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Lição 9: As Limitações dos Discípulos 31 de Maio de 2015 TEXTO ÁUREO "E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam." (Lc 9.40) VERDADE PRÁTICA Ao longo de seu ministério, Jesus foi seguido por homens simples, imperfeitos e limitados, mas jamais os descartou por isso. LEITURA DIÁRIA Segunda - Lc 9.40,41 A falta de fé dos discípulos mesmo depois de verem os milagres Quinta - Lc 12.13,14 Jesus é contra a avareza dos discípulos Terça - 9.46-48 Jesus não aceita a disputa dos discípulos Sexta - Lc 12.22-34 Jesus ensina os discípulos quanto a solicitude da vida Quarta - Lc 9.49,50

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Lio 9: As Limitaes dos Discpulos 31 de Maio de 2015

TEXTO UREO"E roguei aos teus discpulos que o expulsassem, e no puderam." (Lc 9.40)

VERDADE PRTICAAo longo de seu ministrio, Jesus foi seguido por homens simples, imperfeitos e limitados, mas jamais os descartou por isso.

LEITURA DIRIASegunda - Lc 9.40,41A falta de f dos discpulos mesmo depois de verem os milagres

Quinta - Lc 12.13,14Jesus contra a avareza dos discpulos Tera - 9.46-48Jesus no aceita a disputa dos discpulos

Sexta - Lc 12.22-34Jesus ensina os discpulos quanto a solicitude da vidaQuarta - Lc 9.49,50Jesus repudia o exclusivismo dos discpulos

Sbado - Lc 7.40-50Os discpulos e a necessidade

LEITURA BBLICA EM CLASSE: Lucas 9.38-42,46-50

38 - E eis que um homem da multido clamou, dizendo, Mestre, peo-te que olhes para meu filho, porque o nico que eu tenho.39 - Eis que um esprito o toma, e de repente clama, e o despedaa at espumar; e s o larga depois de o ter quebrantado.40 - E roguei aos teus discpulos que o expulsassem, e no puderam.41 - E Jesus, respondendo, disse: gerao incrdula e perversa! At quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me c o teu filho.42 - E, quando vinha chegando, o demnio o derribou e convulsionou; porm Jesus repreendeu o esprito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai.46 - E suscitou-se entre eles uma discusso sobre qual deles seria o maior.47 - Mas Jesus, vendo o pensamento do corao deles, tomou uma criana, p-la junto a si48 - e disse-lhes: Qualquer que receber esta criana em meu nome recebe-me a mim; e qualquer que me recebe a mim recebe o que me enviou; porque aquele que entre vs todos for o menor, esse mesmo grande.49 - E, respondendo Joo, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demnios, e lho proibimos, porque no te segue conosco.50 - E Jesus lhes disse: No o proibais, porque quem no contra ns por ns.

HINOS SUGERIDOS: 220,224,601 da Harpa Crist

OBJETIVO GERALDespertar nos crentes o desejo de cultivar as verdadeiras virtudes crists.

OBJETIVOS ESPECFICOSAbaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

Destacar que a melhor maneira de encher-se de f pela orao e conhecimento da Palavra de Deus.Mostrar que o exclusivismo nada tem a ver com o ensinamento de Jesus.Explicar o perigo de um corao avarento e suas consequncias.Estimular os crentes a perdoar uns aos outros

INTERAGINDO COM O PROFESSORProfessor, muitos crentes tm uma ideia equivocada sobre as pessoas de Deus que foram inspiradas pelo Esprito Santo, a fim de escreverem textos sagrados que hoje norteiam a nossa vida e so tidos por ns como a nica regra de f e de prtica. Referimo-nos aos apstolos do Senhor. A lio desta semana mostrar que, como ns, os apstolos do Senhor eram pessoas falveis e que na caminhada crist no h lugar para fingirmos superioridades espirituais ou coisas semelhantes. Ento, procure explicar aos alunos que a vida crist feita de atitudes espirituais, entretanto, humanas tambm. As falhas e os tropeos no podem ser encarados por ns como um erro sem perdo. Ns corremos o risco de falharmos em nossa misso por fraqueza ou fragilidade. Todavia, a nossa f tem de estar fincada no Evangelho para desbaratarmos todas as artimanhas da vida e do Inimigo das nossas almas. Por isso, a partir desta lio, os seus alunos devem sentir-se encorajados por voc a ter uma vida de f, de orao e de leitura da Palavra.

COMENTRIOINTRODUOOs discpulos de Cristo demonstraram, em certos momentos da vida, exclusivismo, egosmo, imaturidade, bairrismo, etc. Eles erraram quando se esperava que acertassem (Lc 9.40,41). Jesus censurou tais comportamentos e corrigiu o grupo, mas no abandonou os discpulos. Nesta lio, veremos como, em diferentes circunstncias, os discpulos agiram de forma oposta quilo que o Senhor lhes havia ensinado e como Jesus os conduziu maneira certa de agir. Esses fatos demonstram que os seguidores de Cristo no eram super-homens, mas, sim, seres humanos que viviam suas limitaes e, como tal, dependiam de Deus para super-las. Esses exemplos servem para nos orientar em nossa jornada de f a fim de que possamos cultivar as verdadeiras virtudes crists.

I - LIDANDO COM A DVIDA

1. A orao e a f. Logo aps acalmar a tempestade no mar da Galileia, Jesus perguntou aos seus discpulos: "Onde est a vossa f?" (Lc 8.25). Essa no foi a nica vez que o Senhor censurou os discpulos por no demonstrarem a f necessria em Deus. Quando viu a inoperncia dos discpulos frente a um menino endemoninhado, Ele disse: " gerao incrdula e perversa! At quando estarei ainda convosco e vos sofrerei?" (Lc 9.41). H algo em comum nestas passagens bblicas - elas se relacionam com a vida devocional dos discpulos. A timidez mostrada durante a travessia do mar (Lc 8.25) e a falta de autoridade para expelir o demnio do garoto eram frutos de uma vida devocional pobre. Pouca orao, pouco poder! Nenhuma orao, nenhum poder! As passagens paralelas de Mateus e Marcos demonstram tal princpio (Mt 8.23-27; 17.14-20; Mc 4.35-41; 9.14-29). 2. A Palavra de Deus e a f. Se a falta de orao traz incredulidade, por outro lado, a falta de conhecimento da Palavra de Deus produz efeito semelhante. isso o que mostra a histria dos dois discpulos no caminho de Emas (Lc 24.13-35). No mesmo dia em que ressuscitou, o Senhor apareceu a dois deles quando se dirigiam para a aldeia de Emas, cerca de 12 quilmetros de Jerusalm. Depois de dialogar com eles, Jesus percebeu o quanto eram incrdulos. O Mestre reprovou a incredulidade dos discpulos e os chamou de nscios, isto , desprovidos de conhecimento ou discernimento (Lc 24.25). Atualmente, tambm, muitos que se dizem discpulos, esto sem conhecimento, discernimento e f no mover de Deus. Que o Senhor Jesus encha os nossos coraes de f para que possamos viver e pregar a sua Palavra.

PONTO CENTRALComo seres humanos, somos limitados e imperfeitos. Entretanto, uma vez seguin-do a Jesus, podemos ter f.

SNTESE DO TPICO IA intensidade da vida de orao mostra a qualidade de uma vida devocional. Enquanto que a Palavra de Deus produz f viva

SUBSDIO DIDTICOAlguns fatos marcam o captulo 9 de Lucas. (1) A falta de poder dos discpulos para expulsar o demnio; (2) a falta de capacidade dos discpulos em compreender o caminho do calvrio de Jesus Cristo; (3) o orgulho dos discpulos; (4) a intolerncia dos discpulos em relao a outros que no andavam com eles. Portanto, sugerimos, para o domnio desses quatro episdios citados e desenvolvidos ao longo da lio, a leitura e o estudo dos respectivos versculos do captulo 9: vv.37-43; vv.44,45; vv.46-48; vv.49,50.

CONHEA MAIS*Os setenta"Outro grupo notvel eram os setenta que Jesus enviou para preparar o terreno para Ele nas cidades que visitaria em seu caminho para Jerusalm (Lc 10.1). Se os doze discpulos espelham as doze tribos de Israel, ento talvez esses setenta espelhem os ancios que Moiss designou para assisti-lo na liderana da nao de Israel (Nm 11.16,24,25)." Leia mais em Guia Crist da Bblia, CPAD, p. 70.

II - LIDANDO COM A PRIMAZIA E O EXCLUSIVISMO 1. Evitando a primazia. Lucas registra que "suscitou-se entre eles uma discusso sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento do corao deles, tomou uma criana, p-la junto a si" (Lc 9.46,47). Os discpulos precisavam de uma lio a respeito de humildade. O exemplo de Jesus ao tomar uma criana, foi excelente e, com certeza, eles puderam ver o quanto eram egostas e ambiciosos. O adjetivo comparativo meizon, traduzido como "maior", nesse texto, mantm o sentido de "mais forte que". A ideia aqui de primazia! Quem o primeiro? Quem o mais forte? Quem o mais apto? Pensamentos assim no refletem a mente de Cristo, mas uma mente mundana e secularizada. Infelizmente, muitos problemas nas igrejas so causados por leigos e clrigos que querem exercer a primazia. Em Cristo Jesus, todos so iguais. No somos superiores ou inferiores a ningum.2. Evitando o exclusivismo. Jesus tambm combateu o exclusivismo que se revela atravs da mentalidade de um grupo fechado (Lc 9.49,50).A razo dada pelos apstolos para barrarem a ao daquele homem foi que ele no fazia parte do grupo. Jesus mostra que o fato de expulsar os demnios pela autoridade do seu nome e partilhar das mesmas convices dos apstolos credenciava aquele homem a exercer o seu ministrio. Embora no fizesse parte do grupo dos Doze, partilhava da mesma f. No se trata, portanto, de validar crenas e prticas sectrias ou herticas, mas sim de no permitir que o exclusivismo religioso nos cegue de tal forma que s venhamos a enxergar o nosso grupo.

SNTESE DO TPICO IIJesus rechaou a ideia de primazia e de exclusivismo para aqueles que professam a f crist.

