalidade pode ser aplicada a

todos empreendimentos que não sejam de

“significativo impacto ambiental”. Isso exclui

apenas os projetos muito grandes

(hidrelétricas, ferrovias, portos etc.) e permite

que empreendimentos com médio ou alto risco

ambiental, como fábricas, possam ser

instalados sem análise prévia e

monitoramento dos técnicos do órgão

ambiental, o que aumenta o risco de acidentes

ou impactos não previstos. O que poderia ser

uma regra de otimização do processo

administrativo com pouco risco ambiental se

transformou numa porta aberta à irresponsabilidade ambiental.

Na realidade, representa, em alguns aspectos,

um retrocesso de quase 40 anos na política

ambiental brasileira, dado que o licenciamento

ambiental surgiu no país no início dos anos

1980 como demanda de Instituições

Financeiras Internacionais, como o Banco

Mundial, para evitar que projetos por elas

financiadas continuassem levando à explosão

de grilagem, desmatamento e violência

decorrentes da instalação de rodovias e projetos de colonização na Amazônia.

Profusão de regras pode gerar corrupção

Versões anteriores do texto previam que tanto

Estados como Municípios poderiam definir que

tipo de empreendimento deve passar por

processo de licenciamento ambiental, desde

que respeitado um piso mínimo estabelecido

nacionalmente, no caso dos Estados, ou

estadualmente, no caso dos Municípios. Isso

evitaria que houvesse uma disputa negativa

entre entes federativos para atrair

investimentos através da flexibilização de

regras. Na versão que pode ir a votação, no

entanto, essa “trava” foi retirada. Pior: o que

antes deveria ser decidido por colegiados

ambientais, nos quais há presença de cidadãos

e órgãos de controle, agora pode ser objeto de

uma simples canetada do prefeito municipal,

sem qualquer tipo de controle social ou transparência.

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Grupo de Comunicação

A regra, tal como está prevista no texto de

Kim Kataguiri, criará não apenas uma imensa

confusão jurídica, pois cada um dos 5.570

municípios e 27 estados poderá adotar regras

diferentes para o licenciamento de

empreendimentos, como tornará os prefeitos

mais vulneráveis à pressão de

empreendedores interessados em facilitar a

aprovação de seus projetos, mesmo que com

grande impacto ambiental. Isso é um convite

à corrupção.

Unidades de Conservação ameaçadas

A proposta também deixa de lado, na hora de

avaliar os impactos ambientais, o parecer

técnico dos responsáveis por gerir as Unidades

de Conservação (UCs) de Uso Sustentável,

que representam mais da metade das UCs

brasileiras, de acordo com os dados oficiais.

Se uma obra vier a impactar negativamente

uma Reserva Extrativista, como vem

ocorrendo com a RESEX Riozinho do Anfrísio,

por exemplo, induzindo invasão de território e

perda de áreas de produção de seringa, os

moradores e o chefe da unidade não terão o

direito de se manifestar sobre quais medidas

entendem ser as mais apropriadas para evitar

que esse impacto ocorra.

O papel de Rodrigo Maia

É fundamental que Rodrigo Maia entenda que

o projeto, tal como está, pode trazer

consequências muito negativas ao país. Só ele

pode evitar que seja colocado em votação e

aprovado. As organizações ambientalistas, o

WWF Brasil dentre elas, não estão contra a

aprovação de uma nova lei sobre o assunto,

nem se opõem ao ganho de eficiência no

licenciamento, mas não podem aceitar

retrocessos dessa magnitude, sobretudo

porque esse foi o compromisso público do Presidente da Câmara dos Deputados.

https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_

meio_ambiente_e_natureza/?72502/Camara-

dos-deputados-pode-aprovar-projeto-que-

acelera-desmatamento-e-desprotege-

populacao-de-impactos-ambientais

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Grupo de Comunicação

Veículo: WWF Brasil

Data: 13/08/2019

Populações de animais da floresta estão

em declínio, aponta novo relatório do

WWF

Reino Unido - A rede WWF (Fundo Mundial

para a Natureza) divulga nesta terça (13) o

relatório "Bellow the Canopy" (Abaixo da copa

das árvores), a primeira avaliação global da

biodiversidade florestal. Histórico e inédito, o

levantamento avalia dados desde 1970 até

2014, o ano mais recente para o qual há

dados disponíveis.

O Índice Específico de Florestas mostra que as

populações monitoradas de aves, mamíferos,

anfíbios e répteis que vivem em florestas

diminuíram, em média, 53% no período

estudado. A perda e a degradação de habitat

causada principalmente pela atividade

humana, como o desmatamento, é a causa de

60% das ameaças a florestas e espécies

florestais . Os declínios foram maiores em

florestas tropicais, como a floresta amazônica.

Ou seja, mesmo abaixo das árvores, a

sobrevivência das espécies não está garantida.

Ainda segundo o relatório, as florestas são

vitais para a saúde do planeta, uma vez que

abrigam bem mais da metade das espécies

terrestres do mundo e são um dos agentes

responsáveis pela maior quantidade de

captura de carbono, o que mitiga a crise

climática. E a fauna silvestre, por sua vez, é

vital para manter as florestas saudáveis e

produtivas, cumprindo funções como a

polinização e a dispersão de sementes, além

de outros papéis essenciais para sua própria

regeneração e o armazenamento de carbono.

"As florestas são sistemas complexos que

dependem da vida selvagem que os habita

para mantê-los saudáveis, e a rápida

diminuição da vida selvagem da floresta nas

últimas décadas é um sinal de alerta urgente.

As florestas não são apenas um tesouro da

vida na Terra, mas também nosso maior

aliado natural na luta contra o colapso

climático. Nós os perdemos por nossa conta e

risco. Precisamos que líderes globais iniciem

imediatamente ações para proteger e

restaurar a natureza e manter nossas florestas

em pé ”, comenta Will Baldwin-Cantello, líder

global em florestas no WWF.

Se quisermos reverter o declínio da

biodiversidade em todo o mundo e evitar a

crise climática, precisamos salvaguardar as

florestas e as espécies que vivem nelas. Por

isso, o WWF tem pedido aos líderes mundiais

que declarem emergência planetária e

assegurem um "Novo Acordo para a Natureza

e para as Pessoas" até 2020, que barre a

emergência climática, proteja a natureza

remanescente e que torne o nosso modelo de

consumo e produção mais sustentável.

Proteger e restaurar florestas deve estar no

centro deste acordo.

Desmatamento e licenciamento no Brasil

O desmatamento na Amazônia brasileira vem

crescendo aceleradamente nos últimos sete

meses. Segundo dados do Inpe (Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais), o

desmatamento de julho de 2019 teve um

aumento de 278% em relação ao mesmo mês

do ano passado. Nos primeiros sete meses de

2019 houve um aumento de 65% em relação

ao mesmo período do ano passado.

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Grupo de Comunicação

Mas o que está ruim pode piorar. Tramita em

regime de urgência na Câmara dos Deputados

o PL 3.729 de 2004, que modifica toda a

legislação de licenciamento ambiental. Sob a

presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o

projeto pode ir à votação ainda esta semana.

Se aprovada como apresentada pelo seu

relator, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), o

projeto permitirá que obras de infraestrutura

sejam realizadas na Amazônia sem que o

desmatamento, impacto indireto, seja

considerado.

"Essa legislação faz o Brasil retroceder aos

anos 1970, quando o governo militar abriu

estradas e construiu hidrelétricas na Amazônia

sem tomar qualquer cuidado socioambiental, o

que levou à dizimação de povos indígenas, ao

desmatamento acelerado e a muita violência ",

avalia o diretor de Justiça Socioambiental do

WWF-Brasil, Raul Valle. "Em função do

desastre ocorrido, passamos a exigir, inclusive

por pressão de financiadores internacionais, a

elaboração de estudos e adoção de medidas

de controle antes da aprovação de obras com

grande impacto ambiental. Estamos voltando

quarenta anos no tempo.

Síndrome das florestas vazias

O Índice Específico de Florestas também

avaliou se a cobertura florestal sozinha - o

indicador mais usado globalmente - era uma

indicação precisa da saúde da vida selvagem

na florestas, abaixo da copa das árvores. A

pesquisa descobriu que, ao mesmo tempo em

que o combate ao desmatamento e o aumento

da cobertura florestal são essenciais para

restaurar a natureza, estes são, por si só,

etapas que não são suficientes.

"Para reverter o declínio da vida selvagem e a

saúde de nossas florestas, é crucial abordar as

múltiplas pressões sobre as espécies

florestais, incluindo desmatamento, comércio

ilegal de animais selvagens, caça

insustentável, espécies invasoras, mudanças

climáticas e doenças", diz Baldwin-Cantello.

“Futuras estruturas globais e todas as futuras

avaliações florestais globais devem incluir

medidas diretas de biodiversidade florestal e

mudança na cobertura florestal. Se não

abordarmos ameaças abaixo da copa das

árvores, corremos o risco de cair ainda mais

na síndrome das "florestas vazias", onde as

árvores permanecem, mas grande parte da

vida selvagem é perdida ".

“O primeiro passo para proteger a vida

selvagem ameaçada é entender as tendências

de suas populações e o que impulsiona seu

declínio. Ao utilizar o já bem estabelecido

Índice Planeta Vivo para criar um novo

indicador para espécies florestais, podemos

observar abaixo da copa das árvores para

saber como a vida selvagem dentro dessas

florestas está", explica a especialista em

conservação Louise McRae, da Sociedade

Zoológica de Londres (ZSL, Zoological Society

of London). "Nossa análise faz exatamente

isso, e revela que os números de muitas

espécies animais que dependem inteiramente

de florestas estão caindo. Com este novo

indicador, podemos rastrear a situação da vida

da floresta e acompanhar seu progresso em

direção a acordos internacionais e metas de

biodiversidade ."

Enquanto as descobertas do Índice de

Especialistas em Florestas mostram um

quadro sombrio do estado da biodiversidade

florestal, as histórias de sucesso da

conservação nos mostram que os animais que

habitam a floresta podem se recuperar com as

intervenções corretas. De macacos na Costa

Rica a gorilas na África central e oriental, o

relatório destaca uma série de soluções que

ajudaram com sucesso as populações de

animais da floresta a prosperar novamente.

Sobre o Índice Específico de Florestas

Ainda se sabe pouco sobre a situação dos

animais silvestres nas florestas. O Índice

Específico de Florestas (Forest Specialist

Index), desenvolvido pelo WWF seguindo a

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Grupo de Comunicação

metodologia do Living Planet Index (usado no

mais importante relatório mundial sobre

biodiversidade, o Relatório Planeta Vivo --

Living Planet Report), se concentra em

espécies que dependem inteiramente de

florestas. Isso significa que este indicador

fornece uma representação acurada da saúde

do ecossistema florestal.

O Centro de Monitoramento Mundial de

Conservação (UNEP-WCMC, World

Conservation Monitoring Centre) liderou a

análise e modelagem para este relatório em

colaboração com a Sociedade Zoológica de

Londres (ZSL, Zoological Society of London).

https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_

meio_ambiente_e_natureza/?72463/Populaco

es-de-animais-da-floresta-estao-em-declinio-

aponta-novo-relatorio-do-WWF

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Veículo: Jornal Empresa & Negócios

Data: 15/08/2019

População de animais em florestas cai

pela metade desde 1970

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29151104&e=577

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Veículo: Exame

Data: 15/08/2019

Em defesa da Amazônia

Com o aumento da derrubada da floresta, o

Brasil se desvia da rota que poderia levar o

país a se tornar a maior potência verde e

arrisca virar um vilão

André Jankavski, Fabiane Stefano, Rodrigo

Caetano e Murilo Bomfim

'Cerca de 150 homens com 80 motosserras

derrubaram freneticamente árvores com mais

de 20 metros de altura. A corrida para pôr

abaixo uma área de cerca de 5.000 hectares

antes da temporada de chuvas, em setembro,

durou meses. Tudo aconteceu à luz do dia,

para quem quisesse ver. No começo de

agosto, botaram fogo em tudo. Foi

assustador.' O relato é do pecuarista mineiro

Mauro Lúcio de Castro Costa, que há mais de

30 anos vive no Pará e ainda se choca com a

voracidade do desmatamento.

A derrubada que Costa testemunhou ocorreu

em São Félix do Xingu, um dos municípios

com maior perda vegetal no país. Na cidade,

dizem que o proprietário da terra devastada é

de Redenção, cidade a 400 quilômetros dali. O

certo é que cerca de 50 quilômetros

quadrados de floresta desapareceram e

engrossarão as estatísticas de degradação da

floresta no Brasil.

O cenário descrito por Costa é um fragmento

da realidade que tem colocado o Brasil na

posição de uma espécie de pária num debate

público com proporções globais. O estopim

foram os alertas gerados pelo renomado Inpe,

o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,

acusando uma alta expressiva no conjunto de

novos focos de desmatamento. Apenas as

áreas detectadas em junho e julho somam

mais de 6.000 quilômetros quadrados de

derrubada de mata, o equivalente a quatro

vezes o município de São Paulo.

A polêmica cresceu diante da reação do

presidente Jair Bolsonaro, com declarações

como a de que 'maus brasileiros' usavam

'números mentirosos contra a Amazônia'. Na

confusão, pela primeira vez um diretor do

Inpe, órgão criado em 1961 e vinculado ao

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e

Comunicações, foi demitido antes do fim do

mandato de quatro anos. Ricardo Galvão

estava havia dois anos no posto.

A postura de Bolsonaro gerou um repúdio

internacional. A revista britânica The

Economist estampou na capa a manchete

Deathwatch for the Amazon, algo como 'Vigília

da morte para a Amazônia'. A publicação

rotulou Bolsonaro como 'o chefe de Estado

mais perigoso para o meio ambiente'. O jornal

americano The New York Times e o britânico

The Guardian também publicaram editoriais

com duras críticas.

Para além do tiroteio verbal, já há prejuízos

concretos. No início de agosto, o governo

alemão suspendeu um investimento de 155

milhões de reais em projetos de proteção

florestal na região amazônica. Em meio a uma

das maiores crises econômicas e fiscais do

país, a resposta de Bolsonaro foi que 'não

precisamos desse dinheiro'. Em julho, a

Alemanha bloqueara uma doação de 151

milhões de reais ao Fundo Amazônia, criado

em 2008 para ajudar a frear a devastação por

meio da junção de recursos vindos de países

desenvolvidos.

No total, 103 projetos já receberam o

equivalente a 1,8 bilhão de reais do fundo. A

Alemanha é o segundo maior doador,

contribuindo com 5,6% dos 3,4 bilhões de

reais já arrecadados. A Noruega é a principal

mantenedora. Em maio, o governo Bolsonaro

sinalizou interesse em usar o fundo para

indenizar donos de propriedades privadas em

áreas de conservação, algo que foi confirmado

pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles. Procurada por EXAME, a embaixada da

Noruega afirmou que 'continua seu diálogo

sobre a governança e a eficiência do Fundo

Amazônia com representantes do governo

federal brasileiro. Atualmente, estamos no

aguardo de uma proposta do ministro Salles'.

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Grupo de Comunicação

É curioso notar que boa parte da polêmica

surgiu do que é um ponto consensual.

Governo, ambientalistas, especialistas

brasileiros e estrangeiros sabem que os dados

gerados pelo sistema de alertas do Inpe, o

Deter, não devem ser usados para

comparações mês a mês. Isso porque os

meses de detecção não correspondem,

necessariamente, aos períodos de ação dos

desmatadores.

Existe a possibilidade, por exemplo, de uma

nuvem ter passado sobre aquela área no mês

anterior e impedido a detecção. Com uma

margem de erro de 12%, a finalidade do

sistema é outra. Implementado em 2003, ele

orienta ações de combate à destruição

implementadas pelo Ibama (Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis).

O início de operação do Deter coincide com

uma queda notável nas estatísticas de

desmatamento: se em 2004 a área

desflorestada foi estimada em 27.000

quilômetros quadrados, em 2012 o número

caiu para cerca de 4.500 quilômetros

quadrados. Foi uma redução de 83%, um

ganho histórico que o país pode colocar a

perder. 'O Brasil é respeitadíssimo, no mundo

inteiro, na área de observação da Terra', diz

Gilberto Câmara, diretor do instituto na época

da implementação dos sistemas de

monitoramento e atualmente à frente do

Group on Earth Observations, rede global de

organizações para gestão de informações

sobre a Terra, com sede na Suíça. 'Revistas

científicas de alto nível usam os dados do

Inpe, e isso não veio de mão beijada, e não

ocorre apenas porque o satélite não mente.

São mais de 30 anos que construíram uma

credibilidade internacional.'

Escalada da devastação

Há também outro consenso: o sistema tem

sido eficiente em apontar tendências.

Historicamente, o cálculo anual divulgado pelo

Inpe, que, além das imagens de satélite, usa

outros instrumentos de averiguação, como

radares e trabalho em campo, costuma indicar

uma taxa 20% superior ao registrado pelo

sistema de coleta diária. A escalada da

devastação, segundo mais de 30 especialistas

procurados por EXAME, é inequívoca.

