liberdade, de lais de barros monteiro guimarães

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Série História dos Bairros, 16 (1979)

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prefeitura do municipio de sao paulo

secretaria municipal de cultura

lais de barros monteiro quimaraes

liberdade

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serie: hist6ria dos ba irros de sao paulo

volume 16: liberdade

HIsr6RIA DOS BAIRROS DE sse PAULO

Vol. Bairro

1 Bras2 Plnnetroa3 Penha4 Santo Amaro5 Jardim da Saude6 Santana7 Sao Miguel Paulista8 Vila Mariana9 Born Retire

10 S.11 lb trapuera12 Luz13 Nossa Senhora do 014 Ipiranga15 Bela Visla16 Liberdade

SEGUNDO PA£:MIO 00 XI CONCURSO DE MONOGRAFIAS saBRE A HISTOAIA DOSBAIRAQS DE sio PAULO. PAQMOVIDQ PELA DIVlsAo 00 ARQUIVO HISTORlCODO DEPARTAMENTO 00 PATRIMON IO HISTORICO DA SECRETARIA MUNICIPAL DECULTURA. E OUTORGAOQ PELA COMIssAo JULGAOORA CQNSTITUIOA PELOSPROFESSORES ERNANI SILVA BRUNO, MYRIAM ELLIS E TITO LivID FERREIRA

iNDICE

Aoresemecac 13o Dtstnto SuIda Se. Ccncessces de Datasde Terras. 0 Caminhodo Carro para Santo Amaro 17

o Dlstrtto da Se 19o Caminho do Carro para Santo Amaro 25Cartas de Dates de Terras 31

Chacaras Jradtctonats do Batrrc da Liberdade. Primeiros Habi-tantes e Povoadores 35Estruturacao Urbana do Bair ro da Liberdade 43Avenidas. Huas. Largos e Pracas Tradicionais 59o Modemo Bairro da Liberdade na Cenografia Urbana de SaoPaulo 85o Bairro Oriental 91

Curiosidades 95Poputacac 103

Aparelhamentos Cu tturais 111Aspectos ArquiletOnicos Locais 147

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1 - APRESENTACAO

Esc rever a hist6ria de um ba irro pautistano etareta complexa porqueenvotve 0 trabathc de reccmpcs tceo . tanto quant a posslvel. da suapaisagem geografica. econ6mica e social.

Sem duvida alguma, a tonte de pesqutsa mats rica e verdadei ra e aconstituida peres anligos Inventartos. Iestamentos. Al as da CamaraMunicipa l e Liv ros de Registros, coc umentcs esses. revelaoores dacenog rafia urbana local e da viv encia de seus habttantes. canoe-roeuma imagem QO quadro cultural geral, no qual S8 msere 0 processoestruturativo do bairro anatisado.

As frequentes reterencias naq ueles documentos de - rocas de man­trmentos''. rebanhos de bo is e de porcos. mats prcxtmos ou efastedosdo centro urbane. permile m a reconstttuicao do processo de ocupa­cac regional de areas que, aos poucos. vao se desbravando e am­pl iando com a lmptantacao de fazendas, sltios e algumas bentetto­rias.

Alfonso de E. Taunay, na sua "Histone Seiscent ista da Vila de SaoPaulo" (IV-pag. 166), afirma-nos que "Sao Paulo, no secu lo XVII, tot acentro de um enxame de tazendolas de pequena culture e de paste­reio de d iminutos rebanb cs".

Escolhemos para tema de nosso traba fho 0 bauro da Ltberdade.devido asua indiscutivel significa~ao na vida pautistana do passadoe dos tempos presente s. um dos ba irros tradicionais da cidade desao Paulo. e que. ao inicio do seculo atua l comecou a adq uir ir

"caracterlsticas espe cia ls. com a locacao na sua area geogra.fica, dacolonia oriental integ rada por ch ineses , coreanos e vtetnamttas.

~ dificil para 0 autor da hisl6ria de um bairro delinir exatamente a suadettmttacao geografica . bern como c escrever seus fatos hist6ricos.principalmente quando essa ana lise e preterits. Par isso. a hisl6 riados batrros paulistanos vem sendo contada de manei ras vanes.retratando por vezes, ep is6d ios e tatos nao ap resentavets ao modode senti r dos tempos atuais. porque revesttdos da naluralidade doq uotidiano de uma eoqca ja supe rada.

o espl rtto p ragmatis ta do rnundo contemporaneo tran sforma 0tirtsmo e 0 g rotesco de cenas urbanas de outrora ern intorrnacoesbanais, para alguns. Carras de bois estacionados no Largo da Sa,bondes puxados a burro au ruas iluminadas por lamp i6es de gas neese encaixam mais na realidade paulistana.

As coostoerecoes tracadas sobre 0 Distnto Sui da Sa, no qual sesituaram var ies ba irros paulistanos. visa ram a situa r precisamente areg iao em que futuramente se dettmitarta 0 batrro da Liberdade ,inic iado pelas constantes lnter -comumcacoes entre 0 centro de SaoPaulo e as terras que se estendiam ao sui da cidade.

lniciatmente. a Camfnho do Mar assum iri a retevante papel nessedesenvolvimento. mas, na med ida em que novos caminnos se abri­ram e, dentra detes. muito particu tarmente. 0 "Caminho do Carro",lntcfcu-se propriamente 0 processa de cotornzacao e desenvolvi­mento reg ional do batrro em estudo.

I: certo que 0 desenvo lvimento da reg iao sui de Sao Paulo se proc es­sou no rotetrc desses cots caminhos tradtcionats que remontam aosecu!o XVI. parecendo que 0 batrro da Liberdad e cresc eu sobre 0eixo vertical do Pelour inho, Campo da Forca e Casa da Potvcra. quechegaram a se constit utr em marcos demarcatonos da regiao.

o bairro da Liberdade estruturou-se as margen s de uma estrada oude um caminho e. ainda hole . no cenario modemo local , ete segue 0mesmo rumo sob a forma de largas ruas e aventdas.

A regi ao anttqa era consti tui da peras terras do Caci que Caiubi.centre outras des bravos colonlzadores do antigo Dtstrttc SuI da Sa.

Espraiava-se pelos lados da Tabatinguera. petas margens do Geri­bettba . na cnrecao de Santo And re da Borda do Campo e do Caminhodo Mar. terra s essas assentad as numa bac ia sedimentar terciaria.d ispostas sabre terrenos cristalinos atravessados pela rede fluvialtormada peres nos TietA, Tamand uatei e Ptnheiros e responaavelpela topografia urbana local . caracterizada par planicies aluviais ecotinas de pequena altitude que. um d ia, 0 Patriarca da meecenc en-

15cia cescrevene como ..... unica provinc ia de Sao Paulo, sendo povo­ada e civillzada. formara um grande estado, vista que peta vane dadedo seu cnma, sendo parte ent re as tropicos. a outre, lora dele, pe laabundancia de rnadeiras e dos seus campos. pelos inumeraveis nose rfbeiros. ern grande parte naveqaveis. e pedras preciosas. e real­mente um dos parses mais privilegi ados do qtobo, e uma obra primade bentazeia natureza ", que no secu lo XX S8 transtormarta numpod eroso cent ro econOmico, alive nucleo cu ltural e destacad o centropolitico no cenarlc naclcnal.

Lai s de Barros Monte iro Gutmaraes

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o DISTRITO SUL DA SE. CONCESSOES DE DATAS DE TERRASo CAMINHO DO CARRO PARA SANTO AMARO

Segundo Frei Gaspar da Madre de Deus (1), as padres jesuitas,

" para mats commodamente poderem instr uiros neophytosaconselharao M. Atfonso Tebyrica e a Cayub i, senhor deGenbatiba, ja muito velno (tomou nome de Joao no ba­tismo) que transterissem suas resldenclas para junto doColleg ia futuro ".

TibiriC;8 levantou sua alde ia junto as terras do atua! Moste iro de SaoBento. enq uanto Caiubi transteriu-se des margen s do Ger ibatibapara as cercanias da Tabat inguera, tomando conta do sui do plat6.levantanoo al as choupanas de sua indi ada.

Em 1560, 0 Gal/amador Gersl Mem de Sa ordenou a transterenciados moradores de Santo Andre da Borda do Campo "para junto daCasa de Sam Paulo, que he dos Padres de Jhesu" (2), par razoes desequranca contra ataques ind fgenas. Assim. a povoacao nascente setransformou em Vila de Sao Paulo de Piratininga.

Rodeada de atdeamentos indigenas e jlt habitada por uns poucosbrancos e seus descendentes. aVila de SaoPaulo transfcrrrou-se emimportante nucleo de mesttcos. indios e europeus em etervescenteprocesso acuiturativc. fundindo races. costumes. lingua e crencee.forjaram um novo povo. enrij ecido pelas naturals dificuldades davida local, em completo isotamento geografico durante muitos anos.

No inlcio do seculo XVII , prec isamente em 1607, como nao se pu-

18desse manter 8 torce instalada na Tabalinguera, resolveu a CAmarasitua-te "naquele alto que esta entre 0 caminho que val para Btrapc­eire e 0 do Pinheiros. pot cima donde morou Domingos Agos linho"(3).

As terrae ocupadas ate entac nao iam alem de um raio de aproxima­damente cl nquenta qui l6metros avol ta do centro urbane.

Fai atraves des reiteradas concesscea de dates de larras pete CA­mara Municipal , que aquete rate tel S8 dilatando a dfstancla.

Concedidas "no Caminho de Ibirapuera" ou na Estrada de SantoAmaro. cna ram-se cono tcoes para a excensac da Vila de Sao Paulode Piratininga na direc;ao sui (4), senoc que em fins do secure XVI.Affonso de E. Taunay anrrna a existencla dos sequintes batrrcs noprocesso de exoansac urbana de entao:

"Hipiramgua, Ponte de Tabat inguera, Birapoeira, SantoAmaro e Pinheiros alem dos bairros de menor Importancla,Piquert. Samambativa e Embuacava" (5).

Para Nuto Santana. ao tindar c secure XVI, Sao Paulo era "um emara­nbadc de longas e curtas rues, os caminhos de cenenacac quelevavem ao sui, a Goias ou ao mar, e os victnats de Embuacava.Carap icuiba, tbirapuera . Nossa Senhora da concetcao de Guaru­lhos".

o Caminho de lbirapuera. posteriormente denominado "Oaminho deCarro para Santo Amaro", partie do centro urbano e obedec ia ostrecaocs atuais das Avenidas Uberdade e vercoetro. e da extfntalinha de bondes para Santo Amaro (6).

Esse caminho teve singu lar Importancla no desenvolvimento da re­giao sui de Sao Paulo. tanto que nos secures XVI. XVII e XVIII. no seutrajeto ou nas suas cercamas tevantaram-se importantes edfucecces.como 0 Pace do Senado, a Casa da P6lvora e a Igreja dos Remed ios.de Sao Goncalc Garcia, de Sao Francisco e da Miseric6rdia (7), nasproximidades do cent ro urbano.

Adistancia. formaram-se as chaceras as suas margens, sendo quedurante todo 0 secure XVIII a regiao conservou aspecto rural. ser­vtndo 0 Caminho do Carro para fazer chegar ao centro urbane . 0 rene.o gado. a lenha e 0 madetramento. percorrido prmcipafmente pelospacborrentos e vagarosos carrcs de boi e tropes de burros.

Ate meados do secure passado, Sao Paulo, em geral . logrou censer­var a sua tisioncmta colonia l. nao conseguindo acompanhar 0 ritmovivido por outros centres bresileiros ap6s 1808. "Sao Paulo era aindaum artaial quase perdido na boca do Sertac'', como bem 0 d iz 0Hustre t ustoriador Ernani Silva Bruno.

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Com a instalacao do Curso Jurld tco. conv ergem para a "cidadecciccaca na montanha, envolta de varzeas retvosas " (8) estudantesda Corte e de outroa pr6speros centros brasuetros.

As tamttias mais abastadas vlviam confinadas nas suss chacarasdistantes ou em seus sobraces. deixando as estreitas russ, as ladei­ras ingremes, as becos e as pateos para as classes mais humildes ,para as tipos populates. escravos, qu itandetras e trope iros .

A "Escola de Diretto" traz para as ruas de Sao Paulo um novo tran­seunte. representaoo pete estudante de Sao Francisco,q ue nas sussanoa ncas e passe ios adi stancta . aprecia sempre as mesmas casas"leias e fortes", de tradic ao portuguesa, com batcoes. sacadas,muxarabi es e grandes quintals arborizados.

E ete q ue vai transfigurar a Provincia de Sao Paulo, arrancando-a desua estecnacac colonial, atterando-the. mesmo. os pad roes cutturaisate entao vtcentes.

o ba irro da Li berd ade , que no s p ropomo s mon og rafar,co mpreendia-se nas terras oeurmtaoas cere antig o Dtstnto SuI da Se.

DISTAITO DA S~

Em 1883. a Distrito da Se compreendia duas areas dtsttntas: 0 Oistr itodo Sui e a do Norte. senc o que perc Ato de t 4 de marco daquelemesmo ano. se est ruturam as terras de um e outre dlstrfto.

Sao dfvtsas do Distrtto Sui: (9)

"Oesde a Ponte de 7 de Abril , sub indo pete taoeira q ue Ihefica fronteira. cal pe la Rua Oireita . segu indo por estadesce as casas n.c 6 ... e ale 0 Largo da Se. oeste pela Ruada Fund it;aOate encontrar a Rua do Carma, e par esta rua.desde a Casa de O. Ange la, n.c 1, ale a ponte do Carma, desorte que 0 1.° Dtstnto ou Sui da Sa. seja tormado por todaa povo acao que fica para 0 lado de Sao Goncato. inclusiveas ruas paronde a feita a cemercecao ce um e outre lad e".

Entreta ntc. as Atas da CAmara Munic ipal de Sao Paulo, datadas de1829, ja revetavam a tendencta de ocupacac paulopo litana. Por outrolado, Francisco de Assis Viei ra Bueno conta-nos que . em 1830, aci dade de Sao Paulo se compactava lonq ttudinatmente pete planaItoda celina, descambando para Tamanduatei e Anhanqabau .no qualse penetrava at-eves do Caminho do Mar, co mestaqto peres races daCnacara dos Ingleses (postenormente Largo Sao Paulo ), do Cem ila -

20rio em torna da Capela dos Al litos (atual Beeo dos Aflitos, aRua de sEstudantes) e Campo da Forea (futuro Largo da Liberd ade).

Para 0 Norte , tomava-se 0 rumo de Sao Bento.

Fora dessa oenmsacao. havia campos despovoados ou ratamentehabi tados, locals de cacacas e de abrigo de negros-escravos fora­gidos, prtnclpalmente nos campos do Bexiga e v arzea do Carma.

Nos campos do Bexiga localizou-se uma das mats betas e tradfcio­nais chacaras de Silo Paulo, a "C hac ara do Capac". que avercavaate 0 esptqao da futuraAvenid a Paulista deoode descambava para aplanura do futuro bairro do Jardi m America, sendo Que na altu ra daatual Alameda Tiete. no sec encontro com a Rua Joao Manoel.situava-se sua sede (10).

Aind a nos meados do onccentrsmo. a cidade era peq uena e mo­desta, g uardando caractensticas cotonia is. embora entre 1828 e1872 exper imentasse sensfvel surto de progresso e considerave !aumento populaciona l, conseq uencta do peq ueno ressurg imento daeconom ia local e d a instatacac do curso juridi co no convento Iran­crscanc .

A ctdade se expande num rate med io de q umze qurtemetros a part irdo triangulo setsc entista. aprovettando-se dos vales secu nda rtos.gatgando cottnas. enqu anto as chacaras antigas, os matag ais e oscampos que emolduravam Sao Paulo, se des tnteqravam.

A parte nova da cfd ade. construld a pela s Ireg uesias de Santa Efige­nta. Santa Cecilia e ccnsoracac (vtbuapue ra" - Maria Ce lestinaTeixeira Mend es Torres - pag. 35), sepa rava-se da parte vetha oucent ral , peta Ponte do Ctsqueiro. A ladei ra do Carmo eo Largo de SaoBento, em 1840, co rnecavem o arrabatde para 0 lad o norte, enquantoque, para a dtrecao sui, a Casa da Pctvora md icava igual panorama,sendc que, ate 1861,0 Largo d a U berdade possuia uma tcmetrapub lica que fornec ia aqua " para todo 0 ba irro da Pctvora" (11). Alias,essa reg iao da cidade possuia varies lanques e tomeiras de usopopular. conlorme reg islros nas Atas da CAmara Munic ipal , semprecare ntes de algum reparo. como em 1834, q ue 0 "chatanz da U ber­dade" teve arran cados de seus canos ou bicas. segundo anunciavauma vereanca do ano (12).

A margem do Caminho para Santo Amaro. ao sui do Tanque doMataeouro. ticava 0 Tanque de Santa Teresa e a Fonte do Morin­guinho. sendo qu e 0 caminho que condu zia a esta ultima fonte setranstorrnana na Rua Jaceguai. Ainda em 1864, hA notlcias de cons­trucoes dessa natu reza para esses tacos da ocace. co mo 0 chatanzdo Laroe do Pelourinho e Larqo de Sao Gonca!o.

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DEMAR CACAO DO DI5TRlTO 5UL DA 51"

Aos 4 de junho de 1863, a presidencia da Camara Munic ipal exped eAla demarcando as d ivisas do Dtstrfto Sui da Se. da seguinte ma­netra :

"Desde a ponte do Piques, tntitulada 7 de Abril , petaLadei ra do Dr. Falcao. qu e vern dar na Rua Direita ate 0

Largo da Se e da l cera entree RUBda Fundica o ate 0 beco.que separa a casa da Marquesa de Santos e do fa lee idaDr. Moura , servindo a dita ladeira e as rnencionad as ruasde divisa dos referidos distntos. de manetra qu e as casasdo lado superior dessas ruas e tadetra. pertencam aoDislrito Sui e as do inferior ao do Norte".

Essa deme rcacao sera alterada par Ata do Governo, datado de6/9/1872 , que integra no Distrito Sui as predtos local izados entreas Traveasas do Coteqic e a Rua da Fundicao.detal forma que a linhadivtsorta e demarcada apenas para separacao dos dai s distritos daant iga treques!a da Se. Nao se cog ita de estabelecer a precisaseoeracao do Distri to Sui, pelo fato de que para esses tacos. asdi visas js estavam def inidas pelas linhas do recem crtado Municipiode Santo Amaro. em 1832.

o Distr ito Sui da Se conetttui ra a futuro Distrtto da Liberdade. con­forme Ato de 1905. com enorme [urtsdicao. co mpreendendo terrasque se desmembrar iam para constituir bairros da zona sui, comoIndian6pol is, Jabaquara. Vila Clementino, Vila Mariana, Cambuc! e 0proprio batrro da Ltberdade.

Ja no ana de 1889, esse batrro se apresentava requtarmente urban i­zado. embora a planta elaborada par Jules Martin, em 1890, no­meando as bairros mats o tstantes. mostre atnda um vaz!o entre a RuaSanto Amaro (antiga Rua do Verde e depots do Curtal. no seu pri­metre trecho ) e a Rua Liberdade, mas ja interl igada pela Rua Pedrosoe mais quatro ruas nao nomeadas (13), em cujas areas se desenvor­ve rao propriamente as bai rros do Paraiso . Bela Vista. Bexiga eLiberdad e.

Em 27 de janeiro de 1890. os moradores do batrro pede m aCama raMunicipal sua elevacao a condicao de "trequesta" (14), em conse­q uencta do retalhamento da Onac ara de Dona Mariana de BarrosFagundes e de outras Chacaras senncnars da regiflo, herda das auadq uiridas dos pr imeiros povoado res da Capitania de Sao Paulo.

Ao longo dos Caminhos e Estrad as sa astruturam novos bair ros. nosquais a capetaou 0 cruzetro tradtctcnat nao mats co nstituem pad roes·

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ou marcas de tuooecao de nucleos urbanos . tal como sucedera coma Luz, Penha de Franca au Pinheiros. dentre Qui ros bairros.

o arruame nto e toteamentc da Chacara de D. Mariana Fag undespermit iu a ottcializacao de muitas ruas na sua area geograt ica,dentre as quais se destacou a Aua Fagundes, interli gando a futuraAvenida Liberdade e a Aua Galvao Bueno.

No fina l do secufo passado e dea lbar do seculo XX, 0 pode r munici­pal ordenou 0 ap roveitarnento das tetras abandonadas contidas no"rossio de meia legua", em razao do q ue, vanes ruas se abr iram pe rtcda a cidade.

Sao ruas arnda de tracaoo irregul ar, permitindo a perman encia deumas poucas chac aras e pequenas prcprf edades junto 80 centrourbano.

Atraves da Lei 0.0 975, de 20 de dezembro de 1905. lo i substitu fda adestanacao de Distrito SuI da Se para Liberdade. quando jil naocc mpreend la mars as terras de Vila Mariana . ja des membradas emdtstnto separado.

A partir de 1900. 0 bairro entra em ace lerado processo de urbanlza­cac. total mente ampa rado peta Camara Municipal. vart as leis saopromulgadas, visando a melhoria local :

arremata Imoveis em hasta publica . para alargamento da Rua daLiberdade (Lei n.c 520, de 11/6/19 01 e Lei n.c 594, de 6/8/ 1902 eLei n.o 725, de 26/3/1904 );

desapropria 0 Imovel n.c 52, da Rua Dr. Rod rigo Silva (Lei n.c 555,de 9/12/1901 );

d ispende vultosas quantias para a epoca.com a liga<;:ao de ruasimportantes do bairro (Le i n.c 562. de 6/2 /1902, reserve dotacaoorcamentaria para obraa de liga<;:80 entre a Rua Conselhei roFurtado e Tamandare):

desapropna predlos de n.vs 50. 60, 62 e 64 da Rua Assembleia(Lei n.c 565, de 7/3/1902);

- entabula acordos com prcprietartos de tet ras. co m 0 Conde deSao Joaquim (Lei n.c 617, de 10/ 12/ 1902);

- ordena melhoramentos urbanos em largos e pracaa (Lei n.c 723,de 26 de marco de 1904, que autoriza 0 Preteltc a executarmelho ramentos no Largo de Sao Pau lo e Lei n.v 745. de01/6 /1904 , que ordena 0 carcamentc da Rua Tagua e Pirapitin­gui);

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Iaz alarga menl o e ucacees de ruas fnter-bai rros (Lei 0.° 752, deDa de julho de 1904. prog rama a ucacao ense a Rua Ped roso e RuiBarbosa);

promove 0 calcarnento de ruas (Lei 0 .° 921, de 7/7'1904, queordena 0 rec arcamento da Rua Dr. Rodrigo Silva);

modi fiea 0 perf il de rues (Lei 0 .° 964; de 10/12/1906. que autonzao Preteito a aootar o novo perfil organ izado para a Rua Jaceguai);

- vende terrenos do bairro em basta pub lica (Lei 0.° 1306, de11/4/1910, que autortzaa veooa de sobra de terrene do orecrc n.e54, oa Rua Dr. Rod rigo Silva . esquina da Rua livre);

Nos primeiros anos do secuto XX. de mod o geral. as ruas doba irro sao cerca das a paralelepipedos de pedra . com expeorcaode inumeras leis. proponoo tal orovtoencre. Sao, pais. assimcalcadas. "t recnc da Rua Bonita, co mpreendido entre as ruas daGI6ria e Batao de Iguape; a Rua Conselheiro Furtado. entre asruas Barac de Iguape e da Gl6ria, bem como a Rua Bonita, entreas ruas Conde de Sarzed as e Estudantes (Lei s n.vs. 1948 de17/2 /1916 e 1973. de 29/4/1916. respecnvamente). bem comoquase todas as ruas do bairro.

No ana de 1919. eaprovaco 0 plano de alinhamento da Rua Conse­Iheiro Furtado e ja, em 1922, a Lei ne 2451 , de 14 de janeiro desseano, autoriza a Preteitura a mod ificar a emplacamento de ruas eorecnos da ctda de.

Entretan to. foi somente na cecaca de 1930 , que se. processou arerrodetacac da cidade de Sao Paulo, segundo plano do EngenheiroFrancisco Prestes Mate. fund amentado na estrutura rad ial concen­tric a.

Abrem-se entac longas aventdas em tome da ctdade . tracadas nosfundos do s vales. No bai rro da Liberdade e aberta a Avenida 23 deMaio, no Vale do ttororo.

Sao Paulo lembra algumas ci dades nc rte-amenc anas. ao lrtadlar-seem todas as cfrecoes. a part ir da sua area central nas counas quemargeiam 0 Anhangabau.

Prcjeta-se num raio medic de 15 q uilOmetros, estruturando urna ci­dade peculiar. libertada da mane ira classica ou reticulada .

A part ir do centro urbano inicial. sucedem-se beirrcs-ee d iferentesestruturas econOmicas e socials. muitos dos q uais fase constituemverdadeiras cida des den tro da metr6pole. Sao bairros taerrs. opera­rios ou resld enclel s. marced os por cont rastes par vezes g ritantes.

24Uns sao prog ressistas, modernos, enquanto outros permanecem es­tagnados ou se metamortosetam extravagantemente como e 0 casado batrro da t tberoaoe. com suas mansees senhortats substttuldaspor altos pred los. construcoes extravaqantes. em muitas das quaisse concentra uma poputacac cosmopottta e local.

o imigrante oriental , afem de rete-car a composicao etnica e culturaldo bairro, introduz no quotidtano novas tecmces taborativas. novasformes de reta cionamento empresarial. 0 vestuano. as artes. asfachadas dos predfos e as propnas ruas ganham novos oenneamen­tos e mater ia is.

o batrro da Li ber dade S8 orientaliza d iuturnamente, trazendo para 'al i. para seu ambiente de vida, urn pouco do Japao. da China e daCoreia.

Atualmente. 0 Munic ip io de Sao Paulo este di vid ido em dezesseisregi6es ad ministrat ivas. para eteito de planejamento e acao regional.

E tarefa bastante d ificil a precise esoecmcacao dos limites geografi­cos de urn batr ro. dada a diversidaoe de cntenos adota veis .

o balrro da Li berdade possui um Cart6 rio Eleitoral. uma Delega ciaPottcial. 0 Cart6rio de Paz do Segun do Distnto. alem de uma jurisdi·cao pa roquial. Cad a uma dessas entida des possui determinadacomcetenct a geo g rattca.

Parece-nos, pots. mats ob jetiva uma anali se da postcao geograticado bairro da Liberdade . conforme 0 crtteno atua lmente empreg ado .pera Admtmst racao Publica Munic ipa l de "reqtac admtrustrativa".

Esse tradictona! bairro integra a req iao ad mmistrativa da Se. sob acompetencia oa Adm lmstracao Regi onal da Se (AR-SE). cuja [urtsdi­cao e cal cuIada. aproximac amente. em 2492 hecta res.

As principais vias de circutaceo do bairro sao as avenid as 23 deMaio. Liberdace e Brigadeiro Luis Antonio. tcoas em cnecao ao rumosui da ctoaoe .

A reqiao e integralmente serv ida per rede de aqua . esgoto. gas eHummacac publica. bem como tota lmente pavimentada.

Cons tuui um dos oito setores da Ad rrunis tracao Regiona l da Se.encaixando-se entre os setores c a Bela Vista e Actt macao.prevendo-se [a. que a area pr6 xima aAvenida 23 de Maio. AvenidaUberdade. Rua Verguei ro e Rua Tamandare. cnara novo corredor decrrcutecao e attvtdades . em tuncao do metrcpotttano de Sao Paulo.em breve tempo. Suas estacoes " Liberdade" e "Sao Joaquim" inte ­gram a regiao a outros bairros da Capita l. atraves do service de"rntec recao Metrc-Ontbus".

25CAMINHO 00 CARRO PARA SANTO AMARO

Durante multo tempo.o forumde Sao Paulo teve varies difi culdades nadistrtbuicao da Justica nas acoes iudicieis. referentes a partilhas ederrercecoes de Iimites de terras, em toea a exteneec desse ca­mtnho.

Os doc umentos reterentes a leqiti mfd ade des propried ades, mu itasvales eram ccucentes. refer indo areas com flagranles cootrac nccesde iocaneecac. mas sempre indicando a reterencia principal, queera 0 Caminho do Carro para Santo Amaro.

Demandava ere as terras do sui da cidade pete espiqao ou petevarzea?

De mod o geral. todos as ensai stas. croni stas e his tortadcres de SaoPaulo . dedicaram parte de sua atencao ao eq uacionamento de mda ­geeso. Dentre esses, 0 Engenhe iro Zenon Fleury Monte iro escreveuextensa monografia scbre 0 assunto, parecendo ter defin ido exata­mente 0 tracacc desse caminho: 0 reno da atual Avenida da Liber­dade, Rua verpueiro. Domingos de Moraes. ate as vertentes dosC6rregos da rretcac. vermetho e Pinhe irinho .

Ao findar do seculc XVI, os "portugueses nac ousavam ocu par 0interior do pa is etem de um raio proxi mamente de c inq uentaqu ilOmetros avolta de Piratin inga" (15). Esse historiador, per exem­pro, Iocati zava 0 hist6rico Caminho do Carro, "na lombada paraalem do Anhangabau... descambando para a varzea do Rio Ger iba­tiba prccurava a atcera... ".

Affonso de Taunay tocattzav a a forca... "no outeiro de frenle da cruzque estava no caminho do Ib irapuera (Largo 7 de Setemb ro)" (16).

Affonso de Freitas localizou-o no seu ensaio de reconstituicao, nonacaoc das ruas da Liberdade . Vergueiro e Domingos de Moraes.

Segundo Zenon Fleury Monteiro, nos ultimos anos do setscentrsmo. aCAmara Municipal atendia com trequencia os ped idos de conces­sees de datas de terras no rossio da vita. tocallz adas ao longo dosquatro caminhos de salda da vita . entao extstentes.

Uma dessas sald as se enderecava rurno sui, na otrecao de SantoAmaro, anter iormente denominado tbtrapuera . Seguia eotac cerelombada entre os c6rregos do Anhangabau e Cambuc i, ate 0 ano de1640.

A part ir dessa data, passou a ser conhectdo por "Caminho do Carro".como unlca estrada ou caminho que ligava 0 nucleo as paragensretunes de Santo Amaro. que partindo de Sao Goncato ou mats

26abaixo, Largo de ~ ou Largo do eolegio. galga va 0 EspigAo doCaaguac;u.Em 1640. a partir de 19reja de Santo Antonio, ab re-se novo caminhoque atravessava 0 Piques. a Rue Santo Amaro (entao RUB do Verde edo Curral) e Avenida BrigadeilO Luis Antonio para no alto do espigaoencontrar-se com 0 Caminho do Carro . Este atravessava varias le­guas de chilo, possuiu varies oenorrnnecces atraves do tempo, de­terminadas palo interesse de seus usuaries e que const ilu iriamsempre . designac6es ccaecoers. prevatentes por breves periodosde tempo.

D trac;ado princ ipa l S8 biturcava em toda a sua d tstanc ia. em camt­nhos viclnals e tnlhos. etendendc a necess idade de sitiantes e donasde cM caras ag rupad os as SUBS margens.

Os campos reiunos ou realengos adiante do espigllo eram do patti­mOnio de CAmara Municipal, da tntendencia Nacicnal e depois devo ­lutos.

Durante muitos anos, a CAmara Municipa l fez conc essoes de tetrasnessa extensec (17). cujos reg istros revelam a posrcsc geografica docaminho, bem como alguns dos primeiros povoadoresdo Distrito Suida sa. a saber:

- Carta de data de terra a Francisco da Costa Valladares (1640);

- Carta de data de terra ao Padre Alvaro Neto Bicudo e CustodioNunes Pinto (1640);

- Carta de data de terra a Baltazar de Godoy Moreira . Belchior deGodoy Moreira e Marianna de l ara (1 640);

- Sltlo de Tapanhoim - Venda de totes tetta par rencrc AntonioMariano Fagundes Mariano (1860 a 1880);

- ne sacrccrtecac da Companhia Oantareira de Aguas e Esgotos aDona Balbina de Sant'Anna (1 891);

- Sftio Ressaca - oesaorconecac da Companhia de Aguas eEsgotos a FeHcio Antonio Mariano Fagundes (18) - (1891).

tnlctalrrente. as propriedades sa apresentavam como grandes ran­fUndios que , por via sucess6ria. desapropriat6ria ou por vendas erevendas. se transtcrmevam em pequenas areas. As propriedadessituadas amargem direita do Caminho do Carro tirmtavam-se entresi. ets que os reg istros de umas e outras revelam essa posicaolimltrcte. Assim, a CM cara Moreira e a Chacara Sert6rio entre osdoiscaminhos para Santo Amaro. A esquerda . 0 Tapanho im ou Lavapes.que indi cavam em suas d ivisas a Cht:lcara do Quebra Bunda deDemetrio Costa Nascimento, bem como a CMcara da Gl6ria.

27Entre as enos de 1639 e 1649, 0 Caminho do Carro era tambemchamado " Caminho Novo" para 0 Mar ou para Santos, ate confronteras d ivisas do Sitio Bessaca. local ern que se bifurcava para SantoAmaro e Santos. segundo relata de Fleury Monteiro (obra citada.;:;agina 137).

Esse mesmo neche era tambem con hecrdo por "Caminho do PadreDomingos Gomes Albemaz", entre as anos de 1647 e 1683.

Digna ta mbem de rsgislro. 0 tate de que a estrada vemuetro. no seutrecho comum 80 Caminho do Carro (do Largo da liberdade ate ablfurcacao do rresm c a altura do futuro Largo da Guanabara). eraconhec ida como "estrada nova para Santos", depots de 1864. Ap6sesta data , 0 trecho comum passou A dencminacao olicial de EstradaVergue iro.

Ressalte-se. ainda. a intormacao de Fleury Monteiro, que:

"0 Caminho do Carro, em longo trecho, desde a certvacacda Estrada Vergueiro ou mesmo no trecho comum, ate asbordas dos Campos de Santo Amaro, em parte da faceoeste do Sitio Guarapuava. tomou-se conbecido. de 1870a 1~96, como Estrada do Fagundes",

o Caminho do Carro pcssutu, portanto, cencminacees vartas.

Durante aproximadamente duzentos anos, as concess6es de terraeestiveram interrompidas. E a partir de 1808 que nos reencontramoscom tala soncnacoes. quando Manoel Monteiro pedi a uma data aCAmara Municipal "... no caminho do Carro defronte a Casa daP6Ivora... .. com tundos ale 0 Rio Moringuinho, onde se loca lizavauma fonte de igual nome. fundos da Chacara do Senador Vicente deSouza Oueiroz. em cuja propriedade, em 1852, se locaftzava 0 pri­meiro matadouro da cidade de sao Paulo.

Quando 0 centro da cidade se lntertiqou a Santo Amaro par linhas debondes, os trilhos foram colocados a margem ou sobre 0 leito doCaminho do Carro no trechc ja retendo. a "Estrada do Fagundes",que mais tarde passaria a chamar-se Rua Domingos de Moraes, parAto do intendente de obras municipals. competente para nomear asruas de Sao Paulo. par rorca da Lei n.c 77. de 09 de dezembro de1893.

Foi somente ap6s a acrovecac dos pianos de construcao da AvenidaAnhangaba u, vetha asptracao dos pautlstaros. que se inici aram osservices de terraplanagem e de ob ras acess6rias, como galeriaspara vazao de aguas ptuviais. a saneamento de todo 0 vale e zonascircunvizi nhas. impedindo assim. 0 levantamentc de favelas nasencostas marg inais e no pr6prio vale.

28

Planta da cidade em 1842: 32.000 habitantes. Destacam -se edificiose servrcos. Ao Sui, grandes extensoea de terras a serem povoadascom destaque do Camlnho de Santo Amaro ern dues pcs tceee. Be­bedouro e Tanques a distancla. Destaques: Chacaraa do Batao deLlmeira. de Ana Machado e Casa do Padre Iidefanso. Ig reja de SaoGonc ato e dos Remedios, 0 Pelourinho, Matadouro e Deposito dosChifres. Oadeia.

