lição 12 - os pecados de omissão e de opressão - 3ºtri 2014

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Assembléia de Deus Ministério Shekinah

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TEMA: FÉ E OBRAS Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica 3º Trimestre de 2014

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TEXTO ÁUREO

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VERDADE PRÁTICA

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Segunda Gn 3.1-24

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do...”A queda do ser humano

Terça Is 59.2

“Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”O pecado nos separa de Deus

Quarta Jo 1.29

“No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”O Cordeiro de Deus que tira o pecado

Quinta Hb 9.22

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.”Remissão pelo sangue de Jesus

Sexta 1Jo 1.7

“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”O sangue de Jesus purifica de todo pecado

Sábado 1Rs 8.46

“Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares nas mãos do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro à terra do inimigo, quer longe ou perto esteja;”Não há quem não peque

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Tg 4.1717 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

Tg 5.1-61 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hãode vir.2 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça.3 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunhocontra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.4 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foidiminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhordos Exércitos.5 Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração,como num dia de matança.6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.

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1 – O PECADO DE OMISSÃO (Tg 4.17)1.1 A realidade do pecado.1.2 O pecado de comissão (Gn 3.17-19).1.3 O pecado de omissão (Tg 4.17).

2 – O PECADO DE ADQUIRIR BENS À CUSTA DA EXPLORAÇÃO ALHEIA (Tg 5.1-3)2.1 O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (v.1).2.2 O mal que virá (v.2).2.3 A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3).

3 – O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg 5.4-6)3.1 O clamor do salário dos trabalhadores (v.4).3.2 A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará (v.5).3.3 O pobre não resiste à opressão do rico (v.6).

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Na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados deomissão e opressão. Também veremos a exortação de Tiago em relaçãoao julgamento dos ricos impiedosos. O meio-irmão do Senhor adverte osricos, não pela posse de bens materiais, mais porque estes não erambons mordomos dos seus bens. Segundo Tiago, estes ricos exploravam ospobres (Tg 2.5,6). Atitude esta que Deus abomina.

O Senhor deseja que venhamos utilizar nossos recursos paraajudar as pessoas necessitadas, não somente para o nosso deleite eprazer. Que possamos utilizar nossos bens para promover o Evangelho eajudar as pessoas, pois "a fé sem obras é morta". Tiago mostra que osricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta dojuízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: "As vossas riquezasestão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça" (5.2). Quevenhamos utilizar nossos bens com sabedoria.

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R I Q U E Z A SA sua busca insaciável e avarenta é idolatriaCl 3.5Segundo Jesus é um obstáculo à salvaçãoMt 19.24; 13.22Transmite um falso senso de segurança, enganamLc 12.15-21Exigem total fidelidade do coração.Mt 6.21Levam as pessoas a caírem em tentação.1 Tm 6.9O amor a elas é raiz de muitos males.1 Tm 6.10

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Nesta lição, estudaremos a contundente reprimenda da Palavra de Deus àopressão dos ricos contra os pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos profetasdo Antigo Testamento: de Isaías, de Ezequiel, de Amós, de Miqueias e de Zacarias (Is3.14,15; 58.7; Ez 16.49; Am 4.1; 5.11,12; 8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10) contra os senhoresque oprimiam os pobres. É importante refletirmos sobre este assunto, pois algunspensam que as advertências dos santos profetas ficaram restritas à época da Lei (Lv25.35; Dt 15.1- 4,7,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do ensinamento do próprioSenhor Jesus (Lc 6.24,25). Igualmente, o livro de Atos nos informa que a Igreja doprimeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). Isso significa que o tema abordadonesta lição é atual e urgente.

Lucas 6:24-25 Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis.

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Tiago exorta agora, acerca das consequências trágicas da omissão de crentesmais abastados quanto à condição humilde de outros irmãos (Tg 1.27; 2.15,16).Interessante notar que Tiago , ainda que indiretamente, acusa os omissos de assassinosenquanto o seu pecado é responsável pelas mortes desnecessárias entre os maisnecessitados, por não atenderem ‘as suas necessidades (Tg 4.3; 5.4,6). Esta missiva foiescrita por Tiago durante a grande fome que abateu a Judeia, por volta do ano 46 d.C.,assim, o apostolo vê que a morte de alguns irmãos poderia ser poupada se não fosse aomissão dos mais ricos.