Na medida mais conservadora, de agosto de

2018 a julho de 2019, a destruição da floresta

avançou 17% em comparação com o mesmo

período do ano anterior, apontam dados do

sistema de alertas SAD, do Imazon, instituto

de pesquisas fundado em Belém em 1990 e

que realiza estudos periódicos sobre o tema. É

um aumento que se soma a um acréscimo de

39%, que já foi registrado no ano passado em

relação a 2017. 'Não há nenhuma dúvida de

que a perda aumentou, e aumentou muito',

diz Tasso Azevedo, coordenador da iniciativa

MapBiomas, que mapeia a cobertura e o uso

do solo brasileiro, e ex-diretor-geral do

Serviço Florestal Brasileiro. 'O aumento vem

desde 2012 e se acentuou de 2015 para cá.

Nesse meio tempo não houve nenhum

movimento eficiente de ONGs ou

ambientalistas para dar dinamismo econômico

aos mais de 20 milhões de brasileiros que

vivem na Amazônia', afirma o ministro Ricardo

Salles (veja entrevista na pág. 28).

Ambientalistas projetam que o desmatamento

tem um ponto de ruptura, limite a partir do

qual o clima e a vegetação da região

mudariam de forma irreversível. O ponto de

inflexão seria atingido se o desmatamento

alcançasse de 20% a 25% da extensão

original da floresta.

Atualmente, a perda está na casa dos 15%.

'Com as taxas atuais de desmatamento, daqui

a 30 anos parte da floresta poderia virar uma

savana empobrecida', afirma Carlos Nobre, um

dos maiores especialistas em mudanças

climáticas do Brasil. Nobre é o autor de um

estudo a respeito, ao lado do cientista

americano Thomas Lovejoy, outra referência

mundial no tema. Já há impactos no clima

local. A duração da estação seca aumentou,

em média, seis dias por década nos últimos 30

anos. No longo prazo, a mudança pode tornar

inviável o agronegócio na região e em outras

partes do país, cujo regime de chuvas sofre

influência da Amazônia.

Além do prejuízo concreto e potencialmente

irreversível, há uma perda intangível tão ou

mais difícil de recuperar: a reputacional. O

Brasil reúne ativos que colocam o país numa

posição de vantagem no tema ambiental.

Temos 12% das florestas do mundo. São

quase 5 milhões de quilômetros quadrados de

cobertura florestal, uma área maior do que a

da União Europeia.

Apenas a Rússia, com mais de 8 milhões de

quilômetros quadrados de florestas, 20% do

total mundial, supera o Brasil nesse quesito.

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Grupo de Comunicação

Mais do que pela vastidão, a Amazônia é um

ativo inestimável por concentrar a maior

biodiversidade do planeta. Um estudo

realizado neste ano pela incensada Singularity

University, escola de negócios baseada no

Vale do Silício, reconhece no Brasil todos os

elementos para liderar as discussões globais

nessa frente.

As condições estão postas para que o país use

esses atributos para exercer o que o cientista

político americano Joseph Nye, professor na

Universidade Harvard, chama de soft power.

Enquanto o 'poder duro' reside na capacidade

de coagir, e se origina na vantagem militar ou

econômica, o poder brando surge da cultura e

das políticas. O Brasil reúne elementos

favoráveis, como a miscigenação e o histórico

de convivência pacífica com o mundo, pelo

menos nos últimos 150 anos.

Por algum tempo, o país caminhou no sentido

de capturar esse potencial ao conquistar a

simpatia mundial na seara do meio ambiente.

Após anos de uma estratégia de

desenvolvimento a todo o custo empreendida

pelos militares, o discurso mudou e a

diplomacia ambiental brasileira tomou forma

nos anos 90, após a Conferência das Nações

Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio

de Janeiro.

A imagem consolidou-se com os resultados de

políticas para a redução de desmatamento ao

longo dos anos 2000. Deixar isso de lado pode

abalar o bolso das empresas e os

investimentos no Brasil. 'Um retrocesso nessa

área pode até inviabilizar investimentos de

multinacionais, que costumam ser sensíveis a

esses temas', diz o embaixador Paulo Roberto

de Almeida, que até março ocupava o cargo

de diretor do Instituto de Pesquisa de

Relações Internacionais, vinculado ao

Ministério das Relações Exteriores.

O tema tem sido central na avaliação da

reputação das nações. Um levantamento

realizado pela consultoria americana BCG e

obtido com exclusividade por EXAME evidencia

que, nessa questão, a imagem do Brasil está

piorando.

A consultoria faz a avaliação dos países em

dez dimensões, sendo o meio ambiente um

deles. Até 2016, o país teve um desempenho

ascendente. Desde então teve uma trajetória

errática. Neste ano, a queda de sua nota

nesse quesito foi de 9% - de 2014 a 2019,

teve uma redução acumulada de 5%.

Enquanto isso, países europeus com histórico

de desmatamento recuperam suas florestas. A

França, segunda colocada no levantamento de

2019, atrás da Islândia, teve uma evolução na

nota de 12% nos últimos cinco anos. A

Alemanha obteve uma avaliação 7% melhor

no período.

O peso da questão ambiental também aparece

em estudo da consultoria americana

FutureBrand, que avalia a imagem de países.

Neste ano, a consultoria destacou três

dimensões mais relevantes na avaliação de

uma nação: uma delas é a política ambiental,

ao lado da qualidade de vida e dos produtos e

serviços produzidos localmente.

Quanto à liberdade política e ao compromisso

com o meio ambiente, o Brasil é bem avaliado

por apenas 15% dos entrevistados. Em países

como a Noruega a taxa é de 67%. Caindo

quatro posições no ranking geral, o Brasil

ocupa o 47o lugar, bem abaixo da média dos

dez primeiros nas seis dimensões avaliadas.

Ao compararmos com a média global, o país é

superior em só dois critérios: turismo e

patrimônio e cultura. O estudo mostra, porém,

que é possível reverter a imagem negativa. O

Japão, que perdera pontos após o acidente

nuclear em Fukushima em 2011, ganhou 14

pontos percentuais na seara ambiental neste

ano em relação ao ano anterior.

Recentemente, o governo japonês anunciou a

meta de cortar as emissões de carbono em

26% até 2030.

Ainda que pese o fato de 59% do território

brasileiro estar coberto por florestas, o país

tem se afastado da rota do bom protagonismo

nessa seara no mundo. O Brasil figura no topo

da lista das nações que mais desvastaram no

mundo de 2010 a 2015, segundo o

levantamento Global Forest Resources

Assessments, produzido a cada cinco anos

pela FAO, a Organização das Nações Unidas

para Alimentação e Agricultura.

Nesse período, foram perdidos aqui 9.840

quilômetros quadrados de florestas, ou 0,2%

do total. Pode parecer ínfimo diante da

imensidão remanescente. Mais preocupante

que o dado é a tendência. Desde 1990, o

Brasil perde cobertura florestal em todas as

décadas. É o oposto do que se vê em nações

desenvolvidas, como Austrália, França e

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Grupo de Comunicação

Estados Unidos, que historicamente

aniquilaram sua vegetação nativa e passaram

a recuperar áreas florestais recentemente.

É interessante notar que não é necessário

abrir mão de desenvolvimento econômico, de

um lado, para bancar a floresta em pé, de

outro. Dados mostram que o desmatamento

não está nas grandes propriedades: 99% dos

grandes produtores não desmatam

ilegalmente. O desmatamento na Amazônia é

majoritariamente ilegal. Segundo dados do

Mapbiomas, 40% da retirada de floresta nativa

ocorre em áreas não autorizadas, como

Unidades de Conservação, terras indígenas e

reservas legais. Outros 55% da derrubada

foram feitos sem obtenção prévia de

autorização, portanto também classificada

como ilegal.

O primeiro passo dos criminosos é a grilagem

- a ocupação irregular e fraudulenta de terras

-, que gera um mercado especulativo nas

áreas passíveis de produção agrícola. O

segundo é uma consequência da grilagem: a

conversão das terras em pasto, com

queimada, acomodação de sementes e

preparo do solo. Em 2017, a reportagem de

EXAME percorreu 1?418 quilômetros dentro da

Floresta Amazônica e constatou que o avanço

da devastação é um retrato do Brasil que deu

errado: afrouxamento das leis, impunidade e

ausência de políticas públicas. Problemas

graves que, infelizmente, se acentuam ano a

ano. De janeiro a abril de 2018, o Ibama fez

56 operações de fiscalização ambiental na

Amazônia. No mesmo período deste ano foram

apenas 17.

Os dados, obtidos por meio da Lei de Acesso à

Informação, foram repassados a EXAME pelo

Observatório do Clima, coalizão que reúne

diversas organizações de defesa do meio

ambiente. A falta de comando no órgão é

outro problema. Das 27 superintendências do

Ibama, 19 estão vagas. Entre os estados da

Amazônia Legal, apenas o Mato Grosso conta

com um superintendente. Procurado, o Ibama

não retornou ao pedido de entrevista. 'Houve

um desmanche da estrutura de combate ao

desmatamento, e isso está incentivando a

atuação de grupos criminosos', diz Carlos Rittl,

secretário-geral do Observatório do Clima.

'Não são os fazendeiros que destroem a

floresta, é o crime organizado.'

Segundo Carlos Souza, do Imazon, há

abertura de novas frentes de

desflorestamento, em especial no sul do

Amazonas, estado com o menor índice de

degradação da floresta. Nessa região, os

últimos dias do mês de julho foram

particularmente cruéis com os moradores de

Apuí, cidade de 21.000 habitantes a 408

quilômetros de Manaus. Em alguns dias, eles

nem enxergaram a luz do sol. E o problema

não foi o tempo nublado. Desde 27 de julho, o

município vem sofrendo com severas

queimadas. Segundo o governo do Amazonas,

houve quase 700 registros de focos de

incêndio em Apuí, o maior número registrado

em todo o país. O problema se mostrou tão

grave que foi decretada situação de

emergência pelo vice-governador Carlos

Almeida Filho, que ocupava o cargo de

governador interinamente. 'Os próprios

moradores da região afirmaram que não se

observava esse tipo de situação havia muitos

anos', diz Ricardo Mello, gerente do Programa

Amazônia da ONG WWF-Brasil.

Não apenas terras desocupadas vêm sendo

invadidas mas também áreas exploradas

regularmente pela iniciativa privada. A Amata,

empresa de manejo florestal que tem entre os

donos Guilherme Leal, um dos sócios da

fabricante de cosméticos Natura, tem sido alvo

de ladrões de madeira em uma área de

46?000 hectares na região do Jamari, em

Rondônia.

A empresa ganhou uma licitação para a

exploração da terra em 2008 e, desde então,

utiliza um modelo que permite o

aproveitamento da floresta com técnicas de

impacto ambiental mínimo. Em 2016, a área

registrou seis invasões de madeireiros.

No ano passado, foram 29. 'Registramos a

ocorrência policial, mas o poder público não

tem estrutura suficiente para fazer os

atendimentos', diz Ana Leite Bastos,

presidente da Amata. Outra área

recentemente invadida foi a reserva legal de

uma das fazendas no Pará da Agropalma,

maior fabricante de óleo de palma do país.

Madeireiros ilegais entraram três vezes na

floresta da empresa e derrubaram árvores

como o angelim-vermelho, que chega a ter 60

metros de altura. 'Havia anos não tínhamos

invasões', disse Marcello Brito, presidente da

Agropalma e, desde janeiro, presidente da

Associação Brasileira do Agronegócio.

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Grupo de Comunicação

As reservas indígenas também têm sido alvo

frequente. Imagens de satélites da Terra

Indígena Kayapó, no Pará, mostram que,

entre janeiro e julho, houve uma forte

expansão de garimpo ilegal. Segundo a

cooperativa de organizações não

governamentais Rede Amazônica de

Informação Socioambiental Georreferenciada,

foram identificados 453 garimpos ilegais na

região da Amazônia brasileira em dezembro.

'Essas explorações trazem uma série de

consequências danosas ao meio ambiente',

afirma Wilson Brumer, presidente do conselho

diretor do Instituto Brasileiro de Mineração. O

mapeamento da cooperativa Rede Amazônica,

por exemplo, apontou que 30 rios foram

afetados por resquícios de metais tóxicos,

como o mercúrio.

Não ajuda nada a conter a expansão da

atividade criminosa a alusão do governo

Bolsonaro a liberar terras indígenas para

mineração, cuja exploração não chega a ser

proibida, mas requer autorização do

Legislativo. Interesse em permitir essa

exploração não falta. Dados de abril do

Instituto Socioambiental da Amazônia

apontam 4 332 processos de pedidos de

mineração em 214 terras indígenas.

Os processos incidem sobre 25% das áreas

indígenas da Amazônia Legal. A campeã de

requerimentos é a Reserva Ianomâmi,

localizada no Amazonas e em Roraima, na

qual os 536 pedidos somam 9,6 milhões de

hectares, o equivalente a 42% das terras. A

proposta de liberação surgiu após a polêmica

envolvendo os dados de aumento do

desmatamento, e não foi bem recebida.

Depois de uma pesquisa realizada pelo

instituto Datafolha mostrando que 86% dos

brasileiros são contra a mineração em terras

indígenas, o presidente recuou. Colocou como

opção uma consulta pública sobre o tema.

O tema esfriou, mas não foi esquecido. Para o

secretário de Geologia, Mineração e

Transformação Mineral do Ministério de Minas

e Energia, Alexandre Vidigal, é necessário um

debate sobre o assunto sem 'ideologia à

mesa'. 'Temos um patrimônio mineral

reconhecido por nossos concorrentes, mas a

mineração só representa 4% de nosso PIB,

enquanto nos países desenvolvidos chega a

9%', diz Vidigal.

Na visão do ministério, é necessário fazer um

estudo para identificar os minerais de cada

região e qual vale a pena ser explorado. 'A

questão não tem de ser se é terra indígena ou

não, mas qual mineral se quer aproveitar para

suprir a demanda global.'

Há outras propostas no Congresso que trazem

riscos. Uma delas propõe maior flexibilização

nos licenciamentos ambientais, de autoria do

deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), e

deve ir a plenário até o fim de agosto. O

principal ponto é o que passaria aos estados a

decisão de quais projetos precisam ou não de

licença ambiental. A ideia é liberar atividades

consideradas menos impactantes, como a

agropecuária e as melhorias em obras de

infraestrutura.

Hoje, para uma obra ser liberada, conselhos

ambientais dos estados e da União precisam

dar o aval. Para o deputado Kataguiri, as

novas regras ajudarão a dar mais celeridade

aos processos de licenciamento ambiental.

Segundo a proposta, os órgãos estaduais de

fiscalização terão até 90 dias para enviar um

parecer para a decisão de seu respectivo

governador. 'Com essa mudança na legislação,

o governador vai assumir o risco político de

aprovar.

Se acontecer algum problema, ele poderá ser

responsabilizado pela população', diz

Kataguiri. A versão final do texto já está nas

mãos do presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e há a

expectativa de que já existam votos

suficientes para a aprovação.

Outra proposta, esta bem mais controversa,

de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PSL-

RJ), corre no Senado. Em abril, o primogênito

do presidente apresentou um projeto de lei

para eliminar do Código Florestal a reserva

obrigatória em propriedades rurais. No texto,

o senador classifica a questão como um

'entrave'. Atualmente, os donos de terras

precisam manter parte das propriedades com

vegetação nativa, parcela que chega a 80% na

Amazônia Legal.

Os efeitos mais imediatos de uma política

antiambientalista recaem sobre um único

destinatário: o agronegócio. Responsável por

100 bilhões de dólares em exportações em

2018, o setor teme as repercussões da

polêmica.

Entidades que monitoram a percepção do

agronegócio brasileiro registraram mais de

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Grupo de Comunicação

10.000 postagens negativas sobre o setor no

Twitter desde janeiro, o que gerou 144

milhões de interações nas redes sociais. 'O

desmatamento ilegal é causado por diversas

formas de criminalidade, mas ele cola

diretamente no agronegócio', diz Brito, da

Associação Brasileira do Agronegócio. Estudos

da Embrapa e do Inpe mostram que apenas

14% da área desmatada desde 1988 é

destinada à agricultura e à pastagem de alta

produtividade. O pasto de baixa produtividade

ocupa 63% do espaço, enquanto outros 23%

são áreas abandonadas em fase de

regeneração. Os grandes produtores já

aprenderam que ter a produção associada ao

desmatamento custa caro.

Os produtores de soja conhecem bem essa

história. Em 2006, um relatório da ONG

Greenpeace denunciava que o mundo estava

comendo frangos alimentados com grãos que

derrubavam a Floresta Amazônica. E, de fato,

30% da expansão das lavouras de soja na

região vinha de áreas recém-desflorestadas

naquela época.

A reação dos consumidores foi imediata, com

protestos na Europa. Ali nasceu a Moratória da

Soja, um acordo que suspendeu a compra de

grãos produzidos em novas áreas de

desmatamento. A ação prevista para durar

dois anos virou política permanente - e

reconhecida em todo o mundo. Hoje apenas

1,4% da área total de soja cultivada no bioma

Amazônia vem de áreas desmatadas.

