liÇÃo 12 - três jovens e o milagre da fornalha
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Apostila O Milagre do Tres Jovens na FornalhaTRANSCRIPT
LIÇÃO 12 – 21 DE DEZEMBRO DE 2014 - EDITORA BETEL
TRÊS JOVENS E O MILAGRE DA FORNALHA
TEXTO ÁUREO
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as
obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” Tg 2.14
VERDADE APLICADA
Jamais saberemos o alcance da nossa fé até que sejamos postos diante de
uma escolha que peça a renúncia daquilo que mais estimamos e revele
quem somos diante da circunstância.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Deixar evidente que a fidelidade é inegociável mesmo diante da opressão
e das ameaças;
► Mostrar que ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas de
fornalha;
► Ensinar que todo aquele que é forjado no calor da provação torna-se puro
e flexível.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Dn 3.13 - Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque,
Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei.
Dn 3.14 - Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque,
Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a
estátua de ouro que levantei?
Dn 3.15 - Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina,
da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a
espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom
é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da
fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas
mãos?
Dn 3.16 - Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei
Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
INTRODUÇÃO
Poucas pessoas podem compreender até que ponto a fé pode ser capaz
de renunciar. A magnífica história de Sadraque, Mesaque e Abednego nos
ensina que quando o assunto é fidelidade ao Senhor, nem mesmo a morte
poderá amedrontar aos que nEle estão alicerçados. (Sl 125.1).
INTRODUÇÃO- Professor(a), nesta lição ressalte o ensino de fé que os jovens deram para nós povo de Deus. - “nem mesmo a morte poderá amedrontar”, esse é o grande ponto dessa impressionante história, eles consideraram a possibilidade de morrer.
1. FIÉIS NÃO SE VENDEM NEM RETROCEDEM DIANTE DO FOGO
Nabucodonosor era um rei sagaz que oferecia aos príncipes escravos
uma faculdade gratuita, uma posição de destaque no reino, e um salário
digno. Esse tipo de persuasão fazia com que os cativos se esquecessem de
sua terra e vivessem sob a égide de seu domínio, abandonando suas raízes
e se tornando parte de seu reino.
Uma vida próspera e tranquila, essas eram as condições oferecidas pelo rei
Nabucodonosor aos seus súditos, todavia teriam que se submeter a todas as leis
impostas, caso contrário sofreriam a sanção da lei, que nesse caso era a morte na
fornalha de fogo. Uma escolha que balançaria o coração de homens infiéis, porém os
três jovens preferiram continuar a comunhão com o Deus verdadeiro e recusar as
ofertas do rei Nabucodonosor.
1. FIÉIS NÃO SE VENDEM NEM RETROCEDEM DIANTE DO FOGO- “faculdade gratuita”, eles estudavam com os melhores sábios do reino.- “que os cativos se esquecessem de sua terra”, a ideia era tirar a cultura de origem introduzindo a babilônica no lugar, por isso eles tiveram seus nomes trocados. - “abandonando suas raízes e se tornando parte de seu reino”, nesse ponto Nabucodonosor era um tipo de Satanás, que até hoje visa tenta fazer os jovens cristãos esquecerem-se de suas raízes cristãs e se integrarem no reino das trevas.
1.1. Nabucodonosor e seu inferno particular
Nabucodonosor já havia reconhecido o Senhor como um grande Deus
através da revelação de Daniel (Dn 2.47). Porém, não se arrependeu e essa
verdade não alcançou seu obstinado coração. Em vez disso, confeccionou
uma estátua de ouro com sua imagem para forçar seus súditos a adorá-lo, e
aquele que lhe desobedecesse deveria ser lançado na fornalha de fogo
ardente. Essa é a forma como age o coração humano quando não glorifica a
Deus: o homem glorifica a si mesmo e tenta fazer com que todos o adorem.
Como toda religião, Nabucodonosor tinha uma banda, uma lei, um ídolo para
adorar, e um inferno particular (a fornalha) que condenava quem não se
entregasse a seu credo. Seu maior problema foi achar que mesmo
comprando o caráter de alguns, todos eram da mesma estirpe se curvando
ao seu sistema.