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1. A realidade do pecado.2. O pecado de comissão (Gn 3.17-19).3. O pecado de omissão (Tg 4.17).

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Um dia o homem resolveu voluntariamente desobedecer a Deus (Gn 3.1-24). O pecado, então, tornou-se uma realidade fatal. A partir dessa atitude rebelde,todas as relações dos seres humanos entre si, com o Criador e com a criação, foramdistorcidas (Rm 1.18-32). Assim, a humanidade e a criação sofrem e gemem comovítimas da vaidade humana (Rm 8.19-22). Não somos capazes de, por nós mesmos,vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada,pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos damiséria do pecado (Rm 8.3; Hb 10.1-39).

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Segundo 1Jo 3.4, pecado é iniquidade. A lei contra a qual se estima o pecadonão é simplesmente a lei mosaica, mas sim toda e qualquer revelação de Deus durantetodos os tempos. O pecado é descrito na Bíblia como transgressão à lei de Deus erebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Lúcifer, a “estrela brilhante, o filho da manhã”, foio primeiro a transgredir. Não satisfeito com sua glória, desejou tomar o lugar do Eterno,esta foi a causa de sua queda e o começo do pecado (Is 14.12-15). Tornou-se adversáriode Deus e foi o causador da queda humana no Jardim do Éden, onde ele tentou Adão eEva com a mesma fascinação: “sereis como Deus”. Gênesis 3 nos conta a respeito darebelião de Adão e Eva contra Deus e contra Seus mandamentos. Daquele nefastomomento em diante, o pecado tem sido passado através de todas as gerações.Romanos 5.12 nos diz que através de Adão, o pecado entrou no mundo e assim a morteveio a todos os homens, porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).

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A partir da realidade do pecado algumas formas de pecados podem serverificadas nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquiloque é expressamente condenado por Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foramproibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim delacomeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentadoà sua santidade e justiça (Sl 106.6).

Salmos 106:6Nós pecamos como os nossos pais, cometemosa iniquidade, andamos perversamente.

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Quando um pecado colabora conscientemente para outros males, ele é umpecado de comissão. Quando Deus colocou o homem no jardim, Ele lhe deu duastarefas: lavrá-lo e guardá-lo. Em contexto agrícola, lavrar significa cultivar, ação queinclui o ato de podar videiras. Quando ordenou o Senhor Deus ao homem, Ele deixouclaro sua relação soberana com o homem e a relação subordinada do homem com Ele.Deus tinha este direito, porque Ele é o Criador e o homem é a criatura. Para expressarproibição, aqui é empregada a maneira mais forte possível em hebraico para colocar aárvore da ciência do bem e do mal fora da alçada do homem. Visto que o discurso diretoé inerentemente pessoal, a ordem: Não comerás, é pessoal e a qualidade do negativohebraico a coloca em negação permanente. A importância da ordem é aumentada pelaseveridade do castigo. Isto é muito forte na sintaxe hebraica, sendo que a força é umtanto quanto mantida na tradução com a palavra certamente.

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Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma detransgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, asconsequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mt 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos empecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem pecamos contraDeus e a sua justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24).

Deus é santo e abomina tanto o pecado de comissão como o de omissão.

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A Epístola de Tiago foi escrita, muito provavelmente, durante a grande fomeque abateu a Judeia por volta do ano 46 d.C. A data mais provável para a composiçãoda Carta de Tiago é entre 45 e 49 d.C., isto é, exatamente um período que abrange aépoca dessa grande fome. Logo, Tiago viu que a morte de alguns irmãos poderia serpoupada se não fosse a omissão dos mais ricos. Tiago chama a atenção de seusleitores, mais especificamente na abertura do capítulo 4, para as consequênciastrágicas da omissão dos homens mais abastados em cuidar “dos órfãos e das viúvas”(Tg 1.27) assim como dos membros indigentes da sua comunidade (Tg 2.15,16). Talatitude, frisa o apóstolo, estava levando a mortes desnecessárias entre os maisnecessitados, de maneira que Tiago sugere que esses homens ricos que pecavam poromissão, que pecavam por não atenderem aos mais carentes, eram, indiretamente,assassinos (Tg 4.3; 5.6). Sim, porque os interesses egoístas dessas pessoas — e queficará ainda mais evidenciado no caso da diminuição do salário devido aostrabalhadores pobres (Tg 5.4) — estavam levando necessitados à morte.