SUBSDIO TEOLGICO"Um argumento irrompe entre eles [os discpulos] sobre quem o mais importante. Jesus tinha acabado de predizer seu sofrimento e morte sacrificais. As aspiraes mundanas dos discpulos por posio e prestgio exprimem que eles no compreenderam seu ensino sobre a abnegao e a humildade. Aspirando por elevadas posies, eles caem na armadilha do orgulho e do cime" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentrio Bblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.379). Tal comentrio, inspira-nos a perguntar: "Abraamos a causa do Evangelho por amor ou por vantagens e prestgios?"; "Ser que um verdadeiro discpulo de Cristo pode se livrar facilmente de uma vida de renncia e de sofrimento por Ele?"; "Para quem serve o Evangelho?"; so as perguntas obrigatrias a serem feitas nos dias de hoje.

III - LIDANDO COM A AVAREZA1. Valores invertidos. No relato de Lucas, Jesus acabara de incentivar seus discpulos a dependerem do Esprito Santo (Lc 12.12) quando um homem que estava no meio da multido falou: "Mestre, dize a meu irmo que reparta comigo a herana" (Lc 12.13). Essa solicitao estava na contramo dos ensinos de Cristo e por isso recebeu a censura dEle: "Homem, quem me ps a mim por juiz ou repartidor entre vs?" (Lc 12.14). Enquanto Jesus ensinava a se evitar uma atitude legalista e materialista, esse homem age de forma diametralmente oposta quilo que fora ensinado. Ele estava preocupado com a herana! Como muitos fazem hoje, no estava preocupado em seguir os ensinos de Cristo, mas us-lo como trampolim para alcanar seus objetivos - a satisfao material. 2. Evitando a ansiedade. Logo a seguir, Jesus profere um dos mais belos ensinamentos sobre como deve ser a vida de um verdadeiro discpulo (Lc 12.22-34). Jesus ensina a respeito das preocupaes da vida. Como discpulos de Cristo no podemos viver ansiosos pelas coisas desta vida. Precisamos aprender a confiar em Deus, nosso provedor. As palavras de Jesus tambm revelam duas maneiras de se enxergar o mundo - mostra como "os gentios do mundo" (Lc 12.30) entendem a realidade sua volta e como os seus discpulos deveriam agir diante das mesmas circunstncias. So duas cosmovises totalmente diferentes e opostas entre si. Enquanto uma interpreta a realidade da vida tomando por base os valores meramente materiais, a outra a v a partir de valores absolutos e espirituais.

SNTESE DO TPICO IIINo podemos inverter os valores da vida, pois viver ansiosamente, de modo materialista, vai na contramo de uma vida forjada no Evangelho

IV - LIDANDO COM O RESSENTIMENTO (Lc 17.3,4)1. A necessidade do perdo. Jesus sabia quo malficos so a falta de perdo e o ressentimento. De fato, a Bblia mostra que a raiz de amargura um mal que deve ser evitado a qualquer custo (Ef 4.31). A falta de perdo vista como uma raiz que produz brotos extremamente malficos (Hb 12.15). No terceiro Evangelho, Jesus nos ensina que a forma correta de se manter livre desse veneno possuir uma atitude pronta a perdoar. " Olhai por vs mesmos. E, se teu irmo pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe" (Lc 17.3,4).2. Perdo, uma via de mo dupla. Jesus tambm mostrou que o perdo uma via de mo dupla (Lc 6.37). Quando ensinou sobre o perdo na orao do Pai Nosso, Jesus foi categrico em dizer que quem no perdoa tambm no ser perdoado: "Se, porm, no perdoardes aos homens as suas ofensas, tambm vosso Pai vos no perdoar as vossas ofensas" (Mt 6.15). No h dvidas de que h muitos cristos com doenas psicossomticas simplesmente porque no conseguem perdoar. Guardam ressentimentos na alma como quem guarda dinheiro em banco! James Dobson, famoso psiclogo cristo, disse que daria alta a oitenta por cento de seus pacientes se eles conseguissem perdoar ou se sentissem perdoados!

SNTESE DO TPICO IVO perdo uma necessidade humana, pois como uma via de mo dupla, medida que perdoamos ao prximo, o nosso Deus igualmente nos perdoa.

SUBSDIO TEOLGICO"Jesus de Nazar, argumenta Hannah Arendt, foi 'o descobridor do papel do perdo no reino dos assuntos humanos'. Pode ser muito afirmar que Jesus descobriu o papel do perdo social, visto que os profetas e sbios antes dEle tambm estavam cientes deste fenmeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significao de um modo que causou um efeito profundo na histria humana.Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronolgica, mais uma vez identificaremos uma trajetria que nos leva a pensar no perdo de um modo que transcende as metforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de Jesus com a previso dos profetas hebreus referente promessa de perdo e vinda do Messias. Diferente das introdues mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que Joo Batista 'apareceu' e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em ou voltado para) o perdo de pecados (Mc 1.4) [...]. Em resposta ao antagonismo dos escribas levantado contra Ele, Jesus anuncia que 'todos os pecados sero perdoados aos filhos dos homens, e toda sorte de blasfmias, com que blasfemarem', exceto contra o Esprito Santo (Mc 3.28,29)" (SANDAGE, Steven J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdo: Buscando Cura e Salvao. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38).

CONCLUSO Ao estudarmos as limitaes dos discpulos, alguns fatos ficam em evidncia. Observamos que a incapacidade para enfrentar Satans em Lucas 9.40 justificada em Mateus 17.20 pela falta de f; a incredulidade dos discpulos no caminho de Emas (Lc 24.13-35) justificada pela falta de conhecimento das Escrituras (Lc 24.25-27); o desejo por grandeza e primazia (Lc 9.46-48) uma consequncia de terem se amoldado cultura do mundo, e a falta de perdo existe por no se reconhecer a natureza perdoadora do Pai celestial. PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Como devemos lidar com a dvida?Com orao, leitura da Palavra, tendo f e uma vida devocional produtiva.

De acordo com a lio, o que de fato motiva o desejo por primazia?Uma mente mundana e secularizada.

Como devemos evitar a ansiedade? Aprendendo a confiar no Senhor, o nosso provedor.

Como devemos entender o perdo?Que a falta de perdo malfica para a alma humana, e por isso, deve ser evitada.

Por que o perdo uma via de mo dupla?Para sermos perdoados por Deus, precisamos perdoar.

Subsdio Ensinador Cristo As limitaes dos discpulosPor andarem com o Mestre e verem as obras maravilhosas do nosso Senhor, os discpulos de Jesus, que andaram com Ele ao longo de todo o seu ministrio terreno, so destacados muitas vezes, no como seres humanos normais, mas como pessoas acima da mdia como se fossem seres humanos perfeitos.No! Os discpulos de Jesus no eram pessoas perfeitas. Pelo contrrio, eram imperfeitas, limitadas, cheias de dvidas, medos, muitas eram at mesmo ambiciosas e outra foi achada como traidora do Senhor. Por isso, a partir da realidade da vida de alguns discpulos e da maneira como Jesus tratou com eles, algumas lies podem ser aprendidas por ns.Em primeiro lugar, sempre haver dvidas sobre algumas coisas na vida crist. Certa vez, quando o nosso Senhor foi assunto aos cus, os discpulos lhe perguntaram: Quando restaurar o reino a Israel? nosso Senhor respondeu: No cabe a vocs saberem sobre pocas e estaes dos tempos. A f crist no uma matria pronta para responder curiosidades da vida. Ela a vida de Jesus em ns para ser vivida.Em segundo lugar, no podemos ser crentes exclusivistas. Graas a Deus que passou o tempo onde era comum, pessoas dizerem que s os crentes de determinada denominao eram salvos, como se a salvao no dependesse mais da graa de Deus, mas de determinada instituio religiosa. Num pas como o Brasil, de extenso continental, um erro no dialogarmos com outros irmos de diferentes manifestaes evanglicas que tenham compromisso com o ncleo bsico da f crist.Em terceiro lugar, o dinheiro no pode ter a predominncia na misso que os discpulos desenvolvero para o Reino de Deus. A posio de determinados discpulos de Cristo pode parecer de vantagens sobre determinadas pessoas, e se ele for uma pessoa sem carter, usar o dom de Deus que est sobre ele para receber vantagens e lucros das pessoas. Muitos fizeram isso no passado, no tempo dos apstolos, e estes denunciaram essa m ao com firmeza. E hoje, seria diferente?Enfim, o perdo a caracterstica fundamental daqueles que receberam de Jesus o ensinamento da mensagem do Reino de Deus. Os discpulos de Jesus foram provados nessa questo quando eles estiveram com Ele, aps o nosso Senhor voltar para o Pai. Perdoar o prximo, alm de necessrio para a alma, a via de mo dupla onde o Pai trabalha por ns se tal bem for achado em nossa vida.

Lio 10: Jesus e o Dinheiro 7 de Junho de 2015

TEXTO UREO"E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm riquezas!"(Lc 18.24)

VERDADE PRTICAAs Escrituras no condenam a aquisio honesta de riquezas, e, sim, o amor a elas dispensado.

LEITURA DIRIASegunda - Lc 21.1-4Riqueza e pobreza no tempo de Jesus Cristo

Quinta - Lc 12.13-34A vida do homem no consiste no seus bens Tera - Lc 18.29,30Generosidade e prosperidade segundo a Palavra de Deus

Sexta - Lc 7.36-50Avaliando a verdadeira inteno do corao Quarta - Lc 16.13Os perigos de se ter as riquezas como senhor

Sbado - Lc 16.9No guardar tesouros na terra, mas no cu

LEITURA BBLICA EM CLASSE: Lucas 18.18-2418 - E perguntou-lhe um certo prncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?19 - Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ningum h bom, seno um, que Deus.20 - Sabes os mandamentos: No adulterars, no matars, no furtars, no dirs falso testemunho, honra a teu pai e a tua me.21 - E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.22 - E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e ters um tesouro no cu; depois, vem e segue-me.23 - Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico.24 - E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm riquezas!

HINOS SUGERIDOS: 5,75,432 da Harpa Crist

OBJETIVO GERALComo mordomos que somos, ensinar o uso correto do dinheiro e dos bens confiados por Deus a ns, luz do ensino de Jesus.