A área cultivada mais do que quadruplicou nos

13 anos de vigor da moratória, com a

conversão de pastagens degradadas em novas

áreas para a agricultura. 'As empresas do

agronegócio de fato criaram soluções para

dissociar a produção do desmatamento. Mas o

problema não deixou de existir. Afinal,

existem 12 milhões de pessoas que vivem na

floresta e precisam de alternativas de renda e

trabalho', diz Mariano Cenamo, diretor do

Instituto de Conservação e Desenvolvimento

Sustentável da Amazônia.

Desenvolver a geração de renda local é

fundamental para manter a floresta em pé. 'O

maior potencial da Amazônia é a

biodiversidade, não é a pecuária nem a

agricultura tradicional, tampouco o minério',

afirma o especialista Carlos Nobre. Nobre cita

o exemplo do açaí, que já gera mais de 1

bilhão de dólares para a economia da região

por ano. Mais de 250.000 toneladas de polpa

de açaí são produzidas por ano, beneficiando

cerca de 300.000 pessoas, principalmente no

estado do Pará.

O desmatamento da Amazônia destinado à

produção agropecuária extensiva gerou, em

média, 453 milhões de reais por ano em valor

bruto de produção, de 2007 a 2016, menos da

metade da renda gerada apenas pelo açaí. A

contribuição adicional de cada ano de

desmatamento para a economia brasileira foi

de apenas 0,013% do PIB. Os dados constam

no estudo Desmatamento zero na Amazônia:

como e por que chegar lá, realizado pelo

Grupo de Trabalho pelo Desmatamento Zero,

composto de especialistas de organizações de

defesa do meio ambiente, como Greenpeace,

Imaflora, Imazon e WWF.

Outro artifício para remunerar a floresta

intacta, mas que ainda não tem uma

regulamentação nacional para ser aplicado, é

o REDD+, ou redução das emissões de gases

de efeito estufa por desmatamento e

degradação florestal, da sigla em inglês. A

ideia é gerar créditos de carbono pela

manutenção e recuperação de florestas em

regiões sob pressão de derrubada. Os

exemplos ainda se resumem a iniciativas

pontuais.

E sofrem com as complexidades locais. Os

indígenas da etnia suruí paiter, em Rondônia,

conseguiram obter 3 milhões de reais em

2012. Mas, com a volta da exploração ilegal

da madeira no local, não foi possível gerar

mais créditos.

Inibir o crime - não é esta afinal uma das

bandeiras do governo Bolsonaro? -,

desenvolver condições de conciliar a geração

de renda com a manutenção da floresta

nativa, explorar a biodiversidade. Diante de

tantas medidas a tomar no sentido da

preservação, há a percepção de que o governo

persegue os inimigos errados. Trata-se de

uma escolha a ser feita sob a pressão do

tempo - e com consequências implacáveis.

Com reportagem de Vanessa Barbosa e Maria

Fernanda Ribeiro

'É um desastre para os Brasileiros'

Para o cientista político Ian Bremmer, o

aumento do desmatamento da Amazônia no

Brasil trará impactos no longo prazo | Fabiane

Stefano

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Bremmer: 'O líder mais perigoso para o meio

ambiente é o presidente chinês Xi Jinping' |

Riccardo Savi/Getty Images/AFP

O cientista político americano Ian Bremmer,

fundador e presidente da consultoria Eurasia,

tem alertado para o pouco espaço que a

agenda ambiental tem conquistado nas

maiores economias do mundo. 'A realidade é

que lidar de forma bem-sucedida com os

efeitos da mudança climática exige dinheiro

dos cofres públicos e leva muito tempo para

os benefícios surgirem', diz ele. Apenas países

pequenos e em situação ambientalmente

crítica têm alçado para valer essa bandeira.

Para Bremmer, no entanto, o que o Brasil tem

feito na área ambiental é um desastre contra

sua própria população.

Leia trechos da entrevista que ele concedeu a

EXAME.

O desmatamento na Amazônia brasileira está

subindo. Quais são os possíveis impactos para

o país?

No curto prazo, a agenda pró-reforma

impulsionará o crescimento da economia. Mas,

olhando para o longo prazo, esse é um

desastre singular para o povo brasileiro.

A Amazônia é um ecossistema crítico para o

Brasil sustentar sua população e está sendo

destruída. É incrivelmente míope e um horror

assistir ao que está sendo perpetrado contra o

povo brasileiro.

Mas, sem uma verdadeira liderança global no

mundo de hoje e com o presidente dos

Estados Unidos, Donald Trump, alinhado ao

líder do Brasil, há muito pouca reação

internacional que faça diferença.

O Brasil pode acabar se tornando um pária na

área ambiental?

Não no curto prazo por aqueles que importam

para a economia brasileira. É provável que

grupos da sociedade civil continuem alertando

para o que ocorre na Amazônia, mas é

improvável que detenham investimentos

estrangeiros na economia brasileira.

O presidente Jair Bolsonaro já fez várias

declarações polêmicas sobre o meio ambiente.

Isso pode afetar a reputação do Brasil?

O impacto na reputação do país hoje é

pequeno, porque há um vácuo de poder na

política internacional e o ímpeto político em

grupos tradicionais, como o G20, é

determinado por líderes populistas ou

nacionalistas. Mas, no longo prazo, muitas

coisas vão ter de mudar.

A revista The Economist chamou Bolsonaro de

'o chefe de Estado mais perigoso em termos

ambientais do mundo'. Concorda com isso?

Absolutamente, não. O mais perigoso é o

presidente chinês Xi Jinping, porque seu país é

o que mais importa quando se trata do

aquecimento global. A China gera três vezes

mais emissões de carbono do que os Estados

Unidos e elas crescem de forma constante.

O presidente americano é o segundo. Trump

é, na melhor das hipóteses, um cético sobre o

clima. Na pior, um negacionista ocasional. Ele

terá apenas um ou, no máximo, dois

mandatos e as tomadas de decisão nos

Estados Unidos são menos centralizadas nas

mãos do presidente. E a população americana

começa a se preocupar mais com as ameaças

das mudanças climáticas.

Políticos populistas são muitas vezes hostis à

política antimudança climática. Por quê?

A realidade é que lidar de forma bem-sucedida

com os efeitos da mudança climática exige

dinheiro dos cofres públicos e leva muito

tempo para os benefícios surgirem. Nenhum

desses fatores atrai os eleitores, que querem

ver sua vida sendo melhorada aqui e agora.

Portanto, o resultado final são partidos

populistas que usam esse compreensível medo

de que as políticas climáticas reduzam as

oportunidades econômicas para o próprio

ganho político.

É legítimo que países imponham sanções a

outras nações que não se comportam bem na

área ambiental?

Sanções são decisões que impõem o poder de

um país sobre outro, desafiando noções de

soberania. É legítimo os Estados Unidos

deixarem o acordo nuclear com o Irã, impondo

sanções econômicas ao país? Os Estados

Unidos dizem que sim. O Irã diz que não.

A governança internacional é muito fraca

nessas questões. Portanto, é menos uma

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questão de legitimidade e mais de capacidade.

Outros países podem impor 'taxas' de carbono

nas importações de nações que estejam

fazendo muito pouco em proteção ambiental.

Qualquer movimento desse tipo seria

enfrentado com uma resistência feroz, mas é

possível que os países tentem 'punir' uns aos

outros dessa maneira.

Para além do discurso sustentável, há países

que realmente estão adotando uma estratégia

ambiental?

O interessante é que alguém como o primeiro-

ministro canadense, Justin Trudeau, é visto

como um dos melhores líderes mundiais

quando se trata de questões climáticas, mas

ele também tem sido um grande defensor de

novos oleodutos e da expansão da economia

canadense.

Os únicos países que realmente defendem o

meio ambiente são os pequenos que precisam

dele para sua economia, como a Costa Rica,

ou aqueles ameaçados pelas mudanças

climáticas, como as Maldivas. Infelizmente, o

resto do mundo ainda não chegou lá.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29170394&e=577

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Veículo: Estado de Minas digital

Data: 15/08/2019

A questão das embalagens na

sustentabilidade

ESTADO DE MINAS DIGITAL

Rommel Barion

Presidente do Instituto Paranaense de

Reciclagem (InPAR) e do Sindicato das

Indústrias de Cacau e Balas, Massas

Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas

Alimentícias do Paraná (Sincabima)

A questão dos cuidados com o meio ambiente

é uma realidade. Os recursos do planeta estão

cada vez mais escassos, e quando falamos da

postura da indústria frente a isso, ignorarmos

esse fato é um erro grave. No entanto, não é

preciso se desesperar: existem maneiras de se

adaptar e colaborar com o meio ambiente sem

que qualquer empresa sofra no processo.

Com maior acesso à informação, é possível

notar o aumento da pressão sobre as

indústrias pela garantia da sustentabilidade de

suas produções. A questão abrange não

apenas os produtos em si, mas a parte que

traz grande impacto para o meio ambiente -

as embalagens.

Lançada em 2010, a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco nacional

na gestão de resíduos sólidos. É ela que

regulamenta a implementação da logística

reversa, um importante instrumento de

desenvolvimento econômico que tem como

objetivo destinar, adequadamente, os resíduos

produzidos no pós-consumo, ou seja, as

embalagens, e como elas podem retornar à

cadeia produtiva, evitando o acúmulo de

rejeitos no meio ambiente.

Mesmo tendo sido implementada há nove

anos, ainda é comum ver empresários

confusos acerca da PNRS e da logística

reversa, mas é importante que todos estejam

atentos às suas responsabilidades, pois a

fiscalização está aí e as consequências para

quem não se adequar não são brandas. Em

São Paulo, por exemplo, a implementação de

um sistema de logística reversa já é um fator

condicionante para a renovação do

licenciamento ambiental.

Em paralelo à PNRS e à logística reversa, é

interessante que as empresas estejam atentas

à tecnologia de ponta. Ela pode ser uma

importante aliada na caminhada em prol de

um planeta mais sustentável, e o investimento

em pesquisas pode ajudar a criar embalagens

ecologicamente corretas, reduzir a quantidade

de material nocivo na sua produção e até

mesmo desenvolver novas fórmulas de

invólucro para os produtos. Utilizando as

ferramentas corretas, é possível, além de

cumprir com a legislação e colaborar para a

melhora do meio ambiente, sair à frente no

mercado, que está cada vez mais competitivo.

Por fim, um outro ponto importante a ser

ressaltado é que, independentemente do tipo

de embalagem produzida, não devemos

"demonizar" nenhum tipo de material. O

plástico, por exemplo, tem sido o vilão da vez,

mas será que o problema todo está nele ou no

seu uso e descarte incorreto? Tudo passa pela

conscientização do cidadão. A reflexão é

válida, e o planeta Terra agradece.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29170136&e=577

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Veículo: G1 Natureza

Data: 15/08/2019

Partículas de plástico caem do céu com a

neve no Ártico

Pesquisadores ficaram chocados com o

número de partículas encontradas na região:

mais de 10 mil por litro de neve derretida.

Por BBC

Os cientistas coletaram amostras de neve usando colheres de sobremesa e frascos — Foto: Divulgação/Alfred-Wegener-Institut/Mine Tekman

Micropartículas de plástico estão caindo do céu

com a neve - inclusive, no Ártico.

É o que revela um estudo publicado na revista

científica "Science Advances".

Uma equipe de pesquisadores alemães e

franceses afirma ter ficado surpresa com a

quantidade de partículas encontradas na

região: mais de 10 mil por litro de neve

derretida.

Isso significa que, até mesmo no Ártico, as

pessoas estão provavelmente respirando

microplásticos no ar - embora os efeitos para

a saúde ainda não sejam claros.

Também foram encontradas partículas de

borracha e fibras na neve.

A região é vista com frequência como um dos

últimos recantos intocados do planeta.

Como foi feito o estudo?

Os pesquisadores coletaram amostras de neve

das ilhas Svalbard, território ártico norueguês,

usando um método de baixa tecnologia -

colheres de sobremesa e frascos.

No laboratório do Instituto Alfred Wegener,

em Bremerhaven, na Alemanha, eles

descobriram uma quantidade muito maior de

partículas do que esperavam.

Algumas eram tão pequenas que os cientistas

tiveram dificuldade de determinar a origem.

A maioria parecia ser composta de materiais

naturais - como celulose de plantas e peles de

animais.

Mas havia também partículas de plástico,

assim como fragmentos de pneus de borracha,

verniz, tinta e possivelmente fibras sintéticas.

Pesquisadores encontraram mais de 10 mil

partículas por litro de neve derretida — Foto:

PA/BBC

"Esperávamos nos deparar com alguma

contaminação, mas encontrar essa quantidade

de microplásticos foi um verdadeiro choque",

afirmou Melanie Bergmann, que liderou a

pesquisa, à BBC News.

"É evidente que a maioria do microplástico na

neve vem do ar."

Os microplásticos são definidos como

partículas com tamanho inferior a 5 mm.

Em relação aos possíveis efeitos para a saúde

da população, Bergmann diz: "Não sabemos

se o plástico será prejudicial à saúde humana

ou não. Mas precisamos ser muito mais

cuidadosos com a maneira como estamos

tratando nosso meio ambiente."

Os cientistas também analisaram a neve de

regiões na Alemanha e na Suíça. Amostras

coletadas de algumas áreas do território

alemão revelaram concentrações mais altas do

que no Ártico.

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Grupo de Comunicação

Como a poluição por plástico chegou ao

Ártico?

Os pesquisadores acreditam que os

microplásticos estão sendo levados pelo vento

e - por meio de mecanismos que ainda não

são totalmente claros - transportados por

longas distâncias pela atmosfera.

As partículas são então "lavadas" da

atmosfera pela precipitação - particularmente,

pela neve.

Um estudo publicado em abril por uma equipe

de pesquisadores britânicos e franceses

mostrou que microplásticos estavam caindo do

céu sobre os Pirineus, outra região

supostamente intocada.

Anteriormente, grupos de pesquisa haviam

identificado a presença de plástico nas

precipitações atmosféricas de Dongguan, na

China, Teerã, no Irã, e Paris, na França.

Em relação à origem da poluição, também há

incertezas.

A presença de tantas partículas de verniz no

Ártico é uma incógnita.

Os pesquisadores supõem que parte da

contaminação pode ter vindo de navios que

quebram gelo. Mas também especulam que

uma parte pode ser procedente de turbinas

eólicas.

Os fragmentos de fibra podem ser da roupa

das pessoas, embora não seja possível dizer

no momento.

"Temos que perguntar - precisamos de tantas

embalagens plásticas? Precisamos de todos os

polímeros nas tintas que usamos? Podemos

criar pneus de carro com design diferenciado?

Essas são questões importantes", diz

Bergmann.

Eldbjørg Sofie Heimstad, do Instituto

Norueguês de Pesquisa Aérea, que não

participou do estudo, afirmou à BBC que parte

da poluição por partículas era local, e a outra

veio de longe.

"Sabemos que a maior parte do que estamos

analisando e medindo aqui é a poluição

transportada por longas distâncias vinda da

[Europa], da Ásia, de todo o mundo", diz ela.

"Algumas dessas substâncias químicas têm

propriedades que são uma ameaça para o

ecossistema, para os animais vivos".

Fragmentos de plástico são encontrados em

altas concentrações na água do mar Ártico —

Foto: Alice Trevail/BBC

O que isso significa para o Ártico?

A descoberta reforça o relatório divulgado no

ano passado mostrando que as maiores

concentrações de partículas de plástico no

oceano foram encontradas no gelo marinho do

Ártico.

O lixo plástico também flutua por centenas ou

milhares de quilômetros até chegar às praias

remotas da região.

Para quem consideram o extremo norte como

um dos últimos recantos primitivos do planeta,

o cenário não é otimista.

"Isso me deixa incrivelmente triste. Temos

plástico no gelo marinho. Temos plástico no

oceano e nas praias. E agora plástico na

neve", afirmou Lili, funcionária de um centro

de trenós puxados por cães perto de Tromsø,

no ártico norueguês.

"Aqui vemos a beleza (da região) todos os

dias, e vemos que está mudando muito e

sendo contaminada - isso dói."

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

8/15/particulas-de-plastico-caem-do-ceu-com-

a-neve-no-artico.ghtml

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61

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 14/08/2019

Estudo relaciona exploração de gás

natural por 'fracking' a aumento nas

emissões de gases estufa

Técnica de 'fraturamento hidráulico' é usada

para retirar gás natural de camadas de difícil

acesso nas rochas. Pesquisa indica

participação dessa atividade no aumento da

concentração de gás metano no ar na última

década.

Por G1

Torre queima gás em unidade de fracking nos

Estados Unidos — Foto: Wcn247/Visualhunt

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (12)

aponta que o aumento da concentração de gás

metano na atmosfera nos últimos anos vem,

em grande parte, da exploração do gás de

xisto por meio de "fracking" (técnica também

conhecida como "fraturamento hidráulico").