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1. A maldade do coração humano.2. A inveja e a facção instauram a

desordem.3. Obras perversas.

1. O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (v.1).2. O mal que virá (v.2). 3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3).

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Não é a primeira vez que Tiago menciona os ricos em sua epístola (Tg 1.9-11;2.2-6). Entretanto, aqui há uma particularidade. Enquanto nos outros textos o meio-irmão do Senhor faz advertências ou denúncias contra os ricos, o quinto capítuloapresenta o juízo divino contra eles. Da forma em que o texto da epístola estáconstruído, percebemos que não há indício algum de que a sentença divina é exclusivapara os que conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes” de fora do juízo divino.O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes, que conduzem os seus negóciosde maneira desonesta e opressora contra os menos favorecidos.

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Curiosamente, ao iniciar no capítulo 5 sua contundente condenação aos ricosopressores, Tiago usa as mesmas palavras do versículo 9 do capítulo 4, quando ele estavafalando aos seus leitores sobre a necessidade de se separarem do mundo e se submeteremà vontade de DEUS, e que isso inclui indispensavelmente uma atitude de arrependimentosincero: “Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto,e o vosso gozo, em tristeza”. Essa atitude é sintetizada na expressão “Humilhai-vos peranteo Senhor” (Tg 4.10a). No capítulo 5, ele conclama os ricos opressores a essa mesmaatitude, isto é, a essa humilhação diante de DEUS, ressaltando que o juízo de DEUS é certose não se arrependerem: “Eia, pois, agora vós ricos, chorai e pranteai por vossas misérias,que sobre vós hão de vir” (Tg 5.1).A contraposição à humildade é a soberba, que apareceaqui encarnada na vida desses ricos opressores. Como salienta o teólogo LawrenceRichards ao comentar essa passagem da Epístola de Tiago, “aqueles que confiam nasriquezas e menosprezam os direitos dos outros para acumulá-las são a antítese daspessoas humildes que DEUS deseja que os crentes se tornem. Estes homens ricospersonificam o sistema do mundo, que Tiago afirma ser hostil a DEUS.

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De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos? A Bíblia afirma quea confiança dos ricos está amparada nos bens que possuem (Pv 10.15; 18.11; 28.11).Não atentando para a brevidade da vida e a transitoriedade dos bens materiais, elesorgulham- -se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr 9.23; 1 Tm 6.9,17).Tiago diz que as riquezas dos ricos desonestos e arrogantes estão apodrecidas e assuas roupas comidas pela traça, isto é, brevemente elas se mostrarão ineficazes paragarantir-lhes o futuro. Os ricos opressores terão uma triste surpresa em suas vidas!

Provérbios 10:15Os bens do rico são a sua cidade forte, a pobreza dos pobres a sua ruína.

Jeremias 9:23Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas,

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Note o seguinte: “gastos de ferrugens” - ouro e prata não se desgastam pelaferrugem (que é o resultado da oxidação do ferro que em contato com o oxigênio seoxida e se deteriora pouco a pouco), pelo que sabemos que o autor sagrado falavasobre a ferrugem sobrenatural, sobre o eventual poder consumidor do julgamento, quereduzirá as falsas riquezas dos homens ao nada. riqueza de vocês apodreceu, e astraças corroeram as suas roupas (Tg 5.2) Ambos os verbos deste versículo e o primeiroverbo do versículo seguinte (enferrujaram) estão no tempo perfeito. Figuram averdadeira inutilidade desta riqueza à vista daquele que conhece o valor do que épermanente e eterno. A riqueza deve ser usada para bons propósitos, não entesourada.Para aqueles ricos a quem Tiago se referia, era muito melhor guardar esses estoques doque dá-los aos pobres (Sl 41.2; Pv 19.17; Sir 4.1-6; Mt 5.42; 25.40; Lc 6.38; Gl 6.9s; Hb13.16).

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Jesus de Nazaré falou do mesmo assunto no Sermão da Montanha, aoadvertir que “não [devemos ajuntar] tesouros na terra, onde a traça e a ferrugemtudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). Sabemos que nosdias atuais, muitos ignoram esta admoestação do Senhor, dizendo que não é bem issoque Ele quis dizer. Ora, então do que se tratava o assunto do nosso Senhor, senão doperigo de se acumular bens neste mundo? A arrogância demonstrada pelo ricoinsensato revela esse desvario do nosso tempo (Lc 12.15-21). Olhando para os doistextos citados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é impossível não atentar mospara essas duas perspectivas: a denúncia para o mal da riqueza e a revelação proféticado juízo divino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15; 13.16).