A Bíblia aconselha aos cristãos a obedecerem aos governos e às leis (Rm 13.1-8). Todavia, também
deixa muito claro que os cristãos não podem desobedecer a Deus a fim de obedecer ao governo terreno (At
4.19; 5.29). Quando o governo tenta controlar nossa consciência e nos dizer como adorar, nós obedecemos
a Deus em vez de submetermo-nos aos seres humanos, sem levar em conta o preço a pagar por isso.
Sadraque, Mesaque e Abednego foram colocados a prova em meio as situações
difíceis da vida. O rei Nabucodonosor determina um decreto (Dn. 03:10-11), qualquer
que não obedecesse sofreria a penalidade imposta pelo rei. Em Atos dos Apóstolos no
capítulo 5:18, Pedro foi preso por perturbar a suposta ordem pública quando pregava
o evangelho de Cristo. Os três jovens e Pedro, não se dobraram as imposições da lei
da época em que eles viveram. O maior compromisso dos três jovens era com Deus,
de igual forma Pedro. Bem sabemos que é necessário que todos os cidadãos
obedeçam as leis, desde que estejam em consonância com a palavra de Deus, pois
ela é a lei maior de todo servo do Senhor. Assim é necessário que como servos do
Senhor, estejamos em constante oração para que as nossas leis estejam de acordo
com a palavra de Deus, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada (I Tm.
2:1,2).
1.1. Nabucodonosor e seu inferno particular- “obstinado coração”, a obstinação é o desejo ardente por algo e o esforço sobre-humano em alcançá-lo.- “para forçar seus súditos a adorá-lo”, os reis daquele período tomavam essa atitude porque conseguirem apoio incondicional do povo, pois sendo vistos como divindades eles conseguiriam obediência total da população.- “tinha uma banda”, se referindo aos músicos com seus instrumentos.- “uma lei”, se referindo ao decreto para se adorar a imagem.
1.2. Sadraque, Mesaque e Abedenego
Não foi fácil para Sadraque, Mesaque e Abedenego permanecerem de
pé enquanto todas as outras pessoas “dançavam conforme a música”. Eles
desafiaram o sistema porque eram firmes e alicerçados nos ensinos de sua
família, e, embora, fosse a Babilônia um lugar ostentador, eles jamais
trocariam sua comunhão com Deus por lisonjas ou posições. Um fato curioso
que mostra o poder envolvente da Babilônia e que alguns judeus já haviam
se vendido, é a qualidade dos instrumentos que deveriam tocar para que
todos se curvassem, entre eles estavam alguns de ordem semita como: a
flauta, a harpa, e o saltério (Dn 3.5).
Muitos tem se contaminado com o sistema mundano, se rendendo as iguarias
do príncipe deste mundo. Vivemos em um mundo onde a corrupção do gênero
humano tem se aumentado de forma estrondosa. O homem não tem se preocupado
com os seus passos e suas atitudes, deixando se corromper pelos pratos oferecidos
por satanás. É bem verdade que fazemos parte deste mundo, mas temos que ter em
mente que não necessariamente temos que fazer parte do sistema que satanás tem
implantado. Há como viver sem se misturar, pois, da mesma forma em que a água e o
óleo não se misturam em uma mesma panela, assim somos nós e os ímpios neste
mundo. Sadraque, Mesaque e Abede-nego estavam no meio de um sistema,
corrompido, idólatra e mundano, mas não se misturaram, provando que sabiam em
quem tinham crido (2 Tm. 1:12).