HINOS SUGERIDOS: 5,75,432 da Harpa Crist

OBJETIVOS ESPECFICOSAbaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

Pontuar o dinheiro, os bens e as posses na perspectiva secular e na crist.Explicar o dinheiro, os bens e as posses na perspectiva do judasmo do tempo de Jesus.Conhecer o que Jesus ensinou sobre o dinheiro, as posses e os bens.Conscientizar o aluno da importncia de entesourar tesouros no cu.

INTERAGINDO COM O PROFESSORCaro professor, o assunto "dinheiro" no fcil de ser tratado no meio evanglico. Muitos hoje tm sido levados por caminhos nada bblicos e evanglicos, quando o assunto dinheiro. Entretanto, o nosso objeto de estudo o Evangelho de Lucas. Ou seja, o que nos interessa saber o que a Palavra de Deus, revelada em Lucas, diz acerca do dinheiro. Qual o estilo de vida que o cristo deve ter luz desse texto? o que nos interessa responder nesta lio e tambm deve ser a pergunta que deve conduzir a aula quando ministrada em sala. Boa aula!

COMENTRIOINTRODUOO cristianismo bblico e ortodoxo sempre manteve uma posio de cautela e at mesmo reserva com respeito ao uso do dinheiro e aquisio de riquezas. Na verdade, os primeiros lderes cristos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram a desestimular a aquisio de bens materiais. Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram o arraial cristo e, vez por outra, Mamon tem deixado suas marcas em nosso meio. Observaremos, nesta lio, que os ensinos de Jesus sobre a aquisio de riquezas se distanciam do judasmo de seus dias e, tambm, daquele que praticado hoje por muitos setores do cristianismo evanglico. Longe de estimular a aquisio de bens, como fazem dezenas de igrejas, Jesus aconselhava se desvencilhar delas. Aprendamos com o Mestre o uso correto do dinheiro e como ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados.

I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRIST1. Perspectiva secular. Uma das formas mais comuns de se enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular v-los apenas como algo de natureza puramente material. Tanto no mundo antigo quanto no contemporneo, possvel observar que a realidade material pareceu sempre se sobrepor espiritual. O material passa a dominar a vida das pessoas e isso inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental, essa forma de enxergar as coisas transformou-se em uma filosofia de vida que se recusa a enxergar outra coisa alm da matria. Por essa perspectiva, o material superestimado enquanto o espiritual ignorado e suplantado. Nesse contexto, quem tem posses valorizado, e quem no as possui nada vale. O dinheiro, como valor material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de servo. 2. Perspectiva crist. No contexto cristo, o mesmo Deus que fez o espiritual o mesmo que fez o material. Nos ensinos de Cristo, no h um dualismo entre matria e esprito! Todavia, as coisas espirituais, por serem de natureza eterna, ganham primazia sobre as materiais, que so apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva crist, portanto, as dimenses material e espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso esprito, nossa dimenso espiritual, devemos tambm servir com o nosso corpo (1 Co 6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimenso material. Dessa forma, quem se tornou participante dos valores espirituais deve tambm servir com seus bens materiais (Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro, como valor material, no visto como senhor, mas apenas como um servo.

PONTO CENTRALO dinheiro, os bens e as posses, na perspectiva de Jesus, no devem ser o significado ltimo da vida.

SNTESE DO TPICO INa perspectiva secular, o dinheiro apenas um elemento material; na crist, as dimenses espiritual e material devem coexistir.

SUBSDIO DIDTICOProfessor, antes de entrar no tpico da lio, importante que voc contextualize a passagem bblica de Lucas 18.18-30 para os seus alunos. Por isso, disponibilizamos o comentrio do telogo French L. Arrington: "Sem confiana prpria de criana, a entrada no Reino de Deus bloqueada. Um exemplo o prncipe rico (vv.18-25), que no est disposto a responder a Jesus com humildade e f. Mateus diz que ele jovem (Mt 19.20), e Lucas o identifica como prncipe, talvez de uma sinagoga (cf. Lc 8.41). Como os fariseus, ele confia em suas boa aes. Ele tambm tem riquezas, s quais est apegado.Este prncipe presume que falta uma obra que ele no est fazendo atualmente para herdar a vida eterna. Ele reconhece Jesus como figura de autoridade e lhe pergunta: 'Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?' O jovem faz esta pergunta maior autoridade no assunto, mas ele sada Jesus com um simples 'bom mestre'. Sua compreenso de Jesus rasa. Ele o considera somente como homem e no tem ideia de que Jesus o Messias, o Filho de Deus. Sua estima pelo Salvador no mais alta do que ele teria por um professor distinto. O modo como ele se dirige a Jesus parece ser nada mais que lisonja.[...] Como discernidor perfeito do corao humano, Ele [Jesus] percebe que o prncipe adora seus bens materiais e o lembra que ele tem de fazer mais uma coisa: 'Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e ters um tesouro no cu; depois, vem e segue-me'. Jesus ps o dedo no pecado do corao deste homem - seu amor pelos bens materiais. Suas riquezas terrenas esto entre ele e Deus. Visto que ele no ps Deus em primeiro lugar no corao, Jesus exige que o homem distribua o dinheiro. [...] 'No ters outros deuses diante de mim' (x 20.3).Pouco disposto a obedecer a Jesus, o jovem prncipe rico vai embora sem a vida eterna. Enquanto vai, Jesus observa o quanto difcil os ricos entrarem no Reino de Deus (v.24). Sua tentao confiar nas coisas terrenas. Eles acham difcil se entregar misericrdia de Deus e escolher o Reino. Para ilustrar o quanto difcil, Jesus insiste que no mais fcil para o rico entrar no Reino de Deus do que para um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Esta ilustrao vvida ensina o quanto impossvel os ricos, por mritos prprios, entrarem no Reino de Deus. Falando humanamente, impossvel. Qualquer tentativa de libertar algum de um amor demonaco pelas coisas terrestres fracassar. [...] Jesus lembra sua audincia que, embora seja impossvel para uma pessoa salvar a si mesma, Deus pode. Ele pode fazer o que impossvel para os seres humanos. Ele pode redirecionar o corao do amor por bens terrenos para um amor pelo eterno, e pode operar o milagre da converso no corao do rico e do pobre. As pessoas no podem mudar o corao; mas quando respondemos a Deus pela f, o Esprito Santo transforma nosso corao e nos proporciona a salvao" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentrio Bblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.436-37).

II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDASMO DO TEMPO DE JESUS1. Ricos e pobres. No judasmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os sacerdotes, participantes de uma elite que controlava o sistema de sacrifcios e lucravam com ele, e os herodianos que possuam grandes propriedades. Um outro grupo era formado por membros da aristocracia judaica que enriqueceu custa de impostos de suas propriedades e ao seu comrcio. O ltimo grupo era formado por judeus comerciantes, que, embora no possussem herdades, participavam ativamente da vida econmica da nao. No extremo oposto dessa situao, estavam os pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). No possuam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).2. Generosidade e prosperidade. Na cultura judaica nos dias de Jesus, a posse de bens materiais no era vista como um mal em si. O expositor bblico P. H. Davids observa que os exemplos de Abrao, Salomo e J serviam de inspirao queles que almejavam a prosperidade. A ideia era que os ricos prosperavam porque sobre eles estava o favor de Deus. Dessa forma, a prosperidade passou a ser associada piedade. Para evitar a avareza e a ganncia, a tradio rabnica estimulava os ricos a serem generosos e solidrios com os pobres, que era maioria na comunidade. Evidentemente que essa concepo estimulava apenas as aes exteriores, sem levar em conta as atitudes interiores (Lc 21.4).

SNTESE DO TPICO IINo judasmo do tempo de Jesus havia dois grupos sociais, os ricos e os pobres; a ideia era de que os ricos prosperavam porque tinham o favor de Deus

Jesus, ao contrrio dos rabinos, no associou a piedade com a prosperidade.

III. DINHEIRO, BENS E POSSESNOS ENSINOS DE JESUS 1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que ensinava o judasmo e a tradio rabnica dos seus dias. Jesus, ao contrrio dos rabinos, no associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de algum nada dizia sobre a sua real condio espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que elas poderiam, at mesmo, se transformar numa personificao do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, advertiu: "No podeis servir a Deus e [as riquezas]" (Lc 16.13). O vocbulo traduzido como "riqueza", nesse texto, corresponde palavra grega de origem aramaica Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A riqueza pode se transformar em um dolo, ou deus, para aqueles que a possui. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um obstculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14). 2. Jesus ensinou a confiana em Deus. Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas podem, at mesmo, se tornar uma personificao do mal, Ele no as demonizou. No entanto, na perspectiva lucana, Jesus desencoraja a aquisio de riquezas (Lc 12.13; 18.22) e estimula a confiana em Deus. E havia uma razo para isso. Logo aps mostrar os perigos da avareza a algum que queria fazer dEle um juiz em uma questo relacionada a uma herana, Jesus revela a seus discpulos que a melhor forma de se proteger desse mal confiar inteiramente na proviso divina (Lc 12.13-34). As riquezas do a falsa sensao de segurana e de independncia das coisas espirituais. Da, sua recomendao para no se confiar nelas (Lc 12.33,34).

SNTESE DO TPICO IIIJesus ensinou sobre o dinheiro e alertou sobre o seu perigo. Por isso, os discpulos deviam colocar a sua confiana em Deus.

IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRIST1. Avaliando a inteno do corao. Os lxicos definem a avareza como um apego demasiado e srdido ao dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para evitar esse mal, a tradio rabnica estimulava as prticas filantrpicas e solidrias. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vai muito alm da simples doao de bens e aes filantrpicas. Ele no se limitava a avaliar apenas as aes exteriores, mas, sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores. Dessa forma, valorizou as atitudes da mulher pecadora na casa de Simo, o leproso, e de Maria de Betnia, a irm de Marta e de Lzaro (Lc 7.36-50). No era, portanto, apenas se desfazer dos bens, mas a atitude e inteno com que isso era feito (Lc 11.41; 21.1-4). No basta apenas ofertar, ou dar o dzimo, mas a atitude com que se faz essas coisas. No era apenas doar, mas doar-se.2. Entesourando no cu. Mordomo algum que administra os bens de outra pessoa. Os bens no lhe pertencem, mas ele pode usufruir deles enquanto os administra para seu legtimo dono. Jesus contou a parbola do administrador, ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13). O entendimento entre os intrpretes da Bblia que essa parbola tem um fim escatolgico. Assim como os filhos deste mundo so perspicazes e astutos no que diz respeito ao uso de suas riquezas, assim tambm os filhos do Reino devem ser sbios na aplicao de seus bens. O ensino da parbola que o melhor investimento usar os recursos materiais adquiridos na propagao do Reino de Deus e, dessa forma, ganhar amigos para a vida eterna (Lc 16.9).

