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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 9 de agosto de 2019

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 9 de agosto de 2019

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 4

Vazamento de cloro coloca moradores em risco................................................................................. 4

Após incêndio, situação de área com pás eólicas é questionada na Câmara .......................................... 5

Cetesb fará laudo sobre incêndio em pás eólicas ............................................................................... 6

Brincando com fogo ....................................................................................................................... 7

O Parque CERET foi fechado nessa manhã por vazamento de gás de cloro ............................................ 8

Prefeitura de Santa Isabel denuncia ex-secretário por irregularidades na emissão de licenças ambientais . 9

Problemas no Orquidário Ruth Cardoso .......................................................................................... 11

'Monte da oração' atrai fiéis a área preservada na zona leste de SP ................................................... 12

Mairiporã lidera consumo de energia elétrica na região .................................................................... 15

Obras na rua Turmalina são retomadas após reparos nas redes de água e esgoto ............................... 16

Horto Florestal Municipal realiza visita agendada para grupos ........................................................... 17

NOTA DE ESCLARECIMENTO Veiculação de conteúdo não condizente com as questões ambientais de Pirangi ....................................................................................................................................... 18

Editorial - Saldo positivo .............................................................................................................. 20

Flora Rica é representada em evento de Municipalização do Licenciamento Ambiental em São Paulo ...... 21

Na China, Doria defende oposição de Sul e Sudeste a restante do país ............................................... 22

Descarte pilhas e baterias: Prefeitura instala postos de arrecadação .................................................. 23

Alunos e comunidade visitam Nascente Municipal Modelo ................................................................. 24

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 25

Filhote de lobo-marinho desnutrido é resgatado no litoral de SP; vídeo .............................................. 25

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 27

O QUE A FOLHA PENSA: Com o fígado ........................................................................................... 27

Brasil tem pouco tempo para se adaptar às mudanças climáticas ...................................................... 28

25% da população mundial está em risco de falta de água ............................................................... 30

Painel: Moro mantém popularidade maior que a de Bolsonaro, mostram pesquisas de siglas................. 31

Mônica Bergamo: Bolsonaro escanteia Moro e age com indiferença em eleição da PGR ......................... 33

ESTADÃO ................................................................................................................................... 35

Taesa quer papéis verdes para projetos até 2022 ............................................................................ 35

Animal é ser senciente ................................................................................................................. 36

Eliane Cantanhêde: E a impessoalidade? ........................................................................................ 37

40% do País apresenta nível moderado ou alto de ameaça aos corpos hídricos ................................... 39

Ações do Brasil 'contradizem mensagens' do relatório sobre clima, diz cientista do IPCC ...................... 41

Campanha arrecada agasalhos, cobertores e caminhas para animais em São Paulo ............................. 43

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 44

Alemanha avalia elevar imposto sobre carne para reduzir consumo ................................................... 44

Privatização da Eletrobras terá venda de ações ............................................................................... 46

Medida vai abrir o mercado de energia ........................................................................................... 51

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IPCC quer campo mais sustentável ................................................................................................ 53

Fernando Abrucio: Discurso patriótico de Bolsonaro segue caminho do sectarismo .............................. 54

Tatiana Salem Levy: Ailton Krenak, Bolsonaro e o desmatamento da Amazônia .................................. 57

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ENTREVISTAS

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Veículo: Record News

Data: 08/08/2019

Vazamento de cloro coloca moradores em risco

HORA NEWS/RECORD NEWS/SÃO PAULO Data

Veiculação: 08/08/2019 às 08h43

Duração: 00:01:55

+ informações

Transcrição

Um vazamento de cloro colocou em risco

moradores da zona leste de São Paulo, uma

força-tarefa foi mobilizada para conter o

vazamento do produto tóxico, que pode

provocar irritação e queimaduras. Uma força-

tarefa foi mobilizada para conter o vazamento

de cloro líquido de gás no clube recreativo que

fica na zona leste de São Paulo, os bombeiros

tiveram que usar uma roupa especial e

cilindros dia para entrar no espaço onde o

vazamento começou. O avião pessoal fazendo

a manutenção na casa de bombas, a piscina

movimentaram Sininho que estava desativado

um cilindro de cloro desse cilindro ele

apresentou um vazamento que acabou

incomodando os vizinhos Luisinho do clube

chamaram o Corpo de Bombeiros. Pelo menos

quatro viaturas dos bombeiros e equipes da

Cetesb da Defesa Civil foram chamadas, os

vizinhos foram os primeiros a sentir o cheiro

forte vindo do clube. O vazamento começou

ontem, por volta das oito horas da noite, no

local precisou ser esvaziado, precisou ser

isolado o trabalho de contenção foi demorado

terminou, agorinha por volta de seis horas da

manhã, as equipes no corpo de Bombeiros

permanece no local isolando toda área

inicialmente, a previsão era de que esse local

fosse reaberto ainda nesta manhã, mas eu

conversei com os bombeiros. Eles acham que

vai ser possível por conta da ocorrência na rua

Eleonora Cintra no Jardim Anália Franco foi

isolada nos dois sentidos por equipes a ser e

não houve registro. Pessoas que tenham

passado mal a ação dos bombeiros precisou

ser rápido porque eu e o produto tóxico dele

em contato com a pele e ele provoca irritação

em queimaduras e pode ocorrer também é a

queima das vias aéreas, porque em contato

com a no qual eu reagi se tornando corrosivo.

http://cloud.boxnet.com.br/y53hgqd9

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Veículo: Cruzeiro do Sul - Sorocaba

Data: 08/08/2019

Após incêndio, situação de área com pás

eólicas é questionada na Câmara

O vereador João Donizeti lembrou da

possibilidade de contaminação da água e do ar

O incêndio desta semana gerou reclamação de centenas

de pessoas na região do Éden. Crédito da foto: Emídio

Marques

A questão das pás eólicas, abandonadas em

um local particular no Distrito Industrial de

Sorocaba, foi abordada na sessão ordinária

desta quinta-feira (8) na Câmara. O assunto

foi levado à tribuna da Casa pelo vereador

João Donizeti (PSDB), que é presidente da

Comissão de Meio Ambiente do Legislativo.

O local sofreu um incêndio de terça-feira (6)

para quarta-feira (7), inclusive com

intervenção do Corpo de Bombeiros.

O parlamentar lembrou que o local onde estão

armazenados os itens é considerado “bacia

zona do agrião”. “A preocupação não é só com

a poluição do ar, mas da água também. Na

composição das pás, há componentes

altamente tóxicos”, diz João Donizeti.

O parlamentar também afirmou que já fez

uma série de questionamentos para vários

órgãos, incluindo a Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo (Cetesb),

Departamento de Água e Energia Elétrica

do Estado (DAEE), a Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema) e a

própria Tecsis, fabricantes das pás eólicas.

O incêndio desta semana gerou reclamação de

centenas de pessoas na região do Éden. Foi o

segundo incêndio no local, já que em 4 de

novembro o fogo atingiu a vegetação próxima

de onde estão os equipamentos. O cemitério

de pás também foi tema de matéria do

Cruzeiro Sul em setembro de 2018.

A área foi usada pela Tecsis na primeira fase

em que a empresa operou em Sorocaba, até

maio de 2017, e fica próxima da avenida

Conde Zeppelin, no Éden.

A área foi usada pela Tecsis na primeira fase em que a

empresa operou em Sorocaba. Foto: Erick Pinheiro /

Arquivo JCS

Na ocasião da reportagem, a empresa

garantiu que daria a destinação adequada aos

itens de duas formas. A primeira é com

relação aos materiais que fazem parte do

processo de produção e que não necessitam

de descarte assistido. Seria realizada uma

concorrência pela Tecsis com prazo de dois

meses para ser efetivado.

Já no caso das pás, inteiras ou as danificadas,

o processo, segundo a empresa, deveria ser

mais criterioso e demorado. Nesse caso,

haveria a necessidade de autorização da

Receita Federal, que designa um fiscal para

acompanhar o processo.

O caso também é investigado pelo Ministério

Público do Estado (MP-SP), que abriu um

inquérito para tratar da situação.

http://cloud.boxnet.com.br/y598v7ch

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Veículo: Cruzeiro do Sul - Sorocaba

Data: 09/08/2019

Cetesb fará laudo sobre incêndio em pás

eólicas

http://cloud.boxnet.com.br/y3p3npfr

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Veículo: Cruzeiro do Sul - Sorocaba

Data: 09/08/2019

Brincando com fogo

http://cloud.boxnet.com.br/yxt5usaj

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Veículo: Rádio CBN

Data: 08/08/2019

O Parque CERET foi fechado nessa manhã

por vazamento de gás de cloro

RÁDIO CBN FM 90,5/SÃO PAULO | ESTÚDIO

CBN Data Veiculação: 08/08/2019 às 15h49

Duração: 00:01:02

+ informações

Transcrição

Hoje, o parque Ceret na zona leste de São

Paulo foi fechado por causa de um vazamento

de gás de cloro que começou ontem à noite.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o

Cobom estava armazenada em um seguindo o

que foi danificado durante a manutenção de

bombas da piscina do clube, equipes da

Cetesb estiveram no local e o vazamento foi

controlado esse cilindros será retirado por

uma empresa especializada e levado até um

local adequado à situação no momento está

sob controle, mas mais cedo, a concentração

de gás no local chegou a cinquenta partes por

milhão. Essa foi uma referência para o nosso

vinte a partir de dez partes por milhão já

causa irritação nos olhos e nas vias

respiratórias, o cilindro que armazenava o gás

que vazou não era mais utilizado e estava em

mau estado de conservação, a rua Eleonora

Cintra Anália Franco chegou a ser interditada

para o trânsito, mas foi liberado ainda de

manhã, o Fernando. Obrigada e tanto.

http://cloud.boxnet.com.br/y4fzs5or

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Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 08/08/2019

Prefeitura de Santa Isabel denuncia ex-

secretário por irregularidades na emissão

de licenças ambientais

Administração municipal alega que atual

vereador da cidade emitiu licenças para áreas

acima de mil metros quadrados, o que não

compete ao município. Ex-secretário alega que

cidade tem competência para a emissão e

afirma estar sendo perseguido pela prefeita

Fábia Porto (PV).

Por Cayan Ferreira e Mirielly de Castro, Diário

TV 2ª Edição

08/08/2019 20h54 Atualizado há 8 horas

Prefeitura de Santa Isabel denuncia ex-

secretário por emitir licenças irregulares

A Prefeitura de Santa Isabel apresentou em

entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira

(8) uma denúncia contra o ex-secretário

municipal de Meio Ambiente e atual vereador

da cidade por emitir cerca de 200 licenças

ambientais irregulares. Secretário diz que

cidade tinha poder para emitir as licenças.

Uma das áreas fica logo na entrada da cidade,

ao lado do Portal. No local funciona um

empreendimento de paisagismo, pesca e

restaurante, em meio a uma área verde de 6

mil m², onde cerca de 40 árvores foram

derrubadas.

Segundo a prefeitura, o estabelecimento está

em dia com a documentação, só que por se

tratar de uma Área de Proteção

Permamente (APP), o proprietário pode ter

sido uma das mais de 200 vítimas de supostas

licenças ambientais irregulares emitidas pelo

município entre setembro de 2017 e agosto de

2018.

Outra área, no Jardim Eldorado, está na

mesma situação: 20 mil m² devastados para a

construção de uma igreja, segundo a

prefeitura. Essa e todas as outras licenças

teriam sido emitidas pelo então secretário

municipal de meio ambiente, Reinaldo Nunes,

hoje vereador.

A informação foi divulgada durante a tarde

desta quinta em entrevista coletiva. Na

ocasião, a atual titular da pasta, Sandra Yoko

Igaraci Barbosa disse que o município só tem

autonomia para emitir licença de áreas de até

mil m².

“O fato de você extrapolar o limite do

município é uma coisa que quebra a confiança

que existe entre o município e o estado”, diz.

Uma comissão foi formada para investigar as

denúncias contra o ex-secretário. Segundo a

secretária de Assuntos Jurídicos de Santa

Isabel, Valesca Cassiano Silva, um documento

apontando irregularidades foi protocolado no

Ministério Público em março desse ano.

Segundo Prefeitura de Santa Isabel, áreas de

preservação foram liberadas para

empreendimentos por ex-secretários. — Foto:

Reprodução/TV Diário

A secretária fala ainda que a promotora pediu

um relatório complementar que deve ser

enviado ainda essa semana para o MP, para a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) e para a Câmara de

Vereadores.

“Ele pode ser responsabilizado criminalmente,

pode ter pena de reclusão de até oito anos.

Além de tudo isso, ele pode ser penalizado por

improbidade administrativa. Podemos pedir o

afastamento dele do cargo”, diz a secretária.

O atual vereador e ex secretário, Reinaldo

Nunes, disse que tentou participar da coletiva

de imprensa na prefeitura mas foi impedido.

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Nunes garante que todas as licenças foram

emitidas de acordo com um decreto de 2015.

Disse ainda que algumas autorizações de

terraplanagem, por exemplo, foram emitidas

pela atual secretária de Meio Ambiente do

município e que as extensões também estão

acima dos mil m², o que segundo ele, é

permitido.

“Eu criei um grupo técnico de profissionais,

criei um ritmo de trabalho focado em

licenciamento ambiental, e isso incomodou. Eu

fiz parte de uma CPI onde eu fui presidente e

a gente investigou a compra da mansão dela

(prefeita), e ela começou a investigar as

minhas licenças, a procurar pelo em ovo.

Desde 2014, o nosso município tem condições

técnicas de fazer o licenciamento pelo

município”, ressaltou.

Procurada, a prefeita Fábia Porto (PV) não

respondeu até o fechamento da matéria sobre

a acusação do vereador.

http://cloud.boxnet.com.br/y4kqr534

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Veículo: Bom Dia SP

Data: 08/08/2019

Problemas no Orquidário Ruth

Cardoso

“Poderia fazer uma blitz no Parque

Villa_Lobos”

Aguardando resposta do Governo do Estado

5 min

Exibição em 9 Ago 2019

Orquidário que fica no Parque Villa-Lobos, na

zona oeste da capital, está com a estrutura de

proteção danificada

https://globoplay.globo.com/v/7829791/progr

ama/

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Veículo: Agora São Paulo online

Data: 09/08/2019

'Monte da oração' atrai fiéis a área

preservada na zona leste de SP

Peregrinação ocorre há mais de uma década

em terreno adquirido pela CDHU

Elaine Granconato

Fiéis de igrejas evangélicas de várias

denominações têm subido o morro

diariamente para orar na Fazenda do Carmo,

Cidade Tiradentes (zona leste).

Fiéis buscam 'monte de oração' na zona leste

de SP

A peregrinação, que segundo os cristãos chega

a reunir 4.000 pessoas nas noites de sextas-

feiras, ocorre dentro da APA (Área de

Proteção Ambiental) Iguatemi, onde é

proibido o acesso de visitantes.

O terreno foi adquirido na década de 1990

pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento

Habitacional e Urbano), hoje sob a gestão

João Doria (PSDB). De um milhão de metros

quadrados de área total, 30% são de reserva

ambiental -cerca de 300 mil metros

quadrados.

É exatamente nesse trecho de zona de mata

que os crentes pentecostais buscam ouvir

Deus pela oração, como a reportagem do

Agora presenciou na última quarta-feira (7).

A entrada se dá pela rua Gitirana, que fica

bem em frente aos conjuntos habitacionais

erguidos pela companhia estadual.

Não há nenhum portão ou muro que impeça o

acesso ao 'monte da oração', como o local é

conhecido pelos fiéis. Na entrada até existe

uma placa da CDHU que informa ser área de

proteção ambiental, inclusive a lei de crimes

ambientais (9.605/1998).

O chão de terra batida sem vegetação possui

degraus para facilitar o acesso morro acima.

'A gente sobe em nome de Jesus. Quando o

coração fala pra gente', disse uma integrante

da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de

Deus, quando descia do monte ao lado de

outra mulher.

Outros, entre homens e mulheres, subiam

para o interior da mata. A maioria com Bíblias

nas mãos.

Em parte da reserva ambiental existe uma

espécie de clareira aberta onde ocorrem os

cultos há mais de uma década.

Por entre as árvores nativas, se chega a um

templo improvisado. Ali, a cerca foi construída

com galhos das árvores, bem como os bancos

com troncos.