A conclusão dos pesquisadores da

Universidade Cornell, nos Estados Unidos, foi

publicada em artigo publicado na revista

científica "Biogeosciences". Eles analisam o

aumento da concentração de gás metano na

atmosfera ao longo da última década e sua

relação com a crescente utilização do fracking

como prática de produção de gás natural.

O metano é um dos principais gases

causadores do efeito estufa. E o fracking é

uma técnica de produção de gás natural

considerada não convencional: uma espécie de

sonda é inserida a mais de 3 mil metros de

profundidade, "fraturando" as rochas para a

retirada do gás natural presente em camadas

quase inacessíveis.

Segundo o autor do artigo, Robert Howarth,

que é professor de ecologia e biologia

ambiental, é um erro atribuir a fontes

biológicas o aumento da concentração de

metano no ar. Pesquisas anteriores vêm

associando essa elevação, principalmente, a

atividades como a pecuária para produção de

carne bovina.

Como foi feito o estudo

Os cientistas fizeram uma análise química da

composição do metano que vem sendo emitido

na atmosfera nos últimos anos. Dessa forma,

conseguiram encontrar rastros de suas

origens.

Essa espécie de "impressão digital química" do

gás metano indica que uma grande proporção

dele agora vem sendo emitida por meio do

fracking. A concentração de metano na

atmosfera vem aumentando especialmente

desde 2008, mas também sua composição

está ficando diferente.

Isso porque o metano proveniente do fracking

tem características diferentes daquele emitido

pelas técnicas convencionais de produção de

gás natural. E também é diferente daquele

metano liberado na queima de outros

combustíveis fósseis, como o carvão.

A pesquisa indica que a proporção de

moléculas de carbono-13 em relação ao

carbono-12 é menor no metano emitido por

fracking. Assim como o metano emitido por

fontes biológicas, como aquele presente nos

gases de animais ou exalado por terras

úmidas, tem concentração de carbono-13 mais

baixa do que o metano que vem dos

combustíveis fósseis.

O metano proveniente do fracking tem

características diferentes daquele emitido

pelas técnicas convencionais de produção de

gás natural — Foto: Tim Evanson/Visualhunt

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Grupo de Comunicação

Metano no aquecimento global

De acordo com o estudo, os níveis de gás

metano no ar aumentaram muito durante as

últimas duas décadas do século 20 e depois se

estabilizaram na primeira década do século

21.

Depois, houve um aumento dramático no

metano atmosférico entre 2008 e 2014,

passando de 570 bilhões de toneladas anuais

para 595 bilhões de toneladas, por causa das

emissões por atividades humanas nos últimos

11 anos.

"Reduzir as emissões de metano agora pode

ser uma forma imediata de desacelerar o

aquecimento global e cumprir com as metas

das Nações Unidas, de manter o aumento da

temperatura do planeta abaixo de 2ºC",

afirma o cientista, em nota de divulgação da

pesquisa.

"Se pararmos de jogar metano na atmosfera,

ele vai se dissipar", acrescenta. "Ele vai

embora rapidamente, se comparado com o

dióxido de carbono (CO2). Reduzir o metano é

a forma mais fácil de conter o aquecimento

global."

O cientista também diz que, ao longo da

última década, cerca de dois terços de toda a

nova produção de gás natural vem dos

Estados Unidos e do Canadá.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

8/14/estudo-relaciona-exploracao-de-gas-

natural-por-fracking-a-aumento-nas-

emissoes-de-gases-estufa.ghtml

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Com Receita sob tempestade

perfeita, há expectativa de queda de Marcos

Cintra

Tempo fechado

A tempestade perfeita que se formou em torno

da Receita Federal, cuja atuação vem sendo

questionada por integrantes dos três Poderes,

colocou em xeque a permanência de Marcos

Cintra na chefia do órgão. Depois que até o

presidente Jair Bolsonaro reclamou de uma

suposta atuação política de auditores, o apoio a

Cintra encolheu rapidamente. Integrantes do

governo dizem que “falta comando” ao fisco e

apostam que uma mudança na cúpula deve

acompanhar a reestruturação da pasta.

Híbrido

Cintra é visto como um nome técnico com um pé

na política, já que sua indicação para a Secretaria

da Receita teve o apoio do presidente do PSL,

Luciano Bivar (PE). Ainda assim, a queda dele é

tratada como questão de tempo.

Malabarismo

Pessoas próximas a Paulo Guedes (Economia)

dizem que ele decidiu reformular a Receita para

ganhar tempo diante de pedidos por cabeças na

cúpula do órgão.

Lei do retorno

Funcionários do fisco reclamam de perseguição e

dizem que há um movimento orquestrado, de

diferentes atores, para fragilizar o combate à

corrupção.

Defesa

O jurista Gilson Dipp, ex-ministro do Superior

Tribunal de Justiça, foi contratado pela Sindifisco

(Sindicato dos Auditores Federais) para atuar no

caso dos fiscais da Receita afastados por decisão

de Alexandre de Moraes, do STF. Eles depõem

nesta quinta (15), em Vitória (ES).

Meu quintal

Embora a reforma tributária ainda nem tenha um

desenho fechado, começam a emergir as

primeiras resistências. Mauro Ricardo, secretário

de governo da Prefeitura de SP, calcula que a

proposta que começa a ser discutida na Câmara

derrubaria em 17% a arrecadação do estado. Na

capital a perda seria maior, de 47% a 67%.

Meu quintal 2

Já estados do Norte e Nordeste começam a

discutir como seria a vida caso o fim da

concessão de incentivos tributários a indústrias

que se instalem em regiões distantes dos

grandes centros seja aprovado. Marcelo Ramos

(PL-AM), por exemplo, prevê fuga de empresas

para SP.

Colateral

O Planalto deve encaminhar na semana que vem

a medida provisória que atrela o Coaf ao Banco

Central. Roberto Leonel, nome de Sergio Moro

(Justiça) que hoje preside o conselho, deixaria o

posto em seguida, já que a vinculação levaria à

nomeação de quadro do próprio BC.

Bola preta

Em conversas recentes, Bolsonaro elencou, sem

cerimônia, restrições a todos os nomes que

apareceram como fortes candidatos ao comando

da PGR. O subprocurador Augusto Aras perdeu o

favoritismo.

Ver para crer

O presidente segue dizendo que não gostaria de

nomear alguém que tenha sido próximo de

Rodrigo Janot, ex-procurador-geral. Apesar disso,

solicitou e teve um encontro com Bonifácio de

Andrada, que foi vice do antecessor de Raquel

Dodge.

Urge

Relatório inédito do CNJ sobre os massacres em

presídios do PA e de AM cobra a adoção de

planos de contingência nos estados. A ideia é

montar grupos com atores locais e federais para

sinalizar um fim à crise que resultou no

assassinato de 117 presos.

Urge 2

No caso de Altamira (PA), imagens obtidas

durante a apuração indicam a participação de

dois agentes na chacina. A suspeita será

encaminhada à Procuradoria-Geral de Justiça

para investigação.

Devagar com o andor

Questionado sobre a pressão de alas do PSDB

pelo afastamento de Aécio Neves (MG), o

senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pediu

moderação. “Sou daquela tese antiga, de

presunção de inocência. Se não foi condenado,

não pode ser punido. Aécio não tem condenação.

Decisão sumária não existe no Direito”, disse.

Visitas à Folha

Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos

Advogados do Brasil, visitou a Folha nesta

quarta-feira (14), onde foi recebido em almoço.

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Estava acompanhado de Pierpaolo Bottini,

coordenador do Observatório da Liberdade de

Imprensa da OAB, e Gisela Mendonça, assessora.

Renato Cury, presidente da Associação dos

Advogados de São Paulo, visitou a Folha nesta

quarta-feira (14). Estava acompanhado de André

Almeida Garcia, diretor da AASP, e Reinaldo De

Maria, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Com a quantidade de caneladas que o presidente

Jair Bolsonaro distribui diariamente, não há

assessor que pare de pé

Do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sobre a

quarta queda em seis meses de um titular da

Secretaria de Imprensa da Presidência

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/15/c

om-receita-sob-tempestade-perfeita-ha-

expectativa-de-queda-de-marcos-cintra/

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Data: 15/08/2019

65

Grupo de Comunicação

Petrobras planeja vender 15 das 26

térmicas, diz diretora

Marta Nogueira

Rodrigo Viga Gaier

REUTERS

A Petrobras planeja vender 15 de suas 26

térmicas, em processo que deve começar a partir

de 2020, como parte do programa de

desinvestimentos e gestão de ativos, disse nesta

quarta-feira (14) a diretora-executiva de Refino e

Gás Natural da estatal, Anelise Lara, no Rio de

Janeiro.

A escolha das 15 térmicas foi resultado de uma

análise do portfólio da empresa, disse a

executiva, ao participar de seminário sobre gás

natural do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Em entrevista a jornalistas, ela disse também

que a Petrobras pode participar do leilão A-6 de

projetos de geração de energia elétrica, previsto

para 17 de outubro, com entrega de energia em

2025.

"Olhamos sim (o A-6), pode ser em parcerias

[com outras companhias]", disse a executiva,

explicando que a empresa poderá participar

também como fornecedora de gás natural para

projetos.

Os comentários de Lara ecoaram recentes

notícias de que a Petrobras avalia criar uma

subsidiária de geração de energia com seus

ativos termelétricos e vender a unidade em uma

oferta inicial de ações, conforme apontado em

relatório de analistas da XP Investimentos, que

tiveram conversa com executivos da petroleira

na semana passada.

A companhia estatal opera um parque de

termelétricas que somam capacidade instalada

de mais de 6 mil megawatts, o que a coloca

entre os maiores geradores de energia do Brasil,

segundo o site da empresa.

Enquanto a Petrobras planeja reduzir sua

participação no mercado de energia elétrica,

outras gigantes do petróleo estão ampliando a

presença em ativos do setor, como a anglo-

holandesa Shell, grande parceira da estatal

brasileira nos campos do pré-sal.

Também presente no evento, o presidente da

Shell no Brasil, André Araujo, ressaltou a

estratégia da empresa de olhar projetos de

energia elétrica em todo mundo e disse que

poderá avaliar as térmicas da Petrobras quando

forem colocadas à venda.

"Mercado de eletricidade é estratégico para a

Shell agora, considerando a necessidade de

eletrificação no mundo. Essa é uma tendência e a

Shell vai procurar sem dúvida um espaço nesse

setor", afirmou.

O executivo também afirmou que estão avaliando

participação no A-6, com "um time dedicado",

mas ressaltou que ainda não há definição sobre a

presença no certame.

A Shell anunciou em fevereiro um acordo para

ter 29,9% da termelétrica Marlim Azul, que será

construída no Rio de Janeiro e ainda tem como

sócios Mitsubishi Hitachi Power Systems e Pátria

Investimentos.

Produção de gás

A produção de gás natural do Brasil tende a

crescer nos próximos anos, em particular entre

2023 e 2025, com a entrada de novos projetos

na Bacia de Santos, disse Anelise Lara.

A executiva, que não citou números de

crescimento da produção, declarou que há

desafios importantes no abastecimento do

mercado e para a abertura do setor, conforme

planeja o governo.

Segundo ela, a petroleira tem trabalhado

juntamente com o governo e outros agentes para

permitir a quebra de monopólios, com a entrada

de novos atores, em busca de mais competição e

investimentos.

"Para que esse gás possa chegar ao consumidor

é importante também novos investimentos em

infraestrutura e isso nós vamos fazer em

conjunto com os parceiros, que são os demais

carregadores desse gás", afirmou Lara, ao

discursar na abertura de seminário do Instituto

Brasileiro do Petróleo (IBP).

Atualmente, a Petrobras compra o gás natural

dos parceiros, porque a regulação atual não

permite a entrada de outros carregadores. O

governo e a agência reguladora ANP estão

trabalhando para revisar esse modelo e permitir

a entrada de novos agentes.

"A Petrobras também está se comprometendo a

dar acesso a demais carregadores em sua

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Data: 15/08/2019

66

Grupo de Comunicação

infraestrutura de processamento de gás", disse

Lara, destacando que dessa forma gigantes como

Shell, Galp e Exxon poderão comercializar no

país gás produzido em campos brasileiros.

Também na abertura do evento, o presidente do

IBP, José Firmo, que representa as petroleiras no

Brasil, saudou a iniciativa do governo federal

para abrir o mercado de gás e defendeu que é

"inaceitável" que o país opte por reinjetar grande

quantidade de gás nos campos, em vez de

buscar meios para comercializá-lo.

Firmo afirmou, entretanto, que "ainda há longo

caminho a percorrer" e que a ANP (agência

reguladora) tem um papel fundamental, criando

regras que assegure acesso à infraestrutura de

diversos atores.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08

/petrobras-planeja-vender-15-das-26-termicas-

diz-diretora.shtml

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Poluição por plásticos já chegou ao Ártico,

diz estudo

Segundo pesquisadores, microplásticos viajam

pela atmosfera e chegam ao solo quando neva

Matheus Moreira

SÃO PAULO

Nem as geleiras do Ártico escaparam da poluição

gerada pelo homem. Um novo estudo feito por

pesquisadores do Instituto Alfred Wegener de

Pesquisa Polar e Marinha, na Alemanha,

comparou a quantidade de microplásticos no

Ártico com a do norte da Europa.

Segundo eles, apesar de o polímero ser mais

abundante nos Alpes suíços e no norte da

Alemanha, o Ártico apresenta concentração alta.

A hipótese é que o vento tenha um papel

importante na dispersão desses polímeros

(pedaços de plástico com menos de 5 mm) para

a região.

Os pesquisadores encontraram fibras de plástico

em 20 das 21 amostras coletadas no Estreito de

Fram, região que liga a Groenlândia a Svalbard

(arquipélago da Noruega). O material utilizado

para comparação foi coletado em neve no solo de

Bremen e Heligolândia, na Alemanha, e Davos,

Baviera e Tschuggen, na Suíça.

As partículas descobertas em blocos de gelo à

deriva no Ártico eram muito pequenas, tinham,

em média, 0,011 milímetro de comprimento. O

tamanho, segundo os autores do estudo, é o que

facilita o transporte atmosférico do polímero até

as regiões mais distantes do planeta.

Os microplásticos são responsáveis por grande

parte da poluição dos oceanos, contaminando a

vida marinha e também a vida terrestre.

Isso acontece porque os peixes que chegam ao

prato do seres humanos, por exemplo, podem

ser contaminados pelos microplásticos quando se

alimentam de seres menores, como os plânctons,

que ingeriram o polímero.

Outros estudos indicam ainda que a inalação

desses microplásticos —que têm produtos

químicos em sua composição—, pode levar a

riscos à irritação respiratória, inflamação, fibrose

e até mesmo câncer de pulmão, devido a vida

prolongada do material no organismo.

Em setembro de 2017, uma pesquisa da ONG

Orb Media mostrou que há microplásticos

também na água de torneira. De 159 amostras

coletadas nos cinco continentes, 83% continham

plástico.

Sem contar o lixo terrestre, os oceanos têm

cerca de 300 milhões de toneladas de plástico,

algo equivalente a 11 trilhões de garrafas

plásticas de 500 ml. Estima-se, porém, que em

2030, essa quantidade dobrará.

Apenas 20% de todo o plástico produzido no

planeta é reciclado. No Brasil, a reutilização não

passa de 2%.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/poluicao-por-plasticos-ja-chegou-ao-artico-diz-

estudo.shtml

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro sugere a Merkel que use verba

suspensa para reflorestar a Alemanha

Na semana passada, governo alemão cancelou

repasse de recursos para projetos de proteção à

Amazônia

Gustavo Uribe

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta

quarta-feira (14) a decisão do governo alemão de

suspender o envio de recursos para projetos de

proteção da floresta amazônica.

Em entrevista à imprensa, ele chamou a

chanceler Angela Merkel, a quem tem feito

críticas públicas, de “querida” e sugeriu que ela

utilize o montante para reflorestar a Alemanha.

“Eu queria até mandar um recado para a senhora

querida Angela Merkel, que suspendeu R$ 80

milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e

refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando

muito mais do que aqui”, disse.

A embaixada da Alemanha no Brasil disse que a

suspensão a decisão de suspensão “reflete a

grande preocupação com o aumento do

desmatamento na Amazônia brasileira”.

O bloqueio dos recursos, por enquanto, não

atinge o Fundo Amazônia e não afetará outros

projetos financiados pelo Ministério Federal da

Cooperação Econômica alemão.

Segundo a Deutsche Welle, em entrevista ao

jornal Tagesspiegel, Svenja Schulze, ministra do

Meio Ambiente do país, afirmou que a suspensão

pode ultrapassar os R$ 150 milhões.

O desmatamento na Amazônia tem crescido de

forma acentuada. A destruição em junho

aumentou 88% e em julho 278% —em

comparação a junho e julho de 2018— , segundo

dados do Deter do Inpe.

A chanceler alemã já afirmou ver com grande

preocupação as ações do atual governo em

relação ao desmatamento.