SNTESE DO TPICO IVJesus ensinou a respeito do uso correto do dinheiro, mostrando o cuidado que devemos ter com a avareza.

CONCLUSO No h valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrpica, ou investir na obra missionria, uma coisa til e louvvel. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus, simplesmente com a atitude de querer mais posses, mais prestgio, mais autossatisfao, acaba se tornando uma coisa ruim. Leiamos com cuidado o terceiro Evangelho e descubramos o exerccio da verdadeira mordomia crist.

PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Como visto o dinheiro na cultura secular?Uma das formas mais comuns de enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular v-los apenas como algo de natureza puramente material.

Como era a situao dos pobres nos dias de Jesus?Os pobres eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). No possuam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).

Como o judasmo via as riquezas?A posse de bens materiais no era vista como um mal em si.

Como Jesus avaliava aqueles que possuam riquezas? Ele avaliava no apenas as aes exteriores, mas sobretudo as atitudes interiores.

O que voc pensa a respeito do ter dinheiro? algo ruim ou bom?Resposta livre. A ideia que o aluno responda sob a perspectiva bblica ensinada na lio

Subsdio Ensinador CristoJesus e o dinheiroO assunto dinheiro tem sido um tema controverso no meio evanglico. Muitas orientaes passadas ao povo, de modo geral, mais parece fiel a perspectiva secular que a crist. Quando falamos de perspectiva secular, nos referimos a maneira individualista, egosta e mesquinha de lidar com o dinheiro. A iniciativa de acumular bens para si diametralmente oposta a do Evangelho, que ordena compartilharmos o que se tem. Uma parbola de Jesus que sugere isso a do Rico Insensato. Uma pessoa obstinada a somente acumular bens nesse mundo e no atentar seriamente para o que importa. Precisamos ter a coragem de afirmar que a perspectiva crist no incentiva a busca pela riqueza, pelo contrrio, desestimula. Isso mesmo, o Evangelho desestimula a busca da riqueza pela riqueza, o consumismo desenfreado. Note alguns versculos bblicos que seriam em muitos lugares hoje impraticveis e at proibidos de serem lidos: Vendei o que tendes, e dai esmolas, e fazei para vs bolsas que no se envelheam, tesouro nos cus que nunca acabe, aonde no chega ladro, e a traa no ri (Lc 12.33). Disse, porm, Abrao: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lzaro, somente males; e, agora, este consolado, e tu, atormentado (Lc 16.25).E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e ters um tesouro no cu; depois, vem e segue-me. Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico. E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quo dificilmente entraro no Reino de Deus os que tm riquezas! (Lc 18.22-24).Tendo, porm, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Manda aos ricos deste mundo que no sejam altivos, nem ponham a esperana na incerteza das riquezas (1 Tm 6.8,17).Eia, pois, agora vs, ricos, chorai e pranteai por vossas misrias, que sobre vs ho de vir. As vossas riquezas esto apodrecidas, e as vossas vestes esto comidas da traa. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dar testemunho contra vs e comer como fogo a vossa carne. Entesourastes para os ltimos dias (Tg 5.1-3). Esses versculos no querem proibir o direito de uma pessoa, por intermdio do trabalho honesto, buscar o conforto para sua famlia (2 Ts 3.6-13). Coisa que o brasileiro faz e deve fazer com orgulho! Mas o que no podemos fazer da vida um estilo materialista para gerar e acumular riquezas.

Lio 11: A ltima Ceia 14 de Junho de 2015

TEXTO UREO"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa pscoa, foi sacrificado por ns." (1 Co 5.7)

VERDADE PRTICAA Pscoa comemorava a libertao do Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertao

LEITURA DIRIASegunda - x 12.1-28O real propsito da Pscoa para os judeus

Quinta - Lc 22.19,20Os elementos que compem a Santa Ceia do SenhorTera - Lc 22.7-13A ltima ceia de Jesus com seus discpulos aqui na terra

Sexta - 1 Co 11.26O real propsito da Ceia do Senhor para a IgrejaQuarta - Lc 22.14-20O verdadeiro significado da celebrao da Ceia

Sbado - 1 Co 11.27-32Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor

LEITURA BBLICA EM CLASSE: Lucas 22.7-207 - Chegou, porm, o dia da Festa dos Pes Asmos, em que importava sacrificar a Pscoa.8 - E mandou a Pedro e a Joo, dizendo: Ide, preparai-nos a Pscoa, para que a comamos.9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cntaro de gua; segui-o at casa em que ele entrar.11 - E direis ao pai de famlia da casa: O mestre te diz: Onde est o aposento em que hei de comer a Pscoa com os meus discpulos?12 - Ento, ele vos mostrar um grande cenculo mobilado; a fazei os preparativos.13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Pscoa.14 - E, chegada a hora, ps-se mesa, e, com ele, os doze apstolos.15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Pscoa, antes que padea,16 - porque vos digo que no a comerei mais at que ela se cumpra no Reino de Deus.17 - E, tomando o clice e havendo dado graas, disse: Tomai-o e reparti-o entre vs,18 - porque vos digo que j no beberei do fruto da vide, at que venha o Reino de Deus.19 - E, tomando o po e havendo dado graas, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto o meu corpo, que por vs dado; fazei isso em memria de mim.20 - Semelhantemente, tomou o clice, depois da ceia, dizendo: Este clice o Novo Testamento no meu sangue, que derramado por vs.

HINOS SUGERIDOS: 53,22,482 da Harpa Crist

OBJETIVO GERALExplicar a instituio da Ceia do Senhor como ordenana.

OBJETIVOS ESPECFICOSAbaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

Analisar os antecedentes histricos da ltima ceia de Jesus.Expor a dinmica da preparao, celebrao e a substituio da Pscoa pela celebrao da Ceia do Senhor.Elencar os dois elementos da ltima ceia

INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor, estamos diante de um texto que narra uma das mais importantes celebraes da Igreja Crist: Lucas 22, a Ceia do Senhor. A aula desta semana deve ser iniciada explicando aos alunos os antecedentes histricos da instituio da Ceia do Senhor. Quando o Senhor Jesus Cristo instituiu a Ceia, na ocasio, Ele estava celebrando a pscoa judaica. Como um marco representativo da liberao do povo de Israel do Egito - pois foi assim que a Pscoa ficou conhecida -, a Ceia do Senhor seria um marco representativo do ato de amor que Jesus Cristo fez em nosso favor, entregando-se morte, e morte de cruz, por amor. Explicar to significativa celebrao o objetivo da aula desta semana.

COMENTRIOINTRODUOSem dvida, a Pscoa era uma das festas mais importantes do judasmo, e a sua celebrao era carregada de valor simblico. O seu ritual era metdico e meticuloso pois lembrava um dos momentos mais importantes da histria do povo de Deus da Antiga Aliana - a libertao do cativeiro egpcio! A sua celebrao anual mobilizava toda a nao judaica. Quando instituiu a Santa Ceia, por ocasio da celebrao da ltima Pscoa, Jesus tinha em mente esses fatos. Sabedor de que a Pscoa era apenas um tipo do qual Ele era o anttipo (ou uma figura da qual Ele era o cumprimento), Ele demostrou alegria e satisfao por poder celebr-la na companhia de seus discpulos. Apenas algumas horas depois, o Filho do Homem estaria libertando o seu povo, no mais de um cativeiro humano, mas do cativeiro do pecado!

I. ANTECEDENTES HISTRICOS DA LTIMA CEIA 1. A instituio da pscoa judaica. A festa da Pscoa era uma das celebraes que ocorria na primavera. A palavra derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima". Essa festa tem sua origem nos dias que antecedem o xodo dos israelitas do Egito, conforme narrado em xodo 12. At esse momento, Fara relutava em deixar os israelitas partirem conforme a determinao do Senhor. A consequncia dessa obstinao do governante egpcio foi o julgamento divino que veio na forma de uma grande mortandade nos lares egpcios. Somente os primognitos das famlias egpcias seriam atingidos, pois os hebreus estavam protegidos com o sangue do cordeiro pascal (x 12.13). O sangue do cordeiro era um tipo do sangue de Cristo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; 1 Co 5.7). 2. O ritual da pscoa judaica. A pscoa judaica obedecia a um ritual detalhado (Dt 16.1-4). Todavia, de acordo com xodo 12.3-12, os preparativos teriam incio aos dez do ms com a escolha de um cordeiro, ou cabrito, para cada famlia. A famlia, sendo pequena poderia ento convidar o vizinho. O cordeiro, que seria guardado at ao dcimo quarto dia, deveria ser de um ano e sem defeito. No final do dcimo quarto dia era imolado. O sangue era posto sobre as ombreiras e vergas das portas das casas judaicas. O cordeiro deveria ser comido assado e com pes asmos e ervas amargas. O resto que sobrasse deveria ser queimado. Os participantes da Pscoa deveriam ter os lombos cingidos, sandlias nos ps e cajado na mo. Era a Pscoa do Senhor.

PONTO CENTRALA Ceia do Senhor uma celebrao que o nosso Senhor ordenou Igreja at a sua vinda.

SNTESE DO TPICO INa perspectiva secular, o dinheiro apenas um elemento material; na crist, as dimenses espiritual e material devem coexistir.