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31

Durante a qestao municipal do Or. J. Pires do Rio. as services depavimentacao e coleta de li xo da cidade em gera l, tiveram inc re­mento [amais observado. Foram fettos estuoos gerais das varzeasmunrcrpets entao tnuncavers e quase abandcnadas . Programoutambem. pIanos de grandes aven idas para a cidade de Sao Paulo, demodo a fac il itar 0 ace sso ao centro urbane. exiguo e incapaz decomportar 0 desenvolvimento par que passava a cidade. de aces sopenoso, em grande parte atraves de ladeiras ing remes onde as va lesviztnhos se apresentavam de dif icil aprovettamento. alem de malhab itados, mal aproveitaoos e do pier aspecto. \

Equacionado 0 problema, outras eestces reallzararn 0 trabalho de,construcao das grandes avenidas e do transports de massa. \

A Avenida 23 de Maio e a Avenid a da Liberdade !oram construidascom aprovettamento total do Vale do uororc e da antiga Rua daLiberdade , trecho do tradicional Caminho do Carro para SantoAmaro, sob cujas protundezas. na decade de 1970, se tracar ta aprimeira linha rnetroviarla brasifeira.

CARTAS DE DATAS DE TERRAS

As Atas da Camara Munic ipal de Sao Paulo, .cesoe 0 secure XVI,raferem Inumeras concessoes de datas de terras aos primeiros me­radores do planaIto. Alguma s concessees estac reg islradas em 10·cats muito proxrmos do nucteo central, enquanto outras se fazem adistancia. ao longo dos caminhos ou na sua d.recao.

Ao fongo do "Caminho de Virapoeira" (depois Caminho do Carro),ocorrem muitas concessoes. ate mesmo no secure passado.

Talvez esse habito tenha se constituido em uma constants na hist6riado desenvolvimento urbane de Sao Paulo, dada a grande dif iculdadedos moradores da vita para a criarem. Nesse processo de desenvol­vimento. a Camara Municipal tel 0 cerebrc . a torca impulsionadora epropulsora do vasto empreendimento que 0 cresci mento materialdesse nccreo urbano exigia.

Ate 0 fim do secuto XVI,Sao Paulo de Piratiningavivena num climadeguerra, ante 0 pavor de seus moradores verem as suas moradteeincendi adas pelos constantes ataques indlg enas.

Ao Colegio de Sao Paulo competia a tareta de catequese. de forma­cao esplrttual e intelectual dos primeiros hab itantes e. a CAmaraMunicipa l estava ateta a tarefa de promovero desenvolvimento mate­rial e 0 crescimento econ6mico da futura grande cidade.

32Sob este ultimo aspecto. a conceseac de data s de te-ras assumiurelevante papel , concess6es eSSBS, fei tas no percurso dos diferentescaminhos da cidade. No Caminho do Carro, vamc s ancontrar cartespontos de reterencia para as concessOes de terras. Assim , havla 0Largo da Force. a Casa da P6lvara, a cnacara do Ouebra -Bunda. 0Matadouro e 0 Telegrafo. confinando as concessces feitas ou ind i·cando rcceuzecoes geograficas.

Delronte a "Casa da P6lvora", as Reg istros revelam varies conces­sees. geralmente co m frente para a Rua C6nego Leac que futuramenteS8 transformaria na Rua d a U berdade. 0 eixo principal de todo 0futuro ba irro de igus l nome.

Ob serva-se, entretanto. que tais concess6es nao sa edi ficavam deimedi ato, pots a condiCAo concess6ria era nee se construi r cese demoradia e "nao fazer fogo de qualquer qual idade", dada a pecximi­dade da Casa da P6lvora.

Par essa razao. muitos cesstonarios chegaram a requerer aCAmaraMunicipal a tran sferencia da Casa da P61vora para outro local , a fimde que pudessem construir nas suas terras, no que nAo chegaram aser atendidos.

Desta forma, ocorre um processo de povoamento, formando-se paraa lado sui uma regiAo rural ou semi-rual de campos, pastagens,rocas, sitios e ch8caras. que perdurariam ate aproximadamente 0ana de 1920.

A planta da cidade de sao Paulo, elaborada em 1810, ja delineia aexpanseo da cidade para 0 sui. naturalmente estimu lada pe jc de­senvolvi mento des ba irros de Ib irapuera e Santo Amaro. allada aace terecac da economia paulista, promovida pelo Caminho do Mar esaida para 0 interior de sao Paulo, principa lemnte Ituo grande centroprodutor de ecccer da epcca.

Pele' data em que se consi derou pronta a Casa da P61vora (1813),cuia constn cao se lnlciara por alvara de julho de 1754, se pode dizerque esse local era considerado afastado do centro urbane, local queatualmente di sta manos de um quilOmetro da Prac;:a Jolla Mendes .

Na medida em que 0 proces so de cciomzecsc da regillo se foiacentuando com a ccncessac de terrae. vendas. revendas e parti ­lhas. a construc;:llo oitocentista passou a constitui rsene empecilho aoprog resso local, tanto qua ereservada para eta vesta area de terra noalto do esp igAo. ende antes se situava 0 Telegra fo.

As terrasdevolulas, 80Spoucos fcram sando cedidas aos tequtsiten ­tes sob a forma de dataa. de modo tal. qua os f lancose a distAnc ia doCaminho do Carro vac se povoando mais densamente.

33

Desde 1609. S8 concediam larras nessa d ire~a.o. Encontramos sfGaspar Colaco . com urndata devinte braces "nas cab eceiras dadasa Gonc;alo Fernandes na banda dire ita do caminho indo para 8 irapo­eire. partindo com Bras Mendes".

Tambem Pascosl Delgado e Manoal Costs obtem vinte bra ces emquadra "no arrabalde desta vi la, indo pelo cam inho que 'l si paraIbirapuera, samdo de sta vlla em urns travessa que esta demarcadapelo cutao de JoAo de Oliveira, para os lados do ribeirAo do Anhan­gabau".

o Capitao Francisco da Costa valadares S8 fixe "na rUB aberteccmecando de Santo Antonio para 0 Ibirapuera", e InocAnoio deCamargo, JerOnimo de Camargo. Balthazar de Godoy Moreira, Fran­cisco Goncalves, Manoel Femandes veine.Pedro Francisco Goncal­ves, Pedro dli Silva. Gaspar Sard inha e Manoel da Cunha, em 1640.tambem obtiveram datas de terras no Caminho do Carro. Algumas.bem pr6ximas do centro. pcrem outras erem "chAos devolutos", nosarrabaldes da vtta. Grandes a pequenas eeenezee. as quais sedestinavam ao cultivo de rccas e "c hacrinhas".

34NOTAS

1. Madre de Deus - Mem6rias Para a Hist6ria da Capilania deSio Vicente. hoj e chamads de Sao Paulo e Notlc ias desannos em que S8 descobriu 0 Braz il.

2. Alas da CAmara Municipa l de Sio Paulo. I. pligina 42 - Cartsda CAmara de SAo Paulo de Piratininga a Dona Catarina,rs inha de Portugal. SAo Paulo de Pirat ininga, 20 de ma io de1561.

3. Alas da CAmara Muni cipal de SAo Paulo - 1596/1622 - plig.197

4. TORRES, Maria Celestina Teixeira Mendes-Ibirapuera - pli g.35

5. TAUNAY, Affonso - "SAo Paulo Nos Prime iros Anos" - pAg.182.3

6. FREITAS. Afonso de - in "A Cidade de SAoPaulo no Ana 1822"in Revista de I.H.G. de SAo Paulo. XXIII - pllg. 131

7. SANTANA. Nuto - " SAo Paulo Histcricc", Vol. I.

a AZEVEDO. Alvares de - " Li ra dos Viole Anas".

9. Atas da CAmara Municipal de SAo Paulo - Vol. XLVII, pag . SO.

10. VIEIRA. A Paim-"ChA.caradoCaplto" - in Revistado ArquivoHist6rico da Prefe itura de SAo Paulo - Vol. CXLVIII.

11. Alas da CAmara MtIlic ipal de SAo Paulo - Vol. XLVII. pag. SO.

12. Atas da CAmara Mun icipal d e SAo Paulo - Vol. XXVII- pag.402.

13. Atlas de Plantas Antigas da Cidade de SAo Paulo - PublicaC;Aoda Com issAo do IV Centenario da Oldade de SAo Paulo .

14. Atas da CAmara Municipal de SAo Paulo - 1890 - psg. 22.

15, PINTO, Adolfo - "Hist6ria da Viac;Ao Publica" -1903 - p6.g.18.

16. TAUNAY, Alfonso de E. - "SAo Paulo nos pr imeiros annos"­pag.36.

17. Monteiro, Zenon Fleury - " Caminho do Carro para SantoAmaro" - p6.g. 43.

18. Monteiro, Zenon Fleury - obra cltada - p6.g. 13/14 .

35

CHACARAS TRAOICIONAIS 00 BAIRRO OA L1BEROAOE. ALGUNSOOS PRIMEIROS HABITANTES E POVOAOORES

No IArmina do seculo passada, mu ttas eeeceree sa espalhavam pelscidade de SAo Paulo. sando que as bairros de Santa Ifiglmia. BornRetire. Bras. Consolat;Ao. Agua Branca. Higien6pol is. Barra Funda,MOOca, Bela Vista. Cambuci e Liberdade possu iram ch8earas degrande extensAo territorial . mu itas des quais conseguiram chegsr 80s&culo atual.

No ultimo quartet do oitocennamo. as propretanos de vanes dessaschacaras providenciaram OU S8viram torcedcs a determiner a aber­tura de rues, alamedas e largos em suas propriedades. lazendoarruamento e rcteecees sam nenhuma previsAo urbanistica. pois 0crescenta aumentc da poputacac da cidade estava Bexigir aestrutu­racAo de novos bairres.

Entretanto. foi no secure atusl que sa definiu a forma de ccupecac dacldade, quando se passou a construir de mane ira acelerada pelasencostas das colinas e vales.

o bairro da liberdade, hoje uma ccnnnuacsc do centro; possu iumultas chBcaras tradicionais. sendo que ainda, em 1860, 0 "CorreioPaulistano" estampava em suas colunas enenc tcs. como 0 seguinte :

"Vende-se uma chllcara com boa casa de sobrado, cons­trulda toda de novo com pneres de tijo los, sit iada na Ruade Tabatinguera..."

Por todo 0 Distrito Sui da sa havia belaa e grandes chBcaras, nas

36quais havia plantacac de chAoe bosque s de jabut icabeiras. muitssdes qua is pertenceram 80S primeiros povoadores da cidade de SAoPaulo. For do retalnamento des grandes propriedades locals queresult ou 0 balrro de Liberdade.

CHAcARA DA TABATINGUERA: De propriedade de Francisco deAssis lorena. filho do Governador Bernardo Jos6 de lorena. erBeno rme e possuta a sua frente a fonte de Santa Luzle.Desinteg rando-se. no seu per lmetro totem ebertas 8S russ Consa­Iheiro Furtado. Conde de Sarzedas e Santa Luzia (19).

Gravura datada de 1862 mostra-nos 0 que teria sido essa ch6cara:vasta 'rea. co m ums casa simples. aca ipirada, co m telhado de largobeiraJ e alpendre lateral. no centro de arvores trondcsas.

QUINTA DE FRANCISCO MACHADO: situava-se logo no principia daRua da Gr6ria e na sua lites toi traoada rUB que S8 denominaria "daFabrl ca" e que 0 Ato Municipal ne 976. de 24/8/1916 chamaria deRua Sinimbu. Foi ainda na sua Area que se traecu 0 largo de SAoPaulo .

Essa grande propriedade pertenceu tambem a Radmaker e. a part irde 1824. aSanta Casa de Miseri c6rd ia de 840 Paulo, que construiuno local um asilo de mend icidade. local q ue. atualmente. integra aRua da Gl6ria .

Esse asuo. na c escrrcac de Manoal Vitor de Azevedo . era " um velhopard ieiro colon ial. teio. acachapado. de talpa e reboco inferior. decuja uenstormacac surg iu argum tempo d epots. como uma crisillidad e luxo, °atual Extemato Sao Jose " (20).

CHAcARA STREIB: situava-se entre 0 Largo da Forca e 0 Largo daPclvora. a d ireita do Cam inho do Carro. bem pr6ximo a tonte doMoringuinho. Quando esta chac are se desinteg rou, multce terrenospr6ximos aquela lonte foram da propriedade do BarAo Nicolino Barraque. ainda em 1890. possula rico palacete A Rua da liberdade (21).

CHACARA DE CAETANO FERREIRA BAlTHAR situava-se entre asruas Americo de Campos e BarAo de Iguape . estendendo-se ate aRua da G16ria. Esteve na propried ade des herdeiros do Dr. ClementeFalcao de Souza Filho.

Sua sede sftuava-se na Rua da Gl6ria, n.o 106. em cujo local. peste­ncrmente, a Estado instalou a Grupo Escol ar da U berdade.

Caetano Ferreira Balmer. falecido em Minas Gera is em setembrc de1870. era comerclante em Sao Paulo. estabelec ido com loja defazenda. " no p~dio terrec da Rua do RosArio. de pois Imperatri z e.

37hoie 15 de Novembro, esquina do aeco da Cacnace. hoje princfpiada RUB da Quitanda" (A. E. Martins - SAo Paulo Antigo - Vol. 2­pag.25).

Segundo esse mesmo autor, fol esse antigo habitante da cidade urndos primeiros eropreeancs da construCAo da snUgs Praoa do Mer·caoo, de RUB JaAoAlfredo. tendo sida tambem proprietArio de tetrasA RUB Santa Rosa. esquina da Ruado GazOmetro.,CHACARA DO SERTORIO: Consultada a escrltura pUblica de 14 desgesto de 1837. nas Notas do Primeiro TabeliAo da Capital. JaioSert6rlo adqulrlu-a do Tenante Garcia Ferreira e sua mulher, palotitulo n.e 21-A, casal esse que adquirira de Joaquim Goulart e suamulher. segundo as mesmas notas do Primeiro Tabellae. em 19 desetembrc de 1831,nas quais faziam constar as vendedoresnaveremcomprado uma parte em 1834 do Alferes Ignllcio Jose Oezar e suamulher que, per sua vez. pessufram a parte que entio vendiam, perheranca de seu pai e sogro, 0 Alferes Francisco Vicente da Silva ecompra de seu irmio Amaro Jacintho cerqoe tra.

Esclarecia, tambem, que a parte mais ao suI da cnacara. venderam aAntonioXavier, parte havida de Dona Ange lica da suve e Castro que,per sua vez. a obtivera como dote de seus pais.

Alem dessas partes, compunha ainda a propriedade uma outra per­cia obnda per carta de data da CA.mara Municipal, em 1826.

o cerro. segundo Zenon Fleury Monteiro, e que Joao Sert6rio tel asucessor dessa propriedade, em toda a vertente oeste do C6rregoAnhangabau. segundo termos de seu inventario. a chacara sltuava­se entre as duasestradasque iam para Santo Amaro, Hmitando-se. nofundo, com Manuel Joaquim dos Santos Boiadelro, propnetarlc daChacara Moreira, tambltm local izada entre as duas estradas.

Ap6s a morte de JoAoSert6rio, seu fttho. a Dr. Joao Sert6rio, vendeu apropriedade a Dona Alexandrina de Moraes, que al fez bela cnecere­de repouso, dizendoestar a mesma, situadaao lado da rua que vina ase denominar Santo Amaro.

A nova proprietana, rnais tarde. vendeu uma parte da Chacara Sert6­rio a Frederico Bayerlin, com frente para a Rua Vergueiro, no trechocomum ao Caminho do Carro.

Com a morte de Dona Alexandrina, a chacara passou a propriedadede seus trAs fllhos. em 1886: Jose Vieira de Moraes. Francisco JoseBastos e Emldia Augusta de Moraes Pedroso.

Com a divisllo da cnecere Sertcrlo, bern no entroncamento do balr rcda Liberdade e Parafso, a lacalfoi arruado e construlda, Ugando-se,assim, a Rua da Lfberdade aRua de Santo Amaro.

38Foi nessa area q ue se abriram as ruas Pedro so, Maestro Card im.Alfredo Ell is. Mart iniano de Carvalho. Artur Prado e Peratsc. centreout ras (22), que t ransformaram 0 velho cenartc rural e mudaram 0rotetrc e demarcacac das cbacaras e sitics ci rcunvtztnhos.

CHACARA MOREIRA: Em 1823. Jos e Anton io More ira. negoc iante decou ros. fez ern cart6rio urns [ustiticacao de bens. devidamenle tee­temunhada, na qual este assente que ete comprare urns cbacera naestrada de Sao Pau lo a Santo Am aro (23), cuja propriedade, em 1837e 1841, passou porduas escrituras 80 bo iade iro Manuel Joaquim dosSantos. sob a cencmrnacao de ChBcara Moreira.

Limitava-se ao norte co m a propr tedade de Joac Sert6rio e. 8 0 sui.com as campos de Santo Amaro, ne Estrada do Carro.

Ap6s sua morte , a chacara co mecou a ser retalhada e. ja em 1877.estava na propriedade de Olympia Gu imaraes Catta Prete. agoraco m 0 name de Chacara Bela Vista . estendendo-se ate a pequenotrecho da Estrad a Vergueiro, co mum ao Caminho do Carro.

Para a sui. chegava as terras qu e constituiriam 0 futuro Largo daGuanabara.

CHACARA DO BARAO DE UMEIRA: ate 0 ana de 1934. esteve napropriedade de uma da s filhas e herdeira dos Bar6es de U meira.gra nde exteneec de terra. que se estendia de sde a Avenida Briga­deiro Luis Antonio ate a Praca Joao Mendes. Dona Paul ina de SouzaQuei roz restdta ali. legando a propriedade ao Estado para instala­cac. no local. de uma escola para excepcionais. disposieao niocumprida pelo Poder Pub lico. Para homenaqea-Ia. fo i construido aViad uto Dona Paulina. Ugando a ci tada avemda. aberta per seusascendentes. a Praca Jolla Mendes.

CHACARA DO QUEBRA-BUNDA : Era como um prclonqamento doPelcur tnno. local em que a supllcic de escra vos era oficia li zado.

Grande parte de suas tetras foram desanexadas para possibilitar aconstrucao da Estrad a Verguei ro, em 1834, cujo propnetano. nessemesmo ana. requeria a Cflmara Muni cipa l uma ccncessac de tetrasadjacentes. para alinhamenlo das terra e da chacara. as q uais saoindicadas co mo senoc entre a "Estrada do Vergueiro e as vatcs daChacara do Quebra -Bunda, de prcpned ade de Demetrio da CostaNascimento.

Essa chacara eonfinava co m as lerras de propriedade do TenenteJoaquim Rodr igues Card im e Padre GerOn imo Maximo RodriguesCardim e Lourenco Ger6nimo Rod rigues caronn, alem de outrosirmaos.

39Era ums propriedade imensa. que ainda no enc de 1910. apresentavaterras na propriedade do dono do Jardim de Aclima~o e herdeirosde Francisco Justino da Silva. falecido 80S 11 de agosto de 190L

Pertencera anteriormente a Jato Nepomuceno. que a vendeu a Jos6de Oliveira veicee. Por morte deste ultimo, foi 8 chBcara a hastepublica, sendc arrematada.

o disciplinamento de escravos era praticadc ali e tarnbern em outrsschBcaras de cidade. Contrapondo-se a essa ignominia. OUlfa! chlll·caras e casas de abolicionistss e algumas igrejas. refugiavam osescravos, enquanto nAo reclamados pels just ies.

Nesse Irabalho de acobertamento de escrevcs. a Igraja dos Reme­dios. demolida em 1943 e. a de SAD Goncato, t iverarn papel relevante,pois sob suas naves 0 escravo fieava sob a proteceo de Deus.

Dentre as casas de refugio. os cronistas indicam as casas de JucaFrade, Antonio Bento, Jollo Mendes e luis Gama, de quem se contamprod lgios de ousadia , chegando a organiZ8trAo de uma essccrecacdenominada "Caifases", dirig ida e custeada par Anlonio Bente. aotempo do jomal abol ic ioo iata "A RendentrAo" (1877) e depois a"Liberdade",

Os "Oattases" prelendiam conquistar os escravos no inter ior. com 0prop6s ilo de redtml-los. Um dos mais famosos foi Mariano AnlonioVieira , que refugiava escravos foragidos em sua "Ohacara do Ca­pAo", em cujas terras se estruturarta 0 bairro Bela Vista, que elepretendia fosse "Bela Sintra" ,

Pondo em prauce suas idetas anti-escravaqlstas. aliado a AntonioBento, que resid ia no bairro da Uberdade, aco lhia os escravos quelhas pediam auxll io e os ocutteva nos muilos recantos ignorados eperd idos daquele lab irinto vegetal. mult isecular que reeobria toda areg iAo.

Mariano Antonio Vieira , um apaixonado da natureza. na sua estima eadmiratrAo peta natureza local. procurou resguardar as lerras de suapropriedade, sem eonsegul-lo, porem. Sonhara tncorpcrar 0 macrccverde do Caaguatru ao arvoredo frondoso de suas terras, para formarum parque gigantesco. verdadeiramen1e native. que seria para SAoPaulo 0 que 0 "Bois de Boulogne" era para Paris (24).

A ChAcara do Capao assocla-se A hist6ria da CMcara do Ouebra­Bunda. pela oposic;ao ferrenha que sempre moveu os prop6sitosdesta. tamt>em conhecida per '·Telegrafo" .

A Chacara do Quebra-Bunda eltuave-ee entre as Ruas Apeninos,Pires da Mota. Nllc e Paralso, em cujas terrae. ainda em 1910,sltuava-se 0 Hospital Oftalmico. cercado de imenso quintal , em cujo

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centro Iiceva 0 velnc pred io terrec da chacara e. cujas janelas.serviam de mitante das cercamas sulinas.

Segundo 0 historiador Pauto Cursino de Moura (25), eSSB grandeglebs de terra pertencera a Jose Veloso de Oliveira. talecidc h8aproximadamente cern anos . tc mando-ee conhecida por essa eeo c­minac;Ao 1'810 tate dos nagros tugil ivos receberem ali tremendassurras, que chegavam a descadetra-los.

CHACARA DA GLORIA : sit uava-se ill margem esquerda do cam inhoque caminhava para 0 sui. "na estrada que seguia para 0 arrabaldodo Ipiranga". alem do C6rrego do Cambucl.

A seda da Ohacara da GI6ria abrigou vanes institu ic6es da cidade.dentre as quais, 0 Semmanc de Santana e 0 Seminario de Nessa$enhora da Gl6ria.

JlI. em 1852, estava decadents. mas sua capel a ostentava ainda emsuas paredes esb uracadas. bela s e vatiosas pinturas (26).

o Semmario de Nossa Senhora da Gl6r ia asststia e educava asmeninas 6rfAs de milita tes q ue tivessem mcmdo pobres.

Foi cri adc par d isposiCAo de aviso exped ido pelo Govemo Imperialda Capita l da Provinc ia de Sao Paulo. datada de 08 de janeiro de1825, pe lo Visconde de Congon has do Campo (l ucas Monte iro deBarros), entac prestdente da Provincia .

Com a dotacao anua l c rS 600.000, toi 0 Seminanc da GI6ria inaug u*race a 08 de ju nho d e 1825. lendo como sua primeira d lretcra DonaEli ziar ia Cecilia Esp inola.

Segundo A.E. Martins, da s trinta rroces q ue al i se educaram, trAsdelas exerce ram 0 magisterio em Santa Ifiglmia. Jund iai e Pirapore .

Em 1853. 0 Seminano passou a funclonar no ediffc io q ue setvira deHosp ital Mil itar e depois Quarte t do 7.° Batalhao d e Oacadcres doAcu , onde permanece u ate 1861. para entec retomar a vetba CM­cara da Gt6ria, agora qua se em rulnas.

Dada a precariedade da construcao. nao pOde s f co nti n uar,trensfertnco-se novamente para 0 Hospital Mildar, por ordem doMarechat Manoal da Fonseca lima e Silva. presidente e comandantedas armas de Sao Paulo.

A lei n.e 71, de 10 de abril de 1870. artigo 1.°. celebrou um contratocom Madre Anna Felic ite Del Carreto. superiora da CongregacAo da sIrmAs de Sao Jose, enca rregando-a do ensino do Semina rio da GI6­ria. 0 qual foi supe rvisionado pela mesma ate 16 de jane iro de 1871.

Por penhora pub lica. a Chacara d a GI6ria passou ll. propriedade daFazenda Nacional. tendo entAo aide vend ida ao Sargento-M6r Ma-

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nuel de Oliveira Cardoso pete CapitAo Manuel Pinto Guedes, pelsquantia de crS 750.000. cute esc ritura pebnca tol lavrada aos 07 dejunho de 1741. nas notas do Tabe liio Vieira de Silva Paiva.

Em 1870 tel requerida 80 juiz das mectcoes de Sao Paulo. Dr. Jos~Vaz de Carvalho. Que 0 "pncrc'' Francisco de Carvalho procedesse ac emercecac das terras dessa chaca ra. 0 que foi teito. Mais tarde.joram adq uiridas pelo Or. Matheus de Abreu Pereira. 0 quarto b ispoda provincia que. ao tatecer . teqcu-es a Mitra de 580 Paulo.

Apesar da dcaeac teita. a masma caducou. palo fato do referidob ispo ter contraloc dlvidas com a Fazend a Nacional. Penhorados asseus bans. estes toram inc orporado s aos bens nacionais.

Desse modo, a Chacara da Gr6ria foi entregue pa lo Ministro daFazenda 80 da Agr icultura. para estaberecurentc de urn nuclecco lonial. que toi inaugurado em 26 de agosto de 1877.

Aos 14 de tevereiro de 1880. 0 Ministerio da Agricu ltura declarou queaquelas terrae deviam reverter &:0 Min isterio. Pcstencrmente. deacordo com a "Comissao Monumen to do lpiranqa'', foram demarca­das e. as porcces julgadas necessaries aos obietivos da retendacomissao. foram cedidas a mesma. enquanto a parte restante foidest inada aPreside ncia de Provincia. a quem competia tracer a suadestina eao.

42NOTAS

19. MARTINS. A. E. - "Sao Paulo Antigo" - psg . 49.

20. AZEVEDO. Manoel Vitor- "SAo Paulo de Ant igamen te" - pftg .74.

21. Eles Construlrama Grandeza de Sao Paulo - Editado pelaSociedade Brasiteira de Expb:lsao Comercial Lids. - SP.- 1.8 Edicao.

22. FREITAS. Afonso de - "Prospecto do Dicionaric Etimol6gico,Hist6rico, Topogratico , Biogrftfico. Bibliografico e Etnogra­fico Itustrado de SAo Paulo" - psg. 23.

23. MONTEIRO, Z.F. - cbra citeda - pag . 54.

24. PARNI, A. Vieira - "Ohacara do CapaQ" - In Revista do Ar­quivo Hist6rico - Vol. CXLVIII.

25. MOURA, Paulo Cursino de ~ "Sao Paulo de Outrors" - pag.122.

26. JUNIAS, em sao Paulo - Notas de Viagem - pllg. 144.

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ESTRUTURACAo URBANA DO BAIRRO DA L1BERDADE

o bairro de Liberdade estruturou-se em funt;:ao de urn processo garslde exoeneac e progresso, atravessado pels cidade de Sao Paulo,principalmente ap6s a proclamacao da Republ ica e a partir da de ­cada de 1930.

A cidade viveu mais de tree eecorce de sua existencia. isolada doademais centros urbanos brasileiros. periodo em que experimentouurns vida de grandes desafio s, de reauzacoes e de ernpreenctrren­tos regionais, em que as elementos mais importantes do proqresaolocal, inclusive a formacaoetntca. estavam em tcrmecac e sa prepa­randc para aquela decotagem formidavel que se processaria a partirdos anos trinta. .

Fai urntempo em que as povoadores da Terra rancarem a sua sene,buscando urn sentido de ordem em seu maio cheio de perigos eprocurando transformaro conglomerado urbano quinhentista em queviviam, num centro irrad iante de uma cultura e uma economia esta­vets. capazes de atravessar secures e fronteiras.

Na excensac do Distrito Sui da sa, ao termino do eecuc XIX, se podedestacar duas importantes radiais, que orientarAo 0 desenvolvimentodo futuro bairro da Liberdade:

- a estrada para Santo Amaro e

- a estrada Vergue iro, conuncecac da Rua da Liberdade, orientadapara Sudoeste (27), em direoAo ao ribeirAo do Impiranga, ateencontrar 0 Caminho do Mar.

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Enquanto a ccrncrucecac entre Sao Paulo e Santos sa tazia paloCaminho do Mar. a regiso em que futuramente constltutria 0 bairro deLiberdade, S8 desenvolveu naquale sentido, bern como Quiros bair­res que S8 foram estruturanoo na mesma dtrecao.

Entretanto, quando S8 implantau a "Sao Paulo Railway", 0 antigopercurso foi desativado e 0 processo de urbenteecac e desenvolvi­mento sa desviou para a direcao tcmada pels terrovia.

Entre aquelas duaa radials nltidamente tracadas sobre 0 Distnto SuIde sa, ficavern chtl.caras disperses, terrenos concedidos, camposvance. caminhoa esburacados, poeirentos e barrentos e atalhosvic inais. alem de matagais e capoeiras, que eram diutumamentepercorridos por tropes de burros. canoe de bois e boiadas que. parvezes, se desviavam da rota principal. a procura dos nachos eribeiros locate sobejamente conhecidos a epcce.

A planta topoqratlca de SAo Paulo, datada de 1810, ja revere aexpansAo da cidade para 0 sui. na direcAo da safda para 0 mar.

Quando se cogitou da ccnstrucao de novo caminho para Santos, apartir da segunda metade do oitocentlsmo. sera desanexada daCbacara do Quebra-Bunda, enorme extensAo de terras. Na demarca­CAo dos terrenos da Gl6ria. de propriedade da Fazenda Nacional,foram demarcadas nac apenas suas terrae. ccmo tambem "0 local dopedregulho na estrada de Santos, denominado Mato Grosso, deservidAo publica. bern como alguns pedacoa de campos que estaono gozo da poputecao pjl;rQ pastagem e outros mlsteres" (28).

A estrada a ser aberta sera a contlnuecac de uma rua (a da Liber­dade). de modo que a CAmara Municipal ordena a planla<;Ao depalmeiras. pelo menos ale a "esquina da easa de Augusto Duma"(29). 0 que nos permtte admttlr que a essa epcca. as pessoas aindaeram mais importantes que as ruas...O local era ponto lntermedlanode vance outros bairros futures, da zona sui e sudoeste. posi<;Ao essaque. neturatmente, favoreceu sua urbaniza<;Ao.

Ainda em 1822. a Imperial cidade de SAo Paulo era a mesma dostempos cctontals: "paeata, ordeira. viril e altiva...". Afonso de Freitasassim a descreveu.

Para 0 Sui:

"Do pateo de SAoGoncalo. depois da Cadeia Municipal. ehoje Praca JoAo Mendes. seguia-se por detrb da Cadeia,pete Rua do Rego. atual Rodrigo Silva, depots de ter sldcdo Meio e da Assembt6ia. e seu desenvolvimento. que erao Caminho do Carro que vai para Santo Amaro, paretetc i\satuais ruas da liberdade e Vergueiro at6 Vila Mariana.

45entac Malo Grosso, desca mbando mars ad tante. para avarzea. ate encontrar-se na estrada que do Piques S8descobrava em cnecac a verna Ibirapuera pels rua prim i­tiv amente do Verde e. na epoca. do Curra l. hoj e ladeira epnmetrc trecho da rua do Santo Amaro . Para 0 tac o daIgreja dos Remed ios. a salda da ci dade bifurcava-se equem, do paleo da Cadeia tomasse a direita perc Pelcu­rinhc. etevadc pr6 ximo e antes da atuat rUBLivre. iria ate atcrca. plantada no espaco. boje oc upado pels area maiaampta do largo da Liberdade e. mats ediante. a Cesa daPotvora. no pequeno largo que ainda conserva essenome" (30).

A esq uerda desse largo. sala 0 Caminho de Santos, descendo para aRua do Cem iterio. ate a aOliga Necr6pole dos Aflitos e da ! ate aGl6ria, cnde navra a cnacara do btspo D. Mateus e, passando peteLevepes. 0 Sltio do Tapanhoim e Cambuci. A frente . ate a case darestdencia da Familia Castro. estend la-se a Chacara dos Ing leses.loca l trad icional e de grande atrat;ao publica .

Em meados do secure passeoo. 0 Largo da Uberdade ja era insufi­c iente para abr iga r 0 movimento das te iras semanais de madeira.que ali se realizavam. Tar era a contusec loc al, que 0 vereadorLeandro de Toledo. na eeeeac da CAmara Municipal. a 8 de janeirode 1863. fez a seguinte proposta:

" remover do Largo da Liberdade para 0 dos Curros, a tetraque se faz no prirne iro largo, vlstc que n60 oferece ascomodidades e nern a capac idade necessaria para com­pcrtar tao grande numero de cartes. tendo apenas urnasalda, e esta multo estre ita e incapaz de se prestar aotrAnsito das ruas que, sirnultAnearnente. entrarn e saemnos d ias de vendas de madeira" (Atas - 1863 - pig. 9).

Entretanto a CAmara Municipal decide por outra proposta:

"se faculte aos cartocelroa entrarern palo Telegrafo, Ruada Gl6ria e freguesia da Penna e estacionarern no Largoda Liberdade au des Curros e. os que vierem de SantoAmaro palo Bexiga. a seguirem d iretamente para os Cur­res".

Tod avia. 0 Preeldente da Provincia nAoaceitou tal cecese.oficiando~ CAmara que se a anulasse, cont inuando, entio, a feira de madeirasa se realizar no Largo da Liberdade.

No processo de expansAo urbana local, a concessAo de terras consti-

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lu i fator de progresso e desenvolvimento. Suspensas em 1854. j tl em1856. a CAmara Municipal alegava series preju lzos para 0 engren·decimento de cidade.

No Morro do Tetegrato. aUt 1856. sao teitasvaries concessces. cujospropnetarfoe. no find ar do secure. se mostravam preocupados com aperspective expropriat6ria de SUBS terrae. para a continuidade dotreceoc de RUB de Liberdade.

As Alas de 1865 (pags. 169 a 180) reve lam q ue a CAmara Municipa lordena a execucao de urns planta de ci dad e, cujo trabalho eentre­gue 8 0 Engenheiro Ramien,ocasiAoem que toram promovidas variesmodificaoOes na nomencl atura des russ de Sao Paulo, quando aaOligs Rua do COnego Leac passou a dencmfner-se de liberdad e.

No ano de 1884. a Rue de liberdade nao is muito atem do Largo deP6tvora (31) e. ainda em 1904. a Rue do Paraiso era qual if icada de" Iong lnqua e deserta". (32) .

A CAmara Mun icipal mcseeve-se preocupada com uma pcssfverexpanseo desordenada da cidade, enquant'o nac se demarcassemos novos limites do seu ross io, pets para atem do Largo da liberdadee aclecenctas. nada tora planejado.

As reterencias a "saldas para 0 mar" e "estrada", sign it icavamsempre a continua~o da Rua d a liberdade ou do Caminbo do ce-repara Santo Amaro. Para ad iante do Largo da P6lvora .apresentavam-se varies terrenos por construir, pastagens e camposabandonados, ao mesmo tempo em que 0 Largo da Liberdade itescuro, sem i1uminacAo nenhuma, sttuacac que leva a CAmara Muni­cipal a oticlar ao Govemo da Provincia, pedindo a cciccecac delampi6es nesse largo, ate 0 destacamento da P6lvora.

A ind a em 1872, os moradores das imediacoes da P61vora, pedem aCAmara Municipal que "se Iimpe e teche terreno vizi nho que , cobertode mato, incomocl a os suplicantes, co m aju ntamentos notumos q ueali se dAo eonde se praticam imo rali dade" (Atas - 1872-pBg. 19).

Embera se tizessem constantes scucltecees de melhoria para 0balrro. essas custaram multo a se oficiahzar. sendc que 0 pr6prioeevemc Provincial cheqou a ser responsabilizado.

Em 1872, a Casa da Polvcra. no Largo de igual nome, atnda seencontrava no local, embera 0 dep6sito js. estivesse transferido.Como cont inuava em IJ6, as ruas da GI6ria e da Liberdade continua­va m sem conuercacao. Entretanto. em 1873, na sessac de 13 dejunho, a CAmara Municipal pede autorizacao para demolir a Casa daP6lvora. a tim de al inhar uma travessa de ligacAo entre a Roo daLiberdade e a Rua dos Estudanles (Alas - 1872 - pag. 106).

47Aoque parece, entre os anosde 1880e 1883. arrasadas as rulnasdaCasa de P6lvora. abriu-se eepece para 0 trac;ado do pequeno largode ig ual nome .