1.2. Sadraque, Mesaque e Abedenego- “alicerçados nos ensinos de sua família”, desde de pequenos eles eram instruídos nos mandamentos da Lei de Moisés, tinham um alicerce difícil de ser rompido, era o alicerce da Palavra.- “um lugar ostentador”, era um lugar onde o luxo e a riqueza imperavam, o ambiente induzia a pessoa a desejar as riquezas e a se esquecer de suas raízes.- “entre eles estavam alguns de ordem semita”, os semitas são os descendentes de sem, os judeus e os árabes, entres os instrumentos de Nabucodonosor estavam alguns dos semitas (judeus), por isso entende-se que outros jovens haviam se rendido e adorado à imagem de Nabucodonosor.
1.3. Babilônia, o sistema de Satanás
Na Bíblia, “Babilônia” é mais que uma cidade ou império; ela
representa um sistema Satânico. Babilônia se iniciou através da obra de
Ninrode, que com um audacioso projeto, desejava conquistar o mundo
através do esforço humano, sendo impedido por Deus, que confundiu às
línguas e dispersou seu reino pelo mundo afora por causa da sua arrogância
(Gn 10.8-10; 11.1-9). Nabucodonosor desejava fazer o mesmo, ele possuía
um esquema centrado no homem, que tentava conquistar o coração, a
mente, e o corpo das pessoas, e nesse sistema não havia espaço para Deus.
O nome “Babel” significa: “portão de Deus”. Ela finge ser o caminho para o
céu. No entanto, é o caminho para o inferno.
Os verdadeiros crentes não participam desse sistema mundano (Ap 18.4-5). Como os três jovens
hebreus, devemos permanecer firmes contra a Babilônia e testemunhar a verdade da Palavra do Senhor,
mesmo que isso custe nossa segurança.
Desde a antiguidade, a cidade de Babilônia vem simbolizando o desafio contra
Deus (Gênesis 11:1-4). Sua torre era um monumento da apostasia e um centro de
rebelião, obra iniciada por Ninrode, com o intuito de conquistar o mundo por meio do
esforço humano. Seus projetos foram impedidos pelo próprio Deus quando confundiu
às línguas. O servo de Deus deve tomar cuidado para não se associar ao sistema de
satanás, sistema esse, onde as pessoas se unem a fim de conquistar fama e glória.
Corramos desse sistema que visa à conquista do céu com as próprias forças e
grandezas contrárias aos propósitos de Deus.
1.3. Babilônia, o sistema de Satanás- “Ela representa um sistema Satânico”, isso é melhor apresentado nos textos de Apocalipse como em Apocalipse 17.5.- “Babilônia se iniciou através da obra de Ninrode”, Ninrode construiu uma torre na cidade de Babel, ali mais tarde seria a cidade de Babilônia.- “desejava conquistar o mundo através do esforço humano”, Ninrode desejava manter o povo unido para não cumprir o propósito de Deus de povoar a Terra.- “um esquema centrado no homem”, Nabucodonosor era vaidoso e altivo, queria ser adorado como um deus. Dessa forma ele tenta atrair muitas pessoas para seu sistema de vaidade.- “Ela finge ser o caminho para o céu”, atualmente muitas novas teologias adentram as igrejas com propostas de serem revelação de Deus, mas são somente parte do sistema babilônico.
2. AS PROMESSAS DE UMA FORNALHA EM CHAMAS
O rei ficou enfurecido ao saber que seu decreto foi desobedecido. Ele
deu outra chance aos jovens. Mas eles preferiram antes enfrentar o fogo a
ter que se curvar a seu ídolo. Assim, eles foram lançados na fornalha
amarrados com as próprias vestes. Três promessas se destacam nessa
história. Vejamos:
Sadraque, Mesaque e Abede-nego estavam literalmente passando por uma
prova de fogo, para eles restavam duas alternativas: 1ª – Adorar a imagem feita por
mãos humanas que é reprovável diante de Deus (Êxodo 20:04) ou; 2ª – Desobedecer
ao decreto de um rei enfurecido, enfrentar o fogo e não se curvar aos ídolos do rei.
2. AS PROMESSAS DE UMA FORNALHA EM CHAMAS- “Ele deu outra chance aos jovens”, aqueles jovens eram como um troféu, para o rei seria mais proveitoso se aqueles jovens se curvassem do que matá-los.
