linfadenopatias cervicais na infância

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LINFADENOPATIAS CERVICAIS ETIOLOGIAS, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL & TERAPÊUTICA Internato de Pediatria - HMMC Prof: Maria Aparecida Ribeiro Leite Interno: Dario Hart Signorini

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Etiologias, Diagnóstico Diferencial e Tratamento das principais causas de linfadenopatias e linfadenites cervicais na infância.

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Page 1: Linfadenopatias cervicais na infância

LINFADENOPATIAS

CERVICAIS

ETIOLOGIAS, DIAGNÓSTICO

DIFERENCIAL & TERAPÊUTICA

Internato de

Pediatria - HMMC

Prof: Maria Aparecida Ribeiro Leite

Interno: Dario Hart Signorini

Page 2: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos cervicais palpáveis:

Na maioria dos casos:

Ocasionalmente:

INTRODUÇÃO

Page 3: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos cervicais palpáveis:

• Extremamente comuns na infância.

• Presentes em até 38 a 45% das crianças normais

Na maioria dos casos:

Ocasionalmente:

INTRODUÇÃO

Page 4: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos cervicais palpáveis:

Na maioria dos casos:

• Processo Infeccioso Local

• Processo Infeccioso Generalizado

Ocasionalmente:

INTRODUÇÃO

Page 5: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos cervicais palpáveis:

Na maioria dos casos:

Ocasionalmente:

• Neoplasia

• Auto-imunidade

• Distúrbio Metabólico

INTRODUÇÃO

Page 6: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfadenopatia cervical

Linfonodos cervicais

> = de 1 cm de diâmetros

DEFINIÇÃO

Page 7: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfadenopatia ou adenopatia:

• Aumento e/ou inflamação do linfonodo.

Linfadenite ou adenite:

• Aumento E Inflamação do linfonodo.

Hiperplasia reacional

• Maior causa de Linfadenopatia na pediatria.

Mais que 80% das adenites cervicais envolvem cadeia submandibular e/ou cervical posterior.

CONCEITOS

Page 8: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfadenopatiacervical

Doença Benigna

Doença Maligna

IMPORTÂNCIA MÉDICA

Page 9: Linfadenopatias cervicais na infância

Localização:

Superficiais x Profundos

Fisiopatologia:

ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr

Health Care. 2004;18(1):3-7.

Page 10: Linfadenopatias cervicais na infância

Localização:

• Cabeça e Pescoço (ex: Faringoamigdalite bacteriana)

• Doença Sistêmica(Ex: Mononucleose Infecciosa)

Superficiais x Profundos

Fisiopatologia:

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr

Health Care. 2004;18(1):3-7.

ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA

Page 11: Linfadenopatias cervicais na infância

Localização:

Superficiais x Profundos

• Linfonodos superficiais = Injúrias epiteliais (Mucosas oral e nasal, pele)

• Linfonodos profundos =Injúrias mais centrais( Orelha média, Faringe Posterior)

Fisiopatologia:

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr

Health Care. 2004;18(1):3-7.

ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA

Page 12: Linfadenopatias cervicais na infância

Localização:

Superficiais x Profundos

Fisiopatologia:

• Proliferação normal de células imunes(Ex: APCs Linfócitos B e T)

• Infiltração por células extrínsecas (Ex: Neutrófilos e Céls malignas)

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr

Health Care. 2004;18(1):3-7.

ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA

Page 13: Linfadenopatias cervicais na infância

CADEIAS LINFONODOS

Page 14: Linfadenopatias cervicais na infância

ANAMNESE & EXAME FÍSICO

Page 15: Linfadenopatias cervicais na infância

Evolução , Lateralidade, Tamanho:

•Agudo x Crônico

•Unilateral x Bilateral

•Cresceu?Diminuiu?