No aoo de 1880, sAo feitas concessOes de cartas de datas de terraena Estrada Vergueiro e no Tel6grafo. cu jalegalidade setia posterior­mente discutida, principalmente as que sa localizavam no chamadobairro de Mato Grosso (futura Vila Mar iana).

"Com 0 advento da Republica, a capital de SAD Paulocresceu extraordinariamente, pots quase todos os propria­terics das antigas cnecares. que entAo exrettam nos belr­res de Sants IfigAnia, Born Retiro, Braz, ConsolaoAo. Li­berdade e Cambuci mandaram abrir. nas referldaa cnece­rae, diversas russ, avenidas. alemedaa e largos.fazandO-S8 oetee suntuosos palacetes e bonitos pr&dios"(A. E. Martins - Sao Paulo Ant igo - P'O. 14).

Assim. nas terrae da cnecere de Dona Anna M. de Almeida LorenaMachadoforam abertas, por sua crdem, as ruas Conselhe iro Furtado,Bonita , Santa Luzia e Conde de Sarzedas. Mandou. ainda, que 58construfsse it frente de sua propriedade, que tioha frente para a RUBda Tabatinguera, a capela de Santa Luz ia, cujas obras foram con­clufdas em 1902.

Junto it Igreja de Nossa Senhora dos RemiKfios, ergu ida na Pra~a

..1010 Mendes, "q ue supOe ter sido a antiga capella de SAo Vicente"{32} e institufda em 1727 par SebastiAo Fernandes do Rego, exlstlaum velho pr6dio tertec, de janelas de r6tu la e pertencente so COnegoClaro Prencrecc eevasccnceics. que a CA.mara Mun icipal , nasessAode 24/8/1874 desapropriou a fim de comunicaro entlo Largo de SAoGoncalo com 0 do Pelourinho, mais tarde Largo 7 de Seternbro.

SAo apresentadas diversas propostas de execucac de services pU­bncce. dentre os quais;o de iluminacAo do bairro da Liberdade at6Vila .Mariana. Era Binda um bairro de pequenas casas quase sempreterreas EI! no mesmo annhamentc. sendo que na ultima d6cada doottccenrterrc silo raros os estabelecimentos ccmerctats na regiAo,embora em algumas ruas se vislumbre alguma ed ificacAo com fina­lidade comercial e industrial. como porexemplo 0 dep6sito de mate­riais existente na Rua SAo Joaquim e pertencente 1\ (mica fabrics def6sforo da c idade (Atas-1889, pag. 270 ).

Aos 16 de maio de 1894, 6 inaug urada a " Rua Brigadeiro luis Anto­nio" e ruas adjacentes, abertas ne propriedade dos barOes de Li­metra (A. E. Mart ins - SAo Paulo Ant igo - Yol. I, pSg. 94).

A CAmara de SAo Paulo ja demonstravavivo interesse no processo de

48uroanizac;Aoda cidade. ed itando a lei 0 .° 197, de 31/1/1 896. autori­zando JoAo Dierberger B arbor izer as russ de Capital. ao mesmotempo Que determina a demol ic;Ao de editlcios. mums e obras arne­ececas de rulna ou construldas fora dos padrOes Mun icipals (34).

o panorama urbano sa modif icaria com a chegada do imigrante.princ ipalmente 0 ilaliano e. dentro em pouco, js sa podia ver 08Estrada do Vergue iro chal6s A mods sulc;a e urns arq ulte tura. emgeral, mais urbantzada.

Na Rua Vergueiro e adjacAncias. 0 padrto residencia l it muito hetero­g6neo. Ostenta "modemas casas com jardi ns e grades . com tacna­das omamentad as", como tembem " pequenos puxados " e "cocbel­ras", "ceposnc s''. "aumento de urns coz inha", como S8pode depre­ende r dos inumeros requerimentos enderel;8dos aCAmara Munici­pal, ped indo licence para equates constru¢es (Pap6i s Avulsos­Obras Part iculares - Arquivo Hist6rico da Prefeitura de SAoPaulo­varios aoos).

Quando 0 secutc XIX chega ao SBU termino. no alto do mectcc eetacinstaladas res idAncias burguesas em Vila Mariana. na Consotac;Ao ena Liberdade. habitadas por ume comunidade sam luxo ou rlqueza.com 0 retalhamento das chAcaras da reg iAo.

Apesar dos prenunc ios da crise caleeira q ue sa anunciava. hav ia nacid ade acentuado progresso.

Cog itava-se. atll mesmo. da instal ac;Ao de " uma Estrada de Ferro oubondes eerece el6tricos..." (35).

A po pul ac;Ao cresci a: em 1893 havia 130.755 habitantes e poucodopo i• • om 1900 . 200.000 (36).

Segundo Silva Bueno (37). 0 ultimo quartet do slK:ulo XIX sa cerecte­rizou pela febre das demoli¢es. das reforms s e da s constru¢es.at ingindo as casas part iculares , os conventos. as igrejas, be m comoos edilfcios eubncce. ao mesmo tempo em que os sobrados de trAsandares. oriundos do setecentismo. continuavam a se sobressair nopanorama urbano.

As casas peuustee. aos poucos vio perdendo seus grandes be trals.suas paredes de ta ipa de pilAo. suas r6tulas e suas janelas e portesque 88 ab riam para lora. por disposic;Aodo C6digo de Posturas de1875.

Paulatinamente. a ci d ade vel se transformando. nAo apanas 0 nUcleocentral. como os seus bairros e arrabaldes mais d istantes. emboraainda em 1897 apresentasse ruas esburacades, bond..puudos perburros, mas que ji abrigava trazentos mil habitantea. (E.S. BIVIO ­Hist6ria a Trad i¢es da Cidade de sao Paulo III • pAg. 9(8).

49Estruturam-se novos bairros de todos as ttpce. alguns des quais embreve tempo S8 constituirAo verdadeiras cidades dentro da cldade.Batrrce febris e cpersrtoa para 0 Norte, Este e Oeste, enquanto que ametade meridional da cldade ecaracterizada palos bairros residen­ciais das classes media e rica . ,Na pcrcac setentrional S8 ergueriam as casas geminadas. as ccrtt­005, as rUBS sem lnfra-eatrutura urbana. Bairros outrors tidos comoarlstccrattccs. comecam a S8 degrader, enquanto outros assistemsuas mansOes senhoriais serem substituidas por construcees eurc­peizadas, mals tarde. por ananha-ceus. '\

o cosrropcntrsrrc que haveria de caracterizar a cidade, val criandcccncenneceee etnlcee: slrlos, libaneses. armlmios, na regiAo da RUBViole e Cinco de Marc;o; judeus, no Bom Retiro; italianos, no Bras,Mooca e Bela Vista e japoneses, na Liberdade, principalmente nasruas Conde de 5arzedas e GalvAo Bueno, enquantc outros estrangei·res afortunados se instalam nos jardins, Vila Mariana e santo Amaro.,Descreeendo a cidade de SAo Paulo entre os anos de 1900 e 1930,transcrevemos as palavras de Paulo Setubal (Estado de SAo Paulo­EdiC;Ao de 25 de janeiro de 1878):

"SAo Paulo, convem lembra-tc, nAo e ainda, nem porsombra, 0 SAo Paulo que velo a ser, Nem arrenha-ceue.nem avenidas largas, nem batrroa de residAncias suntuo­sas. nem 0 milhao de habitantes, nem a envaldecedoraselva de cnamines. furando 0 azul. Nada dlsso. £ umacidade tristonha,garoenta, que tern no invemo os lampicesde gas acesos ate as nove horas da manhA. I: cidadeainda provinciana, ainda caiplrona, com os seus t1lburis,com a sua velha 5e, com os seus becoe, com as suasladeiras, mas que, apesar de tudo, futura capital de umbilhAo e quinhentos milh08s de pes de cafe, ja prlnclpiavaa agitar as asas para progredir 0 v60 alucinante que nocorte especc de trinta anos soberbamente destenu".

Descrevendc 0 bairro da llberdade. invocamos as impressoes dofrancAs Gaffre: "Nada se podera lmaqlnar mais bem necedo e arbcrl­zado que as ruas da liberdade e da ccnecrecec" (L.A. Gaffre • Visiondu oBresil - pag . 159).

Poder-se-ia indicar 0 ano de 1922 como 0 marco inicial de uma seriede trarisrormacoes par que passaria a cldade de SAo Paulo, comotodoo pals. Dentre essas, as constantes agitac;Oes politicas havidas,sempre marcadas par movlmentos militates e que culminariam com avitoriosa revciocac de 1930, momento em que a economia nacionalexperimentsva uma cnee sem precedentes na hist6ria da Nac;Ao.

50Vitoriosa a revorucao de 1930. instaura-se generalizado estedc deebuncac soc ial , tevendc Sao Paulo a viver dias de permanents in­qu fetacac que, em 1932. motivaria a Aevolucao Constitucionalists.

Passada esse eslado de cctses. a vida nacional e atingida pormultiples provrcencras reformistas, especialmente no campo sociale econOmico. Imput slonando ace leradamente a cidade de SAo Paulopara novo s rumos (38). Coordenad ora da culture cateei ra.nanstorma-se no ce ntro de artrcuracaodas at ividades ccmerciaia doEstado. as qua is prop ic iaram novos padroes soc iete. educacionais.art isticos, ccmercla ts e ate mesma poHticos.

Paratelamente. ocorre a intensifi cac;i o do flu xo migrat6rio, Que trazpara SAo Paulo enormes cont ingentes estrange iros e nac ionais deoutro s Estados. lnlciando -se entao 0 processo de metrcpouzacac dacidade. Passa a ser um centro de ccocennacac de riq uezas.

A riqueza gerada pelo cafe faz com que as i amilias ricas se fixem nacidade e, mats tarde, com a mdustriallzacao. hll. ccocentrecao demao-de-obra em balrroa mala atastadoa. como a Brb. Barra Funds eBela Vista , hoje regi6es deterioradas.

Segundo Rafael Gendler (0 Estado de Sao Paulo - edh;ao de25/1178), foi a partirdaquele momenta que se in iciaram es dnerencasmarcantes nos t ipos de habitacAo, nas caraeterls1icas e costumes decada bairrc.

A lndustrializaeao em fase expansionista e a centro urbano cada vezmais densamente povoado, d itaram a eeoeneac da cidade de SAoPaulo de mane ira de sorde nada , destruindo grande parte de sussant igas ed ilicac6es, l azendo surg ir 0 novo com a sacrificio do hist6­rico.

Levantamentos legislat ivos le itos (39) permi1em-nos afirmar que foino seculc atus l que as ruas do bairro da Liberdade S8 es1ruturaramnos seus rreceecs definitivos e mant idos ate a presente, de modogera!.

Oa amostragem abalxo analisada, observa-se a grande interesse dopoder publico peta urbanizacAo do bajrto. no pritneirc quartet doseculo. SAo promulgadas le is, expedidos decretos, resotueees eatos recompondo a estrutura geogrll. fica des velhos caminbos. be­cos, largos, espacos vaz jcs e morros do an1igo Distrito Sui da 56 .

Nomeiam-se ruas au se Ihes alteram vetbas denomina¢es. calcam­se outras, vll.rios pr6d ios sac desapropiados pelo poder municipal, alim de 58 al inharem ruas ou sa abrirem largos e pracas; l igam-se russ8 ba irros, permutam-se pr6d ios. .•AClmara Munic ipal dA tOial ccber­lura l atuacAo do Poder Executive, no sent ido de dotar a ba irro daLiberdade de lavortlveis condi¢es urbanas:

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- Aesolu.;:ao 0,° 24, de 05/5/1893 - denomina Alfredo Ellis a se­gunda travessa de RUB Pedroso;

- Lei 0 .° 224, de 28/3/1896 - autoriza 0 nivelamento de RUB Brigs­deiro Luis Antonio e Santo Amaro e desapropria por utilidadepublica as terrenos que ernberecarem as obraa autorizadaspale mesma lei ;

- Lei ne 240 , de 07/5/1896 - autoriza a ccnstrucao de sargetas naRUB Pedroso.berncomoa Lei ne 411. de 08/8/1899, determinea ccnstrucao. nessa mesma rue, de mums de arrimo e conse­quente nivelamento; \

- Lei 0.° 261. de 14/8/1896 - autorlza 0 cercememc da RUB deLiberdade e 0 nivelamento de Rua HumaitA;

- Lei 0.° 397, de 20/5/1899 - "determine que passe asedenominarRue Dr. Rodrigo Silva a de Tabatinguera". Posteriormente, aCAmara editaria nova lei, a de ne 416, de 28/8/1899, denomi­nando de Dr. Rodrigo Silva a Rua da Assemblela.

- Lei ne 455, de 23/3 /1900 • determina 0 alinhamento da RuaCarlos Gomes;

- Lei n.c 483, de 18/8/1900 -declara de utilidade pebtlce c predicde n.c 54. da Rua Aesemblela, para que se efetive 0 alinha­mente dessa rua.

Nessa foram teitas tnumeraa deeeprcprtecoee para sua urba­nizac;A.o.

- Lei n.e 449, de 15101/1900 - autoriza 0 Pretelto a careera parale­lepfpedos a Largo da P61vora e outras ruas enexae. como aAmerica de Campos. Correa e Liberdade;

- Lei ne 468, de 11/6/1900 - autoriza 0 cetcameotc da Rua Ver­gueiro no trecho compreendido entre as ruas SA.o Joaquim ePedroso;

- Lei nc 476. de 22/6/1900 - declare de utilidade publica paraserem desaptopriados 224,43 m2 deterreno em A.ngulo. ARuaGlicerio. canto da Rua Bareo de Iguape;

- Lei ne 556. de 10/12/1901 -autoriza 0 Prefeito a pagaros servtccsde Jose Miraglia. efetuados em 1897 e 1898. numerando aspredtos da cidade;

- Lei ne 573, de 07/05/1902 - disclpllna 0 allnhamento da RuaRodrigo Silva, ap6s a promulgac;Ao de outras leis desapropria­t6rias de im6veis nessa mesma rua;

- Lei n.c 580, de 07/05/1902 - determine melhoramentos na Rua

52Conselheiro Furtado. entre as ruas dos Estudantes e BarAo deIguape;

- Lei " .0 648. de 15/05/1903 • autonza 0 pagamento do carcemeotcda Rua Conselheiro Furtado;

- lei ne 666, de 15109/1903 · sutoriza 0 cercerrentc da RUB BaTaOde Iguape, entre as ruas Conselheiro Furtado e Glicerio;

- lei n.e 685. de 07/11/1903 - declare de utilidade pebuca o terrenoentre a RUB da GI6ria e a RUB Jamandare. para ligacAoda RuaConselheiro Furtado;

lei n.c 745, de 01/06/1904 - determine 0 carcementc da RUBTaguit e Pi~apitingui ;

- Lei n.e 752.de 08/07/1904 - declare de utilidade public a prec nose terrenos necessaries 80 alargamento da RUB Pedroso ate aRUB Aui Barbosa;

- Lei n.o 766. de 05108/1904 - autoelza 0 pagamento de melhoriasda RUB nervao Bueno. entre as ruas Silo J08quim e Taman­dare:

- lei nc 876. de 2611 0/1904 - determina 0 asfaltamentoda RuaSAo.Joequim, entre as Ruas GalvAo Bueno e Gl6ria;

- Lei n,o 894, de 20/04/1 906 - denomina Avenida Brigadeiro LuisAntonio a um trecho da Rua Santo Amaro;

- Lei n,o 994, de 10/05/1907 - autorizaos se-vrccsce recercamentcda Rua Conselheiro Furtado, Que volta a ser recarcada em1914, par torca da Lei ne 1815. de 23109/1914. entre as russPires da Motta e Tamandar6;

- Ato ne 274, de 23/08/1907 -denomina de RuaSiqueira Campos aRue Monte Alegre, no Distrlto da Liberdade :

- Lei ne 1058, de 17/12/1907 - autoriza a construcac de passeiosna Rua da Liberdade, desde 0 largo de igual nome atll; a RuaSAo JoaQuim;

- Lei n,o 1052, de 23/10/1907 · manda substituir 0 carcarreotc daAvenida Brigadeiro Luis Antonio, 0 Que volta a ocorrer em 1910(Lei n.v 1308. de 18/4/1910);

- Lei ne 1081. de 13/4/1908-denomina AvenidB Brigadeiro luisAntonio iI "Rua Caguassu";

Lei n.o 1084, de 02./5/1908 - autoriza a Preteitura a adqutnr parcompra os pr6dios de n.os 8 a 36 da Ruada Liberdade e Lei n,o1133, de 08/10/1908, aprova acordo com os propriettlr ios despredios 12, 21, 34 e 36 da Rua da Liberdade e Lei ne 1145, de

5317/10/1908, que aprova accrdo com 0 predio e.e 2 de Rua daLiberdade e predlc n.e 4 da RUB Rodrig o Silva;

- Lei n.e 1095. de 01/7/1906 - autortza 0 recarcementc de RUB daGl6ria. entre0 Largo 7 de Setembroe a RUB America de Campos ea substituic;:Ao do calc;:amento de alvenaria faceada por peretete­pipedos no trecho entre as russ America de Campos e Glicerio:

- lei n.o 1151, de 24/10/1908 - aprova acordos teitc s com asprop netanoe des predios n.os 10 e 18 da Rua de Liberdade e lein.o 1162. de 12/1'1/1908. aprovando novas acordos com os pro­pnetanos dos precncs de n.ee 26. 28 e 30 de AUB da Liberdade;

Promulgadas varlas dessas leis. aprovando acordos com as prcprle­terios de pred fos no trecho in ieial de Aua da Liberdade e RodrigoSilva.

- lei n.o 1161. de 12/1 1/1908 - autcrlza 0 prosseguimento dasobras de IigacAo da Rua Bon ita com a Rua da Gl6ria;

- lei ne 1207. de 15/4/1909 - autoriza a venda de terrenos munl ­cl pals A Rua da liberdade. em hasta publica;

- lei n.o 1218. de 28/611909-autorizaa venda dcpreenc n.s zudaRua da liberdade;

- lei n.e 1228. de 1418/1909 - eutoriza 8 execuc;40 do prolonga~

mento do bue iro da Rua dos Estudantes e 0 catcerrentc de Ruades Apen inos;

- lei n.e 1249, de 20/10/1909 - autoriza a desapropriac;Ao totaldos preorcs 46 a 54 da Rua Rodrigo Silva ;

Nessa rua a Preteitura celebrou multiplos ecordos com proprieti·nos de pr8d ios. bem como vende sobras de terrenos. sempre sob 0beneptacito da CAmara.

- lei n.e 1311. de 22/4/1910 - autoriza a Prefeitura a vender 0terrene municipal contlguo ao predlo n.c 39 do largo da liber­dade;

- lei n.o 1319. de 19/5/1910- reetebetece a lei sobre a ligac;AodaRua Manoel Dutra aRua Jaceguai e autoriza 0 ca lc;amento da RueConde de Sarzedas;

- lei ne 1334. de 01f7/1910 -autoriza a regularizacAo do teito daRua Conde de Sarzedas para seu prolongamento ate a Rua Gl ice~

rio;

- Lei ne 1350. de 1319/1910 - autortza a Prefeitura a adquirir 0terreno neceeeerjc ao prolongamento da Rua Siqueira Camposate a Rua Tamandare;

54- Lei ne 1470. de 06 /11/1911 - autoriza a conctusao do aterrc de

RUB Sique ira Campos;

- Lei 0.° 1464, de 14/11/1911 - autoriza 0 cetcamentc de RUBVergueiro;

- lei n.o 1650. de 03/03/1913 - autoriZB a Prefeitu ra 8 permutar asprecnos e terrenos da Rue Ooze de Agosto. n.os 14 e 16 co m 0terrene da RUB da Llberdade. sob 0.° 11;

- Lei 0.° 1978. de 27/6/191 4 - sutoriza 0 cetcerreotc de RuaMartlniano de Carvalho, entre as ruas Hurneil' e Pedroso;

- l ei n c 1815. de 23/9/1914 - autoriza 0 ca lcamento de RUBConselheiro Furtado. entre 8S rues Tamandare e Pires de Motta.

- lei n.e 1824, de 24/10/1914 - declare de utilidade pUblica aparte dos predios de Aven ida Brigadeiro luis Anton io, n.os 238 e240, necessaria 80 p rolongamento e regul8rlza~Ao de Rua Pe­droso;

- Lei n.c 1825, de 24/10/1914 - autorlza 0 cercarnentc e assenta­mento da Rua Bueno de Andrade;

- Lei nc 1875, de 15/5/1915 - autoriza a coo strucac de umaga ler la para I1gua s pl uvlals. na Rua Condessa de SAo Joaquim ;

- Lei ne 1892, de 12/7/1 915 - denomina Rua Castro Alves a " RuaPautlata' ', no bairro da Liberdade;

- Lei n.c 1924, de 22/11/1915 - autoriza 0 catcarrento a para le le­plpedos de pedra a Rua Alfredo Ellis, entre as russ Madalena eCunha Bueno;

- Lei n.°1948, de 17102/1 916 - autoriza 0 assentamento de gulas ecarcamento a paraleleplpados de ped re. do trechoda Rua Bonita,entre as ruas da GlOria e Barlo de Iguapa;

- Lei n.e 1973, de 29/4/1916-autorlzao assentamentode guiasereepecttvo carcemento a paralelepfpedos de pecre. da Rua Con­selheiro Furtado, entre as ruas Barlo de Iguape e da GlOria, bemcomo da Rua Bonita, entre as ruas Conde de Sarzedas e Estudan­tea:

- Lei n.o 1976, de 10/5/1916 -autorlza o calc;amento a paralelepl­pedos de ped ra, da Rua SAo Paulo, entre as russ ConselhelroFurtado e Glic ' rio;

- Lei nc 1977, de 10/5/1916 - autor izao catcemeotc de para lele­plpedos de pad ra, da Rua da Fl1brica ;

- Ato n.o 967, de 21/8/1916-dl1 a denomlnacAo de "Jenner" .. rua

55que, no bairro da Liberdade. riga a Rue Pires de Motta aBuenodeAndrade ;

- lei 0.° 2043. de 30/12/1916 - denomina de Dr. Jolla Moraes aRUB Apen inos, perpend icular b ruas Vergueiro e Apen inos. nobei rro de Liberdade;

1- Lei n.e 2094 , de 25/5/1917 -autoriZ8 0 catcementc a.paral elepl­pedos de Rua Pedroso;

- Resoluc;Ao 0 .° 111, de 03101/1918 - sprays 0 accede fettc comPossidOnio IgnAcio des Neves. para per mute de urns Area deterrene situada 08 extremidade de RUB dos Estudantes por outredo patr imOnio municipal. situado a RUB Conde de Sarzedas;

- lei n.e 2029. de 05110/1917 - sprovs 0 pl ano de alinhamento deRua Santo Amaro;

- Lei 0 .° 2188, de 02/4/1918 - aprova 0 plan o de alinhamento deRUB Conselheiro Furtado e Lei n.e 21 23, de 06/4/1918. que auto­riza o calc;amento dessa rnesma rua, entre as rUBS Pires da Motta eTamandar6:

- Lei n.o 2128. de 20/5/1918 - autoriza d iversos melhoramentos naRua Rodrigo Silva :

- Lei n.c 2217, de 31/01/11919 - autor iz.a a destinac;Ao de verba paraa cooseucac de um parapeito sobre 0 muro de supo rte da Tra­vessa da Assembl6 ia ;

- Lei n.o 2188, de 02/4/19 19 - aprova 0 plano de retmc acac doalinhamento da Rua Conselheiro Furtado;

- Lei ne 2202 , de 01/7/1919 - reserve cctacac orcementar !a paraobree de melhoramentos no Morro Verrnelho, entre as ruas Ver­gueiro e Apeninos;

- Lei nc 2321 , de 17/9/192 0 - autoriza a despesa com a coostrocacde parapeito sobre 0 muro de supo rte da Rua Assembleia :

- Resoluc;Ao n.c 161, de 16/11/19 20 - autoriza a Prefeitura a d is­cenderuuentte com 0 eervrec de arrasamento parc ial do morro daRua Bonita:

- Resoluc;Ao ne 181, de 13/6/1921 - aprova 0 acordc ce lebradcpela Prefeitura para compra do prec tc ne 20 da Rua Ped roso.neceasartc ao prolongamento da Rua Maestro Cardim; -

- Resoluc;Ao ne 249, de 21105/1923 - aprova acordo para aquis icecde terrene aRua Rodrigo Silva:

- Resoruc;Ao n.c 281, de 14/8/1923 - aprova 0 plano de abertura de

56urns avenlda, Uganda a RUB Vergueiro aAvenida Jardim Aclima­080;

- aesotucao n.? 325, de 04/9 /1924 - eutorlza a Prefeitura a d ispen­der cuantia com as obraa de melhoramentos do Largo SAo Pauloque, palo Ata ne 136, de 0114/1931, passou a S8 denominarAlmeida Junior;

- geectucac ne 363. de 02/9/1925 - aprcva 0 plano de abertura deurns rUB, liganda as russ ccneerterrc Furtado e Jose Getulio ;

- Ala n.e 580. de 16/3/1934 -aprovao novo alinhamento de AvenidaBrigadeiro Luis Antonio. a partir do predio ne 611;

- Ata n.c 581, de 16/3/1934 -aprova o planada alinhamentode umtrecho de rue, em prolongamento /I: RUB Humalta:

- Ata n.c 782, de 30/01/1935 - "aceita dUBS russ abertas peloesp61io de Dona Adelia Tamandare de Mendonoa Uchoa, nodistrito de Liberdade, dando-Ihes denominaoOes";

- Ato nc870, de 05/611935 - regulariza 0 alinhamento de um trechoda Rua Assernbleia :

- Ato n.o 1242, de 30/3/1937 - aprova projeto de modificaoAo denivelamentos parciais das ruas Vergueiro e Pedroso ;

- Ato n.e 1365, de 19/12/1938 - desincorpora da classe dos bensdominiais do Municipio a area de terreno necesaarla A mod ifica­OAo do alinhamento do Largo 7 de Setembro, esquina da PracaJoAo Mendes;

- Ato n.c 1488, de 01/1 0/1938 - restabelece os alinhamentos da Rueda Liberdade e da Preca JoAo Mendes, modificados em conse­quencla do Ato n.c 1365, de 19/2/1938;

- Ato n.e 1478, de 17/911938 - aprova 0 projeto de alargamento daRua Americo de Campos;

- Ato n.°1546, de 24102/1939 • aprova 0 projeto de ampnacac daspracas JoAo Mendes e Sete de Setembro: ,

Pode-se , pols. afirmar que foi no primeiro quartet do secure XX, maisacentuadamente, que 0 bairro da Liberdade adquiriu suas caracte­rlsticas geogrAficas. Posteriormente, muitas outras mcdtncacees sefizeram, principalmente quando a Preteitura Municipal partiu parauma polftica adminlatrativa de conetrucac de grandes avenidas eHnhas metroviarlas.

o crcementc municipal , desde 0 ana 1907, consigna elevadas do­tecees crcementartes averba 'Deseprcpnacao'', com a finalidade dese estruturar urbanisticamente 0 balrrc nos moldes atuais. 0 bairro

57guards ainda muitas construlf08s do lnlcic do secuto e urns quanti­dade razo'vel de predial particurares levantados, seguindo aspadrOes mun icipals., eslabelecidos pels lein.o 2332. de 09/11 /1920.

A partir de 1970. 0 bairro da Uberdade passaria por formidAvelimpacto de progresso. Instauram-se 8S eeteceee metroviArias daLiberdade e SAo Joaquim, ns sua 'rea geogrAfica . A pnmerra. noantigo Largo da Liberdade e a segunda, no entroncamento dosbairros Liberdade e Paralso.

o tratrsdo dessa linhe exig iu grandes mod iflcacoes no trs trada daRUB l iberdade, introduzidas par forc;a de desaprop ria¢es de im6-­veis (40) 8 programayio da chamada zona orienta l.

58NOTAS

27. TORRES, Maria Celestina Mendes - 0 Bairro do tb trapuere -pAg. 58.

28. Ata.-1864 -pAg.118/119.29. Atas - 1865 - pAg. 144.30. FREITAS. Affonso A. de - Bevista do Instituto Hist6rico e ee­

ografico de SAoPaulo - Vol. XXIII - p6g . 146.

31. SOUZA. Evera ldo vallm Pereira de - A Pauliceia HA SessentaAnas - pag. 124.

32. BRAND. Ca lde ira - Mem6rias dum Estudan te - psg. 191.

33. MARTINS. A.E. - Sao Paulo Antigo - Vol. 2 - pliO. 40.

34. Lei Munic ipal n.o 220. de 18 de mar~o de 1896.35. MELLO, Nllva R. e Alexandre - A Vida e Morte da 19reja do

Colltgio - psg. 19 - Separate da "Revista do Arquivo" n.cCLXXXVIl .

36. TAUNAY, Affonso de E. - Hist6r ia da Cidade de SAo Paulo.

37. BRUNO, E.S. - Histbria e TradicOesdaCidadedeSAo Paulo­Vol. 3 - psg . 918-Uvraria Jos6 Olimplo - Edit. R.J. 1954.

38. HOLANDA, Sergio 8uarque d e - Rafzes do Brasil- pAg. 90.

39. EmentArio da Leg isiacao Munic ipal - Publica cao do Departa­mento de Ad ministrar;4o do Municipio de SAo Paulo ­1971..

40. Decreto Municipal nc 8476. de 17 de outubro de 196g e DecretoMunic ipal n.e 8453. de 17 de outubro de 1969.

59

AVENIDAS E RUAS DO BAIRRO DA L1BERDADE. LARGOS E PRA­CAS

Como vi mos, entre 1554 e 1854, pouco prosperou a cidade de SAoPaulo, trsneads na nmuacac geogrllfica dos ribe iros tradicionais e 0morro de torca. envoltana neblina que envolvia suasruestortuosas eestreitas.

Seus casaroea eccthedcree, de longoebeirals e de enormesquintals,se espalhavam pete cidade , emprestando-Ihe ceractensticas niti­damente colonials. ainda bern proximodo seculo atual. Eraa masmade decades anteriores. cnde SUB gente se aconchegava junto 80P6teo do Colegio e nas lombadas das collnas e ladeiras lngremes.

No termfnodo securepassado e Inlcl o deste, as SUBS rues ccmecama ser ofic ialmente nomeadas peta CAmara Municipal e as casascc mecem a ser Identif icadas por numeros (41).

Segundo depoimento do BarAo de Paranapiacaba , datado de 1839"... do t.avapas ao Largo de SAo Gonc;alo, percorria-se uma.ladel rade terreno avermelhadoe cheio de boqueirOes " e,aindaem 1847, Atada CAmara Municipal (42) informa" que ofiscal dacidade notificara aCAmara que os donos das Casas do PAtio do Pelourinho faziam demodo imperfeito as cetcedas de suas testadas, tendo em algunspontos, mais de trAs palmos sabre 0 nlvel do pattc''. .

Embera a CAmara procurasse melhoraro estado das ruas da cidade,dotando-as de benfeitorias publicas, alguns trac;ados permanece­ram irregulares e estre ltos, com vielas e becos herdados das az inha­gas colonials, quase sempre pitorescamente denominados .

60No bairn) da Liberdade permaneceu 0 Beco dos All itos, nas ime­dia.;Oes da antiga necr6pole local , entre a Rua dos Estudantes e 0largo da G.I6ria.

TamM m as largos tradlclonals sobreviveram ali, ap6s represents­rem papel relevante no processo de desenvolvimento cultural e ur­banizac;Ao do bairro: 0 largo de SAo Gonl;810. 0 do Pelourinho, 0 dBP6lvora e 0 estre ito largo SAo Paulo, que tamb6m se chamou Al­me ida Junior.

Ata da CAmara de 1829, jA menc ionava 0 Largo do Pelourino, malstarde 7 de Setembro. 0 qual se incorporaria a PraosJoAo Mendes.

Dall partiam dUBS ruas do antigo Distrito Sui da Sa: a RUB de Fares,atualmente Liberdade 8, 0 ant igo Caminho pars 0 Mar, hoj e RUB deGl6ria.

Em 1864, sAo desapropriadas algumas casas contlguas a lq rejaNossa Senhora de s Remed ios. jA demo lida, para melhor S8 "esq ua­d rejsr" aPrac;a JoAo Mend es.

"0 corpo mals compacto da clda de. oc upava Iongitudinalmenta 0planalto da col ina, cuja escarpa descambava a leste para 0 Farren­duatef e, ao pceme. para 0 Anhangabau, no largo da CMcara dosIngleses, no cem iterio e no Campo da Forca e. para 0 norte. noconvento de Sio Bento (43)".

Apenas esg uelhos irregulares se prci etavam para a16m dessa 6.reBcentral, para os arrab aldes e povoados.

o centro urb ano to i sa dilatando timtdamente na d lr~io sui. for­cando 0 recuo e retalhamento da s grandes prop riedades.

A desintegrac i o das cM caras permite a formacAo de rus s, largos epracas, bem como perm ite a IigacAo inter-bai rros circunvlzinhos.

A partir de 1850, 0 poder munic ipal pressiona os proprtetanoe deterras, para melhor ap roveltamentc das mesmas, principatmente norceelc de mela lagua. 0 neetec central se compacta e 0 creseimantourbano ccmece a se cara cterizar l\ dlstancta.

No inlci o do secutc XX, 0 balrto da Llberdade era reeldenclat. lntertl­gendo 0 centro urbano e os bairros da zona sui em formacao:Paraiso,Vila Mariana, Vita Clement ino, Jabaquar&, seeee e Santo Amaro.

Quando 0 imig rante comecou a se instalar no batrrc, prime iramenteos ita llanos, seg uido s dos portugueses e. mals reeentemente, osori enta is, unera-se 0 processo de transformaeto local.

Atualmente, grande Area geog r6. fica do ba irro da Liberdadedenomina-se "Bairro Orienta l".

61

Foram lambadas as seguintas rues re area geogrifica do bairro deLiberdade:

1. Avenida Brigadeiro Luis Antonio (Lado E)

2. Avenida 23 de Maio

3. Avenida da Liberdade

4. RUB Or. Rodrigo Silva

5. .Rue Jandaia

6. RUB Condessa de SAo Joaquim

7. RUB Boror6s

8. RUB Humaita

9. RUB Martiniano de Carvalho (Lado E)

10. RUB Artur Prado (parte)

11. Rue Pedroso

12. RUB Siqueira Cam pos

13 RUB Pirapitingu i

14. RUB SAo Joaquim

15. RUB Tague16. Rue Fagundes

17. RUB BarAo de Iguape

18. Rua BarAo de Ijui

19. RUB Gatv80 Bueno

20. RUB Tamaz Gonzaga

21. RUB America de Campos

22. RUB dos Estudantes

23. Rue de GI6ria

24. RUB Conde de Sarzedas

25. Rue Santa Luzia

26. Hue Dr. lund27. Rue Junqueira Freire

28. Rue Tenente Otevio Gomes

29. Rue Pand ia Cal6geras

30. Rue Tamandare (parte)

62

31. Rua cceeeineire Furtado

32. Rua Sinimbu

33. Rua Alfredo Ellis~. RUB Assembl~ i8

35. RUB Jaceguai (parte)

36. Rua Conde de SAo Joaq uim

37. Rua Monsenhor Passalaqua (Lad o E)

38. RUB Maestro Card1m (parte)39. RUB CapitAo-Mor Roque Barreto

40. Rua Dr. Jambeiro Costa

41. RUB Farah Salim Ma luf

42. RUB Tamils de Lima

43. RUB Gricin io

44. RUB Bueno de Andrade(parte)

45. Rua $enador Felic ia dos Santos

PAACAS -LARGOS - TRAVESSAS - BECOS - VIAOUTOS1. Pr8~ Carlos Gomes2. Largo de Liberdade

3. PraC8 Dr. MArio M~rg8rido

4. Largo 7 de Setembro

5. largo da P6Jvora6. Beco dos Al litas

7. Traveasa Analia Franco (Rua dos Estudantes, n.o 412)

8. Travessa Rug iero (RUB dos Estudantes. n.o 438)

9. Travessa Lett ieri

10. Viaduto Guilherme de Alme ida

11. Viaduto Ped rosoSerAo destacadas. a sagulr, as russ de mater significac;Ao e Impcr­tancla.Saris d ific il co mentar a hisl6ria da s ruas, aven idas, pral;as e largosdo bairro da Uberdade, sem de talar na Praca JoAo Mendes q uerigorosamente nAo 0 inteq ra. mas eseu lnlc lo. Assim, co mo a Liber­dade exerce int lulmcia sabre a Prece Joao Mendes. esta rectproce­mente influencia 0 sutrdislrilo do bairro em eslude.