2.1. Seguir ao Senhor não nos isenta de uma fornalha
Não existe evangelho fácil. Ser um autêntico cristão é conviver com
diversas formas de fornalha. Todo aquele que se dedica ao Senhor não está
isento da provação. Nós estamos no mundo, mas não somos amigos dele,
somos a contramão de um sistema que a cada dia tenta nos absorver e nos
desvincular de nossa profissão de fé (Jo 15.18-20; Fp 1.29). Esses três
jovens desafiaram o sistema, envergonharam o rei diante de todos, eles
preferiram morrer a negar seu Deus. Eles são um exemplo para todos
aqueles que creem; que ainda não se deixaram levar pelo sistema; que não
negaram a fé. Mesmo sabendo que a fornalha seria aquecida além do
normal, eles confiaram no Senhor, acreditaram que pela vida ou pela morte
o Senhor não os deixaria.
Esses três jovens destilaram uma mescla de fé unida a uma audaciosa coragem. Eles enfrentaram a
morte e como prêmio encontraram a vida. É o medo de perder que nos impede de conquistar grandes
vitórias e altos níveis de comunhão como o nosso Deus.
A nossa fidelidade a Deus não nos isenta das provações, Sadraque, Mesaque e Abede-
nego são exemplos de integridade, pois recusaram seguir o sistema mundano e seguiram o
caminho estabelecido por Deus. Mesmo diante da fornalha de fogo aquecida sete vezes eles
não comprometeram suas convicções. Os três jovens sabiam o que estava prestes a
acontecer, mas para eles o que importava era que suas almas diante do Senhor
permanecessem fiéis.
2.1. Seguir ao Senhor não nos isenta de uma fornalha- “diversas formas de fornalha”, essa fornalha representa os problemas da nossa vida, aqueles em que nos encontramos num ponto de decisão, onde temos a nossa fé provada.- “não está isento da provação”, existem dois extremos, aqueles que afirmam que tudo dará certo para os servos de Deus, e que se não der é porque a nossa fé é fraca e o outro extremo afirma que sempre teremos provas, que o crente que não está passando pela prova está fora da visão espiritual.- “nos absorver e nos desvincular de nossa profissão de fé”, para Satanás hoje não interessa matar os crentes, ele tenta fazer o mundo adentrar nas igrejas e fazer com que os servos de Deus se agreguem nele.- “sabendo que a fornalha seria aquecida além do normal”, o rei acreditava que o fato de a fornalha estar
sobremaneira aquecida amedrontaria os jovens, mas não amedrontou. Muitas vezes vem umas lutas sete
vezes forte do que o normal para nos amedrontar nesse momento a nossa fé é provada.
2.2. O Senhor jamais nos abandona durante a provação
Fogo que Deus se faz presente sempre tira de nós o que nos impede de
caminhar. Eles foram lançados no fogo amarrados, de repente, foram vistos
passeando dentro do fogo. O que nos prova que somente as cordas se
queimaram (Dn 3.25). Nabucodonosor avistou uma pessoa a mais com eles a
passear, Deus nunca abandona os seus quando passam por provações
aterradoras. Ele pode não impedir que entremos na fornalha, mas entrará
conosco e nos preservará para sua glória (Is 43.2). Os homens que lançaram
eles no fogo morreram queimados instantaneamente, eles, porém, além de
não sofrerem nenhuma lesão, nem cheiro de fogo passou sobre eles (Dn
3.22,27). Deus sabe preservar os que lhe são fiéis (Hb 11.30-34).
A epístola de Tiago no capítulo 1 versículo 2 nos diz que devemos ter grande gozo
quando passarmos por provações. Diante desse versículo é preciso mudar a nossa
perspectiva com a qual vemos as provações, se a encararmos com pessimismo, não veremos
nada além de um fim tenebroso a nossa frente. O Senhor se manifesta em nossas vidas
quando estamos passando por dificuldades e situações impossíveis aos nossos olhos. Não
importa qual seja à fornalha da nossa vida, o Senhor pode livrar-nos de todas elas, pois a sua
palavra nos garante em Isaías que em qualquer dificuldade Ele estará conosco! (Isaías 43:02).
