liahona-julho 2011
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Pioneiros da AméricaLatina, p. 16
Escolher um Caminhona Vida, p. 42
A Escritura Que MudouTudo, p. 50
O Boi e o Templo, p. 68
A IG REJ A D E J ESU S CR IS TO D O S SA N TO S D O S Ú LT IMO S D IA S • J U LH O D E 2011
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Muitos santos dos últimos dias viajaram para o Vale do Lago
Salgado em meados do Século XIX. Alguns anos antes, em 1º de
agosto de 1831, o Proeta Joseph Smith alou aos santos do Mis-
souri, dando-lhes esperança para o uturo no Missouri e para
sua utura jornada rumo ao Oeste.
Em uma revelação ao Proeta, o Senhor disse:
“Pois após muitas tribulações vêm as bênçãos. Portanto vem o
Esperança de Sião, de Miroslava Menssen-Bezakova
dia em que sereis coroados de muita glória; ainda não é chegada
a hora, mas está próxima.
Lembrai-vos disto, que eu vos digo de antemão, para que o
guardeis no coração e recebais o que se seguirá” (D&C 58:4–5).
Aqui vemos alguns daqueles que permaneceram éis,
e eles representam todos os que prosseguiram com é para
edicar Sião.
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A Liahona, Julho de 2011
MENSAGENS
4 Mensagem da PrimeiraPresidência: Quando AssumoAlgo, É para ValerPresidente Dieter F. Uchtdor
7 Mensagem das ProfessorasVisitantes: Venham ao Temploe Reivindiquem Suas Bênçãos
ARTIGOS
16 Mi Vida, Mi Historia Histórias de é e conversão de dez santos dos últimos dias latino-americanos.
22Fé para Atender ao ChamadoÉlder Jerey R. Holland
A convicção que levou os pionei-ros a estabelecerem-se em regiões desoladas pode inspirar-nos adar o melhor de nós para a obrade Deus.
29 “Como Eu Vos Amei”Barbara Thompson
Duas qualidades nos distinguemcomo discípulos de Jesus Cristo.
32 Ilhas de Fé: Uma Históriade DiligênciaAdam C. Olson
A ilha utuante dos Coilas representa fsicamente o que eles procuram edifcar espiritual-mente para sua amília.
36 Sem Medo da ÁguaAdam C. Olson
Joseph tinha medo de entrar naágua para ser batizado. Mas sua
amília o ajudou a vencer o medo.
SEÇÕES
8 Coisas Pequenas e Simples
10 Falamos de Cristo:Beber Abundantemente daÁgua da VidaMatthew Heaps
12 Nossa Crença: O TrabalhoÉ um Princípio Eterno
14 Servir na Igreja: Chamadapor DeusRamona Dutton
15 Nosso Lar, Nossa Família:A Missão de Vida de umaMãe Amorosa
Peiholani Kauvaka38 Vozes da Igreja
75 Notícias da Igreja
79 Ideias para a Noite Familiar
80 Até Voltarmos a Nos Encon-trar: Este Ano, Não É Batata:É Erva Daninha. Arranque!Mont Poulsen
NA CAPAPrimeira capa: otografa tirada porMark J. Davis. Última capa: otografatirada por Kent Miles.
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42Eles Falaram para Nós:Começar a AgirÉlder Von G. Keetch
Uma história sobre o trabalhodos bombeiros em uma monta-nha nos ensina como receber inspiração em nossa vida.
46 Direto ao Ponto
48 Pôster: Fooca
49 Nosso Espaço
50 Como Eu Sei?: A Resposta
no Versículo OitoAngelica Nelson
52 Nossa Honrosa HerançaPioneiraPresidente Thomas S. Monson
Podemos aprender muito comnossos antepassados pioneiros.
54 Ajudar Uns aosOutros na ÍndiaÉlder Charles e Irmã Carol Kewish
Jovens e jovens adultos ajudama aliviar o sorimento de vítimas de enchentes no sul da Índia.
56 Do Campo Missionário:O Que para um HomemÉ Lixo para Outro É umTesouroAndrej Bozhenov
58 Continuar a NadarO que ez uma das melhores nadadoras da Nova Zelândia
para superar a morte inespe-rada do pai?
61 Testemunha Especial:Por que É ImportanteServir aos Outros?Élder Dallin H. Oaks
62 Ao Resgate!Presidente Henry B. Eyring
Nosso amoroso Pai Celestial colocou resgatadores ao longodo caminho para ajudar-nos avoltar à presença Dele.
64 Trazer a Primária para Casa:O Templo É a Casa de DeusJoAnn Child e Cristina Franco
66 Dia dos Pioneiros no TaitiMaria T. Moody
Veja como as crianças taitianas comemoramo Dia dos Pioneiros.
67 Nossa Página
68 O ChamadoCorine Pugh
Isaac, Taurus e o Templode Nauvoo.
70 Para as Criancinhas
74 Destaques da Conerênciaem Cartões
JOVENS ADULTOS JOVENS CRIANÇAS
Veja se
consegue
encontrar aLiahona oculta
nesta edição.
Dica: Carroções,
avante!
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PARA OS JOVENS
PARA AS CRIANÇAS
EM SEU IDIOMA
A amília Coila mora em uma ilha
utuante no Lago Titicaca. A ilha é eita
de junco. Sua manutenção é uma lição
de diligência (ver página 32). Veja maisotografas em www.liahona.LDS.org.
Monica Saili, de 12 anos, é uma das
melhores nadadoras da Nova Zelândia.
Quando seu pai aleceu inesperadamente,
ela aprendeu que “coisas diíceis podem
tornar-nos mais ortes. Simplesmente
temos que continuar a nadar” (ver página
58). Veja mais otografas em www
.liahona.LDS.org.
Você pode encontrar atividades para as
crianças em www.liahona.LDS.org.
A revista A Liahona e outros materiais da Igreja estão disponíveis em
muitos idiomas em www.languages.LDS.org.
Mais na InternetLiahona.LDS.org
PARA OS ADULTOS
TÓPICOS DESTA EDIÇÃOOs números representam a primeira página de cada artigo.
Amor, 29
Batismo, 36, 46
Boatos e mexericos, 48
Chamados, 14, 68Compromisso, 4, 22, 50, 58
Conversão, 16, 40
Espírito Santo, 42, 47
Estudo das escrituras, 50
Família, 15, 32, 39, 58,67, 70
Fé, 22, 32
História da Igreja, 9
Inspiração, 42
Jejum, 9
Jesus Cristo, 10, 29
Livro de Mórmon, 38, 49, 56
Maternidade, 15
Mídia, 47 Obediência, 22, 58, 80
Obra missionária, 56
Pioneiros, 22, 40, 52, 66
Ressurreição, 39
Serviço, 29, 54, 61, 62, 68
Sociedade de Socorro, 7
Templos, 8, 64, 67, 70
Ternas misericórdias, 41
Testemunho, 16, 38, 50
Trabalho, 12, 32
JULHO DE 2011 VOL. 64 Nº 7A LIAHONA 09687 059
Revista Ofcial em Português de A Igreja deJesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor
Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen
Editor: Paul B. PieperConsultores: Stanley G. Ellis, Christoel Golden Jr.,Yoshihiko Kikuchi
Diretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg
Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditores Associados: Susan Barrett, Ryan CarrEquipe Editorial: Brittany Beattie, David A. Edwards,Matthew D. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Larry Hiller,Carrie Kasten, Jennier Maddy, Melissa Merrill, Michael R.Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J. Perkey, Chad E. Phares, JanPinborough, Janet Thomas, Paul VanDenBerghe, Melissa Zenteno
Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersDiagramadores Seniores: C. Kimball Bott, Thomas S. Child,Colleen Hinckley, Eric P. Johnsen, Scott M. MooyEquipe de Diagramação e Produção: Collette Nebeker Aune,Howard G. Brown, Julie Burdett, Reginald J. Christensen, Kim
Fenstermaker, Kathleen Howard, Denise Kirby, Ginny J. Nilson,Ty PilcherPré-Impressão: Je L. Martin
Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes
Distribuição: Corporação do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Steinmühlstrasse 16, 61352 BadHomburg v.d.H., Alemanha.
Para assinatura ou mudança de endereço, entre em contatocom o Serviço ao Consumidor. Ligação Gratuita: 00800 29502950. Teleone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preço da assinatura para umano: € 3,75 para Portugal, € 3,00 para Açores e CVE 83,5 paraCabo Verde.
Envie manuscritos e perguntas para Liahona, Room 2420, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT84150-0024, USA; ou mande e-mail para:
[email protected]. A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca “bússola”ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama,búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, coreano, croata,dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano, fjiano, fnlandês,rancês, grego, húngaro, holandês, indonésio, inglês, islandês,italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe, marshalês, mongol,norueguês, polonês, português, quiribati, romeno, russo,samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano, tcheco, tonganês,ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidade varia de umidioma para outro.)
© 2011 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso nos Estados Unidos da América.
O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,
50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail:[email protected].
For Readers in the United States and Canada:July 2011 Vol. 64 No. 7. LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese(ISSN 1044-3347) is published monthly by The Church o JesusChrist o Latter-day Saints, 50 E. North Temple St., Salt Lake City,UT 84150. USA subscription price is $10.00 per year; Canada,$12.00 plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at SaltLake City, Utah. Sixty days’ notice required or change o address.Include address label rom a recent issue; old and new addressesmust be included. Send USA and Canadian subscriptions to SaltLake Distribution Center at address below. Subscription help line:1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, AmericanExpress) may be taken by phone. (Canada Poste Inormation:Publication Agreement #40017431)
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4 A L i a h o n a
M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A
Presidente
Dieter F. Uchtdorf
Segundo Conselheiro naPrimeira Presidência
erradas, outros, porque não azemos nada. Quando esta-mos apenas meio comprometidos com o evangelho pode-mos sentir rustração, inelicidade e culpa. Isso não deve
acontecer conosco, porque somos um povo do convênio.Fazemos convênios com o Senhor quando somos batiza-dos e quando entramos na casa do Senhor. Os homensazem convênios com o Senhor quando são ordenadosao sacerdócio. Nada pode ser mais importante do que ocumprimento de um compromisso que assumimos com oSenhor. Lembrem-se da resposta que Raquel e Lia derama Jacó no Velho Testamento. Foi algo simples e direto quemostrava o comprometimento delas: “Faze tudo o queDeus te mandou” (Gênesis 31:16).
Os que estão apenas meio comprometidos só podem
meio que esperar receber as bênçãos de testemunho, ale-gria e paz. As janelas do céu podem só meio que se abrirpara eles. Não seria tolice pensar: “Vou me comprometersó 50 por cento agora, mas quando Cristo aparecer naSegunda Vinda, vou me comprometer 100 por cento?”
O compromisso de cumprir nossos convênios com oSenhor é ruto de nossa conversão. O comprometimentocom nosso Salvador e Sua Igreja edifca nosso caráter e or-talece nosso espírito, de modo que, quando nos encontrar-mos com Cristo, Ele nos abraçará e dirá: “Bem está, servobom e fel” (Mateus 25:21).
Há uma dierença entre intenção e ação. Aqueles quesomente têm a intenção de comprometer-se encontramdesculpas a todo o momento. Aqueles que realmente secomprometem encaram os desafos e dizem a si mesmos:“Sim, esse seria um bom motivo para procrastinar, mas fzconvênios, por isso arei o que me comprometi a azer”.Eles examinam as escrituras e buscam sinceramente aorientação do Pai Celestial. Aceitam e magnifcam seuschamados na Igreja. Assistem às reuniões. Fazem visitas
Dois jovens irmãos subiram ao topo de umpenhasco que se erguia junto às águas cristalinasde um lago azul. Era um lugar de onde muitos sal-
tavam para mergulhar no lago, e os irmãos sempre diziamque um dia saltariam dali — como tinham visto outrosazerem.