Sintomas Associados

•Dor, Perda de peso, febre, artralgia, conjuntivite, rash

Contatos com pessoas doentes:

• Infecção respiratória viral(Rhinovirus, adenovirus)

•CMV, EBV, Strepto B-hem grupo A(GAS em inglês)

•TB

Infecção Alimentar:

•Leite não pasteurizado. (Brucelose, M. bovis)

•Carne mal cozida (Toxoplasmose)

ANAMNESE

Page 16: Linfadenopatias cervicais na infância

Problemas dentais:

•Anaeróbios

Lesões na pele/Trauma:

•S aureus, GAS, arranhadura do gato

Exposição animal:

•Arranhadura do gato e Toxoplasmose (Gatos)

•Brucelose (Caprinos)

ANAMNESE

Page 17: Linfadenopatias cervicais na infância

Carteira Vacinação:

• Difteria, Sarampo e Rubéola

Medicações:

• Fenitoína, Carbamazepina

Localização geográfica e Viagens:

• Tuberculose

ANAMNESE

Page 18: Linfadenopatias cervicais na infância

Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento

Cadeias linfonodais:

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.

EXAME FÍSICO

Page 19: Linfadenopatias cervicais na infância

Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento

• Tuberculose

• Malignidade

• Imunodeficiência

Cadeias linfonodais:

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.

EXAME FÍSICO

Page 20: Linfadenopatias cervicais na infância

Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento

Cadeias linfonodais:

• Única, Local

• Múltiplas, Generalizada

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.

EXAME FÍSICO

Page 21: Linfadenopatias cervicais na infância

Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento

Cadeias linfonodais:

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.

• Medir tamanho para comparações futuras.

• Flogose

• Mobilidade & Consistência

• Flutuação & Confluência

EXAME FÍSICO

Page 22: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos Reativos

Linfonodos Infectados:

Linfonodo Maligno

EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL

Page 23: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos Reativos

• Pequenos, multíplos, movéis e fibroelásticos.

Linfonodos Infectados:

Linfonodo Maligno

EXAME FÍSICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL

Page 24: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos Reativos

Linfonodos Infectados:

• Isolados,únicos, assimétricos, sinais flogísticos

• Flutuação

• Menor mobilidade

Linfonodo Maligno

EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL

Page 25: Linfadenopatias cervicais na infância

Linfonodos Reativos

Linfonodos Infectados:

Linfonodo Maligno

• Duros

• Fixos e/ou aderidos

• Grandes ou Crescimento progressivo.

EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL

Page 26: Linfadenopatias cervicais na infância

VÍDEO - BATES

Page 27: Linfadenopatias cervicais na infância

PRINCIPAIS ETIOLOGIAS

Page 28: Linfadenopatias cervicais na infância

Em crianças e adolescentes:

•75% - Infecciosas e/ou Inflamatórias

•>20% - Alteração desenvolvimento embrionário

•Cistos, Lifangiomas e Hemangiomas

•>5% Neoplasias

ETIOLOGIAS PEDIÁTRICAS

Page 29: Linfadenopatias cervicais na infância

ETIOLOGIAS - INFECCIOSAS

Infeccção Agente/Doença

Bacterias Staphylococcus aureus

Streptococcus β-hemolítico do grupo-A

Anaeróbios

Difteria

Doença da arranhadura do gato

Micobactérias atípicas

Tuberculose

Vírus Infecções virais de vias aéreas superiores

Epstein-Barr vírus, Citomegalovirus

Rubéola

Varicella-zoster vírus

Herpes simplex

Coxsackievirus

HIV

Protozoários Doença de Chagas

Toxoplasmose

Parasitas Miíase

Pediculose

Fungos Paracocidiodomicose

Histoplasmose

Page 30: Linfadenopatias cervicais na infância

Faixa Etária Micro-organismos

Neonatos • Staphylococcus aureus

• Streptococcus do grupo B

(Streptococcus agalactiae)

Até 1 ano • Staphylococcus aureus

• Streptococcus do grupo B

(Streptococcus agalactiae)

1 a 4 anos • Staphylococcus aureus

• Strepto β– hemolítico do grupo A

• Micobactéria atípica(M Avium)

5 a 15 anos • Bactérias anaeróbicas

• Toxoplasmose

• Doença da arranhadura do gato

• Tuberculose

Etiologias – Faixa Etária

Page 31: Linfadenopatias cervicais na infância

A mais comuns - Autolimitadas

Vírus VAS

•Rhinovirus, Adenovírus e etc.