63Atraves dos tempos, toi conhecida sob outras oencmoecoee comen ­tadaa palos cronlatea: Largo do Pelourtnhc. Paleo de SAo Goncalo ePace Municipal. em decorr~ncia das atividades culturais que nela sedesenrolaram etrevee da hist6ris.

Quando c Pace Municipa l, por exempro. sa ergu ia na sua ares, loicenartc de extracrdinarlcs acontecimentos politicos, a 23 de junhode 1821. sob a inspiracAo de Jose Bonltaclo e, graces aos quais, aCapitania de Sao Paulo aderiu A nova ordem constiruclonal, recem­institulda ne monarqu ia. 0 prtmel ro passo da Independencla bras l­tetra.Assistiu tambem as cenas da chamada "Bernarda de Franciscolnacic", em 23 de maio de 1822.

Em 1877, com a transfer6nc fa da Cadeia Publica parae bairroda Luz,passou a abr igar a sede da Asaemble la Provincial, ao tempo em queSio Paulo possula senadores estadua is.

Proclamada a Repub lica, Instalou-se na hlst6riea pra~ a Assem­bleia Estaduat. que ali permaneceu de 1891 a 1930.

No ano 1943, a necessid ade de urbaniza cao local e escoamento detrll fego, delerminou modncacees profundae. inclusive a parda daIgreja de Nossa Senhora dos Remed ios, que ali se localizava.

Atualmente, e 0 portico do balrrc da Uberdade, cortada em todos ossentidos par intensa corrente de trlliego.

Poseur construc;6es monumenta is e anrsuces. dentre as qua is sedestaca 0 Forum JoAo Mendes e a Catedral de SAoPaulo, testemu­nhando 0 cresclmento descomuna l da cldade no seculc presente.

De costas para a Uberdade, a Igreja de SAoGon~loGarc ia que, nopassado era 0 sextc passo da Procreeecdos Passos, onde Cristo sereencontrava com sua mae. no transcurso da sua paixao.

Comunieando 0 Forum Jaao Mendes ao Palac lo da Justi~ , umapassarela de ferro atravessa a prac;a, de lado a lado , presente dacolooia japanesa acidade de Sio Paulo.

Passou a chamar-se Preca Joso Mendes por torCa da ResolucaoMunicipa l ne 102. de 1898.

AVENIDA BRIGADElAO LUIS ANTONIO

Segundo A. E. Mart ins (SAo PauloAntigo-l -pitg. 94), os rel ig iososfranci seanos possulam uma chAcara que se estend ia para alem doConvento, na direc;io suI.

64Quando asses trade s S9 retirararn do tredlclonal convento, 0 padreprovincial vendeu ecuete propriedade 80 Comendador Vicente deSouza Ouelroz, 0 BarAo de Umeira, que era 0 f i lho mala moec doBrigadeiro Luis Antonio de Souza, falecido aos 30/5/1819 (Obrecltada. fls. 94). /

Ouase80 terminodo seculo XIX, 80s 1615/1894. a Baroness de limeiraabriu a RuaBrigadeiro Luis Antonio nosterrenos de sua propriedade,berncomo vartas ruas adjacentes. Eraumaenorme propriedade. queS8 manteve Integra ate as enos tnnte. na propriedade de Paulina deSouza Quairos que legou-a ao Estado. Para homenagei..Ja, foi tra­eeoc em terrae que foram SUBS, 0 Viad uto Dona Paulina.

Apenas seu lado esquerdo integra 0 Bairro da liberdade. da Rua. Riachuelo ate a Aua Pedroso. I:. urnsdes vias de ccmcmcecac coma .zona sui da cieece. de importAnci a.

AVENIDA DA L1BERDADE: PRACA CARLOS GOMES. PRACA DAL1BERDADE. LARGO 7 DE SETEMBRO E LARGO DA POLVORA.

No tempo em que "SAo Paulo era uma bela cidade .;", "multo comer­ctente e ind ustrioss" (43), a atua l Avenida da Liberdade ainda S8chamava Rua da liberdade. alinhando Hteiras de casas comerc iaisau residenc iais de ambos as lados, des qua is ainda restaram algu­mas amostras. hoje transforrnadas em cortices ou pens6es baratas.

A modificac;A.o do nome antigo para Avenida da Uberd ade . js indicaa transforma~lto operada a partir de 1967. Colada de pists ascen­dente e descendente. possui trAnsito intenso e urn cc rre rcic alta­mente diferenciado.

Sua urbaniz8~Ao. ne medida em que a cldade de SAo Paulo entrouem processo de acelerado desenvolvim ento , cccereu, influenciadopor diversos fatores : 8 crescenta industrializ81;:80 da eldade. 0 in in­tenupto desenvolvimento econemlcc do Estado de SAo Paulo. asse­gurando ~ cidade. pcstcac de Hcerenca na economia naclonal. para­le la ao incremento da fun~o comercl at e proemlnencla politico­administrativa no cenarlc nac ional.

lni ciando-se na Prac;a JoAo Mendes. tangencia 0 Largo 7 de Se­ternbrc, a Pra~a da Li berdBde e 0 Largo da P6lvora. terminando noentronca mento do Viad uto Pedroso e Rua Vergueiro. inlc", do bairrodo Parafso. A conforma~o geogrAfica dos loca is c itades , conse­qu6ncia do na cecc metrovi'rio Norte-5ul. que mod ificou intei ra­mente 0 trac;ade antigo.

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Igreja de Nossa Senhora dos Remedios aPraca Joao Mendes. demo­lida em 1943 - Fete tirao a par vol ta de 1890 - Arqufvo DPH

66o l argo 7 de Setembro jt!: sa chamou Largo do Petounnho. sendo queestre essas d uas denominacoes tran scorreu largo perfodo de tempo.

Histcrtcamente . hA notlcias de que em 1610, a CAmara Municipa lcoqitou de cons tru ir no local uma ccruna agu isa de monumento. naqual se amarrartam as escravo s fug itivas. exemptarmente. Entre­tanto, a literatura htstcnca nao afirma que naquele ano jt!: existt a 0Pelourinho (44), mas, a partir de 1834, al i js sa encontrava tnsta tado.

Foi rmnto tempo depots da eemcac do pelourinho e do costume desa castigarem as escravos. Que 0 largo se transtormou.

Por volta de 1885. geograticamente se encravava atras da Igreja deSao Goncalo. numa viet a denominada Rua do Rago e Rua de Tras daCad eta. entre as quais ttcava a Rua do Mete.

Quando 0 Poder Muni c ipal destruiu 0 quartenao que cc mpreencra aRua do Rego e a de Jras da Oaoeta. restou uma area acanhada, umapraca peq uena. q ue mais tarde se chamaria "Praca Carlos Go mes"(45). homenageando 0 grand e rnusico brasi leiro que fo i Anton ioCarlos Gomes. natu ral de Campi nas. e que co mpOs uma das matsfamosa s peces d a 6pera cemce mundiat : 0 Guara ni, onde 0 musicogenial sonon zou tod a a bete za e cotondo da Terra Bra sitetra.

Pouco ad iante do primitive Largo do Pefovnnno. ncava 0 Larg o daForca que, ap6s a eboucao da pena capital no Brasil, por antago­nismo passou a se chamar "Largo da Ltberdade".

Foi cena rto da exec ucao de tnumeros condenados. mesmo apes aindependencia ponnca do Brasil, sencc que. ainda em 1870.0 local eraconhecido por Morro da Forca (46).

Dois famosos condenados toram exec utad os ali . em 1821: FranciscoJose das Chaga s. 0 Chaguinhas e Joaquim Jose Cotind iba. ambossold ados do 1.0 Batathao dos cecacc-es. esta cionado na Vila deSantos.

Na madrugada de 29/6 /1821 , revcttaram -se perc nac receb imento deacre scimo em seus soldos. por sua Majestade, 0 Rei de Portugal,Seg undo relate de Dja lma Forj az, em "0 Senador Vergueiro", toramtambem resccnsabncaccs por outros matins. roubos e mortes nacidade de Santos .

Proc essados. julgados e condenados na forma da lei viqente. co manao havta torca em Santos . vieram para Sao Paulo. a l im de seremexecutados. 0 q ue de tatooccrreu. na prcxtmfd aoe da "Capelinha daSanta Cruz dos Entorcad os".

o entorcamento p rovocou cenas que tmpressionaram vlv amente apooctacao de Sao Paulo. que pass ou a co mentar 0 acontecimento de

67forma dolorosa, que com 0 passar do tempo ganhou aspectos lenda­rios .

Tao comovedores foram as fatos ocorridos durante as enforcamen­tos, que em 22/5/1832, 0 Padre Diogo Antonio Feij6, atribula-os aMartim Francisco, em urn de seus candentes discursos politicos.

Descrevia a cena, dizendo que " 0 desqracado pendurado, cahto porrever-se quebrada a corea". Hecorreu-se. entao, ao Governo Provin­cial , para que se demorasse a execocso. enquanto sa imploravaclemencia ao Principe Regente. 0 que nao S8efetivou. Alegou-se naohaver corda pr6pria para enforcar, usando-se entac 0 taco de couro:toi-se ao acouque e com a racecaoe couro foi novamente pendurado,mas 0 instrumento nao era capaz de sufocar com presteza. Partiu-senovamente a taco. e a mtserave! negro Chaguinhas, caiu aindasemi-vivo e. ja em terra, toi acabado de assassinar.

Passou 0 morto a conotcso de her6i e martir. para cuia consacracao apovo ergueu no local a Capela de Santa Cruz dos Enforcados, holetransformada em igreja de iqual nome, ponto de converqencla demil hares de devotes das almas que , as sequndas-feiras. acendemveras pelas almas do Purgat6rio, chegando mesmo a estabelecer umcomercfo especttlco de vel as no lcca].

Em 31/10 /1912 tel editada uma lei municipal, reservando no entacLargo da Liberdade um espaco para a corocacac de uma estatua,reverenclando-se 0 Padre Feij6 e para um monumento a memoria doDr. Jose Alves de Cerqueira Cesar.

Instalada a estatua do Regente untcc do Brasil, quando 0 progressoccmecou a exiqir espacos mais amplos, eta tel retirada do local.

Bem no centro da Praca da Liberdade. altua-se a "Estacao Metrovia­ria Liberdade", em cujas calcadas supertores. aos domingos, a partirdas 14 heres, realiza-se a Fetra de Artesanato Oriental, com expcsl­ceo e venda de trabalhos em madeira e bambu, pintura em vidro eplantas ornamentals.

A Praca da Liberdade e0 local onde se reallzam todas as festivida­des pcbncas da ccronre Oriental sediadaem Sao Paulo. Ainda no dia10 de dezembro de 1977, transtormou-se na "Cidade de Toqulo",para promocac da "Festa Oriental", de cunho anual na ccrenre.Cerca de mil dancannos. tipicamente traiados. pattlclparam dostestejcs que apresentaram, dentre inumeras curiosidades, 0 "bon­odori ", uma especle de carnaval [apones. festejado par entre barra­cas de comidas tlplcas.

A antiga Rua da Liberdade e, atualmente. Avenida da Liberdade,recebeu a primeira cenominacac. quando a viuva de Manoel Sera­fino de Arruda (Dona Clara Emilia de Lara Keller), requereu judicial-

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Antigo catcamento de oarate teprpeoos da Rua da Liberdade e quepede ser considerado co mo nco entao predommante nos catcamen­los da cidaoe - Fete de 1909 Arq uivoDPH

69mente a perm uta de urna casa de sua propriedade, a RUB da Espe­renca. por outra de prop riedade do ceneao Joaquim do Monte Car­mela, na "Potvora''.

Despachado tavora vetme nte 0 requertdo, a transacao fo i efetuada,indo a casa da Potvora a prece em 1871, nao mais sob a impreclsacencmrnecao de "casa que possula na P6Ivora", mas aim como"c asa e terreno situados na Rua da Uberdade" (47).

o reg islro de urn titul o (nurnero de indice 15) no ano de 1880, noCa rt6rio do Prime iro Ofl c lo Civil , roje nao mats extstente. espe citicaclaramente a dencminacao da r UB onde 0 im6vel transacionado S8localizava "si tuaoc a RUB da Liberdade (Estrada verquetro)".

Em 1882, 0 inventarlc de Joao Antonio Fagun des Mar iano arrolavasete casas "com frente para a Rua da Liberdade''. t tarnbem certoque ate 1883. um trecho dessa rua. a part ir do Largo da Polvora. eraco mum a oenornrnacao de Verguei ro.

No inlcto do seculo atual. a Rua da Liberdade era elevada e estreita.cat cada com paraleleplpedos. q ue era 0 t ipo do minante nos cares­mentos das demais ruas da cldad e. send o que um arvo reoo fartocobria pracas e largos par ond e eta passava. Posteriorrnente, foielim inad o 0 rebaixamento e substnutdo 0 verne calcamentc. 0 quepade ser aorecraoo nas Hustracoes a respeito.

Nos ultimos meses do oftocentismo. comec aram a surg ir as roes qUI:!se torna ria m tradi c ionais no ba irro da Li berdade: parte da AvenidaBrigadeiro Luis Anton io, a Rua Conselheiro Furtado, a Rua Conde daSarzedas , Rua Ped roso, Rua Fagundes, Rua Dr. Rod rig o Silva, dentreout ras de menos rename , todas elas vivendo primordialmente, emfuncac da Avenid a da Liberdade.

Foi a part ir da construcao da Aven ida 23 de l..1a io, do Viad uto Gui­lherme de Almeida sobre 0 Etevadc Presldente Costa e Silva, ail umfnacao "sussuranto", os luminosos com tetrelro s em [aoones echines, os "tori", insta lados em vartos pontos, e as estacoes metro­vtartas da Liberdade e Sao Joaquim. que a trad ic ional aveni da setranstormou tota lmente.

E atua tmente uma das mais importantes vias de clrcutacao da cid adede Sao Paulo que , paralelamente aAvenida 23 de Maio, comunJ ca 0

centro co m as mals distantes paragens do sui de Sao Paulo.

Ap resenta urn suce der de casas comercia is. restaurantes , bares,escolas, faculdades, academias de jud6 e carate, igrej as, templos,c lubes recreatlvos. casas restoenctars. pensoes. repu bticas. ban­cos, ccrretos. hospi tais e alg uns paucos ceseree s. q ue demarcamsenbcrt almente alg umas de suas ruas. suuacao que bem refle te 0

ec letis mo atua l do bairro da Liberdade .

70A Avenida da Liberdade adquiriu SUBS caracte rtstrcas atuats atravesde uma eerie de providenc ias leg islal ivas municipals

A Camara Munic ipal foi pr6d iga na elaboracao de leis mod iricado­ras do seu antigo aspecto e, ate mesmo. trac ado. Sao feitas desap ro­orracoes. sao construtoos buenos e muros de am mo. procedern -sepermutas de Imove!s e terrenos, paratetarrente a uma sene de acor­dos co m as prop rietarfos toca!s. acettam-s e ooacoes de ruas ab ertasem propriedades pa rtic utares. sao programados reeves. rebaixa­mentes. calcamentos e recalcamentos.

Muitas leis foram, pais. eoitadas no lim do secuta passado e pnnc t­palrnente no primeiro qua rtet deste, a saber:

1. Lei n.v 261, de 14/08/1 896, autor tzando 0 catcamento da Rua daLib erdade e 0 nfveta mento da Rua Hcrnaita:

2. Le i n.c 449 , de 15/01/ 1900, autcrtzand o 0 ca lcamento a parale­tepi pedos do Largo da Polvo ra e outras ruas anexas. denlre asquais, a Rua da Liberdade;

3. Lei n.? 520 , de 11/06/1901, aprovando Ato da Prefe ttura arrema­tando em basta publica 0 predio n.c 3, da Rua da Li berdade, paraalarga mento dessa mesma via;

4. Lei n.o 594 , de 06 /08 /1902 , aprovando Ato da Pretettura. arrema­tando 0 preoto n.e 7, da Rua da Ltberdade:

5. Lei n.c 725, de 16/03/ 1904, de clarando de util idade publ ica ospredios de n.cs. 2, do Largo 7 de Setembro e, 1, 5, 9, 11, 13, 15,17, 19 e 19-A, da Rua da Liberdade e, que, pcstertcrmente .atraves de novas leis, foram objeto de acordo da Admi nistracaoMuni cipal;

6. Lei n.c 831, de 05/08 /1905, autorizando 0 alargamento dospasseios da Rua da Liberdade, entre 0 largo desse mesmo nomee a Rua Sao Joaqutm:

7. Lei n.c 1058, de 17/ 12/ 1907, determinando a construcao depasseres no trecho supra mencionado:

8. Lei n.c 1207, de 15/04 /1909 , autcrtzand o a venda de terren os naRua da Liberdade:

9. Lei n.o 1218, de 28/06 /1909, autcrizandc a vends do predio n.c.20, da Rua da Llberdade:

10. Lei n.c 1650, de 03/03 /19 13, permutando terrenos e predios daRua Onze de Agosto n.cs. t e e 16, co m 0 terreno da Rua daLiberdade, n.o.1.

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Tambem as rUBS circunvi zinhas sao merecedoras da atencac dopoder pub lico municipa l. sendo que. a part ir de 1918. a cidade deSao Paulo , de modo garal . entra numa fase de formidavet de senvol­vimenlo urbane. tcmando-se d iffeil dlzer onde termina ou ccmece azona suburbana, [a ocorrendo entao. a integracao entre varies bairrosexis tentes.

Na med ida em que S8 processou a urbani zecao. de lineou-se a teo­cen cte de ccncennecees etntcas : slrios. [udeus. israetitas e, matsrecentemente. as c rtentats. ao norte do Distr ito da Liberdade.

De modo gera l, pode-se afirmar que 0 quadro urbane loca l eaqueleestruturado no inlcio deste seculo. do qua l sa destacaram algumaserter tes de grande signific acao cullural e economica.

LARGO DA POLVORA

Alualmente. pod e-se d izer prat icamente que e centro da cidade,dtstando menos de um qutlcmetro da Praca Joao Mendes. Entretanto ,arnda no oitocent.smo era paragem long inqua tanto que foi 0 localescolhido para a conetrocac da "case da Polvora". que acaboutdentiticando a reg iao, chegando mesma a ser definida em vanesescnturas como "bairro d a Pclvcra" ou "na Pclvora".

A case da Pctvc ra. construtda por Imperative de um afvara de 27 dejulho de 1754. representou um marco hist6rico na vida da c idade.Construida pelo mestre de obras e carpintei ro, Jcac Pereira de Ma­ga lhaes. que incompreenslv etmente a ergueu totatm ente de madei ­ra e coberta de tethas. no centro do pequeno bosque nas ce rcaniasda atuat Rua Amenco de Campos. integ rava 0 rot de bens patrimo­niais da Fazenda Naclc nat.

Cobrava uma taxa de 160 reis de armazenagem para cada barr il depofvo ra al i eotracc, por cete rrranacao do Senado da CAmara.

Procederam-se nela sucesslvas retormas antes de seu deslocamentopara outro local .

Jaem 1812. seu ferro exig ia reparos urgentes , em razao do que toramcontrata dos os services de Jose Joaquim de Carvalho. para retorma­10.

Em 1832. quando se abrtu a Rua Amencc de Campos. ccm unicandoa Rua da Liberdade com a Rua d a Gl6ria, foi determinada a remccacda Casa da P61vora para local mats d istante, com 0 que 0 presidenteda Provincia. 0 Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, nao concordou.

Foi somente em 1872 que tel transterida para fora do rossio. no batrrcda GI6ria e para predio proprio. onde acabou per desapa recer. Ja no

72ano de 1873. nao mais ex ist ia a prtmttiva case de madeira, quando aProvincia era governada perc Dr. JoAo Theodora Xavier, 0 tnlcteoordas grandes transtcrmacoes que Sao Paulo atrevessarta del pordtante.

Fai tao marcante a sua presence. que a RUB de Li be rdade chegou aser chamada de RUB da Pctvora. co mo se pede observer nos Livrcsde Reg istros e Alas de CAmara Municipal.

Aberta a Rua America de Campos, bem 80 centro do largo deP6lvora. constnnu-se 0 " Ed ific io Jehu", urn dos pnmetros predios deapartamentos construidos em Sao Paulo e, possivetmente. 0 prime irodo batrro.

Era seu propnetario. Joao Ribeiro de Barros. natural de Jabu. noEstado de Sao Paulo. plonetrc da ev racac Inter-conttnentat. Sonhouere ligar a ttalta e 0 Brasi l pa lo ceu! Beanzou a recanna em reid etransoceanico. cotocanoo 0 Bras il em terceiro lugar no mun do.dent re os paises que realizaram essa proeza (48).

Era um tempo em que a avracao atnda se encontrava num estaqio deensalos e expenmen tacoes. de modo que 0 monoplane "J ahu" to!comoraoo de um nobre portuques e aoap taoo a atravessia.

Possuia dois braces unidos em (mica asa e cot s motores de 550 HP,equipado com 0 mats simples instrumenta l de v60, sendo Que du­rante a reioe. seus t rtpu tantes lancavem bo mbas ao mar com reeula­ndade. para que a d tspersao da fumace md fcasse a dtrecao e veto­ctd ade do vente.

Foi com essas ccnc .eoes de vee que Ribeiro de Barros bateu 0recorde de velocidade numa rota eeree d ific il: Espanha, Ing lalerra,Portugal, Brasil a 190 quttcmetrcs ncra ncs .

Ribeiro d e Barros, const ruindo 0 "Edtticio Jahu" e vendendo-o total ­mento em condominio, demonstrou tambern raro de scortinio do fu­turo Imobiliario da c idade de Sao Paulo.

Ainda hoje, ap6s sucess tvas reformas locals. se encontra ergu ido alino Largo da P6lvora, 0 qual no eta 18 de junho de 1878 passou ainteg rar oetirutfvamente 0 "Batrrc Orienta l"

Em comerr oracao ao 70.0 aniversano da imig racao japonesa para 0Brasil. 0 Preteito de Sao Paulo, Engenheiro Olavo Egyd io Setubal ."reinauqurou" a praca do Largo ca P61vora (49). em homenagem acolonia japonesa. Na oportunidade, 0 governador da provinc ia deKumamoto. entregou acidace uma estatua em homenagem a SnuhetUwsuka, 0 pioneuo c a irniq racao iaponesa.

Totalmente remooet eda. a Praca da P61vora tel construida com re-

73curses levantados pete Asscc tacac dos Loi istas da Liberdad e e astrabathos de ajard inamento, pela Admmistracao Regional da Se.

AVENIDA 23 DE MAIO

o loca l once esta trecada a Avemd a 23 de Maio eurn tunco de vale.cnde corria urn peque no cc rreuo . ja canaltzado. Que encharcava ascerceruas.

Nao toi construlda de urnmomenta para outre. como sa costuma fazerem Sao Paulo.

Entre 0 seu planejamento urnanlstic c e sua etettva entreqa ao pu­blico. correram anos.

Ela se transtormou em realidaoe s racas asconstantes desapropria­cces. pe rmutas de areas levadas a efeitc na ragtao, em quase tcdaa sua exten eao e a vrsao admtntstrativa de alguns Preteitos da ci­dade de Sao Paulo.

Em 1927, cnou-se uma comissao para exame dos trabalhos necessa­nos a abertura da "Avenida Annanqabeu", atraves da l ei n,o3093, de23 de setemb ro do mesmo ano.

Todavia. essa lei toi revogada pelo Alo n.c 13. de 21 de novembrc oe1930. passando 0 encargo dos estudos aDiretor ia de Obras. quandoera Preteito de Sao Paulo. 0 Dr. Cardoso de Mete Neto. A abertura daAvenlda loi autortzaca peio artigo 1,° da l ei n.e 3207, de 31 de jutncde 1928. bem como oectaraoos de utitidade publica os predioa eterrenos necessanos ao ajard inamento da s areas laterals da Avenid attcroro. no trecho ja aprovado peta Lei n.c 3112. de 19/11/1927.

A l ei n.e 3209. de 31/07/1928. aprova 0 tracado de ssa mesma ave­mda . no trecho compreendi do entre as ruas Joao Juftao e Paralso.adq uirindo a Preleitura 0 imovel n.c 26. da Rua Pedroso. com 8554m2, de propriedade do Dr. Paulo Amer ico Passalacqua, necessarioao mesmo tracado (SO). Tambem 0 predio n.c 13, da Rua Cond essade Sao Joaquim. foi adquirido para ioentico l im (51).

o tracado integral da Aventoa ttororc to! planejado pera "Comissaoda Avenida Annanqabau'', projeto que acabou sendo aprovado pelaLei 0.°3272. de 05/3 /1939 . Todavia. no ano de 1937. a l ei n.c 3612.de 28 de julho de 1937. modiftcada pelo Ato n.c 1382. de 15/3/1938.com introducao de aneraeoes. aprovou definit ivamente 0 tracaccdessa avenfda.

A parti r de entec sao teltas muitas desapropnacoes de areas.

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Areada alual Av. 23 de Maio, vis ta da RUBPedroso - 1942-ArquivQDPH.

Av. 23 de Maio vista da RUB Pedroso - 1972 - Arqutvo DPH.

75Quando Prefeito de Sao Paulo , 0 Dr. Fab io Prado, concedeu umaentrevista ao jornat "0 Estado de Sao Paulo", come ntando seuspia nos de urbantzacao da cidade. Dlz ta. entao, a ilustre home mpublico:

"A Avenida 9 de Julho corneca ao taco da ttcroro. noPiques. Percorre todo 0 vale, atund a-se pete Saracura aleas fundos do Tr ianon. Atravessara ai a coli na em da istuners, qu e safrao ao lado da Aven ide Casa Branca, numgrande terreno aberto que ali exrste . e prossequira ale aAvenide Brasil. Junta-se a este. atravessa 0 Ibi rapu era eval naar-se centro do Parque com a Ave nida ltororo."

A Avenida 9 de Julho to! tracada. mas a Itoror6 ficou esquecidadurante longo tempo, ate q ue sua construcao le i atacada. por tercede dispositive legal.

Hc]e . total mente pronta. com o a Avenida 9 de Julho, nasce no Vale doAnhanqabau. subtnoo a conna entre as Ruas Asdrubal do Nasci­mento e Riachuelo, atravcsse a Avenida Brigadeiro Luis Anton io paraentrar no vale, antes tota lmente inaproveitado e ate prejudicial , portratar -se de terrene pantanosc, entre a Avenida Uberdade e a RuaVerguei ro de um taco e, de out re, a Rua Maestro Cardim e Mart inianode Carvalho, nos limites do bai rro da Liberdade.

A visao dessa arteria, mooema . funcional e bela, consol id a a ideia deque Sao Paulo ea ctcaoe dos Viad utos, po is sobre a Aven ida 23 deMaio eatravessao a per essas passare las na altura da Rua Jacegu ai,Condessa de Sao Joaq uim, Rua Pedroso e Rua Joao Jonao. Apre­senta. ainda, outro viad uto, na altura da Rua Tutela, bern como jsdentro do Parq ue Ibi rapuera.

Sob 0 ponto de vista de embelezamento e de urbanismo, a vls ao erealmente tantastica, pr inc ipal mente ao ano itecer, co m os seus 30metros de largu ra, totatrne nte ocupados pelo trateqo auto mobtustrco.tao Intense q ue, a d tstancta , da a impressao de linhas coloridas eHumlnaoas.

Deveria ter se chamado Avenida Itoror6, mas batizaram-n a 23 deMaio, que 0 Preteito Fabio Prado af irmava ser a autenttca AvenidaAnhanga bau.

Assim pensava 0 Hustre urbarusta. porque as cabeceiras do Annan­pabau, confo rme se v~ nos mats antigos mapa s de SAo Paulo vernjustamente 0 chamado Vale ltororo. a s riachos que correm sob aAvenida 9 de Julho sao peq uenos cursos de irnportancia insiqnifl­cante. como 0 C6rreg o de Sarac ura.

Ora dfz ta ele, "jsque se deu aAveruda Anha ngabau 0 nome de 9 de

76Julho, par que nao conserver a tradtctonat denomjnacao nesta Ave­nida onde historicamente ticara aplicada com mats justeza?"

~as a Aven ida Anhangabau chamcu-se 23 de Maio! A mais bonitavia expre ssa da cid ade. cujo nome perpetua uma das mars signifi ­canvas dalas da Histone de Sao Paulo, vmc vtando-se a BevolucaoConsntucionatista. que teve como preambu!o 0 23 de maio de 1932,Quando lombaram as pnme tros paulislas , pregando 0 ideal de rece­mccranzaca o do Pais e. cu jos names constttul rem a legenda matssignifi canli va de todo um povo - MMDC.

AUA CONDE DE SAAZEDAS

E uma da s ruas mais ant igas do batrro da Liberdade. senco Que seutracado 10i teito nas ter ras de uma da s chacaras tradic ionais doDistnto Sut da Se.par vena de 1890 - a Cbac ara de Dona Ana Mar iade Alme ida Lorena Machado.

A entrada de ssa cnac ara. tao citada pefos antigos crontstaa de SaoPaulo, heave na baixaca da Tabating uera. continando com 0 "BecoSuio". noj e I ravessa da Gl6ria. pe lo Rio Tamanduatel. com os terre­nos da Santa Oasa de Miser ic6rd ia e com 0 oreo'o do Asnc deMendtctdac e.

Essa prop riedade [a pertencera a D. Francisco de Assts Lorena .ncbre da Corte, fil ho d e D. Bernardo Jose de Lorena. que ostentava 0titulo de Conde de Sarzed as. receb ido no ano de 1805, porter servi docomo consem eiro de ca pe e espada do Conselho Uttramannho.d urante 0 pr imeiro qua rter do secure XIX. Foi deputad o e vice-rei daInd ia'

Por ocastao da s revotucoes Hberais . 0 Conde de Sarzedas fo! encon­trade morto na pnsao em que se encontrava . Na sua passagem petevida pub lica nactonal. loi governador da Provinc ia de Sao Paulo e daCap ilania de Minas Gera is, onde lun do u a cidaoe de Campanha.

Como povernaoor de Sao Paulo. oroe ncu a abertura e catcamento demumeras vias pubttcas. mandou construi r 0 verho Chatanz da .Mise-rtcordta bem como a pr ime ira ponte do Anhanga bau. -

As crcrn cas sabre a sua vida retatarn um tate pitcresco.

Dona Mar ia I. ramha de Portug al, conferia ao jovem fid algo singularsimpatia. cotocando-o aos seus serv ices. na cond ica o de oticiat doExercrrc Pcrtuques.

Para casar -se devia ped ir e abler 0 consenti mento rea l, de modo que .q uando che qou a esse momento de sua vi da. para nao ped ir aq uetaautori zeca o. casou-se secr etamente com Dona Maria Ange lica de

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Bustamante Sa Leme. fflha de urn professor da Universid ade deCctmbra.

Sua persona lidade licou perpetuada nessa rua tao importante dobat rro da ueeroaee. cuic mvet amento Inlctal toi autor izado cera Lein.c 78. de 09/12 / 1883 'para, em 1894 - Le i n.e 114, de 06/10 - serdotad a de methoramentcs pcbncos. co mo suas prime iras serjetes.

Fai oeste secure. co-e rn. que cor terce da Lei n.c 1319. de19/ 5/1910. toi Intetramente calcada.

RUA TAMAN DARE

Ainda em 1850, a part ir da Praca Joac Mendes, bavia uma barran­qu elra Que sa cont inuava pe la entao chamaoa "Baixada da Gl6ria",no entroncamento da Rua Galvao Bueno.

Em 1870 existia al um stti c tamoso chamado "Sttio do Tapanhoim''.com seus Hmites definidos perc C6rrego do t.aveoes e do Cambuci.hole cenatizados . de onde sala a " Caminho do Mar" (52). Pelascercamas havia ainda a chacara do Sr. Scuv erc. de Genistoc les eBalu ira.

Poi desse local que part iram vanasruas tradtcion ats. como cncenc.Bueno de Andrade, Pires da Motta, Sao Joaquim, Galvao Bueno eTamandare.

A Rua Jamandare to i assim denominada. para homenagear a gauchoAlmirante Joaquim Marques lisboa que, na co ndicac de martnnetro.participou das campanhas da tndependencta do Brasil. prin cipal ­

. mente na Bahia e no Paraguai . Foi ajudante de campo do tmperado rD. Pedro It e Conselheiro de Guerra, em cuja condicao recebeuvar tas ccnoeccracees de honra ao mente. naci onais e estrang eiras.

Em reconnectmento pelos services prestados aNeese. a Imperadoraq raciou-o co m 0 tttuto de Marques de Tamandare. pete fato de seusnavies esta rem abi cados no porto de Tamandare.

E. uma rua que co mecou a se urban izar em fins do secutc passado,sendo que recebeu 0 service de sarjeta s por to-ea da Lei Municipa ln.c 48, de 201711893 e ligada aRua Consethetrc Furtado atraves decrsposrtrvo estabetecido na Lei n.c 562. de 06/2/1902. A Lei Munici­pa l n.O 990. de 13/4/1907, autor izou a Prete ftura a calc ar a RuaTamandare no Irecho compreend ido entre a Rua Galvao Bueno eJose Getuho.

Percebe-se que. na medida que as anos avancaram neste secu lc-oprocesso de umanizacao vai ganhando d istancia s maio res.

78RUA CONDE DO PINHAL

Ainda em fin s do secure passado. loda a regi ao pr6x ima de RUBTabal ing uera. Largo do Pelourinho e de Sao Goncato . era ocu padapela Cbacara de Dona Ana Machado.

Nessa propriedade abrtrarn-se vanas das mats importantes ruas dobatrro da Liberdade: a Rua Conde de Sarzeoas. a Rua Tabat inguera ea RUB Conde do Pinhal, dentre out ras de menor siqnificacac. como aRua Bon ita , hoie Tomas de Lima e Santa Luzta.

A RUB Tabal inguera fazia canto com a ennue RUB do Trem, a comecoda RUB da Gloria e a RUB do Beco Su]o . rUB esla q ue. mats tarde . secharnarta RUB Conde do Pinhal.

Essa denorntnacao homenageia uma figura austera e multo conhe­ctda na ant iga provincia de Sao Paulo, que era Anton io Car los deArru da Botelho q ue, pa r vo lta de 1887, tot ac racraco com 0 titulo deConde do Pinhal.

Natural de Pirac icaba, m.c tou-s e na tavoura. no Municip io de SaoCarlos do Pinha l, etecenoo-se. em sequica. vereaoor. oep utaooprovincia l e prestoe nte da Camara,

Sua proiecao. entretanto. acent uou -se na sua atuaca o pete proqressoe desenvotvirnento geral de Sao Paulo. Fundou a Comoanhia Estradade Ferro de Rio Cl aro, na rede da Com panhia Paulista de Estradas deFerro , 0 Banco de Sao Paulo e a Companhia Agrico la de Sao Stmao .ocuoanoo a presidencta destas duas uttimas ernpresas

AUA CO NDE DE SAO JOAQUIM E AUA CONDESSA DE s Ao JO·AQUIM

Joaqu im Lope s Lebre . natural de ctda oe de Agu im, em Portuga l, veiopara 0 Brasi l com 14 anos de idade e no long fnq uo 1858, auao o aoseu irmao Joao Lopes Leb re. fundo u uma das rnais tradictonais casascomerctats da antiga Sao Paulo - a "Casa Lebre & trrnao''. na RuaDireit a.

Durante quarenta anos emprestou seu din amismo e espirito crtativo aci dade q ue elegera pa ra apticar sua mc ensave! ativi dade .

Caso u-se com Dona Rita Proost Rodovalno . de tradicional famil iaoeousta junto de q uem dedicou-se a mumeras obras de fi lantropia ebe nemerenc ia. tosse crtando escotas. foss e tmancianoo hospt teis.

For um c os funoaoores d a " Real e Benementa Sociedaoe Portug uesade Beneticencia de Sao Paulo", em 1859, e urn dos eo iftcao ores doantigo Hosp ital Sao Joaquim . a Rua Brig adeiro Tob ias

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o Hospital Sao Joaquim leva 0 seu nome, em memor!a a sua obracarttattva de auxil io aos necessttados.