Embora os dois quisessem saltar, nenhum queria ser oprimeiro. O penhasco não era tão alto assim, mas para osdois meninos, parecia que a altura aumentava sempre quecomeçavam a se inclinar para rente — e logo perdiam acoragem.
Por fm, um dos irmãos pôs o pé na beira do penhascoe impeliu o corpo para rente com determinação. Naquelemomento, o irmão sussurrou: “Talvez seja melhor esperar
até o próximo verão”.O outro irmão, porém, já estava em movimento, caindo
para rente. “Quando assumo algo”, replicou ele, “é para valer!”
Mergulhou ruidosamente na água e logo voltou àsuperície com um grito de vitória. O irmão que fcou nopenhasco o seguiu imediatamente. Mergulhou ruidosa-mente na água e, assim como seu irmão, logo voltou àsuperície com um grito de vitória. Depois disso, ambosriram do que o primeiro menino dissera antes de lançar-seà água: “Quando assumo algo, é para valer”.
Um compromisso é como mergulhar na água. Ou vocêo assume ou não. Ou você se move para rente ou fcaparado onde está. Não há meio-termo. Todos enrentamosmomentos de decisão que mudam todo o restante denossa vida. Como membros da Igreja, devemos perguntara nós mesmos: “Vou mergulhar ou apenas fcar parado nabeira? Vou dar um passo à rente ou vou simplesmente
verifcar a temperatura da água com a ponta do pé?” Alguns pecados são cometidos porque azemos coisas
É para ValerQUANDO ASSUMO ALGO,
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ENSINAR USANDO ESTAMENSAGEM
“Uma orma de ajudar os alunosa compreenderem os princípios
do evangelho é pedir-lhes que açamdesenhos. Isso lhes dará a oportunidadede explorar e expressar seu entendi-mento e seus sentimentos a respeito
das histórias e dos princípios do evan-gelho em discussão” (Ensino, Não Há
Maior Chamado, 2009, p. 166). Vocêpode ler o artigo, discutir o princípio decomprometimento com o evangelho e
depois pedir aos que assim desejaremque açam um desenho de uma ativi-dade do evangelho que demonstre essecomprometimento. As crianças menorespodem precisar de sugestões sobre oque desenhar.
de mestre amiliar e proessoras visitantes.Um provérbio alemão diz: “As promessas são como
a lua cheia. Se não orem cumpridas de imediato, vãominguando dia a dia”. Como membros da Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias, comprometemo-nosa trilhar o caminho do discipulado. Comprometemo-nosa seguir o exemplo de nosso Salvador. Imagine comoo mundo seria abençoado e muito melhor se todos osmembros da Igreja do Senhor vivessem à altura de seu
verdadeiro potencial — convertidos do undo da alma ecomprometidos a edifcar o reino de Deus.
De algum modo, cada um de nós está passando porum momento de decisão, ao contemplar a água. É minhaoração que tenhamos é, sigamos em rente, enrentemosnossos temores e nossas dúvidas com coragem e digamosa nós mesmos: “Quando assumo algo, é para valer!” ◼
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6 A L i a h o n a
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Tudo que Posso DarAlyssa Hansen
Eu estava muito preocupada, sem
saber como conseguiria arcar com
os custos de tudo o que queria azerno verão: cursos, ofcinas, acampa-
mento de verão, etc. Senti vontade
de chorar. Então, lembrei-me de
todas as coisas que me oram ensi-
nadas sobre a confança e a é que
devemos ter no Senhor. Decidi colo-
car a situação nas mãos do Senhor
e confar que, se osse Sua vontade,
Ele providenciaria um meio.
Pouco tempo depois, minha
mãe descobriu um cheque não
Vai Fazer o quePrometeu?
Quando prometemos
seguir Jesus Cristo,
azemos o que é certo
sem dar desculpas.
Estas quatro crian-
ças, com sua classe da
Primária, estão limpando
um parquinho local. Qual das
crianças não parece estar com
vontade de azer o que pro-
meteu? Por que não? De que
modo as outras demonstram
essa determinação?
Faça um círculo em volta
de cinco coisas que ajudariam
essa criança a participar da
atividade de serviço com as
outras. Consegue encontrar
um rastelo, um pincel, uma
escada, um balde e uma pá?
J O V E N S
C R I A N Ç A S
gratidão, de louvar a Deus com
todas as minhas orças e de compar-
tilhar aquele sentimento. Há quemaça isso compondo uma canção,
escrevendo um poema ou pintando
um quadro, mas eu não me sentia
capaz de azer essas coisas. Dei-me
conta de que a única oerta ade-
quada que eu poderia azer em
Seu louvor era minha vida — ser “o
exemplo dos féis” (I Timóteo 4:12),
dedicar minha vida a Cristo. Isso é
tudo o que Ele pede, e é tudo que
posso dar.
descontado relativo a um emprego
em que eu trabalhara no início do
ano, e logo no dia seguinte recebipelo correio um pequeno prêmio
em dinheiro por tirar o segundo
lugar em um concurso. Isso oi para
mim um grande testemunho de que
Deus vive, de que Ele me ama e Se
importa comigo e de que Ele provê
as coisas de que necessitamos.
Senti imensa gratidão e amor pelo
Pai Celestial e por meu Salvador.
Parecia que eu ia explodir! Fiquei
muito desejosa de demonstrar minha
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Venham ao Templo eReivindiquem SuasBênçãos
Estude este material e, conforme julgar conveniente,
discuta-o com as irmãs que você visitar. Use as pergun-
tas para ajudar você a fortalecer suas irmãs e para
fazer com que a Sociedade de Socorro seja parte ativa
de sua própria vida.
De Nossa História
O Proeta Joseph discursava com requência nasreuniões das irmãs da Sociedade de Socorro. Com o
Templo de Nauvoo em construção, o Proeta instruiuas irmãs na doutrina, preparando-as para recebermais conhecimento por meio das ordenanças dotemplo. Em 1842, ele disse a Mercy Fielding Thomp-son que a investidura “[ia] trazê-la das trevas para amaravilhosa luz”.3
Estima-se que 6.000 santos dos últimos diastenham recebido as ordenanças do templo antesdo êxodo de Nauvoo. O Presidente Brigham Young(1801–1877) disse: “Tamanha era a ansiedade mani-
estada pelos santos em receber as ordenanças [dotemplo] e tamanha era nossa ansiedade em ministrá-las a eles que me entreguei completamente ao traba-lho do Senhor no Templo, noite e dia, dormindo emmédia não mais do que quatro horas por dia e indopara casa apenas uma vez por semana”.4 A orça eo poder dos convênios do templo ortaleceram ossantos, ao deixarem sua cidade e o templo em uma
jornada rumo ao desconhecido.
O que Posso
Fazer?
1. Que experiên-
cia pessoal vou
compartilhar para
fortalecer as irmãs
que visito em sua
determinação de
“ir ao templo”?
2. Como posso ter
direito às bênçãos
do templo?
Fé • Família •Auxílio
Irmãs, somos extremamente abençoadas.
O Salvador é o cabeça desta Igreja. Somos guia-das por proetas vivos. Temos as santas escrituras.E temos muitos templos sagrados espalhados portodo o mundo, nos quais podemos receber asordenanças necessárias para voltarmos à presençade nosso Pai Celestial.
Vamos primeiro ao templo por nós mesmas.O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze
Apóstolos, explicou que “o principal propósito dotemplo é prover as ordenanças necessárias paranossa exaltação no reino celestial. As ordenançasdo templo nos conduzem a nosso Salvador e nosconcedem as bênçãos decorrentes da Expiação de
Jesus Cristo. Os templos são a maior universidadede aprendizado conhecida pelo homem, que nosproporcionam conhecimento e sabedoria sobre aCriação do mundo. As instruções da investiduranos ensinam como devemos conduzir nossa vidaaqui na mortalidade. (…) A ordenança consiste deuma série de instruções sobre como devemos vivere os convênios que devemos azer para viver emretidão e seguir nosso Salvador”.1
Mas nosso serviço no templo não termina aí. O
Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou: “Ao agir como pro-curador em avor de alguém que oi para o outrolado do véu, você repassará os convênios que ez.
As grandes bênçãos espirituais relacionadas à casado Senhor fcarão mais ortemente gravadas em suamente. (…) Nos convênios e ordenanças se con-centram as bênçãos que você poderá reivindicarno templo sagrado”.2
Vão ao templo e depois continuem a ir. A reali-zação e o cumprimento dos convênios do templo
vão manter-nos no caminho que conduz à maiorde todas as bênçãos: a vida eterna.
Barbara Thompson, segunda conselheira na presidência
geral da Sociedade de Socorro.
Acesse www .reliefsociety.LDS.org para maisinformações.
NOTAS
1. Robert D. Hales, “As Bênçãos do Templo”, A Liahona, outubro de 2009, p. 14.
2. Boyd K. Packer, livreto Preparação para Entrar no
Templo Sagrado, 2010, p. 35.3. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,
2007, p. 437.4. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham
Young, 1997, p. 10.
Das Escrituras Isaías 2:3; I Coríntios 11:11; Apocalipse 7:13–15;
Doutrina e Convênios 109
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CoisasPequenas e Simples
T E M P L O E M D E S T A Q U E
Templo de Vancouver Colúmbia Britânica
A partir do alto: Vista do batistério, de
detalhes ornamentais e da sala celes-
tial do Templo de Vancouver Colúmbia
Britânica.
Em 2 de maio de 2010, o Templo
de Vancouver Colúmbia Bri-
tânica se tornou o 131º templo a
ser dedicado nesta dispensação. O
templo cobre uma área de 2.617 m2
e contém um batistério, uma sala
celestial, duas salas de investiduras
e duas salas de selamento. Em seu
interior, o padrão de cores realça
o verde, o azul claro e o dou-
rado, honrando a imponência das
orestas, do mar e do céu da costa
noroeste do Pacífco. O corniso do
pacífco, a or símbolo da província
da Colúmbia Britânica, é retratada
em quadros e tecidos por todo o
ediício.
Na véspera da dedicação, mais
de 1.200 jovens participaram de
uma comemoração cultural. Inti-
tulada “Um Farol para o Mundo”,
a apresentação retratou a história
e o povo do Canadá. No início da
comemoração, o Presidente Mon-
son trocou o hino de abertura pelo
hino nacional do Canadá, dizendo:
“Estamos aqui para desrutar o
Canadá com vocês”.
Na oração dedicatória, o Presi-
dente Monson disse: “Que todos os
que entrarem tenham as mãos e o
coração puros. Que sua é aumente
à medida que trabalharem aqui
em avor dos que já se oram. Que
saiam daqui com um sentimento de
paz, louvando Teu santo nome”.1
NOTA
1. Thomas S. Monson, “Dedicatory Prayer”, LDSchurchtemples.com/
vancouver/prayer.
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Diáriode Jejum
O jejum costumava ser muito
diícil para mim — até que
comecei a manter um diáriode jejum. Agora, antes de cada
jejum, anoto um objetivo espe-
cífco para meu jejum. Posso
escrever, por exemplo: “Como
estou muito apreensiva em rela-
ção a meu novo chamado como
consultora das Abelhinhas, estou
jejuando e orando para que o
Senhor me abençoe de modo
que eu esteja calma, confante
e serena ao dar minha primeira
aula amanhã”.
Durante todo o meu jejum,
anoto coisas relevantes que acon-
tecem: pensamentos, sentimentos
e impressões que me veem à
mente e ao coração, bem como
reerências das escrituras que
tenham especialmente a ver com
o propósito de meu jejum.
Ao compartilhar meus desejos
com o Pai Celestial, Ele geral-
mente me abençoa de maneirasque eu nunca tinha imaginado.
Certos acontecimentos que
poderiam parecer ortuitos em
minha vida se mostram clara-
mente interrelacionados quando
os anoto e vejo como todos eles
contribuíram para meu cresci-
mento e desenvolvimento. Desde
1996, quando comecei a manter
um diário de jejum, tenho visto
como o Pai Celestial abençoou
minha vida. Presto testemunho
do incrível poder espiritual do
jejum e da oração e considero
o jejum uma oportunidade para
“regozijo e oração” (D&C 59:14).