Preocupação semelhante foi demonstrada pelo

presidente francês, Emmanuel Macron, que

colocou a permanência do Brasil no Acordo de

Paris como condicionante para concretização de

acordos comerciais.

O governo francês também espera ações

concretas do Brasil quanto a questões

ambientais, o que, caso contrário, poderia

dificultar a relações comerciais entre União

Europeia e o Mercosul.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/bolsonaro-sugere-a-merkel-que-use-verba-

suspensa-para-reflorestar-a-alemanha.shtml

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Data: 15/08/2019

69

Grupo de Comunicação

Ativista Greta Thunberg inicia viagem de

veleiro para participar de conferência

Jovem sueca de 16 anos se recusa a ir de avião

da Europa a Nova York por causa de emissões de

carbono

PLYMOUTH (REINO UNIDO) | AFP e REUTERS

A ativista Greta Thunberg saiu na tarde desta

quarta (14) de uma marina em Plymouth, no

sudoeste do Reino Unido, rumo a Nova York em

um veleiro de regata para participar de uma

conferência sobre a mudança climática na sede

da ONU em 23 de setembro.

Aos 16 anos, a adolescente sueca representante

do movimento contra o aquecimento global se

recusa a andar de avião para não contribuir com

a emissão de carbono.

A viagem transatlântica a bordo do veleiro Malizia

II tem previsão de duração de duas semanas —é

possível acompanhar a localização do barco em

tempo real pela internet.

Toda a eletricidade será gerada por turbinas

submarinas e painéis solares, para garantir que o

barco não tenha emissões no ambiente durante o

trajeto.

Greta Thunberg acena do veleiro Malizia II antes de partir para os Estados Unidos - Henry Nicholls/Reuters

A embarcação é pilotada pelo capitão alemão

Boris Herrmann, que já cruzou o oceano Atlântico

de veleiro outras vezes, e pelo fundador da

equipe de regata Malizia, o monegasco Pierre

Casiraghi, neto do príncipe Rainier 3º de Mônaco

e da atriz Grace Kelly. Eles se ofereceram para

levar a ativista gratuitamente aos Estados

Unidos.

Também estão a bordo o pai de Greta, Svante, e

o cinegrafista sueco Nathan Grossman.

A vida no barco de 18 metros de altura, que pode

alcançar velocidade de até 70 km por hora, será

modesta, e a privacidade, limitada. Ali não há

banheiro, chuveiro nem cozinha, por exemplo.

Para as necessidades dos tripulantes, há um

balde azul. Já para comer, eles levaram pacotes

de alimentos desidratados —todos veganos.

“Posso ficar um pouco enjoada, e não será

confortável, mas posso viver assim”, afirmou

Greta à BBC News no início desta semana.

Em uma coletiva de imprensa momentos antes

de embarcar, a ativista declarou que não tem a

intenção de dizer como as pessoas devem ou não

viajar. “Sou uma das pouquíssimas pessoas no

mundo que podem fazer isso, então acho que

devo arriscar.”

Greta, que começou a ganhar notoriedade no ano

passado ao faltar às aulas às sextas para

protestar contra a mudança climática em frente

ao Parlamento sueco, fez uma pausa de um ano

nos estudos para viajar pelas Américas.

Ela afirmou ainda não saber como fará para

retornar para casa depois disso.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/ativista-greta-thunberg-inicia-viagem-em-

veleiro-para-participar-de-conferencia.shtml

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Data: 15/08/2019

70

Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Senadores se armam para

sabatina de Eduardo Bolsonaro para

embaixada

Presidente Jair Bolsonaro ainda não enviou a

indicação do filho para o Senado

Os senadores começam a se armar para a

batalha da aprovação, ou não, de Eduardo

Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil

nos EUA.

BOA COMPANHIA

O senador Nelson Trad (PSD-MS), que preside a

Comissão de Relações Exteriores, onde Eduardo

será sabatinado, fez um levantamento de todas

as pessoas que já foram indicadas para

embaixadas e não eram diplomatas de carreira.

Encontrou 13 nomes.

LINHA FINA

Na lista estão o banqueiro Walther Moreira

Salles, que foi embaixador em Washington no

governo de Getúlio Vargas, o ex-governador do

Rio Amaral Peixoto, que ocupou o mesmo cargo

no governo de Juscelino Kubitscheck, e Lutero

Vargas, filho de Getúlio, que foi embaixador em

Honduras no governo de João Goulart.

TEMPO

Ele listou também casos da história recente:

Delfim Netto foi embaixador em Paris no governo

de Ernesto Geisel; o ex-governador do DF José

Aparecido foi embaixador em Lisboa no governo

de Itamar Franco —que, por sua vez,

representou o Brasil na OEA na gestão de

Fernando Henrique Cardoso e foi embaixador em

Roma no governo Lula.

TEMPO 2

Lula nomeou ainda o ex-deputado Paes de

Andrade para a embaixada de Lisboa e Tilden

Santiago para Cuba.

CASO INÉDITO

O senador não encontrou, no entanto, caso de

pai que tenha nomeado o próprio filho para uma

representação diplomática.

CONTRA-ATAQUE

A oposição também se arma. O senador Randolfe

Rodrigues (Rede-AP) apresenta na sexta relatório

favorável ao projeto que exige que apenas

diplomatas de carreira possam ser indicados ao

cargo de embaixador. A proposta foi apresentada

pelo senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

PARALELAS

A Câmara dos Deputados também entrou no

debate da indicação e já discute um projeto de lei

que proíbe a indicação de pessoas de fora da

carreira diplomática para representações do país

no estrangeiro.

MARCHA LENTA

Apesar da expectativa, Bolsonaro ainda não

enviou a indicação do filho para o Senado. “A

mensagem dele, que é bom, não chega”, diz

Nelson Trad.

HERANÇA

O violonista Marcel Powell apresenta o show “Só

Baden” em tributo ao pai, o compositor Baden

Powell, nesta quinta-feira (15), no Blue Note São

Paulo, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista.

FORA

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP)

afirma que é um “mau precedente expulsar

alguém pelo que pensa”. Ela se refere à decisão

do PSL, que retirou Alexandre Frota de seus

quadros.

PLURAL

“Não tive acesso às minúcias do processo de

expulsão, não sei se, além do que vem sendo

divulgado, houve outros fundamentos. Mas, a

princípio, defendo a pluralidade”, afirma a

deputada.

BEIJA-MÃO

E dirigentes do PSDB de SP oficializaram na

quarta (14), em Brasília, o convite para Frota se

filiar ao partido. Ele pediu alguns dias para

decidir. Mas teria sinalizado que a tendência é

seguir por esse caminho.

CÃO...

A Secretaria Municipal de Educação de SP vai

comprar 400 tabuleiros de Jogo da Onça, uma

brincadeira de origem indígena que envolve

estratégia. Nela, jogadores controlam peças que

emulam uma onça e 14 cachorros. O felino tem

que capturar os cães. Estes têm que cercar a

onça.

...E GATO

O passatempo será adquirido por licitação e

usado em programa extracurricular da prefeitura

que promove torneios de jogos de tabuleiro,

como o xadrez. Em 10 de setembro será

realizado o 1º Festival do Jogo da Onça.

RUBRICA

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

O cineasta cearense Karim Aïnouz assinou

contrato com a agência americana CAA (Creative

Arts Agency), que representa diretores como

Steven Spielberg e James Cameron, além de

atores como Meryl Streepl, Brad Pitt e Robert De

Niro.

DE OLHO

Aïnouz, que é diretor do longa “A Vida Invisível

de Eurídice Gusmão”, que disputa a vaga

brasileira do Oscar 2020, também foi oficializado

como presidente do júri da Jornada dos Autores,

no Festival de Veneza. Sob a supervisão dele,

estarão outros 28 cinéfilos europeus.

BIS

O ator Miguel Falabella vai dirigir a versão

brasileira do musical “Something Rotten”, exibido

na Broadway. O espetáculo será protagonizado

por Alessandra Maestrini.

A produção será da Touché Entretenimento, de

Renata Borges.

PARA OS OLHOS

A artista multimídia Ana Maria Maiolino terá sua

obra apresentada em retrospectiva no Masp.

OLHOS 2

A mostra, que será inaugurada no dia 23 deste

mês, reúne nove obras de autoria da artista

nascida na Itália e radicada no Brasil.

LETRAS DA LEI

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo

Lewandowski foi ao coquetel de lançamento do

livro “Dolo e Culpa na Corrupção Política”, escrito

pelo advogado Fernando Neisser. O ex-prefeito

Fernando Haddad e o ex-ministro da Justiça José

Eduardo Cardozo também compareceram ao

evento, realizado na segunda (12), na Fiesp. A

diretora-presidente do Instituto Liberta, Luciana

Temer, e o prefeito de SP, Bruno Covas,

passaram por lá.

CURTO-CIRCUITO

Alex Reiller organiza festa no Etto com exposição

de obras de arte de Gabriel Wickbold e relógios

Panerai. Nesta quinta (15), às 19h.

O Shopping Pátio Higienópolis inaugura o Festival

do Vinho.

O Instituto Capitalismo Consciente do Brasil fala

do uso de dados na publicidade. Nesta quinta

(15), na Unibes Cultural.

Leonardo Sobral Navarro se torna membro da

Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde da

OAB-SP.

com BRUNA MARTINS NARCIZO, BRUNO B.

SORAGGI, GABRIEL RIGONI e VICTORIA

AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/senadores-se-armam-para-

sabatina-de-eduardo-bolsonaro-para-

embaixada.shtml

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Petrobrás quer vender termoelétricas e, ao

mesmo tempo, crescer em energia

Estatal oferece 15 de suas 26 usinas ao mercado,

enquanto anuncia que participará do próximo

leilão de energia

Denise Luna e Fernanda Nunes, O Estado de

S.Paulo

RIO - Três anos depois da primeira e frustrada

tentativa de vender seu parque termoelétrico, a

Petrobrás volta ao mercado. Desta vez, a oferta é

menor: serão 15 de suas 26 usinas, e não 21

como foi anunciado em 2016. Ao mesmo tempo,

a estatal vai participar do próximo leilão de

energia elétrica do governo, previsto para

outubro, no qual poderá aumentar novamente

sua posição no setor de geração de energia

termoelétrica. Agora, num modelo diferente.

“A gente olha essa oportunidade (leilão de

energia), mas em parcerias, seja através da

geração da termoelétrica, seja como fornecedora

de gás”, disse Anelise Lara, diretora de refino e

gás da Petrobrás, após palestra no Instituto

Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (IBP).

Com a descoberta de enormes reservas de gás

ao largo da costa, Israel está transformando

muitas de suas usinas elétricas para operarem a

gás natural.

Já estão cadastrados para o leilão, que vai

garantir a entrega de energia elétrica ao mercado

em 2025, 52 projetos de termoelétricas a gás

natural, com capacidade de 41.718 megawatts.

A Petrobrás tem capacidade de geração térmica

de 6,14 mil megawatts, em estados brasileiros.

Procurada, a estatal disse que mais detalhes

serão fornecidos em comunicado ao mercado. A

venda das termoelétricas acontecerá a partir de

2020.

Segundo Anelise, o mercado de gás natural no

Brasil vai crescer de forma mais expressiva entre

2023 e 2025, quando está prevista a entrada de

projetos de gás do pré-sal na bacia de Santos.

Para chegar ao consumidor, essa produção terá

de contar com investimentos em logística. “Hoje,

compramos gás de parceiros porque não há

como ter outros carregadores no processo, por

isso a necessidade de revisão de modelo (do

mercado de gás), de entrada e saída (de gás dos

gasodutos), e do sistema tributário, para que

outros atores possam entrar e comercializar o

próprio gás”, disse.

Apagão

O parque termoelétrico da estatal começou a ser

construído em 2000, durante o governo Fernando

Henrique Cardoso, para tentar minimizar o

racionamento de energia elétrica que viria a

seguir, entre julho de 2001 e fevereiro 2002.

Com a volta das chuvas, o governo determinou o

desligamento dessas usinas, o que causou

prejuízos à estatal.

Nos últimos anos, porém, com o esvaziamento

dos reservatórios das hidrelétricas, devido a

períodos de secas, as termoelétricas têm operado

com mais frequência e devem ser ainda mais

requisitadas à medida que aumenta a geração de

parques eólicos e solares no País.

Como a geração eólica e solar é variável, ou seja,

depende da presença de sol e vento para

funcionar, o Sistema Interligado Nacional (SIN)

precisa da chamada geração de base para dar

segurança ao abastecimento de energia. Antes,

esse papel era cumprido apenas pelas

hidrelétricas. Porém, com a frequência maior de

secas trazida pelas mudanças climáticas, as

termoelétricas passaram a ter um papel mais

relevante para a estabilidade do sistema.

Em fevereiro de 2016, sob a gestão do então

presidente Aldemir Bendine, hoje preso pela

Operação Lava Jato, a Petrobrás anunciou que

pretendia vender 21 usinas térmicas, gasodutos

e terminais de regaseificação, negócios que não

foram para frente por entraves regulatórios.

Estão voltando ao mercado agora com a quebra

do monopólio da Petrobrás, no âmbito do

programa governamental Novo Mercado de Gás,

lançado no mês passado.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

petrobras-quer-vender-termoeletricas-e-ao-

mesmo-tempo-crescer-em-energia,70002968036

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Grupo de Comunicação

Após crise no Inpe, governo já testa monitoramento privado de desmate

Bolsonaro tem apontado falha no controle de

devastação da Amazônia; embate causou

demissão do chefe do órgão federal

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O sistema privado de monitoramento

que o governo pretende usar para fiscalizar

desmate na Amazônia já é usado como um “teste

gratuito” dentro do Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama). O sistema, conforme apurou o Estado,

é o mesmo que começa a rodar no Estado do

Mato Grosso e já foi testado no Pará.

Sistema privado de monitoramento do desmate

via satélite chegou a ser usado pelo Pará, mas

depois foi abandonado pelo governo por causa do

alto custo da tecnologia Foto: Lalo de

Almeida/The New York Times

O Planet, um sistema de mapeamento em alta

resolução que pertence a uma companhia dos

Estados Unidos, é fornecido localmente pela

empresa brasileira Santiago & Cintra, do interior

de São Paulo. Essa empresa, que é responsável

por processar as imagens e interpretá-las, já

realizou diversas reuniões com representantes do

Ibama e do Ministério do Meio Ambiente neste

ano.

O monitoramento do desmate motivou uma crise

no governo após o presidente Jair Bolsonaro e

integrantes de sua equipe questionarem os dados

medidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe). Em maio, reportagem do Estado

mostrou que a Amazônia perdia 19 km² de

floresta por hora. A partir daí, a divulgação

sucessiva dos dados levou Bolsonaro a dizer que

o Inpe divulgava dados mentirosos. A crise

resultou na exoneração do presidente do

instituto, Ricardo Galvão, que rejeitou qualquer

tipo de manipulação. A demissão do chefe do

órgão federal também foi alvo de críticas de

cientistas.

Desde o início do ano, o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, tem dito que pretende

usar um sistema privado. Em julho, ele usou

imagens da tecnologia privada para contrapor

captações feitas pelo Deter – sistema de alertas

de desmate do Inpe – e exibir o que seriam

imprecisões nas medições.

Questionado sobre o uso da tecnologia privada, o

Ibama não comentou. Salles também foi

questionado sobre os termos do acordo que

permitiu fazer o uso prévio da tecnologia privada,

mas não deu detalhes.

Neste mês, o Ibama nomeou, por meio de

portaria, uma “equipe de planejamento de

contratação” para escolher o sistema que será

comprado, algo estimado em aproximadamente

R$ 7 milhões. A ideia seria realizar licitação

pública para escolher o produto. Especialistas em

captação e processamento de imagens ouvidos

pelo Estado, porém, afirmaram que, da forma

como foi descrito o sistema, o único fornecedor

brasileiro capacitado é a Santiago & Cintra.

A reportagem procurou a empresa para comentar

o assunto, mas não obteve resposta. O

responsável pelo “planejamento da contratação”

do Ibama, o diretor Olivaldi Alves Borges

Azevedo, disse que não tinha tempo para tratar

do assunto.

Mato Grosso

O governo do Mato Grosso decidiu que deixará o

mapeamento do Inpe e adotar o Planet. A

informação é do governador do Mato Grosso,

Mauro Mendes (DEM). “Vamos usar a melhor

tecnologia. Não vou usar duas tecnologias, não

faz sentido”, disse ao Estado. “Já começamos a

usar o sistema imediatamente. Agora, é essa

tecnologia que vai apoiar nossas ações de

fiscalização.”

Procurado pela reportagem, o Inpe não se

pronunciou. O Estado, porém, não deixará de ser

coberto e monitorado pelas tecnologias

governamentais.

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Grupo de Comunicação

“Os sistemas do Inpe não têm a mesma precisão

e rapidez. Em menos de 24 horas, saberemos

exatamente o que está acontecendo em qualquer

terreno do Estado”, disse Mendes. O contrato de

R$ 5,9 milhões, que trata da prestação do acesso

à tecnologia e seus serviços por um ano, não foi

bancado pelo Mato Grosso, mas sim pelo banco

de desenvolvimento alemão KFW, o mesmo que

faz as doações por meio do Fundo Amazônia, do

governo federal.