• Inflamação de garganta, rinorréia, congestão nasal, tosse

Linfonodo:

•Pequeno, elástico, móvel, sem flogose

GAS (Streptococcus grupo A):

•Faringites

Outras:

Faringite pelo Mycoplasma pneumoniae

Gengivoestomatite herpética

EBV e CMV

•Mais associados à forma generalizada e subaguda /crônica

FORMA AGUDA BILATERAL

Page 32: Linfadenopatias cervicais na infância

S.aureus e GAS

•40-80% * < 05 anos

•História de impetigo e/ou infecção de pele

•Febre, taquicardia, mal-estar, sem toxemia

•Linfonodos 3-6cm, com flogose, menos móvel, + - flutuação(até 30%)

FORMA AGUDA UNILATERAL

Page 33: Linfadenopatias cervicais na infância

Streptococcus grupo B

•Lactentes

•Manifestação tardia da infecção(3ª - 7ª semana)

•Febre, irritação, recusa alimentar

•Eritema facial/inchaço submandibular, margens mal definidas

•Bacteremia

FORMA AGUDA UNILATERAL

Lactente com adenite por GBS;

Medical Discussion Forum

Page 34: Linfadenopatias cervicais na infância

Anaeróbios

•Crianças mais velhas com afecções dentárias

Tularemia

•Francisella tularensis

•Animais infectados (coelhos, hamster) ou mordedura de artrópodes (ácaros)

•Lesão papular na área do linfonodo inflamado

FORMA AGUDA UNILATERAL

Page 35: Linfadenopatias cervicais na infância

EBV e CMV

•Mononucleose ou “Mono-like”

•Febre, faringite exsudativa, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia

•Predomínio de linfócitos – linfócitos atípicos > 10%

•Toxoplasmose, HIV, Sífilis, Tuberculose

FORMA BILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA

Atípia Linfocitária – Cél de Downy

Page 36: Linfadenopatias cervicais na infância

Micobactéria não tuberculosa – NTM

•Complexo Mycobacterium avim

•Aumento + insidioso(semanas)

•Submandibular

•Róseo violáceo

•Dor e febre são incomuns

•Drenagem purulenta + tardia

FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA

Page 37: Linfadenopatias cervicais na infância

Arranhadura do gato•Bartonella henselae(Bartonellose)

•Nódulo satélite quente e eritematoso

•Pápula no local da inoculação

•Febre e sintomas sistêmicos em30% por 4-6 semanas –adenopatia por meses (pode supurar)

FORMA UNILATERAL

SUBAGUDA/CRÔNICA

Sd. Parinaud:

Conjuntivite

Adenite ipsilateral(submandibular

ou periauricular)

Page 38: Linfadenopatias cervicais na infância

Tuberculose

• Extensão de nódulos peritraqueais(submandibulares) ou pleura apical (supraclaviculares)

• Coalescência e Fistulização

• Emagrecimento

FORMA UNILATERAL OU BILATERAL

SUBAGUDA/CRÔNICA

http://www2.bago.com.bo/sbp/revista_ped/vol41_2/imagenes/Image10.jpg

Page 39: Linfadenopatias cervicais na infância

Toxoplasmose

•Toxoplasma gondii

•Congênita

•Adquirida * assintomática ou mono-like

•* benigna e auto-limitada

•Adenite discreta não supurativa, persistente (meses)