SUBSDIO TEOLGICO"A refeio da Pscoa era parte importante da festividade. Exigia o sacrifcio e a assadura de um cordeiro, po sem fermento, ervas amargas e vinho. A pessoa devia comer a refeio da Pscoa na posio reclinada e depois do pr-do-sol (no incio do dcimo quinto dia de nis). Assim, antes que a refeio da Pscoa fosse celebrada, preparaes cuidadosas tinham de ser feitas.Lucas reconta como Jesus se prepara para comer a ltima refeio da Pscoa com os discpulos antes de sua morte. A expresso 'o dia da Festa dos Pes Asmos' se refere provavelmente ao dia antes da refeio, o dcimo quarto dia de nis, quando os judeus retiravam todo o fermento de suas casas em preparao festa. Jesus instrui Pedro e Joo a fazerem os arranjos necessrios, mas eles no tm ideia de onde Ele quer fazer a comemorao. Pelo fato de Jesus saber que Judas concordou em entreg-lo aos lderes religiosos (vv.21,22), Ele manteve o lugar da refeio em segredo. Durante a refeio da Pscoa, todos os judeus estariam a portas fechadas, e tal oportunidade ofereceria ocasio conveniente para Judas entregar Jesus s autoridades. Mas Jesus ser preso na hora em que Ele escolher, e no quando os inimigos escolherem" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentrio Bblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.460).

II. A CELEBRAO DA LTIMA CEIA 1. A preparao. Ao responder pergunta dos discpulos sobre onde se daria os preparativos da Pscoa, Jesus encaminha-os a um homem com um cntaro de gua (Lc 22.10). Lucas deixa claro que Cristo, como filho de Deus e capacitado pelo Esprito Santo, possua conhecimento prvio dos fatos. O expositor bblico Anthony Lee Ash, observa que o homem com um cntaro de gua seria facilmente notado, pois esse era um trabalho de mulher. Os hospedeiros costumavam oferecer suas casas durante a festa, em troca das peles de animais e utenslios usados para a refeio. O preparo da Pscoa incluiria a busca de fermento na casa e o preparo dos vrios elementos da refeio.2. A celebrao e substituio. Jesus possua conscincia de que a sua morte na cruz se aproximava e que Ele era o Cordeiro de Deus do qual o cordeiro da Pscoa era apenas um tipo (Jo 1.29). Com certeza milhares de cordeiros foram sacrificados em Jeruslam nessa data, mas somente Jesus era o "Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo" (Jo 1.29). Se a Pscoa judaica marcou a libertao do sofrimento do cativerio egpcio, agora Jesus, atravs do seu sofrimento, libertaria a humanidade da escravido do pecado. Pedro e Joo fazem os preparativos exigidos sobre a ltima Pscoa (Lc 22.7-20) e durante a celebrao da ltima Pscoa que Jesus instituiu a Ceia do Senhor (Lc 22.19,20). No contexto da Nova Aliana a Ceia do Senhor substituiu a Pscoa judaica (1 Co 11.20,23).

SNTESE DO TPICO IIFoi numa Pscoa judaica que nosso Senhor instituiu a Ceia, como uma ordenana para toda a Igreja.

III. OS ELEMENTOS DA LTIMA CEIA1. O vinho. O terceiro Evangelho faz referncia ao uso do clice por duas vezes, a primeira delas antes de mencionar o po (Lc 22.17,20). Mas essa reverso da ordem dos elementos no modifica em nada o significado da Ceia. Nesse particular, a liturgia crist segue o modelo dos outros evangelistas e de Paulo, onde o uso do vinho precedido pelo po (Mc 14.22-26; Mt 26.26-30; 1 Co 11.23-25). Tomando o clice, Jesus falou: "Este clice o Novo Testamento no meu sangue, que derramado por vs" (Lc 22.20). O sentido desse texto que o vinho um smbolo da Nova Aliana que foi selada com o sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus (x 12.6,7,13; 24.8; Zc 9.11; Is 53.12). 2. O po. Aps tomar o po, dar graas e partir, Jesus disse: "Isto o meu corpo, que por vs dado; fazei isso em memria de mim" (Lc 22.19). Jesus usa a expresso: "isto o meu corpo" com sentido metafrico, da mesma forma que Ele disse: "Eu sou a porta" (Jo 10.9). O po era um smbolo do corpo de Jesus da mesma forma que o vinho era do seu sangue. A palavra "oferecido" traduz o verbo grego didomi, que tambm possui o sentido de entregar. Esse mesmo verbo usado nos textos de Isaas 53.6,10,12, onde h uma clara referncia a um sacrifcio (cf. x 30.14; Lv 22.14). O corpo de Jesus seria oferecido vicariamente em favor dos pecadores.

SNTESE DO TPICO IIIOs elementos da Ceia so o vinho, que simboliza o sangue de Jesus; o po, que simboliza o corpo partido do Senhor.

SUBSDIO TEOLGICO"Devido, em grande parte, conotao um tanto mstica que acompanha a palavra 'sacramento', a maioria dos pentecostais e evanglicos prefere o termo 'ordenana' para expressar o seu modo de entender o batismo e a Ceia do Senhor. J na era da Reforma, alguns levantavam objees palavra 'sacramentos'. Preferiam falar em 'sinais' ou 'selos' da graa. Tanto Lutero quanto Calvino empregavam o termo 'sacramento', mas chamavam ateno para o fato de que o usavam num sentido teolgico diferente da implicao original da palavra em latim. O colega de Lutero, Philipp Melanchthon, preferia empregar o termo signis ('sinal'). Hoje, alguns que no se consideram 'sacramentalistas', ou seja, que no acham que a graa salvfica seja transmitida atravs dos sacramentos, continuam usando os termos 'sacramento' e 'ordenana' de modo sinnimo. Devemos interpretar cuidadosamente o sentido do termo de acordo com a relevncia e implicaes atribudas cerimnia pelos participantes. As ordenanas, determinadas por Cristo e celebradas por causa do seu mandamento e exemplo, no so vistas pela maioria dos pentecostais e evanglicos como capazes de produzir por si mesmas uma mudana espiritual, mas como smbolos ou formas de proclamao daquilo que Cristo j levou a efeito espiritualmente nas suas vidas" (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemtica: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.560).

CONCLUSOParticipar da Ceia do Senhor um privilgio do qual todo cristo deve se alegrar. No se trata de um ritual vazio, mas de uma celebrao carregada de significado, porque aponta para o sacrifcio do calvrio. A Ceia celebra a vitria de Cristo, o Cordeiro de Deus, sobre o pecado e suas consequncias. Ao participarmos da Ceia, devemos manter uma atitude de eterna gratido ao Senhor por nos haver dado vida quando nos encontrvamos mortos em nossos delitos. Assim como os antigos judeus no deveriam celebr-la com fermento em seus lares, da mesma forma no devemos comemorar a Ceia com o velho fermento do pecado. Celebremos a Ceia com os asmos da sinceridade.

PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Quando ocorria a festa da Pscoa?A festa da Pscoa era uma das celebraes que ocorria na primavera. A palavra Pscoa derivada de qual verbo hebraico e qual o seu significado? A palavra derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima".

O que o vinho na Santa Ceia simboliza?O vinho um smbolo da Nova Aliana, que foi selada com o sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus.

O que simboliza o po?O po simboliza o corpo de Jesus.

O significa, para voc, participar da Santa Ceia?Resposta livre.

Subsdio Ensinador CristoA ltima CeiaO ambiente da ltima Pscoa de Jesus, e a instituio da Ceia do Senhor, digno de notas extensas. Quem estava na Ceia do Senhor, assentado mesa? Judas, o traidor; os discpulos que logo aps a Ceia do Senhor disputavam sobre quem seria o maior entre eles; estava presente Pedro, que negou Jesus trs vezes; no final, todos os discpulos abandonariam o Senhor, exceto o apstolo Joo. Esse contexto significativo quando refletimos sobre a simbologia da ordenana de nosso Senhor.O ato da Ceia do Senhor demonstra que Ele se entregou em favor de ns, seres humanos imperfeitos, no regenerados e dependentes exclusivamente da graa de Deus. O nosso Senhor estava diante dos seus discpulos, aqueles que os trairia, os negaria, e encontravam-se preocupado acerca de quem o maior no Reino de Deus. Ele partiu o po e deu-o para essas pessoas, Ele serviu o suco da vide para essas pessoas. A Ceia do Senhor foi instituda num ambiente onde estavam pessoas com uma natureza absolutamente contrria ao Evangelho. Jesus sabia que seria trado, negado e que pessoas estavam preocupadas com a posio que assumiriam quando o seu reino fosse instaurado. Para esses discpulos, o reino era de perspectiva humana, palaciana e material. Por isso, quando o nosso Senhor foi crucificado e morto, os discpulos dispersaram, pois Onde estava o reino?; Onde estava o Palcio?; onde estava o rei?. Os discpulos simplesmente desanimaram... No somos to diferentes dos discpulos hoje. Talvez, no tramos o Senhor, entregando-o a morte para livrar a nossa pele, por absoluta falta de oportunidade. Quantas vezes quando estamos sob alguma presso, o nosso pensamento desistir? Imagine a presso que o nosso Senhor sentiu e, igualmente, a presso que o apstolo Joo pressentiu ao decidir ficar s, com Maria, a me de Jesus e outras mulheres que sofriam o sofrimento do Messias.Hoje, pela graa de Deus, temos a possibilidade de sentarmo-nos mesa do Senhor, comer do seu corpo e beber do seu sangue. Lembrando de to grande e suficiente sacrifcio que o nosso Senhor fez por ns. Celebrando a sua presena conosco, pois Ele est vivo, ressuscitou e habita em ns. Igualmente, tendo a esperana de um dia Ele voltar para nos buscar, pois chegar o dia em que o nosso Senhor beber de novo, mas agora juntamente conosco, do fruto da vide. Portanto, a Ceia do Senhor nos faz olhar para o passado, viver o presente e ter esperana no futuro. Deus est conosco!

Lio 12: A Morte de Jesus21 de Junho de 2015

TEXTO UREO"E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mos entrego o meu esprito. E, havendo dito isso, expirou." (Lc 23.46)

VERDADE PRTICAJesus no morreu como mrtir ou heri, mas como o Salvador da humanidade.

LEITURA DIRIASegunda - Lc 22.39-46Momentos que antecederam a crucificao de Jesus

Quinta - Jo 18.31O motivo da crucificao de Jesus na esfera polticaTera - Lc 22.2-6Judas, por ambio, negociou com os judeus a traio do Filho de Deus

Sexta - Lc 23.21-23O mtodo terrvel de execuo para os condenados morteQuarta - Jo 11.47-53 O porqu da crucificao de Jesus na esfera religiosa

Sbado - Is 53.11O real significado da crucificao do Senhor Jesus Cristo

LEITURA BBLICA EM CLASSE: Lucas 23.44-5044 - E era j quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra at hora nona,45 - escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o vu do templo.46 - E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mos entrego o meu esprito. E, havendo dito isso, expirou.47 - E o centurio, vendo o que tinha acontecido, deu glria a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.48 - E toda a multido que se ajuntara a este espetculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.49 - E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galileia estavam de longe vendo essas coisas.50 - E eis que um homem por nome Jos, senador, homem de bem e justo.