Perigo

O perigo de frequentar o local, principalmente

à noite, está na presença de morcegos. A

Prefeitura de São Paulo registrou o aumento

de acidentes por mordida do mamífero

silvestre na área do Iguatemi, habitat natural

do animal.

Neste ano, até esta quinta-feira (8), o hospital

de referência da região registrou 56

atendimentos por mordida de morcegos.

Apesar de dizer que houve aumento nos

casos, a gestão Bruno Covas (PSDB) não citou

quantos foram em 2018.

Segundo a prefeitura, não é possível

determinar se todos os casos foram na área

onde ocorrem os cultos.

Todas as espécies de morcegos têm hábitos

noturnos e são encontradas em todas as

épocas do ano. Os animais são transmissores

do vírus da raiva.

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No 'monte da oração', o tema morcego não é

bem administrado pelos frequentadores.

Questionados, muitos disseram que não há

perigo algum. 'Eu fiquei acampado 30 dias lá

em cima e não fui mordido', afirmou um

pastor.

Uma mulher foi mais direta: 'As pessoas só

são mordidas aqui quando ficam fora do

limpão', disse, enquanto varria as folhas do

chão da clareira onde ocorrem os cultos

religiosos.

Na unidade de saúde próxima, uma usuária

disse que duas filhas foram mordidas há seis

anos no monte à noite. 'Elas estavam de

chinelo, mas não aconteceu nada de grave',

afirmou.

Até em inglês

Um círculo formado e um pastor pregava em

inglês para imigrantes, entre angolanos e

nigerianos, que costumam frequentar o ponto

de peregrinação evangélico na região.

'Muito bom aqui', disse um nigeriano, que

deixou há quatro anos o continente africano

para morar no Brasil. O grupo se reúne todas

as quartas-feiras.

Segundo um pastor ouvido pelo Agora, o

'morro da oração' é frequentado por pessoas

de vários lugares. 'Tem gente de Itaquá

(Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo), até

do Rio de Janeiro, nos cultos da noite e da

madrugada', afirmou.

O pastor Marco Almeida, secretário adjunto da

Assembleia de Deus - Ministério do Belém, que

reúne em torno de 2.000 igrejas na capital e

na Grande São Paulo, não recomenda aos seus

fiéis reuniões de oração em matas e montes

especialmente em altas horas da noite por

causa de riscos, por se tratar de matas,

embora admita que é um ato de fé dessas

pessoas.

Resposta

A CDHU, da gestão João Doria (PSDB),

afirmou que mantém no terreno dois postos

de vigilância presencial 24 horas, além de

ronda motorizada, 'justamente para evitar

invasões'.

A licitação para a recomposição da cerca

destruída por atos de vandalismo está em

andamento.

A companhia disse ainda que 'em respeito ao

livre exercício religioso', monitora o uso com a

realização de 'ações educativas e de

conscientização' para preservação ambiental

do local. O governo não soube dizer há quanto

tempo ocorrem os cultos.

Questionada sobre a degradação da reserva

ambiental, a Secretaria Estadual de Meio

Ambiente limitou-se a dizer que a 'Fundação

Florestal realiza monitoramento das áreas

verdes da APA [Área de Proteção

Ambiental] não registrou nenhum

desmatamento no local neste ano'.

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas

(PSDB), informa que, caso se encontre um

morcego caído, a orientação a não tocar no

animal, colocar sobre ele uma caixa ou um

balde e acionar o telefone 156.

Representantes da Igreja Plenitude do Trono

de Deus não retornaram as ligações do Agora.

(EG)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28843362&e=577

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Veículo: Agora São Paulo online

Data: 09/08/2019

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28853574&e=577

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Veículo: Correio Juquery

Data: 08/08/2019

Mairiporã lidera consumo de energia

elétrica na região

NO QUESITO energia elétrica Mairiporã

registrou um consumo de 475.838.858 kWh,

ficando com a liderança no consumo em

relação às demais cidades. Caieiras aparece a

seguir com 434.772.096 kWh.

Os dados foram divulgados na última semana

no Anuário de Energéticos por Município do

Estado de São Paulo, da Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente, relativos

ao ano de 2018.

Os consumos residenciais e industriais foram

os dois que registraram aumento expressivo.

Petróleo - Ainda de acordo com as

informações do relatório, os mairiporanenses

consumiram o dobro de gasolina em relação

ao etanol. Foram 15,3 milhões de litros do

derivado de petróleo, ante 7,1 milhões do

álcool. O total de óleo diesel chegou a 14,8

milhões de litros, enquanto as donas de casa

utilizaram 2,78 milhões de quilos de gás de

cozinha. O consumo de asfalto, pela

administração pública, foi o menor da região,

com 5,7 mil quilos. Para efeito de comparação,

Caieiras utilizou 2,23 milhões de quilos.

'Com base nos valores apurados, no somatório

do consumo de energéticos, o Estado de São

Paulo apresentou em 2018 um ligeiro aumento

de 0,06% em relação ao ano anterior', diz

trecho da pesquisa. O documento apresenta

dados de consumo por energéticos como

energia elétrica, gás natural, etanol e

derivados de petróleo, além das emissões de

dióxido de carbono (CO2) produzidas por cada

um dos municípios.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28834275&e=577

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Veículo: Diário de Suzano

Data: 08/08/2019

Obras na rua Turmalina são retomadas

após reparos nas redes de água e esgoto

A secretaria de Manutenção e Serviços

Urbanos de Suzano retomou as obras da rua

Turmalina, no Jardim Monte Cristo, após a via

receber a execução de reparos nas redes de

água e de esgoto, pela Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp). Agora, diante de um

trabalho cauteloso junto aos dutos de energia

da empresa EDP São Paulo, o trecho segue

com o recapeamento previsto para ser

concluído neste semestre.

De acordo com o engenheiro responsável,

Laert de Laet de Carvalho, os serviços por

parte da Sabesp foram realizados antes do

novo recape, a fim de se evitar intervenções

futuras por parte da autarquia após a

revitalização da rua. “As obras na rua

Turmalina se iniciaram em março, quando foi

necessária a troca da antiga rede de esgoto, e

posteriormente também a de água, por parte

da Sabesp. Se a secretaria não tivesse

avisado à Companhia sobre a intervenção,

certamente a Sabesp teria que abrir a rua

após a revitalização”, explicou. A ação da

companhia estadual se estendeu até o final de

julho.

Contudo, uma situação semelhante também

foi verificada diante de dutos de energia da

EDP São Paulo. “Entendíamos que as

instalações estivessem com uma camada de

proteção, mas não foi o que encontramos. Por

isso será feita uma escavação cautelosa e

manual para os serviços de manutenção da

via”, contou.

O trabalho está concentrado na preparação de

solo, com a retirada de parte dos

paralelepípedos para o recebimento de novo

recapeamento, de maneira a ordenar as

camadas inferiores que garantirão a

estabilidade do piso para a colocação da

cobertura asfáltica, que será de Concreto

Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ).

A obra de revitalização completa de 300

metros de extensão compreende quatro

quarteirões, entre a avenida Paulista e o limite

com o município de Poá, também com a

requalificação de sarjetas e valetas, além de

reparos em quatro bocas de lobo.

No total, 1.857 metros quadrados serão

beneficiados pela Renov Pavimentação e

Construções Ltda., com um investimento de

R$ 388 mil, angariados entre recursos do

governo do Estado, emendas parlamentares e

contrapartida do município. O trabalho visa

oferecer maior segurança na mobilidade

urbana do bairro Jardim Monte Cristo, já que

rua também é uma das principais vias de

ligação entre Suzano e Poá.

http://cloud.boxnet.com.br/y2pwr3ww

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Veículo: JauMais

Data: 08/08/2019

Horto Florestal Municipal realiza visita

agendada para grupos

A Prefeitura de Jahu, por meio da Secretaria

de Meio Ambiente, informa que o Horto

Florestal Municipal realiza visitas agendadas

para grupos de até 40 pessoas de segunda à

sexta-feira, e também aos sábados. O

primeiro grupo irá visitar as dependências do

horto neste final de semana (10/08).

Localizado anexo ao CEPROM, o horto fica

próximo ao Jardim São José, na Rodovia

Comandante João Ribeiro de Barros, sem

número. Para agendar a visita, os interessados

devem entrar em contato com a Secretaria de

Meio Ambiente pelo telefone (14) 3621-6989,

ou pessoalmente à Rua Edgard Ferraz, 619,

Centro, das 8h às 17h.

O horto conta com áreas para trilhas, leitura e

descanso, sob os grandiosos flamboyants,

ipês, entre outas espécies de madeira de lei.

Emoldurado pelo Rio Jahu, é possível

encontrar no local aves como tucano, canários

da terra, sabiás, sanhaço, biguá, bem-te-vi,

entre outras. Além disso, o horto conta com a

'Sala Verde', que é o Centro Municipal de

Educação, que foi todo reformado e

reestruturado pela Prefeitura para atender

escolas e interessados em educação

ambiental. 'O objetivo desse projeto é

promover a importância da preservação

ambiental e do ecossistema. Cada visitação é

única. Há um padrão, um formato, mas é a

natureza do dia que faz acontecer a visitação',

explica o fiscal ambiental, coordenador do

Horto Florestal e interlocutor do Projeto

Município Verde Azul, Giovani Minete

Fabrício, que convida a todos para realizar o

agendamento e se aprofundar no tema.

Os visitantes também podem acompanhar de

perto o trabalho da equipe de produção de

mudas no horto, que nos últimos anos já

distribuiu milhares de mudas de árvores que

foram utilizadas em reflorestamento de matas

ciliares e arborização de áreas urbanas.

Hoje o horto possui mudas de várias espécies

para doação aos munícipes de Jahu. Possui

uma equipe técnica para orientar a população

sobre as espécies adequadas para o plantio

em calçadas, jardins e praças, evitando,

assim, danos nas casas ou calçadas. 'O horto

não é apenas para retirada de mudas de

árvores, e sim como uma área de lazer,

passeio, e com grande potencial para

educação ambiental', finaliza Giovani.

Serviço:

Horto Florestal Municipal - Visitação

Agendada.

Local: Horto Florestal

Rod. Comandante João Ribeiro de Barros S/N -

Anexo ao CEPROM

Telefone para agendamento: (14) 3621-6989

-. Secretaria de Meio Ambiente 8h às 17h de

segunda a Sexta-feira.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28840787&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Cidades

Data: 08/08/2019

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Veiculação de conteúdo não condizente com as questões ambientais de Pirangi

A diretora do departamento de meio ambiente

da Prefeitura de Pirangi Anaira Caramelo fez

um esclarecimento público sobre a questões

ambientais de Pirangi ;

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Ref.: Veiculação de conteúdo não condizente

com as questões ambientais de Pirangi

Em 2019, a Prefeitura de Pirangi foi

contemplada com duas certificações

ambientais, sendo uma expedida pela

ANAMMA (Associação Nacional dos Órgãos

Municipais de Meio Ambiente) durante o

evento 'II Fórum Brasil de Gestão Ambiental',

que aconteceu em Campinas no dia 27 de

junho, onde foi entregue o 'Prêmio Destaque

em Gestão Ambiental Municipal', e a outra foi

obtida no dia 11 de julho em Bauru pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo, pelo

Programa Município Verde Azul.

Tal reconhecimento se deu não apenas por

fatores pontuais, mas por ações amplas,

efetivas e contínuas na área ambiental,

exercidas pelo Departamento de Agricultura,

Abastecimento e Meio Ambiente, tais como:

educação ambiental na rede municipal de

ensino; preocupação com a qualidade do ar

por meio de treinamento de funcionários para

combate a incêndios urbanos, aquisição de

caminhão pipa e fiscalização quanto à prática

de queimadas, assim como o monitoramento

da emissão de fumaça preta nos veículos a

diesel da frota municipal; instituição e

funcionamento do conselho de meio ambiente,

que anualmente reúne-se 12 vezes para a

discussão das questões ambientais locais,

assim como publicação de resoluções próprias

para a proteção do meio ambiente;

estabelecimento de uma estrutura ambiental

composta por subsídios à orientação da

população quanto às questões de meio

ambiente da cidade.

Além dessas ações, também existe a

preocupação por parte do departamento com

a qualidade do solo por meio de ações de

combate à erosão através da construção de

galerias de águas pluviais e recape de áreas

carentes de asfalto, concomitante à proteção

das águas por meio de monitoramentos

frequentes da água bruta, água tratada,

identificação de vazamentos para a tomada de

providências, instalação de hidrômetros, assim

como o atual processo de licitação para a

perfuração de um poço na Rua Oswaldo

Mendes, nº 947, tendo em vista ampliar o

sistema de abastecimento e mitigar possíveis

períodos de falta de água à população no valor

de R$196.748,00. Além disso, a participação

efetiva junto ao Comitê de Bacia Hidrográfica

Turvo/Grande possibilitou a conquista recente

de R$131.916,74 para a substituição e

recuperação de um emissário de esgotos

domésticos na Rua Benjamin Constant.

Também é realizado um monitoramento

contínuo na estação de tratamento de esgotos

da cidade, tendo em vista o acompanhamento

da eficácia do sistema, assim como a busca

contínua pela melhoria desse processo. Diante

disso, foi aprovado pelo FEHIDRO um valor de

R$326.105,96 para o desassoreamento das

lagoas, ou seja, para a melhoria da qualidade

do tratamento. Atualmente essa ação

encontra-se em fase de licitação, já que o

contrato foi assinado. Sendo assim, tanto em

2018 quanto em 2019 foram conquistados

recursos para investimento tanto em água

quanto em esgoto.

Juntamente a isso, são analisados critérios de

arborização, ou seja, a existência de um plano

de arborização, cumprimento do mesmo,

controle de árvores que são erradicadas ou

plantadas, assim como o incremento da

arborização urbana, que em 2019 contou com

o plantio de mais de 500 árvores (perímetro

urbano). Somente são erradicadas árvores

quando realmente existe a necessidade devido

a riscos à população, porém, são feitos

plantios compensatórios. As questões do lixo

também são muito importantes para a

obtenção de uma certificação ambiental,

correspondendo a um décimo da nota da

cidade (0 a 10 em uma escala que varia de 0

a 100). Diante disso, a prefeitura destina

todos os pneus não utilizados pelas

borracharias para a produção de massa

asfáltica por meio de um convênio com a

Associação RECICLANIP. Quanto ao óleo de

frituras usado, mensalmente são realizadas

coletas para a destinação ambiental adequada

junto è empresa FERTIBOM, que transforma o

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Grupo de Comunicação

óleo usado em biodiesel. Em 2019, foram

destinados mais de 500 litros de óleo. Quanto

ao lixo eletrônico, também são realizadas

campanhas de coleta para destinação junto a

empresas especializadas em reciclagem. Tais

programas são divulgados a toda a população

pela rádio, jornal, site da prefeitura, redes

sociais, dentre outros. Ou seja, existe um

projeto efetivo de reciclagem do óleo, pneus e

lixo eletrônico.

Quanto à poda de árvores, grande parte do

material coletado é devidamente triturado,

servindo posteriormente como um

condicionador de solo para produtores rurais

interessados na cidade e também para um

projeto voltado à horta municipal. Já para o

lixo doméstico gerado pela população, assim

como os materiais volumosos (móveis), os

mesmos são totalmente destinados ao CGR

(Centro de Gerenciamento de Resíduos) de

Catanduva, já que a área do aterro sanitário

do município foi encerrada e atualmente não é

passível de ampliação, tendo em vista que é

necessária a liberação do COMAER (Comando

da Aeronáutica). Sendo assim, para a

obtenção de uma certificação, analisa-se todo

o rol de ações desenvolvidas em uma cidade.

Inclusive, está tramitando o início da coleta

seletiva por parte da prefeitura, que ocorrerá

uma vez por semana visando atender à

população e aliar a melhoria da qualidade

ambiental.

Diante desses fatos, o presente

esclarecimento técnico tem como finalidade

abordar também sobre as imagens e vídeos

divulgados recentemente sobre o descarte de

resíduos volumosos e galhos em uma área não

apropriada. Cabe destacar que todo o material

foi devidamente retirado, tendo em vista que

por se tratar de uma área rural, o proprietário

solicitou poda de árvore triturada para

incorporação ao solo, já que tal material atua

como um condicionador eficaz para as plantas.