Renee Harding, Carolina do Norte, EUA
L E M B R A R A V I DA D E G R A N D E S P E S S O A S
Mary Fielding Smith
No alto: Mary
Fielding Smith
cruzando as
planícies. Acima: Joseph F. Smith
com membros da
família na casa
de Mary Fielding
Smith em Salt
Lake City, por
volta de 1910.
Mary Fielding Smith, mem-
bro fel da Igreja, fcou
sozinha com vários flhos peque-
nos enquanto o marido estava naCadeia de Liberty, no inverno de
1838–1839. Multidões enurecidas
invadiram sua casa, e seu flho
quase oi morto em decorrência do
ataque. Como era esposa de Hyrum
Smith, Mary fcou viúva quando o
marido oi assassinado na Cadeia
de Carthage, em 27 de junho de
1844. Ela e Emma Smith passaram
por muitas provações juntamente
com Hyrum e Joseph Smith, seus
respectivos maridos. Hoje, Mary é
admirada como uma das mais valo-
rosas pioneiras do início da Igreja.
Mary casou-se com Hyrum
Smith em 24 de dezembro de
1837. A primeira esposa de Hyrum,
Jerusha, havia morrido ao dar à
luz, e Mary cuidou dos flhinhos
de Hyrum como se ossem seus.
Hyrum e Mary também tiveram
dois flhos, inclusive Joseph F.
Smith, que mais tarde se tornou osexto presidente da Igreja.
Quando os santos partiram de
Nauvoo para o Vale do Lago Sal-
gado, depois do martírio de Joseph
e Hyrum, Mary resolveu azer a jor-
nada. Ela e a amília oram designa-
das a um grupo de viagem, mas o
capitão disse que ela seria um ardo
para os outros e que não deveria
tentar realizar a diícil jornada. Mary
respondeu: “Vou chegar ao vale
antes de você e nem vou pedir sua
ajuda”.1 A jornada oi diícil, mas ela
chegou com a amília a Salt Lake
em 23 de setembro de 1848, um dia
antes do capitão que duvidara dela.
Mary Fielding Smith per-
maneceu fel até o fm da vida.
Pagou o dízimo, apesar de ser
pobre. Quando alguém sugeriu
indevidamente que ela não contri-
buísse com um décimo das batatas
colhidas naquele ano, ela respon-
deu: “Você devia se envergonhar.
Vai-me negar uma bênção? (…)
Pago o dízimo não apenas por
ser uma lei de Deus, mas porque
espero uma bênção por azê-lo”.2
Ela estabeleceu uma azenda no
Vale do Lago Salgado e ensinou o
evangelho aos flhos. O Presidente
Joseph F. Smith disse, mais tarde:
“Ela ensinou-me honra, virtude,
verdade, integridade ao reino de
Deus, e ensinou-me não apenaspor preceito, mas também pelo
exemplo”.3
NOTAS
1. Ver Don Cecil Corbett, Mary Fielding Smith: Daughter of Britain, 1966,p. 228.
2. Mary Fielding Smith, citado por Joseph F. Smith, em ConferenceReport, abril de 1900, p. 48.
3. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 36.
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10 A L i a h o n a
BEBER ABUNDANTEMENTE DA
Água da VidaMatthew Heaps
Serviços de Bem-Estar
Meu trabalho me leva a comu-nidades no mundo inteiro emque as pessoas não têm acesso
a água potável. Nosso grupo trabalhacom os governos e os residentes locaispara prover ontes sustentáveis de águapotável e pura, tais como poços, açudese reservatórios para captação de águada chuva.
Esses projetos de ornecimento de águaresultam em uma melhoria signicativana qualidade de vida. As condições desaúde melhoram substancialmente porquea água potável az com que as pessoasparem de contrair ebre tioide, cólera eoutras doenças transmitidas pela água.
A situação econômica também melhoraporque os pais e lhos que antes perdiammuito tempo carregando água passam aprocurar emprego e instrução. Mesmo nascomunidades assoladas pelos problemasmais variados e complexos, as pessoasdizem que a água potável é o que maisgostariam de ter.
O Salvador passou Seu ministério ter-reno numa época e num lugar em que aspessoas tiravam água de poços. Ao ensi-nar à mulher junto ao poço, dizendo que
“aquele que beber da água que eu lhe dernunca terá sede” (João 4:14), estaria Elenos ensinando também que Seu evange-lho supre — permanentemente — nossasnecessidades mais básicas? Creio que sim.
Sempre serei grato a uma mulher noQuênia, Árica, que me ensinou algo arespeito da disposição de trabalhar paraobter água. Eu a conheci em uma cele-
bração ocorrida logo após a instalaçãode um poço em sua comunidade. Comgratidão, ela me disse que o novo poçolhe pouparia uma caminhada diária dequatorze quilômetros para buscar água,que caria reduzida a um percurso demenos de dois quilômetros. Ela estavamuito animada com todas as oportunida-des que passaria a ter.
Não pude deixar de pensar em comome sentiria se eu tivesse que andar doisquilômetros para buscar água. Fiqueiimpressionado de ver que ela deixavatudo de lado — desde os aazeresdomésticos até o cuidado da horta — aoazer sua caminhada para buscar água.Ela sabia que não poderia concluir asoutras tareas sem água. Refeti sobre ogrande ardo que ela tinha que carregar.
ELE É A ÁGUA VIVA
“Desejam partilhar dessa
água da vida [mencio-
nada em João 4:14]
e sentir a fonte divina
jorrando dentro de vocês
para a vida eterna?
Então não tenham
medo. Creiam do fundodo coração. Desenvol-
vam uma fé inabalável
no Filho de Deus. Abram
o coração em sincera
oração. Encham a mente
de conhecimento Dele.
Abandonem suas fra-
quezas. Caminhem em
santidade e harmonia
com os mandamentos.
Bebam da água davida do evangelho de
Jesus Cristo.”
Élder Joseph B. Wirthlin(1917–2008), do Quórum dosDoze Apóstolos, “Vida emAbundância”, A Liahona, maiode 2006, p. 100.
“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede”
( João 4:14).
F A L A M O S D E C R I S T O
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J u l h o d e 2 0 1 1 11
O Salvador ensinou: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede,
porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida
eterna” (João 4:14).
COMO A ÁGUA VIVANOS ABENÇOA?
Kathleen H. Hughes, antiga pri-meira conselheira na presidência
geral da Sociedade de Socorro,
ajudou a responder a essa per-
gunta, na conerência geral, em
seu discurso “Abençoados pela
Água Viva” ( A Liahona, maio de
2003, p. 13).
1. A água viva nos cura por meio
do poder do Espírito Santo.
2. A água viva nutre e sustenta
(ver Mateus 11:28).
3. A água viva proporciona
paz e alegria (ver João 14:27;
D&C 101:16).
Você pode ler 1 Néf 11:25
com sua amília ou um amigo.
Discuta a relação existente entre
a onte de águas vivas e a árvore
da vida.
Para mais inormações sobre esse tópico, ver 1 Néf 8; 11; e Richard G. Scott, “O Poder
Transormador da Fé e do Caráter”, A Liahona , novembro de 2010, p. 43.
O QUE É A ÁGUA VIVA?
• AáguavivaéoevangelhodeJesusCristo.
• “Afontedeáguasvivas(…)eraumsímbolodoamordeDeus”(1 Né11:25).
• Aáguavivapodenosproporcionar“vidaeterna”(João4:14;D&C63:23).
É preciso orça e resistência para car-regar água. Ainda assim, pelo bem daamília, ela estava disposta a caminharquatorze quilômetros todos os dias para
ir buscá-la.Pergunto-me se nós, que podemos
tirar água potável das torneiras de casa,muitas vezes não esperamos que oesorço de achegar-nos a Cristo seja tãoácil quanto o ato de girar um registropara pegar um copo de água. Ou será
que estamos dispostos a deixar de ladoas outras tareas, até as importantes, paraprocurar conhecer Jesus Cristo e Seu Pai?
Sei que o poço de água viva que o
Salvador nos oerece nunca seca, é puroe nos dá sustento à vida. Quando nosachegamos a Ele com um copo vazio, Eleo enche, muitas vezes nos dando maisdo que podemos receber. Ele é verdadei-ramente a água viva, uma maniestaçãodo amor de Deus. ◼
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12 A L i a h o n a
Nosso Pai Celestial e JesusCristo trabalharam para criaros céus e a Terra. Criaram o
sol, a lua e as estrelas. Reuniram osmares e fzeram com que a terra secaaparecesse e as plantas crescessem.
Depois, criaram todo ser vivo do mare da terra (ver Gênesis 1; Moisés 2).O exemplo Deles nos mostra que otrabalho é importante na Terra e nocéu (ver também João 5:17; 9:4).
Quando Deus criou o homem e amulher a Sua própria imagem, colo-cou-os no Jardim do Éden (ver Gêne-sis 1:26–27; 2:8). Mais tarde, quandooram expulsos do jardim, o Senhordisse a Adão: “No suor do teu rosto
comerás o teu pão” (Gênesis 3:19).Daquela época em diante, Adão eEva trabalharam para prover suaspróprias necessidades e as de seusflhos (ver Moisés 5:1).
Desde a época de Adão e Eva, otrabalho tem sido um meio de vidapara todos nós na Terra. Trabalha-mos para proporcionar bem-estarísico, espiritual e emocional para nóspróprios e nossa amília. Os pais seesorçam para criar um lar em quesejam ensinados os princípios dotrabalho. As designações de trabalhodadas aos flhos, condizentes com acapacidade deles, e os elogios eitosàs tareas bem-sucedidas são expe-riências de trabalho positivas. Comoresultado disso, eles podem desen- volver uma orte ética de trabalho,
uma boa atitude e habilidadesbásicas.
Também devemos procurar atingirum equilíbrio adequado entre traba-lho e descanso. Seis dias por semana,podemos receber bênçãos ao lem-
brar-nos de entremear o trabalhocom atividades de lazer. Aos domin-gos, porém, o Senhor nos prometebênçãos especiais se obedecermos aSeu mandamento de abster-nos dotrabalho secular e se santifcarmos oDia do Senhor (ver Êxodo 20:9–11;D&C 59:9–19).
O trabalho az parte doplano do Pai Celestial paranós no céu e na Terra. Se
ormos justos, voltaremosa viver com Ele. Ali,continuaremos a teroportunidades detrabalho, à medidaque edifcamos oreino de Deus(ver Moisés1:39). ◼
À medida que nos
ajudamos uns
aos outros e compar-
tilhamos o fardo de
nosso trabalho, até as
cargas mais pesadas
se tornam mais leves.
O TRABALHOÉ UM PRINCÍPIO ETERNO
N O S S A C R E N Ç A
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J u l h o d e 2 0 1 1 13
Temos a responsabili-
dade de cuidar de nós
mesmos e de nossa
família.
1. Os pais têm o dever
sagrado de cuidar dos
flhos (ver D&C 83).
2. Os flhos serão aben-
çoados por cuidar dos
pais idosos (ver I Timóteo
5:3–4, 8).
3. Devemos ajudar nossos
parentes quando possível.
3. Tornamo-nos mais bem preparados e autossufcientes ao
armazenarmos um suprimento de alimentos, água e outrosartigos de primeira necessidade para três meses.
Para mais informações, ver Princípios do Evangelho,
2009, pp. 160–165; e “A Família: Proclamação ao Mundo”,
A Liahona, novembro de 2010, última contracapa.
Recebemos
bênçãos como
fruto do
trabalho.
1. Fortalecemos nossocaráter e desenvolvemos
aptidões de trabalho.
2. Sentimos a alegria do plano de Deus para nós
na Terra.
“[Que o homem] trabalhe, fazendo
com as mãos o que é bom, para
que tenha o que repartir com o
que tiver necessidade” (Efésios
4:28).