•Cadeias Cervicais Posteriores

FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA

Source: Patrick Hickey, MD, FAAP, DTMH, and

Michael Rajnik, MD

Page 40: Linfadenopatias cervicais na infância

Paracoccidioides brasiliensis – Forma aguda/subaguda

•Tipo Juvenil- Pico com 10-20 anos

•Área agrícola – Transmissão Aérea

•Instalação em 4-12 semanas

Quadro Clínico:

•Linfadenomegalia multípla

•Manifestações digestivas

•Hepatoesplenomegalia

•Ósteo-articular (Ex: Clavículas)

•Lesões cutâneas

OUTRAS CAUSASPARACOCCIDIODOIMICOSE

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Page 41: Linfadenopatias cervicais na infância

Pacientes em uso de Fenitoína

• Reação Linfonodal multípla

• Aspecto Reacional

• Melhora gradativa com a descontinuidade da droga

• Outras drogas: Carbamazepina, alopurinol, atenolol, penicilinas, cefalosporinas, pirimetaminae sulfonamidas

OUTRAS CAUSASMEDICAMENTOSA

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3):297-310, mai-jun, 200

Page 42: Linfadenopatias cervicais na infância

Tumores Cabeça e Pescoço

Até 6 anos de vida:

Após os 6 anos:

ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Page 43: Linfadenopatias cervicais na infância

Tumores Cabeça e Pescoço

•25% dos tumores malignos na infância

Até 6 anos de vida:

Após os 6 anos:

ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Page 44: Linfadenopatias cervicais na infância

Tumores Cabeça e Pescoço

Até 6 anos de vida:

•Neuroblastoma

•Leucemias Agudas

•Rabdomiossarcoma

•Linfoma não-Hogdkin.(Linfoma de Burkitt)

Após os 6 anos:

ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Page 45: Linfadenopatias cervicais na infância

Tumores Cabeça e Pescoço

Até 6 anos de vida:

Após os 6 anos:

•Linfoma de Hogdkin é o mais frequente

•Linfoma não-Hogdkin

•Rabdomiossarcoma

ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Page 46: Linfadenopatias cervicais na infância

Sinais de Alerta:

•Palidez ou anemia ou pancitopenia

•Febre persistente

•Emagrecimento

•Hepatoesplenomegalia

•Gânglios: Aderidos a planos profundos ou à pele, coalescentes, endurecidos, supraclaviculares

•Envolvimento mediastinal em RX/TC de Tórax

SUSPEIÇÃO MALIGNIDADE

Tracy TF Jr, Muratore CS. Management of common head and neck masses. Semin Pediatr Surg. 2007;16(1):3-13.

Page 47: Linfadenopatias cervicais na infância

Associação EBV e Tumores:

• Linfoma de BurkittPop Africana Subsaariana

• Carcinoma de Nasofaringe Pop Asiática e Alasca

CURIOSIDADE HISTÓRICA

Denis Burkitt, cirurgião que trabalhava em Uganda, descreveu pela primeira vez um linfoma que incidia de maneira endêmica em certas regiões da África, acometendo principalmente crianças

Page 48: Linfadenopatias cervicais na infância

DIAGNÓSTICO

DIFERENCIAL

Page 49: Linfadenopatias cervicais na infância

LinfadenopatiaCervical

Local ou Generalizada

Aguda

(Dias)

Unilateral

Bilateral

Crônica

(Semana à meses)

Unilateral

Bilateral

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Anamnese + Exame físico

Clínica Associada

Cronologia

Apresentações Clínicas

Localização

Page 50: Linfadenopatias cervicais na infância

Apresentação Comum Incomum

Aguda Bilateral Rhinovirus e Adenovirus

Enterovirus

EBV & CMV

HSV

M. pneumoniae

Group A streptococcus

Roseola

Parvovirus B19

Aguda unilateral Staphylococcus aureus

Group A streptococcus

Anaerobic bacteria

Group B streptococcus

Tularemia

Alpha streptococcus

Pasteurella multocida

Yersinia pestis

Crônica Unilateral Nontuberculous Mycobacterium

Cat scratch disease

Toxoplasmosis

Tuberculosis

Actinomycosis

Crônica Bilateral Epstein-Barr virus

Cytomegalovirus

HIV

Toxoplasmosis

Tuberculosis

Syphilis

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Page 51: Linfadenopatias cervicais na infância