HINOS SUGERIDOS: 163, 291, 382 da Harpa Crist

OBJETIVO GERALApresentar a causa primeira que levou Jesus cruz: os nossos pecados.

OBJETIVOS ESPECFICOSAbaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

Pontuar as aflies de Cristo de carter interno e externo.Explicar a dramaticidade do relato da traio de Jesus.Relacionar os dois tipos de julgamentos de Jesus, o religioso e o poltico.Ensinar sobre o mtodo e o significado da crucificao e morte de Cristo.

INTERAGINDO COM O PROFESSORO julgamento de Jesus foi o que h de mais covarde no pensamento humano e na prtica religiosa. O mtodo e os pressupostos do julgamento de Jesus de Nazar demonstram o que a elite religiosa de Israel estava acostumada a fazer em sua poca, isto , burlar a lei para a manuteno dos seus prprios interesses. O julgamento de Jesus foi um grande teatro. Nada do que fosse dito ou apresentado a favor do Nazareno mudaria o cenrio. A classe religiosa havia pensado pormenorizadamente nos caminhos precisos para fazerem o espetculo jurdico mais odioso que se ouviu dizer na histria dos homens. Pensar que, aps humilharem o Senhor Jesus, castigar o seu corpo, crucificarem-no e matarem-no, o "clero" judaico foi celebrar a Pscoa como se nada tivesse acontecido. Imagine! Mataram uma pessoa e, logo depois, "cultuaram" a Deus. Quando a religio fecha-se em si mesma, e nos seus prprios interesses, capaz das maiores perversidades, pensando estar a servio de Deus. Que o Senhor guarde o nosso corao!

COMENTRIOINTRODUOOs momentos que antecederam priso e julgamento de Jesus foram extremamente difceis e penosos para Ele e seus seguidores. As autoridades judaicas j haviam decidido, em conclio, pela sua morte, e esperavam apenas o momento oportuno para isso. No intentavam realizar o ato durante a Pscoa, para no causar tumulto. Nesse momento surge Judas Iscariotes, um dos doze discpulos, com a proposta de entregar Jesus a esses lderes. E foi o que ele fez.Preso, Jesus logo submetido a um julgamento que o condenou e o entregou para ser crucificado! Pregado na cruz, Jesus, o homem perfeito, sentiu as dores dos cravos e o peso do pecado da humanidade.

I. AS LTIMAS ADVERTNCIAS E RECOMENDAES 1. Aflio interior. Sabendo que era chegada a sua hora, Jesus trata de dar as ltimas advertncias e recomendaes aos seus discpulos. Todos os evangelistas registram a advertncia que Jesus fez a Pedro (Mt 26.31-35; Mc 14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38). Faltava pouco para o Mestre ser preso, e tanto Ele quanto seus discpulos iriam passar por um conflito interior sem precedentes. Da a necessidade de estarem preparados espiritualmente para esse momento (Mt 26.41). Pedro avisado de que Satans o queria peneirar (Lc 22.31-34). No Monte das Oliveiras, pouco antes de sua priso, Ele advertiu a todos sobre a necessidade da orao para suportar as provaes que se avizinhavam (Lc 22.39-46). Podemos falhar e muitas vezes falhamos, entretanto, no por falta de aviso. 2. Aflio exterior. O texto de Lucas 22.35-38 tem chamado a ateno dos estudiosos da Bblia. Estaria Jesus aqui pregando a luta armada? No! Isso pelo simples fato de que o uso da fora como parte do seu Reino frontalmente contrrio aos seus ensinos (Mt 5.9, 22.38-47). Jesus cita a profecia de Isaas 53.12 como se cumprindo naquele momento, e os discpulos, solidrios com a sua misso, sofreriam as suas consequncias. Assim como o seu Mestre, eles tambm seriam afligidos exteriormente com as consequncias da priso. Deveriam, portanto, estar preparados para aquele momento. Jesus seria contado com os malfeitores e seus discpulos seriam identificados da mesma forma (Mc 14.69).

PONTO CENTRALJesus Cristo foi crucificado e morto pelos pecados de toda a humanidade.

SNTESE DO TPICO IAntes de ser preso, Jesus deu advertncias e recomendaes para seus discpulos, pois sabia das aflies internas e externas que eles padeceriam.

SUBSDIO TEOLGICO"As palavras finais de Jesus aos discpulos no cenculo os fazem lembrar de dificuldades frente (Lc 22.35-38). Anteriormente, Ele os tinha enviado de mos vazias para pregar o evangelho (Lc 9.1-6; 1.3,4). Eles fizeram uma viagem curta e levaram consigo providncias limitadas, mas suas necessidades tinham sido providas. Nos dias tranquilos da misso galileia, eles tinham confiado na hospitalidade das pessoas. Agora os tempos mudaram, e eles enfrentaro dificuldades como nunca antes. Logo, Jesus ser executado como criminoso, e os discpulos sero vistos como comparsas no crime. Deus ainda estar com os discpulos, mas daqui em diante eles tm de tomar providncias e buscar proteo para a viagem. Eles tero de se defender contra os inimigos do evangelho, contra Satans e contra as foras das trevas. Eles devem obter uma espada.Alguns tomam a palavra 'espada' literalmente, significando que os discpulos devem comprar espadas para usar em conflito fsico. Mais tarde, alguns estaro preparados para defender Jesus com espadas, mas Ele detm essa tentativa antes de qualquer coisa (vv. 49-51). O que Jesus realmente quer que os discpulos provejam as prprias necessidades e se protejam sem derramar sangue. Eles se encontraro cada vez mais lanados numa luta espiritual e csmica. A compra de espadas serve para lembr-los daquela batalha iminente. Empreender esse tipo de guerra requer armas especiais, inclusive 'a espada do Esprito, que a palavra de Deus' (Ef 6.11-18).Os discpulos parecem no entender (Lc 22.38). Eles informam que tm duas espadas. Jesus diz: 'Basta', provavelmente com a inteno de repreenso irnica por pensarem assim. Eles encetaro uma guerra csmica; os recursos humanos nunca so suficientes para esse tipo de luta" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentrio Bblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.463-64).

CONHEA MAIS*A crucificao"Os cidados romanos, via de regra, no tinham de enfrentar a crucificao, a menos que fossem condenados por alta traio. A cruz estava reservada para os no cidados romanos, sujeitos das provncias em que eram criminosos perigosos, lderes revolucionrios e escravos." Leia mais em Guia Cristo de Leitura da Bblia, CPAD, p. 94.

II. JESUS TRADO E PRESO1. A ambio. A traio de Jesus um dos relatos mais dramticos e tristes que o Novo Testamento registra. Jesus foi trado por algum que compartilhava da sua intimidade (Sl 41.9). Judas, conforme relata Lucas, foi escolhido pelo prprio Cristo para ser um dos seus apstolos (Lc 6.16).O que levou, portanto, Judas a agir dessa forma? Os textos paralelos sobre o relato da traio mostram que Judas era avarento, amava o dinheiro e a ambio o levou a entregar o Senhor (Jo 12.4-6). 2. A negociao. H muito, os lderes religiosos procuravam uma oportunidade para matar Jesus, mas alm de no encontr-la, eles ainda temiam o povo (Mt 26.3-5; Lc 22.2). Lucas mostra que o Diabo entra em cena para afastar esse obstculo (Lc 22.3-6). O terceiro Evangelho j havia mostrado, por ocasio da tentao, que o Diabo tinha se apartado de Jesus at o momento oportuno (Lc 4.13). Sabendo que Judas estava dominado pela ambio, Satans incita-o a procurar os lderes religiosos para vender Jesus (Lc 22.2-6). O preo foi acertado em 30 moedas de prata (Mt 26.15). Quando o responsabiliza por seu ato, a Escritura mostra que Judas no estava predestinado a ser o traidor de Jesus (Mc 14.21). Ele o fez porque no vigiou (Lc 6.13; 22.40). Quem no vigia termina vendendo ou negociando a sua f.

SNTESE DO TPICO IIA ambio de Judas fez com que ele negociasse a priso do Mestre e, finalmente, o trasse.

III. JULGAMENTO E CONDENAO DE JESUS 1. Na esfera religiosa. Os conflitos entre Jesus e os lderes religiosos de Israel comearam muito cedo (Mc 3.6). As libertaes, as curas e autoridade com que transmitia a Palavra de Deus fez com que as multides passassem a seguir a Jesus (Lc 5.1). Essa popularidade entre as massas provocou inveja e cime dos lderes religiosos que perdiam espao a cada dia (Jo 12.19). Para esses lderes, alguma coisa deveria ser feita e com esse intuito reuniram o Sindrio. A deciso foi pela morte de Jesus (Jo 11.47-57). O passo seguinte foi fazer um processo formal contra Jesus, onde Ele seria falsamente acusado de ser um sedicioso que fizera Israel se desviar. 2. Na esfera poltica. Para os lderes religiosos, Jesus era um herege, acusado de ter blasfemado, e que deveria ser tirado de cena a qualquer custo, mesmo que fosse a morte. Todavia, Israel nos dias de Jesus estava sob a dominao romana e os lderes judeus no poderiam conquistar o seu intento sem a aprovao do Imprio (Jo 18.31). Lucas deixa claro que a acusao dos lderes judeus feita a Jesus era trplice: desviar a nao; proibir os judeus de pagarem impostos a Roma e afirmar que Ele, e no Csar, era rei (Lc 23.2,5,14). Em outras palavras, Jesus foi acusado de sedio. Desviar os judeus de sua f no era crime para Roma, mas a sedio, fazer o povo se levantar contra o imprio, era! Jesus, portanto, estaria levando os seus discpulos a uma revolta poltica. Os romanos no toleravam nenhuma forma de levante contra o Estado e estipulavam para esse tipo de crime a pena capital.