A compra e a escolha do sistema Planet, segundo

o governo do Mato Grosso, foi feita diretamente

por outro fundo financiado com recursos

alemães, o Global REDD for Early Movers (REM).

Criado em 2012, essa iniciativa é bancada de

forma conjunta pelos governos da Alemanha e do

Reino Unido.

Pelas regras, Mato Grosso recebe valores se

mantiver o desmatamento abaixo da linha de

1.788 km² por ano. O gestor financeiro e

operacional do programa é o Fundo Brasileiro

para a Biodiversidade (Funbio), uma associação

civil sem fins lucrativos. “Não houve licitação,

porque não houve dinheiro público nisso. Para o

Estado, é custo zero”, disse Mendes.

O Estado mostrou no domingo que vários Estados

da região amazônica estão buscando acordos

diretos com países europeus para financiar

projetos de proteção ao meio ambiente.

Pará

O sistema Planet já chegou a ser utilizado como

teste pelo governo do Pará. Em 2016, segundo o

governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), o

uso da tecnologia foi feito por meio de uma

doação pela própria empresa. Depois, em 2017,

um acordo anual foi firmado, com apoio do Fundo

Amazônia.

“Nós chegamos (ao governo, no início de 2019) e

tomamos a decisão de não comprar”, disse

Barbalho ao Estado. “Os sistemas que temos hoje

já nos são suficientes para fiscalizar e monitorar

o desmatamento.”

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,ministerio-ja-testa-monitoramento-privado-

de-desmate-mt-adota-sistema,70002968156

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Sistema privado para monitorar desmate

tem alta resolução e alertas diários

Ministério do Meio Ambiente já testa tecnologia

particular de monitoramento de desmate; satélite

repete imagens várias vezes sobre um mesmo

lugar

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

O Ministério do Meio Ambiente tem testado uma

tecnologia de monitoramento privado do

desmatamento da Amazônia. Essas imagens, do

sistema Planet, trazem vantagens para a

produção de alertas de perda florestal porque são

feitas com frequência diária e apenas 3 metros

de resolução, ante 10 a 30 metros dos satélites

Sentinel e Landsat, os principais usados pelo

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O instituto federal faz o acompanhamento da

Amazônia hoje. Questionamentos da gestão Jair

Bolsonaro ao trabalho do Inpe levaram à

demissão de Ricardo Galvão, diretor do órgão. A

saída de Galvão do cargo motivou críticas de

cientistas do Brasil e do exterior ao governo.

O satélite Planet repete imagens várias vezes

sobre um mesmo lugar, aumentando as chances

de se registrar um determinado desmatamento

sem a cobertura de nuvens, e pode vê-lo com

muito mais detalhes.

Mas a desvantagem é que se trata de um serviço

pago, e caro, diferentemente dos outros dois,

que são de graça. E que demanda uma alta

capacidade de processamento.

“Ele tem alta resolução e alta frequência, permite

ver detalhes e a sequências das coisas. Mas tem

tanta resolução que acaba gerando muito dado. É

preciso muito mais capacidade de processamento

para poder avaliar tudo”, explica o engenheiro

florestal Tasso Azevedo, coordenador do

MapBiomas, projeto de mapeamento do uso do

solo do Brasil que envolve uma rede colaborativa

de especialistas de universidades, institutos e

ONGs que trabalham com sensoriamento remoto

no País.

A iniciativa trabalha, entre outros, com os dados

fornecidos pelo Inpe e utiliza imagens

selecionados do Planet para poder validar e

qualificar a informação. “Compramos imagens

para lugares específicos onde o Deter já

identificou um desmatamento. É possível, claro,

fazer isso para a Amazônia toda, mas é algo

bastante custoso. Se o governo tem recursos

para comprar isso, deveria entregar essas

imagens para o Inpe. Ninguém tem melhor

capacidade para processar isso hoje no Brasil do

que eles”, complementa Azevedo.

Ele também diferencia o que é a compra só de

imagens da contratação de todo um sistema para

gerar dados sobre o desmatamento –

exatamente o que tinha sido oferecido ao Pará e

que agora está sendo feito no MT, mas que já é

feito pelo Inpe.

“As imagens poderiam ser usadas por qualquer

órgão público. Hoje o Inpe não compra porque os

sensores que usa são o suficientes para o

trabalho realizado. O Inpe já envia milhares de

alertas por ano. Só no ano passado foram 150

mil e muita coisa nem é averiguada em campo.

Com mais resolução, o Planet vai enxergar ainda

mais coisas a cada dia. Inclusive coisas que não

são desmatamento. No Pará (onde o sistema

Planet foi testado) se percebeu isso, que ele

alertava até para uma árvore cortada”, aponta

Azevedo.

O pesquisador ressalta ainda que hoje o

MapBiomas já faz um uso mais selecionado do

Planet para ver com mais detalhes áreas que

foram alvo de alerta do sistema Deter, do Inpe.

“Pegamos os dados e fazemos um foco em

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Grupo de Comunicação

alguma área de interesse, trazendo dados mais

refinados para o local. E isso é oferecido de graça

para quem quiser usar”, diz.

Pará

O secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro

Almeida, afirma que esse foi um dos motivos

pelos quais o Estado decidiu não comprar o

sistema Planet, após um período de testes.

Segundo ele, o custo seria de R$ 3,5 milhões

iniciais pelo serviço, mais R$ 4,5 milhões por ano

em imagens.

“Para nós, o que vem do Inpe foi considerado

suficiente. Se eu tenho plataformas gratuitas,

inclusive com o trabalho do MapBiomas, que

contemplam o que eu preciso, não vou gastar

essa fortuna”, disse Almeida.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,sistema-privado-para-monitorar-desmate-

tem-alta-resolucao-e-alertas-

diarios,70002968149

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Merkel, pegue essa grana e refloreste a

Alemanha, diz Bolsonaro

Governo alemão anunciou que vai congelar

investimentos de cerca de € 38 milhões (o

equivalente a R$ 155 milhões) que seriam

destinados a diferentes projetos de proteção

ambiental no Brasil

Julia Lindner, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)

disse que a chanceler alemã, Angela Merkel,

deve "pegar a grana" bloqueada para

preservação ambiental no Brasil e reflorestar a

Alemanha. “Eu queria até mandar um recado

para a senhora querida Angela Merkel, que

suspendeu US$ 80 milhões para a Amazônia.

Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok?

Lá está precisando muito mais do que aqui”,

disse Bolsonaro durante conversa com jornalistas

nesta quarta-feira, 14.

A quantia mencionada por Bolsonaro, no entanto,

é maior do que a anunciada oficialmente. No fim

de semana, o governo alemão disse que vai

congelar investimentos de cerca de €35 milhões

(o equivalente a R$ 155 milhões) que seriam

destinados a diferentes projetos de proteção

ambiental no Brasil.

Na sequência, Bolsonaro disse que não precisa do

dinheiro alemão. A ministra do Meio Ambiente,

Svenja Schulze, rebateu dizendo que a reação

mostra que o governo alemão está "fazendo

exatamente a coisa certa".

"Apoiamos a região amazônica para que haja

muito menos desmatamento. Se o presidente

não quer isso no momento, então precisamos

conversar. Eu não posso simplesmente ficar

dando dinheiro enquanto continuam

desmatando", afirmou a ministra no início da

semana à Deutsche Welle.

Apenas quando os passos rumo ao combate do

desmatamento na região amazônica se tornarem

mais claros é que a cooperação deve voltar a

acontecer. De acordo com o jornal Tagesspiegel,

de 2008 até o final do ano passado, a Alemanha

já repassou cerca de € 95 milhões para esse tipo

de projeto. Para o Fundo Amazônia, criado para

recompensar esforços na redução de

desmatamento, houve repasse de € 55 milhões.

O país é um dos principais doadores do fundo,

junto da Noruega.

A Noruega também já foi criticada pelo governo

brasileiro. O ministro Ricardo Salles, em

audiência no Senado, disse que o país tem seus

passivos ambientais.

"A Noruega é o país que explora petróleo no

Ártico, eles caçam baleia. E colocam no Brasil

essa carga toda, distorcendo a questão

ambiental", declarou o ministro ao comentar as

negociações sobre o Fundo Amazônia.

"A Noruega está comprometida a continuar com

a gestão responsável, prudente e sustentável dos

seus recursos petrolíferos. A indústria petrolífera

norueguesa é líder global em padrões de saúde,

segurança e proteção ambiental. As atividades

petrolíferas norueguesas estão entre as mais

limpas do mundo, devido à rigorosa

regulamentação governamental e aos altos

padrões tecnológicas da indústria norueguesa."

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,merkel-pegue-essa-grana-e-refloreste-a-

alemanha-diz-bolsonaro-sobre-doacoes-

congeladas,70002968215

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Data: 15/08/2019

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Grupo de Comunicação

Rodrigo Maia fará 'audiência de emergência'

com MP para tratar de licenciamento

ambiental

O texto pode ir à votação nos próximos dias pelo

plenário da Casa. Kataguiri, relator da proposta,

havia reagido às críticas que recebeu de

pesquisadores, especialistas e organizações

ligadas à área do meio ambiente

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, decidiu atender a um pedido da Associação

Brasileira dos Membros do Ministério Público de

Meio Ambiente (Abrampa), que solicitou nesta

quarta-feira, 14, um pedido de “audiência de

emergência” com Maia, para discutir o projeto da

Lei Geral do Licenciamento Ambiental.

Kataguiri reagiu às críticas que sua proposta

recebeu Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Ao Estado, Rodrigo Maia disse que o PL ainda não

tem um texto final fechado, mas que, quando a

proposta for consolidada, vai receber os

membros do MP. “Quando o texto estiver

fechado, claro que posso recebê-los”, declarou

Maia.

O texto pode ir à votação nos próximos dias pelo

plenário da Casa. Por meio de um ofício

encaminhado a Maia nesta quarta-feira, 14,

Cristina Seixas Graça, presidente da Abrampa e

promotora de Justiça do MP na Bahia, afirma

que, diante do “súbito rompimento das

negociações” do projeto, por parte do seu

relator, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), é

urgente o encontro para tratar do assunto.

Em seu ofício, a Abrampa afirma que

acompanhou o processo de discussão do Projeto

de Lei. “Nos somamos ao propagado empenho do

relator em ouvir e mediar as partes interessadas,

estabelecendo consensos. No entanto, fomos

surpreendidos pela última versão de substitutivo

divulgada pelo relator, que, representando

verdadeiro rompimento das negociações,

suprimiu formulações mediadas, anunciadas

publicamente como acolhidas e as substituiu por

outras esdrúxulas, que até então não haviam

sido sequer mencionadas nas discussões”,

declara a associação.

Na avaliação da Abrampa, as mudanças

propostas no processo de licenciamento

poderiam causar “insegurança jurídica e batalhas

judiciais intermináveis, atrasando obras que são

essenciais para o País, além de gerar risco de

perda de financiamentos internacionais, barreiras

comerciais e inviabilidade de acordos comerciais,

bem como desastres ambientais que afetarão

toda a população”.

O relator da proposta, Kim Kataguiri, foi

procurado pela reportagem, mas não se

manifestou sobre a posição da Abrampa. Na

semana passada, em entrevista ao Estado,

Kataguiri reagiu às críticas que sua proposta

recebeu de pesquisadores, especialistas e

organizações ligadas à área do meio ambiente. A

proposta do relator isenta da necessidade de

licenciamento ambiental os empreendimentos

que afetarem terras indígenas e quilombolas que

estejam em pleno processo de demarcação, mas

sem ter chegado à etapa final, da portaria

declaratória pelo governo. Pelo texto, essas

terras deixariam de ser consideradas nos

processo de licenciamento.

Kataguiri também declarou que o processo de

licenciamento não deve ter nenhuma relação com

controle de desmatamento no País, um problema

que tem se agravado em toda a região

amazônica. Apoiado pela Frente Parlamentar

Agropecuária e pelos Ministério da Infraestrutura

e do Meio Ambiente, o relator disse que fará

“uma defesa bem veemente do novo texto,

porque ele traz critérios objetivos e garante que

todos os gestores conheçam os problemas de

seus órgãos ambientais”.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,rodrigo-maia-fara-audiencia-de-

emergenciacom-mp-para-tratar-de-

licenciamento-ambiental,70002967730

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Grupo de Comunicação

Fóssil de pinguim gigante é encontrado na

Nova Zelândia

Ave que vivia há 60 milhões de anos tinha 1,60

metro de altura e pode ter vivido depois do

desaparecimento dos dinossauros

Redação, O Estado de S.Paulo

WELLINGTON - Cientistas da Nova Zelândia

encontraram fósseis de um pinguim gigante, do

tamanho de um ser humano, que vivia nos

oceanos há cerca de 60 milhões de anos.

O Museu de Canterbury divulgou ilustração do

'pinguim monstro', de cerca de 1,60 metro de altura

Foto: Museu de Canterbury/EPA/EFE

Segundo os pesquisadores, a estimativa é de que

a ave tivesse 1,60 metro de altura e pesasse até

80 quilos. É provável que esta tenha sido uma

das espécies de pinguins gigantes que existiram

depois do desaparecimento dos dinossauros.

A descoberta, apelidada de "pinguim monstro",

foi divulgada nesta semana na publicação

científica Alcheringa: An Australasian Journal of

Palaeontology.

Paul Scofield e pinguim gigante da Nova Zelândia

O curador sênior do Museu de Canterbury, na Nova

Zelândia, Paul Scofield, explicou que o pinguim é

semelhante a outra espécie gigante encontrada na

Antártida Foto: Mark Baker/AP

Coautor do estudo e curador sênior do Museu de

Canterbury, na Nova Zelândia, Paul Scofield

ressaltou a importância do fóssil e explicou que a

espécie é semelhante a outro pinguim gigante

encontrado na Antártida. Os pesquisadores

querem agora estabelecer um elo entre as duas

regiões no passado. /AP

O fóssil, um tarsometatarso (à esquerda), é

exibido próximo a um osso similar de um

pinguim-imperador Foto: Mark Baker/AP

https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,foss

il-de-pinguim-gigante-e-encontrado-na-nova-

zelandia,70002967482

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Distribuidoras temem mudança de regras no

gás de cozinha

Por Maria Luíza Filgueiras | De São Paulo

As empresas distribuidoras de gás liquefeito de

petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha,

avaliam que mudanças de regras propostas pelo

governo podem criar obstáculos para o segmento

e trazer impacto negativo para o consumidor. As

duas alterações mais polêmicas dizem respeito à

venda fracionada de gás e ao fim do uso de

marcas de botijões. "Além do risco de quebrar as

distribuidoras, traz muito mais risco de acidente

e não trará redução de preço", resume Pedro

Turqueto, diretor de gestão da Copagaz.

Distribuidoras têm se munido de pesquisas de

consultorias sobre o impacto das mudanças e os

executivos das empresas estão entre idas e

vindas a Brasília para conversar com deputados e

com membros dos ministérios da Economia e de

Minas e Energia. Em um relatório, a consultoria

GO Associados definiu as mudanças como um

equívoco, a LCA Consultores as considera

preocupantes, uma avaliação semelhante à do

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia (Inmetro).

As possíveis alterações foram discutidas em um

estudo, neste mês, da Secretaria de Avaliação,

Planejamento, Energia e Loteria (Secap), ligada à

pasta de Economia, e são objeto de consulta de

mercado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP)

e debatidas em um comitê da pasta de Energia.

Um dos entusiastas das mudanças é o diretor-

geral da ANP, Décio Oddone, e a Secap se

manifestou como favorável às mudanças, como

ponto de partida para abertura do mercado a

mais agentes e mais competição.

O governo avalia que as famílias mais pobres

terão mais acesso ao gás de cozinha se não

tiverem que pagar a totalidade do botijão. Cada

unidade contém 13 quilos e, conforme a

proposta, o consumidor poderia preencher com

dois ou cinco quilos, por exemplo, conforme sua

condição financeira. Já no caso das marcas, hoje

os botijões pertencem às companhias

distribuidoras e elas são responsáveis por eles.

Na primeira venda, parte do custo é subsidiado

pela distribuidora às suas revendas, e o

consumidor paga a diferença e o custo da

unidade cheia, cerca de R$ 70, em média.

Quando o botijão fica vazio, o consumidor pode

trocar por outro de outra marca sem o custo

adicional do vasilhame.

A diferença é que essa outra marca não pode

encher o mesmo recipiente, a menos que haja

um contrato entre as empresas - ela entrega um

cheio da sua marca e retira de casa o da

concorrente, que volta à origem. Isso é feito

pelas próprias empresas, para que cada uma seja

responsável pelos seus botijões. O governo quer

mudar esse ciclo.