1) Aguda Bilateral: Auto-limitada(viral)

Doença leve

•Suporte Sintomático

•Acompanhar evolução

Severa, progressiva ou persistente

•Febre; > 6-8 semanas, sem melhora ou com piora, solicitar:

Exames:

• HC (contagem de células)

• VHS/PCR

• TGO e TGP

• Hemocultura

• PPD

• Sorologia (EBV, CMV, HIV e conforme epidemiologia)

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

Page 52: Linfadenopatias cervicais na infância

2) Aguda Unilateral:

Leve

• Acompanhar

Moderada

• Febre, sem flutuação

• PAAF – Gram e cultura; BAAR

• Hemocultura

• Cultura de exsudato de pele e garganta (não confirma GAS)

• Cultura – não exclui anaeróbios

Grave

•Febre, toxemia, flutuação + - celulite

•Hemocultura

•US (suspeita de abscesso)

•Drenagem Gram e cultura – incluir micobactéria e fungo

•Biópsia Excisional

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

Page 53: Linfadenopatias cervicais na infância

3) Subaguda/crônica:

•VHS e PCR

•PPD

•5-15mm – NTM ou TB

•> 15mm – TB

•Considerar aspecto e evolução

•Sorologias – B. henselae, tularemia, toxoplasmose

•Não definição: Biópsia excisional

Indicação de Biópsia:

• Ausência de resposta terapêutica

• Adenite supraclavicular ou escalênica(Cervical Profunda)

• Adenite de crescimento rápido

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

Diagnostic approach to and initial treatment of cervical lymphadenitis in

children; 2011 UpToDate.

Page 54: Linfadenopatias cervicais na infância

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

Biópsia Adequada

•Nunca biopsiar o linfonodo mais acessível, a não ser que seja o

mais comprometido do ponto de vista clínico;

•Havendo possibilidade de escolha, evitar a biópsia de linfonodos cervicais de cadeia profunda, minimizando a morbidade do procedimento;

•Retirar o linfonodo inteiro e reparti-lo em duas metades para fazer imprints (decalques) em lâminas;

• Enviar o material para o exame histopatológico com o pedido

corretamente preenchido, com todas as informações clínicas e os resultados de exames laboratoriais.

Page 55: Linfadenopatias cervicais na infância

SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA

POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares

Page 56: Linfadenopatias cervicais na infância

SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA

POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

•Lesões infecciosas do couro cabeludo, orelha externa, toxoplasmose e outras Mono-like

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares

Page 57: Linfadenopatias cervicais na infância

SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA

POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

•Orelha Externa ipsilateral

•Subluxação de articulação têmporo-mandibular

•Afecção da Parótida

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares

Page 58: Linfadenopatias cervicais na infância

SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA

POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

•Orofaringe

•Neoplasias laríngeas e tireoideanas,

•Hemopatias malignas,

•Granulomatoses: Sarcoidoses e Tuberculose

Submentonianos e Submandibulares

Page 59: Linfadenopatias cervicais na infância

SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA

POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares

•Odontológicos e Orofaringe

•Lesões inflamatórias/neoplásicas de língua, lábios e glândulas salivares

•Paracoccidioidomicose

Page 60: Linfadenopatias cervicais na infância

Caxumba

•O edema da parótida

•Pode cruzar o ânguloda mandíbula.

OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

Cisto Tireoglosso(Mais comum)

• Porção Medial do pescoço

• Cisto movel à mobilização da língua

Cisto Dermóide

• Em geral mais sólido-cístico.

• Calcificações à radiografia

• Cisto Imóvel à mobilização.

Cistos Branquiais(Raro)

• São encontrados na região pré-auricular (anomalias da primeira fenda branquial)

• Na borda anterior do M. ECOM(anomalias da segunda, terceira e quarta fendas branquiais).