Faleceu em 1909, aces ter side ag raciado com as tltu los notnliaroui­cos de Batao. vrsconoe e Conde - Conde de Sao Joaquim e Con­des sa de Sao Joaq uim para sua mulher.Dona Rita Proost Booovarho Lebre era alma eleita a prattca do bern.de trato ameno. q ue soube ao taco do marido con qui star urn lugar dehanra na comunidade portug uesa rad fcaoa em Sao Paulo.

A Rua Conoessa de Sao Joaquim euma das rnats be las do bau ro daLiberdade, passu indo belas construcoes do inic io do secure. Servede liga<;ao ent re a Avenida Brigadeiro Luis Antonio e a Avenida daLiberdadeParetetarnente a Avenida 23 de Maio e a Rua Boror6s. e corta dalongi tudinalmente oeta Rua Conde de Sao Joaquim.

RUA BARAo DE IGUAPE

Iracad a a partir da Avenida da Lib eroece . des ce perpend ic ular ­mente ate a Rua Junq ueira Freire. aberta em tones que constitui rampropriedade do ingles Rademaker. Franc isco Machado e Joao Feli ­cia Fagu ndes.

Bat ao de Iguape to! titu lo nobilia rqui co que D Pedro II outo rgou aAntonio da Sil va Prado, em 1848, em reconhecimento da sua atuacaonos movimentos e ta moepenoencta do Brasil.

Antonio da Sil va Prado, antes de tixar-se em Sao Paulo, onde con sti­tuir ia uma das mais importantes e l idalgas tamtttas desse Estaco.neqoctava peres sertoes da Bahia e Gola s.

Foi pa i de Dona v eno tana Valeria da Silva Prado , que tantos preen­mas con ced eu a sociedade e a cultura pau listana

RUA JACEGUAI

Foi uma da s mais traotcronais ruas do bai rro de Lib eroaoe . Emtempos passad os. comec ava na Avenid a Liberdade e avancava pe­las terras do bairro do Bextqa. ale a Rua 14 de Julho

Quando se cons tru!u a Etevado Costa e Silva. noanoo 0 bairro daConsota cao e as bairros da Zona Norte, a part ir da Avenida AlcantaraMachado. seu anti go trac ado tot totatm ente mod il icad o.

Atuatmen te. traca da oerpendtcutarrnente ao Viad uta Guilheerne deAlme ida , atravessa a Praca Perala Byington, junto a Avenida Briga­deiro Luis Antonio e temuna na Rua 14 de Julho.

80Fo! tracada na ch ac ara particu lar do Senhor Stre ib , no ana de 1875,chacara q ue era bern pr6x ima do Caminho do Carro,

A Chacara Streib, que era multo grande , umit ava-se co m a Rua daLiberdade. 0 Largo da Porvora e des cia pe te antig o tracado da AuaJac equai. ate a Averuda Brigadei ro Lui s Anton io. Nesse loc al fica vauma fonte de apua cnstafma e potavet. que se despejava no vale doAnnanqabau e q ue abastecia tooa a reg ia-a , pnnc tpatrnente a pop u­lacao da Gloria e do Bex iga . Era con hecida como a Fonte do Morin­qum ha.

o nome Jac eguai, dado ao ant igo cami nho que conc uzia aFonte doMoringuinha, homenaqeia 0 pauusta Silvestre da Mota, Berao deJaceguai, filho de Jose lnacio Silveira da Mota .

Abracou a Marinha como protissao. le ndo side comandanle do mont ­lor "Barroso", partrcipante da Guerra do Paraguai no co mbale deTimb o. passagem de Humatta. Desta cou-se pe te sua bravura emcc mbate a bordo do navt o Jac eguai.

Aeformou-se no poeto de Atrntrante. tend o stoo tambem mi nistro doBrasil na Ch ina , em mrssao espec ia l, e memoro do Consetho NavalBras ile iro.

Casou-se em Buenos Aires com uma bela Itauana de nome LuizaGreccru. em 9 de fevereiro de 1870 .

A Ca mara Municipa l de Sao Paulo perpetuou seu nome numa dassuas ruas de gra nde uacncao cultural.

RUA HUMA ITA

Uma das mais anl igas e tradicionais. interl igando 0 ba irro da BetaVista e 0 da Liberdade. No secure oassaoo. entre eta e a Rua Pltan­guy, esteve insta lado 0 matadouro publ ico da ctdade. em oecorren­c ia de um acordo entre a Camara Munic ipa l e Achilles Mart in d 'Esta­dens, celebrado aos 30/4/ 1851 , dar se transterindo para a Cbacarados Ingleses e, final mente Vila Clement ino .

Atuatment e. a Rua Humait a euma rua residencial e sua desiqnacaofi xa uma das gra ndes passagens da Guer ra do Paraquat.

PRACA ALMEIDA JUNIOR

Consti tuiu um d 0S tocars mats tradtctonais do antigo Distnto Sui de ­Se. 0 cate rono de logradouros pcbucos e os qutas d a cidade de SaoPaulo, nao mats registram sua extstencia .

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Panorama do viaouto Guilherme de Alme ida, venoo -se ao tund c 0bairro da Bela Vista e aesq uerda a etevaca o que constrt ui a atual AuaJacequai.

Praca da Libe rdade - Estaca o Metroviana ca t toeroaoe. local dereeueacao da Feira de Arte e Artesanato Oriental .

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Era loca l da ant iga "Chacara de Francisco Machado", de um mer­cede (l ei 0 .° 176. de 08105/1895 ) e Matadouro da c tda de e dotradicionatTeatro Sao Paulo. que acabou desaparecendo do cenartodo bairre da Libe rdade, absorvido pela radial Leste-Oeste.

A antiga propriedade de Franc isco Mac hado era uma grande q uintatotalmente arbonzada. com predtos para colones e separada doC6rreg o de Lavapes. ao SuI, par um gran de muro.

Bem ao centro do terreno, fic ava a casa grande , terrea. resi oencta dopropnetario. local em que mais tarde se construma 0 Teatro SaoPaulo .

Com 0 tem po. a cnacara foi desapropriada pe te Pooer Munic ipa l,para a nacad o de ruas e largos. Heave ali a Rua da Fabrica . q ue S8translo rmaria na Rua Sinimbu. para hOmenagear Joao Lins Viei rac ansancao de Sinimbu, Visconde de Sini mbu, que fo i Con semeirodo Estado e prestoente da Bahia e RIO Grand e do Sui, atem deMtntstro do Exterior, da Agr icul tura e da Justrca.

Desenvolto parlamentar, politico e acmmlstradcr ncta vel. desenvol­veu suas ativ ida des d urante 0 segun do imperio bra sueiro.

Na med ica em que 0 local foi sendo urbani zado recebeu d iferentesdenomin acoes. Pnm eiramente. foi co nhec ido como " Largo do Cemi­teno". porq ue ticava nas proxi midades da Capel a dos Aflitos. oncehavre uma necropcle. Recebeu. tamnem, 0 nome de l argo da Glo r!a.entre uma rua cc nhecida na epoca como "Rua da Bica" e a Chac arade Francisco Machado que , por vol ta de 1824, pertenc la a SantaCasa de Mis erico rdia. Cha mou-se tambern largo Sao Paulo.

At-aves da Lei Munic ipal n.c 2161. d e 19/05/ 1918, proqramaram-seos melhoramentos q ue transtormanam 0 Largo de Sao Paulo emPraca Almeida Junior, homenageando a memcrta de um dos matssignificat ivos art istas da pin tura academica brasi lei ra do seculo XIX,que foi Jose Ferraz de Almeida Junior. Suas teras. "Caipira Neqa­ceando''. "Amolacao lnterrompid a". "Picando Furno". sao alg umasde suas mais sugestivas crtacoes e que 0 tancaram no cenanoartlstico nacl cn al. com 0 vigor tecnico e estilo pictortco q ue 0 carac­terizari am como Alme id a Junior.

Desa pareceu a creca tracncional quando se construl rarn as vi asexpresses na Ca pital.

Resid iram na area, ilustres personatidades da soct edade paulistana:a familia do Professor Celestino Bcr rcut. renomado medico e protes­sor universtterto: Sabato D'Ange lo e sua mulher An ita Pastore D'An·gelo, que construtram na ci dade um imperio econ6mico com a "Fa­brica de Cigarras Sudan" e ins!ituiram aRua da Li berdade, n.o 85, a

83"Punda cao An ita Pastore D'Angel o", q ue jtt prestou asststenci a so­ci al e econcmica a mil e d uzentas pessoas par mes (53) .

Presidenle do Estado, Albuquerque Lins, tambem resid iu ali, e suacasa. ainda exlstente. servtu de sede do Govemo de Sao Paulo,durante seu per todc governamental.

Abr igou uma des pr ime iras teiras livre s da ctdade em um "Recre!c descucacac mtantu" (Almeida Junior), patrocinado pela Secreta riaMunicipal de Educacao.

VIADUTO GUILHERME DE ALME IDA

Comunica a Praca de Lib erdade e a avenida de igual nome. I:um dosmats belos de Capital. porque descortina lode a rmensroao dosbarnes de Bela Vista e Conso lacao e distante s paragens do Cam­bud . Mo6ca e Ipiranga.

Sua construcao se tom ou posslvel. med iante a oeseoroonacao deinumeras construcoes na Rua da Liberdade e reb aixamento da pr6­pria Rua Jaceg uai e a part ir da Rua da Accucac.

Denominado "Guilherme de Alme ida", para perpetuar a memcrta do"Princi pe dos Poetas Brasne fros'', Que tanto enatteceu as tetras e 0ci .... ismo da "Terra de Piratininga".

VIADUTO PEDROSO

Cont inuando, a Rua Ped roso co munica 0 ba irro da Be la Vista e daLiberdade, bem como d iv isiona este ultimo do ba irro do Paralso. Foiconst ruido score a Aven ida 23 de Maio com mlcio aos 17 de accetcde 1965 e co nctutdo em 5 de marco de 1967.

Nos seus baixos. situam-se doi s importante s services pub licos Mu­nic ipais inlegrantes da rede de saude da Secreta ria de Hig iene eSaude da Preteltura de Sao Paul o:

- 0 "Abrigo Maria He lena Faria L ima e Cun ha".

- A "Clinica de Hecuperacao de Alcoct atras ".

84NOTAS

41. Lei n.o 556. de 10 de Oezembro de 1901 - Autcrtza 0 Pretettc apagaro que fordevido a Jose Maragliano, pelofomec imentode placas de nomenclatura e numeracac de casas, ern 1891e 1898

42. Ata da CAmara Munic ipal - Vol. XXXVI - pag. 136

43. FREITAS, Afonso A de - Geografia do Estado de Sao Paulo­pag . 50 - Escolas Profissionais Salestanas - S. P. ­1906

44. AZEVEDO, Manoel Vitor - Sao Paulo de Anl igamente - pag. 9

45. AZEVEDO, Manoet Vitor - ob ra citada - pag. 78

46. FREITAS. Affonso A. de - rracncoese Remmiscencias Paul isla-nas - psg. 18

47. MONTEIRO, Zenon Fleury - obra citeda - pag . 49

48. 0 Estado de Sao Paulo - Edicao de 29.04.77

49. City News - EdiCao de 18.06.78 - pag. 7

50. Ementano d a Leqist ecao Munici pal - Vol. j - pag . 270

51. Ementarto da Leqislacao Municipal - Vol. I - psg. 271

52. TORRES, Maria Celestina Mend es - 0 Baine do Ib irapuera­pag. 88

53. Etes Construiram a Grandeza de Sao Paulo - psg. 109 - Ed i­lado pete Sociedade Brasuetra de Expansao Comercialllda. - SP.

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o MOOERNO BAIRRO DA L1BERDADE NA CENOGRAFIA URBANADE SAO PAULO

As origens da cidade de Sao Paulo, a predestinarem a grandeza.

Nascendo e crescendo em torno de um coleqio. atrezentos metros domesma, ja em 1827, se lnstalarta a primeira Faculdade de Dire ito e.neste seculo. a primeira Uni vers idade brasile ira.

Toma-se, assim, um centro de cultura, que promoveu a parncrpaeaode seus fil hos em lodes as rnovimentos artt stlcoa. socials e politicosda Nacac Brasuetra.

Em meados do seculc, a cu ltura do cafe gerou ccnct cees de riqueza,que permiti ram 0 ingresso da cidade no estaqlo de sua industrialize­ceo. acelerada pela contrib uicao vatiosa de inumercs cont ingentesde imigrantes de toda s as nacional idade s e de outros Estados daFederacao Brasileira.

o aspecto urbano da c idade pas sa. entao. por um autentlco proc essode metamorfose. A area da cidade. sua pai sagem e sua ccputacaoassumem caracteristicas diferenc iadas em b reve espaco de tempo.

Ainda na prime ira decade deste secoro. a sua area urbana se consti­tula de doi s bl ocos (54), que tinham .ccmc divlsas a varzea doTamanduatei. blocos que tormavam como que duas c idades dlstin­tas, os quais acabaram per se un ir, nao ha muito tempo.

De um lado tlcava 0 centro da cidade e os bairros da zona oeste,sudoeste e sui e. de outro, 0 Bras, com seu s prolongamentos para 0Ieete.

86Tcd avla. ainda S 8 observavern gran des espacos vazios ern todas asdis tancia s. '

No bairro da Liberdade , tema de nossos estudos. entre a AvenidaBrigadeiro Luis Antonio e a antiga Rua da Llberdade. as mapascartoqrati cos mostram grande area aberta e vazta. sem ne­nhum aprovettamento urbano. embora as tetras localizadas nessemesmo batrro. Bela Vistae ccr eorecao. ating issem alta va'or j zac~o .

o Vale do Anhangabau separava 0 ba irro da Liberdade. d tsttnquindonucleos da vertente junto a rad ial Liberdad e-Vergueiro dos nucleosda vertente junto a radial Brigadeiro Luis Antonio, a Vale do Rio doDiabo, como antenormente era conhec ido. Foi cruzado pete Viad utodo Cha em 1892, tempo em que ali atnda existiam inumeras cnaca­res. Aas poucos. toram surg indo no sope do morro do CM as rest­denci as prtmelras. ate que em 1911, qua ndo 0 Barao Duprat to tc reteito d e SaoPaulo, os urbanlstas ecuvaro e Cach et planeja ram 0

ajard inamento de toda aq uela area. transtormando-a no d ecantadoParq ue Anhangabau.

Sob a admtntsuecao do Pretefto Antonio Prado, qu e durou dez anos,a parti r de 1898, Sao Paulo passa rta por senslvets melno ramentos .Sao reali zadas vastas e custosas obras de saneamento ge ral; e teita acanali zacao de rlcs e ribet roes : sao melhoradas as condicoea detorneclm entc de agu a potavel : sao abertas novas ruas e avenldas. aomesmo tempo que sao tettos ajardinamentos de oracas e pavlmenta­cao da parte central da ci dade . inclusive das ruas do batrro c aLiberdade.

o esoraao d e Vila Mariana to! tota lmente ocu pado. enq uanto que 0casartc .da regiao antecedente se adensa com 0 preenchime nto dosvanes ate entao existentes. 0 bairro da uberoace. na estrei teza desuas ruas chei as de altas calcadas e de ruas escore cas per muros deanimo. como a Rua da Assemolela , estava pratfcamente estruturado

Entretanto, ainda em 1925, Sao Paulo era uma ctda oe traclon ada,co nstit ulda por ne ches ed if icados, separadcs par vit i zeas f> valesprofundo s como tambem pelo tracado das terrovras

Paratelamente ao desenvolvimento urbane. ocorteu 0 cresctmentoda populacac e da construcac civi l.

Segundo recenseamento de 1920, a pop urecao do Municipio de SAoPaulo era de 579033 habitantes, mas ao tinder do pn meiro q uartel dosecufo. poss uia 800.000 pessoas. aumen to esse devido ao caraterprog ressista e pragmatista do paul ista, a par de seus ousados ern­preend imentos e auxi liado pelo imig rante Que convergia maclca­mente para a cldade em exoensao.

87Sao Paulo ja era entac uma ci dade cosmopolita. com predormnanclado imigrante europeu e principalmente 0 ttauano. Segund.o RobertoCapri (0 Estad o de Sao Paulo e Seus Meruclpios- psg. 16e 17), jt! em1912. as ttattanos possuiam 23520 propriedades urbanas em SaoPaulo.

A partir de 1930. apesar da crise cateeira e dos acontecimenlospolit icos naciona is e intemaclonais (as re....croezes de 1924, 1930 e1932, e Grande Guerra de 1934/1945), perturbadores da ordem, saoPaulo entraria num proce sso de assombroso de senvolvimento. Suapopulacao c resee assustadorame nte; sua area e fisionomia urbanaamptiarn-se e modific am-se a cada ere. dad as as complexas exiqen­eras de carater vrbantsuc o, ao mesma tempo que sua Hderancaeconcmrca e cultural se acentua cada vez mats.

Entre 1925 e 1950. a c id ade ating iria maiores d lstancias na rnrecaosui . cul minando com a orcorta ab sorcaoda autonom ia ad ministrativede Santo Amaro.

As linhas de bondes e 6nib us, as estradas de roda gem, a construcaodas represas da Light levam a tntluen cia da ctdade de Sao Paulo ateum ralo de 15 quitometros.

Entre 1934 e 1938. sob a atuacao do Preteito Fab io Prado, imcla-se arenovacac da ctdade de Sao Paulo, a q ual se continuarta ate 1945pete operosio ade de Prestes Maia. com a ab ertura das vias penme­tra ts e de trrac nacao aliad a ao tracadc de qranoes avenidas pelosvales.

Alargam -se pracas e rues. Erquem-se arranha-ceu s. co mecando [ano segu ndo quarte t do sec ure a despontar a nova crcaca de SaoPaulo para , a part ir de 1960, ressurg ir intei ramente Irans figurada ,co mo pratt camente a temos atuatmente. Espantosa pete sua enormeextensac penmetral. como con junto retativamente barmonico: urnbloco imenso de ba irros ainda ccnuccs por uma estrutura urban airregular e desordenada, salvo alguns trecn os e bairros, onoe a cad aeta se adensa uma tanta stica poputacao. Urn mi lhao de hab itantesem 1930. ja em 1954, ascende aordem de Ires milh6es (P. Pet rone.obra c itada - pag . 167) para, no momenta presente. atingir a indicede cerca de oito mi lh6es.

Arranha-ceus par todos os quadrantes: largas avenid as ci rcundandoa ci dade e jf!. insuficienles ao tran sito de scomunal da ci dade e umaverdadeira selva de chamtnes potufdcras se o tstence noo para lod osos lades.

a bairro da Liberdade esteve cont ido nesse tantastlco processo decresctmento. bairro esse que , segun do Roberto Capri, a inda no tnfc lodeste sec uto. pcssuta apenas 4160 orencs e 5185 no ano de 1918.

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A E. Taunay leqou-nos uma imagem da cenoqratia urbana local: "aparte nova da cidade estendida para 0 sui era requta rmente co ns­trufda. possutndo quarteir6es bern oesenhados, rUBS largas. de mo­demo aspe cto " (55).

o casa rto apresenteva, por vezes. cont rastes cnocantes. co m pre­dornlnancla de habftacoes de aspecto modesto. de um 56 pavime nto.com pcroes altos d iretamente nas ruas, segundo estno mats oumenos padron izado.

Ostentava, entretanto. algumas construcoes senhorials. muitas dasQuais ainda hoje sao encontradas espalhadas palo ba irro, totalmentetransfiguradas pelc cosmopolitismo atual e peta 8CaO do tempo,como 0 ind icam as Hustracoes anexas.

Alualmente , 0 bairro da Liberdade nao possui jardins au areas ver­des . 0 vefho Largo 7 de Setembro se transformou; a Praca Almeid aJunior toi absorv ida pela rad ial Leste-Oest e e a Largo da P61vora to!retalhado, presentemente retormado em area restrita. Apenas aPraca da Liberoaoe apresenta um pequeno jardi m que abr iga umadas mais movtmentaoas estacoes metroviartas. que e a "EstacaoLiberdade". Campietamente mudada. centro da comunida de orien­tal hoje sedlada no batrro, aos domingos e cena rto da Fei ra deArtesanato Oriental.

Numa de suas latera is, a Igreja das Almas e dos Entorcadcs ja naoap resentam mats aque les patios nus de outrora .

Emoldura a Praca um casario redecorado amoda orienta l. 0 anti go ea tradicao nactonat se d iluem na medi da em que mars orie ntals seinstalarn no batrro, numa tota l confusa o de cores, estilos e lingua­gem, que constitui a atual cenografia urbana do bairro da Liberdade,que ainda como ontem. apresenta as mesmos quarteir6es compridosde outrora, as mesmos becos scmbrtos. as mesmas vilas de casassem nenhum relvado e de parco arvoredo. hoje habitadas par umacomunidade de talar e gostos estranhos. de habttcs tao d tterencia­dos dos q ue ali imperavam anti gamente : a banda de musica dos"Bursaglieri", as italianos peixelros , cantando pe las ruas a amor peto"Palestra ltatia"...

Os anti gas casar6es de porao alto do tntctc deste sec uto. situadosnas ruas Gatvao Bueno, Conde de s arzeoes. Avenida da Liberdad e,Rua Pirapitingui estao ocupados pelos core anos, chin eses, vtetnami­tas e japaneses que se instal aram no bairro da Liberdade he vin teanos aprox imadamente.

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NOTAS

54. PETRONE. Pasqua le - A Cidade de Sao Paulo no Secure XX­Hevista de Hist6ria n.ss 21/22 - 1955, pll.g. 136

55. TAUNA Y. A. E. - Vel ho Sao Pau lo - Vol . I - pag, 31

90

•••

vrsac da RuaGalvao Bueno, 0 Centro do Bairro Oriental .

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o BAIRRO ORIENTAL

A Avenida da Libe rdade, arteria de irradia cao para todos as pontesdo batrro, esteve inlerd ilada durante dais enos. neceseenos a im­plantacao do melropolitano de Sao Paulo, linha norte-su i, entre aPraQ8 da Liberdade e a Rua Sao Joaquim. Tambem outros trechos dobai rro estlveram em tdentic a sttuacao. como 0 Largo 7 de Seternbro.Rua Consethetro Furtado, Rua Conde de Sarzedas e Rua Tama noare.

Em agosto de 1973.0 bairro comptetamente rernooetado. to! reentre­Que 8 0 dominic publico. etnca na oestao do Pretetto FigueiredoFerraz, que na ccas.ao prometeu a Cotcnta Japanesa do baino daLibe rdade , que a Secretana de Turtsrno Munic ipal serta ativa da nosent ido de mcenttvar as loji stas da regiao para se implantar na reqiaoplano paisaq tsttco, transtormando-a no bairro or iental, etetiv amente.

o plan o de or tentalizacao do bairro da Llberdade. de autorta deRandolto Marque s Lobato, fora anunciado em 1969.

Lobato era jo rnali sta e presidents de uma comissao de cnrreses.corea nos, japoneses e vtetnamitas raotcaoos ou estabelectdos nobairro da Liberdade (0 Estaoo de Sao Paulo - pag. 8 - Edicao de20/01/73).

Pretend ia esse plano transtormar 0 bai rro numa especie de "ChinaTown", como a extstente em Nova lorque e Sao Francisco, a tim deconsoli dar a tendencta natural do bairro de se transforrnar nurn nc­cleo tipicamente oriental e que tena 0 condao de se transformar emoperosa atracao tutlstica para nacionais e estranqetros.

92Por esse plano e. med iante a cobertura da Secretana de Turismo.uma vez retrrados as tapume s e matenats de construcao da linhametrovrana. as Iummanas a vapor de mercuno existen tes seriamsubst ilu idas por lanternas de est ilo or iental , que as [aponeses cuau­ticam de "tiotm''. e etaboradaa por arnst as dessa comunidade.

Sao tanternas u reroes. com 50 centimet ros de alt ura e 20 centi metresde cramenc. que toram colocadas a partir da Rua Gafvao Bueno,considerada a espinha dorsa l do batrrc ori ental.

Ptanej ou-se. a seguir , a carac terizacao do trao tcionar ba irro da li ­berdade em bairro tipicamente or ienta l. coq ttando-se da substttut­ceo das calcadas de cimento. por passeios de azulejos decoradoscom motivos chines es e laponeses. As facha oas dos predto s oevtamser reformadas e p intadas a maneira dos ediftcics onentais. aomesmo tempo q ue os luminosos des estabetectmentos comerc iais .senam nomeados na sua Hngu a de origem, com a respectiva trad u­cao ao lado .

As tres entrada s prmc tpa ts do ba irro seriam guarnecida s de porta ls- as "tori" - e peq uenos jardins com g uaritas para as guardas detransite. semelhantes as exrstente s em Toq uio.

Os [ardins fcram progra mados para os ter renos e gramados da steterais da Rad ial Leste . entre as Viadutos da liberdade e GalvaoBueno.

Aepcce . 0 ba irro nao possu ia nenhu ma area verde, mas a plano de A.M. Lobato previa dois outros jardins a serem elaborados em areasde tinidas. Possivetmente. na cc asuc serao construid os em areas derccauzacao de predios pub licos. seg undo 0 mesmo planejamento.Esses ja rd ins terec um pequeno larg o com ponte de made ira enver ­nizada - 0 "nasnf" - . cam inhos de ped ra. pinhe iros e cereietra s quenc rescerac em abr il ... e cuja ccnservacao sera entregue a propriacomunidade oriental do bairro.

Reali zado 0 concurso de desenhos para os passeios pubticos. dolaprojetos Ioram selecionado s: urn, tiplcamente chines, com figu ras detantasticos drag6es. enquanto q ue 0 outro, de tlores esti l izadas ellmane ira japo nesa.

A Prete ttura de Sao Paulo e a Comun idade do batrro arcarao co m asdespesas, mas cabera a cada rojrste. dono de restaurante ou arma­zem. ornam entar a fach ada de seu pred to. conforme a velha trad i<;aooriental e. certamente. com a predomlnancla do vermelho. a co rpretence por chineses e [apo neses.

o plano de Lobatc tambem previu que os guardas a serem ccrccaccsem service no bairro da uee-eece. ceverac ser b il ingues ou pol iglo­tas.

93Exposic oes de artesa nato oriental , espetaculos musica ls e coreoqra­ticos. serao apresentad os reqularmente. sendo que as testes trad i­cio nais do Japao e da China. como as da "Boa Cornetta'' e as das"Cnancas" sao Intensamente feslejadas no novo batrro da Liber­dade .

No Natal de 1973. a Secretarta de Tunsmo fechou a RUB GalvaoBueno anorte e prog ramou ali a apresentacao de quinhentas mulne­res vesl idas de qutmono. dancando 0 bon odori. dance trao tctcna tiaponesa. espetacufo esse que tel assistido per grande publ icoconstituido de nacion ats e estrangei ros.

o " Bairro Oriental " congrega g rande variedade de mteresses: tacul­daoes. coleqtos e escotas oticiais e particutares. casas de culture.academias de espo rte. correto . boales, bancos. ig rejas de vanescuttos. lemplos d iversos, restaurantes. casas de toqos. bares, cum­cas rnecncas de acup untura e moxa, centres espi ritas e umba nd tstas.ttvranas . loias otversas. pen soes. "repubticas". corti cos... um jornalque tem assrnantes ate mesm o fora do Brasil, eottoras d ivers as...

o bairro ortental. com ercial mente. e attamente d fverstttcado : possu i53 roj es de artigos variados : 38 totes de conteccao: 48 casas not ur­nas: 3 cinemas e 63 restaura ntes.

As lojas de orientals vend em de tude. princ ipa lmente as da RuaGafvao Bueno: roupas. boneca s ttpicas. obietos de oecoracao. rel6­gios, eq utpamentos totoqraticos. bebidas. rnc reotentes e condi men­tos caracteristicos da coztnba oriental.

RESTAURANTES ORIENTAlS

Segundo velha crenca [aponesa. aquefe que ttver opartunidade desaborear um prate novo, lera sua vid a prolongada per mais setenta ecinco etas!

Essa crenca e conhec ida como a " shichiju-go-nitch i", em razao daqual, tatvez 0 jecones se dediq ue com lanta aplicacao a cufinarta econs equente mente ao ccmercro de restaurantes .

Os restau rantes ortentars sed iados no bairro da Liberdade tunctonamem turnos: das 11 as 14 horae e das 17 as 23 horae. sendo que aosdomlngos tlcam abertos sem intertupcao. das 1t as 23 heres.

o primeiro restaura nts [apones surgido no bairro tol inaug urado em1945 junto a um cinema instalado na Rua Galvao Bueno, nas prox i­midades do antigo predio da tmprensa Ottcia! do Estado, exata menleonde hoje se cruza a Diametral Leste -Oeste. continuacao do " Minho­cao ''. A abertu ra da avenf da obrigou a mudanca do cinema. em erma

94do qual havia urn bar mal iluminado, de belcec de marmora, tendo 80fundo ume escad inha de cimento. que dascia at~ 0 restaurante lnsta­lado no porao do bar. Chamava-se "Assaht" e, ali se cornia a maisgostoso "udan" do bairro e que era a especialidade de ceee (CityNews - 19.09.76).

Presentemente, esse restaurante situs-se na RUB GalvAo Bueno, n.o203, stendendo a umactientela de brasileiros na sua malaria e alndapertencente aos seus fundadores Yeko Higaki e Haj ime Higa ki (Es­tadc de SAo Paulo - Edi~'o de 20.01 .73).

Houve tempo em que tol 0 mala importante do bairro de Liberdade. aque ja nAo sucede atualmente.

Por volta do ano de 1939. aquete casal abriu uma peneac proxima aPraea JoAo Mend es, para servir as comerciantes japoneses instals­des aapace 08 RUB Tabat inguera.

Com a segunda Grande Guerra, houve pro ibi cao oliclal dos [apone­ses viverem em comunidades lechadas, dentro de um raio de trll squncmetros da Praca da Sa, fato que promoveu 0 fechamento dapensao. ata 0 termino da guerra. Assim, 0 casal Higaki abriu 0primeiro restaurante da Llberdade, para sobreviver, Ii Rua GalvaoBueno, n.c 115, durante muitos encs c mais lamoso. Entrou em dectl­nic par vol ta de 1965, quando 0 ediflcio em que se instalava, toidesapropriado.

o "Assahi" mudou-se para as proxrmrcaces da Rua Galvao Bueno,mudando tambem 0 seu cardaplc trad icional . Atualmente, sua espe­cialidade a "cemarac Ii baiana "l

Os restaurantes japoneses existentes no bairro da Liberdade, geral­mente, sao de dois tipos :

- 0 nora ou shokud~, com mesas e handel, apenas e

- 0 notel , com compartimentos reservados.

Lembramos. dentre muitos existentes. 0 Kokeshi. 0 Enomoto e 0Hinode de prcceoencra japanesa. Entre os chineses. destacamos 0Banrl. 0 Shangai, 0 Horai e 0 HwaYuen, multo frequentados peloscultores da macroblotica. tecnlca cuuoane muito difundida hoje emd ie, tambem entre os oc ldentais. que tern levado grande clientela asmercearias do balrro. especializadas em comestrveis da d teta.

Dentre as mats conhec idas, citamos a Lee Yamaj uti e a Harada,espe ciali stas em arroz preto. macarrac Iaoones (Ieito com arroz) ealgas marinhas.

Em quase todos eles. ccme-ee 0 sashimi, que e um pe ixe cru empostas pequenaa (atum, rebate ou pescada branca), com molho de

95shoyu e servi do sobre 0 pr6prio balcac. Servem tambem 0 sushi OUarroz temperado co m vinag re, daikon (nabo) ou soba (maca rrac telt ode cerrteio) .

Tcdavia. 0 mala exotlco prate da cutinaria japanese e 0 rankon, ouseja. a raiz de vltortas-reqlas.

o bai rrc da Liberdade possui. ainda, mui tas docanas que, pratlca­mente, sao frequentadas apenas palos freg ueses da comunidadeoriental , pais s6 eree aprec iam 0 Yoksn (urns especi e de marma ladefeita com eM verde), 0 mott (arroz socadc) . 0 ank6 (pasta de feijao) eo mandyu feito de farinha de trigo e recheado de ank6.

Esses guloseimas trorcas mais a okoshi ou p ipoca de arroz co m mel,sao fartarnente consum id as na "Niter6i" e "Caxingui", dentre outrasoocerres.CERIMCNIA DO CHA - A tradiclona t "chanoyu" eo praticada nobairro da Liberdade no "Bunka Fukyukai", na esquina da Rua GalvaoBueno com a Rua Sao Joaq uim _3.0 anda r. Um longo corredor conduza uma porta encimada pe la ldenttticecao "Urassenke", q ue se abrepara uma vereda de pedras "o ro]! ' - no meio de um jardim. Chega-se,par ali , a uma sal a com piso de esteiras de patha e paredes forrada sde pape l c laro, tendo a. esquerda uma erevacac como se fora urnpalco, que os orientals qualificam de " tokonoma", discretamenteadornad o com urn "kakemono'', ou seja , um rolo abe rto com urndesenho smq elo , pendurado a urn can to. Essa e a sal a do cha - shitsuonde se reali za a "chancyu" au certrrenta do one. praticada h8 maisde quinhentos anos no Japao e transferida para Sao Paul o co m acolOnia iaponeea. que a pratica soten emente. co m regular idad e.

CURIOSIDADES DO "BAIRRO ORIENTAL " NO BAIRRO DA L1BER­DADE

Pens6es e Resla urantes:

Dirigidas ou de propried ade de orienta is, existem na Liberdadedezenas de casas de di cadas ao corne rcio ali mentar.

Sao pens6es, restaurantes, casas de cha. oast erenas. boates e c oca ­nas espe ciatlzadas na cullnarta oriental . Para quem nao esta afei to a.escrlta japonesa e cntoesa. e d ific il tambem diferenciar a nacionali­dade daquetas casas, pais ali no bairro etas se mtsturam oesordena­damente.

Na materia das vezes, a letreiro designand o a firma esta esc rita emjeoones. chines e ale mesmo coreano.

96A princ ipal rUB come-e ta! no gene ra ea Galvac Bueno, onc e encon­tramos cotsas estranhas para um ccidental. como 0 etta de algas, 0vtnho de ralzes. ostras em conserve ou estatuetas de porceranacttinesa. Ali se sltua 0 co racao do mundo [apo nes.

A RUB Tomas Gonzaga atraiu as restaurantes mats stcntuceuvos.cnde ob rig atoriamente se taz 0 usa do "hashi", q ue sao as palitos decomer e das toalhinhas fumegantes enrotadas em bandejas, parahig iene do rosto e maos.

Normat mente. ali se come 0 suchi aco mp anhado de sachimi , bottnhcde arroz e peixe cru com legumes em conserve . A comi da propria­mente e servi da em cumbucas g raciosas, em bela etetto cufinarto.pa is 0 japones "come" com as lrlls sentidos : visao. pa ladar e ottato .razeo pel a qual a arranjo da comida deve segui r um esquema deco­rativo e cterecer vanes ti pos de perf ume e gosto.

A Liberdade possu! urna artiste da coz inha ja ponesa. E Harum. q ueficou famosa pelo preparo do "o kari barjaki". Todavia, ea sukiaki aprato mais apreciado e conhecido pelos ocidentais, cuja atracao eacomblnacao de cores dos legu mes e da carne, atem de ser prepa­rado na mesa, rega do com molho de soja, com aco mpanhamento deovos crus.

Nos restaurantes ttpicos e de maior nfvel. 0 cardapic e tipicamenteIeoones. onde a c uunarta. como tantos outros aspectos nipOnicos,exprime a busca da harmonia com a natu reza. 0 q ue a obriga asco mbln ecces sensonais tndi cadas em consonancla com as esta­coes do ano, com os recipientes. co m a hera e ambientes em q uesera servida a retetcao.

A de coracao dos pratos japo neses merece , pols. etenceo espe cial e.de certo modo. cc rresponde a tnttuencia ch inesa exercida nos sec u­los XVII e XVIII, com a lnt roducao do cha e da soja. No sec ure XVI, osportugueses introduziram as tnt ures a oreo e a seguir se impermeabi­lizaram a out ras Intlu encias. ate 0 secure XX, qua ndo se volta rampara 0 ocidente e muito pa rticula rmente, para 0 Brasil , acotanoo .inclusive, pa rte da noss a alimentacao. como as aves e as cames deboi e de porco. lnversamente. e co mum bra sueiros saborea rem 0mtese. 0 tofu , 0 shoyu , temperados co m wassab i, ge rge lim, mir im esake.