A Palavra de Deus condena àqueles que adquirirem riquezas as custa da exploração dos pobres e necessitados

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No capítulo 5, Tiago mais uma vez chama a atenção para a transitoriedade ea deterioração natural das riquezas. Ele já havia feito essa alusão no capítulo 1, usandocomo analogia a beleza passageira da flor (w. 10,11). E nota ao texto de Tg 5.3, oComentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Editora CPAD) afirma: “Os metaispreciosos acumularam-se e estragaram-se sem ter sido usados. Quando a riqueza não éusada para ajudar os outros, ela perde o seu valor. Tiago nos adverte de que até mesmoo que parece ser mais indestrutível (ouro e prata) estará condenado se não for colocadoem um bom uso. A inutilidade do ouro e da prata acumulados os comerá como fogo noinferno. Então, se revelará a avareza, o egoísmo e a maldade dos ricos. Eles deixaram defazer o bem com o que tinham, e isto é pecado (4.17). Poucas pessoas no mundoocidental podem ler esta passagem com entendimento e não ficar pelo menos marcadaspela sua verdade. Nós provavelmente adicionamos uma nova dimensão ao problema,porque não acumulamos para preservar para mais tarde, mas acumulamos para gastar,ou até mesmo para desperdiçar.

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1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4).2. A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará

(v.5). 3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6).

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O Evangelho alcança pessoas de todos os tipos e classes sociais. Muitos queconstituem a classe alta econômica de nossa nação têm crido em Cristo. Outros filhosdo nosso meio têm emergido e alcançado altos patamares econômicos. Defuncionários, tornaram-se patrões, juízes, políticos, etc. Por isso, é preciso advertirque a Bíblia tem conselhos divinos claros para a ética do homem cristão que se tornourico ou do rico que se tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o líderda igreja de Jerusalém levanta-se como um profeta veterotestaméntario bradandocontra a injustiça social (Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a Lei, isto é,utiliza a Escritura do primeiro testamento para fundamentar a sua redação epistolar(Dt 24.14,15). O meio-irmão do Senhor adverte que o Todo-Poderoso certamente selevantará contra toda a sorte de opressão e injustiça!

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Desde o Antigo Testamento, ainda na Lei de Moisés, encontramos a proibiçãodivina de o empregador oprimir o empregado. Ela se encontra em Deuteronômio 24.14.Afirma expressamente o próprio DEUS, conforme registrado por Moisés: “No seu dia, lhedarás o seu salário, e o sol se não porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua alma se atém aisso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”. Na Nova VersãoInternacional, a mesma passagem é assim vertida para o português: “Paguem-lhe o seusalário diariamente, antes do pôr do sol, pois ele é necessitado e depende disso. Se não, elepoderá clamar ao Senhor contra você, e você será culpado de pecado”.Ao desrespeitaremesse mandamento divino, esses ricos opressores estavam acumulando culpa sobre as suascabeças, preparando-se para o juízo divino. Seu enriquecimento era fraudulento, o que já erafrisado no capítulo 2 da Epístola de Tiago, quando o apóstolo afirma: “Mas vós desonrastes opobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?” (Tg 2.6). Istoé, os ricos opressores chegaram às raias dos tribunais, devido a seu crime, mas saíramvencedores. Essa é a razão pela qual Tiago afirma no capítulo 5, versículo 6, que o inocentepobre “não vos resistiu”, isto é, não resistiram aos ricos, mas foram condenados.

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O versículo cinco lembra a denúncia proferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor fala acerca do mendigo Lázaro e do rico opressor: uma vida regalada que não se importava com o futuro e com o próximo, vivendo festejos como se o fim nunca fosse chegar. Deleitando-se em suas riquezas, mal pensava o rico que entesourava para si juízos de Deus.