SNTESE DO TPICO IIIO julgamento de Jesus deu-se em duas esferas: a religiosa e a poltica

IV. A CRUCIFICAO E A MORTE DE JESUS 1. O mtodo. A pena capital imposta pelo Imprio Romano aos condenados se dava atravs da crucificao. Os pesquisadores so unnimes em afirmar que essa era a mais cruel e dolorosa forma de execuo! Josefo, historiador judeu, informa que antes da execuo, os condenados eram aoitados e submetidos a todo tipo de tortura e depois crucificados do lado oposto dos muros da cidade. Ccero, historiador romano, ao se referir crucificao, afirmou que no havia palavra para descrever ato to horrendo. A mensagem do Imprio Romano era clara - isso aconteceria com quem se levanta contra o Estado. Jesus, portanto, sofreu os horrores da cruz. De acordo com os Evangelhos, Ele foi aoitado, escarnecido, ridicularizado, blasfemado, torturado, forado a levar a cruz e por fim crucificado (Jo 19.1-28). 2. O significado. Para muitos crticos, Jesus no passou de um mrtir como foram tantos outros lderes judeus que viveram antes dEle. Todavia, a teologia lucana depe contra essa ideia. O que se espera da morte de um mrtir no pode ser encontrado na narrativa da morte de Jesus. Para Lucas, Jesus morreu vicariamente pela humanidade. A relao que Lucas faz do relato da paixo com a narrativa do Servo Sofredor de Isaas 53 mostra isso. O Servo sofredor, Jesus, justifica a muitos. O carter universal da salvao presente em Isaas 53 aparece tambm em Lucas. Jesus, portanto, o Servo Sofredor que se humilha at morte de cruz, mas exaltado e glorificado por Deus pela obra que realizou.

SNTESE DO TPICO IVO mtodo usado para matar Jesus foi a crucificao, denotando que o Senhor morreu vicariamente pela humanidade.

SUBSDIO TEOLGICO"A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvao e da redeno remonta Pscoa (x 12.1-13). Deus veria o sangue aspergido e 'passaria por cima' daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mos no sacrifcio, o significado era muito mais que identificao (isto : 'Meu sacrifcio'). Era um substituto sacrificial (isto : 'Sacrifico isto em meu lugar').Embora no se deva forar demais as comparaes, a figura claramente transferida a Cristo no Novo Testamento. Joo Batista apresentou-o, anunciando: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo' (Jo 1.29). Em Atos 8, Filipe aplica s boas novas a respeito de Jesus a profecia de Isaas que diz que o Servo seria levado como um cordeiro ao matadouro (Is 53.7). Paulo se refere a Cristo como 'nossa pscoa' (1 Co 5.7). Pedro afirma que fomos redimidos 'com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado' (1 Pe 1.19)" (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemtica: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.352).

CONCLUSO um fato histrico que Jesus foi condenado pelos lderes religiosos e executado pelas leis romanas. Todavia, devemos lembrar de que a causa primeira que levou Jesus de fato cruz foram os nossos pecados (Is 53.5). O apstolo Paulo tambm destaca esse fato: "quele que no conheceu pecado, o fez pecado por ns; para que, nele, fssemos feitos justia de Deus" (2 Co 5.21). A cruz resolveu o problema do pecado, e todos ns finalmente pudemos desfrutar a paz com Deus (Rm 5.1). Deus seja louvado.

PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Conforme a lio, que alerta Jesus fez aos discpulos antes de ser trado?Pedro avisado de que Satans o queria peneirar (Lc 22.31-34). No Monte das Oliveiras, pouco antes de sua priso, Ele advertiu a todos sobre a necessidade da orao para suportar as provaes que se avizinhavam (Lc 22.39-46).

Qual foi a forma que os lderes acharam para, injustamente, entregar Jesus?Atravs de Judas, os lderes religiosos compraram Jesus (Lc 22.2-6) pelo preo de 30 moedas de prata (Mt 26.15). Quanto condenao capital, o acusaram injustamente de sedio.

Quais so as duas esferas nas quais se deu a traio de Jesus?Religiosa e poltica.

Qual era o mtodo usado pelos romanos para executar os condenados?A pena capital imposta pelo Imprio Romano aos condenados se dava atravs da crucificao.

O que a crucificao de Jesus representa para voc?Resposta Livre

Subsdio Ensinador CristoA morte de JesusEle era judeu, nascido em Belm da Judeia. Morador de Nazar, norte da Galileia. Era um cidado da Terra de Cana, a Palestina da atualidade, o local onde est fixada a nao contempornea de Israel. Filho de carpinteiro, do seu pai Jos, esposo de Maria, sua me, Jesus de Nazar cresceu e desenvolveu-se como qualquer outro ser humano. Aos trinta anos ele iniciou a sua peregrinao na terra de Israel para pregar uma mensagem contundente. Ele dizia que o Reino de Deus havia chegado a Terra e este reino era diferente daquele dos homens. O Reino de Deus uma dimenso dominada pelo o amor do Altssimo. E o nazareno a plena encarnao desse amor para com a humanidade (leia Joo 3.16). Por falar de amor, mansido, humildade, perdo e altrusmo, o homem de Nazar incomodou muita gente poderosa de sua poca. Sua mensagem lhe custou a liberdade. Ele foi constrangido, perseguido, humilhado, odiado e preso. Isto mesmo. Parte da populao judaica, instigada pelos seus lderes religiosos, preferiu libertar um criminoso a Jesus (Mt 27.15-17,21; 15.6,7,11,15). O Meigo Nazareno foi condenado a Cruz do Calvrio, uma das piores penas capitais executadas pelo Imprio Romano do primeiro sculo da era crist. Jesus de Nazar foi crucificado. Morto. Todos assistiram: sua famlia, particularmente a sua me, os seus discpulos, os judeus e os romanos. Apesar de perseguido por fazer o bem, o nosso Senhor sabia da sua misso redentora: Era preciso morrer para salvar o pecador (Lc 2.25-38). Mas os seus algozes no tinham noo dessa misso de Jesus. Por isso o bateram; rasgaram a sua carne; arrancaram a sua barba; furaram a sua cabea com a coroa de espinho; deram-lhe uma cruz para caminhar at o calvrio; o crucificaram; transpassaram uma lana em seu peito. Jesus morreu!Perguntar ao nosso aluno se ele tem a conscincia do significado da morte de Jesus Cristo uma forma de desenvolver uma reflexo interior nele. Explique-o que o Esprito Santo pode faz-lo experimentar o que milhares de pessoas h mais de dois mil anos experimentaram em suas vidas: o constrangimento de Jesus morrer em meu lugar. Diga que era para voc e o seu aluno estar no lugar de Jesus! Sim, eu quem deveria est l! Jesus de Nazar sofreu, foi humilhado e entregue nas mos dos homens. O seu sangue derramado e o seu corpo partido na cruz foram um brado de amor pela humanidade. Por amor ele foi condenado. Foi por amor, por amor, por amor... Pense nisso!

Lio 13: A Ressurreio de Jesus28 de Junho de 2015

TEXTO UREO"E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o cho, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?" (Lc 24.5)

VERDADE PRTICAA ressurreio de Jesus a garantia de que todos os que morreram em Cristo se levantaro do p da terra.

LEITURA DIRIASegunda - 1 Rs 17.17-24A ressurreio no contexto do Antigo Testamento

Quinta - Lc 24.41-43Jesus no est morto. Ele verdadeiramente ressuscitouTera - Lc 7.11-17A ressurreio no contexto do Novo Testamento

Sexta - Jo 20.10-18; At 2.32As evidncias da ressurreio de Jesus, o Filho de DeusQuarta - Lc 24.39A ressurreio literal de Jesus segundo o Evangelho de Lucas

Sbado - Rm 4.25O propsito da ressurreio de Jesus segundo o Evangelho de Lucas

LEITURA BBLICA EM CLASSE: Lucas 24.1-81 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.2 - E acharam a pedra do sepulcro removida.3 - E, entrando, no acharam o corpo do Senhor Jesus.4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois vares com vestes resplandecentes.5 - E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o cho, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?6 - No est aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia,7 - dizendo: Convm que o Filho do Homem seja entregue nas mos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.8 - E lembraram-se das suas palavras.

HINOS SUGERIDOS: 183, 545 e 546 da Harpa Crist

OBJETIVO GERALApresentar a ressurreio de Cristo como a garantia da realidade da vida vindoura.

OBJETIVOS ESPECFICOSAbaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

Explicar a doutrina da ressurreio.Expor a natureza literal e corporal da ressurreio de Cristo. Elencar as evidncias diretas e indiretas da ressurreio de Jesus.Discutir o propsito da ressurreio de Jesus.

INTERAGINDO COM O PROFESSORA Bblia declara que a ressurreio de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discpulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apstolos: "E apareceu [Jesus] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmos de uma s vez, dos quais a maioria sobrevive at agora; porm alguns j dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apstolos e, afinal, depois de todos, foi visto tambm por mim, como por um nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA). Jesus ressuscitado a razo da f. A certeza para vivermos o presente e esperana para aguardarmos a nossa plena redeno. A ressurreio de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvao; da injustia para a justia eterna. Ele est vivo, assentado direita do Pai, intercedendo por ns como um verdadeiro advogado fiel.

COMENTRIOINTRODUOAs Escrituras ensinam que Deus fez o homem sua imagem e semelhana (Gn 1.26). Antes da Queda a morte no tinha domnio sobre o homem. Todavia, como um ser moralmente livre, o homem pecou fazendo com que o pecado entrasse no mundo e, com ele, a morte. A morte passou ento a todos os homens. Ainda na Antiga Aliana, o Senhor deu vida aos mortos para revelar o seu poder sobre a morte. E mesmo ainda no estando totalmente revelada, a doutrina da ressurreio j era crida por santos do Antigo Testamento (J 19.25). Eles anelavam pela redeno do corpo.Jesus se revelou como o Messias prometido e a sua morte e ressurreio garantiram que a penalidade do pecado - a morte -, fosse vencida. Em Cristo, o direito de viver eternamente em um corpo fsico tornou-se novamente real.