"São 17 deslocamentos entre refinaria,

distribuidora, revenda, residência, centro de

destroca, que podem ter um outro modelo em

que um caminhão adaptado leva o GLP até o

local de abastecimento ou em que há estações de

gás em que o consumidor possa fazer isso", diz

Edie Andreeto, assessor técnico da Coordenação

Geral de Petróleo e Gás Natural, do Ministério da

Economia. Segundo ele, as mudanças discutidas

visam também aumentar a energia final

consumida, ao encurtar o circuito de gás.

"A quebra de marca vai trazer prejuízo para o

consumidor. É ela que permite rastrear a

responsabilidade por qualquer sinistro do botijão,

que faz a empresa prezar pela manutenção e

maior segurança do produto e por melhor

prestação de serviço", diz Riadi Kadri, presidente

da Consigaz.

Esse formato foi estabelecido com a

autorregulação na década de 90, o que fez com

que as empresas distribuidoras investissem na

requalificação e segurança dos botijões e em

campanhas, junto com reguladores, para reduzir

as revendas clandestinas. Conforme as maiores

companhias, são cerca de R$ 80 milhões a R$

100 milhões de investimento por ano, de cada

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uma delas, para essas funções de requalificação

e reposição periódica de vasilhames.

É uma exigência do Corpo de Bombeiros que a

identificação de marca resista a explosões, por

exemplo, para que a empresa seja

responsabilizada. A Ultragaz foi uma das

primeiras companhias a trabalhar a questão de

marca com o consumidor, com o tal botijão azul.

"Nossa percepção é que temos uma regulação

moderna, que dá responsabilidade objetiva para

as distribuidoras, que fazem investimentos

altíssimos em segurança", diz Tabajara Costa,

presidente da Ultragaz. "Vemos evolução em

algumas propostas, como o fim da diferenciação

de preço pelo uso [industrial ou residencial], mas

em outras, que dizem respeito a fracionamento e

marca, não enxergamos um benefício para a

sociedade, em bem-estar, segurança e custo",

diz Costa.

No entendimento das empresas e de alguns

especialistas, o fracionamento pode trazer

aumento de risco, uma vez que pretende

pulverizar o abastecimento em mais pontos de

apoio, e encarecer o produto, por uma questão

de escala. O governo aponta os Estados Unidos

como modelo e cita nos estudos as americanas

como a U-Haul, que tem uma rede de estações

de recarga, a Amerigas e a Suburban Propane.

Mas as empresas dizem que, naquele mercado,

apenas 4% do mercado é de cilindro, ante 80%

no Brasil, e de consumo recreativo - para

churrasqueiras, casas de veraneio e

embarcações, uma vez que ele obrigatoriamente

tem que ser usado fora de casa.

"Os únicos mercados que tem enchimento da

forma proposta em maior escala são Gana,

Nigéria e Paraguai", diz Turqueto. "Como o

consumidor de baixa renda vai carregar esse

botijão até uma estação de abastecimento?",

complementa, ressaltando que o recipiente vazio

pesa 15 quilos.

O assessor econômico avalia que as mudanças de

fornecimentos não elevariam risco. "O

abastecimento no granel por caminhões já

acontece em centrais comuns em condomínios e

restaurantes, por exemplo. Só necessitaria de

adaptações no vasilhames para o consumidor que

optar por isso", diz Andreeto.

A Secap também cita que a oferta de botijões de

outros tamanhos, que não o padrão de 13 quilos

de gás, ajudaria em preço e logística - e nesse

deslocamento no granel. "Se o consumidor quer

menos gás, as empresas já têm na prateleira

hoje botijões de 5kg ou 8kg que, diga-se de

passagem, não tem grande procura", diz Kadri. A

LCA aponta que cerca de 35% das trocas de

botijão é feita com mudança de marca, o que

indica que o consumidor não se sente amarrado

à marca.

Para solucionar a questão da distribuição

pulverizada e para que isso não se reflita em

custo, o Ministério da Economia quer um estudo

sobre a criação da figura do Trocador

Independente de Botijões, intermediário que

atuaria com regulação do governo e com

remuneração fixa para encher botijões de

diferentes marcas.

"Com abastecimento pulverizado, o governo teria

que aumentar a fiscalização para garantir

questões de segurança e que não haja fraude no

abastecimento", diz Cláudia Vieira, diretora da

LCA. Isso poderia ser uma balança fraudada, por

exemplo. Para Andreeto, é possível reduzir

custos fiscalizatórios e manter rastreabilidade

com novas tecnologias, por aplicativos e mesmo

usando blockchains.

Um estudo do Sindigás aponta que há risco

também quando há sobre-enchimento, que pode

levar a explosão. "O governo não sinalizou meio

de garantir rastreabilidade, o que tira o incentivo

de manutenção", diz Cláudia.

O presidente da Consigaz aponta que a

competição já é acirrada a ponto de levar a

margens negativas em algumas regiões. "O

botijão custa 7% do salário mínimo e já foi 13%,

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o que mostra que o aumento de segurança não

adicionou custo extra para o consumidor. Há

competição nesse mercado, não só entre as 19

distribuidoras como entre mais de 60 mil

revendedores credenciados, e isso com redução

de acidentes", complementa outro distribuidor

que prefere não ser citado. "Se a questão é

preço, a discussão deveria ser sobre o preço da

molécula e sobre a carga tributária. Não vejo

como as propostas atuais proporcionariam queda

de preço e discordo do diagnóstico de que falta

rivalidade", diz Cláudia.

O Inmetro diz que, em princípio, tem

preocupações em relação às garantias de

segurança do envase e do botijão. "Até então,

quando o botijão de 13 kg é recarregado, o

envase é realizado em área classificada, em

procedimento de total segurança, longe dos

consumidores. Em relação ao botijão, o modelo

comercializado tem um bocal não conforme ao

preenchimento fracionado - ou o bocal teria que

ser modificado ou o modelo do botijão atual ser

trocado", informou a autarquia em nota ao Valor.

O órgão disse ainda que "também se preocupa

com a complexidade do controle metrológico

legal da quantidade do GLP envasado".

O governo esclarece que não se trata de uma

avaliação que o modelo atual não funciona e que

a discussão, ainda em curso, é sobre formatos

que possam conviver no mercado. "O que tem

mapeado pela ANP é que o modelo atual é

eficiente. O que queremos é a abertura de novos

modelos de negócios, uma pluralidade de

arranjos, e que o consumidor escolha o formato

que prefere para acessar o produto", diz

Andreeto.

https://www.valor.com.br/empresas/6391395/di

stribuidoras-temem-mudanca-de-regras-no-gas-

de-cozinha

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A MP do Estado anarcocapitalista

Por Maria Cristina Fernandes

Jair Bolsonaro prometeu a pequenos

comerciantes e empreendedores tirar a trava do

Estado do caminho de sua prosperidade. Com a

MP da Liberdade Econômica, o presidente vai

além do cumprimento de uma promessa de

campanha. Em apenas quatro meses fez passar

na Câmara uma iniciativa que ameaça a

capacidade regulatória do Estado e mina os freios

contra o abuso do poder econômico.

A Câmara que, na reforma da Previdência,

funcionou como um contrapeso às medidas mais

radicais do governo, desta vez, se limitou a

podar as selvagerias mais gritantes contra o que

restou da legislação trabalhista. Sob o escudo de

uma proposta que, aparentemente, não afeta a

vida da população, tornou-se sócia do

anarcocapitalismo que inspira a equipe sub-30

que o Paulo Guedes colocou na secretaria de

desburocratização do Ministério da Economia.

O texto aprovado tem a ambição de mudar os

princípios constitucionais que regem a atividade

econômica. Prevê que o Estado terá uma

intervenção "subsidiária e excepcional". A

Constituição já prevê que o Estado apenas

explore uma atividade econômica sob o

imperativo da segurança nacional ou de relevante

interesse coletivo. Mas estabelece que o Estado é

agente regulador, devendo fiscalizar, incentivar e

planejar a atividade econômica (artigo 174).

Medida ignora que relações econômicas também

são de poder

Os meninos maluquinhos que gestaram o texto

da MP nunca devem ter se perguntado se um

Estado subsidiário comporta, por exemplo, a

Embrapa, empresa pública que fomentou a

salvação da lavoura na balança comercial. Ficam

igualmente deslocadas, na definição de Estado

prevista pela MP, as políticas de compras

governamentais. A de merenda escolar, usada

pelo Estado há muitos anos para incentivar a

agricultura familiar, é apenas a mais inocente na

bilionária lista de compras do Estado, de aviões a

tecnologias sensíveis.

Não bastou entregar a Embraer. Trata-se agora

de podar o Estado como parceiro do capitalismo

nacional. A despeito de ser tratada como a carta

libertária do empreendedorismo tupiniquim, fica

difícil encaixar esta MP sob as asas do artigo 219

da Constituição: "O mercado interno integra o

patrimônio nacional e será incentivado de modo a

viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-

econômico, o bem-estar da população e a

autonomia tecnológica do país, nos termos da lei

federal."

Foram princípios como este que embasaram a

criação do Fundo Soberano, em 2008. Proposto

ao Congresso em projeto de lei, à luz de

experiências como a da Noruega, para reduzir a

vulnerabilidade financeira do país e fomentar

projetos estratégicos, acaba de ser extinto pela

MP 881 sem que nenhuma urgência o

justificasse.

Alessandro Octaviani, professor de direito

econômico da USP, duvida da eficácia da MP

sobre a atividade da economia e da capacidade

de a sociedade comportar um impacto tão

unilateral nas relações contratuais. Por isso,

espera o veto dos tribunais: "A MP não alberga

as grandes questões contemporâneas de uma

sociedade solidária, está em desacordo com a

ordem econômica constitucional e tende a gerar

litígios em série."

Para barrar a MP, o Supremo teria que fazer uma

inflexão na toada liberal que vem marcando a

atuação da Corte nos últimos tempos. É uma

guinada mais difícil do que aquela que marca o

freio no lavajatismo, exemplificado pelo 9x1

contrários à transferência do ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva e pelo artigo "Tempos de

Weimar", do ministro Luiz Fachin, no Valor

(12/6). Ainda está por ser gestada uma reação

aos instintos primitivos do capitalismo

bolsonarista para fazer mover o Supremo nessa

direção, apesar de não faltarem indícios de que a

Carta foi atropelada pela tenebrosas transações

desta medida,

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O time sub-30 de Guedes, ignora, por exemplo, o

fato de que os contratos mediam não apenas

relações econômicas, mas de poder. O texto

estabelece que os contratos civis e empresariais

são "paritários e simétricos", ressalvada prova

contrária. À luz desta MP dá para imaginar o que

pode vir a se transformar, por exemplo, a

terceirização dos benefícios do INSS. O governo

pretende acabar com o monopólio estatal na

gestão de benefícios como auxílio-doença,

acidente de trabalho e salário maternidade.

Apenas aposentadorias e pensões ficariam sob

gestão pública.

Este é um mercado de R$ 130 bilhões, cobiçado

por todas as seguradoras do planeta. Em muitos

países, a gestão desses benefícios é privada mas

o diabo mora nos detalhes dos contratos que os

regulam. Estado pode contratar o seguro para

repassá-lo ao cidadão ou o contrato pode ser

feito diretamente com as seguradoras. Ambas as

alternativas, se não forem bem reguladas, abrem

uma avenida para apólices que podem minar a

sobrevivência de milhões de brasileiros.

O país chegou no limiar de um mercado

dominado pelas grandes resseguradoras

estrangeiras em que as empresas nacionais

viraram quase que meras vendedoras de seguro,

sem um quadro jurídico que discipline esses

contratos. É nesse deserto de garantias que

chega esta medida provisória com a ideia de um

mundo encantado de contratos entre iguais,

contrariando, mais uma vez, a norma

constitucional que protege o abuso do poder

econômico com vistas à "dominação dos

mercados, à eliminação da concorrência e ao

aumento arbitrário dos lucros".

No filme, "Eu, Daniel Blake", do cineasta

britânico Ken Loach, um marceneiro de meia

idade sofre um ataque cardíaco depois de perder

a esposa. É proibido pelos médicos de voltar a

trabalhar e, para se sustentar, vai atrás de seu

seguro por invalidez. A privatização do sistema

em nada desburocratizou a concessão do

benefício, dificultado ao máximo. A saga do

personagem para obtê-lo fez do filme quase que

um prenúncio do humor que marcou o Brexit, em

2018, e, no ano seguinte, colocaria Boris Johnson

no poder.

No Brasil, a ordem foi inversa. A ascensão do

populismo de Jair Bolsonaro precedeu o

desmonte do Estado provedor. Este foi o contrato

de casamento entre o presidente e seu ministro

da Economia. Agora as mentes colonizadas e

maluquinhas que ascenderam ao poder com

Bolsonaro ou aquelas bem mais estabelecidas

que fazem dele a carona de ocasião, podem, sim,

se orgulhar de ter colocado o Brasil na

vanguarda. Do atraso.

Maria Cristina Fernandes é jornalista do Valor.

Escreve às quintas-feiras

E-mail: [email protected]

https://www.valor.com.br/politica/6391435/mp-

do-estado-anarcocapitalista

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Microplástico contamina o ar

Não só a água está contaminada por partículas

de plástico, mas também o ar. Níveis alarmantes

de microplástico foram encontrados na neve do

Ártico aos Alpes, indicando uma contaminação

significativa na atmosfera, uma vez que a neve

captura partículas do ar quando cai. Amostras de

gelo no oceano entre a Groenlândia e as ilhas

Svalbard, no ártico norueguês, continham uma

média de 1.760 partículas de microplástico por

litro. Próximo à Europa, foram encontrados locais

com 24.600 partículas por litro. Cientistas

alertam que esse achado exige mais pesquisa

sobre o efeito do microplástico no ar na saúde

humana. Um estudo anterior encontrou partículas

de plástico num pulmão humano afetado por

câncer. Os pesquisadores coletaram amostras de

neve das ilhas Svalbard usando um método de

baixa tecnologia: uma colher e um frasco de

vidro (foto).

https://www.valor.com.br/internacional/6391491

/microplastico-contamina-o-ar

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Elétrons em zigue-zague e neurônios

alucinados

Por Edvaldo Santana

O setor elétrico está apreensivo, tenso. A tensão

faz parte da rotina desde 2007. Sem alívio. O

Operador Nacional do Sistema (ONS), no seu

novo ciclo de planejamento de operação,

denominado PEN 2019-2023, sinalizou que a

severa escassez de água, desde 2012, pode

definir um novo período hidrológico crítico, mais

rigoroso que o anterior, de 1948 a 1955.

Para os menos atentos, o último período de

chuvas, que este ano encerrou em maio, foi dos

mais úmidos e longos. Ainda assim, os

reservatórios mal chegaram a 47%. Como até

novembro esse índice diminui para 20% ou 30%,

será necessário muito mais chuva para que os

reservatórios ultrapassem os 60% no fim de abril

de 2020 - isto apesar do tímido crescimento do

consumo.

Assim, não é desprezível a probabilidade de que

sejam necessários mais 10 ou 15 anos para que

os reservatórios alcancem novamente o nível

pré-crise (87,8% em 2011, o maior desde o

racionamento de 2001). A imprudência foi

tamanha que, muito rapidamente, saímos do

maior nível de armazenamento do histórico para

16% em 2015, mesmo com todo parque térmico

e eólico à disposição. O significado disso é

importante: a oferta de energia das hidrelétricas

precisaria ser recalculada, obrigação que o

governo cumpre de forma errada ou empurra

com a barriga desde 2004.

A centralização é a explicação para o irracional

uso dos recursos energéticos. A utilização dos

reservatórios decorre de decisões orientadas por

algoritmos matemáticos vulneráveis a excessivas

intervenções, que possuem como premissas a

manjada segurança energética e a desgastada

aversão a riscos, também lidos como energia a

qualquer custo. Foi a segurança energética, para

evitar um racionamento em 2014, ano eleitoral,

que esvaziou os reservatórios, deixando-os quase

irrecuperáveis.

Se cada usina fosse responsável pelo uso dos

seus respectivos reservatórios, não tenham

dúvida, o cenário seria outro. Em 2013, diante

das palpáveis perspectivas de aumento da

escassez, as próprias hidrelétricas, para se

protegerem da elevação dos custos, adotariam

estratégias defensivas, para preservar seus

reservatórios. Nestas circunstâncias, comprariam

energia de outras fontes, construiriam ou

incentivariam a construção de termelétricas,

como acontece em qualquer parte do mundo.

Basta, para isso, que a ordem de acionamento do

parque gerador seja definida pelas próprias

usinas, que, em leilões no dia anterior, diriam o

quanto têm e quanto valem suas disponibilidades

no dia seguinte - day ahead. Tudo ficaria mais

preciso e os riscos e custo seriam melhor

alocados.

No dia 25 de julho, a Câmara de Comercialização

organizou concorrido evento para discutir a

formação do preço. Ótimas cabeças, sem grande

ênfase ou convicção, mostraram temer eventuais

aumentos de preços com a oferta constituída em

leilões diários. Mas são insignificantes essas

chances, dado que mais de 90% da energia são

comercializados por contratos de longo prazo, e

não no mercado spot. Atenção especial se deve

ter com o poder de mercado. Há uma

concentração no segmento de termelétricas, que

teriam relevante participação no atendimento da

demanda residual.