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Tg 5.5 Uma vida de luxo e de satisfação de cada capricho não tembasicamente nenhum valor. O dinheiro não significará nada quando CRISTO retornar, demodo que nós devemos passar o nosso tempo acumulando tesouros que terão valor noreino eterno de DEUS. O dinheiro em si não é o problema; os líderes cristãos precisam dedinheiro para viver e sustentar as suas famílias; os missionários precisam de dinheiropara ajudar a transmitir o Evangelho; as igrejas precisam de dinheiro para realizareficazmente o seu trabalho. E o amor ao dinheiro que leva à iniquidade (I Tm 6.10) e quefaz com que alguns subjuguem a outros para conseguir mais. Esta é uma advertência atodos os cristãos que são tentados a adotar padrões mundanos em lugar dos padrõesde DEUS (Rm 12.1,2) e um encorajamento a todos aqueles que são oprimidos pelosricos.Para estas pessoas ricas, o seu tesouro é a riqueza mundana. Elas aproveitaram avida, banqueteando-se como no dia da matança de um animal. Ironicamente, Tiago dizque elas são como animais gordos preparados para a matança, no dia em que vier ojulgamento de DEUS (veja Jr 12.1-3).Comentário do Novo Testamento AplicaçãoPessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 688.

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Há severas condenações no Antigo Testamento contra a opressão dos menosfavorecidos (Êx 23.6; Dt 24.17). O fato de essa advertência aparecer em o NovoTestamento indica a gravidade dessa atitude (1 Tm 6.17-19). Muitos podem seperguntar por que a Bíblia é tão dura contra os ricos injustos. Uma vez que eles estãoeconomicamente bem posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à sua opressão,restando a eles apenas Deus para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado deopressão continue sendo consumado, entendemos biblicamente que o Senhor dosExércitos continua a ouvir o clamor dos pobres!

Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados. Ele é justo e não aceita nenhuma forma de opressão e injustiça.

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O versículo 6 reflete a riqueza desonesta adquirida por meio de açõesfraudulentas da justiça. Em 2.6, Tiago refere-se aos ricos que “vos arrastam aostribunais”. Ele não vos resistiu provavelmente significa que o pobre não tinha umadefesa legal adequada. Nos tribunais, os ricos influentes têm “condenado e devastado”(Phillips) o pobre que não tem condições de pagar o salário de um advogado ou osuborno para o juiz. O desamparo da vítima somente aumenta a culpa do opressor.Quando o desejo por riqueza se torna tão intenso a ponto de planejar tirar a vida deoutra pessoa, a ganância tornou-se assassina.A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon.Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 190.

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Subsídio Bibliológico

"Por que contra o rico? (5.1-6)Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis aoEvangelho. Enquanto crescia a perseguição contra a igreja primitiva, muitos crentesperderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos. Asinvestidas de Tiago contra os ricos são: 1) eles anseiam aumentar a riqueza com osofrimento dos outros; 2) defraudam seus empregados; 3) vivem de maneiraextravagante, e amam a boa vida; e, 4) matam os justos.Temos condições de ser pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dosexploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9)"RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis aApocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 875).

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Subsídio Bibliológico"RiquezaA Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossaconfiança nas riquezas materiais (Sl 49.6,7). Também não podemos colocar o nossocoração nas riquezas. Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aosricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas.Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porquehaviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mauuso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, semdúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas.A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muitoimportante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados.Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custasda exploração dos trabalhadores" (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F.(Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 1680).

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Revista CPAD

As advertências de Tiago são relevantes e oportunas para osnossos dias. Quanto engano tem sido cometido por ensinamentosdeturpados em nome de uma suposta prosperidade. Tal teologia temlevado muitas pessoas a tornarem-se materialistas. Tiago nos exorta ademonstrarmos uma fé verdadeira, não apenas de palavras, masprincipalmente em obras (Tg 2.14-26). De igual maneira, conforme a liçãode hoje, o nosso desafio é vivermos um estilo de vida segundo oEvangelho, onde a simplicidade, a modéstia e o contentamento devem seras suas marcas.

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1. O que é o pecado de comissão?R. É realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.

2. O que é o pecado de omissão?R. Quando omitimo-nos de fazer o bem.

3. O que Tiago apresenta no quinto capítulo?R. O quinto capítulo apresenta o juízo divino contra os ricos opressores.

4. De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos?R. Nos seus bens materiais.

5. Cite uma referência bíblica no Antigo Testamento e uma em o Novo que mostram as severas condenações contra a opressão dos menos favorecidos.R. Êxodo 23.6 e 1 Timóteo 6.17-19.