lideranÇa roberto carneiro, ucp projecto fénix (2ª edição) ucp-porto, 11 de janeiro de 2012

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LIDERANÇA Roberto Carneiro, UCP Projecto Fénix (2ª edição) UCP-Porto, 11 de Janeiro de 2012

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Page 1: LIDERANÇA Roberto Carneiro, UCP Projecto Fénix (2ª edição) UCP-Porto, 11 de Janeiro de 2012

LIDERANÇA Roberto Carneiro, UCP

Projecto Fénix (2ª edição)UCP-Porto, 11 de Janeiro de 2012

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LEITURA 1 A LIDERANÇA DE NUN’ÁLVARES PEREIRA

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"A Vida de Nuno Álvares”MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893

"Os homens, como a natureza os faz, podem repartir-se em duas grandes famílias: a dos que nascem para mandar e a dos que nascem para obededecer. Uns são pastores, outros rebanhos. Nuno Álvares nascera com o instinto do mando: e sem uma dúvida no seu pensamento, sem uma dúvida no seu coração, sem um remorso na sua memória: firme, inteiro, inquebrantável, intemerato e inacessível, imperava naturalmente, governando pela expansão da simpatia comunicativa (...)Cumpria-lhe, primeiro que tudo, educar a sua hoste, dar-lhe elasticidade e força para para resistir às provas. A lentidão da marcha era intencional e educativa (...)Falou à sua hoste: tinham de ser como uma família, considerar-se como um rebanho unido para atravessar uma região de feras.

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“Deram-lhe 200 lanças, aos 24 anos, para defender o Alentejo.Os rivais satisfeitos estavam certos de que se acaba assim com esse rapaz insuportável.Vendo-se pela primeira vez à frente de uma hoste, olhava para os seus como amigos, como irmãos, votados a um destino comum.O mando, por ser digno e capaz de o exercer, não o ensoberbecia:Irmanava-o com aqueles sobre quem mandava. A confraternidade guerreira era para ele uma religião. Tinha a caridade ilimitada. O comando firmava-se na franqueza e lealdade do fim e na autoridade do exemplo. Com estas duas armas levantaria a disciplina às proporções da dedicação, alcançando da sua gente o sumo do sacrifício.”

"A Vida de Nuno Álvares”MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893

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LEITURA 2 A LIDERANÇA DE MOURINHO

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LEITURA 3A LIDERANÇA DE P. DRUCKER

A ORQUESTRA

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“Dentro de 20 anos, a típica empresa de grande dimensão possuirá metade dos níveis de gestão e um terço dos gestores das suas actuais congéneres. O trabalho será realizado por especialistas reunidos em grupos interdepartamentais. A coordenação e o controlo irão depender, em grande medida, da vontade dos trabalhadores de se auto-disciplinarem.A empresa típica será baseada em conhecimento, uma organização composta, em grande medida, por especialistas que direccionam e disciplinam o seu desempenho através de um feedback organizado de colegas, clientes e sede.As ideias relativas ao que as novas empresas virão a ser provêm de outras organizações centradas em conhecimento como, por exemplo, um hospital ou uma orquestra sinfónica.”

P. Drucker e a Orquestra – The Coming of the New Organization, HBR, Jan-Feb 1988

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“Numa grande orquestra sinfónica poderá haver algumas centenas de músicos em palco, a tocar juntos. Assim, segundo a clássica teoria organizacional, deveria haver vários maestros “vice-presidentes” de grupo e talvez 6 maestros “vice-presidentes” de divisão. Mas não é assim que tudo funciona. Existe apenas um maestro e cada um dos músicos toca directamente para essa liderança sem intermediários. E todos eles são especialistas de alto nível, verdadeiros artistas.Várias centenas de músicos e o seu líder, o maestro, podem tocar juntos porque todos se orientam por uma mesma partitura. Esta indica ao flautista e ao timbaleiro o que devem tocar e quando. Provavelmente, serão poucos os maestros que conseguem arrancar uma nota de uma trompa, muito menos ensinar ao trompista como se deve tocar. Mas o maestro pode fazer convergir a capacidade e conhecimento do trompetista com a actuação conjunta dos músicos. E é esta convergência que os líderes de uma empresa baseada no conhecimento devem promover.”

P. Drucker e a Orquestra – The Coming of the New Organization, HBR, Jan-Feb 1988

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LEITURA 4A LIDERANÇA DA COMPANHIA DE JESUS

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Resumo da comunicação O CICLO DA LIDERANÇA CONTEMPORÂNEA, integra, nesta análise, 5 etapas (Carlos Liz, 2008)

. O IMPERATIVO DA DESLOCAÇÃO, em que o líder se forma na razão directa em que consiga saír de si mesmo. É a etapa das viagens múltiplas, da apropriação do diferente e do alargamento do círculo das experiências. Um líder precisa de tratar o mundo por tu.

. O SABER VER NUMA PAISAGEM SOBREPOVOADA, que não vai deixar de o ser. Uma liderança contemporânea sabe gerir a exposição a um meio irreversivelmente turbulento, não fugindo dele. Antes procura, por tentativa – erro, buscar a visão global das coisas e produzir um guia para navegar na imensidão.

. A EXIGÊNCIA DE CRIAÇÃO DE POSSÍVEIS, só realizável a partir de um conhecimento e imersão no real comum a todos. Um real que o líder sabe refazer, olhando para ele como peças de um puzzle que dá para criar novos motivos, redefinir as geografias, recriar as trajectórias.

. A CAPACIDADE DE JUNTAR PESSOAS, compreendendo a infinita bondade da sua diversidade e procurando acima de tudo gerar compatibilidades. Para isso se vasculham os valores escondidos em cada um se usa a liderança para os revelar, abrindo as portas para a unidade de sentido superior que é o grupo

. A INTELIGÊNCIA DA CELEBRAÇÃO DOS DIAS, recusando os modelos de vida no automático, enfatizando o valor do ritmo biológico dos seres, convocando todos os sentidos para a continuação da vida que ganha em densidade pela inclusão da festa.

A LIDERANÇA QUE CONSTROI obriga-se a respeitar 2 princípios:

. A INTENCIONALIDADE DE MUDAR A VIDA, impedindo qualquer tentação de conformismo e apostando na concepção e planeamento dos percursos de transição parta outra ordem das coisas. Algo que o líder sabe antever e comunicar aos outros.

. O SENTIDO NÃO PROPRIETÁRIO DOS RESULTADOS OBTIDOS, habitando o grande espaço da Liberdade de Movimentos, só possível pela leveza do que se tem, do que se transporta consigo, pela pobreza como atitude liderante.

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LEITURA 5A LIDERANÇA DE ESCOLA

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LIDERANÇA E ESCOLAS DE EXCELÊNCIA

Liderança é a palavra que ..., presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas ..., elege como pilar da gestão da escola, salientando que este conceito abrange, igualmente, todas as estruturas intermédias, que partilham a responsabilidade pelas medidas desenvolvidas tendo em vista o sucesso dos alunos (Extrato de relatório de avaliação)

Inspeção Geral de Educação, Avaliação Externa das Escolas 2009-2010