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14 A L i a h o n a
Meu marido e eu acabáramos
de nos mudar para uma
nova cidade e estávamos
animados para requentar a novaala. Aconteceu que os limites da ala
estavam sendo mudados e a ala oi
dividida.
Depois das reuniões da Igreja, em
nosso segundo domingo, o secretário
da ala marcou para nós uma entrevista
com o novo bispo na noite da terça-
eira. Depois de uma breve conversa, o
bispo pediu permissão a meu marido
para chamar-me como presidente da
Primária da nova ala. Depois, ele me
ez o chamado. Fiquei atônita, mas
tinha sido ensinada a nunca recusar
um chamado, por isso concordei em
azer o melhor que podia.
O bispo me deu uma lista de nomes
e pediu que me reunisse com ele em
dois dias, já com os nomes defnidos
para as conselheiras e a secretária.
Senti que a tarea era muito diícil
para mim. Quando cheguei em casa,
tranquei-me no banheiro e chorei.
Depois, abri o coração ao Pai Celestial,
expressando minha preocupação com
meu novo chamado. Não conhecia
ninguém na nova ala e precisava da
ajuda Dele. Quando terminei de orar,
senti o coração cheio de paz.
Na manhã seguinte, orei e depois
ui realizar as tareas domésticas
habituais. A lista de nomes que o
bispo me dera estava sobre a mesa da
cozinha, e eu dava uma breve olhada
nela sempre que passava por ali.Depois de ter olhado para ela várias
vezes, dois nomes me pareceram
destacar-se na lista. Peguei a lista e
li os nomes. Ao dizer os nomes, ui
tomada por um cálido sentimento.
Nunca havia sentido o Espírito Santo
com tanta orça.
Imediatamente me voltei ao Pai
Celestial em oração, com lágrimas
nos olhos, ao dizer novamente os
nomes. Não sabia nada a respeito de
nenhuma daquelas mulheres, mas
soube no coração que elas seriam
minhas conselheiras.
Mais tarde, naquela noite, repas-
sei a lista de nomes na cabeça. Um
nome me veio à mente toda vez que
visualizei a lista. Ela se tornou minha
secretária.
Reuni-me com o bispo no dia
seguinte e dei-lhe os nomes para
minhas conselheiras e secretária. Para
minha surpresa, eram as mesmas
mulheres que o bispo achava que
trabalhariam muito bem na Primária.
Quando ui à Igreja no domingo,
o primeiro conselheiro do bispado
fcou comigo do lado de ora da
capela, mostrando-me quem eram
minhas conselheiras e a secretária à
CHAMADA
POR DEUS
medida que chegavam. Ao observar
aquelas irmãs, senti que já as conhe-
cia. O Espírito novamente me confr-
mou que aquelas mulheres haviam
sido chamadas por Deus.
Soube que poderíamos traba-
lhar juntas em harmonia, servindo
ao Senhor: e oi o que aconteceu.
Embora eu não conhecesse aque-
las irmãs, eram pereitas para seu
chamado. O Senhor sabia quem Ele
queria chamar. Cresci muito ao passar
pela experiência de saber por mim
mesma o que signifca ser chamado
por Deus por proecia. ◼
S E R V I R N A I G R E J A
Aprendi por experiência própria o que signi-fca ser “chamado por Deus, por proecia e pela imposição de mãos, por quem possuaautoridade” (Regras de Fé 1:5).
Ramona Dutton
BUSCAR A ORIENTAÇÃODO ESPÍRITO
“Para servir na Igreja, a pessoa
precisa ser chamada por Deus (ver
Regras de Fé 1:5). Os líderes devembuscar a orientação do Espírito para
determinar quem vão chamar. Eles
devem avaliar o grau de dignidade
que pode ser requerido para o cha-
mado. Também levam em conta as
circunstâncias pessoais e amiliares
do membro. Todo chamado deve
benefciar as pessoas que serão
servidas, o membro e a amília do
membro.”
Manual 2: Administração da Igreja, 2010,
19.1.1.
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16 A L i a h o n a
Os santos dos últimos diasdestas páginas compar-tilharam sua história de
convicção e crença no evangelhode Jesus Cristo em uma recenteexposição do Museu de Histó-ria da Igreja. Coletivamente, elesrepresentam milhões de santoslatino-americanos.
Vinte e quatro histórias oramexpostas no Museu de Históriada Igreja, em Salt Lake City, Utah,durante o mês de junho de 2011.
A exposição multimídia aindapode ser vista na Internet, no siteLDS.org/churchhistory/museum/exhibits/mividamihistoria.
M I
V I D A
, M I H
I S T O R I A Histórias de fé e de inspira-
ção de membros da Igreja
latino-americanos.
Carmen Echeverría Wood
Carmen nasceu em uma amília reli-
giosa, na Cidade da Guatemala, Gua-
temala. Quando tinha nove anos, as
missionárias SUD ensinaram o evan-
gelho a sua amília. Ela gostou de re-
quentar a Primária e disse que houve
um novo sentimento de elicidade
na amília. Um ano depois, a amí-
lia oi batizada. Ela conta: “Foi uma
época simplesmente maravilhosa”.
Ela se lembra de quando o Presidente
David O. McKay (1873–1970) visitou
a Guatemala em 1954 e ensinou às
crianças o princípio do dízimo. Aos
dezessete anos de idade, ela oi cha-
mada para servir na Missão América
Central e fcou grata por compartilhar
“a esperança de uma vida melhor e
de uma união amiliar eterna”.
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J u l h o d e 2 0 1 1 17
NelsonMousqués
Pouco depois
de Nelson nascer,
em Assunção,Paraguai, seus
pais conheceram
os missionários.
“Certo dia, meu pai estava no por-
tão de casa e viu o Élder Higbee e
o Élder Johnson, mas não sabia que
eram missionários”, relembra o irmão
Mousqués. “Ele pediu que minha
irmã trouxesse duas cadeiras porque,
disse ele, ‘esses rapazes vão mudarnossa vida’. Quando os missionários
bateram à porta, ele abriu e disse:
‘Entrem. Estávamos esperando vocês’.
Meu pai e toda a amília fliaram-se à
Igreja.”
Miriam PuertaAmato
Miriam nas-
ceu no Brasil.
Quando quis
servir missão,
preencheu os
papéis. Setesemanas depois, com a amília reu-
nida em casa, ela leu a carta de cha-
mado para servir na Missão da Praça
do Templo de Salt Lake City, Utah. Ela
relata: “Quando li a carta, oi interes-
sante ver que minha amília gritou
da mesma orma que o az quando a
seleção brasileira de utebol marca um
gol. Eu também fquei muito eliz e
soube que era o Senhor quem estavame enviando”.
F O T O G R A F I A S : M A R K J . D A V I S , C R A I G D I M O N D ,
K E N T M I L E S
E C R A I G J . L A W
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18 A L i a h o n a
Ursula Binder Brock
A irmã Brock lembra-se
de ter ponderado a res-peito do signifcado da
vida quando tinha apenas
cinco anos. Quando era
adolescente, na Venezuela,
os missionários ensinaram
o evangelho a ela e a sua amília, e eles oram
batizados. Cheia de é, ela oi chamada para ser
a presidente da Primária do ramo aos dezes-
seis anos de idade. Hoje, depois de uma vida
inteira de serviço, ela se deu conta de que paraela “a é é uma decisão”. Ela explica: “Decido
dar lugar para o Salvador em minha vida.
Aprendi que a Expiação oi o mais maravilhoso
e abnegado ato de amor em avor de toda a
humanidade. Meu Salvador e Redentor, que nos
dá a paz, tornou-Se meu melhor amigo, algo
constante em minha vida”.
Robin Mendoza
Robin oi criado no
Equador numa amília
muito pobre, mas queria
melhorar de vida. Certa
vez, enquanto traba-
lhava em uma plantaçãodoze horas por dia, orou
pedindo orientação, e um relâmpago riscou o
céu durante sua prece. Robin viu nisso uma
mensagem de Deus indicando que sua vida
seria promissora. “Eu sabia que meus senti-
mentos vinham de Deus”, relembra Robin. Ele
veio a saber que por meio da é poderia mudar
sua vida. Aos dezesseis anos, saiu de casa para
trabalhar em Guayaquil, onde oi batizado. A
inspiração contínua o levou até a UniversidadeBrigham Young, onde pôde satisazer sua ambi-
ção de adquirir instrução.
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J u l h o d e 2 0 1 1 19
Lincoln Peters
Lincoln morou com sua
amília em Santiago, Chile, até
que sua mãe aleceu, quando
ele tinha dez anos. Depois
disso, ele oi morar com seu
tio e sua tia. Quando Lincoln
tinha dezoito anos, o Élder
Barton e o Élder Bentley oram
à casa de seus tios. A tia e a
avó do Lincoln imediatamente
aceitaram o evangelho, mas
Lincoln ugia dos missionários
Num domingo de manhã, sua
avó, que geralmente era muito
meiga, oi até o quarto dele,
arrancou a colcha da cama e
anunciou que ele ia à igreja
com elas. Chocado com a con
duta incomum da avó e por
respeito a ela, ele se levantou
e oi à igreja. Naquele dia, ele
sentiu algo novo e muito orte
dentro da alma que mudou
sua vida. Em breve, tornou-se
um dos primeiros conversos
da Igreja no Chile.
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20 A L i a h o n a
Luis e Karla Hernández
Luis e Karla se conheceram
quando eram adolescentes
em Honduras. Começaram a
namorar e logo se casaram.
Luis, que não era membro da
Igreja, admirava os pais de
Karla, que “tratavam um ao
outro com respeito e amor,
e isso o ez querer conhecer
mais sobre os valores deles”.
Em pouco tempo, Luis oi
batizado, e Karla e Luis oram
selados no Templo da Cidade
da Guatemala, Guatemala.
Quando estavam com trinta e
poucos anos, tiveram pro-
blemas de relacionamento,
e Karla saiu de casa, per-
guntando a si mesma se seu
casamento na adolescência
teria sido um erro. Luis jejuou
e orou e pediu a Deus que
“trouxesse Karla de volta para
casa, e Ele o ez. Ele o ez”.
Hoje seu casamento está mais
orte do que nunca.
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J u l h o d e 2 0 1 1 21
Omar Canals
No Uruguai, em
1948, a mãe de
Omar oereceu seuguarda-chuva para
duas missionárias
da Igreja. Foi assim
que ela começou a
conversar com as missionárias, e a irmã
mais velha de Omar veio a ser bati-
zada tempos depois. Como nasceu em
1948, Omar oi o primeiro bebê a ser
abençoado na Missão Uruguai, que oi
aberta em 1947. Omar e seus pais orambatizados quando ele tinha oito anos.
Alguns anos depois, Omar casou-se
com sua namorada, e eles imigraram
para os Estados Unidos. Já trabalhando
como locutor, Omar oi contratado pela
Igreja, em 1973, e tornou-se intérprete
de espanhol para a conerência geral. ◼
Noemí Guzmande Abrea
Noemí nasceu
na Argentina,
onde sua amília
se fliou à Igreja.
Imigraram paraos Estados Unidos
quando ela era adolescente. Embora
adore ser americana, ela se sente mais
eliz quando pode vivenciar a cultura
da Argentina. “Na América Latina, as
pessoas são muitíssimo calorosas.
Elas o aceitam imediatamente, azem
amizade com você e o integram. Ado-
ram estar com a amília e os amigos e
degustar boa comida. Isso é maravi-lhoso, e a oportunidade de vivenciar
essa parte da cultura é algo que não
trocaria por nada.”
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22 A L i a h o n a
O Ú L T I M O C A R R O Ç Ã O ,
D E L Y N N G
R I F F I N
Fé para Atender ao
CHAMADO
E
m 1849, apenas dois anos depois da chegada dossantos ao Vale do Lago Salgado, o Élder Parley P.