Porém, por estarem os galhos de árvores

misturados com os resíduos volumosos

coletados pela prefeitura durante a limpeza da

cidade, todo o material acabou sendo

depositado no local sem que os responsáveis

pelo serviço verificassem a tempo. Porém,

assim que o fato foi constatado,

imediatamente o material foi recolhido e

procedeu-se a limpeza do local, conforme

pode ser verificado nas fotos. Atualmente a

prefeitura continua realizando a destinação

correta e também atendendo os produtores

que se interessam pela poda triturada.

Diante dos fatos, a prefeitura vem

intensificando inclusive, a fiscalização em

pontos estratégicos de descarte clandestino de

lixo por parte de alguns munícipes que ao

invés de utilizarem do serviço público de

coleta, descartam seus resíduos

irregularmente em estradas rurais, terrenos

baldios, pontes, córregos, etc. Foram inclusive

enviadas várias notificações a

estabelecimentos comerciais com a finalidade

de acompanhar o descarte do lixo.

Todas essas medidas são para manter a

qualidade dos serviços prestados à população

sem qualquer envolvimento em atos

especulatórios com finalidades adversas às do

bem comum. Rotina para a prefeitura é

realizar a coleta adequada e destinar

corretamente os resíduos gerados. Inclusive,

após a veiculação da matéria em um

programa de TV, foi encaminhado vídeo do

local totalmente limpo, porém não foi

realizada a veiculação.

Acontecimentos bons devem ser enaltecidos, e

diante de adversidades, é papel fundamental

da população alertar e buscar meios para

soluções em parceria com a administração

pública, já que todos devem buscar o bem

comum e da maioria, não defendendo

interesses particulares.

Maiores informações sobre todas as ações

executadas em prol ao meio ambiente de

Pirangi encontram-se no site da prefeitura:

www.pirangi.com.br.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28837215&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 09/08/2019

Editorial - Saldo positivo

http://cloud.boxnet.com.br/yykldjmp

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Grupo de Comunicação

Veículo: Panorama Notícia

Data: 14/08/2019

Flora Rica é representada em evento de

Municipalização do Licenciamento

Ambiental em São Paulo

Ermenson Rodrigues

O secretário Municipal do Meio Ambiente

Inaldo Nascimento e o interlocutor do Projeto

Município Verde Azul Fábio Florentino

participaram nesta quinta, 08 de agosto, do

evento de Municipalização do Licenciamento

Ambiental em São Paulo.

Durante o evento foram abordados os

benefícios desta proposta, que garante a

autorização do município para expedir licenças

ambientais para mais atividades de produção,

e logo, geração de emprego e renda.

Estiveram presentes o secretário estadual

de Infraestrutura e Meio Ambiente

Marcos Penido e a presidente da

Companhia Ambiental do estado de São

Paulo, Patrícia Iglecias.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28818559&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Veja.com

Data: 09/08/2019

Na China, Doria defende oposição de Sul e

Sudeste a restante do país

De maneira diplomática, como de hábito, o

governador de São Paulo, João Doria,

defendeu a marcação de uma posição política

clara entre as regiões Sul e Sudeste, e os

estados do restante do país.

Em visita à China, onde lidera uma delegação

de integrantes de seu governo e empresários

do estado de São Paulo para atrair

investimentos da potência asiática, Doria

afirmou que São Paulo poderia crescer mais

caso o restante do país mantivesse o mesmo

ritmo econômico.

“Nos últimos 20 anos tem sido assim, São

Paulo lidera a economia brasileira. E

continuará assim, em escala até mais forte:

nos últimos seis meses, a economia do nosso

estado cresceu, mesmo que a um índice

menor do que poderíamos se o restante do

país estivesse acompanhando nosso ritmo”,

afirma o governador.

Há três meses, Doria articulou a criação do

Cosud (Consórcio Sul Sudeste) para tentar

alinhar projetos entre os sete estados, que

representam 70% da economia brasileira, e

também marcar uma posição política.

“O Cosud serve também para alinhar

posicionamentos políticos, que servem muitas

vezes de contraponto a certas posições que

outros estados defendem. Nós, dos estados do

sul e sudeste, acreditamos em trabalhar

unidos para o desenvolvimento do país”,

completa.

O governador acredita que a economia

brasileira tende a retomar o crescimento no

último trimestre do ano, caso a reforma da

Previdência seja aprovada definitivamente no

Senado – o que ele acredita que vá acontecer

até o fim de setembro.

“Por diferentes circunstâncias – muitas de

natureza político-institucional – não houve o

crescimento esperado nos primeiros sete ou

oito meses do ano. Alguns fatores políticos

causaram turbulência, mas a economia vai

virar no no final do ano”.

Enquanto a reforma da Previdência não sai,

Doria trabalha para convencer investidores

chineses a trazer dinheiro para São Paulo.

Entre os projetos que está vendendo na Ásia,

o governador acredita que os que tem atraído

mais interesse são a construção de duas

ferrovias (uma entre São Paulo e São José dos

Campos, a outra ligando São Paulo a

Campinas) e a capitalização ou privatização

da Sabesp, a companhia estadual de

saneamento básico.

“Nossa expectativa era de gerar 12 bilhões de

dólares em negócios para os próximos dez

anos aqui na China. Hoje, estamos revisando

esta conta para 30 bilhões de dólares, tudo

capitaneado pelo nosso programa de

desestatização e obras de infraestrutura”,

comemora Doria.

http://cloud.boxnet.com.br/y46td49o

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura de Guaratinguetá

Data: 08/08/2019

Descarte pilhas e baterias: Prefeitura

instala postos de arrecadação

O descarte incorreto de pilhas e baterias pode

causar danos ao meio ambiente e a saúde das

pessoas. A Prefeitura convida todos a

participarem da 3ª Operação Intermunicipal

de Descarte Correto de Pilhas e Baterias, uma

promoção do programa Município Verde

Azul.

A Secretaria de Meio Ambiente está instalando

postos de arrecadação nos PEVs (São Dimas e

São Francisco), Parque Ecológico Anthero dos

Santos, Prefeitura Municipal, Secretarias de

Turismo e Meio Ambiente, Supermercado

Colinas e Mega Farma dos dias 12 a 23 de

agosto.

Ao final da campanha, empresa responsável

recolherá os materiais para dar destino

adequado. As pilhas e baterias possuem

metais pesados em suas composições, que

contaminam solo e água, além de causar

doenças pelo contato. Elas podem demorar

cerca de 450 anos para se decompor.

Participe dessa ação sustentável. Não fique de

fora!

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28818560&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura Lençóis Paulista

Data: 09/08/2019

Alunos e comunidade visitam Nascente

Municipal Modelo

A partir do mês de agosto, os alunos da rede

formal de ensino e grupos da comunidade

participam de visitação monitorada na

Nascente Municipal Modelo, localizada na mata

ciliar do Córrego da Prata, no Jardim Europa.

A iniciativa tem como propósito dar

continuidade às ações que estão previstas na

diretiva 'Gestão das Águas' do Programa

Município Verde Azul.

A Nascente Municipal Modelo deve ser um

ponto de referência para trabalhar a educação

ambiental junto às crianças, jovens e outros

grupos comunitários de interesse, para que

conheçam a importância da preservação da

mata ciliar e das nascentes do Rio Lençóis e

seus afluentes. O Córrego da Prata, segundo

maior curso d'água que atravessa a área

urbana, é uma referência de preservação de

mata ciliar. Outros afluentes do Rio Lençóis já

recebem atenção com reflorestamento para

proteção das nascentes, principalmente em

parceria com empresas agrícolas e

proprietários de terras.

As crianças dos bairros Cecap e Jardim

Ubirama, que participam da visitação em

agosto, demonstram-se surpresas ao

observarem uma nascente dentro da área

urbana e tomam consciência sobre o problema

do descarte irregular de lixo e resíduos, que

não devem ser despejados na mata ciliar,

enfatizando assim a necessidade da separação

do material reciclável e destinação para coleta

seletiva na manutenção da área de

preservação permanente.

A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

(SAMA) instalou placa para identificação visual

da nascente, bem como ao longo do percurso

do Córrego também instalou placas de

orientação com relação ao descarte irregular

de lixo ou resíduos com divulgação do Disk

Denúncia (14) 99819.4934.

A Nascente Modelo do bairro Cecap foi

desativada para visitação, pois com a escassez

de chuvas dos últimos meses o volume de

água tem diminuído muito. Já a Nascente do

Jardim Europa é perene, com afloramento de

água durante o ano todo. A Nascente

Municipal Modelo está localizada na mata ciliar

do Córrego da Prata, na Avenida José Veloso,

Jardim Europa.

Para agendamento de visitas monitoradas os

interessados devem entrar em contato com a

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente pelo

telefone (14) 3269.7054.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28818039&e=577

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Santos

Data: 09/08/2019

Filhote de lobo-marinho desnutrido é

resgatado no litoral de SP; vídeo

Segundo o Instituto Biopesca, o animal estava

debilitado e magro. Ele foi localizado em

Itanhaém, no litoral paulista.

Por G1 Santos

Filhote de lobo marinho com sinais de

desnutrição é resgatado em Itanhaém, SP

Um filhote de lobo-marinho-sul-americano

(Arctocephalus australis) foi resgatado em

uma praia de Itanhaém, no litoral de São

Paulo, nesta quinta-feira (22). Equipes do

Instituto Biopesca, que realizaram o resgate,

afirmam que o animal chegou à sede da

organização debilitado e magro e, no

momento, está sendo estabilizado e recebe

cuidados veterinários.

O animal foi avistado pela primeira vez nesta

quarta-feira (7), na praia de Mongaguá (SP).

Ao avistar o filhote, um guarda-vidas que atua

no local acionou o Biopesca, que executa o

Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia

de Santos (PMP-BS).

Os profissionais relataram ao G1 que o animal,

provavelmente, tentava descansar e que a

espécie migra nesta época do ano, nadando

muitos quilômetros. Por isso, quando

necessário, procura local seco onde possa se

recuperar.

Filhote foi encontrado por banhistas e resgatado pela equipe do Instituto Biopesca em Itanhaém, SP — Foto: Kaio Nunes/Instituto Biopesca

No entanto, com o grande número de

banhistas tentando se aproximar, ele voltou

ao mar após tentar descansar na faixa de

areia várias vezes. De acordo com as equipes

que realizaram o resgate, ao ser localizado

pela população, o animal estava alerta e ativo.

Mas, nesta quinta-feira pela manhã, já foi

encontrado na Praia de Itanhaém e bastante

debilitado.

Alerta

De acordo com o Biopesca, é muito importante

que nas praias a população não se aproxime

dos lobos-marinhos, para que eles possam

descansar sem serem incomodados. Caso ele

volte ao mar antes de recuperar as energias, a

sua chance de sobrevivência diminui, alertam

os especialistas.

Além disso, de acordo com o instituto, ficam

asseguradas a segurança e o bem-estar não

só do animal, mas também das pessoas. A

orientação é que quando avistado algum

animal marinho, o Biopesca seja informado

imediatamente.

De acordo com o Biopesca, animal já foi encontrado debilitado e magro nesta quinta-feira (8) em Itanhaém, SP — Foto: Kaio Nunes/Instituto Biopesca

De acordo com o Biopesca, animal já foi

encontrado debilitado e magro nesta quinta-

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Grupo de Comunicação

Para acionar o serviço de resgate de golfinhos,

tartarugas e aves marinhas, a população pode

entrar em contato pelos telefones 0800 642

3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570

(WhatsApp e chamada a cobrar).

O Instituto Biopesca é uma das instituições

executoras do PMP-BS, atividade desenvolvida

para o atendimento de condicionante do

licenciamento ambiental federal das atividades

da Petrobras de produção e escoamento de

petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia

de Santos, conduzido pelo Ibama.

O objetivo é avaliar os possíveis impactos das

atividades de produção e escoamento de

petróleo sobre as aves, tartarugas e

mamíferos marinhos, através do

monitoramento das praias e do atendimento

veterinário aos animais vivos e necropsia dos

animais encontrados mortos.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/08/08/filhote-de-lobo-

marinho-desnutrido-e-resgatado-no-litoral-de-

sp-video.ghtml

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Data: 09/08/2019

27

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO O QUE A FOLHA PENSA: Com o fígado

Bolsonaro se dedica a revanches pessoais, ao

arrepio da impessoalidade exigida

Antes mesmo de assumir o mandato de

presidente da República, mas já eleito, Jair

Bolsonaro (PSL) ameaçava retaliar com corte de

publicidade federal veículos de imprensa que se

comportassem “dessa maneira indigna”. Esta

Folha, então, era o alvo apenas circunstancial.

Bolsonaro assestava contra a imprensa livre,

compromissada com a busca da verdade e

desatrelada de governos, partidos e dogmas.

Havia ainda, vale notar, uma outra ofensa

implícita na conduta do candidato que acabava

de sair vitorioso das urnas —ao princípio

constitucional da impessoalidade na

administração pública.

Não cabe ao governante discriminar, com a

investidura concedida pela população, quem lhe

cause transtorno. Está obrigado a comportar-se

com a equidistância do magistrado, nos limites

fixados pela lei e pela jurisprudência.

Frustrou-se até agora quem apostou na

capacidade de civilizar-se do político periférico e

rude alçado de repente a chefe de Estado. Jair

Bolsonaro, há mais de sete meses no Planalto,

continua a reagir mais com o fígado do que com

a cabeça.

A medida provisória que suspende a necessidade

de publicação de balanços em jornais foi, nas

palavras presidenciais, uma retribuição ao

tratamento crítico que recebe de veículos de

comunicação.

A motivação persecutória e casuística se ressalta

pelo fato de a liberalização já estar encaminhada,

com prazo para vigorar em 2022, em lei

sancionada pelo próprio presidente.

O governo Bolsonaro, que em março puniu o

fiscal responsável por aplicar multa ambiental ao

então deputado pelo Rio, reincidiu nesta semana

na retaliação pessoal ao cortar contrato de

serviços jurídicos da Petrobras com o presidente

da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa

Cruz.

O advogado havia sido covardemente insultado

pelo presidente da República, que insinuou

conhecer fatos desabonadores sobre o pai de

Santa Cruz, militante de esquerda assassinado

pelo aparelho repressivo da ditadura militar —

cujo legado de violações dos direitos humanos

Bolsonaro voltou a exaltar nesta quinta (8) ao

homenagear a memória de um torturador.

A fronteira entre a pessoa do presidente e o

decoro exigido pela elevada função que

desempenha não tem sido ultrapassada apenas

para o exercício da vingança. A insistência na

nomeação do filho para embaixador em

Washington retrocede ao tempo do despotismo

monárquico e emula práticas de ditadores de

regimes caricatos.

Mas o Brasil não é uma dessas republiquetas.

Aqui a imprensa continuará a exercer o seu papel

de vigilância. O Legislativo, os tribunais e os

demais órgãos de controle não hesitarão em

vetar, como já têm feito, os atos autoritários e

ilegais que vierem do Executivo.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/08/

com-o-figado.shtml

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Data: 09/08/2019

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Grupo de Comunicação

Brasil tem pouco tempo para se adaptar às

mudanças climáticas

País precisa aperfeiçoar sua ciência, diplomacia e

técnicas de cultivo; agronegócio pode ser

protagonista

Ana Carolina Amaral

SÃO PAULO

As recomendações trazidas pelo relatório da ONU

podem não ser aproveitadas a tempo de garantir

um lugar de protagonismo internacional para o

país que tem em abundância o ativo valorizado

pelo novo diagnóstico do clima: solo.

Até então, a ciência climática demandava esforço

principal do setor energético, em transição de

combustíveis fósseis para renováveis.

De hoje em diante, gigantes em terra como o

Brasil passam a ser mais cobrados pelo desafio

de equilibrar redução de emissões de gases-

estufa e de desmatamento, produção de

alimentos e de bioenergia.

As diferentes vocações podem ser combinadas

sem causar competição por terra em um país

com dimensões continentais como o Brasil.

Todas elas cumprem papeis estratégicos para

mitigar efeitos e ajudar na adaptação ao novo

clima, garantindo, por exemplo, que não falte

comida e nutrição para um mundo de clima

inconstante e cada vez menos previsível.

Por outro lado, a potência dessas oportunidades

diminui à medida que o quadro climático se

agrava e os possíveis protagonistas de uma nova

realidade se tornam, de antemão, vítimas.

Isso porque, ironicamente, grandes ativos no

enfrentamento do clima ficam cada vez mais

vulneráveis com efeitos das mudanças climáticas

e com a degradação dos solos.

A escolha entre as duas direções depende de um

despertar urgente por parte do setor mais

pragmático do governo, ligado ao agronegócio.