A trequencia egeneralizada. Nip6ni cos, brasuetros. estrenaeuos outuristas e pel o simp les c ueloso. avi dc de expertmentar ou conhecer anovldade. busca ndo aprender ate mesmo a d iffc il tecnice de utili za­c;:ao dos celebres pauzi nhos utilizados pal os aslatlcos - os hashi­Nao he pao amod a brasileira, servindo-se entao o pao [apones q ue ebern d iferente.

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Praca da Liberdade aos domingos atarde, onoe oco rre 0 encontro dacolOn ia orienta l.

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Lanterns de Pedra. orig inllria do "Parq ue Ueno" de Icquio. cedidaespecialmente parae jard imoriental do largo da Polvcra

Estatua do Dr. Shuhet Uetsuka, erguida aos 18/06/78, no JardimOriental do Largo da P6tvora. Foi 0 condutor da 1.8 levade imigrantesno Ano 1908. Ao lado 0 Editlcio Jahu. .

100Os empregados nem sempre sao onentais: pretos. rmntos mutates.mas co m predomfnancla do sexo feminine que, num amblente deco­rado tipicamente. as prates serv.ocs. dec-roe a seneecac de ester­mos no outro lade do mundo!

Em vi rtude d a natural topografia do local, nao mudo plana e desca­minhando as russ transversals para as vales longitudinais de sent idogeral norte-sui, muitos editlctos da Liberdade possuem emotes po­roes ab ai xo do nlv el da rua. aproveitados para a Instatecao degrandes pensoes. como ea caso do restaurante 0.° 1012, da Aveni­da Liberdade. 0 proprietario reside al i com a familia, em cOmodossituados aba ixo amda do setae de retetcees. jSabatxc do nlvet geral.Os services de copa. cozinha, qerencia sao efetuados pela prop riafamilia, acompanhada de empregados [aponeses. pretos e cnoutas.que servem pratos ti picamente brasileiros. Apenas urn grande aqua ­rio conta asua enorme freguesia a orig em do restaurante.

Na Rua Gefvac Bueno situa-se a "Pensao Osaka ", que serve retei­coos e it tambem casa de c6modos. asststida por toda uma familianip6nica .

Asua entrada. uma rnstetacao estranha. semethante a um foqareiro.mantem sempre quente os cald eiroes de arroz "8 brasile ira" ou"[apono". lsto e. com sal e sem sal, que a service nas mesas peresatendentes; sopa em tigelinhas - uawan - . q ueii c de soja - tofu...

A censace muitc frequ entada pelosestudantes do batrto e comercia­nos. que ja se hab ituaram, talvez. as pinturas feitas nas paredes dosalao gera!. Figuras humanas, instrumentos de trab alno. paisagens etormas. lembrando a operoslda de do hornem.

o dono da pensao explica a rnotivacao plctonca como a rep resenta ­cao das sete orcnesces humanas no seu descc bramento ftslco eIntelectual. mas at i, lideradas por um personagem gordo , rodeado deslmbo los eniqmaticos. que 0 dono da pensao nometa ''0 cabecaborn...", a rucscua . tatvez!

Se a Rua Tomas Gonzaga it 0 nccteo dos restaurantes. a Barao de'Iguape a0 centro dos bares tlptcos. Todos sao adomados de flAmu­las de cores escuras, com caracteres japoneses, ostentando 0 bra­zao e 0 nome da familia propnetaria. A nora de movimento a das19.30 as 22 horas.

Esses pequenos bares se enftteiram nas calc adas e tern as suasentradas po rtas co rredicas e luzes tremeluzentes. que realmenteemprestam ao local urn ar de aventura silenle, em contraste com 0ruldo inter ior, pols al i 0 [apones se mostra alegre. sorridente e lalantee. prin cipalmente, bern humorado.

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RESTAURANTES JAPO NESES

"YAMAGA" -RuB Tomas Gonzaga, 0.° 66, 0 restaurante mais ttpi coda Liberdade. no que d iz respe ito aoeccracac e cardaplo. onde emcuj o interior a arq uitetura cria urn ambtente exotico. mas suave . Asmesas se separam par paredes de papel , de Irag il e aconcheganteaparencta, pais al i nao ha salao coletivo de refetcces. 0 seu chao eforrado perc tatami. com rnestnhas ao res do chao e almofad asjogadas displicentemente pete ambiente. t: servido par mocas uni­formtzadas. par um cardaplo excluslvamente Iapones. ao som demustca de fila.

" ENOMOTO" - Rue Galvao Bueno, 0 .° 54. Tern asua entrada umjardim [apones. adornado de rochas. arbustos . espelho dagua ebonsais, que sao min iaturas de arvores. Para quem qulser, 0 restau ­rante possui duas saras com tatamis, onde se come sentado.

"HINODt:" - Rua Tomas Gonzaga, n.c 62. E uma casa chela oe­cc rredores e pequenas salas formando reservados. Na parte terrea.um sarao para 0 such! no balcao. sempre barul hento pete bom humordos frequentadores.

" lTIDAI" - Rua Tomas Gonzaga , n.v 70. Restaurante simples, servepratos tambem simpl es, como a tempura com arroz. 0 yossenabe. ateisnoku.

Ha ainda murto mais: 0 "Yanapul'', aAvemda Liberdade, n.c 593; a"Miyake", a Rua Batao de Iguape, n.v 89; a "Kiri" , a Rua Barao deIguape n.c 160, denlre outros.

ALGUMAS CASAS COMERCIAIS JAPONESAS

Nas ind icadas, e possi vel a aquisiceo desde balata de lotus ate aqui mono :

- CAXINGUI - Rua Galvao Bueno, n.c 199 (Mercearia)

- CASA SERGIO - Rua Galvao Bueno, n.c 87 (Mercearia)

- CASA MIZUMOTO - Rua Galvao Bueno. n.c 45, uma das maisimportantes lojas do batrro. vendendo produtos nacronars e japo­neses importados.

- OKAMOTO - Rua Galvao Bueno. n.c 48. Uma loja de presentes.

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- BAZAR OSCAR - Rua Galvac Bueno, e.e 138. Especializado emprodutos importados .

- CASA SOL - Praca Liberdade. n.c 153. Espec ializada em brio­quedos japoneses.

- SIN III - Rue Consethei ro Furtado, n.c 212. Pequena rota quevende vest ides chineses.

- GALERIA NITEROI- Rua Galvao Bueno. n.c 217. Lol a de expos i­cao e venda de quadros de pinto res ja poneses e niss els . dentre asqua is trabalhos de born nlvel de Mitake, Wakaj ima, Nobuo. Miura,Tamaki. Handa, etc.

- MOVEIS DAIBUTSUDO - R UB Galvao Bueno, n.e 33 1. A rnatnzdesta roja fica em T6quio, 56 traba lhando com artigos religiosos.Oratorios e seus aoerecoe ali vendidos sao verdad elraaob ras primesde carpi ntaria e artesanalo, com peca s folheadas a ouro. Os artigossao geralmente cartssrmcs.

BARBEARIAS

As barbearias da Liberdade guardam um trace caracte rlsti co . q ue astornam d iferentes das suas demais congAneres. t a presence nasmesmas, das g raciosas "barbetras". di fic ilmente encontradas emoutros locals da pauncera.embora sejam vi stas em Bauru, Reg istro eem outras cidades do interio r, pri nc ipa lmente naquelas em que hapredomlnio da colonizacac japonesa.

Todavia . mesmo al. as barbeiras estao em vias de desaparec imento.56 no " bairro oriental" da Uberdade ainda sao encontradas. 56 aU berdade as possuf. g uardando velho costume [apones. No Japao,sao con sideradas figuras trad icionais, embora na lingua do pars nacexista uma palavra para desiqna-tas expressamente.

Por essa razao. os japoneses disting uem os prof issiona is da navalha.qualiflcando-os de "barbeiro-bomem" e "barbeiro-mulher". 'Diosseino nn atso", ea mulhe r barbeira ! Nac d o gueixas. pols estas sao asprouesronats de boates ali na Uberdade.

As barbeiras cortam os ceberce e fazem a barba dos cnenres. comoqualquer prof iss ional, distlnguindo-ee pcrem. deste, ao proceder auma rigorosa hig iene dos ouvidos do freguAs, munidas de um pau­zinho ci lindrico com um palmo de co mprimento, co m as pontasrecobertas de alqodao. Oompletando sua tareta. a barbelra tazrigo rosa massagem nos musculos e nuca de seu cl iente.

103AREAS VERDES

a ba irro da Liberdade e multo pobre em areas verdes. NAo possuijardi ns pubticos nem ertortzacao.

No passado, 0 antigo l argo da U berdade e Largo da P61vora possul­ram belos jardins, embcra pequenos.

A partir de 18 de junho de 1978, entretanto, 0 bairro passou a contarcom a invulgar anecec de um jard im oriental.

No Largo da P61vora loi tnstatadc um [ard im publ ico, com caminhosde padres. fcntes de con cre to e a eatatua de Shuhe i Uetsuka . condu ­tor do primeiro contingents de imigrantes japoneses para 0 Brasil .Foi urns providencia da Prefeitura de Sao Paulo, para marcar para aetem idade 0 septuaqeslmc anlveraano da im igracao japanese, 0que, certamente, contrlbuira muito forte mente para car actertzarainda mais 0 balrro trad ic ional da Liberdade como bairro oriental.

A POPULACAD DO BAIRRO DA lIBERDADE

Ao findar 0 secure passado e principa lmente no primeiro quartetdeste seculo. 0 bairro da Liberdade era habitado per uma popurecaoconstitulda essenc ialmente de nac ionais e Imiqrantes portugueses ertanancs. Estes, na medida em que prosperaram no cenario social ouecon6m ico da capital paulistan a. partiram para outros bairros dacidade. Deixaram, porem, as marcas de sua passagem pete bairro.

Seus cesaree s. sobrados e palacetes do intcic do seculo. paulatina­mente 'l ao se transtormando em pensoes. republicas e casas deccmercic e ate mesmo bospitais e temples. enquanto outros se adap­taram ao funcionamento de escctas. reparttcoes publlcas e corticos.

Segundo 0 IBGE. a pcpurecao da Liberdade entre 1960 - 1970 sofreuuma vertacac de 7,01% para 55.873 habitantes em 1960 e 59.790 em1970. Consequentemente. a densid ade demoarance do beirrc au­mentou bastante. I: um belrro cute renda media famil iar mensal e daordem de Cr$ 2.167,72. com uma est imativa de Cr$ 378,52 de rendaper capita, segund o dados fomecidos pelo Instituto Gallup de opi ­niAo pcbuca. levantados em marco de 1973. sendo certc que de Ispara cs occrreu pequena nctuecsc.

Esses dados sAo coinc identes com os de outros bairros da capital,como ButantA, Santa If igAnia e Mo6ca, sendo que neste ultimo h8pequena diferenca percentual para menos.

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Ttpo PopulardoBairrc Oriental:vendedorde redesparapeSC8.

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Atualmente, 0 beirro de Liberdade edensamente habitad o por core­enos. vletnamltas. chlneses e japoneses, que exercem tal i nfl u~ncia

ne rag iao, que em 1974 , urns area dentro do Bairro de Liberdade foicog nominada de "Bairro Oriental", pela extlnta Secretaria de Tu­rismo da Pretettura de Sao Paulo.

E um pequeno mundo! A pcpuracac antes diminuts e espraiadacresceu e S8 condensou, apinhando-se agora nas mesmas ruas dosecure passado, umas longas e tortuosas e outraa pequeninas eestreitas. e que jB nao mais comportam 0 afluxo de novos morado rese desenvolvimento at ing ido, embora tenha crescido abaixo de med iado c rescimento de Sao Paulo. na decade de 1960/70, segundo 0IBGE.Quante ~ constrturcac etn tca. propriamente dita. a populacao nacio­nal e menor que a pcputecac asiatica.

o bai rro da Liberdade possui ainda a pec uliaridade de possuir amaier poputecac flutuante da cidade de Sao Pau lo, princ ipalmenteno horatio notumo. em conseooencte do vultoso conti ngente dealunos e professores que frequentam suas inumeras escolas e tacul ­dades. Sob esse aspecto, destacam-se as Faculdades Metropolita­nas Unidas aRua TaguA n.o 150, com rnais de 25.000 alunos. bemcomo a Escola de Oomercio Alvares Penteado aAvenida liberdade,dentre outras de manor rename.

AI~m di sso, a "Assoclacao dos Lojistas da libe rdade" palo seupresidente Tsuyoshi Mizumoto, formalizou uma serie de festividadespara atrair para a bairro um vultoso numerc de vls ftantes. seta paraasalsti r as festividades religiosas au cultureis da colonie, seja paraadquirir as mals variadoa artigos importados do Oriente e vlsltar aFeira do Atesanato Oriental, todos as dom ingos.

Nesse catendertc destaca-se a festa comemorativa do nascimentodo fil6sofo Gautama Buda, festejado com ruidosas solenidades cen­trallzadas na Rua Galvao Bueno, no segundo sabado do mlls dedezembro, com promo.;Ao de concursos de fantasias e cences fol ­cl6ricas japonesas.

Neste ana de 1978, no dia 18 de junho, a bai rro da liberdade loicenArio de uma festade repercussAo lnternacicnal. que contou com apresence do principe herdeiro do Japao, Aki hito e sua familia e comparticipaOAo do p residente Emesto Geisel.

A 18 de junho de 1908, iniciou-se a saga de 718 imigrantes japone­ses que vleram para 0 Brasi l fazer fortun,., e aqui se transformaramem 750.000 brasilei ros.

Aqu l chegaram a bordo do "Kasato Maru" e. do sonho imediato deriqueza, restou algo bam mais s6lido.

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A colonia [aponesa, hoje inlegrada ainda de uns poucos irnlqrantes.sua de scenoencta tormad a de r nsseis. gosseis e sanseis, es la quaseque totatm ente loc ali zada no Estado de Sao Paulo (56) com 550,000pessoas, rep resentand o 2,5% da oo outa cao e dos quais, 250 .000 seespa lham cera Grande Sao Paulo, e 200.000 no batr ro da Li­beroaoe. (57)

Esse contingente humane se dtstrtbu! ocupac ional mente pelo co­merc ia ecle tico que praticam. petos restauranles e bares ttpicos.cere s escolas de Ifnguas e ac ademies. pelas li vranas e t mprensaoriental , etc. .

Ao mesma tempo, suas crencas vee conqulstandc mars e mats adep­los. Ha no Brasil cer ea de 300.000 bud istas (58), entre as qua is 0mange Rica rdo Mar io Goncalves, urn brasile iro liv re-docente deHist6ria Orienta l da USP; he. tambern. 800 .000 prati can tes daSeiche-No-te. 300.000 da Perteita Liberdade e mars de 10.000 daSette Messiaruca . 0 que demonstra cabatmente a lnteracao culturalem que vivem naciona is e orientais.

Ha descendentes de japoneses na polftt ca. na economta. no co mer­etc. na agr icultura e nas prof iss6es Hberats que asseguram a posi caoda crdaoe de Sao Paulo como ponto de maier conc entracao japonesado mundo oci dental.

Aq ui permane ceram e js nao pensam mais em vtver no Japeo. petesua perseverance e gradat iva aoactacao ao mete loc al. auxi liadapete apoio do governo [aco nes e de alg umas emp resas ternoemjaponesas q ue financ iaram sua orocucao agricola. ap6s venceremum penoso processo acutt urattvo.

Assoc iaram-se, dan do surgimento as coo perativ es ag rlcolas de pro­ducao e q ue, posteriormente, assumir iam relevante pape l na econo­mia naclcnal. A pr imeira grande assoctacao desse ttpo to! a "Cccpera­tfva Agricola -de Cotia ", hoje conaiderada a maior no aene ro em SaoPaulo.

A pnnclpio. os imigrantes do "K asato Maru" pretenderam permane­cer fechados num ctrcuto oriental, porem. a terceira e quarta nerecoesestac perteltamente integradas na comun idade naclcnat.

A soci61oga Ruth Cardoso afirma que " pensar no nisse i de Sao Pauloco mo uma unidade, e gra nde erro. Tratam-se de pessoas com asmars dfversas hist6rias de vida: alg uns vteram do campo, depots depassarem com a famil ia por duros peri odos de ajustamento, outrosforam criados em grandes cidades. fi lhos de peq uenos ccmerclantese cursaram escolas bras ileiras. A ccooracao japonesa e hoje inte­grante da sociedade nacionat e se a inteqracac dos elementos japo-

107neses to! qves ttonada. noje S8 constttui num fato consumaoo." (Ci tyNews -19.09.1976 )

Parece m. porem, guardar no seu intimo as ens inamentos de seusantepassados de que 0 "samurai" deve eer rnais rapido q ue 0 vente.suencrcec como a f1oresla , ter 0 espirttc irnutev e! da montanha e,q uando tutar. ser mats '1 igor050 que 0 fogo. Entretanto. as [apo nesesaq ui rad icados tern preoc uoacces oulra s do que se tomarem vaten­tes samurais e. de certa forma, possuem urn mundo a parte , ta fvezchela de rnistenos para as Que nao as connecem.

o ba irro da Liberdade apresenta noi e em dia ttpicos iardins iapo ne­ses. por tras de velhos portoes de ferro trab alhados per anl igoserteeace itahan os. Anl iga s ruas do ca m e. co mo a Con selheiro Fur­tado, Conde de Sarzedas, Ga tvao Bueno e Fagundes estac total­mente Iransfiguradas das suas origens.

Tem-se a impressao de se estar fora de Sao Paulo !

POPULACAO JAPONESA

Para a marorta dos d uzentos mi l nipcntcos que hatnta m 0 bairro daLiberdade. a instatacac da co munidade na reg iao consttt u! par si s6um mtste rio . A ttxacao se in ic iou em 1939, quando os primeirosjaponeses recem-irmqrados co mecaram a se insta lar na Rua Taba­ti nguera.

Quando ecl od iu a Segu nda Grande Guerra, oco rreu uma proibies ogovernamenlal de q ue os mesmos vivessemtecnados au reunidcsem co munidades estanq ues. razao pela qua l hocve sua dispersao.

Entretanto. a inaugureeso do "C ine Niterci". especiatizadc na apre­seotacac de producoes crnemetoqreucas jeconesas. passou a con­gregar novamente os nip6,.,icos em torno de si . .

Prlmttlvame nte sit uava-se na Rua Gatvac Bueno, de onde se transte­riu par a a Aven ida da Liberdade co m a Rua Batao de Iguape .

Conl ribu iu tambem para a formacao cc munttana oriental, as espeta­cul ares cerronsuecoes de judO e "Karate ". q ue formou no batrrcinumeros cruc es inlegrados par nissels. Assim, torrnou-se 0 "Clubeda Turma" e a "Mocidade da Ga fvao Bueno", aos quais se mcorpo ra­ram os tithes de imigranles de Ok inawa, que tmclatmente tmbam sefixado nas prcxtm tdades do mercado central .

As letturas de cr6nicas jomaHsticas fazem frequentes reterenc ias asinfit traeOes de marg inais nas familias japonesas. Eram os " guren­ta la" que, oriqinarios do Japao. eram considerados pernic iosos aoconvivio famili ar. em razac do q ue eram severemente combatidos ateseu total desaparec imento da Liberdade.

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Esse s fatas sao conhectdos apenas pelos primeiros [apon eses queS8 fixaram no bairro. co mo a fisioterapeuta Murata, muito conhectdona regiao pete sua habi li da de profissional na prance da acupuntura emoxa, no seu estabeleclrnento da Rua Galvao Bueno, per quemtornos alend ides.

Emutto trequente encontra r-se casars [aponeses e. princ ipa lmententpcni cos mais idosos. passeanoo au descansando sob 0 "tori" daRua Galvao Bueno, esoecre de p6rtico comum a tooas as-alcetasjaponesas com a finali dade de servi r de pou so aos oeesarcs. La noJaoao . as rouxmois. aqui as pardats..

Nas laterals desse "tori" ha urn jard im [apones co m ped ras e bonsais.onde numa convivencia pacifica, brasiletros, coreanos . chi neses eturtstas. em c erar. desfrutam de um entretenimento co mum.

POPULACAO COREANA E CHINESA

Grande contingente populac iona l de coreanos habita 0 bairro daLiberdade. Sao coreanos provenientes da Coreia do Sui, q ue aochegarem em Sao Paulo se instalaram na varzea do cucenc. dada atacifidade entao encontrada de fe itura de morad ias naquele local.

Nao sao atnda conheci do s estud os sobre a atuacao dos coreanos navida pau listana , embora ja se infi ltrem nas camadas mais cuttas eeconomicamente desenvolvidas de Sao Paulo. As Facu ldades Me·tro po l itana s Unidas, por exemplo. contam co m 0 trabalho docente doSenhor Moon Myong Chul, na Facu ldade de service Socia l.

Pesq utsas levadas a efeito no seio da propria cctome. nos permitemnoticiar que os coreanos tmctararn 0 processo migrat6rio a partir de1963, fugindo as amee cas do Comunis mo na peninsula coreana. e jll:agora, c rtentados peres pioneiros . procuram tixar-se perto dos paren­tes, am igo s ou simp les conhecidos.

Ass im, povoaram 0 encertc nas tmeo tacoes do ant igo " Parq ueShangai " , de propnedade de um casal co reano.

Com a tran stormecao do bair ro da Li berdade em centro cc merci a l deprod utos e Inftuencta oriental, os coreanos como babels conhecedo ­res da regra mercantit de que a concentracao faci li ta a reeuzacac deneg6cios , pas saram a se estabelecer co mercialmente nesse ba lr to.continuando, porem, a resid ir no Gllcerlo.

Presentemente, na med ida em q ue vac se ennquecendo . pouco apouco se transterem para outros balrros, sendo not6rias suas pre­sencaa em Vila Mariana e no Para teo. d istanclando-se d a massa dopovileu.

109Tembem os chi neses S8concentraram no belrro. Entre as Intec rantesda col6ni a chinesa ci rcula 0 "Jamal Otnnes do Brasil ", editado a RUBBarAo de Iguape, 0 .° 123, Caixa Postal n.o 3735. c uio d iretor respon­save! eosennor Goro Seklva e seu editor 0 senhor Wang Ze. Em suaredacac tuncion a. atnda. um atelier fctoqrattco espec lallzaoo emreportagens totoq raticas.

Esse [omal 10i fundado em 1960. sendc redigido em caractereschineses. com algumas nottcias no idioma naciona l. Not tc tam acon ­tecimentos ocorridos na China e uns poucos fatos reg iona is e loc als.

o jomal parece mais urns pobncacao publicitana. tal 0 numero deancnctce medicos , eovccatrc jos. turisrno. venda de pedras precio­sas, baneos. etc.Oa ana lise de Is is anuncics pode-se depreenoer a importAnci a einfluAncia cultural que a colOnia chinese exerce na v ida da cid ade.

Os eruneses se apresentam no momento em franco processo acuttu ­rattvo. ja se loca lizando em Campo Beto. Jardim Paul ista , CamposEHsios e Broo klin .No bairro da Liberdade existem inumeras livrartas chi nesas, ondeparalel amente a venda geral de livros. vem tambem pubticaccesespecial izadas em curses de idiomas. espe cialmente cntnes. [ape­nee e coreano. ind ican do as mais mod erna s tecrucas audic-vtsualasde aprend izado e ens ino de linguas.

Geralmente os proo oet ancs dessas livrarias nao residem mars naUberdade. tend o nesse ba trro apenas seu ponto comercia!.

~ digno de reg istro entre os ctuneses 0 cc merctc de llvros usad os oude segunda mao, geralmente loc ahzadc em pequenas loias co mvitrinas apinhadas de Iivros e revistas orienta is.

Das observacce s e entrevtstas reaneaoes. cbeqc u-se a conc jusaoque q uase todos os chineses maiores de 45 anos aprenoeram [ape­nes antes do portug ues.

ARua Conselhe iro Furtado, n.o 26 1. funciona um centro soci al chi­nes. cujo diretor e Lim Tok.

Alem da realidade de Inumeros restauran tes chineses pela c ida detmetra. alguns de grande luxe. no bairro da Liberdade sao enccotra­dos vanes c eres. alguns dos quais auamente espe cializados emcomid a ch inesa e outros carcaocs mistos.

o "Bestaurante Korea House ", espe cia fizado em prates upicos'ccre­anos e ctnneses. iiiRua Galvao Bueno, n.e 43 e 0 "Hwa Yuen" do dosmais ant igos e conhecidos no batrro. Ha ainda o Shangai, Soshu. RonTha Fu. Novo Peq uim. Chin San e 0 Kin Lin. lodos eles localizados noperimetro do bairro orienlal.

56. Especial - Revista - Editora Abril - n.c 511 - pag. 50

57. City News - Edicao de 19.09.76

58. Espec ial - n.c cttado - pag. 50

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APARELHAMENTOS CULTURAIS

SERVICOS ADMINISTRATIVOS - CARTORIOS

SA.o Paulo possui quarenta e seis cart6r ios civrs. sendo que 0 daLiberdade it 0 do segundo sub-distnto. 0 de seto cart6rio do segundo sub-d tstrttc esta instalado M mujtcs snos neRUB Barao de Iguape, n.c 58.

A RUBda Gl6ria, n.o 98. funcionao 15.oTabeliAo Ubaldinoeo reg istrode im6veis da 6.- ctrccnscrrcac asia local izado na RUB GalvAoBueno. ne 18.

CORREIO - AG~NCIA APT - L1 BERDADE

Os services pasteis S8 desenvolveram e ganharam 0 creditc geml negestAo do Coronel Edvaldo Cardoso Botto de Barros.

Antes navta urns tnoceranc te gersl, com rectemecces dos mala '18­nados lipos.o Corone l Botto d inamizou 0 servlco. remanejou 0 pessoa l e 8Sag llncias posta is.Foi por esse motivo que a velha sgbn cis da sa. sediada quase neesquina de RUB Anchleta, foi tide como incapaz para atender acvolume de suas atribuic6es.

Assim, 0 Coronel Bono ordenou a mudanca dos services. que hojeconstituem a "AgAnc ia Liberdad e", uma das 280 da Diretoria Regie>-

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Predio do Cfrcuto Esotenc c da ComunMo do Pensamento - Rua Dr.Rodrigo Silva. 85 - Betlssima Arqu itetura "art nouveau" 1909-1925.

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Ctrcufo Esoter tcc da Comunhilo do Pensarnentc - Detalh e.

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nal do Estado de SaoPaulo. Situa-se a Avenid a Liberdade. n.o 280,ond e traba lham 37 tuncionanos. executando todos as services perti­nentes aos cor reios. com excecac da distnbuicao de corresponden­cia ateta ao Correia Gerat .

A aqen cla procede tambem a taxacao de teleg ramas que, posterior­mente, sao levados para 0 Corre ia Gerat . senoc a col eta reatiz ada denora em nora .

Passui atnda . uma secac espectanzada na vend a de setcs paraIit atettstas.

Presentemente. 0 Coron el Bono e0 presidente da Emp resa Brasrtetrade Con ejos e Teleq ratos - EBCT, vinc ulada ao Minislerio das Co­mumcacces.

EXERCITO DA SAlVACAO - CORPO CENTRAL

Sua sede sttua-se aRua Taqua. 0,°209, promovendo reunioea pubti­cas as tercas ter-as e q umtas te tras. aos sabaocs e oc mmacs.

CIRCUlO ESOTERICO DA COMUNHAo DO PENSAMENTO

Funclona a Rua Rodrigo Silva . n.c 85. 1.0 andar, sede central, queconta co m uma bibl ioteca esoecaneac a e sate de mecu acso.

Seus integrantes pretendem 0 emprego construnvo das torca s que 0homem poseur naturalmente. or tentados par uma urosona partt cuta­rtsstma. de que a refi giao nao vtve em settas ou sociedades .Entendem-na co mo a retacao ent re a alma e Deus,

Para d ivulgal;so de seus ensinamentos e preqacoes de seus tema shlosofico-espmtuaustas mantem uma editcra: a "Eduora do Pensa­mente", a Aua Conse theiro Furtado. n.e 648. 5,0 anda r.

OCirculo Esotenco da Comunttac do Pensamento esteve sediaco embetlsstmc predic extstente na esq uma do Largo Sao Paulo co m a AuaConsethei rc Furtado. que fo i demolido para ala rgamento dessamesma arteria. Nesse local, oradc res famosos ftzeram catorosasoretecees de cunho tncscncc-escrntoansta . centre os quais. BertoConde.

YAMAG UCHI KENJIN DO BRASil

Sltua-se aAua Pirapiting ui, n.c 72 e func iona como assoctacao assis ­tencia l e cultu ral da col6nia onentat da Lrberdade. espec tatmentejaponeses.

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SOCIEDADE BRASILEIRA DA CULTURA JAPONESA

Instalada a Rua Sao Joaqui m. 0 ,0 381. atua em Sao Paulo, maspnncipalrnente no ba irro da Liberoaoe. como urn centro de inteqra­cao cultu ral.

r uosoua Zen, arq uttet ura . ceramica . hisl6ria da arte orienta l saoalgumas da s matena s ministradas em cu rsos regulares . trequenta ­dos por pessoas de alia proiecao soc ial , po li tic a e economtca domunoo jaocoes e orasneno. crooorctonanoo Inumeras oportur uda­des de mttuencias reclproca s.

Por ccas.ao dos testejos comemorattvos do septuaqesl mo arnversa­rio da imi gra<;: ao japanesa para a Bra si l. to! inaugu rado ali a " MuseuHist cnco da tmtq racao Japonesa" per sua Alleza Imper ia l. herde!rodo trono [apones.

Sao frequentes as encontros cutturats promovidos pe la Soci edaderec ital s de p iano, canto e canca. mrssas sob 0 ritual budista. acertmc nia do cha. atem de cu rsos requtares ja enuociados.

Presentemente. nos eta s 24 e 25 de [unho. to! reali zado 0 " 13.°Festiva l de Dances e Mcstcas Fotctortcas Japcneaas''. co m apresen­tacao de ci nco espetacufos e med iante a partictpacao de dezenas deatunas e prole ssoras brasi lei ras e ja ponesas.

MUSEU HISTORICO DA IMIGRACAO JAPONESA NO BRASIL

Inaugurado perc Princ ipe Imperial Japones e por Sua Excelencia aPresidente do Bra si l. 0 Genera l Ernesto Geisel, d ia 18 de junho oesteano (1978).

Seu acervo. cui dadosamente setecionado pe lo Prolessor HiroshiSaito da USP e presio ente da Comissao especialmente consti luidapara esse l im, conta e documenta a hist6ria dos 70 anos de imig rat;:ao[aponesa.

Montado em 896 metros quaoraoos do 7.° e 8,° and ares do pred fo daSociedaoe Brasuena de Culture Japonesa. aRua Sao Joaqu im, n.?38 1.

A co leta do acervo intctou-se em 1976, cheqando a reurur 14 milpecas (Ci ty News - Edicao de 18/6/78) das quais apenas mil estecexoos tas. serecao que obedeceu a t-es temas prtnctpa!s : .

- Os iapcneses no novo mundo :

- Contnbufceo para 0 desenvolv tmento:

- Em bus ca de novos rumos.

11 6Enorme pain el expticativo conta no primei ro tema. 0 entabotamentodas reracees dtptomaticas Brasil-J apac, ate a chegada do imigrante,tocado peres d ificuldades iofinil as para S8adapter 80 novo esti lo devida. a lingua e 80S costumes lao diterentes dos seus or ig inals.Figurando esse aspecto, pode-se aprec iar a peca mais cara de todoo museu: a replica do navo "Brasil Meru ", que trcuxe japoneses nosanos 40. avauaea em do is milh6es de cruz eiros. Fai uma cte rta deums empress particular.

Tambe m 0 "Kaseto Ma ru" tern a sua rept iea exposta no Museu. doadaa Sao Paulo pelo Museu Meiji-Mura do Japao.

Como a viagem do Jeoac 8 0 Brasil demorava ceres de Quaranta ecinco d ias pelo Canal do Panama e sessenta dia s pe ta Africa do Sui,os trtputantes dos navies editavam lomals. procurando js aprender alingua brasiteira.

Outra curios idade singular e um prototipo em tamanho natural deuma moradia tfpi ca do colona [apones. bem como outros objetos.como utensilios case ttes. instrumentos ti picos de trabalho rural aotadc de puees e moinhos de cafe. Mostra, tambem. a unttcrme dejudO usad o petos prime iros imig rantes nas bores de descanso.

Quanta Ii contnbotcao para a desenvolvimento , a paine ! mastra apatticipacac do ja ponAs na ag ricultura do algodAo, amendoi m,hcrtela-pimenta. rami. mllho. feijao e a inlroducao da culture do arrozem terrenos atecac tcos. dando assim. nova dlmen sao aagri cu lturabrasuet ra.

o tercetrc tema exposto rei rata a prin cipal contnborcac do imig ranteque 'oi a introducao de novas tecnices e plantas trazidas do Japao ea fonn acao das cooperatives agricolas. como a de ccue. Sui Brasile Sao Paulo. desenvolv idas para lelamente aexcensec urba na e in­dustrial.

as paln ets eontam tambem que as japoneses abr iram casas decornercto peta cidade, como quitandas, ttnturartas. hotel s e restau­rantes. dar partmdo para a industria, que se expandlu na decade de1950, sendo que hoje ha mais de 400 empresas japonesas inslal adasno Brasil (City News - Edicao d e 18/6178)...

Presentemente, a Museu permanecera sob 0 contrcle da SociedadeBrasil eira de Cultura Japonesa, mas 0 plano e cria r-se um erqu fvc dedocumentos relevantes para a hist6ria do j accoes neste lado domundo.

Para esta segunda etape. a Professor H. Saito mtorrna que a comis­sao ja d ispOe de dez mil documentos, entre ccrecees campIetas dejornais d a colOnia ed itad os ale a Infclo da Segunda Grande Guerra,

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porquanto per esse per fodo. foi proib ido no Brasil 0 ensino da linguajaoonese.

A f inali dade da orceouacac desse acervo htstonco e tavorece r acromocao de estudos scbre a imig racao japanesa, nurna inic iativa(mica no mundo todo. •

Abe rto ao pub lico desde 04 de julho do ano corrente. funciona das 14as 17 hares, de terca-teir a a domingo. mediante cobranca de ingre s­50S: Cr$ 10,00 para cnancas de 5 a 11 ano s e Cr$ 20,00 a part ir de 12ancs.

PERFECT LIBERTY

A Aua Plrapitmqui. 0.° 204, sit ua-se a sede central da tnsuturcaoreligiosa "Perfect Liberty", que co ng rega em Sao Paulo ceres detrezentos mil adeptos. dos quais noventa por cento sao brasileiros.

A sede central, situada no Ja pao. tern ded icad o ate ncao especi al aproblemas relacionados com a sauc e e a aqricuttura. em qeral.

Em meados d e junho do ano em curse . esteve em visi ta ao Brasil e aSao Paulo, 0 Patriarca Tokuch lka Miki.

Em 25 de maio visitou Sua Excelencla 0 Presidente da Republica,ap resentando 0 resultado de estud os realizados cera "Perfect Li ­berty" do Japao. para aumento da produtiv idade de certos produtosaqrfcolas. colocando-os adis pcsicao do Governo Brasile iro para suaapncaeao no Brasil.

Informou tambem que as ctlnicas mantidas pe la entidade desenvol­veram moderna tecnolog ia para oeteccac do cance r no estc maqo.que amplia a margem d e cura dos portaocres desse mal.

Tambem sob esse aspecto co locou a tecnologi a descoberta adispo­stcao da com unidade brasllei ra.

No encontro havido na sede central em Sao Paulo, nouve enormecompareci mento de adeptos. que toram cientittcados de que 0 Go­verne do Estado Interessou-se pela tecnologi a descr ita, colocandoos 6rgaos estadua is acrscoetcao da r:[lesma.

No bairro d a Liberdade ha. grande parttcipacao nos encontros de ssacomunidade espiritua! e sua d ivulgacao vem atce ncand c bastanteexito.