Pratt, do Quórum dos Doze Apóstolos, liderou umaexpedição ao sul de Utah. Quanto mais para o sul avança-
vam, mais diícil se tornava o terreno. Depois de desceremquase mil metros abaixo do nível da Grande Bacia até aconvergência dos rios Virgin e Santa Clara (ao sul da atualSt. George, Utah), a terra era seca e arenosa, vulcânicae áspera. Os batedores não gostaram do que viram. Umdeles escreveu no diário:
“Passamos (…) por um trecho acidentado, rochoso equase indescritível, com topograa variada e conusa. (…)
Surgiu a nossa rente uma vasta área de acidentes
topográcos caóticos, com altas colinas, desertos [averme-lhados], planícies áridas e tristes, rochas perpendiculares eplacas de argila soltas, (…) ormações de arenito (…) comormas inconcebíveis — em suma, uma região caótica,com as entranhas à mostra, evisceradas por terríveis con-
vulsões de uma era antiga”.1
Porém, por mais acidentada que osse a região sul, osrochedos erodidos e castigados pelo vento e os desla-deiros desérticos da região de San Juan, a leste, pareciamainda mais inóspitos. Os líderes da Igreja sabiam que seriadiícil dominar aquele quadrante inóspito e desconhecido,mas desejavam estabelecer comunidades da Igreja naquelelugar. Em 1879, na conerência trimestral da EstacaParowan, cerca de 250 pessoas aceitaram o chamado doPresidente John Taylor de estabelecer a Missão San Juan.Com 80 carroções e cerca de mil cabeças de gado e cava-los, começaram a desbravar o caminho através de territó-rio íngreme e inexplorado, com suas montanhas coroadasde neve e enormes pináculos de pedra.
Em busca da rota mais curta até San Juan, aqueles
Todos devemos ter no coração a ardente convicção de que esta é
a obra de Deus e que ela exige o melhor que pudermos dar de nós
para a edifcação dos “lugar[es] desolado[s] de Sião”.
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J u l h o d e 2 0 1 1 23
Élder Jeffrey R. HollandDo Quórum dos Doze Apóstolos
primeiros exploradores venceram um a um os obs-táculos, mas logo se depararam com a maior e mais
temida de todas as barreiras: o intransponível abismodo desladeiro do Rio Colorado. Por milagre, seusesgotados batedores encontraram uma estreita pas-sagem no desladeiro — uma enda que descia pormais de seiscentos metros pelas escarpas averme-lhadas até o Rio Colorado abaixo. Aquele solitário equase mortal “buraco na rocha” parecia ser o únicomeio de acesso possível para o lado leste.
A maior parte da enda, no entanto, era estreitademais para os cavalos, e em alguns pontos até paraum homem ou uma mulher passar. Havia desní-
veis de até quase 25 metros que pareciam tornar oobstáculo intransponível até para cabras montesas,quanto mais para carroções carregados. Mas osintrépidos santos não tinham intenção de recuar eassim, com dinamite e erramentas, trabalharam dedezembro de 1879 a janeiro de 1880, abrindo umaestrada precária e primitiva na ace do precipício dodesladeiro.
Ao concluírem o leito daquela estrada, tal comoestava, passaram à tarea de azer chegar à passa-gem os primeiros 40 carroções. Os outros carroçõescaram esperando a oito quilômetros dali, em Fity-Mile Spring, para seguirem posteriormente.
Eles se organizaram de modo que “uma dezenaou mais de homens cavam atrás de cada car-roção” segurando longas cordas para reduzir a
velocidade da descida. As rodas eram travadascom correntes para que deslizassem sem girar, oque, se ocorresse, seria uma catástroe.
Em um dos momentos grandiosos da história dos
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pioneiros, eles zeram descer, um a um, todos os carro-ções pelo traiçoeiro precipício. Ao chegarem ao undo dodesladeiro, começaram animadamente a atravessar o rio,transportando os carroções em uma chata [embarcação
de undo achatado e costado baixo] que construíram paraesse m. A amília de Joseph Stanord Smith estava noúltimo carroção a ser baixado naquele dia.
O irmão Stanord Smith tinha metodicamente ajudadocada um dos outros carroções a descer, mas os demaispareciam ter esquecido que a amília Smith, os últi-mos da la, ainda precisariam de ajuda. Proundamentepreocupado com o ato de que ele e a amília tinhamaparentemente sido abandonados, Stanord levou seuscavalos, o carroção e a amília para a beira do precipício.Uma parelha oi atrelada à rente do carroção, com um
terceiro cavalo atrelado atrás , ao eixo traseiro. A amíliaSmith parou por uns instantes, a contemplar o traiçoeiro“buraco”. Stanord virou-se para a mulher, Arabella, edisse: “Acho que não vamos conseguir”.
Ela respondeu: “Mas temos de conseguir”.Ele disse: “Se tivéssemos uns poucos homens para
segurar o carroção, talvez conseguíssemos”.Então, a esposa disse: “ Eu vou segurar o carroção”.Ela estendeu uma colcha no chão e deitou sobre ela seu
bebê, deixando-o aos cuidados de seu lho Roy, de trêsanos, e de Ada, de cinco. “Segurem seu irmãozinho atéo papai voltar para pegá-los”, instruiu ela. Depois, BelleSmith se posicionou atrás do carroção e segurou comtoda orça as rédeas do cavalo atrelado à parte traseirado carroção. Stanord começou a conduzir a parelha parabaixo. O carroção inclinou-se para rente. Com o primeirosolavanco, o cavalo de trás caiu. A irmã Smith correu atrásdele e do carroção, puxando as cordas com toda a orça ecoragem que tinha. Logo, ela também caiu, e ao ser arras-tada junto com o cavalo, uma pedra pontiaguda abriu-lhe
O que estamos vendo nesses exemplos de pioneiros
féis? É o mesmo que vimos quando os santos par-
tiram de Nova York, da Pensilvânia, de Ohio e do
Missouri, e depois quando ugiram de sua amada
Nauvoo, atravessando um rio congelado, com o
templo em chamas ao undo.
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um talho na perna, do calcanhar àcintura. A valente irmã, com as rou-
pas rasgadas e um grave erimento,agarrou e puxou as cordas com todaorça e é por todo o declive até amargem do rio.
Ao chegar ao undo do desla-deiro, quase sem crer no que tinham
eito, Stanord imediatamente subiucorrendo os quase 700 metros atéo topo do penhasco, temeroso pelasegurança dos lhos. Ao chegar àborda do penhasco, viu os três lhosexatamente na mesma posição emque tinham sido deixados. Com obebê no colo e os dois outros peque-nos agarrados às suas roupas, elereez a penosa descida até a mãe queos aguardava ansiosa. À distância,
viram cinco homens caminhando emsua direção com correntes e cordas.Percebendo o apuro em que a amíliaSmith se encontrava, tinham ido aju-dar. Stanord gritou: “Podem deixar,amigos. Conseguimos nos virar. [ABelle] aqui é toda a ajuda de que umhomem precisa para [esta jornada]”.2
Quando Chega o Chamado
A expedição Buraco-na-Rocha oi
apenas um dos muitos exemplos dedeterminação e devoção demonstra-dos pelos primeiros santos ao respon-derem ao chamado de seu proeta.Outro exemplo oi a criação da Mis-são Muddy, que cava no atual estadode Nevada, e os que oram chamadospara servir nela. Como aconteceucom muitos dos assentamentos pio-neiros, a região do Rio Muddy prome-tia uma vida muito dura e oi preciso
buscar muita orça no undo da almaao receberem o chamado de instala-rem-se naquele lugar.
Alguns dos que oram chamadosna década de 1860 sem dúvida devemter-se perguntado: “Entre todos oslugares do mundo, por que o Muddy?”Bom, de ato havia razões. Primeira-mente, a Guerra Civil norte-americanahavia possibilitado o envio de produ-tos pelo Rio Colorado. Em segundo
lugar, quando a guerra cortou o fuxotradicional proveniente das ontesde produtos têxteis, a Missão Cotton[algodão] já tinha sido estabelecidaem St. George e Washington, próximodali. Presumia-se que o algodão neces-sário à tecelagem pudesse ser culti-
vado na região do Muddy. Terceiro, ossantos dos últimos dias sentiam orteobrigação de trabalhar com as tribosindígenas da região, de ajudá-las ede alimentá-las, com a esperança deeducá-las.
Mas, apesar de tudo isso, a regiãoera uma terra inóspita, árida e solitá-ria. Parecia não ter nada a oerecer,a não ser calor e trabalho árduo. Eraisolada, quase que desolada, e o rioque a identicava [Muddy, que eminglês signica lamacento] tinha um
Quando seu pai oi chamado
para mudar-se com a amília
para a diícil Missão Muddy, no
atual estado de Nevada, EUA,
Elizabeth Claridge (acima)
chorou, mas declarou: “Eu não
o teria como pai se ele não
atendesse ao chamado”.
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nome que lhe caía como uma luva.No tocante a como e com que
determinação e é a região do RioMuddy oi colonizada, vou deixar queuma das pioneiras conte como oi.Ela representa o caráter, a coragem ea convicção moral que tanto jovensquanto idosos tinham — nesse caso,especialmente os jovens. ElizabethClaridge McCune escreveu o seguintesobre o chamado do pai para estabe-lecer-se na região do Rio Muddy:
“Nenhum outro lugar na terra me
parecia tão precioso a meus quinzeanos quanto Nephi [no condado de
Juab, em Utah]. Como ansiávamospelas visitas periódicas do Presi-dente Brigham Young e de seusacompanhantes! (…)
(…) Os irmãos Brigham, Kimball e Wells e [seus] acompanhantes des-ceram das carruagens e caminharampelas ruas foridas (…) até nossa casa,[onde] o jantar estava preparado e oi
servido. (…) Todos assistimos à reunião [domi-
nical] da tarde, com as garotas debranco sentadas à rente. Os sermõesoram grandiosos, e estávamos eli-zes até o Presidente Young anunciarque tinha uma lista de nomes deirmãos que haviam sido chamadose apoiados como missionários paraestabelecer-se no (…) ‘Muddy’. Anotícia quase ez parar o coraçãodos presentes. Muitos de nosso povotinham sido chamados para esta-belecer o condado de Dixie, mas oMuddy cava muitos quilômetrosmais para o sul! E era um lugarmuito pior! Oh! Oh! Não escuteinenhum outro nome, a não ser‘Samuel Claridge’. Em seguida, solu-cei e chorei, sem me importar com
o ato de as lágrimas estarem estra-gando [meu] novo vestido branco. O
pai da garota que estava a meu ladotambém oi chamado. Ela então medisse: ‘Por que está chorando? Não
vou chorar. Sei que meu pai não irá’.‘Bem, essa é a dierença’, respondi.‘Eu sei que meu pai irá e que nada
vai azê-lo mudar de ideia, e eu nãoo teria por pai se ele não atendesseao chamado. ’E então, continuei achorar. (…)
[Lembrei então] que tínhamosacabado de mudar para uma casanova e conortável. Muitos de nossosamigos tentaram persuadir meu paia manter a casa e a azenda, indoao sul por uns tempos para depoisretornar. Mas papai sabia que nãoera para esse tipo de missão queele ora chamado. ‘Vou vender tudoo que tenho’, disse, ‘e levarei meusrecursos para ajudar a edicar Siãoem outro lugar desolado.’” 3
Fé no Trabalho
O que, anal, tanto naquela épocaquanto agora, gera a lealdade e a
A é é o cerne de nossa con-vicção não apenas de que a
obra deve prosseguir, mas de
que pode e seguramente há
de azê-lo. Não conheço outra
razão pela qual mães e pais
poderiam deixar seus bebês
em sepulturas improvisadas
nas planícies e, depois de uma
última olhada, retomar ocaminho de Sião em meio às
lágrimas.
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devoção que vimos naquela jovem de quinze anos e naamília em que ela nasceu? O que a ez voltar-se para a sua
não tão resoluta amiga e declarar: “Sei que meu pai irá, e e que nada vai azê-lo mudar de ideia”? De onde vem essetipo de coragem que também a levou a dizer: “E eu não oteria como pai se ele não atendesse ao chamado”?