2.2. O Senhor jamais nos abandona durante a provação- “somente as cordas se queimaram”, então o fogo queimou algo, isso quer dizer que o fogo não teve as suas propriedades modificadas, mas foram os jovens que foram transformados para assumirem a natureza do quarto homem que apareceu na fornalha.- “pode não impedir que entremos na fornalha”, aqui a fornalha é considerada a representação das lutas que passamos na vida, está sendo afirmado que o Senhor não impede que entremos nessas lutas, mas Ele entra conosco.- “nem cheiro de fogo passou sobre eles”, isso comprova que eles estavam com um corpo espiritual 1 Coríntios 15.44 pois o odor só fica impregnado nas superfícies materiais.
2.3. A fornalha produz um nível de crescimento
Somente quando atingimos o fogo é que nos tornamos cônscios da
presença do companheiro Divino andando ao nosso lado, mostrando aos
nossos inimigos Sua grandeza. Que privilégio para esses jovens! Eles
receberam uma revelação pessoal de Cristo Salvador antes mesmo dEle
revelar-se para o mundo. O que uma fornalha não pode nos revelar? O fogo
os livrou de suas amarras da mesma forma que sofrer por Cristo, hoje, nos
liberta jubilosamente do pecado e do mundo. A experiência deles glorificou
a Deus diante dos outros (1Co 6.19-20), e o rei os promoveu e deu-lhes
honras. Primeiro, o sofrimento; depois, a glória (1Pe 5.1,10-11).
Esses moços não poderiam ter permanecido de pé, se não fossem sustentados por uma fé inabalável
e sobrenatural. Eles não pensaram em si defender, estavam prontos a morrer se Deus assim desejasse. Eles
tomaram uma atitude de fidelidade ao Deus soberano e a mantiveram independente de qualquer expectativa
de libertação (Dn 3.16-18).
Talvez, quando passamos pelas “fornalhas” da vida, a intenção divina é a de
nos libertar de algumas amarras, a experiência de cada um identificará quais são
elas. As provações pelas quais o servo de Deus passa, visa o aperfeiçoamento do seu
caráter e seu crescimento espiritual. “Sabendo que a prova da vossa fé desenvolve a
perseverança. Ora, a perseverança deve terminar a sua obra, para que sejais
maduros e completos, não tendo falta de coisa alguma”. (Tiago 1:3-4).
2.3. A fornalha produz um nível de crescimento
- “nos tornamos cônscios da presença”, adquirimos a maturidade, passamos a considerar que Cristo está ao nosso lado nas provas.- “antes mesmo dEle revelar-se para o mundo”, esses fatos se deram a pouco mais de 500 anos antes de Jesus vir ao mundo.- “os livrou de suas amarras”, havia algo que os prendia de exercer a sua fé na essência, assim muitos irmãos estão presos por amarras invisíveis, só uma fornalha pode livrar-lhes, pois ao passarem por essas fornalhas eles deixam aquilo que os prendem e passam a fazer a obra do Pai.- “e deu-lhes honras”, o rei não honrou somente aos jovens, mas honrou o seu Deus, obrigando todos a adorarem somente ao Senhor.
3. FORJADOS PELO FOGO DA PROVAÇÃO
Nabucodonosor foi publicamente envergonhado, mas também ficou
maravilhado com o que viu na vida desses três jovens. Ele se aproximou da
fornalha e não se queimou (Dn 3.26), uma prova real de que a confiança em
Deus nos exalta diante dos nossos inimigos. Vejamos três aspectos
importantes desse capítulo.
Quando os três jovens optaram fidelidade a Deus, o nome do Senhor foi
glorificado diante de seus inimigos, que pensaram que a fornalha seria o fim, mas a
confiança de Sadraque, Mesaque e Abede-nego em Deus os exaltaram diante de seus
inimigos.