Cl UBES VARZEANOS

A Libardade pos suiu outrora doi s famosos c lubes vereeenc e: 0"I homaz de Lima" e 0 "Clube Edam". Este poss uia campo de

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tutebol proprio que S8 situava na esq uma da Rua Hcmaita . once hoieesta tracaca a Avenida 23 de Maio.

a "Clubs Ede m" congregava no passado tooa a rapaziaca oa Liber­dade, senoo um dos crubes varzeanos ma ts annuos de Sao Pau loPerce apenas para 0 "tpiranqa'', que loi 0 primeiro.

o Edem nasce u oebaixo de um tarnp tao oa Ltberdaoe. segundo asmoraoores rnais ant igas do bairro . em fins do secure passaco. Co moa princip ia nao tinha seoe . reur uam-se na sapatana de um ta! Pepino.q ue tinha sua oticm a na Rua Martfnla no de Carvalho. Foi a primeirasede do ctu be. que da r saiu para um velho porao da Rua Conde deSao Joaqu im, onoe 0 "Clube Thomaz de Uma" ttnha sua sede

Os dais cruces se tundfram e resotveram alugar as tnsta tacoes daPtsctna ttororo. q ue ucava em frente ao ca mpo

A partir de entao attvaram-se as encontros esportivos e soci als darapaztada da Liberdade com outros clubes de Sao Paulo e na propriaLiberdade . ap roximadamente em 1930,

Per volta de 1938/40. 0 campo do "Eoem-Ltberoaoe'' ucava proximoao Viaduto Condes sa de Sao Joaq utm. junto a atual Avenida 23 deMaio, num aterrad o par onoe ca ssava a Rua Condessa de Sao Jo­aqu tm.

o Edem possutu jogado res q ue desfrutavam de grande oresucto navarzea fuleb olisli ca de Sao Paulo. Um deles sobressaiu-se dos de ­rnais. chegando a gra nde astro do tutebot paunstano. For Bamfote.

CINEMAS

A Liberdade ja possuiu 0 maior cinema de Sao Paulo. For 0 CineCapttotio. siluado na Rua Sao Joaquirn. bem proximo aAua da Glo ria

Durante vanes anos constiluiu 0 ponte ctuque do encon tro dos paulis­tanos.

Atuatmente 0 loc al foi transformado numa enortt.e garagem estacio­namento.

Tambem a "Cine Paramount" to! tamoso em Sao Paulo, Depots de umper iod o de ostrecis rno. vortou a ser freq uentad o pe te povo . quandotrenstormao o em teatro. to! palco das apresentacce s dos festivais demusica pop ular em Sao Paulo. Foi tambern canal de terevrsao.

Presentemente. exist em alguns cinemas em funciomamento na Li­berd ade: a "Cine Jcia ". situado na Praca Carlos Gomes e 0 " CineNitero!''. na Avenid a Ltberdade.

Ambos extbe rn exctusivarne nte procucoes raconesas e seus tre­quentadores sao. na granoe maicna. ortentats

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Cine Niter6i - Rua Barao de Iguape, esquina daAv. da liberdade ­Foto D.P.H.

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Ha ainda 0 "Cine Alamo", na RUB Sao Jo ao uim. qu e e muito treq uen­la do peres estudantes do batrro:

o "Cine Paramount " tambem esteve presen te no ceneno pol iticobrasue! ro .

Quando 0 Marechal Teixeira Lon to! escotnido pela conve ncao doseu part ido para candi dato a presid encia da Repub lica , 0 CineParamount to t cenario de urn oos rna !s impo rtantes cormc tos ale ho lereatizacos no Brasi l. Al i loi lancada a sua canotc atura aPrestdenciada Republ ica.

TEMPLOS E CULTOS RELIGIOSOS - IGREJAS E CAPELAS DAL1 BERDADE - OUTROS CULTOS

Sao Paulo po ssu i numerasas ig rejas e capelas. alem de inumerostempios e sedes de enl idades reuctoses . Segundo t eornaroc Arroyo,nossa ci dade eadornada por rnai s de cern ig rejas e murtas c apetas.conventos e temples vanes. atestanco 0 espiri to rel ig ioso da popula ­c eo pauttstana. bem co mo a u ecrcac reuctosa de seus p r6pr ios fun­damentos.

Sob um ponte de vi sta gera l, as ig rejas de Sao Paulo nao possuemnen hum valor arquitetonico. com ex cecao de alguns ta ros d etathes.Mo stram tal mi stura de elementos de corattvos. que se torna q uaseimpassivel uma oenorcao de seus estncs.

vartas igrejas trad ic ionai s na ci dade toram at ing idas pe lo martetcimp iedoso do progresso. A 19reja da Misericord ia . a de Sao Pedro, ado Coleg io e, bem mars recente mente , a de Nossa Senhora desRem ed ios, com seu frontispicic adornado de azuleios portugueses,como se fora uma ante-camera do Ba irro da Li berdade.

Paratetemente as ig rejas catcuc as. loc attzadas neste bauro - SaoGoncalo Garc ia , Santa Cruz das Almas dos Enforcados e Cape la dosAf l itos - muita s outras co munid ades e seitas rel ig iosas tern seo e nareg iao . Sao temp los macons. esplrftas. umband istas e budtstas.

Talvez nenhum outro ba irro pauli stano po ssua tanta s comunidadesrenqiosas instal adas na area geograf ica e , obviamente. exe rcendofnttuencia espi ri tual e moral de forma tao ace ntuada.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

A 19reja de Nossa Senh ora do Oarmo. a Rua Martiniano de Carvalho,ptasticamente e uma das mats be las de Sao Paulo, de estuo colonial ,elevada do nfve ! da rue . de forma qu e sua porta pr inc ipal se antecede

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"Igreja de Nossa Senbcra do Carma. aRua Martiniano de Carvalho­1980 - Feto D.P.H.

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de grande e larga escadarla que se ab re na emondao apalacada danave. Ate 0 attar-mer. emo te ccrreoor central, com seis capelaslate rals , com retabutos dourados a ouro. as mesmas do velho templecarmelitano.

No orago central , a imagem da Virgem que data presumivelmente de1776, tadea da peres protetas Elias e Eliseu.

Seu tela to! totatmente decorado par um dos melhores pintores braal­leiros deste secuto. que foi Tulia Mugnaine, que ali representoumotives saeros da aoa rtcao de Nessa Senhora ao proteta Elias, damuitrpucacao dos oaes e cenas da tundacao d a Igreja e do Conventodo Carma em Sao Paulo.

Antigo e mad erne S8 harmonizam estrutural mente no belc temple, urncontraste que nos taz sentir 0 unlverso uruco da arte. 0 altar-mer. ascapelas douradas, os ncos entathes. os lavores da ped ra. contra s­lando com as longas narenas.os enormes vitros.a pinlura multo azu ldo "ceu do Carmo" centro da majestade do templo, formam um con­junto lmpress fonant emen te belo, em cujo interior ressoam os sonsde seu famoso 6rgao.

Uma reotoe ao taco do portico cent ral revela a hist6ria da Igreia.encerrando. todavia. intormacoes nao totatmente corretas.

Aorde m Carmehtana participou ativ amente da hisl6ria de Sao Paulo,desde os primei ros anos de exis tencla. A quarta ordem a se instalarno Brasil ja se encontrava no planalto em 1592, em terra s doadas porBraz Cubas na "Vila do Sertao", para nmoecac de um convento. Umaimensidao detertas. " partindo de um pinheiro da Borda do Campo deSanto Andre".

Ja nesse mesmo ano, fret AntOnio de Sao Paulo adotava as primeirasprovldenclas para lnstala cac da venerave! Ordem, integralmenteaceita pete povo da Vila de Sao Paulo.

Assim, em local que hoi e constitui a esq uina da Preca Clovis Bevi ­lacq ua com Ave nid a Rangel Pestana, foi erguido 0 templo primitivo.num outeiro que dominava toda a vazea do Rio Tamanduatei quebanhava aqueta prcpriedade. Dentro em pouco 0 loca l ia era sim­plesmente designado "Carmo" - a Esp lanad a do Carmo, o Outei rodo Oarmo. Sttuava-se do lade direito de onde se encont ra a Ca pelada v eneravel Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, q ue datade 1804.

Tem-se co mo certo que is em 1594 a Casa das Carme litas estavaconctulda. po ls js em 1595 comecam a se tomar f requentes ospedidos e determin acces de "enterramento no Carm o", 0 que totmulto co mum nos seculos XVI e XVII.

123Convento e igreja eram pequenas con strucces de talpa que alveja­vam na celina do Carma, com patmeiras esparramadas pelo pat iotronteirico e largo horizonte para 0 aterrado do Bras. a estrada e 0caminho da Penna.

Seu atria e "ttanqueado de grossas paredes lendo em frente oozejanelas rasgad as. com verandas no ander que sa argue sobre 0pavimento inferior ". Assim tol descr ita por Pesaanha Povoa. per voltado te rceiro q uartet do secure passado.

Em 1831. a pedido do Brigadeiro Rafael Tob ias de Agu iar. entaopresidente da Provincia de Sao Paulo. instalou-se em uma parte dopavimento terreo 0 Corpo Poli c ial de Permanentes. ali se aquarte­lando ale 1906.

Na velha igreja e Conven tc do Carmo se reatizaram as misses can ts­das mats sotene s. as mats betas procissce s e as mais primorosasprocissoes da Semana Santa em Sao Paulo. Os can ttcos entoad os eprepa rados pe la tnspiracao notoria do maestro Lustosa (Jesuino d eCassia Lustosa) const ituiam a magica sonoridade do cantocnao queenvolvia a cevoeao e piedade de nossos antepassados.

Ali tarnbem func ionou durante muitos anos 0 trad ic ional Ginasio doCarmo, responsavel pe te to-macae moral e intelectual de grandeoarceta da juventude pautistana.

Em 1928. 0 progresso da cl da de de Sao Pau lo. sua incomum cosmo­oouttzacao. a tudo avassalo u.

Asstm, por interesse publico. 0 Govemo do Estad o de sapropriou 0convento trad ic ional e ja a 25 de abril do mesmo ana. frei AnisioMuldermann oftcicu a ultima cerimcma relig iosa do Convento. ap6stres sec ures de tradicao. trabalho e atuacac esp iritua l sob re a futuragrande metr6po le que, certamente, g uardou os exemplos e enslna­mentos da velha Ordem.

Ao entardecer, a imagem da Virgem foi transladada processional­mente para sua nova morad a a. Rua Martiniano de Carvalho, para umapequena capeta provis cne.

Finalmente. a 1.° de ab rn de 1934, a atue! Igreja e Convento de NossaSenhora do Carmo foi inaugurada e, ali naquele recanto da Liber­dade. con t inua altan eiramente como sempre. a cevocac da Virgemdo Carmo.

IGREJA DE sAo GONCALO

Tendo seu frontisp lc io vottadc para a Prac;a JoAo Mend es, tem sualateral dire ita distend ida na Rua Dr. Rodrigo Sil va.

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Ig reja de SAo Goncalo. na Preca Joao Mendes, atras da Catedral­1975 - Arquivc D.P.H.

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Pedro Taques js. a de screvia na cidade de Sao Paulo, no ano 1772,como fitial da Cated ral da Se. Ainda ncje. 0 vetho templo pareceguardar 0 buco li smo e beat itude de outras epoces. embora no mo­menta presente seja assistido par padres japoneses.

Os paulistanos semore foram ardorosos devot es de Sao Goncalo.mart irizado em Nagasaki. no Japeo . e crucruc aoo com outros vlnte ecinco compannerros, aos 5 de teverelrc de 1579, condenados pelaorecacao da religiao catonca naquele pais.

Sao as inventanoa e testa mentos de antigos pauttstanoa que vernatestar a tradicac do santo traqico em Sao Paulo e, ia em 1649, exi stianas ce rcantas da ctdade um sit io que t inha par patrone Sao Goncat c(lnventano de Catarina Prado - vel. Xl - peg . 309 - lnventarios eTestarnent os).

Entretanto, a Ig reja de Sao Goncalo foi ergu ida em 1756, quando osmemb rcs da Irmandade Nossa Senhora da Conceicao e Sao Goncat oGarcia, insti tu id a legalmente na Igreja de Santo Antonio em 1724,houve autortzacao para erguimento da capeta em separado. as ex­pensas dos devotes. no "Largo da Cad eia".

E a construcao reveda a etettc venceu as anos, chegando ate nossosdias. Iembrando 0 vethc estuo colo nial.

De talpa . multo pequ ena. estreita e modesta foi a construcao in ic ial .Por exiq encia dos devotos petroctnaoores. recebeu 0 nome de Saoaoncaro. embora fosse Nossa Senhora da Ooncetcao a autenticapad roeira da igreja , encontrando-se. par isso, no pr inc ipal orago dotemplo.

Mas Sao Goncalo assrmuou para si a pequena ig reja.

Talvez tenha se sttuaoo no local once atnoa noje se encontra, emdecorrencia de afguma ooacaodo terreno ou e ntao porque a Irman­dade tena co mprado 0 mesmo terrene para esse lado da cidade,onoe a. epoca a terra vane quase nada.

A toc anzacao da forca pouco adiante. a cadeta a. sua frente de svalo­rizavam as tetras adja centes.

Em 1762. a Igreja de Sao Gcncato ja dominava vasto largo e a. suafrente reatizavam-se tourada s e escaramucas como ao tempo docasamento do princi pe D. Pedro e por ocastao do nasct rnento doprinctpe da Betta .

Ate 0 sec ure passado a tradlc'ona! igre ja teve uma crOnica modesta.Quase nunce parttc ipou da vida de Sao Paulo. v ivendo sempre umavida de modestta e penuria , tattand o-lh e por vezes . attaias. paramen­tos e imagens para adorno de seus attares.

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~ singular 0 tate de nee S8 poder ind ica r 0 nome de nenhum sace r­dote que ttvesse dirig ido 0 destine da igreja. e nem mesmo seusexercfctos rel ig ioso s. Esse lata revere Que a Ig reja 56 fo i realrrentec uid ada pe los membros da Irman dade .

Somente em 1881 constitutu-se uma comissao pa ra cuidar das obrasda igreja. de cuia com issao taz ta parte a Baronesa da Silv a Gameiro- Oa. Eufrosina Ouartrm - q ua parece ter mandado tazer o tronttspl­c ia do temple tat como hoje S8 encontra, seg undo lestemunho devane s crcrustas.

E scmente em 1892 q ue vamos encontrar 0 pr imeiro padre aIrenle daIgreja. Fai 0 padre Cesar de Angelis, que juntamente com JoaoMendes de Almeida, Ievaram a ale ita a ul tima e defini tiva reform a da19reja.

Constituida nova comissao. esta angar iou donatives sufic ientes pararerrccerar. pintar e promover as sctentd ac es de sua reabertura aosfie is. no ano 1893. tat co mo hoie se enccntra.

Aos 13 de agoslo de 1893. a fgreja de N. S. da ccrcetcac e Saoe oncato Garc ia to! entreg ue aos representantes da Companhia deJesus. pot interterencia de Jcac Mend es de Almeida.

Quando a Igreja do Colegio foi demolida em 1896. 0 quadrante doseu rel6g io Ioi revecc para Sao Gonca to e atuafrrente esta na suaterre . Em 1901, foram para ali tambem algumas oct ras retlquias. entreas q uais uma pedra co m 0 nome de Jesus,

Othando -se para sua estrutura. causa-nos tunca ecmnacac 0 smcre­tisma arquitetu ral aoresentaoo. resuttante da ccmbinacac do mo­demo com 0 colon ial naquefe ceneno magnif ico que hoje a PracaJoao Mendes nos oferece.

Atual mente a Ig reja de Sao Goncalo representa uma Iinha de frentena cal equese cos japoneses. I: a uaceao q ue con tinua.

Sao Paulo possui. amda . Ires ig rejas de jesu itas. dentre as q uaisesta a de Sao Goncato Garcia .

No tempo em que se reaflzavam em Sao Paulo screntsstmes testesreliqiosas. srtuava-se na Igreja de Sao Ooocaic. 0 "Sextc Passo" daProci ssao dos Passos.

Existia na igreja uma abertura mural resg uardada por uma porta dacoma enorme niche q ue se abrta apenas nessa ocastac do ano.

o "Sextc Passe" era 0 local em q ue Cris to se reencontrava com suamae. no transcurso de sua Patxac.

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CA PELA DOS AFLITO S

Situada num beco sem saida de igual nome. com entrada pelatradiciona t Rua des Estudantes. tern sua primrtiva ccnstrucao datadade 1774.

A igrej inha de Nessa Senhora dos Aflitos. que co mecou co mo cape tado cemiteric que aii existlu e que S8estendia para as lados da RUB daGlcrta. ainda eo venerada par grande numero de paulistanos.

Os arqutvos da Curia Metropolitans de Sao Paulo, livre 1-1-3, estaoapontadas as seguinles enctecees sabre essa aol iga ca pels : "Aos 27de julho de 1779 fc ! sag rado 0 nosso ci nuteno penc Exmo. Sr. BispoD. Frei Manuel da Hessurreicao assistindo 0 R.mo Sr. Conego Arci ­preste (Astpreste) Paula e mats trez conegos sencc hum Arcd iad o. Asaqracao comecou as 8 horas e terminou as 3 da tarde. Jantar, emsegui da, na cbacara do Bevdo. Paula Asipreste. Ata feita na sacnsttada Nossa Senhora dos Aflitos na Capela do Cemlteno. a) Si lva".

o Beeo dos Aflitos e um dos poucos restentes da vetha eidade Queconserve a nenhuma stmetna urban lstica de cutrcra. Beco semsalda, como tantos outros de antigamente - Beeo do s Barbas (Tra­vessa Porto Geral): Becodo Zunega (no largo Paissandu);0 Beeo daBoa Morte , nos fund os do Carmo...

CAPELA DDS ENFORCADOSOU SANTA CRUZ DOS ENFORCADOS

Situada em plena Avenida libe rdade. tazendc frente para a Praca daliberdade numerc 345. Ao seu redor os artanha-ceus da Avenida daliberd ade tem sua hist6ria envotta de aeonteeimenlos Iend artos.

A Praca da liberdade. onde jll esteve plantada a estatua do Padre­Regente Diogo Antcmo Feij6. era ant igamente 0 largo da Forca. Queeomove u e estremeeeu Sao Paulo do secure passado.

Antes e depots da Independencia do Brasil , toram ali execu tadosinumeros eondenados a morte.

Principalmente as seg undas -fei ras acontece verdadeira romar ta po­pul ar no local. para acender suas velas de ag radecimento ou paranovos ped idos as atmas...

As testes relig iosas ali sempre se revestiram de carater quase apote ­eucc. cul minando em 1921, por ocastac do Centenano da mcrte doChaguinhas. 0 arqutvc da irmandade da Cape ls , ainda possui 0aut6grafo da rrorte do seu patrono.

"Olegario Pedro Goncalves e Chico Gago tcram os Imcteoores dadevocao Que era mant ida ju'nto aCruz tevantada no terrene. isto h8

128mats de 50 enos. Promoviam etes reza no largo da Force . que eraassistida per grande numera de devotes. 0 Chico Gaga era criacaoda casa de urn antigo merchants. conhecido pete nome de JucaFrade e morador no mesmo largo. As prime iras testes em bonra deSanta Cruz foram cerebracas. antes da atcucao. po r AntOnio Bento enao tive ram mats totenuocac''.

IGREJA METOOISTA 0 0 BRASIL

localizada aAvenida Liberdade. e.c 659, tern desempenhado signi·fica liva partic ipacao na orojecao lntelectua! e moral do bairro, emest retta convtvenc ia co m as Faculdades Met ropoutanas Unida s.

Como bem a caractertea sua destcnacao. segue rigorosamente 0metoda praq manco de piedade e santidade. norteando sua al ividadepels p reocupacao da vida crista, inditerenca as formas ntuais esacerd6c io laico.

Sua oes tanacac. eonceca desde 0 pnnctpic de 1729, tmha caraterde oesprezo peres que se reuruem com certo metcdc para a vidadevocicnat. entre os quais esteva John Wesley. seu cnador. Histcn­ca rrente. este aceitou 0 termo e. em 1738, ccnverndc. fez surgi r 0movimento rettqioso que passou a congregar mtthares de vidas emarcou nova fase do anql tcantsmc e protestantismo de modo geral.

Ante as d ificuldades de pregar;ao em temptos anqncercs. passou alazA·/o ao ar livre e os reigos, inclusive as mutneres. partic fpavamativamente do mcvimento.

Aos poucos seqreqou-se da Igreja da Inglalerra, dada a expansao daideia e a crescente incompatib ilidade com a igreja alta. Oaf passou ase organizar em outros parses.

Em 1806 surg iram as igrejas metcdtas independentes e no anoseguinte os metodistas primitives. dentre outros grupos. Em 1907,alguns desses gru pos se reuniram e lormaram a Igreja Melod istaUnida e outros. em 1932, constituiram a Igreja Metodista.

Professam os seus membros 0 protestant tsmo evenneucc e sua te­alog ia segue a armtnianismo. com peq uenas excecces. tendo aBib lia como regra da te e da pratica. Da.ainda. grande Importancia itexpenencia pesseal da conversao.

Eatima-se que tal comunidade no cenanc internac ional se constituide 43 milhoes de integrantes, e no Brasil, cerca d e 600.000.

Arquitetenicamente a 19 reja Metod ista do Brasil se apresenta deestuc meio g6tico, tendo em 1968 servido de centro de estodos e dasaulas da s Faculd ades Metropolitanas Unidas.

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Capela dos Aflitos, no beco de igual nome.

Igreja Melod ists - Avenida liberdade . n.e 659.

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t:

",.Temp!o Maconic o - "Se renlssima Grande Lcja" do Estad o de SaoPaulo - RUB Sao Joaquim. n.v 138.

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Em toda cidade de Sao Paulo e pnnctpafmente no ba irro da Liber­dade desenvotve intensa atividade pastoral. acao soc ial eeduceca ocrista.

Etambem restdencta pastoral.

OUTRAS COMUNIDADES RELIGrOSAS SEDIAOAS NA L1BERDADE

SEICHO-NO-I ~

a s precettos de Masaharu. a leitura da "Sutra Sagrada" e a pratica doShinkosan estao ampl amente difund idos ne Liberdade.

"Quando houver a reconcuracao com todas as coisas do ceu e daterra, tudo sera teu amigo" : essa ea ufosofta da Sul ra Sagrada. quevern conquistandc a cada dta mats simpatizantes e adeptos .

A seita possui um temple na liberdade. porem ern muitas resioen­cias de seguidore s. reauzam-se reumoes. des quais ressoam assuaves patavra s do "canto contemplante do [is sc": "Arno a todas ascoisas e toda s as cois as me amam".

B~NCAO PENTECOSTAL' IGREJA EVANG~L1CA

Na Rua Conseme tro Furtado. n.c 57 M uma "Sata dos Milag res" - "ureino de Jesus Cristo" - onde um rmsslcnanc atenc e aos interesse­des e da uma oencac geral.

rGREJA PRESBITERIANA DE FORMOSA NO BRASIL

Situada na Rua' Sique ira Campos , n.O 96, e muito frequent ada peloscoreanos. especialmente aos domingos.

A quase total idade desses coreanos eadvinda da Coreta. que na suafuga do Comuntsmo. radicaram-se em Sao Paulo.

" IGREJA ADVENTISTA DO SETIMO DIA" - Rua Taqua, n.O 88

" IGREJA BATISTA ALEMA SAO PAULO" - Rua Maestro Cardim, n.e408. Hesidencia Pastoral

"IGREJA EVANGELISTA BATISTA PAULlSTANA" - Rua Bueno deAndrade. n.c 679

" IGREJA MESSIANICA MUNDIAl BRASil " - Rua Ccnsetbetro Fur­tado. ne 1114

" IGREJA METODISTA 00 BRASIL" -largo da P61vora n.c 141 ­8.0 andar

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" IGREJA NOSSA SENHO RA 00 L1BANO" - Rua Tamand are.ne 355

" IGREJA ORTODOXA SAO NICOLAU" - Rua Tamandare. 0.° 710

" IGREJA PENTECOSTAL OEUS I: AMQR" - Rua Cond e de Sat­zedas, 0 .° 185

" IGREJA PRESBITERIANA CO N$ERVADORA DE SAO PAULO'" ­Rua Pedroso, n.o 351

'"IGREJA PRESBITERIANA POVO CELESTIAL FORMOSA DE SAOPAULO" - Rua Fagunde s. 173

"CENTRO ESPIRITA lELlNKA" - Rua da Gloria. 0,° 551 - 2.° andar

"CENTRO ESpiRITA MARIA EMiLIA DE ALMEIDA" - Rua Fagundes,n.e 187

'"CIRCUl O EXOTERICO COMUNHAo DO PENSAMENTO '" - RUBRodrigo Si lva -

" INSTITUICAO TEOSOFICA PITAGORAS " - Rua Tomaz de Lima

"IGREJA MESSIANICA MUNOIAL DO BRASIL" - Rua Martin iano deCarval ho, 0.° 340

'"PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE sAo PAULO'" - Rua Pe­droso. 0 .° 381

'"PERFECT LIBERTY'" - SEDE CENTRAL DA AMERICA DO SUl ­Rua Pirap il ingu i. 0 .° 204

"TEMPLO BUOISTA" - Soto-Zenchu - Rua Sao Joaquim, n.e 285

Espalham-se atnda pels Liberdade, casas de candombte. mesabranca e terre iros de ba ixo espmnsmo.

Dever-se-a etnda ressattar a importanc ia que 0 budismo apresentana reg iao orienta l da Liberd ade, q ue nos ctnrros anos vern se constt­tuindo etrecao de ordem nacional. dadas as festiv idades e ceri mo­nlais bud istas ap resentados pe la poputacao japonesa e ch inesaresi dente no local.

'"GRANDE lOJA DO ESTADO DE SAO PAULO'" - TEMPLO MACO­NICO

A Rua Sao Joaquim, n.o 138 sttua-se 0 Grande Templo Mac6n ico,assiduamente frequentada peres integrantes da maconarta. asso­ctac so sec reta espalhad a per todo 0 mundo e de carater filantr6pi co .Suas origens se perdem em hip6teses que envolvem Salomao e

133Hirao, havenco autores que a Iitiam ao carrnati srno. uma seita ser­creta de or igem persa.

Supce-se. toda vta. que a maconana co mo orqanizacao de cunhoesptntua! provenha das conf rarias mq teasas de pecre tros oronesto­nets. de culo oftcio. alias, herdararn as apelrechos para seus ntuais .Os macons usam ainda aventaf. chapeu e espana e empregam nasua simbolog ia 0 esq uad ro. 0 compasso e 0 fie de prumo.

As rojes internaciona is se nc rtearam peta Grande Lola de Londre s.surg ida ern 1717.

A aomt sseo a eqremtacac e revestida de compticado cerimoni al eritua l, senco Que as Ires prtmetros grau s tntctals da maccna na(aprendtz . companhet ro e mestre) transtormam -se com 0 tempo em33, aqueles a consli tui r a rnaconarta exter ior. e restantes a macona naoculta . em cujos mistenos so uns poucos conseguem penetrar.

No Brasil a mac onaria espalhava-se per toda a ccrenta vtnda daEuropa. mas pr inc ipalmente das universtdades lrancesas e rncteses.com terce e prestigio.

Segundo 0 "Syllabus roaceorco''. a l iberdade de pensamento e 0raclonahsmo sao prtnctpios tundamenta ts da soctedade. marcan dona pouttca nacionat uma presence singul ar. sendo sua tnstaracaootlclat no Brasil data de 1801, segundo proclamacao que. em 1832.Jose Bonifac io d irig iu aos macons de todo 0 mundo. comun icand o amstetacao de uma pnmeira loia naqceta data . sob 0 Rito Moderno eftnacao ao Grande Or iente da Franca . Outras loi as logo se mstatara mpar todo 0 Brasil: Bahia. Pernambuco. Rio de Janeiro. etc.

Jose Bonifaci o loi 0 primeiro grao-mestre da rnaconana bra sueua .sendo suosutujcc por D. Ped ro I. Dentre 35 graos-mestres brasuer­res. destacamos atnda Ouinttno Bocatuva e Nito Pecanba.

Presentemente exi stem aproximadamente 700 toias macomcas noBrasil, com cerca de 150 mil adeptos. sendo que em 1968 a Macona­ria iniciou di alogo com a Igreja Catotica, pretenoenco restabe lecer apartlcipacao di reta da rnaconarta no movimento politi co brasileiro.

A 14 de maio de 1976 pudemos pamctpar como asststente de umasesao especial no oetactc maccntc o da Sereolsstma Grande Loja doEstado de Sao Paulo , em um dos raros dtas em que abrtu suas portasao publico.

A eessac te l aberta pelo Grao-Mestre HeNEl Ccrdovi! e 0 SenhorH avfo Pereira fez a conterencta do dla. As porta s se abrem e sonsestranhos domin am 0 ambiente. enquanto os convidado s seguem 0mestre de cenmonias .

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Nas laterals da passareta. homens perfilados de ambos as tacoscruzam suas espaoas . formando a ab6boda de ace. num cum pn­mente aos que chegam. Silencicsamente. tcdos se d irigem a seuslugares e esperam...

Ao alia, no leta, esta representado um ceu recamado de estretas.planetas e ccosteracees e, ao fundo, uma grande mesa. em tudesemethante a um altar. Stmboros de ace nas pareoes : 0 ccmpasso. 0esquadro. um grande Iriangulo. tendo mscnto na sua area . umgrande otho . a otho de tratemtdaoe. simbo!o da prevroenc ta

Quatro portronas de diterentes tamanhos obedecem a uma hterar­quia definid a. Urn snencto quase sepulc rat e cortado pete voz domesne de certmontas que anuncia a entrada do "Grao-Mestre­Adjunto". que entra no rectoto. passandc sob a ab6boda de espadasnovamente lo rmada

Esta aberta a Sessao Branca

As patavras unais do conterencista sao aptau d tcas por toc os. en­quanta 0 grao-mestre bale com seu marte to na made ira que, a segu ir.excnce que a Macooarta e mars que uma tdeta. e um Id eal ' E matsque isso. e um estado de con sciencia . na mvesnqacao ca verdade.tendo por objetivo a Hberdade.

Cong rega nomens de todos os rnver s socr ats e religlOes. desde quecreiam em Deus. interpretaoo peta maccnena como 0 grand e arq vi­tete do umverso.

Os 900 macons reur uoos no maier templo macor nco de Sao Paulo sed ividem em 36 10jas. tsto e. 36 grupos de macons. tocos os d ies. setslojas diterentes tazem reuruoes para d iscussao de programas decontntnnc ao ao ensino. campanhas beneucentes. bem como departicipaceo em todos os movrmentos ctvicos. cuttvrars e de inte­resse publ ico.

Tais programas sempre obje nvam 0 homem e seu aperteic oamento.como constru tor social que e. Seu cbjetivo ulti mo e a Iratern idadeuniversal

Ouatquer cid adao pode ser macon. desde que creta em Deus Deveser apre senteoo a socieoeoe per um macon . que assume a respon­sabil idade da mdicacao. A vida do apresentaoo e stndicac a .nta­gralmen te e. se em ccoc. coes de integrar a sociedace secreta secnome em reomao eoterec toc avctacac qeral. Seaceit o. e coov.oeooa oarncrpar imedi atamente. passando a mteq rar uma da s scceoa .des mats tecbadas do munco. obnq anco-se a cumpnr seus pnncr­ocs e rituals. sem jamars reveter os rmstenos e seqredos da maccn a-".

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OUTROS CULTOS ,

ESPIRITISMO

Na Aven ida Liberdade. proxima a estecac rretrcvtana Sao Joaqu im,sttua -se a sede da " Uni ao Federa tiva Espirita Peuhstana". fundadaem 2 de tevereiro de 1933. q ue cong rega grande rurmero de trequen­tadores para as seus encontros espirttuais.

Na Rua da Gl6ria . n.e 551, 2.° anda r, esta 0 segundo "Centro Esp ir itaLennka'', E d irigido pete med ium Holda Botto Melanco ni e passu;muitos adeptos. pais seg undo as segu idores d essa rel igiao. eurnsdas orqanizacoes rnodetares. no genera, em Sao Paulo.

No primeiro and ar do mesmo predic funciona uma clin ica medica ,ass tsttda per medi cos e cera propria med ium, D.a Holda.

Os cnentes. atend idos apenas com nora marcaoa. depoi s de examl­nad os perc med ico. sao ent regues amed ium para 0 trabathc espin­tual .

Circu lam entre os frequentadores e em toea a Liberdade notic ias decuras milag rosas, sencc certo qu e vern doentes do Brasil inteiro parase con sulta rem ali.

No numero 553 sttua-se 0 "L abc ratortc Daja", q ue prepare produ tosrcrrecceuccs e avta as receitas de Dona Hold a.

UMBANDA

o batrro da Liberdade possut um ccmerctc muito ativo de artigos deumbanda, bem co mo de ervas em qerat. assim co mo a "Casa SantaRita", de propriedade de c ots trmacs Iab rtcantes de imagens, que asredistribuem para outras casas e centres, na Avenida Liberdad e.

Na Praca Car los Gomes, n.e 118, a "Casa 7 Lmhas". espectansta nocomerci o de defumadcres.

A "Casa de Velas v el-Altar". "Casa lemania". "Casa Caboclc Ju­plara", "Casa Rainha do Mar " sao algumas das muttas tnstaradas nobairro.

Na sua quase totalidade. essas casas mantem cent res de umbandaespa lhad os peres demais batrros de Sao Paulo. Nao rare. 0 Centro selocal iza ao lado da loja, como e 0 caso do " Centro de UmbandaRancho da Caridade Vov6 Maria Luisa ", it Aven ida Liberdade. nc799, vizinho da Casa Caboclo Jup iara, que fica no numero 987.

Em tats centres gera lmente existe um pa i de Santo au um med ium,que fome ce rece lte grat is para os males do corpo e do esplrito e 0

136paciente adqutre na loja 80 lado. as cba rutos . as delumadores. asbebidas ou as velas para "desmanchar" 0 "mal teitc.....

IMPRENSA NO BAIRRO DA lIBERDADE - EDITORAS FAMOSAS

o batr ro de liberdade coeta com varlas editoras. bern como com aimprensa oucial do Estado e varies [omais de lingua est rangeira. degrande penetrac ao na sua pcputacao. 0 "Sao Paulo Shimbum", 0"D laric N ippak", 0 "Jomal Paulist a" e o "Deustsche Zeilung",

Conla, temeem. com vartas edttoras. c entre as quais c estacam -se: a'Ance". a Rue Barao de Iguape, 0,° 106 e na Praca Carlos Gome s e a" Ed itors do Pensamento S. A.", a Rue Conselh ei ro Furtado, 0 ,° 648.5.0 andar.

A Avenida Liberdade, n.o 659 instata-se a recacac e uma llvrarla des" Ed iC;:Qes Melhoramentos".

IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO

Durante muitos anos func ionou aRua da Gl6ria, n.e 558 com todas asSUBSseczes e service: super jntendencia. secretaria. ccmomcacac eservi ces de redacao do "Diario Of ic iat do Estado".

Abrigava lambem o servico de tinancas. asstnante s. arq uivo e oticinag nifica.

As obras do "Etevado Costa e Silva" exig iram a cemcncaodc precno.obrigando a imprensa ofic ia l a mudar-se para a Rua da M06ca, n.e1921.

Contava-se no ba irro da Liberdade muitas est6r ias inte ressan tessebree 'lethe "Dlarlo Oticiat", memo rizadas pelo seu antigodiretor, 0jornalista Hercutano Pires, ex-dlretor do Sindicato dos Jomatistas.ex-cclabcrador do [om al "0 Grilo", exccen te do espi ritismo no Bra­siL

DlARIO NIPPAK

Este peri6dico [apones tuncionava aRua da Gloria. n.oc 326, t .o e 2,°andares, ao lado da imprensa oticta f.

Com a ceseorcortecac do pred lo onde funcionavao "Diario Ntppak'',mudou-se desse loca l para a Rua Paulo Orozimbo. ne 591 e RuaConselheiro Furtado. e.e 324,

Criado em 1946, econsiderado um jomal de Intelectuais. sendo dedi flc i l leitura. Tem uma t iragem de 30.000 exemptares, com 8 pAgi-

137nesr versercc sabre nottctar ic internacional e local, contando com accraccracec dos lettcres e intelectuais da colonia. Contem umapag ina para assuntos e literatura brasileira, js tendo publicado emcapitulos "0 Guarani ", de Jose de Alencar e "A Muralha", de DinahSilveira de Oueiraz .

"SAO PAULO SHIMBUM"

Ja terncerea de vinte anosde exlstencla. estando em c trc oracac seunume ro que se ap roxi ma de 7.000 . Sua ad min lstracac, reo ecac eofi cina situam-se A Rua Tomas de Lima. 0,° 573.