Page 61: Linfadenopatias cervicais na infância

RESUMINDO

Page 62: Linfadenopatias cervicais na infância

TRATAMENTO

Page 63: Linfadenopatias cervicais na infância

Aguda bilateral:

• Acompanhar evolução – Tratamento conservador

• Doença severa, persistente ou progressiva – pesquisar e tratar conforme etiologia

Aguda unilateral:

• Leve

• Acompanhar

• Moderada

• ATB VO

• Grave

• ATB EV + drenagem cirúrgica

TRATAMENTO INICIAL

Page 64: Linfadenopatias cervicais na infância

VO empírico: 10 a 14 dias

• Cefalexina 25-100mg.kg.dia 6x6h (máx. 4g)

• Clindamicina 30mg.kg.dia 6x6 ou 8x8h (máx. 1.8g)

• MRSA ou anaeróbios

• Resposta 1ªs 24-48 horas

• Se não responder – PAAF e/ou drenagem

AGUDA UNILATERAL MODERADA

Page 65: Linfadenopatias cervicais na infância

EV empírico:

•Cefazolina50-100mg.kg.dia 8x8h (máx. 6g)

•Oxacilina150mg.kg.dia 6x6h (máx. 12g)

•Clindamicina40mg.kg.di(máx. 4.8g)

•Associar Vancomicina se há ameaça à vida da criança

Troca para VO

•Melhora clínica e laboratorial - PCR/VHS

•Completar 10-14 dias

Falha terapêutica

•Considerar outras causas

• Incluir não-infecciosas: Neoplasicas, Metabólicas e Auto-imunes

AGUDA UNILATERAL SEVERA

Page 66: Linfadenopatias cervicais na infância

Subaguda/Crônica:

Doença da arranhadura do gato/Bartonellose

• Caso suspeito não confirmado:

•Mesmo tratamento da forma aguda unilateral

• Caso confirmado:

•Auto-limitado

•Azitromicina, rifampIcina, gentamicina

Mycobacteria Atipica

• Macrolídeo (Azitro ou claritromicina) + Etambutol/Rifabutina – quando excisão não é possível

• Excisão cirúrgica – tratamento de escolha

• Incisão + drenagem é contra-indicado pela grande chance de fistulização crônica

TRATAMENTO INICIAL

Page 67: Linfadenopatias cervicais na infância

Etiologia incerta; 6-8 semanas sem resposta

•Sorologias - EBV, CMV, HIV, Histoplasmose, paracoccidioidomicose, toxoplasmose, brucelose

•PAAF E Culturas

•Radiografia e TC de tórax

•Biópsia Excisional

TESTES ADICIONAIS

Page 68: Linfadenopatias cervicais na infância

Remissão total em semanas na maioria

Reativação

•Predisposição à infecções

•Fonte não tratada (abscesso dentário)

Complicações

•Doença disseminada (micobactéria)

•Celulites e abscessos

•GNDA (GAS)

PROGNÓSTICO

Page 69: Linfadenopatias cervicais na infância

1. Matos,LLD et al . Linfadenopatia cervical na infância: et iologia, diagnóst ico

diferenciale terapêutica: [revisão] Arq. bras. ciênc. saúde;35(3) , set -dez.

2010.

2. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr

Health Care. 2004;18(1) :3 -7.

3. Etiology and cl inical manifestations of cervical lymphadenit is in chi ldren;

Swanson, S.D.; 2011 UpToDate.

4. Diagnostic approach to and init ial treatment of cervical lymphadenit is in

chi ldren; ; Swanson, S.D.; 2011 UpToDate.

5. Consenso em paracoccidioidomicose -

http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v39n3/a17v39n3.pdf

BIBLIOGRAFIA

Page 70: Linfadenopatias cervicais na infância
Page 71: Linfadenopatias cervicais na infância

QR CODESApresentação

UptoDate

Artigo de Revisão

Vídeo