I. A DOUTRINA DA RESSURREIO 1. No Contexto do Antigo Testamento. O Antigo Testamento registra trs casos de pessoas que ressuscitaram. Os trs casos aconteceram no ministrio proftico de Elias e Eliseu. Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso est em 2 Reis 13.21 onde um morto torna vida quando toca os ossos do profeta Eliseu. Esses fatos demonstram, j na Antiga Aliana, o poder de Deus para dar vida aos mortos. Abrao, por exemplo, iria sacrificar seu filho Isaque Porque "considerou que Deus era poderoso para at dos mortos o ressuscitar" (Hb 11.18). 2. No contexto do Novo Testamento. Com o advento da Nova Aliana a doutrina da ressurreio demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10). O Novo Testamento registra vrios casos de pessoas sendo ressuscitadas. Algumas foram ressurreies efetuadas pelo Senhor Jesus, enquanto outras por seus apstolos (Mc 5.35-43; Lc 7.11-17; Jo 11.11-45; At 9.36-42; 20.9,10). Em todos os casos, exceto a ressurreio de Jesus, as pessoas ressuscitadas morreram novamente.

PONTO CENTRALJesus Cristo ressuscitou ao terceiro dia. Isso confirmado por muitas infalveis provas (At 1.3).

SNTESE DO TPICO IA doutrina da ressurreio do corpo est presente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.

CONHEA MAIS*O Sepulcro Vazio"Na tradio judaica da poca de Jesus, os sepultamentos normalmente tinham dois estgios. No primeiro, o corpo seria lavado e ungido, a boca amarrada, e o corpo envolvido em tiras de linho depositado em uma prateleira em uma caverna. O clima quente fazia com que os corpos se decompusessem com muita rapidez e, algumas vezes, a caverna poderia ser usada por mais de um corpo, assim especiarias eram acrescentadas para atenuar o mau cheiro da decomposio." Leia mais em Guia Cristo de Leitura da Bblia

II. A NATUREZA DA RESSSURREIO DE JESUS 1. Uma ressurreio literal. O testemunho do terceiro Evangelho de uma ressurreio fsica e literal. O prprio Jesus, quando ressuscitou, disse: "Vede as minhas mos e os meus ps, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um esprito no tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" (Lc 24.39). 2. Uma ressurreio corporal. A apologtica crist sempre assegurou que a ressurreio de Jesus foi um evento fsico no qual o seu corpo foi revivificado. Isto significa que, apesar de transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo fsico que fora sepultado. Lucas pe em relevo esse fato quando registra Jesus comendo com os discpulos aps a ressurreio (Lc 24.43). Em sua primeira Carta aos Corntios o apstolo Paulo assevera que toda a f crist falsa se a ressurreio de Jesus no aconteceu de forma corporal (1 Co 15.14,15).

SNTESE DO TPICO IIA ressurreio de Cristo foi corporal e literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discpulos durante 40 dias.

SUBSDIO DIDTICOProfessor, neste tpico, interessante enfatizar que, aps o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao tmulo de Cristo: Maria Madalena, Joana e Maria, me de Tiago (Lc 24.10). Chegando l, acharam a pedra do tmulo removida, mas o corpo do Senhor no estava mais l. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "No est aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convm que o Filho do Homem seja entregue nas mos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um versculo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto , no domingo pela manh bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado. Conduza o seu aluno concluso de que a ressurreio do nosso Senhor foi um acontecimento to extraordinrio que os primeiros seguidores de Jesus, todos judeus que guardavam o sbado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. No se pode desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreio maravilhosa, confortante e enche-nos de esperana. Esperana para o presente, esperana para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estar conosco para sempre.

III. EVIDNCIAS DA RESSURREIO DE JESUS 1. Evidncias diretas. As Escrituras apresentam muitas evidncias da ressurreio de Jesus. Os apologistas classificam essas evidncias em diretas e indiretas. O texto de Lucas 24.13-35 narra o encontro que dois discpulos, no caminho de Emas, tiveram com Jesus aps a sua ressurreio. Trata-se de uma evidncia direta da ressurreio porque mostra Jesus ressuscitado com um corpo fsico e tangvel. Evidncia semelhante pode ser vista no relato da ressurreio do Evangelho de Joo 20.10-18. Nesses relatos observamos que as pessoas para as quais o Senhor apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e at mesmo chegaram a toc-lo. No se tratava, portanto, de uma viso ou sonho, mas de um encontro real! 2. Evidncias indiretas. Como vimos, os Evangelhos apresentam muitas provas diretas da ressurreio do Senhor, todavia, apresentam tambm outras provas indiretas. Antes da ressureio encontramos um grupo de discpulos desanimado, triste e cabisbaixo. Era um cenrio desanimador. Aps a ressurreio e Pentecostes, esses mesmos discpulos se apresentam ao povo com uma ousadia nunca vista. Eles agora passaram a testemunhar que o Senhor deles estava vivo e apresentavam provas disso. Eles curavam os doentes, levantavam os paralticos, expeliam os demnios e testemunhavam: "Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos ns somos testemunhas" (At 2.32). A ressurreio de Jesus se tornou o principal tema da pregao apostlica.

SNTESE DO TPICO IIIO encontro dos discpulos com Jesus ressurreto no caminho de Emas um exemplo de evidncia direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discpulos de Jesus mais fortes e maduros na f.

SUBSDIO DIDTICO"Antes de Jesus sair da terra, Ele leva os discpulos fora, a Betnia. Erguendo as mos, Ele ora para que Deus os abenoe. Enquanto est orando, parte e levado ao cu pelo Pai celestial. Sua ascenso significa que Ele entrou na glria (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado mo direita do Pai. A partida de Cristo, e sua ascenso, completa sua obra na terra. Seus seguidores no o vero na terra como viram no passado. Ele levou para o cu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discpulos esto cheios 'com grande jbilo' e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes. Em vez de esta separao final ser um tempo de tristeza, ocasio de alegria, gratido e louvor. Agora eles reconhecem que Ele o Messias, o Filho divino de Deus, e o adoram como Senhor e Rei.Os discpulos esperam ser cheios com o Esprito. Eles obedecem ordem do Senhor, e voltam a Jerusalm" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentrio Bblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.479).

IV. O PROPSITO DA RESSURREIO DE JESUS 1. Salvao e justificao. Aos discpulos no cenculo, Jesus destaca a salvao como propsito da ressurreio (Lc 24.46-48). A ressurreio de Jesus difere de todas as outras, assim como Jesus difere de todos os homens. Ele o Deus que se fez carne (Jo 1.14); o segundo Ado, representando a humanidade cada (Rm 5.12; 1 Co 15.45), o nico mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5), que nos salva de nossos pecados (1 Tm 1.15). A Bblia diz que Ele morreu por causa de nossas transgresses (Rm 4.25); e que seu sacrifcio foi em resgate de todos (1 Tm 2.6). Mostra ainda que a sua ressurreio foi por "causa de nossa justificao" (Rm 4.25) e que nesse aspecto Ele foi designado filho de Deus com poder pela ressurreio dos mortos (Rm 1.4). 2. A redeno do corpo. A ressurreio de Jesus a garantia de que os crentes tambm ressuscitaro dos mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre os mortos, Jesus se tornou as primcias daqueles que ressuscitaro para no mais morrer (1 Co 15.23). O apstolo Paulo afirma que se Cristo no ressuscitou ento a nossa f v (1 Co 15.17). Na ressurreio, Jesus derrotou a morte de forma que no precisamos mais tem-la (1 Co 15.55-58). Na ressurreio, receberemos corpos incorruptveis e imortais (1 Co 15.42-49).

SNTESE DO TPICO IVO propsito da ressurreio de Jesus salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender dos seus maus caminhos.

CONCLUSOSem dvida uma das maiores notcias, e que foi dada por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de Jesus, a crena na ressurreio dos mortos no era consenso. Os fariseus acreditavam nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam. At mesmo os discpulos de Jesus se mostraram incrdulos e lentos em aceit-la. Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus se apresentou a seus discpulos com provas incontestveis a fim de que nenhum deles ficasse com dvida. A ressurreio de Jesus era uma realidade inconteste para a Igreja Apostlica a ponto de se tornar o principal tema de sua pregao.

PARA REFLETIRSobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Cite os casos de ressurreio registrados no ministrio de Elias e Eliseu.Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso est em 2 Reis 13.21, em que um morto torna vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.

Por que a doutrina da ressurreio dos mortos ainda no era plenamente revelada no Antigo Testamento?Somente com o advento da Nova Aliana a doutrina da ressurreio foi demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).

Jesus ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?Sim, apesar de transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo fsico que fora sepultado.

Como os apologistas classificam as evidncias da ressurreio de Jesus?Os apologistas classificam essas evidncias em diretas e indiretas.

Quais os propsitos da ressurreio de Jesus? Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptvel.

Subsdio Ensinador CristoA Ressurreio de JesusPassou o dia da crucificao, possivelmente na tarde da uma sexta-feira, mas quinta-feira para ns para os judeus o dia comea a partir das 18hs. Passou o Sbado de Aleluia. Chegou o Domingo Foi-se o primeiro dia, passou-se o segundo, mas chegou o terceiro. O mestre de Nazar ressuscitou. O Deus Pai o fez Senhor e Cristo e deu-lhe um nome que sobre todo o nome (Fp 2.9-11). Ele apareceu aos doze apstolos e a mais de 500 pessoas da Palestina no perodo de quarenta dias (Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; At 1.1-3; 1 Co 15). Aps o sepultamento de Jesus, algumas mulheres, Maria Madalena, Joana e Maria, me de Tiago (Lc 24.10), foram ao tmulo de Cristo. Chegando l, acharam a pedra do tmulo removida, mas o corpo do Senhor no estava mais l. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: Ele no est aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando estava na Galileia, ele disse a vocs: O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia (Lc 24.6,7). Sim, Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto , no domingo pela manh bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado. A Bblia declara que a ressurreio de Jesus e o seu aparecimento posterior aos discpulos foram eventos to grandiosos que o apstolo Paulo os relatou detalhadamente: [Jesus] apareceu a Pedro e depois aos doze apstolos. Depois apareceu de uma s vez, a mais de quinhentos seguidores, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns j morreram. Em seguida apareceu a Tiago e, mais tarde, a todos os apstolos. Por ltimo, depois de todos, ele apareceu tambm a mim, como para algum nascido fora de tempo (1 Co 15 4-8). Jesus Ressuscitado a razo da nossa f!