E o que dizer daquelas três crianças que viram seus paisdesaparecerem com o carroção para dentro do precipíciodo desladeiro do Rio Colorado, mas que ainda assimcumpriram a ordem que haviam recebido da mãe? Ficaramlá sentadas resolutamente, determinadas a não se move-rem nem chorarem, apesar do medo enorme que devemter sentido.
O que estamos vendo nesses exemplos de pioneiroséis? É o mesmo que temos visto ao longo das dispensa-ções da história e certamente nesta dispensação. Estamos
vendo o que vimos quando os santos partiram de Nova York, da Pensilvânia, de Ohio e do Missouri, e depoisquando ugiram de sua amada Nauvoo, atravessando umrio congelado, com o templo em chamas ao undo. É omesmo que vimos quando eles enterraram seus mortosem grande número, em Winter Quarters, e também emsepulturas isoladas, às vezes tão pequenas quanto umacaixa de sapatos, perto de Chimney Rock, ou em uma
das muitas travessias do Rio Sweetwater, ou ainda em umbanco de neve em Martin’s Cove.
O que vimos então e o que vemos agora entre os aben-çoados santos do mundo inteiro é a é em Deus, a é noSenhor Jesus Cristo, a é no Proeta Joseph Smith, a é narealidade desta obra e na veracidade de sua mensagem.Foi a é que levou um menino ao bosque para orar e oia é que lhe permitiu erguer-se de onde se ajoelhara ecolocar-se nas mãos de Deus para restaurar o evangelhoe, por m, caminhar até seu martírio, pouco mais de vintebreves anos depois.
Não é de admirar que a é tenha sido e sempre seráo primeiro princípio perpétuo do evangelho e de nossotrabalho. Ela é o cerne de nossa convicção não apenas deque a obra deve prosseguir, mas de que pode e segura-mente há de azê-lo.
Não conheço outra razão pela qual mães e pais pode-riam deixar seus bebês em sepulturas improvisadas nasplanícies e, depois de uma última olhada, retomar o cami-nho de Sião em meio às lágrimas. Não sei de outra razão
O que vimos nos pioneiros e
o que vemos agora entre os
abençoados santos do mundo
inteiro é a é em Deus, a é
no Senhor Jesus Cristo, a é
no Proeta Joseph Smith, a é
na realidade desta obra e na
veracidade de sua mensagem.
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para uma mulher como Belle Smithconseguir deixar os lhos sentados à
beira de um rochedo e segurar sozi-nha o carroção naquela perigosa des-cida. Não sei de outra razão pela qualSamuel Claridge pôde vender tudo oque tinha e partir para edicar Siãona desolada Missão Muddy. A orçamotora undamental dessas histórias éa é — uma é marcada pelas rochas,renada na ornalha, repleta de afi-ções, cingida espiritualmente, a con-
vicção de que esta é verdadeiramente
a Igreja e o reino de Deus, e de quequando recebemos o chamado, nós oaceitamos e cumprimos.
Um Chamado para a Convicção
Ainda há “lugares desolados emSião” a serem edicados, e algunsdeles estão muito mais próximos doque as missões Muddy e San Juan.
Alguns desses lugares estão emnosso próprio coração e em nosso
próprio lar.Faço, portanto, este chamado à
convicção que todos devemos terardendo no coração de que esta éa obra de Deus e de que ela exigeo melhor que pudermos oerecer.Rogo a todos que nutram e orta-leçam seu vigor ísico e espiritualpara que tenham uma proundareserva de é à qual recorrer quandosurgirem tareas, desaos ou exi-gências de qualquer espécie. Oremum pouco mais, estudem um poucomais, desliguem-se do barulho eda agitação, desrutem a natureza,busquem a revelação pessoal, exami-nem a alma e busquem os céus paraobter o testemunho que guiou nos-sos antepassados pioneiros. A m deque, mais tarde, quando precisarem
buscar no íntimo e no undo da almaa orça para enrentarem a vida e
azerem sua parte, tenham a certezade que haja algo lá, mais proundo eamplo, em que se rmar.
Quando tiverem sua própria é,estarão preparados para abençoarsua amília. O indicador mais ortede atividade e serviço, de devoçãoe lealdade a esta Igreja continuaa ser a presença de ortes laçosamiliares. Digo que o pleno conhe-cimento dessa parte da grandio-
sidade desta Igreja está em cada membro. Às vezes, trata-se de ummembro recém-converso, às vezes,o único membro da Igreja na amí-lia. Alguém, em algum lugar, tevede hastear a bandeira da é e iniciaruma nova geração no evangelho.Mas na verdade, a é é mais bemnutrida, mais protegida e duradouraquando existe toda uma amília aoredor para ortalecê-la. Portanto,
depois de perseverarem sozinhos,se or preciso, cuidem diligente-mente para que os outros de suaamília não tenham de azê-lo sozi-nhos. Ediquem sua amília e certi-quem-se de que a é seja orte nela.
Feito isso, poderemos servir naIgreja, seja por perto ou em algumposto avançado distante, se ochamado vier. Poderemos, então,buscar a ovelha perdida, membroou não, morta ou viva. Isso sópode ser bem eito e com sabedo-ria quando as outras 99 ovelhas,inclusive nosso próprio pequenorebanho, estiverem abrigadas eseguras. Mas se tivermos amadoe ensinado nossos amiliares nolar, eles entenderão exatamente oque Elizabeth Claridge entendeu:
quando o chamado vier, podemoster certeza de que o pai, a mãe e
os irmãos hão de aceitá-lo ecumpri-lo.
Há muito trabalho a ser eito.Não podemos dizer que todos emnosso bairro têm uma é prounda,que todos têm uma amília orte,que todos os que estão próximosou distantes ouviram a mensagemdo evangelho e se tornaram santosdos últimos dias que acreditam,que ensinam e que requentam o
templo. O mundo está cando maisiníquo, e o uturo vai pôr à prova oque temos de melhor. Mas as or-ças da retidão sempre prevalecerãoenquanto pessoas como Stanord e
Arabella Smith, como Samuel Cla-ridge e sua corajosa lha Elizabeth,as zerem prevalecer.
Precisamos ter é nesta obra, é noque todos os que creem são chama-dos a azer, é no Senhor Jesus Cristo
e em nosso Pai Celestial. Precisa-mos ajustar nossa vontade à Delese depois tornar essa vontade ortecomo a rocha e mais parecida coma dos pioneiros. Se zermos isso, seique estaremos seguros e seremosparticipantes do inexorável e contí-nuo progresso da Igreja e do reinode Deus na Terra. ◼
Extraído da transmissão regional de um dis-curso de conerência de estaca proerido em 12
de setembro de 2010, na Universidade BrighamYoung.
NOTAS
1. Milton R. Hunter, Brigham Young the Colonizer , 1973, p. 47.
2. Ver David E. Miller, Hole-in-the-Rock: An Epic in the Colonization of the Great American West , 1959, pp. 101–118; grifodo autor e pontuação atualizada.
3. Elizabeth Claridge McCune, em Susa YoungGates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, julho de 1898, pp. 292,293; pontuação atualizada.
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Por certo tempo dividi o aparta-mento com uma pessoa ado-rável, mas tudo o que eu azia
parecia incomodá-la. Pensei: “Como épossível que eu a incomode tanto? Étão ácil conviver comigo. Não é?”
Como ela não gostava muito demim, eu usava isso como desculpapara não a amar também. Felizmente,lembrei o conselho dado em umareunião sacramental por um bispoquando eu estava na aculdade.Lembro vividamente seu conselho:“Se você não amar muito alguém, éprovável que não tenha servido essapessoa o sufciente. Se você serviruma pessoa, com certeza a amará”.
Depois de pensar no conselhode meu bispo, decidi que precisavaservir à amiga que morava comigo epôr à prova o conselho dele. Come-cei a procurar pequenas maneiras deajudá-la, ser bondosa com ela e ser
“Como
Eu Vos
Amei”
Barbara Thompson
Segunda Conselheira naPresidência Geral da
Sociedade de Socorro
mais sensível às necessidades e vontades dela.
Então, quase que imediatamente
um milagre aconteceu! Descobrique realmente a amava. Ela era umapessoa maravilhosa e muito talentosa.Para mim, oi uma bênção dividir oapartamento com ela. Fiquei admi-rada de ver como minha visão arespeito dela mudou em tão poucotempo.
Amar e Servir ao Próximo
Ao estudarmos João 13, apren-demos algumas das lições mais sig-nifcativas que o Salvador ensinoudurante Seu ministério terreno, entreas quais:
1. Servir uns aos outros.2. Amar uns aos outros.
Quando o Salvador e Seus Após-tolos Se reuniram para o banquete
O amor e o serviço são as
coisas que nos distinguem
como discípulos de Cristo.
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de Páscoa, o espírito provavelmente era muitoreverente no recinto. O Salvador sabia que estavaprestes a ser sacrifcado e crucifcado. Tenho cer-teza de que embora os apóstolos não compreen-dessem então a importância dos acontecimentosdaquela noite, em breve aprenderiam e compreen-deriam mais plenamente a missão do Salvador.
Depois da ceia, Jesus pegou uma toalha,encheu uma bacia de água e lavou os pés de
cada um dos presentes. O ato de lavar os pés oirealizado com reverência e humildade, enquantoo Salvador sem dúvida abrigava sentimentos detristeza pelas coisas que em breve sucederiam,inclusive a traição que estava para sorer.
Pedro, sabendo que Jesus era o Messias e oSalvador prometido, quis servir ao Senhor em
vez de deixar que Ele o servisse. O Salvadordisse: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo”
Jesus queria que
os Doze — e quer
o mesmo paracada um de nós —
aprendessem que
a humildade e o
serviço são caracte-
rísticas dignas que
devemos buscar
obter. Ele ensinou
que ninguém é tão
importante que não
possa servir aos
outros.
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OFERECER
AMOR CRISTÃO
“Amemos sempre. E, especial-
mente, que estejamos ao lado
de nossos irmãos e nossas irmãs
durante seus momentos de
adversidade. (…)Ao estendermos nossas mãos
e o nosso coração com amor
cristão, na direção de outras pes-
soas, algo maravilhoso aconte-
cerá a nós. Nosso próprio espírito
fca curado, mais refnado e mais
orte. Ficamos mais alegres, mais
calmos e mais receptivos aos
sussurros do Espírito Santo.”
Presidente Dieter F. Uchtdorf, Segundo
Conselheiro na Primeira Presidência, “Vós
Sois Minhas Mãos”, A Liahona, maio de2010, p. 68.
( João 13:8). Então, Pedro pronta-
mente consentiu que o Salvador lheprestasse esse serviço amoroso.
Depois, Jesus explicou:“Vós me chamais Mestre e Senhor,
e dizeis bem, porque eu o sou.Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos
lavei os pés, vós deveis também lavaros pés uns aos outros.
Porque eu vos dei o exemplo, paraque, como eu vos fz, açais vós tam-bém” (João 13:13–15).
Jesus queria que os Doze — equer que cada um de nós — apren-dessem que a humildade e o serviçosão características dignas que deve-mos buscar adquirir. Ele ensinou queninguém é tão importante que nãopossa servir aos outros. De ato, umadas coisas que nos torna grandes énossa disposição de servir e doar denós mesmos. Como disse o Salva-dor: “O maior dentre vós será vosso
servo” (Mateus 23:11; ver tambémLucas 22:26).
Seguir o Exemplo do Salvador
Isso nos az relembrar o serviçoprestado após algumas das catástroesnaturais que ocorreram nos últimosmeses e anos. Testemunhamos tem-pestades, terremotos, omes e pesti-lência. Há muitos relatos de pessoasque, embora elas próprias estivessemsorendo, se importaram com outrasque estavam eridas, doentes ou dealguma orma necessitadas.
