língua, linguagem e linguística (3)

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Língua, Linguagem e Linguística Profa. Alinne Santana Ferreira

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Page 1: Língua, Linguagem e Linguística (3)

Língua, Linguagem e Linguística

Profa. Alinne Santana Ferreira

Page 2: Língua, Linguagem e Linguística (3)

Afinal, o que é língua e linguagem?

Disponível em: tempodecrescertempodeaprender.blogspot.com

Page 3: Língua, Linguagem e Linguística (3)

Em Inglês –

language – tanto

para língua como

para linguagem.

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E linguística?

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Alguns conceitos de lingua(gem)

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Edward Sapir (1929)

O A linguagem é um método

puramente humano e não

instintivo de se comunicarem

ideias, emoções e desejos

por meio de símbolos

voluntariamente produzidos.

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Bloch e Trager (1942)

OUma língua é um sistema de

símbolos vocais arbitrários

por meio dos quais um grupo

social co-opera.

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Hall (1968)

O A lingua(gem) é a instituição pela

qual os humanos se comunicam

e interagem uns com outros por

meio de símbolos arbitrários

orais-auditivos habitualmente

utilizados.

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Robins (1979)

O A lingua(gem) constitui sistema

de símbolos baseados em

convenções puras ou arbitrárias.

Há flexibilidade e adaptalidade

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Noam Chomsky O (1957) A linguagem é um conjunto

(finito e infinito) de sentenças, cada uma finita em seu comprimento e construída a partir de um conjunto finito de elementos.

O (2000) A linguagem é um componente da mente/cérebro humanos especificamente dedicada ao conhecimento e uso da língua. A faculdade da linguagem é o órgão da linguagem. A língua é, então um estado dessa faculdade.

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Mikhail Bakhtin

O Para Bakhtin (1995), a verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. Em outras palavras, a interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua.

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Resumindo...

O Linguagem como representação do

pensamento e do conhecimento;

O Linguagem como um código para a

comunicação;

O A lingua(gem) puramente e humana e

construída culturalmente;

O Linguagem como construção e ação

interativa.

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História da linguística

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O Remontam ao século IV a. C. os primeiros estudos.

O Inicialmente razões religiosas – hindus.

O Gregos – definir relações entre conceito (significado) e palavra que o designa

O Latinos – Varrão (116-127 d.C) -> gramática da latim (etimologia, flexão e organização das palavras em enunciados).

O Idade Média – a estrutura gramatical das línguas é uma e é universal.

O Século XVI – tradução dos livros sagrados em numerosas línguas, apesar de manter-se o prestígio do latim como língua universal.

O Surge o mais antigo dicionário poliglota – do italiano Ambrosio Calepino.

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O Séculos XVII e XVIII – 1660 a gramática de Port Royal, de Lancelot e Arnaud, demonstra que a linguagem se fundamenta na razão, é a imagem do pensamento e que, portanto, os princípios de análise estabelecidos não se prendem a uma língua particular, mas serve a toda e qualquer língua.

O O conhecimento de um número maior de línguas provoca, no século XIX, o interesse pelas línguas vivas, pelo estudo comparativo dos falares (FALA).

O Surge o método histórico que possibilita as gramáticas comparadas e da linguística histórica (DIACRONIA).

O A língua é dinâmica, ou seja, as línguas se transformam com o tempo, independentemente da vontade dos homens.

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O Franz Bopp (1816) – publica obra sobre o

sistema de conjugação do sânscrito,

comparado ao grego, ao latim, ao persa e

ao germânico – considerada o marco do

surgimento da Linguística Histórica.

O Percebeu-se a relação de parentesco entre

estas línguas e as européias, família indo-

européia.

O Mudanças, ao longo do tempo, na língua

falada implicaram na diferenciação das

línguas - Exemplo: Latim deu origem ao

português, espanhol, italiano, francês.

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O Início do século XX, com a divulgação

dos trabalhos de Ferdinand de

Saussurre – a Linguística passa a ser

reconhecida como estudo científico.

O Estudos linguísticos estão centrados

na observação dos fatos de

linguagem.

O Observação dos fatos anterior ao

estabelecimento de uma hipótese.

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Linguística como ciência da linguagem

O “A linguística é normalmente definida como a ciência da linguagem, ou alternativamente, como estudo científico da linguagem”. (Lyons, 1981, p.45)

O A Linguística é uma ciência que se presta a estudar a linguagem humana. Entretanto, ela não se confunde com o estudo dos diferentes idiomas, nem com o estudo tradicional da gramática. A Linguística busca investigar, explicar e descrever os fatos linguísticos. (Sousa e Medeiros, 2012, p.09)

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Mattoso Câmara Jr. (História da linguística, 1975)

O Fatores Sociais e Culturais que despertaram a

humanidade para o estudo da linguagem:

O 1º - Estudo do certo e do errado (Gramática

Normativa);

O 2º - Estudo da Língua Estrangeira;

O 3º - Estudo filológico da Linguagem;

O 4º - Estudo Lógico da Linguagem;

O 5º - Estudo Biológico da Linguagem;

O 6º - Estudo Histórico da Linguagem;

O 7º - Estudo Descritivo da Linguagem.

Objeto de

estudo da

linguística

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Sausurre (Curso de Linguística Geral – 1916)

O “A matéria da Linguística é constituída inicialmente por todas as manifestações da linguagem humana”. [2006(1916, p.13)]

O “A linguagem tem o lado individual e um lado social, sendo impossível perceber um sem o outro.” [2006(1916, p.16)]

O Estudo histórico + Estudo descritivo da lingua(gem).

O CONCEITO (significado) e IMAGEM ACÚSTICA (significante)

O SEMIOLOGIA: em que consistem os signos e que lei os regem.

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Descrição ou Prescrição? O PRESCREVER: recomendar uma norma de

comportamento GRAMÁTICA NORMATIVA

O DESCREVER: “a descrição linguística, como a

própria palavra já indica, consiste em descrever a

língua sem, no entanto, receitar ou indicar o que

seria bom ou ruim, o que seria correto ou

incorreto” (Sousa e Medeiros, 2012, p.12)

LINGUÍSTICA COMO CIÊNCIA

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Linguística e o Ensino da Língua

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“O homem sentiu sempre – e os poetas

frequentemente cantaram – o poder

fundador da linguagem, que instaura

uma sociedade imaginária, anima as

coisas inertes, faz ver o que ainda não

existe, traz de volta o que

desapareceu.”

Émile Benveniste