Depois de garantir, no início do ano, que o Brasil

permaneça (ao menos formalmente) no Acordo

de Paris, os ruralistas caíram em profundo

silêncio nos últimos meses e preferiram não se

manifestar sobre a crise do governo em relação à

revelação dos dados de desmatamento - ainda

que a falta de transparência coloque em risco o

acordo comercial do Mercosul com a União

Europeia.

Segundo cálculos trazidos no relatório da ONU,

cada dólar investido em gestão sustentável dos

solos gera seis dólares de retorno em serviços

ecossistêmicos. Isso significa, por exemplo,

maior regularidade de chuvas —recurso caro à

atividade agrícola.

Se, por um lado, o relatório dá recados claros de

como o país poderia direcionar suas políticas

públicas, também absorve influência da atuação

brasileira, que garantiu atenção aos

biocombustíveis, enquanto ajudou a evitar uma

possível recomendação à diminuição da dieta

carnívora (cuja cadeia produtiva tem liderança

brasileira e é importante emissora de gases-

estufa).

A resiliência das florestas e da agricultura neste

novo cenário climático também dependerá

fatalmente de políticas públicas de adaptação ao

clima.

Governos locais e também o federal falham em

reconhecer a vulnerabilidade do país, à revelia do

agravamento evidente de secas e enchentes nos

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últimos anos, que causam perdas de produção no

campo e mortes humanas nas cidades.

Tratando-se de clima, também importa para o

solo brasileiro o que os outros países fazem para

reduzir suas emissões - ponto em que, até aqui,

a diplomacia brasileira veio cobrando de países

desenvolvidos.

Com a crise climática já instalada e dando sinais

evidentes pelo mundo através de eventos

extremos, o Brasil não terá muito tempo para

reunir o que tem de melhor em termos de

conhecimento científico, diplomacia e práticas de

manejo florestal e agrícola.

Interesse nacionais e globais se mobilizam na

direção de o Brasil liderar os esforços para evitar

uma tragédia climática - se o atual governo não

escolher a mão contrária.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/brasil-tem-pouco-tempo-para-se-adaptar-as-

mudancas-climaticas.shtml

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25% da população mundial está em risco de

falta de água

Países do norte da África e do Oriente Médio

correm maior risco

WASHINGTON | AFP

Quase 25% da população mundial vive em 17

países que enfrentam situação de estresse

hídrico extremo e se aproximam do que se

chama de "dia zero", quando as torneiras secam,

afirma um relatório divulgado nesta terça-feira.

O Instituto de Recursos Mundiais (WRI, na sigla

em inglês) classificou o estresse hídrico, o risco

de seca e o risco de inundação fluvial utilizando

uma metodologia revisada por especialistas.

"A agricultura, a indústria e os municípios estão

consumindo 80% das águas superficiais e

subterrâneas disponíveis em um ano médio nos

17 países mais afetados", afirmou o WRI.

O Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro,

liderados pelo Distrito Federal, apresentam risco

médio-alto para estresse hídrico - Raul

Spinassé/Folhapress

Catar, Israel, Líbano, Irã, Jordânia, Líbia, Kuwait,

Arábia Saudita, Eritreia, Emirados Árabes Unidos,

San Marino, Bahrein, Índia, Paquistão,

Turcomenistão, Omã e Botsuana formam o grupo

dos 17.

"O estresse hídrico é a maior crise sobre a qual

ninguém fala. As consequências são visíveis na

forma de insegurança alimentar, conflito,

migração e instabilidade financeira", disse

Andrew Steer, presidente executivo do WRI.

Outros 27 países integram a lista de "alto

estresse hídrico de referência".

Oriente Médio e o norte da África têm 12 dos

países mais estressados. A Índia, que aparece na

posição 13, tem uma população três vezes maior

que os outros 16 países.

"A recente crise da água na região de Chennai

chamou a atenção mundial, mas diversas áreas

da Índia sofrem um estresse hídrico crônico",

afirmou Shashi Shekhar, ex-secretária para a

Água da Índia.

Ela disse que o relatório pode ajudar as

autoridades a identificar e priorizar os riscos.

Até os países com reduzido estresse hídrico

médio podem ter pontos críticos. Os Estados

Unidos aparecem na 71ª posição, mas o estado

do Novo México sofre estresse hídrico.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/um-quarto-da-populacao-mundial-enfrenta-

estresse-hidrico-extremo.shtml

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Painel: Moro mantém popularidade maior

que a de Bolsonaro, mostram pesquisas de

siglas

O pulso ainda pulsa

As fraturas acumuladas por Sergio Moro (Justiça)

entre integrantes dos três Poderes nos últimos

dois meses não foram suficientes para corroer o

apoio que ele tem em diversos setores da

sociedade. Sob forte pressão desde o início da

publicação de mensagens pelo The Intercept, em

9 de junho, a força do ministro foi testada em

pesquisas internas de partidos. Ele não ostenta a

aprovação de outrora —perdeu pontos na casa

das dezenas—, mas “mesmo fraco é forte, maior

do que Jair Bolsonaro”.

Todos os lados

Partidos de centro e centro-direita fizeram nos

últimos dias levantamentos municipais e

nacionais. A popularidade de Moro foi testada na

segunda categoria.

Ponto de vista

Aliados do ministro da Justiça reconhecem que

ele está sob fogo cerrado, uma peça central no

que chamam de “crise de confiança entre a Lava

Jato e Brasília”, mas dizem que seu trabalho na

segurança pública, os índices que tem

apresentado, lhe dão sustentação no cargo para

além da espuma política.

Para todo gosto

Apesar de o presidente ter exibido Moro no início

de sua live desta quinta (8), são vastos os

relatos da crescente desconfiança entre

Bolsonaro e seu auxiliar.

Tá comigo ou não?

No Planalto, prolifera a versão de que o ministro,

para se eximir da posição de subscritor de

propostas polêmicas, municia a imprensa com

informações que o distanciem de casos como o

dos decretos que facilitaram porte e posse de

armas.

O que é seu é meu

O desconforto entre Bolsonaro e Moro é tema de

conversas no Congresso e no Supremo. Em

ambos os Poderes, os relatos indicam que o

presidente não vê o auxiliar como alguém

disposto a segurar rojões que não sejam do

próprio interesse.

Mãos abanando

Ao dizer que Moro precisava dar uma “segurada”

na tramitação de seu pacote anticrime, Bolsonaro

desagradou parte da bancada da bala. O

coordenador da Frente Parlamentar de Segurança

Pública, deputado Capitão Augusto (PL-SP), diz

que faltou diálogo com o grupo para avisar que a

causa deixaria de ser prioridade.

Querer é poder

Para Augusto, é compreensível que o governo

queira direcionar sua força para a reforma

tributária, mas ele afirma que o pacote de Moro

precisa apenas de maioria simples para ser

aprovado e poderia ser tratado em paralelo.

A condição

Lideres do centrão na Câmara avisaram o

senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da

reforma da Previdência, que só vão endossar um

texto que preveja o embarque de estados e

municípios nas novas regras de aposentadoria se

ele condicionar a adoção das normas federais à

aprovação dos legislativos locais.

Onde desliga?

Em evento organizado pelo BTG, em SP, o

presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

disse que ainda tenta se recuperar do cansaço

acumulado nas longas sessões de votação da

reforma. Chegou a brincar que queria dormir no

voo até a capital paulista, mas que a presença de

Paulo Guedes (Economia) no avião tornou o

descanso impossível.

Suor do meu rosto

Guedes, por sua vez, literalmente correu pelas

ruas de Brasília para chegar a tempo de

acompanhar o fim da votação da Previdência, na

quarta (7). Havia trânsito e o ministro decidiu

descer parte da Esplanada a pé em passo

acelerado, ao lado de três assessores.

Missão de paz

Guedes tem feito um trabalho de formiguinha

para suavizar ao máximo o impacto das

mudanças que estuda fazer para tirar o Coaf do

centro do embate político entre Moro, o

Congresso e o Supremo. Têm falado com todos

os envolvidos.

Música para os ouvidos

Em audiência com Bolsonaro nesta quinta (8), o

subprocurador Paulo Gonet, que tenta ficar com

o comando da Procuradoria-Geral da República,

disse ser contra a criminalização da homofobia

pelo STF e que o tribunal invade atribuições que

são do Legislativo ao decidir sobre o tema.

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Loteria

Alvo de ataques de dentro do MPF, Augusto Aras

ainda é visto como o favorito para a vaga. Gonet

obteve apoios importantes, e Lauro Cardoso foi

elogiado pelo presidente. O nome de Raquel

Dodge perdeu muita força.

TIROTEIO

O presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, faz

apologia a um torturador e à prática da tortura. É

lamentável…

Da procuradora regional Eugênia Augusta

Gonzaga, após o presidente chamar Carlos

Alberto Brilhante Ustra de “herói”. Gonzaga era

presidente da Comissão Especial sobre Mortos e

Desaparecidos Políticos até a semana passada,

quando foi exonerada por Bolsonaro.

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/09/

moro-mantem-popularidade-maior-que-a-de-

bolsonaro-mostram-pesquisas-de-siglas/

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Mônica Bergamo: Bolsonaro escanteia Moro

e age com indiferença em eleição da PGR

Até o fim da tarde de quinta (8), o presidente

não tinha recebido nenhum dos três candidatos

eleitos para compor a lista tríplice

O presidente Jair Bolsonaro ainda não tinha

recebido, até o fim da tarde de quinta (8),

nenhum dos três candidatos eleitos pelos

procuradores para compor a lista tríplice de

indicados para comandar a PGR (Procuradoria-

Geral da República). Mas já tinha atendido pelo

menos cinco procuradores que concorrem por

fora para o cargo.

DE LADO

A indiferença em relação à eleição é um dos

aspectos introduzidos por Bolsonaro para a

escolha. O outro é o escanteio em que colocou o

ministro da Justiça, Sergio Moro —que recebe

alguns candidatos mas não participa das

conversas deles com o presidente.

OS CARAS

Os antecessores de Bolsonaro sempre

prestigiaram seus ministros da Justiça, que

tiveram peso decisivo nas escolhas.

QUEM SERÁ?

Bolsonaro afirmou na quinta que a sua própria

lista de candidatos favoritos para a PGR tinha

cinco nomes. Mas só citou quatro.

SOBRENOME

Entre os procuradores a aposta é a de que o

subprocurador-geral Paulo Gonet é o quinto do

grupo.

GRANA

A Polícia Federal enviou a seus servidores no fim

de julho uma circular com regras para reduzir

gastos com diárias e passagens em viagens. O

objetivo é “orientar esforços” na “aplicação de

recursos disponíveis face ao quadro de

contingenciamento orçamentário imposto pelo

Decreto nº 9.741”.

CURTA

O texto se refere ao bloqueio de verbas assinado

por Bolsonaro em março. Entre os casos

autorizados pela circular a gastar com passagens

estão a manutenção de operações policiais e a

representação oficial em eventos internacionais.

CAUDA

Órgãos representativos de delegados da PF dizem

que o contingenciamento afetou atividades da

instituição. Além da orientação de evitar viagens,

eles alegam que o treinamento de tiro em SP foi

suspenso.

LONGA

O Ministério da Justiça afirma que “não existe

embasamento” para dizer que faltam recursos

para a PF. “Apesar do contingenciamento, a

Polícia Federal vem sendo priorizada”, diz. Na

semana, passada foram liberados R$ 50 milhões.

MOVIMENTO

A atriz Regina Braga, o médico Drauzio Varella, o

cantor Tom Zé e o jornalista Maurício Kubrusly

foram à estreia do espetáculo “Gil”, do Grupo

Corpo, na quarta (7), no Teatro Alfa. O músico e

escritor Zuza Homem de Mello, o ensaísta José

Miguel Wisnik, o diretor-presidente do Masp,

Heitor Martins, e a diretora da SP-Arte, Fernanda

Feitosa, também compareceram.

MEMÓRIA

O ator Tony Ramos fará leitura de conferência

que o escritor Albert Camus fez quando veio ao

Brasil, em 1949. A apresentação ocorre no Sesc

Consolação no dia 20 deste mês e abre um ciclo

de eventos em São Paulo que celebra os 70 anos

da visita do francês.

MEMÓRIA 2

Uma tradução inédita do texto lido por Ramos

integrará uma coletânea de Camus a ser lançada

pela Editora Record.

PAPO RETO

O secretário municipal da Cultura de SP, Alê

Youssef, quer marcar uma reunião com o

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ministro Osmar Terra, da Cidadania, em Brasília,

para tratar sobre a Ancine (Agência Nacional do

Cinema). A ideia é apresentar, junto com a

presidente do SPCine, Laís Bodanzky, números

que comprovem a importância econômica do

setor audiovisual.

JUNTOS

Já no próximo dia 14, um evento organizado pela

Prefeitura de SP e SPCine vai reunir nomes do

audiovisual brasileiro na Praça das Artes. Será

“um movimento anticensura”, de acordo com

Youssef.

DESCANSO

A Assembleia Legislativa de SP (Alesp) colocou

de férias 512 servidores no começo de julho. Mas

eles só receberam o valor referente ao período

de descanso no fim do mês (dia 26). A Casa

afirma ter gasto cerca de R$ 2 milhões com isso.

APERTADO

Segundo a Alesp, esses funcionários tinham até

três férias acumuladas e foram obrigados a gozar

uma delas para obedecer norma que proíbe o seu

acúmulo.

ATRASO

De acordo com a Casa, o atraso para o depósito

do dinheiro se deu porque a folha de pagamento

que vence no dia 4 de julho já tinha sido fechada

quando a lista de servidores que deveriam gastar

férias acumuladas foi concluída.

VOZES

A cantora Ivete Sangalo, o vocalista da banda

Jota Quest, Rogério Flausino, e o cantor Silva se

apresentaram juntos no Theatro Municipal de São

Paulo, no show “Amores Acústicos”, na quarta

(7). A apresentadora Bela Gil passou por lá.

CURTO-CIRCUITO

O advogado Antonio Carlos de Oliveira Freitas é

mediador de debate sobre venda de terras para

estrangeiros. Na sexta (9), às 8h, no Hotel

Ca’d’Oro.

O vereador Celso Giannazi lança o Conselho de

Inclusão Escolar na Câmara Municipal de SP.

O MIS faz show multimídia especial na exposição

Björk Digital. Na sexta (9), às 21h.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo

Maia, será entrevistado no “Roda Viva” de

segunda (12), na TV Cultura.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/bolsonaro-escanteia-moro-e-

age-com-indiferenca-em-eleicao-da-pgr.shtml

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ESTADÃO Taesa quer papéis verdes para projetos até

2022

Coluna do Broadcast

A Taesa, uma das maiores elétricas do País

focada em linhas de transmissão, pretende usar

debêntures de infraestrutura com selo de

responsabilidade ambiental, também chamadas

de “greenbonds”, para financiar projetos em

construção e que têm obrigação junto à Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de estarem

operacionais entre o final de 2021 e 2022. Uma

primeira emissão dessas debêntures está

prevista para o final de setembro, com valor de

R$ 450 milhões e vencimento em 2025. A

emissão foi aprovada em conselho e a Taesa

busca agora a certificação de título verde. Outras

debêntures verdes são estudadas, mas as

emissões devem acontecer ao longo dos

investimentos.

Destino. Ao todo, são quatro projetos de linhas

de transmissão, que somam investimentos de

cerca de R$ 2,5 bilhões. Em três deles – Aimorés,

Paraguaçu e Ivaí – a Taesa tem como sócio da

ISA Cteep. O quarto projeto é localizado em

Minas Gerais da transmissora de Janaúba, tendo

somente a Taesa como participante. Na

divulgação de seu balanço do segundo trimestre,

o presidente da companhia, Raul Lycurgo Leite,

afirmou que a Taesa trabalha com uma

“perspectiva concreta” de entrada de operação

de Janaúba, Aimorés e Paraguaçu antes do prazo

estipulado pela Aneel.

Bom uso. Ao receber a certificação de título

verde, a companhia é obrigada a direcionar os

recursos para projetos comprovadamente

sustentáveis do ponto de vista ambiental, o que

é verificado ao longo do projeto. A Taesa já

emitiu R$ 210 milhões em debêntures verdes em

maio para três projetos.

Antenados. O Brasil já emitiu US$ 11,3 bilhões

em títulos alinhados ao clima no mercado local e

externo, e os verdes respondem por US$ 4,1

bilhões, de acordo com dados do Climate Bonds

Initiative, que tem trabalhado junto a

autoridades brasileiras e o setor privado há anos

para os greenbonds.