Depois que um terremoto destruiuas casas de milhares de pessoas noPeru, um bispo deixou as ruínas desua própria casa que desmoronavae correu para ver como estavam osmembros da ala e para abençoar e
consolar seu pequeno rebanho.
Enquanto uma mãe no Haiti cho-rava a perda de seus próprios ami-liares, após um terremoto, ela aindaestendeu a mão para ajudar a acalmaros temores e consolar outros queestavam desconsolados, ortalecendoos sobreviventes e ajudando-os aencontrar comida e abrigo.
No Chile, jovens adultos se apres-saram em ajudar na distribuição dealimentos e suprimentos às vítimas do
terremoto que ali ocorreu. Ao servi-rem, o rosto eliz e as mãos prestati-
vas daqueles membros contrastavamcom o ato de que eles própriosestavam em situação precária.
Todas essas pessoas e muitosoutros atenderam ao pedido do Salva-dor, ao dizer: “Como eu vos fz, açais
vós também” (João 13:15). Mais pararente, no capítulo 13 de João, lemos:
“Um novo mandamento vos dou:
Que vos ameis uns aos outros; comoeu vos amei a vós, que também vósuns aos outros vos ameis.
Nisto todos conhecerão que soismeus discípulos, se vos amardes unsaos outros” (versículos 34–35).
Perceberam com que requênciaos líderes da Igreja — desde o Presi-dente Thomas S. Monson e os Doze
Apóstolos até as presidências, bispa-dos e proessores locais — expressamseu amor por aqueles a quem elesservem? Esse amor advém quandoseguimos o exemplo do Salvador.
O serviço a nossos semelhantes éa maneira de expressarmos amor aeles. Talvez o amor e o serviço sejama mesma coisa. Verdadeiramente, elesnos distinguem como discípulos deCristo. ◼
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ILHAS DE FÉ: UMAHISTÓRIA DE DILIGÊNCIA
Somente com o acréscimo constante de juncos a sua ilha
é que a família Coila consegue impedir que ela afunde.
AS ILHAS FLUTUANTES DOS UROSUtama é uma entre aproximadamente 50 comunidades de ilhas
utuantes em que vivem várias centenas de descendentes dos uros,
povo pré-incaico que mora nessas ilhas há séculos.
Geralmente muitas amílias, quase sempre aparentadas umas com
as outras, moram em uma única ilha e dividem a tarea de mantê-la.
Outra amília compartilha metade de Utama com os Coilas.
As ilhas maiores chegam a abrigar até dez amílias.
As ilhas são rouxamente mantidas no local por uma longa corda ancorada
no undo do lago, embora em 2010 as âncoras tenham sido reorçadas
depois que um vendaval ora do comum arrancou mais de 40 ilhas de seus
locais de ancoragem e as lançou a vários quilômetros de distância.
Nelson e Dora Coila moramem uma ilha — não uma ilhatípica eita de rocha sólida
projetando-se para ora do mar oude um lago — mas uma minúsculailha que eles mesmos zeram com
juncos futuantes no Lago Titicaca,
no Peru. A construção de uma ilha e a tarea
de transormá-la num lar exigem é.Um leito de pouco mais de um metrode altura de juncos dispostos emcamadas sustenta a amília e pouco
mais de dez cabanas de sua ilha,acima da água a 10° C, e os elemen-tos estão sempre ameaçando literal-mente desintegrar a ilha que é seu lar.
Mas para Nelson e Dora, sua ilharepresenta sicamente o que eles pro-curam edicar espiritualmente para
sua amília: uma ilha de é capaz deresistir ao mundo.
O que aprenderam nesse processooi que a é para edicar sempreprecisa ser seguida da diligência demanter.
F O T O G R A F I A S : A D A M C .
O L S O N
Nelson Coila (à esquerda) acrescenta uma nova camada de juncos totora a Utaha, a ilha futuante
onde moram ele e a amília (acima), no Lago Titicaca.
Adam C. Olson
Revistas da Igreja
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O Motivo da ConstânciaPara os uros, povo que construiu
essas ilhas e mora nelas há gerações,o junco totora é uma parte essencialdo cotidiano. O junco, que cresce naspartes rasas do Lago Titicaca, podeser usado como lenha de ogão. Asraízes são comestíveis. A casca podeser usada para ns medicinais. E, éclaro, quase tudo é eito de junco: ascasas, os barcos tradicionais, as torresde vigia, as próprias ilhas e até oscestos de lixo.
Os uros constroem as ilhas empi-lhando camada sobre camada de
juncos. Mas como material de cons-trução, os juncos totora não durammuito. O sol az com que sequemdurante a estiagem. A umidadeda estação chuvosa apressa seu
apodrecimento. E as camadas doundo submerso se decompõem gra-dativamente. A contínua erosão dailha da amília Coila obriga Nelsona acrescentar uma nova camada de
juncos a cada dez a quinze dias.
“A construção da ilha oi só oprincípio”, diz ele. “Se eu parar deacrescentar juncos, a ilha vai se des-azer aos poucos. Mas quanto maiscamadas adiciono, mais orte ca ailha com o passar do tempo.”
O Perigo da Procrastinação
O acréscimo de uma camada de juncos não é uma tarea complexa oudiícil, mas requer trabalho. Seria ácil
deixar para depois. A procrastinação, porém, aumenta
o risco de um membro da amíliapisar num ponto raco, indo parardentro da água ria. Isso pode ser umsimples incômodo para os adultos,
mas é potencialmente atal para ascriancinhas, como Emerson, o lhode dois anos da amília Coila.
Por isso, Nelson acrescenta umacamada de juncos hoje, sabendoque a segurança de cada membro da
amília dependerá disso amanhã.É uma lição sobre diligência que
teve infuência marcante na vida daamília Coila.
Os Frutos da Diligência Diligência signica persistir em
azer algo, a despeito da oposição.1 Dora descobriu quão importante — equão diícil — podia ser a diligênciadepois de ser batizada em 1998.
Quando Dora tinha dezessete anos,ela e sua irmã mais nova Alicia orambatizadas — ajudando a Igreja a crescernas ilhas dos uros. Cerca de um mêsdepois, porém, o pai as proibiu de terqualquer contato com a Igreja.
Para a amília Coila — Nelson, Dora e Emerson — e demais uros que moram no Lago Titicaca,
o junco totora é muito importante para a manutenção da vida. Mas tal como os princípios do
evangelho, ele precisa estar sempre sendo utilizado.
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FORTALECER
CONTINUA-
MENTE A FÉ
“Não importa
quanta é tenhamos
agora para obede-
cer a Deus, precisaremos ortalecê-lacontinuamente e renová-la sempre.
(…) Aprender a começar cedo e
ser constante é a chave da prepa-
ração espiritual. A procrastinação
e a inconstância são seus inimigos
mortais.”
Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conse-lheiro na Primeira Presidência, “PreparaçãoEspiritual: Começar Cedo e Ser Constante”,
A Liahona, novembro de 2005, p. 38.
FAMÍLIAS FIÉIS
“Senti-me proun-
damente humilde
naquela ilha de
juncos utuantes no
Lago Titicaca com
as amílias de féis santos dos últimos
dias, e por ter sido convidado a azer
uma oração pela pequena Ilha de Apu
Inti pedindo ao Senhor que aben-
çoasse [suas casas e amílias].”
Élder Ronald A. Rasband da Presidência dosSetenta, “Experiências Especiais”, A Liahona, maio de 2008, p. 12.
Para saber mais sobre a visita do Élder
Rasband às ilhas dos uros, visite confe-
rence.LDS.org e procure o discurso dele na
conferência geral de abril de 2008.
Mas algo estranho aconteceu comas moças. De repente, passaram aser menos agradáveis de se convivere mais propensas a discutir. O paipercebeu que na época em que par-ticipavam das atividades da Igreja,
tinham mudado para melhor.“Isso o ez mudar de ideia”, diz
Dora. “Ele começou a acordar-noscedo para que chegássemos à igrejana hora certa.”
Dora atribui essa mudança ee-tuada pelo evangelho na vida delasa pequenas coisas que ela e Aliciaaziam regularmente, como pagar odízimo, orar, estudar as escrituras,santicar o Dia do Senhor e renovar
seus convênios todas as semanas aotomar o sacramento.
Mais tarde, vendo por si mesmoas transormações resultantes da é ediligência,2 o pai de Dora se liou àIgreja juntamente com o restante daamília.
As Recompensas da DiligênciaExige-se do povo do convênio
do Senhor que persevere em azer oque é certo, a despeito da oposição.Contudo, o Senhor promete grandesbênçãos aos que orem diligentes naoração,3 no cumprimento dos manda-mentos,4 na obediência à revelação,5 no estudo das escrituras6 e no serviçoem Sua obra.7
Por meio de experiências pessoaisque tiveram ao manterem sua ilha de
é, tanto no sentido literal quanto nogurado, a amília Coila descobriuque as recompensas da diligênciasão reais. “Às vezes somos suocadospela rotina diária de trabalhar, cozi-nhar e assim por diante”, diz Nelson.
“Quando nos esquecemos de Deus,as coisas cam complicadas. Há maisproblemas, e as coisas começam adesmoronar.”
Nelson az uma pausa para apon-tar para uma nova camada de juncosque ele acrescentou naquela manhã.
“Se ormos constantes”, garante ele,“se orarmos, estudarmos, jejuarmose realizarmos a noite amiliar regu-larmente, vamos tornar-nos maisortes.” ◼
NOTAS1. Ver Merriam-Webster’s Collegiate
Dictionary, 11ª ed., 2003, “diligence”; ver também “persevere”.
2. Ver Alma 32:41–43.3. Ver 1 Néf 2:18–19; 10:17–19;
Enos 1:12.4. Ver 1 Néf 15:8–11; 16:28–29;
Enos 1:10; Mosias 1:11; 4:6.5. Ver Mosias 1:16; Alma 12:9–11.6. Ver Mosias 1:6–7; Alma 17:2.7. Ver Jacó 1:19; 5:75; Morôni 9:6.
Para ver mais otografas desta
história, visite liahona.LDS.org.
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36 A L i a h o n a
Joseph, de sete anos, oi criadoperto da água. Ou melhor,passou a inância totalmente
rodeado de água: as águas riasdo Lago Titicaca, no Peru. É issoque acontece quando se mora emuma pequena ilha eita de juncosfutuantes.
Joseph e sua amília azem partedo povo uro, que construiu ilhasfutuantes no Lago Titicaca e mora
nelas há centenas de anos. Elespescam no lago. Tomam banho nolago. Remam pelo lago para ir deuma ilha a outra.
Você pode achar que Joseph, porestar tão acostumado com a água,não caria com medo de entrarnuma pia batismal a poucos mesesda data de seu batismo. Mas elesente o mesmo que muitas outrascrianças.
“Estou animado”, diz ele. “Mastenho medo de ser aundado na água.”
Por estarem cercadas de água, ascrianças uros são ensinadas a tomarcuidado com a água. Por isso, depoisque Joseph contou aos pais sobreseus temores, a amília conversousobre o batismo na noite amiliar, e
Joseph e o pai praticaram o que azer.
“Meu pai vai me batizar”, diz Joseph. “Ele me ajudou a não tertanto medo.”
Joseph agora está se preparandodiligentemente para o batismo. Eleesorça-se particularmente para pres-tar atenção na Primária e aprender asRegras de Fé. Ele sabe que isso vaiajudá-lo agora e no uturo.
“Vou azer missão”, diz ele.“Tal como Né disse, eu irei e
cumprirei as ordens do Senhor”(ver 1 Né 3:7). ◼
Sem Medo da ÁguaJoseph da Ilha Apu Inti, Lago Titicaca, Peru
ALGUMAS DASCOISAS FAVORITASDE JOSEPH
• A história de quando
Néf consegue pegar
as placas de latão
(ver 1 Néf 3–4).
• A décima regra de fé.
• Brincar com a irmã, a
sobrinha (acima) e o
sobrinho.
• Comer truta e batatas
ritas.
• Cuidar de seu cordeiro.