Com urna tiragem de 40.000 , e 0 mater jarnal em lingua lapo nesaedidata fora do Japao.

E de propriedade da Empresa Jomatlsttca "Sao Paulo ShimbumS.A.... tendo como d iretor responsavel 0 sennor Ed uardo R. Mizumotoe, red atar eeerer . 0 senho r Katsuo Uchiyama e. como presi dente. 0senhor Mituto Mizumoto.

Gera lmente e ed itado com 10 paginas, quase q ue totalmente im­pressa em jeoones. Apenasalguns anuncics sac perciatmente escri ­tos em portuques. E 0 penodico da colonia oriental de toda SAoPaulo.

"JORNAL PAUlISTA"

Com uma t iragem de 30.000 exemplares diaries. tem uma pag ina emHngua braslle lra alg umas vezes por semana. reservada para assun­tos locals e testae da co lOnia.

Como os demais periodicos. conta co m tmoreesac em "off-set" eapresenta notlcl arlc loca l e pounce interna cional , esta fel ta com accteborecac dos jomais do Japac ou ate sucursais em T6qu io (City­News - 18/6/78 - pag .7).

"JORNAL ALEMAO DE NOTICIAS"

Tem sua admlnlstracac e reeecac a Avenida Liberdade, ne 704.

Foi fundada em 1896 por Aodolfo Trop pmair, que tot seu primeirodiretor, Atualmente, seu d iretor e0 senhor F. A. Troppmair, que fazurns pubncecac sema nal do peri6dico.

"JORNAL CHIr>lES 00 BRASIL"

Presentemente d ir ig ido por Goro Sekiva, esta instetedc ARua BarAode Iguape, n.o 123.

138··0 CIA··

Durante muitos anos. foi 0 6rgAo responsavet pels tmcressac doCiario Otictat do Mun ic ipio. periodo em que esteve no epoqeu de suaccoot cao econOmics.

Ao perder eSSB prioridade. 0 icmal "0 Dta" sofreu impressionantecrise econOmicas. ch egando mesmo iii msolvencia de seus co mpro­rmssos. sendo entao despojado de quase todo 0 seu patrimOniomateria l.

Instalado aRua Marques de Tres Hies. foi obrigado a mudar-se car.

Era da propriedade do fa leci do Dr. Adh emar Pere ira de Barros.

Esta 0 peri6d ico no 45.0 ano de sua oubncacso. com cerce de 15.000numercs ja editados. Seus diretores sao os senhores Augusto deOliveira. Augusto de Oliveira Filho e Luis F. Mona.

No ana de 1976 passou a ser impressa nas enemas do "Diane Nippak",possuindo uma pequena receca c a Avenida Liberdade, e.e 1086.

'·0 METRO"

I: um peq ueno pericd tco que vem se impondo aos usuanoa doMetropolnano. dado avariedade de seus assuntos score administra ­ella. poflttc a. arte. dentre grande quantidade de ammcios.

"JORNAL CA MANHA··

Jano quarto ana de sua existencia tem como diretor respcn savet 0

senhor Hello Fabri e. como secretano de redacao. Ubirajara Telle sFerreira.

Da propriedade da ed itora "Jcrnal da Manha Ltda.". e composto eimpressa nas oficinas de "Ed itora Joma listica Rondon Ltda." aAvenida Liberdade, n.O902/904.

IMPRENSA METOCI STA

.No ana de 1931. a " Imprensa Metod ista" era uma das majorestipoqrauas de Sao Paulo. possuindo rnaqutnas modemissimas para aepcce: varies linotipos e impressoras planas e uma cnamava "monotype". 0 gerente geral da tipog rafia era uma figura trad icional. 0

senhor Macano Ferraz de Campos, homem oootsstmo. robusto e deexcetente humor. Perverts de 1943 foi substituidona gerlmc ia por seuirmao Eutatio Ferraz de Campos.

139Na Metodista S8 imprimia antigamente a maioria das publicaccesrel igiosas e laicas. dados as seus precos m6dicos, conhec idos detoda Sao Paulo. Varies jo mais estudantls eram con fecclonados ali: a"Sao Bento" (1931/32, 0 "Novo Aumo" (1934), a revista "Oeste"(1939), tevados ale aquela imprensa pelo Professor Miguel CostaJunio r. na epoca renomado professor secu ndartc em Sao Paulo .

Quase todo 0 service tipoqratico do Ginasfc de Sao Bento (ca derne­las de alunos. rec ibos, estatutos. regulamentos) eram impressos naMetodtsta pelo mesma professor, numa verdadet ra antecipacao doecumen ismo.

A tipografia permttta nesse tempo que as clientes permanecessemno seu interior, acompanhando 0 andamento dos trabathos ttpo qratt­cos : ccrnocstcac. paqinacao. revisao. emenda , rmoressao. enc a-cemecao. etc. .

A oticlna era imensa e ocupava na Aven ida Liberdade. n.o 659(mesmo numero atuat) . fundos. um grande espaco. onde atualmenteas Facu ldades Metropolitanas Unidas ergueram 0 "Predlo AlaricoMattos".

Na tipog raf ia s6 trabalhavam homens, sendo a encad emacao reset­vada as mulheres, que tiveram uma chefe multo popular cham ada" Pasqua".

Na frente do terrene . como atnda noje. ucava a livraria da ImprensaMetodista. distrtbuldora de suas ocoucacoes.

Atua tmente. a lmpre nsa Metodista mudou-se para Rudge Ramos, aRua Sacra mento, n.c 230, con tinuando a editar revistas multo conhe­ctdas e anti gas. Algumas sao desttnadas as escotas domtn icais ouassoctacces relig iosas. Nesse caso, lembramos a revista infanti l" Bentevi 1", para cnances de 6 a 8 anos e, a " Bentevi 2", para 9 a 11anos. A "F tamula Juve nil ", para adolescentes e, alnda, a "Cruz deMalta", para jov ens de 17 anos em d iante e. " Em Marcha", para assocledades ad ultas de homens e mulheres.

Ed itam tambem " Ensino Benetictente'', des ttnada aos protessores doDepartamento Primarlo da s Escolas Dcmlnlcais. q ue tem nove anosde exrstencta.

Dissemos que algu mas dessas revrstas sao anti gas, e 0 sao: " EmMarcha'' ja fez 12 anos: "Flarnuia Juvenn", 22 enos: "Cruz de Mal ta",51 anos e a "Be ntevi'', 56 anos de oubncacao e d ivu lga(fao deens inamentos e conceitos.

Entretanto. a mars verna de todas e 0 "Exposi to r Cristae". que nosseus 93 anos de vida . dentro em breve, sera centenarta.

140Citariamos ainda outras revlstas: "N6s e as crtancas''. "VOC~ e 0Juventl", "No Senacu lo''. "Voz Misslonana", etc.

Quanta apcbncacao de ffvros. essa e infinita que, ind iscutivelmente,exerceram grande mttuencta na vida cultural e princi palmente reli­g iosa, nao apenas na Liberdade, como de tcd a Sao Paulo. irrad iand oluminosidade daquet e temple divulgador do saber.

Fai ainda nas otlclnas da Imprensa Metodlsta que sa imprimiram asprim eiras tntormecaoes cle ntlticas sabre Ptuteo. 0 planeta desco­berto em 1930, como 0 livre do Professor Rage-rio Fajardo. lente daEscola Pohtecnica e professor do Coleg ioSao Bento, "Apontamentosde Cosmografia", js.em 1931/32,o que demonstra a atuacao informa­tiva dessa impren sa.

Tambem ali se ed itou 0 liv re "Haikais", de Waldo Miko Sique tra. quetel , talvez. 0 pr imeiro poeta brasileiro a divulgar no Brasi l as poemasjaponeses, de ccmovente lirismo e de dezessete allabas apenas.dlvldldos em tres versos de cinco, sete e cinco silabas.

A imprensa metodista nao possuta cllcherla. de modo que se vella os"C l icheria Lastr!", aRua da Gloria, a qual era muito bem equipada,rivalizando -se com a famosa Bomensis. a mais importante de todasem Sao Paulo.

Atualmente , a "Clicheria Lastri " vtve sob a denomina cac social de"Lastri S. A. - Industria de Artes Gratica s''.

TRANSPORTE COLETIVO DO BAIRRO DA L1BERDADE - ESTACAOMETROVIARIA

Presentemente. a Admlmstracac Municipal de Sao Paulo esta pre­ocupada com a etlclente transporte de massa.

Circularam petas ruas da ctdade as tll bur!s. as bondes de burro. asbondes elet ric cs e as cr ubus. entre 1865 e 1968. ana em que telextinfa a ultima linha de bondes de Sao Paulo.

Ha dez anos sairam da crrcuteca o as camaroes. as care-dura. aGilda, as tubaroes. as Minas Gerais e as Bataclas..,

Foi par um decreta de D. Pedro II autoriza ndo a Dr. Martim FranciscoRibeiro D'Andrada a explorer tal transporte, que se instataram asli nhas de bcnde. inicia lmente em 1871, puxado par uma parel ha deburros, sem ncranoa rfgidos e mediante a tarita de 200 rei s.

Ja em 1886, a "Cia, Carris de Ferro de Sao Paulo" ti nha estendldo20.405.68 metros de tri lhos (Folha de Sao Paulo - 14/5/78), ate queem 7 de maio de 1900 se inaugurou a Hnhaeletrtca "Largo Sac Bento

141- Barra Fund a" sob a respo nsab i lidade da "Sao Paulo Rai lway Lightan d Power" , entao insta lada a RUB Dire ita, n.o 7.

A princ i p ia. constitu ia tran sporte para as nccs, mas aos pouco s to tsend o util izado tamb em pa los operarios. oc asiac em que surg iramas "cara-d ura'', cula tarifa c uste va 100 reis. ostentando a lndicac aode "carro para operano''.

Ja. em 1916, a cidade contava com 60 linhas, todas servidas porcartes abertos chamados "Minas-Gerais ".

Havla carros especiais que podiam ser a lugados aLight para noivose noivas.

Em 1927 surgem as carros fechados, uvrando as passageiros dasintemperies, ape l idadas de "camaroes",

No ana 1946 passaram as bondes aadmintstracao da CM TC e, em1968, e ret irado de crrcuracao a bonde "Santo Amaro" . q ue chegavaao seu destine pela antiga Rua da Li berdade. Ci rculou pelas ruas daci dade pet e ul tima vez ostentando a d lstlco : "Adeus, cumpri 0 meudever. parto tra nqu i lo" .

Seu trabal ho nao toi conttn uadc pelos onlbus. deixando cerca de 1,2rnllhao de pessoas sem tran sporte na c idade.

A Ilnha que servia 0 bairro da Liberdade tazfa ponto fina l na Rua SaoJoaq uim, de onde partie um pequeno trem a vapor co m destine a VilaMar iana e Santo Amaro.

Esses bondes, que oao eram llu mlnad os. possuiam tres. c inco ousete bancos; eram vagarosos e desc arr ilavam fac ilmente. Funciona­ya m ate as 20 horas e meia enos d ias de sessao de teatro, ate 24horas (A. A. de Frei tas - "Ttad tcoes e Remlnlsc enci as Paulistanas"- pag. 23).

Ante a d ificu ldad e de identtticaca c do ltlnerar!o dos b ondes acr stancra. cada Jinha era identlficada pa r tarot de uma co r, entreta nto.a lin ha q ue se destlnava aRua Co nselhei ro Furtado , nac t inha tarot.

As c rOnicas referentes ao ano de 1914, pri nci pal men te de vlsl tentesda cidade. faram do ce ntro urbano da Sao Paulo entulhado de bon­des e autom6veis.

Transitaram petas ruas do bairro da Liberdade bondes q ue se tome­ram tra d lcionals: a " Cambuc i", numero 22; a "Febrica", nume rc 20; 0"Vila Prudente " . numero 32 ; 0 -Acnmaeac''. numero 28 ; a " lp iranga" ,numero 4; 0 b onde "Santo Amaro" .

Pela aot iga rua da Liberdade sub iam quatro lin has: Vi la Mariana,Dom ingos de Mora is. Jab aquara. Bosq ue da Sau de e Para iso, res­pectivamente nomeros 39, 42. 30 e 5.

142Por voila dos anos 1934 a 1936, 0 bonde "Vila Mariana " ligava aslimiles suunos desse bai rro aPonte Grande, descendc peta Rua XVde Novembro. Largo Sao Bento e Aveni da Tiradentes, retornandopelaHua Libera Badar6, Largo Sao Francisco. Praca Joao Mendes eentrance novamenle na RUB Li berdade. numa verda dei ra mteqracacnorte -suI.

Os bondes toram motivo a de farto anedot ano. piadas e charges emSao Paulo e no batrro da Liberdade, local de resid encia de mui­tos portug ueses.

Atuatment e. as ruas do batrrc sao totalmente congest ionadas porcarros parti culates. 6nibus e cam inh6es de carga e descarga e, aparti r da decade de setenta, ctrcuta sob suas entranhas a primetraIinha metroviarta brasileira.

ESTA<;AO METROVIARIA DA L1 BERDADE

Loc alizada alu almente na Praca da Lib erdade. [a se chamou Largo 7de Selembro e, ao tempo dos pri metros povoadores. consli tui u adia­cencta do Campo da Force.

Efet ivamenle, ja val distante a ano de 1607, quando a forca seinstalava na Tab ating uera, a qual, ante as constantes rectamacoesd a pc ootacao aCamara de Sao Paulo foi transterld a daf e sttuada"naq uele alto que esta entre a ca minho que vel Birapoeira e a dosPinheiros, par clma donde morou Domingos Agostinho" (Atas ­1596 - 1622 - pag . 197).

Mas 0 progresso abouu esse sim bolo precarlo da [ustica humana, e aloca l du rante multo tempo tel de um bucolismo envolvente. Mas,alualmente, eum dos pontos de grande concentracao humana e localde converqencia de multiples inte resses . pri nc ipa lmenle porquenela se sttua uma das mais im portantes estacoes do Metropolitano deSao Paulo, a da Liberdade .

Cc nsiderada tria e d ivorci ada do conjunto or iental em formacao nobairro, a Assoctacao dos Loj ista s do batrro d a Liberdade pretenc etranstorma-ta no p6rti co de entrad a do batrrc oriental - "onde holeh8. apenas frias estruturas de co ncreto da estacao do metrO"... (Jornalda Tarde - Edicao 23.08.76 - pag. 18).

Essa mesma Assoctacao providenc iou a etatoracao de maquete,sob a respo nsabi lidade do Arq uiteto Tomio Kimura, do Escrit6rioFenix Arqu itetura e Engenh aria Civi l Limitada, mostrando a tran sfer­macae da Praca da Liberd ade .

Consta d esse projeto a colocacac de urn pagod e bem nas proxtmi­dades da Rua Galv ao Bueno, de espelho de agua , uma fonte como a

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Que se construiu para a Otimpiada de Melbou rne. pedras ret iradasde tettos de nos. ajardinamento com plan tas e vec etacao de orige m[aponesa. Is is como, bambus anoes. pinho iapones e azaleas,

Apresentando 0 proleto 80 Preteito de Sao Paulo e 80 Preside nte doMetropolitano, toi aprovado em principia. encontrando-se em lasefinal de estudos . no que S8 refere 80 peso a ser cotoc ado sobre aestecac rnetrovtarta. bern como sabre 0 sistema de drenagem.

o proieto visa integrar a praca num total de seiscentos metros qua­drados tt Rua Galvac Bueno, intei ramente decorada com mot ivosorientals. pois 0 jard im dara grande to-ea 80 conjunto e caractenzaramuito a reg iao.

o pag oda que terA cinco tcnetades por metro quadrado, tera c incopavimentos com oito metros d e altura a base de um metro e maio delado. Sera trabalhado em madeira-amendoim. vermelho, com te­lhado em folhas de cobre.o proieto preve. ainda , 0 alargamenlo da Preca da Liberdade emcinco metros. para ccnetrucac de urn cercadao para pecestree. ex­postcoee e terrae de culture.

Os moradores do ba irro sao decpiniac que a ccnstrucac do jard im naPraca da Liberdade alem de tipificar 0 lccal.dara mats vida aomesmo, alem de tomar o ba irro da Liberdade prec iosamente conbe­cido.

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Planta atuat do Batrro da Liberdane extraida do Mapa Ofict at daOidade - ·PMSP/CADLOG - 1979

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ASPECTOS ARQUITETONICQS

As e staracees e construcces que cobrem a provincia de sao Pauloentre 1765 e 1834 nao revelam condicces capazes de representarurns preterencla coleti va. Ou sao sorocee s abst ratas. impostas pe lasctrccnstanctes ou sao Irrerre dtaveimente marcadas pe ls insubstan­cia procedente da pobreza e da oepenoeocra loca l.

As ig rejas paulistas, por exempto. e dentre estas a de Sao GoncaloGarc ia, no ba trro da Uberdade, sao mats pobres e apoucadas do quepropriamenle severas. com a uni ca oretensao de re presentar alg umaprotecao governamenlal eo natural fervor relig ioso da poputecao daepees .

Dentre as construcoes civis destacaram-se na cidade a Casa daCAmara e a Cadeia levantad a no local da afual Praca Joao Mendes ejll demolida: 0 Hosp ital Militar, de 1797; 0 Ouartel de v oluntarie s. de1776; 0 Mercad o Publico, de 1773 e 0 Chatariz da Miser ic6rdia , de1792.Nas saidas da cidade ergueu-se um ttpo de ccnstrucac caracterfs­tica sob a condicac de albergar as tropas viajantes, a um tempoainda, em que a cotetivicade paulistana nao dernonstrava base so­lida para organi zar sua preferencla arquttetc nica.

Sao os paunstenos da epoca aurea do cafe que vee procurer dar aeidade uma semerhenca a de Paris, erguen do palos varies ba irrosexistentes betlssimas construcoes que servtnam de cenario aos tll ­burls e Benleta. Renaults ou Panhards da epoca. ~ a Sao Paulo da"belle epcque". miciada em 1889 e que perdurana ate 1905.

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A "art nouveau", ern SAo Paulo, criou ob ras de pnmelra qual idadecomo um d OBmuitos estilos tmpor ados por urns etasse subrnetidaaoesquema co lonial e cultura l.

Os casaroes provmct anc s. simples. de traces aca ip irados, sao colo­cades 1\ margem. pel s a nove epoca ex ig ia casas com cumeeiras deferro fundido. batcces rebuscados e com portas de entradas bemattas. arrematadas por brandeiras d e ferro fund ido.

Arquitetos rtahenos . como Sanchetti. adornavam suas construcoesco m torre6es revestidos de ard6sia ou de rend ilhados vazados, ecru ­natas e ri ca crista Ieria importada .

Dessa forma, as barces do cafe provccaram uma revcr ucac arquite­tOnica na ci dade de Sao Paulo. Impvtsionada por arquttetcs comoRamos de At8vedo e Otaviano Pereira Mende s, avidos por apncarernem seus projetos 0 estudo e 0 gosto assimilad o na Europa.

Estruturam-ee entao bairros so ftsticadcs como Hig ien6polis, Cam­pos Ellseo s. Vila Buarque, Santa Cecilia e a trad iciona l AvenidaPaulista, eurcpetzancc a cldade.

Prctis sionate como Bezzi, Pucci, Chiapor i, Giul io Miche l, CarlosEckman e vrctcr Dubrugas desmancham a .....elha ci dade de taipa.

o batrrc da Liberdade nac esteve sujeilo a alterecoes muito proton­das a epoca. entretanto guarda ainda constncces de interesse do­cumental, como par exemplo. os atua is predios da Avenida da Liber­dade, de nume ros 330, 332, 350 , 472 , 468, 452 e 454 , que constituemlmportante conjunlo arconetcnrcc do l inal do oitocentismo.

o sobrado numerc 350, que guarda no seu lrontispicio a data de1879, oterece singul ar interesse porque seu terreno posterior, emnivel inferior a rua. exig iu adequacao especia l, tendo em vis ta 0 localde tracadc da Avenida 23 de Maio e Rad ial Leste-Oeste .

Ao f im da Rua dos Estudantes. na bat xada do Gltceno. ha um con­junto de residenciaa operartas que se constituem em bens culturaispreservaveis.

A Igreja desAfl itos, no Beco de igual nome, junto aRua dos Estudan­tes . que este exig indo adequacao da area envolt oria . e tambem urnaconstroceo de grande representat ividade arquttetoo lca .

A RUB Or. Rodrigo Silva , 0 .0 85 sttua-se uma coosnucac be lissima" art nouveau", onde se instate a "U vrena do Pensamento" em cujosegundo andar se ioca ttza 0 "Ctcufo Exoterico comcnnac do Pensa­menlo".

Na mesma rua Or. Rod rigo Silva (ex professor da Faculdade deDireito de Sao Paulo), com frente para a Praca Joao Mendes,

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localiza-se a Igre ja de SaoGoncalo Garcia. na sua pobreza desnudade atavios.

Essas construcces. bern como algumas outras locatizadas na RUBHumaita, Condessa de Sao Joaquim e Pirapitingui conferem acbatrro da Liberdade a nota de sua ainguidade evocative. como V8 r­dadeiros pad roes de seu passado hist6rico e de seus nc oa habitan­tes que exigiam do arqu iteto um cenano para sues vl das. escolhidopor vezes ao acaso.Eo Que de mather restou da tradlclonal Liberdade.

Na Aven ida Liberdade deatacam -se ainda out-as betas conet-ucees:a de numero 913, onde tunclonam as Diret6rios Academlcos dasFaculdades Metropolitanas Unidas e a "Casa de Portugal ", quemostra tavcres de pedra emugrecida como nota graciosa e taful nasua di screte gravidade arquitetonlca de nobre be leza.

Entretanto, de modo geral, predominam na regiao um tipo arquitetO­nico mais au menos padronizado, coe rente com a conorcao soc ial eeconOmica de seus moradores, padronizacao essa que tamoem naoperdurou.

o batrrotoi se transfigu rando na med ida em que os anos deste securevao passando, prin c ipa lmente em decorrencta da tmprantacao ali demilhares de habi tantes inleressados no peq ueno ccmerce. indus­triais em potenc ial e ernpresartos de toea especie . cuja iqnc ranciaem materia de arte s6tem sido sobrepujada pela tota l mditerenca pareta.

Morad ores sem traotcoes e sem moceros implanta ram no b airro daLiberdade um modi smo oportunistico, fazendo com que a arq uitetu raexiatente e a per se construir, atenda exclusivamente aos seus re­clamos egoistas e material s. enquanto alguns poucos absorvemoutras formas de vida, mas nao de cultura.

Par isso. aquele reduzld o intere sse de alguns de seus habttantes deoutrora pelo encan to do detalhe grego, da g rand iosid ade da obraromana ou do impressionismo da arte nova decorative ou estrutural.se dilu iu sob luminanas orientals . letreiros de luz susuranto, toldosesbure cad os. ou vitrOs bascul antes substituindo [enetas e portasantlqas.

Um mundo novo pedia novos esquema s que sa consubstancta ram noecletismo reinante na arquitelura do bairro atuat. As rmorovrsacees eeoaptecce s efetuadas ja tazem sentir esse sentidc de futuro que atud o avassala ou reconstr6i sob novas roupagens e maler iais.

As duas estac oee rnetrovlart as localizadas no ba irro revelam 0 em­prego de novas formas, bem como a utmzaeao raciona l de novos

150materials como 0 81;:0, 0 concreto armada, 0 metal e l igas, vidros eoresncoe . danoo como resuttado nova criacao estetica 16gica, se­rena e simples.

As casas aunhadas pelas russ do bairro. hoje estao transfo rmadas,por vezes com seus jardi ns au entradas aterracadas ado rnadas deplantas arias. revelando a origem de seus moraoores. ao mesmotempo em que 0 pequeno comerclo se d issemina portodos as recan­los .

AS VILAS DO BAIRRO DA LlBERDADE

No bafr rc de Liberdade ainda sao encontrados aglomerados decasas contiguas e construidas segundo urn mesma padrao arquite­tOnico.No inicio desle secuto. as orortetartos de g rande area co m quintals.usaram-nas para a construcao de vilas.

Com 0 passar do tempo, essas casas 'lao sendo vendidas a tercei roaque a seu gosto e possibi lidade economlca. introduze m modifica­coes e reformas de estruturas e aspecto exter ior.

A vita adqui re, assim, aspecto di ferente.

Sao vanes as vi las aroda hole encontradas no bairro: a "Vila Monte iroda Cruz", aRua Luc io Monteiro da Cruz; a "Vila Itoror6" , com frentepara a Rua Martiniano de Carvalho e fundos para a Avenida 23 deMaio; a "Vila Sarzedas", nas proximidad es da Rua Conde de Sarze­das e quase no centro da cidade; a "Vila Lettiere", aRua Condessade Sao Joaquim, sendo uma das mats trad tcionals do bairro daLiberdade.

A "Vila Monteiro da Cruz" , situada abaixo do nive! da rue. eo atingi dapar uma escadana existente na Rua Tagua, n.c 83. Seu antigo pro­prtetario. Luc io Monteiro da Cruz, tel um riquissimo portucues. quepoasuta grande propriedade no loca l, onde edi ficou dezenas decasas assob radadas, com 4 ou 5 depe ndencies e diminuto quintalque, durante muito tempo, serviram de resld encia a bra sitetros. ita­Hanas e portugueses. Atualmente, esta sendo tnvadida pela popufa­Cao japonesa do balrro .

VILA ITORORO

A Vila ncrcrc . integrada por uma construcao principa l com cclunatas.em d iferentes nlve ia e 37 casas de aluguel, ocupa uma area de ci ncomil metros, entre as ruas Martiniano de Carvalho, Maestro Card im,

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Monsenhor Passalacqua e Viaduto Pedroso. entre 0 batrro de BelaVista e da Uberdade.

Alguns inquil inos sublocam , ainea. parte de sua tocacao e a maiona.de baixo poder aquisitivo. tran stormou 0 local em cornco. Sao sotodo80 famil ies (City News - Ed ic;ao de 29/01/78).

Apesar de ccnst-ucsc principal estar perdendo seu aspecto prasncode beleza ou exotismo arquitetOnico pela talta de coose rvaeao. cons­tltu l importante conjunto arquftetenlco. construldo em 1921, presen­temente de proprie dade da Santa Casa de lnda iatuba. Todo 0 patri­mOnio esta avatiadc em 15 mithoes de cruzeiros para sua compra,posslvelmente pelo SESe, q ue pretende transtorma-lo num centrocultu ral.

A Vila ltor6 constitui verdadei ra rellquia arqu itetOn ica, po is ao contra­rio das demais vil as pau listanas construldas na fase pre-industr ial,apresentando unidade arquttetentce. foi executada em d iversas eta­pas e com d iferente s metenais.

Consta entre os moradores da vtzinhanca ter sido a ca sa principal,tambem coe nec tca por "casa do portugues", construlda com mate­ria ls prcveruentes de demonc ces na cidade .

Seu prcprietano. 0 milionano porruques Franc isco de Castro, co nse­guiu da r-lbe aspe cto monumental , a de spe ito da contueac de est i lose metenais. Conseguiu transto rtnar urn terrene em de cli ve com nas­cente natural de agua, numa vit a rica de detalhes. Oeu aobra carac­leristicas de co lagem, omamentando-a com estatuas. rerevcs. car­ranees. murals. vitrO, co lunas, vasos e flore iras.

Na casa principal, sobre cclunas g igantescas , construiu a primeirapslctna parttcutar da ctoece. freq uentada por poucas e serectongda epessoas aeocca . quando const itula ponto de encontro da 'ansuc ra­ci a.

Comprada par Dona Leonor Barros Camarg o, esta pi edosa senhoradoou a propnedade a Santa Casa de lndaiatuba.

Nas casas adlacentes. os Inquilinos fizeram puxados e paredesdivi s6r ias, que desfiguraram a construcac orig inal pondo em riscoate mesmo a integridade flsica dos seus usuartos.

Per outro lado. alte racoe s estruturais reauzada s. como por exemplo,a construcsc de passare las de ligac;:ao co m a rue. comprometeram aorig inalidade da obra.

Os arq uttetos Bened ito lima de Toledo, Declo Tozzi. Ch~udio Tozzifizeram 0 levantamento do local (Artes Visuais - Pubticacac de11/5/75) e elaboraram pianos para sua desnnacac cu ltura l.

152o projeto de recuperacao urbana da Vila 110(or6 respe ita as princi­pies con sag rados mtemactonairrente atraves da "Carta de Veneza",da qual 0 Brasil e siqnatario e tar-se-a. possivelmente, segu ndo asc riteno s seguintes:

geccosntctcac da mancha urbana orig inal :

Ret irada au substit uicao (in 'itt) de elementos posteriores Quealteram e mterterem no eeoaco da vtta:

Protecac do entorno (Lei Maubraux - 1962), visando a reconstt­luieso da escata de conjuruo:

- Oefinicao do prog rams de revnenzacao para a area;

Garantia , at-aves do Plano de Massa de Quadra com volumetriadefinida. da preservacao futura da escata do conjunto (fonte jtci tada).

o roteiro para a ela boracao do proieto. segundo esq uema metodol6­g ico adotado. constit ul na execucao das seg uintes operacces :

1. roennucecacda secueecees que co mp6e m 0 con junto orig ina l.

2. Fcrmutacac " by feel ing " de hip6teses de existenc la de sciucoesparticutares acrescentadas ao conjunto fora do esp irito or iginal .

3. ic ennnce cac de construcces poster iores. que vie ram acrescen­tar unidades dentro do espirito or ig inal . .

4 . tc eonncecac de acresctrrce esccncs qu e viol entaram tanto 0carater nraeucc como a organizaC;ao espe cia l e a escala doconjunto.

5. oererminecac de elementos do entorno q ue serac reti rados ousubmetidos a processo de substituicao (in fi l l), respeitando avolumetria origi nal.

6. Previsac de soiucso paisaqlsttca ade quada ao espaco da vitade slinada a protege r 0 co njunto no de senvolvimento urbano deentorno.

7. Analtse e Interpretac ac do tecido urbane adj acen te. verfticendoas tendencies de evorucao do entomo e uxecec dos gabantos eprojecce s das construcces luturas da quadra. de modo que naoinlerfiram na orqamzacao espac iat da Vi la e se integrem naunida de da quadra.

8. Propos ta de revitatizaceo eneves de roves usos sugeridos pe rvocecees historieamen te eomprovadas e estratecra de imptan­tecac do proje to de rec ooerecac da area. abrangendo usc paraatividade de tazer e co mercio (City News - Ed ic;aode 11/5/75).

153o orcamen to para a recuperacac proposta este previsto para 40milh6es de cruzei ros, sendo que 0 SESe pretende implantar ali umgrande centro de convivencta. co mpreenden do teat ro. cinema, gale­ria de arte. bib l ioteca, museu de arte popular e atelies de artesanato.

AS REPUBLICAS E AS PENSOES

.6, instarecao do curso [urfdico na Cap ital da Provinc ia de Sao Paulo.fez convergi r para a cidade a moc idade de todo 0 pais.

Consequen lemente, sa lnstalavam em "republicas" de estudantes,que marcaram epoca na hist6ria do desenvolvt mento cultural de SaoPaulo.

Entre 1872 e 1876 co mecaram a surg ir as cas as-pensces para estu­dentes. dentre as Quais a da ...iuva Rels. que se de stacava pels suaep resentecao. embcra as estudantes cont inuassem a pre ferir as "re­publtcas".

Atuatmente. a liberdade possut amda muitas repcnncas. pais vern setranstormando num bairro de estudantes. dada a instalacac de inu­meras fac uldades. Entretanto. sao inumeras as "re pubticas" de co ­merciarios e as casas-pensoes que alugam vagas para rapaze s emoc as. cujas lnstalacoes sao improvisadas, Iransfor mando velhascasas em casas de cbmodos de cesac rac aver aspecto.

o cronis ta Alfonso Lomonaco re lata que par volta de 1883 as pen s6esproliteravam no bairro da liberdade, principalmente nas ruas As­semblela . Llberdade e dos Estudantes.

Poroutro lado , segundo Suva Ja rdim, nas suas " Mem6rias e Viagens"(pag. 74), no mlc tc do seculo atual, as repubttcas de estud antes seloc alizavam qua se sempre nas proxim idades d o Largo da Se etravessa s da Rua da Liberdade e da GI6ria e. particutarmente. na RuaConsethelrc Furtado e Sao Joaquim. Ern 1878, a propr io Silv a Jardimresidiu ern urna pensac da Rua Santo Amaro, quand o estudante d eDtreito.

No antigo Largo Sao Paulo exisli u uma celebre "Republica Mine ira",que scbrevive u ale 1903 (Caldeira Brant - " Mem6rias dum Estu­dante" - pag. 179/186).

Nos tempos atuats ainda existem muttas tepubticas e pensces esp a­lhadas pete bairro. Sao casas ern que residem rapa zes, moce e.estudantes e correrciancs.

Atrtbui-se l al tate aproxi midade do centro come rci al e estudanti l deSao Paulo.

154

t frequente observar-se nas janelas das casas 0 cartaz anunciando :"v agas para mocas... vagas para rapazes...", a que se const itu i nobairro um neg6ci o desenfreado , pai s os loc atarioa alugam urn quartopara 4 ou 5 pessoas , entreqando-lhes 0 ccrct rao nu a altos p-ecos.

Reunidos ali 8 0 acaso. associam-ee e acabam alugando uma casaou um apartl.tamento formando a republ ica que ja nao e presente­mente morad ia ttpica de estudantes, co mo no seculo passad o.

A acaptacao dos ant igos casarces a ccnorcac de cen sces tern modi ­1icado a estrutura das residencias. com a abertura indiscriminada dejanelas e porta e, como bem se pede observer na ilustracao.

ASPECTOS ARQUITETCNICOS

"Carregadas de uma mensagem espir itualdo passado. as ob ras monumenta is dospovcs sao, na vida presente , 0 testemu­nho vivo de suas tradlcoes secula res..."(Carta de Veneza - 1964),

..........._----,---­consmcao do 1.° Ouarte! do seculo XX Rua Pirapit ing ui.

155

ccnstrucee s do inlclc do secure - Rua Pirapil ing ui, 0.° 5.

156

ccnsnucac do mlcio do seculc XX· Aver nda Liberdade, n.e 452 e 55.

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"Coleg io s ao Jose, a RUB da Gt6ria" cons trucao do IrmAo Franc iscode Paula Ramos de Azevedo.

157

J;,Oonstrucao de 1921 • RUB Martiniano de Carvalho, 0.0277 • CasaPrincipal, tambem chamada "Casa do Portuques''. da Vila 110ror6

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Antiga morad ia adaptada a rccacao de vaga s para mOC;;E\S, erngrande numero no Barrrc da Liberdade.

158

Mistura de esti los no Bairro de Liberdade - Rua Pirapitingui e rue dosEstud antes, mostrando 0 tradic lonal. 0 mooerno e 0 g0510oriental.

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Jardim Oriental do Largo da Polvora . tendo ao fundo a Casa dePortugal.

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PROGRAMACAO GRAFICA

secac reco tee de Divulgacao e PublicacOes - D.P.H.CAPA RUB Tomas Gonzaga

Foto: Fernando Jose MartinelliFotos Lais de Barros Monteiro GuimarAes

SecAo de Arquivos de Negat ivos - O.P.H.secac de Fotografias da Cidade - O.P.H.

ESTENUMERO. DEZESSEIS DAS£'R1E HlSTORlA OOS BAIRROSDE sAO PAlA.O. FOICOMPOSTO E IMPREssa PELA GRAFICA l.4~IClPAl DE sio PAULO PARA ADIVlsAo DO ARQUIVQ HISTORlco 00 DEPARTAMENTO 00 PATRIMONIO HISTO­RICO DA SECRETARIA MUNICIPAl DE CULTURA. DA PREFEITURA 00 MUNICiPIODE SAO PAULO. EM DEZEMBRO DE HUM Mil NOVECENTOS E SETENTA E NOVE,SENDQ PREFEITO 0 DR. REYNAlDO EMYGDIO DE BARROS. SECRETARIO MUNICI­PAL DE CULTURA 0 SENHQR MARIO CHAMIE, DIRETOR 00 DEPARTAMENTO DOPATRIMONID HISTORICO 0 PROFESSOR MURllO MARXE DIRETOA OA DIVtsAO 00ARQUIVO HISTORICO 0 PROF. EDUARDO JESUS MORAES 00 NASCIMENTO.