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/taesa-quer-papeis-verdes-para-

projetos-ate-2022/

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Animal é ser senciente

Cássio Faeddo*

Animal não é coisa, mas não é só o cãozinho.

No antigo Código Civil de 1916 a personalidade

jurídica dos animais era a de coisas (res), sendo

a classificação mantida no Código Civil de 2002

(Lei 10.406/02).

A classificação vem desde o Direito Romano no

qual há três categorias fundamentais: pessoas

(persona), coisas (res) e ações (actio). As

pessoas têm a condição abstrata de sujeitos de

direito, dividindo-se em pessoas naturais (seres

humanos) e pessoas jurídicas.

Nos referimos que o Código Civil de 2002 trata os

animais como objeto, e resta claro no artigo 82

que traz conceito sobre os bens móveis, no art.

936 fala acerca da responsabilidade civil do

proprietário em razão de dano causado pelo

animal e no art. 1.263 sobre a aquisição da

propriedade, coisa sem dono (res nullius).

A Constituição traz no artigo 225 o conceito de

meio ambiente e dos princípios que devem

nortear os atos e leis vigentes no país, deixando

clara a disposição do constituinte em intensificar

os cuidados com a proteção da vida animal.

Ressalto também notório processo no qual se

tratou da colisão de princípios constitucionais

expressos nos artigos 225, VII, (atos de

crueldade contra animais) em colisão com arts

215 e 216 (manifestação cultural) quando do

julgamento do Recurso Extraordinário 153531-8

SC ( STF, que tratava do caso da “farra do boi”).

No particular, maior interesse residiu na proteção

dos animais, coibindo-se a prática considerada

cruel aos animais.

Há de se ressaltar no plano infraconstitucional a

existência da Lei dos Crimes Ambientais (

9.605/98), que trata de crimes contra a fauna

silvestre e também maus-tratos contra animais

silvestres, domésticos ou domesticados, nativos

ou exóticos.

Porém, ressalto, não há que se falar ainda de um

direito dos animais no país, pois estes, ainda que

protegidos, não são sujeitos de direito.

Já no direito francês há disposição expressa no

Código Civil classificando os animais como seres

sencientes(que tem a capacidade de ter

percepções conscientes do que lhe acontece).

No direito brasileiro, há iniciativa legislativa

visando alterar o classificação de animais como

“coisas” ( PLC 27/2018 de autoria do Deputado

Federal Ricardo Izar, em fase de tramitação no

Senado).

Ao lembrarmos de animais logo vem à mente os

animais domésticos. Porém, com o PLC 27 qual

será o impacto em razão dos animais criados em

cativeiro para alimentação humana? Como ficará

a legislação para criação e abate? E aqueles

utilizados em pesquisa?

Animal não é coisa, mas não é só o cãozinho.

*Cássio Faeddo, advogado. Mestre em Direitos

Fundamentais, MBA em Relações Internacionais –

FGV SP

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/animal-e-ser-senciente/

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Eliane Cantanhêde: E a impessoalidade?

Decisões de presidentes devem obedecer ao

interesse público, não o pessoal, familiar ou de

grupos

Alguém precisa avisar ao presidente Jair

Bolsonaro que ele foi eleito para presidir o País,

não para se tornar dono da República e fazer o

que bem entende. Pelo princípio da

impessoalidade, definido no artigo 37 da

Constituição, o mandatário tem de tomar

decisões de acordo com o interesse público, não

ao sabor dos seus interesses, vontades e crenças

pessoais, nem para favorecer a si, à família, aos

amigos ou a grupos específicos. Há controvérsias

se é exatamente assim que Bolsonaro governa,

fala e age.

O exemplo mais chocante foi a indicação do filho

para a mais importante embaixada do planeta, a

dos EUA. Trata-se de um jovem de 35 anos que

nunca pisou no Instituto Rio Branco, não é

especialista na área nem um personagem de

destaque na vida nacional. É filho do presidente,

ponto.

E os dois exemplos mais recentes são retaliações

do cidadão Bolsonaro, que aproveita o principal

gabinete do Planalto e uma caneta Bic para se

vingar de desafetos. Um é o cancelamento do

contrato da Petrobrás com o escritório de

advocacia do presidente da OAB, Felipe Santa

Cruz. Outro é a dispensa de publicação de

balanços de companhias abertas em jornais.

“Não precisa dar dinheiro para um cara da OAB”,

aplaudiu Bolsonaro, que falou de forma cruel

sobre o desaparecimento do pai de Felipe na

ditadura militar, remexendo uma ferida que não

é só da família Santa Cruz, mas de toda a Nação.

Onde está o interesse público no cancelamento

do contrato? O escritório, especializado em

Justiça do Trabalho, evitou em 2018 rombo de

R$ 5 bilhões à Petrobrás em causas trabalhistas.

Logo, a companhia não dá dinheiro “para o cara”,

remunera um serviço bem feito.

“Retribuí parte daquilo que grande parte da mídia

me atacou”, disse Bolsonaro, assumindo a

intenção de vingança quando desobrigou a

publicação dos balanços. A decisão é do governo,

mas o interessado é o ex-candidato, insatisfeito

com as revelações da imprensa sobre seu

passado e entorno desde a campanha. Como,

aliás, ela tem o dever de fazer.

Lembra a punição ao fiscal do Ibama que multou

o cidadão Jair por pescar em área protegida. O

fiscal cumpriu seu dever, o cidadão descumpriu a

lei. Quem riu por último? Aquele que, flagrado na

infração, pensou: “Ah, esse aí me paga!”. Pagou

mesmo. O pescador assumiu e usou o poder

contra um pobre fiscal.

Também não se pode classificar de

impessoalidade a decisão do presidente de “não

dar nada para esse cara”. Desta vez, não o

presidente da OAB, mas o governador do

Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, um desses

“paraíba” que ousam ser de esquerda. Do varejo

para o atacado, o governo federal conseguiu

punir o Nordeste inteiro, com apenas 2,2% dos

empréstimos da CEF.

É um direito de Bolsonaro não gostar de Dino,

como é dos governadores do Nordeste não gostar

de Bolsonaro. Mas não é um direito da pessoa do

presidente usar seu poder contra uma região, a

segunda mais populosa do Brasil. O interesse

dessa população está acima das birras do Jair.

E o que falar sobre o Coaf, que identifica

movimentações financeiras atípicas e, assim,

municia os órgãos de fiscalização e controle

contra a lavagem de dinheiro, prima-irmã da

corrupção? Ia tudo bem, até que o Coaf bateu os

olhos numa dinheirama de um tal de Queiroz.

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Esse foi o fio da meada de uma história ainda

muito mal contada sobre contratações, salários,

depósitos e esquemas nos gabinetes do clã

Bolsonaro. Tal como o fiscal do Ibama, o Coaf

está sendo punido por simplesmente fazer o que

tinha de fazer. Podia pegar todo mundo, não o

filho “01” do presidente, Flávio, agora senador.

Pimenta nos olhos dos outros é refresco, mas nos

olhos do poder arde, causa irritação e, no caso

dos Bolsonaro, gera retaliação. O problema é

combinar com a Constituição. O artigo 37 é claro,

preciso, um alerta.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,e-

a-impessoalidade,70002960586

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40% do País apresenta nível moderado ou alto de ameaça aos corpos hídricos

As principais ameaças às águas no País são as

mudanças climáticas, as mudanças no uso do

solo, a fragmentação de ecossistemas e a

poluição, de acordo com relatório do Painel

Brasileiro de Biodiversidade e Serviços

Ecossistêmicos

Giovana Girardi

Anos de seca prolongada nas regiões Sudeste (na foto, o sistema Cantareira) e Centro-Oeste levaram a uma perda estimada de R$ 20 bilhões na receita agrícola em 2015. Crédito: Sergio Castro / Estadão

Cerca de 40% do território nacional apresenta

níveis de ameaça aos corpos hídricos que vão de

moderado a elevado. E o Estado de São Paulo é o

que está em pior condições. É o que mostra um

relatório divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo

Painel Brasileiro de Biodiversidade e Serviços

Ecossistêmicos.

O trabalho, que considerou pesquisas científicas

realizadas nos últimos anos sobre o assunto,

mostra que as principais ameaças às águas no

País são as mudanças climáticas, as mudanças

no uso do solo (como desmatamento), a

fragmentação de ecossistemas e a poluição.

A região Sudeste, que abriga 58% da população

e apenas 13% da disponibilidade de água do

País, apresenta um cenário delicado. Pelo

levantamento, quase 70% do território de São

Paulo está em situação crítica por conta do

adensamento populacional e o intenso uso da

terra associado à agricultura.

O indicador usado para fazer essa análise é o

impacto sobre a biodiversidade que vive nesses

ambientes aquáticos. Segundo o trabalho, o

Brasil abriga mais de 3 mil espécies de peixes de

água doce. Só na Bacia Amazônica estima-se que

haja mais espécies de peixes do que em todo o

oceano Atlântico.

Mas essa biodiversidade está em risco: 10% das

espécies de peixes continentais estão sob o risco

de extinção e 30% do total de espécies da fauna

ameaçada no Brasil compreendem peixes e

invertebrados de água doce. Estima-se que até

2050, a Bacia Amazônica e o extremo sul do País

terão uma perda de mais de 25% nas espécies

aquáticas.

“Consideramos 23 ameaças (como

desmatamento, uso de fertilizantes, presença de

hidrelétricas, segurança hídrica, espécies

invasoras, perdas no sistema, ocorrência de

secas e inundações) à biodiversidade”, explicou

ao Estado Aliny Pires, da Universidade Estadual

do Rio de Janeiro e coordenadora do estudo.

“Se a gente pensa que uma água de qualidade

depende de que todo o sistema aquático esteja

funcionando adequadamente, se a água não está

boa para a biodiversidade, também não estará

adequada para o consumo humano”, afirmou a

pesquisadora.

“A biodiversidade ajuda a indicar a qualidade

daquele ecossistema. Quando dizemos que em

40% das águas a biodiversidade está ameaçada,

isso também indica que 40% das águas estão

ameaçadas como um todo. É uma questão

integradora”, complementou o pesquisador

Vinicius Farjalla, da UFRJ e também autor do

trabalho.

“Não se olha só para a qualidade ou para a

quantidade de água. Quando se olha de maneira

mais integrada – é daí que vem o conceito do

sustentável –, temos de trabalhar com todos

esses componentes. A biodiversidade é mais um

grande indicador do uso sustentável, da

qualidade daquele ambiente de maneira mais

integrada”, disse.

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Gráfico do relatório Água, Biodiversidade, Serviços Ecossistêmicos e Bem-estar Humano no Brasil do BPBES

De acordo com o trabalho, cerca de 98% dos

municípios do Nordeste já reportaram eventos de

seca. E no Sul do País, 92% dos municípios já

reportaram eventos de inundação.

Aliny lembra, porém, que mesmo em regiões

onde a quantidade de água não é um problema

aparente, como os Estados amazônicos – que

respondem por 68% da disponibilidade hídrica do

País para 7% da população, a situação não é tão

simples, já que há altas taxas de perda no

fornecimento.

Impactos econômicos

Feita em conjunto por 17 pesquisadores de

diversas instituições do País, a avaliação aponta

que se por um lado os recursos hídricos são

fundamentais para a economia brasileira, por

outro, cenários de escassez já trazem prejuízos

significativos.

O relatório aponta que o País ganhou mais de R$

15 bilhões por ano, entre 2004 e 2016, com os

investimentos realizados em saneamento,

incluindo a promoção do turismo e a redução

com gastos em saúde. A pesca esportiva

movimenta até R$ 3 bilhões por ano no País. Só

os recursos pesqueiros sustentam cerca de 300

mil pescadores artesanais.

Nossos recursos hídricos são fundamentais para

a energia do País. A matriz elétrica depende de

cerca de 65% da produção hidrelétrica.

A agricultura irrigada e a pecuária são os

principais usuários dos recursos hídricos do País,

consumindo, respectivamente, cerca de 750 mil e

125 mil litros de água por segundo. A maior

parte (85%) da produção agropecuária depende

da água das chuvas, originada em 40% na

evapotranspiração da Amazônia.

O estudo destaca ainda que somente no ano

passado, o Brasil exportou 84 milhões de

toneladas de soja, o que corresponde a 8,4

trilhões de litros de água.

Por outro lado, a seca recente que afetou as

regiões Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo,

provocou uma perda de cerca de R$ 20 bilhões

na receita agrícola em 2015, um recuo de quase

7% em relação ao ano anterior.

Para o futuro, levando em conta o aumento da

demando por crescimento da população, as

perdas do sistema e impactos climáticos, se não

houver investimentos em infraestrutura, faltará

água para 74 milhões de pessoas até 2035, com

impacto em vários setores produtivos, em

especial a indústria, que pode sofrer 84% das

perdas econômicas previstas.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a

mbiente-se/40-do-pais-apresenta-nivel-

moderado-ou-alto-de-ameaca-aos-corpos-

hidricos/

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Ações do Brasil 'contradizem mensagens' do

relatório sobre clima, diz cientista do IPCC

Pesquisador alemão fez comentário durante

lançamento de relatório do IPCC que mostra a

importância no combate ao desmatamento da

Amazônia para conter o aquecimento global

Giovana Girardi e Roberta Jansen

Inpe é responsável por monitorar o desmatamento na

Amazônia e oferecer a taxa oficial de perda anual da floresta

Foto: Daniel Beltra / Greenpeace

Apesar de optar por fazer uma análise mais geral

sobre a situação do planeta, sem dar destaque

para os países de modo individual, o Painel

Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas,

o IPCC, deu uma cutucada na forma como o

governo brasileiro vem lidando com a Amazônia.

Durante a entrevista coletiva que os

pesquisadores membros do painel deram na

manhã desta quinta-feira, 8, para lançar o

relatório especial sobre mudanças climáticas e

uso da terra, o cientista alemão Hans-Otto

Portner, co-chair do grupo de trabalho 2 do IPCC,

afirmou que as mudanças que estão sendo feitas

no Brasil no que se refere à gestão da Amazônia

“contradizem todas as mensagens apresentadas

no relatório”.

O documento pela primeira vez focou em como a

agropecuária, o desmatamento e outros usos da

terra contribuem com o aquecimento global. Os

cientistas destacam que os setores respondem

por 23% das emissões de gases de efeito estufa

do planeta. A perda da vegetação, por sua vez,

faz o planeta absorver cada vez menos o CO2 em

excesso na atmosfera, minando ainda mais sua

capacidade de combater as mudanças climáticas

em curso. Segundo os autores, se esse problema

não for atacado, não será possível evitar a crise

climática.

Eles alertam que a redução do desmatamento, o

aumento do reflorestamento e a redução das

emissões da agropecuária são fundamentais para

alcançar a meta de conter o aquecimento do

planeta a menos de 2°C até o final do século,

como prevê o Acordo de Paris. Mas essas ações

também têm limite, uma vez que o aquecimento

leva à degradação dos ecossistemas e à perda de

produtividade agropecuária.

A situação brasileira não é citada especificamente

no texto, mas com o desmatamento em alta, o

País foi alvo de questionamento da imprensa que

estava presente na entrevista coletiva. Foi em

resposta a uma pergunta que o pesquisador

alemão se manifestou.

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Para Carlos Rittl, secretário executivo do

Observatório do Clima, coletivo que reúne

dezenas de ONGs brasileiras, opina que o

relatório passa dois recados para o governo

brasileiro. “Ao negar o aquecimento global e

estimular o desmatamento da Amazônia, a

administração de Jair Bolsonaro está rasgando

dinheiro, já que o sistema alimentar será

reorientado para atividades de baixo carbono que

o Brasil tem potencial de liderar”, diz.

“Ao mesmo tempo, ao aderir à ideologia

obscurantista de Donald Trump, o presidente do

Brasil desperdiça oportunidade de negócios,

inovação e investimento nesse novo setor de uso

da terra que o relatório do IPCC delineia”,

complementa o ambientalista em nota à

imprensa.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,acoes-do-brasil-contradizem-mensagens-

do-relatorio-sobre-clima-diz-cientista-do-

ipcc,70002959807

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Campanha arrecada agasalhos, cobertores e

caminhas para animais em São Paulo

REDAÇÃO - O ESTADO DE S.PAULO

Ampara Animal encaminhará doações para pets

que vivem na Divisão de Vigilância de Zoonoses

Animais que estão no centro de zoonoses de São

Paulo receberão doação de agasalhos, cobertores

e caminhas. Foto: Pixabay

A Ampara Animal, Organizações da Sociedade

Civil de Interesse Público (OSCIP), realiza

campanha do agasalho em São Paulo para pets.

