liÇÃo 12 – um tipo do futuro anticristo

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INTRODUÇÃO

No capítulo onze, Deus revela a Daniel eventos

proféticos que se cumpriram no período

interbíblico, ou seja, o período entre o Antigo e o

Novo Testamentos.

Nesta revelação profética destaca-se o

personagem histórico que estudaremos nesta

lição, Antíoco Epifânio. Esse personagem

prefigura o Anticristo revelado em o Novo

Testamento (Mt 24.15; 2 Ts 2.3-12).

Essas profecias reveladas a Daniel cumpriram-se fielmente por

uns 500 anos até o período interbíblico, que vai do fim de

Malaquias ao início de Mateus.

1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).

Aparece no versículo primeiro o nome do rei "Dario, o medo" que

é o mesmo de Daniel 5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu

a Dario como rei. No capítulo onze é revelado a Daniel uma

sucessão de reis que vai de Ciro até o desmoronamento do reino

de Alexandre. Foi revelado a Daniel que o rei valente (v.3),

Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o

Senhor mostrou também que embora imponente, o reino de

Alexandre seria partido aos quatro ventos do céu (v.4). Os reinos

deste mundo, por mais importantes que sejam, são todos

passageiros. Somente o Reino de Deus é eterno.

A história apresenta diferentes datas quanto a estes reis, mas isso

não afeta o cumprimento, com exatidão, dos fatos proféticos do

capítulo onze.

2. Um rei valente (11.3). O rei valente que seria

levantado era Alexandre Magno. A importância

dessa profecia está no fato de que é Deus que

dirige a história para que sua soberana vontade

seja exercida especialmente em relação a Israel.

Até o versículo 35 a profecia de Daniel se

concentra em revelar os reinos gentílicos. Depois,

o foco principal passa a ser o povo de Deus e

seus sofrimentos.

Os reis do Sul descritos no versículo cinco eram

os Ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter,

general de Alexandre. E os reis do Norte (v. 6)

eram os Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que

governou parte da Ásia Menor e Síria.

3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20). Afirma o

versículo quatro que "estando ele em pé, o seu reino será quebrado".

Alexandre morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. O seu reino,

como havia sido revelado pelo Senhor, "foi repartido para os quatro

ventos do céu" (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu reino foi

dividido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e

Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania

de Deus no destino das nações, não podemos duvidar que Ele permite

que reinos sejam estabelecidos e destruídos. "Os quatro ventos do céu"

(v.4) lembra a profecia sobre a figura das quatro cabeças do leopardo

alado (7.6) e a visão do bode com quatro chifres notáveis (8.8). As

figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as

mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da

morte de Alexandre. Cassandro reinou na Macedônia; Lisímaco reinou

na Trácia e Ásia Menor; Ptolomeu reinou no Egito e Seleuco reinou

sobre a Síria e o restante do Oriente Médio.

Nos versículos 5 a 20, temos uma sucessão de guerras entre esses

quatro reis, especialmente entre Egito e Síria, entre os reinos do Norte

e do Sul. O rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a.C.) o qual

tornou -se um tipo do Anticristo.

Os quatro generais de Alexandre que se

tornaram reis não se contentaram com

seus territórios e passaram a lutar entre

si. Seleuco IV ocupava o trono da Síria

em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C.

Ele morreu envenenado e seu filho

deveria assumir o trono, mas seu tio

Antíoco Epifânio tomou o trono da forma

mais ignominiosa e detestável possível.

Assumiu o trono sírio e mudou seu título

de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto

é, o glorioso.

1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.

Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40

anos de idade. O vocábulo Antíoco significa

adversário, e Epifânio significa ilustre, o que é uma

contradição. Segundo a história, reinou apenas onze

anos, e morreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos

anos de reinado usou artifícios mentirosos, enganosos

e cruéis como ninguém. Antíoco Epifânio não tinha

escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi atra-

vés de intrigas e engano (11.21). Ele derramou muito

sangue em guerras. Enriqueceu com os despojos

quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo

vinte e um o chama de "homem vil", porque fingindo

amizade e aliança, entrou no Egito e se apoderou do

reino de Ptolomeu Filometer.

2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém

(11.28). Antíoco Epifânio, depois de ter

entrado no Egito e ter tomado posse do reino

de Ptolomeu VI (vv.25,26), resolveu investir

contra a Terra Santa, especialmente,

Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de

Israel. Por isso, partiu para a profanação do

Templo e fez cessar os sacrifícios diários

(11.30,31). Houve resistência da parte de

judeus fieis que não cederam aos abusos de

poder e a arrogância desse rei sírio. Ele

ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar

sagrado para profanar o Santuário.

3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35). Ao invadir Jerusalém, Antíoco

Epifânio desrespeitou valores morais

e éticos da sociedade israelita.

Estabeleceu regulamentações

contra a circuncisão, a observância

do sábado e outras práticas

dietéticas do povo hebreu. O

versículo 31 fala da "abominação

desoladora", quando Epifânio

construiu um altar a Zeus, deus

grego, sobre o altar dos holocaustos

no Templo.

1. O "homem vil" que chega ao poder. Até o versículo 35 a história se

cumpriu perfeitamente. A partir do

versículo 36, os fatos acontecem de modo

especial e fala de um rei que agirá

segundo a sua própria vontade. Trata-se

de um homem que chega ao poder,

prospera, cresce em força e, então,

investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na

figura de Antíoco Epifânio, assume o

papel de divindade. Essa profecia tem o

respaldo do Novo Testamento nas

palavras de Paulo, quando diz que "se

opõe contra tudo que se chama Deus ou

se adora" (2 Ts 2.4).

2. O futuro governante mundial no "tempo do fim". Nos versículos 36 a 45

do capítulo onze está escrito que ele

fará conforme sua própria vontade. O

versículo quarenta fala do "fim do

tempo" apontando para a Grande

Tribulação que é a septuagésima

semana do texto de Daniel 9.27. Nesse

período, os reis do Norte e do Sul se

unirão numa coligação de nações na

" terra gloriosa" (11.41) para a grande

batalha do Armagedom, onde o

Anticristo será derrotado na Segunda

Vinda de Cristo (Ap 19.11-20).

3. Precisão profética.

Como vimos, Antíoco

Epifânio é um personagem

da história que representa o

rei futuro, o Anticristo, que

provocará o grande conflito

com Israel e fará tudo para

destruir a nação, até que

venha o Senhor para aniquilar

o seu poder.

CONCLUSÃO

A Bíblia declara que o "último dia"

não acontecerá sem que primeiro

venha a apostasia e seja

manifestado "o homem da

iniquidade, o filho da perdição" que

é o Anticristo (2 Ts 2.3). Isto se dará

no período da Grande Tribulação,

todavia, a Igreja do Senhor não

estará mais na Terra e assim não

verá o Anticristo.

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Produção dos slides

Pr. Ismael Pereira de Oliveira

&Lourinaldo Serafim