3.1. Somos mais que vencedores
“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou” (Rm 8.37). Como podemos nos tornar tão grandes
vencedores? Quando durante os conflitos de nossas vidas adquirirmos uma
disciplina que não somente fortaleça a nossa fé, mas que consolide nosso
caráter espiritual. A tentação se faz necessária para firmar e confirmar
nossa vida espiritual, ela é como fogo para o metal mais precioso, que além
de purificá-lo, o torna flexível. Nossos conflitos espirituais devem ser
contados entre as mais preciosas bênçãos, porque neles aprendemos que o
grande adversário é usado para nos treinar para a sua própria derrota (Dn
3.28-29).
Nosso Salvador já experimentou todas as dificuldades que agora nos impede para enfrentar, e não
nos pediria para atravessá-las, se não estivesse certo de que não são difíceis demais para nós, nem estão
além das nossas forças.
O cristão deve ter em mente que quando uma provação começa a vitória já está
garantida, não temos de nos preocupar ou ter medo, Deus está do nosso lado e
somos mais que vencedores por aquele que nos amou (Rm 8.37). Podemos nos sentir
como Sadraque, Mesaque e Abedenego, diante de uma fornalha aquecida sete vezes,
mas eles tinham a certeza de que Deus estava com eles na adversidade. Não há nada
no universo, nenhum problema muito grande que possa nos separar do amor de Deus
que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (Rm. 8.39).
3.1. Somos mais que vencedores- “consolide nosso caráter espiritual”, a palavra consolidar aqui dá a ideia de completar, de se estabelecer, de se confirmar.- “confirmar nossa vida espiritual”, se vivêssemos um evangelho somente de bonança, jamais teríamos noção de quem somos e o que podemos fazer de verdade, nossa vida cristã seria somente teoria e não prática.- “fogo para o metal mais precioso”, no caso do ouro, o fogo derrete o metal separando-o da sujeira e deixando-o mais brilhoso. - “contados entre as mais preciosas bênçãos”, devemos enxergá-los algo de bom para a nossa vida espiritual.- “é usado para nos treinar”, se refere ao que Satanás faz perseguindo o povo e preparando-o para ir morar no céu, cada provação nos deixa mais habilitados.
3.2. Deus age no meio do fogo
“Falou Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque,
Mesaque e Abedenego, que enviou seu anjo, e livrou os seus servos, que
confiaram nele, pois violaram a palavra do rei, preferindo entregar seus
corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, se não o
seu Deus” (Dn 3.28). Em todos os lugares difíceis a que Deus nos leva, ele
sempre está criando oportunidades para que nossa fé possa ser exercitada.
Esses jovens pareciam iminentemente derrotados enquanto os inimigos
observavam para vê-los arder naquelas chamas. Ao fim da provação nem um
fio de cabelo foi atingido (Dn 3.22-27). Eles sacrificaram seus corpos,
demonstrando aos seus algozes que sua fé era coerente e sua fidelidade
inegociável, que lição para aqueles que sacrificam o sagrado!
O mesmo rei que pensou que nenhum Deus poderia livrar os jovens de suas
mãos, agora está bendizendo e reconhecendo que não há Deus que possa livrar como
o Deus daqueles jovens. Nabucodonosor havia recebido uma impressão tão forte de
Deus que mandou baixar um edito de que todo aquele que falasse mal do Deus de
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego deveria ser morto (Dn. 3.29). Deus exalta de
maneira gloriosa os servos que se recusam a desonrá-lo. Ao final daquele dia glorioso,
todos conversavam sobre o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, quando
saímos da fornalha, saímos fortalecidos e mais íntimos de Deus.
3.2. Deus age no meio do fogo- “ele sempre está criando oportunidades”, essas oportunidades surgem de várias formas, são as lutas que surgem, são as oportunidades que aparecem, são as decisões difíceis que temos de tomar, etc.