O objetivo é arrecadar doações de roupas,

cobertores e caminhas para animais que vivem

na Divisão de Vigilância de Zoonoses de São

Paulo.

Apesar de estarem abrigados do frio, muitos são

idosos e dormem em camas de metal. “Sabemos

da falta de recursos do governo para compra de

roupinhas e cobertores para os animais que

vivem na DVZ e, na nossa última visita, vimos

aqueles animais morrendo de frio, não

conseguindo mais dormir. Por isso, criamos a

campanha do agasalho e esperamos que muitas

pessoas se sensibilizem e amparem um

animalzinho do frio junto com a gente”, enfatiza

a porta-voz e uma das fundadoras da associação,

Juliana Camargo.

A Ampara Animal disponibilizou diversos pontos

de arrecadação por São Paulo, como no Santana

Parque Shopping e em várias unidades do

supermercado Carrefour.

A campanha permanecerá durante todo o período

de inverno, com término previsto para o dia 23

de setembro.

Juliana Camargo afirma que o apoio da

população é fundamental. “Assim como nós, os

animais sentem frio, sede e fome e ter o mínimo

de cuidado e oferecer bem-estar é fundamental.

Infelizmente, não são só os animais da DVZ que

precisam de roupinhas e cobertores. Existem

abrigos de animais que estão superlotados e que

precisam muito da nossa ajuda”, destaca.

https://emais.estadao.com.br/noticias/comporta

mento,campanha-arrecada-agasalhos-

cobertores-e-caminhas-para-animais-em-sao-

paulo,70002959951

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VALOR ECONÔMICO Alemanha avalia elevar imposto sobre carne

para reduzir consumo

Por Daniela Chiaretti | De São Paulo

Uma proposta formulada pelos Verdes e pelo

Partido Social Democrata (SPD) propõe elevar a

tributação da carne na Alemanha. O objetivo é

reduzir o consumo, o que ajudaria a combater à

mudança do clima e a melhorar o bem-estar

animal. Rebanhos produzem metano, gás do

efeito estufa mais nocivo à atmosfera que o CO2.

A iniciativa alemã tem potencial de se tornar

tendência em países ricos, não só pelo efeito

ambiental, mas ainda por questão de saúde.

Estimular a redução no consumo de carne foi um

dos pontos controversos dos debates entre

delegados de 195 países do Relatório sobre Clima

e Terra da ONU, aprovado ontem, em Genebra. O

relatório, do Painel Intergovernamental sobre

Mudança Climática, (IPCC, na sigla em inglês),

faz um resumo dos estudos científicos mais

atuais feitos em todo o mundo.

No IPCC, o tema da carne é polêmico. Países em

desenvolvimento, como o Brasil, maior produtor

e exportador mundial de carne bovina, temem

medidas que afetem sua economia. Na outra

ponta, países da Ásia e da África sequer têm

acesso, hoje, a dietas altamente proteicas. No

futuro, porém, seriam dois bilhões de pessoas a

mais consumindo carne.

A solução encontrada no texto do IPCC foi sugerir

dietas mais saudáveis e sustentáveis. O relatório

diz que agricultura e uso da terra respondem por

cerca de 22% das emissões globais de gases-

estufa. E que a crise climática não pode mais ser

enfrentada apenas com cortes de combustíveis

fósseis.

Na Alemanha, atualmente a carne se beneficia de

uma taxa reduzida do Imposto de Valor Agregado

(IVA) em relação a outros alimentos. É de 7%.

Verdes e social-democratas querem que passe a

19%.

Albert Stegemann, porta-voz do partido da

premiê Angela Merkel, da União Democrata-

Cristã (CDU), disse que a proposta pode ser

"construtiva", segundo agências internacionais.

Na sua opinião, porém, as receitas fiscais

adicionais deveriam ser usadas para ajudar os

criadores a se reestruturarem.

Com o aumento da tarifa, a intenção é reduzir o

consumo. "Sou a favor do fim da redução do IVA

para a carne, para promover maior bem-estar

animal", disse à Reuters Friedrich Ostendorf,

porta-voz da política agrícola dos Verdes.

O líder do partido, Robert Habeck, quer ainda

mais ambição e sugere uma reforma completa do

IVA para enfrentar a crise climática e os

problemas ambientais.

Partidos de oposição ao governo Merkel, como o

A Esquerda e o de Alternativa para a Alemanha

(AfD, de extrema-direita), se manifestaram

contra a "taxa da carne", assim como a entidade

que representa os agricultores.

No primeiro semestre, os abatedouros alemães

mataram quase 30 milhões de porcos, vacas,

ovelhas, cabras e até cavalos, segundo dados

oficiais do governo alemão.

O Brasil é o maior produtor mundial de carne

bovina. Produziu 10,9 milhões de toneladas (em

equivalente carcaça). As exportações somaram

2,2 milhões de toneladas. Os maiores

compradores são China e Hong Kong, que

consomem 40% desse total, segundo a

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras

de Carne (ABIEC), a entidade que representa os

frigoríficos exportadores.

Segundo dados da Secretaria de Comércio

Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da

Agricultura, as exportações de carne bovina para

a Alemanha renderam US$ 70,4 milhões no ano

passado. O volume exportado foi de 10,6 mil

toneladas.

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Os alemães representam 10% da carne

brasileiros exportada aos europeus. Em geral, a

região compra cortes mais caros. No caso da

Alemanha, o preço médio da carne exportada foi

US$ 6.628 por tonelada, 66% acima da média de

US$ 3.987 das exportações gerais.

No ano passado, a União Europeia importou

116,7 mil toneladas de carne bovina do Brasil,

gastando US$ 705,5 milhões. Isso representou

7,1% do volume total exportado pelos frigoríficos

brasileiros e 10,7% da receita cambial. O preço

médio das exportações à Europa foi US$ 6.046

por tonelada, 51,6% acima da média. (Colaborou

Luiz Henrique Mendes)

https://www.valor.com.br/internacional/6384021

/alemanha-avalia-elevar-imposto-sobre-carne-

para-reduzir-consumo

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Privatização da Eletrobras terá venda de

ações

Por Rafael Bitencourt e Lu Aiko Otta | De Brasília

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, garantiu ao Valor que a União

perderá o controle da Eletrobrás. Embora esse

fosse o cenário que já vinha se desenhando nos

bastidores, foi a primeira vez que Albuquerque

reconheceu que a capitalização será

acompanhada de perda da posição majoritária da

União. O desenho da privatização, aprovado na

semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro e

ainda mantido em segredo, terá sete etapas que

envolvem o aval do Congresso, a liberação do

Tribunal de Contas da União (TCU) e, por fim, a

emissão de ações que capitalizará a estatal e

diluirá o controle da União. O novo modelo

deverá ser apresentado aos presidentes da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado,

Davi Alcolumbre (MDB-AP) quando o ministro

retornar de sua viagem à China, para onde foi

ontem.

Ele fará conversas preparatórias à visita de

Bolsonaro, "no fim de outubro ou início de

novembro".

A concordância do Legislativo é uma etapa

essencial, porque pelo menos duas alterações

legais são necessárias para abrir o caminho para

a privatização. Seguindo decisão do Supremo

Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional terá

de dar aval para privatizar a holding, reinserindo

a estatal no Programa Nacional de

Desestatização (PND).

Além disso, é preciso mudar a legislação para

tirar as usinas mais antigas da Eletrobras do

regime de cotas, modelo instituído no governo

Dilma Rousseff para reduzir as contas de luz por

meio de corte na remuneração dos projetos. A

"descotização" é considerada importante para

recompor o caixa da empresa, atrair investidores

para a capitalização e permitir que a União

receba pela outorga desses novos contratos.

Em linhas gerais, a privatização será feita por

meio de venda de ações, de forma que o governo

federal deixará de ser o controlador. "Mas

nenhuma outra empresa será majoritária", frisou.

O modelo escolhido é o de "corporation". "Não

vamos vender a Eletrobras. Vamos abrir o

capital."

Na China, o ministro vai falar sobre a carteira de

investimentos disponível no Brasil. Só nas áreas

de óleo, gás e mineração são projetos que

somam R$ 1,5 trilhão até 2027. A governança

das concessões na área de energia e o calendário

com os leilões futuros são pontos que atraem a

atenção dos investidores.

Outra frente de interesse dos asiáticos é a

energia nuclear. O governo pretende fechar, até

o fim deste ano, as negociações com um sócio

privado que concluirá a usina de Angra 3.

Recentemente, recebeu executivos de um fundo

russo-chinês, interessados também em novos

projetos de geração nuclear.

O ministro está confiante na queda de preços da

energia a partir do Novo Mercado do Gás. Ele

comentou que usinas que utilizarão gás do pré-

sal devem vender o megawatt-hora por R$ 85 já

em 2022. Atualmente, o megawatt está saindo a

R$ 550. A seguir, os principais trechos da

entrevista:

Valor: Qual o motivo de sua viagem à China?

Bento Albuquerque: Tenho recebido vários

convites desde que eu assumi o ministério. Não

só do governo chinês, mas também das

empresas que têm investimentos no Brasil e

daquelas que pretendem fazê-lo. A China é o

principal parceiro no que diz respeito a

importações e exportações. E tem investimentos

no setor elétrico, no setor de óleo e gás e na

mineração.

Valor: São os maiores no setor de energia?

Albuquerque: Não, mas têm investimento aqui da

ordem de US$ 50 bilhões a US$ 70 bilhões. Eu

acredito que, pelas oportunidades que nós

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temos, os investimentos chineses aqui

aumentarão bastante. Recebi recentemente um

fundo de investimento chinês-russo que tem

muito interesse na área nuclear como um todo.

Valor: Angra 3 foi qualificada no Programa de

Parcerias de Investimentos (PPI) para ser

concluída. Já está claro como isso será feito?

Albuquerque: Vai ser por uma parceria público-

privada. E o projeto, por se tratar de um

monopólio da União, será conduzido pela

Eletronuclear. Já tem três empresas que

apresentaram grande interesse nisso. Agora,

estamos conversando no PPI para definir

exatamente o modelo e preparar o edital para

termos um parceiro definido até o fim do ano e o

contrato seja concretizado no primeiro trimestre

do próximo ano. Daí, as obras reiniciam.

Valor: O fundo chinês-russo está interessado em

entrar em Angra 3?

Albuquerque: Está interessado, como outras

empresas chinesas. A russa Rosatom está

interessada nisso. A francesa Areva, os

americanos da Westinghouse também

manifestaram interesse em conhecer o modelo.

Esse fundo está interessado naquilo que virá

depois de Angra 3, as novas usinas.

Valor: O governo já mapeou as novas usinas?

Albuquerque: Estamos revendo o nosso

planejamento até 2050, o Plano Nacional de

Energia (PNE). Vamos dar a divulgação desse

plano, que será consolidado em outubro, depois

de passar por consulta pública. Em dezembro,

será incluído aquilo que temos de expectativa

com as novas usinas. O anterior eram 6

gigawatts (GW) de geração nuclear. Veremos se

será uma usina que vai gerar esses mais de 6

gigawatts, ou mais de uma usina.

"Dados mostram que cada 10% de queda do

preço da molécula de gás tem impacto de 2,1%

de incremento no PIB industrial"

Valor: Na China, o que o sr. vai dizer aos

potenciais investidores?

Albuquerque: Vou fazer uma apresentação sobre

a conjuntura do setor de energia e mineração e

as perspectivas para o futuro em termos de

investimentos necessários para um

desenvolvimento sustentável do país nos

próximos dez, 20, 30 anos. Vou mostrar como é

a nossa governança para que esses

investimentos ocorram no Brasil, em questão de

segurança jurídica e regulatória, previsibilidade

dos leilões. Só no setor de energia são da ordem

de R$ 1,5 trilhão, sendo o setor elétrico com

quase R$ 500 bilhões e setor de óleo e gás com

mais R$ 1 trilhão até 2027. Se aumentarmos o

horizonte no setor de óleo e gás, esse valor vai a

R$ 2 trilhões até 2030.

Valor: Isso num momento em que se avizinha o

megaleilão do excedente da cessão onerosa.

Albuquerque: Tudo é interessante. Essa visita

está sendo agora justamente na véspera da

visita do presidente, que vai ocorrer entre o fim

de outubro e início de novembro. Não deixa de

ser uma visita preparatória para a visita

presidencial, em termos de acordos que possam

ser firmados, de cooperação, memorandos de

entendimento e por aí vai. O Brasil é o país no

mundo, sem nenhum ufanismo, que tem

melhores oportunidades de investimento. Qual o

país que tem mais de 200 milhões de habitantes,

um território continental, uma diversidade de

recursos minerais e de fontes de energia? Os

grandes investidores estão esperando só algumas

reformas. Passar no Congresso a Nova

Previdência é um fato importante porque o país

precisa ter uma estabilidade fiscal para que os

investimentos tenham segurança.

Valor: Quando o programa Novo Mercado de Gás

produzirá efeito?

Albuquerque: A abertura do mercado de gás tem

impacto no insumo, mas também vai

proporcionar a reindustrialização do país. Tem

dados de simulações de que cada 10% de queda

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do preço da molécula de gás tem impacto de

2,1% de incremento no PIB industrial. Isso é

uma potencialidade muito grande. Eu estive na

última reunião do Comitê de Monitoramento do

Setor Elétrico. Nós vamos ter termelétricas do

pré-sal entrando em operação em 2022 com o

preço do megawatt-hora de R$ 85.

Valor: Hoje está quanto?

Albuquerque: Depende. Mas já despachamos

este ano termelétricas a gás natural de contratos

antigos a R$ 550 o MWh. Podem dizer que é um

absurdo e que alguém poderia estar metendo a

mão, mas não. Naquela época, quando não tinha

esse gás, era o preço. Esses R$ 550 são mais

baratos que os R$ 1.500 que pagamos hoje em

Roraima, em 24 horas por dia, com 80 carretas

de óleo diesel fazendo o trajeto de Manaus a Boa

Vista, para a geração de energia. E não estamos

falando de algo que vai acontecer daqui a dez

anos, mas em 2022.

Valor: Com essa energia mais barata, o Brasil

fica menos dependente da energia de Itaipu e em

condições mais favoráveis de negociar a revisão

do acordo com o Paraguai?

Albuquerque: Sem dúvida. Assim como vamos

negociar com a Bolívia o uso do Gasbol

(Gasoduto Brasil-Bolívia). É importante dizer que

isso não será governo a governo, mas entre

empresas. Antigamente, era só com uma

empresa, a Petrobras. Hoje, a Petrobras, que

negocia com a Bolívia, vai dizer o preço e,

depois, negociar com outras empresas.

Valor: E a situação de Itaipu do Paraguai?

Albuquerque: Com o Paraguai, nós vamos iniciar

o processo de negociação no início de 2020 em

relação à revisão do Anexo C do contrato

binacional. Evidentemente, o preço da energia

vai cair porque a hidrelétricas já estará

amortizada em fevereiro de 2023.

Valor: Só essa amortização reduz a tarifa em

quanto?

Albuquerque: Isso vai depender da negociação.

Valor: Tem um carta boa na mão, então.

Albuquerque: Claro. Para os dois países. O que

pagam hoje pelo investimento [financiamento da

usina], vão deixar de pagar. É coisa de US$ 2

bilhões, com um R$ 1 bilhão para cada lado.

Valor: Além mexer nas cláusulas econômicas, o

Paraguai quer alterar, por pressões políticas, o

tratado como um todo, o que não estava

previsto.

Albuquerque: Olha: se teve um bom negócio, foi

Itaipu. Por mais que haja críticas de um lado e de

outro, ao dizerem que o Paraguai levou

vantagem ou, na realidade, foi o Brasil que levou

vantagem, o tratado é um exemplo de negócio

bem-sucedido. Itaipu tem uma importância vital

para a economia do Paraguai, no PIB do país. Do

lado de cá, Itaipu teve e ainda tem uma

importância muito grande para a segurança

energética do Brasil. Existem assimetrias entre

os dois países, mas foi, está sendo e continuará

sendo um bom negócio depois de 50 anos para

os dois lados.

Valor: E a privatização Eletrobras? O último

movimento foi o "ok" do presidente para os

estudos apresentados.