Consumidores foram obrigados a contratar mais

do que precisam. Pagam pela falta e pela sobra,

e pagam muito

Mas vejam que interessante: também em 25 de

julho, o mesmo ONS, na definição do programa

mensal de operação para agosto, destacou, de

forma precisa, que, para todo ano de 2019, a

energia contratada ultrapassa em mais de 14 mil

MW médios a carga. É uma sobra cavalar, que

daria para suprir a região Sul por um ano, e

ainda teria para 30% do Nordeste. É sobra

equivalente ao consumo de meia Argentina. E

deve ir até 2028, pois em 2023 o excedente

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ainda será de 9 mil MW médios. Se fosse jaca,

uma fruta difícil de carregar e de guardar, o

vendedor simplesmente reduziria seus preços

para desovar o estoque ou eliminar o excedente.

Mas não é bem assim. No dia 26 de julho, a

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

acionou a bandeira vermelha para agosto, que

impõe um aumento imediato e não desprezível

nas tarifas. A bandeira vermelha significa que o

atendimento do total da carga requer o uso de

usinas termelétricas, muito mais caras, dado que

o produto, energia elétrica, ficou escasso.

Em outras palavras, no setor elétrico escassez e

abundância se confundem, andam lado a lado. A

energia é escassa, mas os consumidores foram

obrigados a contratar muito mais do que

precisam. Pagam pela falta e pela sobra, e

pagam muito. Um autêntico, e infeliz, "zigue-

zague de elétrons".

Em artigo (Colapso e explosão tarifária) de 3 de

agosto de 2018, neste Valor, alertei para a baixa

produtividade do setor elétrico, pois só eram

utilizados 40% da capacidade instalada de

geração. A situação real é bem pior. Além do que

afirmei há um ano, a energia contratada nos

festivos leilões é 20% maior do que a necessária,

e essa sobra vai aumentar. Como a economia

patina e o consumo de energia anda de lado, o

excedente de contratos se torna uma

perturbação indigesta, como os bagos da jaca.

Por que isso acontece? Uma explicação estaria na

duradoura recessão econômica, que, dada a

balbúrdia e o ambiente de guerrilha, seguirá por

mais um tempo. Mas o principal determinante

são as compras centralizadas, em que o governo

adquire, pelo preço que ele define e de projetos

que ele prioriza, a energia que as distribuidoras

vendem para os consumidores. Como não tem

qualquer ônus pelos resultados, o governo

compra o que não precisa e para quem não

pediu.

O estranho é que o Secretário de Planejamento

Energético do Ministério de Minas e Energia

idealizou que o leilão A6, previsto para outubro

de 2019, será realizado mesmo que não tenha

demanda e com metodologia, nota-se, que

aumentará essa sobra. E há também Angra 3,

que, caríssima, tem enormes chances de

extrapolar essas sobras.

Nem os geradores queriam tanto. Sem terem

culpa, vendem o que os consumidores não

pediram e não precisam, e recebem por isto

mesmo que não entreguem, como o caso recente

descrito por Camila Maia no Valor de 26 de julho.

A distribuidora de Roraima é cobrada por não

pagar pela energia contratada do pool de

geradores do sistema interligado. Só que ela

jamais recebeu a energia, e não a recebeu

porque continua isolada. E permanece isolada

porque o Estado, via seus múltiplos tentáculos,

ainda não autorizou a construção da linha de

transmissão, um atraso de 3 anos.

O zigue-zague dos elétrons, pelo visto,

nocauteou os neurônios governamentais,

deixando-os alucinados, o que preocupa. Os

desafios são inéditos, e não me parece que o

desacreditado algoritmo de otimização hoje

utilizado tenha alguma serventia em um cenário

inaudito, em que sobra é sinônimo de escassez.

Tomara que as boas ideias (de livre concorrência)

do novo mercado do gás ajudem a organizar o

setor elétrico.

Edvaldo Santana é doutor em engenharia de

produção, ex-diretor da Aneel e vice-presidente

da Electra Energy

https://www.valor.com.br/opiniao/6391525/eletr

ons-em-zigue-zague-e-neuronios-alucinados

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Petrobras disputará leilão de energia nova

com gás natural

Por Rodrigo Polito e André Ramalho | Do Rio

A Petrobras estuda participar do próximo leilão

de contratação de energia nova, seja como

geradora com projetos termelétricos ou como

fornecedora de gás natural para usinas. Marcado

para 17 de outubro, o leilão será do tipo A-6, que

negociará contrato de energia de novos

empreendimentos com início de fornecimento em

seis anos (2025).

"Olhamos sim [o leilão A-6], seja através de

termelétricas, seja através de fornecedor de

gás", afirmou ontem a diretora de Refino e Gás

da companhia, Anelise Lara, após participar de

seminário sobre gás natural promovido pelo

Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (IBP), no Rio. Ela disse que

existe a possibilidade de formar parcerias para o

certame.

Anelise contou que a Petrobras pretende vender

15 de suas 26 termelétricas no país. Segundo

ela, a medida faz parte da gestão de portfólio da

empresa. "Hoje a Petrobras tem 26 termelétricas.

Nossa intenção é vender 15 delas." "Nós vamos

ficar com as térmicas que fazem mais sentido no

nosso portfólio. O processo de venda de

termelétricas, explicou a diretora, deve ocorrer a

partir de 2020.

Questionada sobre risco de desabastecimento de

gás natural no país a partir do próximo ano, já

que a Petrobras não deverá garantir a totalidade

da importação de gás natural da Bolívia, a

executiva não acredita nessa possibilidade.

"Não acredito [em desabastecimento]. E vamos

trabalhar para evitar isso. Foi colocado pelo CNPE

[Conselho Nacional de Política Energética] que a

Petrobras passa a ser o fornecedor final se tiver

problema no sistema, mas para isso temos que

estar preparados. E estar preparado, essa

flexibilidade custa. Esse gás que vai ficar

disponível em qualquer momento, em caso de

uma dificuldade do sistema é como o mercado

spot [à vista] de energia, ele é mais caro",

completou Anelise.

Presente ao evento, o secretário de Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas

e Energia, Márcio Félix, disse acreditar que o

leilão A-6 deve negociar ao menos uma usina

termelétrica a gás. "[A expectativa é que] Saia

alguma térmica de grande porte no A-6. Mas

vamos ver como vai ser a competição", disse.

Segundo ele, projetos de ampliação de usinas

existentes ou localizados em Estados que já

revisaram suas regras para tornar mais atrativo o

mercado livre de gás tendem a ser competitivos.

"Onde já existe uma térmica com capacidade

adicional, talvez haja preços mais competitivos",

afirmou o secretário. "[Sobre os Estados que

estão regulamentando o mercado livre de gás] é

uma coisa que está em curso. Vai afetar [os

resultados do leilão], mas não dá para prever".

O diretor e professor da FGV e ex-presidente do

Banco Central, Carlos Langoni, que tem atuado

como consultor do governo para o processo de

abertura do mercado de gás natural do país,

afirmou que o resultado do leilão será um

indicador para o preço do gás natural para as

indústrias no futuro.

"O resultado desse leilão vai ser uma 'proxy' do

preço do gás natural para o grande consumidor",

disse. "Temos semelhança com essa nova figura

do novo consumidor efetivo. Esse preço do gás

natural de termelétrica de base é uma excelente

'proxy'. Vamos ter uma ideia, tanto para o lado

da oferta, quanto para o lado da demanda. Um

teste importante e definitivo do choque de

competitividade".

https://www.valor.com.br/empresas/6391391/pe

trobras-disputara-leilao-de-energia-nova-com-

gas-natural

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Retórica do governo levará agronegócio à

estaca zero, diz Blairo

Por Cristiano Zaia | De Brasília

Por seis meses "afastado voluntariamente" da

política e dos negócios da Amaggi, maior trading

do agronegócio de capital nacional da qual é

acionista, o ex-ministro da Agricultura Blairo

Maggi afirma que o discurso "agressivo" do

governo Jair Bolsonaro na área ambiental tem

combustível suficiente para cancelar o acordo de

livre-comércio entre Mercosul e União Europeia,

anunciado em 28 de junho.

Blairo disse ao Valor que a "confusão" que a

retórica de Bolsonaro e seu estafe vêm

disseminando na comunidade internacional, se

não for contida, levarão o agronegócio brasileiro

à "estaca zero", após anos de esforço para

imprimir o ambiente como marca dos alimentos

vendidos no mercado externo.

E, ainda que não chegue ao ponto de jogar fora

uma negociação que durou 20 anos, na leitura de

Blairo a insatisfação do bloco europeu com o

Brasil neste momento, sobretudo vinda da

França, é tão grande que, no mínimo, pode

atrasar mais ainda a entrada em vigor do acordo,

bem mais do que os dois anos previstos para que

seja ratificado pelo Parlamento de todos os

países-membros dos dois blocos.

"Temos uma relação muito complicada com a

Europa e podemos ter mais fechamentos de

mercado. Não duvido nada que a gritaria geral

que a Europa está fazendo seja para não fazer o

acordo", admitiu Blairo. "Estamos pagando um

preço muito alto e acho que teremos problemas

sérios. E como exportador te digo: as coisas

estão apertando cada vez mais", acrescentou o

ex-ministro de Michel Temer.

Para Blairo, que já ganhou o prêmio "Motosserra

de Ouro" do Greenpeace em 2005, ainda em seu

primeiro mandato como governador de Mato

Grosso, o Brasil deve reivindicar soberania sobre

seu patrimônio ambiental, mas de forma

diplomática, compondo com outros países.

"Conseguimos conciliar discurso de preservação

com produção e conseguimos avançar. E o Brasil

já tinha avançado, mas é apenas mais um

'player' no mercado global."

Por outro lado, Blairo, que foi eleitor de

Bolsonaro e chegou a ser cogitado para

permanecer no Ministério da Agricultura no novo

governo, mas foi descartado após declarar que

era contrário à fusão dos ministérios da

Agricultura e Meio Ambiente, comemora que a

atual administração não aprovou qualquer lei

para flexibilizar ou mudar o licenciamento

ambiental ou regras para afrouxar a fiscalização

ambiental, como indica o discurso do atual

presidente. A seguir, os principais trechos da

entrevista:

Valor: Como o senhor vê a reação negativa no

cenário internacional ao discurso do governo

Bolsonaro na área ambiental?

Blairo Maggi: Uma verdadeira confusão. O

governo não fez nenhuma mudança aqui

internamente, não facilitou a vida de ninguém,

no entanto estamos pagando um preço muito

alto. Acho que teremos problemas sérios. Não

tem essa que o mundo precisa do Brasil. Talvez

precisem dos agricultores brasileiros em outros

países, mas somos apenas um "player" e, pior:

substituível. O mundo depende de nós agora,

mas daqui a pouco se inverte e ficamos

chupando dedo.

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"Não duvido nada que a gritaria geral que a

Europa está fazendo seja para não fazer mais o

acordo com o Mercosul"

Valor: A retórica do governo só desgasta a

imagem do Brasil lá fora ou pode subir a régua

de exigências para as nossas exportações de

commodities agrícolas?

Blairo: Como exportador que sou, lhe digo: as

coisas estão apertando cada vez mais. Há anos o

Brasil vinha defendendo preservação com

produção, tínhamos avançado bastante, já

tínhamos ganhado confiança do mercado, mas

com esse discurso [do governo], voltamos à

estaca zero. E aqui faço uma analogia: o Brasil

tinha subido no muro e passado a perna para

descer do outro lado, agora fomos empurrados

de volta e para bem longe do muro. Não veja

como crítica feroz, mas sim como um alerta.

Valor: Existe risco imediato de importadores,

como a União Europeia, retaliarem o Brasil?

Blairo: Podemos sim ter fechamento de mercado.

Temos uma relação muito complicada com a

Europa. Para criarem mais mecanismos para

dificultar a entrada de carne de frango ou outros

produtos do Brasil, é dois tempos. E depois para

levantar isso é muito difícil, todo mundo está

vendo.

Valor: Acha que esse incômodo dos europeus

com o discurso ambiental do governo chega a

prejudicar de alguma forma o acordo Mercosul-

União Europeia, por exemplo?

Blairo: No acordo tem uma cláusula de precaução

que permite que a Europa barre importações do

Brasil. Essas confusões ambientais poderiam criar

uma situação para a UE dizer que o Brasil não

estaria cumprindo as regras. E não duvido nada

que a gritaria geral que a Europa está fazendo

seja para não fazer o acordo. A França não quer

o acordo. Talvez isso seja aproveitado para não

se chegar ao acordo. Ou pode demorar mais

tempo para o Parlamento Europeu ratificar o

acordo - três, cinco anos.

Valor: O senhor já ganhou no passado o rótulo

de "Motosserra de Ouro" pelo desmatamento em

Mato Grosso. Que lições daria ao presidente

Bolsonaro?

Blairo: Fui criticado na época mesmo, mas depois

chamei os agricultores, frequentei fóruns

mundiais de ambiente e comecei a estabelecer

algumas metas, parâmetros para a questão

ambiental e nos últimos anos conseguimos [setor

de agronegócios] conciliar discurso de

preservação com produção. E avançamos. Agora,

o Brasil já tinha avançado. O problema é que o

"agro" é sempre o mais prejudicado num

discurso que não é adequado. E o discurso do

governo está distante da realidade.

Valor: Por quê?

Blairo: Quando estou exportando soja, milho,

eles [importadores] querem saber mais do que

nunca a origem de certificação do meu produto.

Felizmente, no nosso caso, a área de soja e

milho em Mato Grosso está muito certinha nos

últimos anos e cumprimos todas as exigências,

mas elas estão mais rigorosas do que há dois

anos, por exemplo. Os importadores,

principalmente europeus, vêm visitar mais as

lavouras, a produção, e querem saber mais como

produzimos. E, se plantamos em área

desmatada, eles não compram. Então o discurso

só atrapalha.

Valor: E quanto ao Fundo Amazônia, o sr.

também defende que ele seja mantido?

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Blairo: O Brasil deve reclamar a soberania sobre

o ambiente, mas tem como compor com outros

países. Acho que o país não precisa do dinheiro

do Fundo Amazônia, não resolve nada, só

ficamos em posição de débito. Quase nada chega

a quem interessa, quem precisa. Tudo vira

viagem, estudos, relatórios, congressos. Vá no

interior da Amazônia em qualquer município e

pergunte se alguém recebeu algum benefício por

abrir mão do "progresso" em nome da

preservação. Agora, sou defensor de um fundo

mundial para repassar uma saúde e educação de

qualidade a esses brasileiros da floresta. Um

fundo que pudesse fazer com que o dinheiro

chegasse na ponta para quem abre mão do

desmatamento. Ad pessoas que estão na beira

do Rio Amazonas, por exemplo, não ganham

nada.

Valor: Apesar da reação internacional, a bancada

ruralista do Congresso anunciou que em breve a

Câmara deve pautar o projeto que dispensa

licenciamento ambiental para o agronegócio. Isso

não pode dificultar mais ainda para a imagem do

setor?

Blairo: O que eu acho é que o governo está com

um discurso agressivo, mas não tomou nenhuma

atitude até o momento. Até agora não tivemos

nada de concreto, de ruim. Não mudou o

licenciamento no país, não afrouxou regra

nenhuma de fiscalização. No projeto sobre o

licenciamento, e eu conheço tudo que está ali,

não tem nada que aumente desmatamento, ele

dá celeridade para o processo, ele dispensa

licenciamento para nova estrada. Não tem uma

palavra no texto que prejudique o licenciamento

ambiental no país.

Valor: E quanto ao desmatamento, que vem

aumentando? O agronegócio não tem

responsabilidade?

Blairo: Mais uma vez o agronegócio brasileiro

apanha sem nenhuma mudança ter ocorrido de

fato. Não mudamos os processos internamente.

O governo não deixa de ter razão em algumas

coisas e os dados sobre desmatamentos têm

algumas incorreções sim, mas o problema é a

forma que ele expõe isso. Na época que fui

governador, fiz um embate gigante com a então

ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela

disse que existia um desmatamento gigante em

Mato Grosso. Então visitamos todos os pontos de

desmatamento apontados pelo governo. Fui ao

Palácio do Planalto, reclamei com o Lula [ex-

presidente Luiz Inácio Lula da Silva]. Mostramos

por satélite que vários desmatamentos alegados

na verdade estavam em áreas de rocha,

degradadas, fora de propriedade.

Valor: Diante dessa forma errada de se

comunicar, o Ministério da Agricultura tem mais

responsabilidade de evitar retaliações

comerciais?

Blairo: Fiquei seis meses voluntariamente

afastado, não sei o que está acontecendo lá

desde que saí de Brasília. Mas o que ouço é que a

ministra [Tereza Cristina] está indo muito bem,

ela consegue andar no meio desse radicalismo

todo.

https://www.valor.com.br/brasil/6391459/retoric

a-do-governo-levara-agronegocio-estaca-zero-

diz-blairo

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