- “que sua fé era coerente”, quer dizer que demonstraram que acreditavam em um Deus verdadeiro e que livra o Seu povo.- “fidelidade inegociável”, alguns dos que estavam presentes se venderam por cargos elevados, por salários e outras coisas, entre os que se curvaram diante da imagem do rei estavam alguns judeus, como se percebe do texto.
3.3. A última fornalha
O capítulo três de Daniel é uma tipologia profética de Israel nos dias da
Grande Tribulação (2Ts 2.1-12; Ap 13.1-18). Nabucodonosor simboliza o
anticristo; sua estátua representa a imagem do anticristo que será erigida;
e os três hebreus representam os crentes judeus que serão protegidos
durante a tribulação. O milagre da fornalha tipifica um retrato dos eventos
nos últimos dias. Daniel não estava presente quando essas coisas
aconteceram. Em sua ausência o rei confeccionou seu perverso ídolo. Isso
ilustra o arrebatamento da Igreja: quando a Igreja estiver fora da terra,
então Satanás poderá levar avante seus planos diabólicos a fim de
escravizar a mente e os corpos das pessoas.
“A vinda do Senhor está próxima”. Nós, cristãos, temos que atravessar a “fornalha de fogo” antes
do retorno de Jesus. Mas não temos nada a temer, pois Ele estará conosco. E é muito melhor atravessar
uma fornalha de fogo que viver em um lago de fogo por toda a eternidade.
Confie em Deus e fique firme, o mesmo Deus que livrou Sadraque, Mesaque e
Abede-nego da fornalha de fogo é o mesmo Deus que tem o poder de livrar os fiéis do
lago de fogo e enxofre que está preparado para satanás e seus anjos (Mt. 25:41).
Faça parte da geração que é fiel no espírito, alma e corpo.
3.3. A última fornalha- “nos dias da Grande Tribulação”, são os dias em que o anticristo estará governando o mundo após o arrebatamento da Igreja, dê uma lida nos textos da referência da lição.- “serão protegidos durante a tribulação”, o anticristo fará guerra contra Israel porque ele não estará de acordo com esse líder mundial.- “Daniel não estava presente”, a Bíblia não afirma o paradeiro de Israel, provavelmente se ele estivesse presente ele não se encurvaria, outra hipótese seria que pela sua posição elevada no reino, talvez ele não precisasse comparecer naquela reunião no campo de Dura, isso é só uma suposição!- “quando a Igreja estiver fora da terra”, existem algumas correntes teológicas que acreditam que a igreja estará ainda na Terra quando a Grande Tribulação ocorrer.
CONCLUSÃO
A fornalha não trouxe morte, mas libertação das amarras, revelação
pessoal de um Deus justo, e honra diante dos inimigos. A tribulação produz
sempre paciência, experiência, esperança (Rm 5.3-4). Parece incrível, mas
esses jovens estavam mais seguros dentro da fornalha do que fora dela.
Deixemos o fogo cortar nossas cordas impeditivas!
CONCLUSÃO,- “mas libertação das amarras”, se refere as amarras das mãos dos jovens que se queimaram no fogo.- A fornalha também foi uma oportunidade de eles mostrarem a sua fé.- “mais seguros dentro da fornalha”, pois dentro da fornalha estava o Senhor Jesus, e o lugar mais seguro é onde está o Mestre. É melhor estar no fogo com Jesus do que ao lado de Nabucodosor.
QUESTIONÁRIO
1. Qual a origem e significado de Babilônia?
R. Origina-se de Babel e significa: a porta do céu (Gn 10.8-10; 11.1-9).
2. Cite três instrumentos semitas.
R. Flauta, a harpa, e o saltério (Dn 3.5).
3. Qual a única coisa que o fogo da fornalha queimou?
R. As cordas que amarravam suas vidas (Dn 3.20-25).
4. Que revelação os três jovens receberam na fornalha?
R. A revelação pessoal do Cristo Salvador (Dn 3.25).
5. O que tipifica Daniel capítulo três?
R. Os dias da Grande Tribulação (2Ts 2.1-12; Ap 13.1-18).