Albuquerque: Tudo foi feito com transparência.

Anunciei, já no meu discurso de posse, que

daríamos continuidade ao processo de

capitalização da Eletrobras. Agora, seguindo qual

modelo? Aí nós sentamos com a Economia, com

outros atores como PPI, Advocacia-Geral da

União e a própria Eletrobras. O presidente

Bolsonaro aprovou e, como vocês sabem, é

preciso passar pelo Congresso. O próximo passo,

é procurar a presidência das Casas, tanto da

Câmara como do Senado, e apresentar aquilo

que foi aprovado pelo presidente para a

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consideração dessas lideranças. Aí pretendemos

dar início a esse processo.

Valor: E qual é o melhor timing? Agora, que

passou a reforma da Previdência na Câmara?

Albuquerque: Nós não podemos ficar aqui

parados, esperando. A Eletrobras perdeu a

capacidade de investimento. Hoje, deveria estar

investindo R$ 15 bilhões, R$ 16 bilhões, por ano

só para manter o status quo dela - 30% da

geração de energia e 50% da transmissão. Só

que ela vai investir este ano R$ 3,6 bilhões. Está-

se melhorando a governança da empresa, está-

se reestruturando como um todo. O que começou

um ano e meio atrás tem tido resultados

bastante positivos. Fizemos nosso trabalho e

dissemos que, para continuar tendo a

importância que sempre teve no setor elétrico

brasileiro, precisamos que a Eletrobras se torne

uma corporação.

"Itaipu foi importante para o Paraguai e tem

importância muito grande para a segurança

energética do Brasil"

Valor: Sendo uma corporação, a União perderá o

controle, embora nenhum grupo privado terá

participação majoritária. É isso?

Albuquerque: Não terá nenhum grupo no

comando. Nós não vamos vender a Eletrobras.

Vamos fazer uma abertura [pulverização] de

capital em que a União deixará de ser

majoritária, mas também nenhuma empresa

ocupará essa posição. Será uma corporação.

Estamos falando da Eletrobras, a holding, e suas

principais empresas: Chesf, Eletronorte, Furnas e

Eletrosul.

Valor: Quando isso será acertado com as

lideranças do Congresso?

Albuquerque: Já falei com o Rodrigo Maia e estou

procurando uma agenda também com o Davi

Alcolumbre. Eu e o ministro Paulo Guedes iremos

procurar os dois para apresentar isso

formalmente. Aí vamos ver qual é o melhor

caminho, se é apresentação de um projeto de lei

do Executivo ou aproveitar alguma coisa que está

em tramitação no Congresso.

Valor: Sem essa conversa, o governo não quer

definir detalhes da privatização?

Albuquerque: Em linhas gerais, é isso. Agora, o

que vai acontecer no Congresso Nacional nós não

sabemos. Dentro do modelo, nós vamos ter que

separar Itaipu, Eletronuclear, Cepel e as políticas

públicas disso que será capitalizado.

Valor: Isso ajuda a diminuir resistências?

Albuquerque: Até por questões legais, você não

pode colocar. Itaipu é um tratado internacional,

que você não capitaliza nem vende. A

Eletronuclear, de acordo com a Constituição, é

monopólio do Estado. A Cepel funciona com uma

empresa de pesquisa energética em tecnologia

que é muito importante para o desenvolvimento.

Temos ainda as políticas públicas que não têm

como capitalizar ou transferir, que têm que ficar

sob a égide do Estado, do governo. As demais

empresas serão capitalizadas.

Valor: A mudança de regime de contrato das

usinas da Eletrobras entra nesse pacote?

Albuquerque: Ela tem que andar junto. A

descotização faz parte desse processo. Não será

apenas um artigo do projeto de lei, sendo

bastante genérico, autorizando a capitalização da

empresa. A Eletrobras, para se capitalizar,

precisa desses outros instrumentos legais que

têm que ser modificados ou aperfeiçoados.

Valor: O sr. já indicou a possibilidade de elevar o

pagamento de R$ 12 bilhões à União pela

mudança nos contratos das usinas. Como seria?

Albuquerque: Acho que os números não devem

ser tratados agora. Devemos considerar que, se

você capitalizar alguma coisa que se mostra um

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bom negócio pelas condições operacionais, ela

vai valer mais. Mas, se você vender o que

operacionalmente tem dificuldades, ela vai valer

menos. Então, o que queremos é aperfeiçoar ou

mudar alguns instrumentos legais para que a

empresa se torne mais atrativa.

Valor: Tem alguma inovação em relação ao

modelo de privatização do governo Temer?

Albuquerque: A gente pensou nisso. Levamos em

consideração tudo que já estava em tramitação,

tudo que já tinha discutido, a experiência nesse

tempo que passou, o que o próprio mercado

sinaliza. Vamos submeter para a apreciação do

Congresso.

Valor: Quais seriam essas mudanças?

Albuquerque: Não tem como dizer. Não é nem

pelo segredo em si. É lógico que tem um

segredo, porque, primeiro, ainda não apresentei

isso para o presidente Rodrigo Maia e o

presidente Davi Alcolumbre. Segundo, porque

ainda não fechamos o texto, porque vai depender

inclusive dessa conversa com eles. Temos apenas

aquilo que entendemos e definimos como etapas

a serem implementadas. Que passa pela

descotização, até pelo [novo] período da

concessão.

Valor: De fato teria que ter uma sequência, pois

não daria para fazer a capitalização, com emissão

de papéis, sem fazer antes a descotização.

Albuquerque: Realmente, não dá. Mas aquilo que

nós formos trabalhar como projeto de lei ou

como substitutivo a ser feito pelo Congresso vai

contemplar tudo isso. Aquilo que pode ser feito

dentro do que a legislação atual permite, já está

sendo feito. Até mesmo pela Eletrobras, quando

ela se desfez das distribuidoras, por exemplo.

Isso já foi uma recuperação que a empresa teve

no último um ano e meio até o final do ano

passado.

Valor: Então, terá novidade em relação ao

modelo anterior?

Albuquerque: Com certeza. Posso lhe dizer que

não está igual ao projeto de lei que está em

tramitação. A gente entende que vamos

apresentar alguns aperfeiçoamentos. Até porque

a empresa, quando foi proposto o projeto de lei,

tinha uma situação diferente à de agora. Só isso

já leva a alterações. Estamos sim, trazendo

aperfeiçoamentos que vão tornar o debate no

Congresso mais transparente, inclusive com as

bancadas regionais. Tenham a certeza de que

tudo foi considerado.

Valor: O sr. pode dizer ao menos quantas etapas

terá o processo de privatização?

Albuquerque: Dizem que o número sete é um

número de mentiroso, mas serão sete etapas.

Envolvem o próprio Ministério de Minas e

Energia, a Eletrobrás e o Tribunal de Contas da

União. Aí, tu montas os sete do jeito que

quiseres. Cada um tem sua dinâmica e seu

controle sobre o que está sob sua

responsabilidade, por isso é difícil falar num

cronograma.

https://www.valor.com.br/brasil/6384061/privati

zacao-da-eletrobras-tera-venda-de-acoes

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Data: 09/08/2019

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Grupo de Comunicação

Medida vai abrir o mercado de energia

Por Camila Maia e Rodrigo Polito | De São Paulo e

do Rio

O Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu

acelerar a abertura do mercado livre de energia,

no qual os consumidores podem escolher de

quem comprar o insumo, apurou o Valor. Hoje,

será aberta uma consulta pública para discutir a

redução gradual dos limites de migração de

consumidores, com perspectiva de abertura total

em janeiro de 2024.

Hoje, consumidores de menor carga, como os

residenciais, por exemplo, só podem comprar

energia da distribuidora local. A ideia do governo

é, gradualmente, reduzir os limites de carga para

a migração para o mercado livre. Assim como no

caso da telefonia, no futuro, todos poderão

escolher de quem comprar a energia. As

distribuidoras seguirão com monopólio nas suas

áreas de concessão, mas apenas do uso da rede

(o fio), e não da venda de energia, que poderá

ser feita por comercializadoras ou diretamente

por geradores.

Pela proposta, que ficará em consulta pública por

15 dias, o limite de migração de consumidores

livres vai cair da carga de 2 megawatts (MW)

para 1,5 MW a partir de janeiro de 2021. A partir

de 1º de julho de 2021, o limite cairá

novamente, para 1 MW. Em janeiro de 2022,

para 0,5 MW.

Além disso, até o fim de janeiro de 2022,

deverão ser feitos estudos sobre as medidas

regulatórias necessárias para permitir a abertura

do mercado livre para consumidores com carga

abaixo de 0,5 MW. A ideia é que a abertura total

seja concluída em janeiro de 2024.

Se confirmada, essa será a maior abertura do

mercado livre de energia dos últimos 22 anos.

Até o ano passado, o limite de migração de

consumidores de energia para o mercado livre

era de 3 MW. Uma portaria assinada pelo então

ministro Moreira Franco determinou a redução

para 2,5 MW a partir de julho deste ano, e

também garantiu nova redução, para 2 MW, a

partir de janeiro de 2020.

Hoje, consumidores com carga de 0,5 MW a 2,5

MW podem migrar para o mercado livre, mas na

figura de consumidores especiais, obrigados a

comprar energia de fontes incentivadas

(renováveis como eólica, solar e biomassa). A

diferença proposta pelo decreto é que os

consumidores com essa carga poderão comprar

energia de qualquer fonte, o que vai aumentar a

competição no mercado livre e mudar as

dinâmicas de preço.

O cronograma proposto é também mais

acelerado que o discutido, por exemplo, no

projeto de lei 1917/2015, que reúne algumas das

propostas de reforma do mercado livre debatidas

pela antiga equipe do MME por meio da chamada

consulta pública (CP) 33.

Paralelamente, o MME segue com as atividades

de um grupo de trabalho criado no início do ano

para discutir a modernização do setor elétrico. A

ideia é antecipar algumas mudanças que não

dependam de lei, como no caso da abertura do

mercado livre e também a consulta pública

lançada ontem, que propôs que consumidores

livres com carga de até 1 MW sejam obrigados a

comprar energia de comercializadores varejistas

a partir de janeiro do ano que vem.

O comercializador varejista funciona como uma

espécie de imobiliária. O cliente migra para o

mercado livre sem necessariamente precisar virar

um agente da Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica (CCEE), que não tem capacidade

de lidar com o número cada vez maior de

agentes de pequeno porte.

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Grupo de Comunicação

A proposta, contudo, é polêmica, já que o rito da

CCEE para desligar agentes em casos de

inadimplência é considerado lento. "Enquanto

não se resolver isso, ninguém vai querer ser

varejista", disse João Carlos Mello, presidente da

Thymos Energia.

Para Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel

(associação das comercializadoras de energia), a

migração de consumidores especiais vai parar

com isso, já que o custo de transação repassado

aos consumidores vai parar.

Especialistas concordam que a CCEE não foi

criada para fazer a gestão de um mercado

varejista com muitos pequenos consumidores (os

especiais). O problema é como alocar esses

riscos. "É preciso cuidado para que o processo

como um todo efetivamente minimize os riscos

do mercado, e não apenas os realoque da CCEE

para as comercializadoras", disse Leonardo Salvi,

diretor de operações da Electra Energy.

A resistência à figura do varejista é tal que desde

que a modalidade foi regulamentada, em 2015,

apenas 13 comercializadoras se habilitaram como

tal, sendo que apenas quatro delas representam

consumidores hoje na CCEE. "A

operacionalização não é difícil, mas é preciso

saber como será a parte do crédito do cliente. Se

ele ficar inadimplente, como ser desligado? Ele

pode voltar para o mercado regulado?",

questionou Paulo Toledo, sócio diretor da Ecom

Energia. Para o especialista, essas questões

podem ser regulamentadas pela Agência Nacional

de Energia Elétrica (Aneel).

https://www.valor.com.br/empresas/6384161/m

edida-vai-abrir-o-mercado-de-energia

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Grupo de Comunicação

IPCC quer campo mais sustentável

Por Daniela Chiaretti | De São Paulo

Ter políticas adequadas para estimular

biocombustíveis é uma das ferramentas

sugeridas por cientistas do mundo todo para

combater a crise climática. Há, contudo, riscos

ambientais e de segurança alimentar se não

forem adotadas boas práticas de produção. Essa

é uma das mensagens sobre bioenergia do

relatório sobre Clima e Terra do painel científico

das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês),

lançado ontem, em Genebra.

É a primeira vez que o Painel Intergovernamental

sobre Mudança Climática, o IPCC, produz um

relatório sobre clima e terra. No relatório, 100

cientistas de 52 países analisaram os estudos

internacionais mais recentes sobre mudança do

clima, desertificação, degradação dos solos,

manejo sustentável da terra, segurança

alimentar e fluxos de gases-estufa nos

ecossistemas territoriais.

A recomendação é que a produção agrícola terá

que ser mais sustentável se os países quiserem

limitar o aquecimento da temperatura a bem

menos de 2ºC até o fim do século, como está no

Acordo de Paris. As emissões de gases-estufa

relacionadas à agricultura e ao uso do solo

respondem por 22% do total global. Cortar só as

emissões de combustíveis fósseis não será

suficiente para combater a crise do clima.

"Um dos destaques do relatório é que bioenergia

e tecnologias de captura e estocagem de carbono

de bioenergia têm enorme potencial", diz Marcelo

Moreira, pesquisador e sócio do instituto de

pesquisas Agroicone. Ele se refere às chamadas

BEECS, tecnologia ainda sem viabilidade

comercial, mas que pode capturar carbono na

produção de biocombustíveis e torná-los mais

eficientes.

O relatório aponta o risco da bioenergia se for

mal produzida. Basicamente, usar muita terra

para produzir biocombustíveis pode significar

uma competição com a produção de alimentos

em um mundo de 10 bilhões de habitantes em

2050. Pode também ocorrer degradação de solos

e de recursos hídricos, e ter outras

consequências ambientais.

"É evidente que a produção de biocombustíveis

não deve gerar desmatamento e não se deve

incentivar produção ineficiente e desenfreada",

destaca Moreira. "Cana-de-açúcar é a cultura

mais eficiente em produção de energia por

hectare. Também é sabido que mais de 80% das

áreas de cana-de-açúcar no Brasil estão em

regiões onde a vegetação nativa aumentou nos

últimos dez anos", diz nota do Agroicone à

imprensa.

Moreira diz, ainda, que a política nacional de

biocombustíveis conhecida por RenovaBio "tem

causado profunda transformação de

comportamento entre produtores de bioenergia.

Ao colocar na mesa a possibilidade de receitas

pela boa gestão ambiental, usinas estão

investindo em sustentabilidade".

Bioenergia foi um dos temas polêmicos da

conclusão do relatório do IPCC, assim como a

produção e consumo de carne. O IPCC não

produz ciência, mas compila os estudos

produzidos internacionalmente sobre a temática.

"O problema é que alguns estudos não

diferenciam boas e más práticas de produção e

embaralhavam os resultados", diz Moreira. "E

então a produção de bioenergia pode, em vez de

combater a mudança do clima, ter efeito

contrário."

https://www.valor.com.br/agro/6384173/ipcc-

quer-campo-mais-sustentavel

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Fernando Abrucio: Discurso patriótico de

Bolsonaro segue caminho do sectarismo

Por Fernando Abrucio

A defesa do patriotismo é uma das marcas do

presidente Jair Bolsonaro em seu início de

governo. Essa ideia pode parecer "démodé" num

momento histórico marcado pela globalização.

Mas o senso patriótico continua sendo essencial

em dois sentidos: como elemento de agregação

dos cidadãos em torno de valores e crenças

comuns que dão sentido a uma nação, além de

ser peça-chave na defesa dos interesses

legítimos de cada país na ordem internacional.

A relevância desse sentimento, contudo, não

significa que qualquer forma de atuação em seu

nome seja correta e democrática. Se usado de

forma errada, o patriotismo deixa de ser remédio

e vira veneno. Fica, então, a questão: de que

modo o comportamento patriota pode produzir

efeitos positivos a um país? A resposta a essa

pergunta pode ajudar a avaliar melhor o modo

como Bolsonaro tem defendido sua atuação

patriótica.

Em sua forma benigna, o patriotismo tem de

responder a quatro objetivos. O primeiro diz

respeito à defesa dos interesses nacionais frente

aos demais países. O sucesso nesse quesito

vincula-se à capacidade de obter o máximo de

benefícios numa determinada ordem

internacional, o que exige entender a dinâmica

de poder em cada contexto.

No caso brasileiro, o entendimento de seu lugar

político, econômico e cultural é fundamental, pois

nossa história diplomática sempre foi bem-

sucedida quando conseguimos atuar mais

cooperando do que entrando em conflito.

Patriotismo, aqui, é defender o Brasil sem

aumentar nossos inimigos e ampliando os canais

de interlocução.

Um segundo objetivo que deveria comandar uma

liderança patriótica é saber separar o espaço

público do espaço privado. A Pátria não é a

extensão de uma família; ela é a representação

impessoal da nação. Por isso, idealmente, deve

ser comandada pelo princípio do mérito, com os

governantes patriotas escolhendo pessoas que

possam ser as melhores dentro de um campo

político. Um estadista tem de ter uma equipe que

vá além de seus próximos, amigos e

correligionários.

Elenca-se como terceiro aspecto positivo do

patriotismo a capacidade de unir uma nação.

Valores patrióticos são bons quando unem as

pessoas em torno de aspectos que congregam a

coletividade. Isso vale para eventos esportivos,

para festas populares e para a defesa de

princípios cívicos. Mas o ponto principal aqui é

evitar mobilizações e manifestações direcionadas

ao isolamento de grupos relevantes de uma

determinada sociedade.

Nesse sentido específico, cabe às lideranças

políticas atuar contra o acirramento do conflito

entre os compatriotas. Governar a pátria é

procurar, na medida do possível, encontrar

caminhos de juntar os diferentes.

O patriotismo contemporâneo, por fim, supõe sua

convivência com os valores e instituições

democráticas. Defender a pátria

democraticamente envolve respeitar a separação

dos Poderes e saber que a soberania popular está

contida num conjunto de estruturas políticas, e

não só no presidente.

Governantes que desrespeitam as regras do

jogo, colocam em questão a legitimidade dos

demais atores e, na pior das situações, adotam

caminhos autoritários só pensam no fundo em si

mesmos e no seu grupo, e não na nação. Isso é

o inverso do patriotismo, embora muitas

ditaduras tenham usado o discurso patriótico

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para se segurar no poder, como foi no

salazarismo ou no regime militar brasileiro.

Tomando como base esses critérios, como

entender o sentido do patriotismo defendido por

Bolsonaro? Para início de conversa, constata-se

que no plano internacional o ideal patriótico

proposto é perigoso.

O governo atual tem arranjado conflitos

desnecessários com organismos multilaterais e

organizações não governamentais internacionais

(ONGs), quando se pode ganhar muito mais com

parcerias, como a articulação do Mercosul com a

União Europeia. O Brasil é um "global player" no

plano econômico e, por isso, não pode adotar

posições minoritárias ou de confronto contra

consensos internacionais.

Na América do Sul, principal lugar brasileiro no

tabuleiro mundial, Bolsonaro tem cometido o

mesmo erro que o lulismo, só que com o sinal

ideológico contrário, apoiando candidatos em

outras eleições nacionais.

Isso está ocorrendo em relação à disputa

presidencial na Argentina, e mesmo que o nome

escolhido pelo bolsonarismo seja o vencedor, a

pretensa ação patriótica da política externa

brasileira poderá ser lida por boa parte dos

argentinos como um nacionalismo destemperado.

O pior acontecerá se o resultado for o inverso,

com a vitória de Cristina Kirchner. A lição que

fica aqui é que não devemos nos imiscuir na

definição dos governantes de outras nações.

As ações de política interna cada vez mais se

articulam com as relações internacionais e, nesse

ponto, o maior problema da era bolsonarista está

na questão ambiental. A ideia de que os

governantes e ONGs estrangeiros, quando não os

próprios "brasileiros antipatriotas", estão jogando

contra o Brasil, é um discurso pretensamente

patriótico, porque seu resultado vai contra os

interesses do país. Se o mundo acreditar que

estamos piorando nossa gestão do meio

ambiente, seremos penalizados em acordos

comerciais ou na ação dos consumidores. O

patriotismo de Bolsonaro não nos protegerá

quando perdermos dinheiro.

A defesa da pátria não combina com nepotismo,

a não ser em regimes ditatoriais unipessoais,

como as monarquias do Oriente Médio, a Coreia

do Norte e Cuba. Parece-me que não é esse o

caminho que os brasileiros querem trilhar. Neste

sentido, um dos maiores problemas do

presidente Bolsonaro é a sua relação mal

resolvida com a família, não só com os três

filhos, mas com o conjunto de mais de uma

centena de parentes que ganharam cargos

públicos nos últimos anos.

Todo esse patrimonialismo poderia ter ficado no

passado, nos postos do Legislativo. Mas

Bolsonaro que dar o "filé mignon" ao filho

Eduardo, com a embaixada brasileira nos Estados

Unidos. Isso é desnecessário porque a visão

política do bolsonarismo-raiz já domina a agenda

do ministro das Relações Exteriores. Além disso,

o zero-um e o zero-três tiveram votações

expressivas e poderiam representar as posições

políticas da família no Congresso sem precisar do

uso do nepotismo. Será que não existiriam outras

pessoas para defender a concepção patriótica

bolsonarista nos Estados Unidos?

Dividir continuamente o país definitivamente não

é uma boa forma de exercer o patriotismo. Todos

somos brasileiros, não importa a religião, o

gênero, a região de nascimento, muito menos o

candidato presidencial que cada um escolheu.

Bolsonaro foi eleito para governar para o

conjunto do país, e se fizer isso será um grande

patriota. Por essa razão, é preciso parar de

provocar minorias, fazer piadas de mau gosto

com nordestinos e pedir para que sejam

aniquilados os adversários. O pior é que

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regularmente são feitos atos como vingança,

contra a OAB, contra a imprensa e outros grupos,

um tipo de ação que não unifica a nação e,

portanto, é antipatriótica.

Alimentar a polarização, ademais, não resolverá

os problemas brasileiros e nem fará o

bolsonarismo crescer eleitoralmente. Esse tipo de

comportamento político é um apequenamento de

uma liderança que obteve uma enorme

legitimidade eleitoral. Daí vem uma questão

inevitável: que pátria Bolsonaro prometerá na

próxima eleição ao povo brasileiro, uma em que

só caiba aqueles que pensam como ele?

Fortalecer a democracia é uma das formas mais

importantes de patriotismo no mundo

contemporâneo. E a vida democrática, por

definição, é pluralista. Ora, todo o discurso

patriótico de Bolsonaro segue o caminho do

sectarismo. O presidente diz que fala para a

nação, mas exclui partes delas e pretende que

seu grupo seja o espelho para os demais.

Existem os "bons brasileiros" e os "patriotas", e

esses são apenas os que concordam com o

bolsonarismo. Há a "velha" e a "nova" política, e

esta última é composta por aqueles políticos e

amigos que fazem parte do governo e sua base

parlamentar - embora na hora da votação da

reforma da Previdência quem garantiu a vitória

foi o velho centrão, motivado pela nova forma de

distribuir emendas parlamentares.

Talvez o presidente só consiga ter referências de

patriotismo advindas de formas autoritárias de

poder, dado que seu modelo de boa governança

é o regime militar. Mas numa democracia só

pode haver atos patrióticos quando eles são

conjugados no plural, pois o caminho de uma

nação deve passar por muito diálogo e

negociação. Um líder em prol do patriotismo deve

conversar com todos e respeitá-los, mas parece

que Bolsonaro fala apenas para si e para os

próximos - e contra todos os outros. Assim, a

pátria deixa de ser um grande sonho coletivo

para se tornar somente um lugar destinado aos

escolhidos pelo rei - ou pela família real.

Se o presidente quer mesmo recuperar o

patriotismo como um valor orientador da ação

dos brasileiros, ele precisa urgentemente

incorporar e respeitar a todos em seu discurso,

inclusive e sobretudo aqueles que hoje discordam

do bolsonarismo. Do contrário, a fala de

Bolsonaro é apenas uma "fake news", que vende

a ideia de um Brasil para todos, mas que só vale

mesmo para o seu grupo sectário.

Fernando Abrucio, doutor em ciência política pela

USP e chefe do Departamento de Administração

Pública da FGV-SP, escreve neste espaço

quinzenalmente

E-mail: [email protected]

https://www.valor.com.br/cultura/6383361/ferna

ndo-abrucio-discurso-patriotico-de-bolsonaro-

segue-caminho-do-sectarismo

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Tatiana Salem Levy: Ailton Krenak,

Bolsonaro e o desmatamento da Amazônia

Por Tatiana Salem Levy

O governo Dilma já havia sido terrível para a

Amazônia e os povos indígenas. A usina

hidrelétrica de Belo Monte será uma mancha

eterna num governo do qual se esperava uma

obsessão menor pelo crescimento econômico que

depreda o nosso planeta e envenena a nossa

comida. O desmatamento da Amazônia cresceu

estupidamente naquela altura. Mas eis que, no

instante em que imaginávamos estar chegando

ao fundo do poço, descobrimos que o poço não

tem fundo. Se o governo Dilma foi terrível para a

Amazônia e os povos indígenas, não há palavra

para descrever a política de Bolsonaro. Terrível é

quase nada.

Uma área equivalente a mais de três campos de

futebol tem sido desmatada na Amazônia a cada

minuto. Invasões a terras indígenas têm sido

cada vez mais reportadas. No Amapá,

garimpeiros invadiram a aldeia Mariry,

assassinando o cacique Emyra Waiãpi. Deu no

"The New York Times", no "El País", no "Le

Monde", mas Bolsonaro não se incomoda. Ao

contrário, sente-se muito à vontade nesse papel

de herdeiro da colonização, que acredita que

floresta existe para ser desmatada e virar pasto

de gado cheio de hormônio, plantação de soja

transgênica e extração de minério. Eis o ápice de

um pensamento que propaga, desde o século

XVI, que as civilizações indígenas estão um passo

atrás na escala evolutiva e precisam ser

catequizadas, doutrinadas e controladas para

alcançarem um estágio superior.

E o pior é que nós crescemos aprendendo essa

ladainha na escola. Acreditando que quando os

portugueses aqui chegaram havia índios mas já

não há. Que índios são seres do passado e os

que sobraram devem ser assimilados para

trabalhar como garimpeiros em "suas" terras,

como afirmou o atual presidente. Que o Brasil é

incrível porque, sendo tão grande, consegue unir

todos seus habitantes com uma única língua.

Nunca aprendemos que há quase trezentas

línguas faladas no Brasil. Que os índios querem

continuar vivendo como índios. Que progresso

não é sinônimo de inteligência.

Aliás, podemos dizer que, muitas vezes, chega a

ser sinônimo de burrice. Desde quando destruir a

própria casa é sinal de brilhantismo? O

aquecimento global não é futuro distante nem

está prestes a acontecer, ele já é a nossa

realidade. Quem se lembra de um verão tão

quente na Europa? Gelo derretendo, nível dos

mares subindo e a gente ainda queimando

floresta, lançando dióxido de carbono nos ares,

mercúrio nas águas... De que outros exemplos

esse governo e seus apoiadores precisam para

entender que estão queimando a própria canoa?

Até quando os donos do Brasil vão continuar

odiando o Brasil?

Alguns meses atrás, por ocasião da mostra de

cinema "Ameríndia", realizada na Fundação

Gulbenkian, em Lisboa, tive a oportunidade de

assistir à conferência "Ideias para Adiar o Fim do

Mundo", de Ailton Krenak. Ailton esteve na Flip

no mês passado e acabou de lançar um livro com

esse título (pela Companhia das Letras). Quem o

ouviu falar talvez tenha pensado na mesma

canção que eu, na voz do Caetano: "Um índio

descerá de uma estrela colorida e brilhante. (...)

E aquilo que nesse momento se revelará aos

povos/ Surpreenderá a todos, não por ser

exótico/ Mas pelo fato de poder ter sempre

estado oculto/ Quando terá sido o óbvio."

Ailton nasceu em 1953 na região do rio Doce, em

Minas Gerais. Desde o início da década de 80,

tem se dedicado ao movimento indígena, sendo

um dos fundadores da União das Nações

Indígenas (UNI) e da Aliança dos Povos da

Floresta. Ailton, pertencente à tribo Krenak, ficou

conhecido pelo seu discurso na tribuna, durante a

Assembleia Constituinte em 1987, quando pintou

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o rosto de preto com a tinta do jenipapo para

protestar contra o retrocesso na luta pelos

direitos dos índios.

Ao ouvi-lo no Instituto de Ciências Sociais da

cidade que outrora foi o berço colonizador, de

onde saíram as caravelas que levariam o chumbo

e os vírus que mataram a extensa maioria das

tribos indígenas do Brasil, era impossível não

ficar comovida. Não pensar no poema de Oswald

de Andrade: "Quando o português chegou/

Debaixo de uma bruta chuva/ Vestiu o índio/ Que

pena!/ Fosse uma manhã de sol/ O índio tinha

despido/ O português." Ou no aquecimento

global, na destruição avassaladora da Terra, na

estupidez e na tristeza que é sermos nós, "seres

evoluídos", a destruir não só a nossa casa, mas

também a casa dos outros.

Ailton tem ideias para adiar o fim do mundo,

porque viu seu mundo ser destruído séculos

atrás. Apesar do extermínio de centenas de

tribos que aqui viviam, os índios resistem, re-

existem, afirmam-se enquanto tais. Têm muito a

ensinar aos brancos que estão prestes a ver o

seu mundo acabar.

Ainda não li "Ideias para Adiar o Fim do Mundo",

mas aconselho vivamente uma ida às livrarias

em busca de um exemplar do livro "Ailton

Krenak", da série "Encontros", da Azougue

Editorial, que reúne uma série de entrevistas e

depoimentos com o líder indígena, de 1984 a

2013. A partir dos textos compilados,

entendemos a relação entre os índios e a política

no Brasil desde a retomada da democracia até o

governo Dilma. Percebemos de que forma a

identidade do índio foi esvaziada. E encontramos

muitas pérolas para o mundo contemporâneo,

frases "óbvias" como: "Para continuar sendo os

países mais ricos do mundo, precisa ter mundo!"

Ailton mostra como o governo brasileiro nunca se

dirigiu aos povos indígenas como nações, com o

intuito constante de assimilá-los. A partir da

Segunda Guerra, começou a vigorar a leitura de

que "os índios, enquanto seres estranhos à

nacionalidade, precisavam ser rigorosamente

vigiados, porque eram potenciais inimigos

internos." Ailton comenta como a elite brasileira

ficava incomodada com que o mundo visse o

Brasil na cara do Raoni, pois há mais de 500

anos vem vendendo o retrato do branco. Diz ele:

"pessoal da senzala, das malocas, não pode sair

por aí se exibindo de tanga, botoque e cocar. O

incômodo é tão grande para uma parte da elite

brasileira que é mais ou menos como se vocês

estivessem exibindo um segredo de família para

o público."

Temos muito a aprender com os índios. Desde

como educar crianças em contato com a

natureza, livres, até o entendimento de que "o

cosmos é um lugar só", passando por uma

política que se baseia em alianças afetivas. É

certeira a sua percepção: "As alianças políticas

possibilitam coisas constrangedoras, como um

presidente da República que gostaria de matar

seu vice-presidente ou um vice-presidente que

adoraria explodir uma bomba no avião do

presidente." A cultura indígena não se funda na

escrita, mas os índios sabem ler o mundo como

ninguém, porque nunca se dissociaram da terra e

seus sinais. Numa entrevista de 1991 para o

"Jornal do Brasil", ele diz: "depois de ter

desenvolvido toda a tecnologia nuclear, de os

homens terem descoberto que podem construir

um míssil que captura outro míssil, será que não

ocorre a eles que era mais fácil não fazer míssil

nenhum? Essa ideia do míssil que caça míssil

para mim é o exemplo de uma civilização

superespecializada em fazer nada." Nós somos os

loucos que jogam "bombas para cima, pensando

que vão flutuar, sem perceber que irão explodir

nas suas [nossas] cabeças".

Faz mais de 500 anos que no Brasil estamos nos

distanciando de nossa ancestralidade. Agora é

hora de parar para ouvir o índio que está

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Grupo de Comunicação

descendo de uma estrela colorida e brilhante

para nos revelar o óbvio.

Tatiana Salem Levy, escritora e pesquisadora da

Universidade Nova de Lisboa, escreve neste

espaço quinzenalmente

E-mail: [email protected]

https://www.valor.com.br/cultura/6383357/tatia

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