Adam C. Olson Revistas da Igreja
C R I A N Ç A S
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V O Z E S D A I G R E J A
Quando eu era universitário, o
programa de excelência acadê-
mica no qual eu estava matriculado
exigia que os alunos escrevessem
uma tese. Cada tese dos alunos
tinha que ser supervisionada e
aprovada por dois proessores.
Para minha tese, decidi pesqui-
sar e analisar as guerras do Livro de
Mórmon. Consultei um proessor a
respeito de minha ideia, e ele concor-
dou em ser um de meus orientadores.
Também sugeriu outro proessor
como possível segundo orientador.
Fui alar com o segundo proessor
para explicar-lhe o tema de minha
tese. Assim que mencionei o Livrode Mórmon, sua atitude mudou e
ele começou a criticar a Igreja. Ouvi
em silêncio até ele terminar e depois
expliquei brevemente que achava que
ele compreendera mal nossas cren-
ças. Ele não me pareceu convencido,
mas para minha surpresa concordou
em supervisionar minha tese.
Depois de pesquisar e redigir o
texto por mais de um ano, encami-
nhei minha tese para a aprovação
Quase que imediatamente,
ele começou a deserir seuataque — não a minha tese,
mas ao Livro de Mórmon.
Da maneira mais serena
que pude, prestei testemu-
nho do Livro de Mórmon.
MINHA DEFESA DE TESE — E OLIVRO DE MÓRMON
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J u l h o d e 2 0 1 1 39
QUANDO EUREENCONTRARMEU IRMÃO
Quando eu era menina, desejava
ardentemente que meu irmão,
Juan Fernando, corresse e brincasse
como as outras crianças. Quando per-
guntei a minha mãe por que ele não
conseguia azer isso, ela disse que ele
havia sorido uma severa lesão cerebral
ao nascer, por alta de oxigênio, e que
nunca conseguiria azer essas coisas.
Meu irmão passou a vida inteira
no leito. Como ui criada na Igreja, eu
compreendia e aceitava a condição
dele e sabia que ele tinha um espírito
grandioso. Mesmo assim, meu cora-
ção de jovem ansiava para que ele
osse como os outros, mesmo que
não conseguisse imaginar como seria
vê-lo andar, correr ou alar.
Eu cava preocupada em saber
quem cuidaria dele se o restante
da amília morresse antes dele. Em
orações ervorosas, roguei ao Pai
Celestial que não nos levasse antes de
levar o Juan Fernando. Eu sabia que
Ele atenderia a minha oração.
Meu irmão tinha dezesseis anos
quando morreu, numa ria tarde de
inverno, deixando um imenso vazioem nossa amília. Sentimos tristeza,
mas também esperança. Poucos
dias depois de sua morte, adormeci
enquanto pensava nele e tive um
lindo sonho.
Eu estava andando, mas minha
visão estava embaçada pelas nuvens.
Vi algo ao longe, por isso continuei
lentamente caminhando em direção
àquilo. Ao me aproximar, vi que era
uma carruagem cheia de belas fores.Enquanto as admirava, notei um belo
rapaz, vestido de branco, parado ao
lado do veículo. Parei um instante,
tentando reconhecê-lo, então me
dei conta de que era meu irmão.
Fiquei muito eliz em vê-lo. Ele alou
comigo, e eu quis abraçá-lo e beijá-lo.
Então, acordei.
Fiquei imensamente grata por ter
ouvido sua voz e tê-lo visto em sua
pereita orma. Posso apenas imaginar
como será quando nos reencontrar-
mos. Tenho certeza de que haverá
abraços e beijos e palavras carinho-
sas, tudo isso graças à Expiação de
Jesus Cristo. Graças ao Salvador,
todos vamos ressuscitar e poderemos
nos reunir em amília, para nunca
mais nos separar.
Lembro-me das palavras de Amu-
leque: “O espírito e o corpo serão
reunidos em sua pereita orma;
os membros e juntas serão recons-
tituídos em sua estrutura natural”
(Alma 11:43).
Sinto-me grata pelo evangelho
restaurado de Jesus Cristo, que me
az sentir paz na alma. Sei que verei
novamente meu irmão um dia. ◼
María Isabel Parra de Uribe, México
dos proessores. Naquele ano, eu
tinha sido aceito na aculdade deDireito e precisava terminar aquele
projeto para ormar-me e prosseguir
os estudos.
Em uma semana, recebi um e-mail
do proessor que criticara a Igreja.
Pediu-me que osse alar com ele em
sua sala.
Quando lá cheguei, pediu-me que
echasse a porta e me sentasse. Quase
que imediatamente, começou a des-
erir seu ataque — não a minha tese,mas ao Livro de Mórmon. Da maneira
mais serena que pude, prestei teste-
munho do Livro de Mórmon.
Hesitante, perguntei ao proessor
se ele ainda aprovaria minha tese. Ele
disse que não.
Fui para casa sentindo-me depri-
mido e sem saber ao certo o que
azer. Sem a aprovação daquele
homem, eu perderia a chance de
ormar-me no programa de excelên-
cia e de começar a estudar Direito.
Orei para que de alguma orma
tudo desse certo.
Quando expliquei minha situação
ao outro proessor que supervisio-
nava minha tese, ele me aconselhou
a ir alar com o proessor no dia
seguinte e dar-lhe outra chance de
aprovar minha tese.
Na manhã seguinte, eu estava
esperando do lado de ora da sala do
proessor. Estava nervoso, sem saber
como ele reagiria ao ver-me nova-
mente. Quando ele chegou, abriu
a porta calado e ez sinal para que
eu entrasse. Sem dizer uma palavra,
pegou uma caneta e assinou minha
tese, dando-me ocialmente sua apro-
vação. Não deu nenhuma explicação
do que o zera mudar de ideia, mas
sorriu para mim quando me despedi.Sinto-me grato por ter tido a
oportunidade de prestar testemu-
nho àquele homem. Sei que quando
deendemos as coisas em que acredi-
tamos, o Pai Celestial nos ortalece e
abençoa. ◼
Scott Macdonald, Califórnia, EUA
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40 A L i a h o n a
Nasci numa cidadezinha do norte
da Inglaterra em 1947. Quando
tinha quinze anos, conheci os mis-
sionários por intermédio de amigos
e entrei para a Igreja. Minha amília,
porém, não se liou.
Ao aprender a respeito dos anti-
gos pioneiros da Igreja, senti certa
inerioridade por não ter um legadode antepassados que cruzaram as
planícies. Mas à medida que progredi
no evangelho, meus sentimentos
mudaram.
Passei a compreender que os anti-
gos pioneiros prepararam o caminho
para que pessoas como eu se lias-
sem à Igreja. Os dois missionários
que me apresentaram o evangelho
eram descendentes daqueles pionei-
ros, por isso devo muito aos pionei-
ros. Passei a sentir-me ligada a eles
de um modo muito especial.
Também me dei conta de que
tenho sim um legado de pessoas
generosas e trabalhadoras que se
sacricaram, labutaram e até travaram
guerras para permitir que eu tivesse
coisas que eles nunca tiveram e me
proporcionar a liberdade que usu-
ruo hoje. Meus pais não se liaram
à Igreja, mas me criaram com bons
princípios e valores que me prepara-
ram para aceitar o evangelho.
Por m, descobri que há muitos
tipos de pioneiros. Sou um mem-
bro da Igreja de primeira geração.
Minha amília não cou eliz com
minha decisão de ser batizada, o
que dicultava minha requência às
MEUS DIAS DE PIONEIRAEM CALGARY
reuniões. Nosso pequeno
ramo enrentava diculda-
des por alta de membros,
principalmente de portado-
res do sacerdócio. Por m,
cou evidente que a missão
ia echá-lo.
Por esse motivo, resolvi
mudar-me para o Canadá— uma das decisões mais
diíceis que tomei na vida.
Eu era lha única e amava
muito meus pais, e eles também me
amavam, mas estaria arriscando meu
testemunho se casse num lugar em
que não pudesse requentar a Igreja.
Ainda me lembro da noite em que
parti: meu pai correndo ao lado do
trem jogando-me beijos enquanto
minha mãe olhava xamente. Senti
imensa tristeza no coração, mas sabia
que devia partir.
Cheguei a Calgary, Alberta, no Dia
das Mães, em maio de 1967. Fui à
Igreja com os membros em cuja casa
eu me hospedara e chorei durante toda
a reunião. Lembro-me de ter escrito
cartas para meus pais com lágrimas no
rosto, dizendo-lhes que tinha adorado
o Canadá, mas sentia muita saudade da
Inglaterra e da amília.
Tive diculdades para adaptar-me
à nova vida, senti saudades e solidão
e tive decepções, porém mantive-me
el ao evangelho. Assistia a todas as
reuniões e aceitei chamados. Esses
oram meus dias de pioneira.
Por m, conheci meu marido.
Fomos selados no Templo de
Cardston Alberta e criei três lhos
na Igreja.
Toda vez que volto à Inglaterra,
minha mente se enche de recor-
dações de minha conversão e não
posso deixar de me sentir grata por
minhas bênçãos. Onde eu estaria
hoje se não tivesse tido a coragem
de tomar uma decisão tão diícil e
seguir o Espírito?
Serei eternamente grata aos anti-
gos pioneiros, dentro e ora da Igreja,
que abriram o caminho para que eu
e outras pessoas como eu pudessem
ouvir o evangelho. Os que nos ante-
cederam me deram a oportunidade
e a coragem de ser uma pioneira dos
dias atuais. ◼
Lorraine Gilmour, Ontário, Canadá
Ainda me lembro da noite em
que parti: meu pai correndo ao
lado do trem jogando-me beijos
enquanto minha mãe olhava
fxamente. Senti imensa tristeza
no coração, mas sabia que devia
partir.
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V O Z E S D A I G R E J A
Tal como Nauvoo, Illinois, a cidade
de Natchez, Mississippi, EUA, ca
no alto de um penhasco com vista
para o Rio Mississippi. Os primeiros
santos dos últimos dias que chega-
vam da Inglaterra costumavam passar
por Natchez em sua jornada rio
acima de Nova Orleans até Nauvoo.
Na verdade, em 1844, um grupo dearruaceiros pôs ogo em um barco
ancorado em Natchez que levava um
certo número de membros da Igreja.
Quando cheguei a Natchez para
assumir um trabalho no Serviço
Nacional de Parques dos Estados
Unidos, tinha muitas dúvidas e temo-
res. Tinha deixado para trás tudo que
era conortável e conhecido em Utah
e, ao me instalar naquela cidade nova
e aparentemente estranha, senti-me
perdida e solitária.
Em meu primeiro dia de treina-
mento, o guarda forestal supervisor
me conduziu por uma mansão da
época da Guerra Civil americana
que havia no parque, demons-
trando o tipo de visita guiada que
eu teria de realizar em breve.
Quando terminamos de explo-
rar o andar térreo, eu já estava
tendo diculdades para lem-
brar todos os detalhes. Desde
a mobília estilo rococó rancês
DUAS CIDADES E A TERNAMISERICÓRDIA
até a louça de porcelana inglesa,
a requintada casa personicava a
prosperidade sulina, deixando-me
totalmente assoberbada. Ao dar-me
conta de que ainda precisávamos
ver o segundo andar da casa, ui
dominada por um sentimento de
rustração e saudade de casa.
Ao subirmos a grande escadaria,a pintura a óleo de uma paisagem
me chamou a atenção. Nunca a tinha
visto, mas havia algo amiliar nela.
Meus olhos oram atraídos para um
grande ediício retratado no topo da
colina da cidade, e reconheci a grande
curva que o rio azia em torno dela.
Será que era o que eu suspeitava?
Perguntei se a pintura retratava
Nauvoo. Meu supervisor, surpreso
com a pergunta, respondeu que de
ato era. Logo quei sabendo que o
quadro tinha sido comprado por um
dos últimos proprietários da casa,presumivelmente porque havia sido
pintado em meados do século XIX, e
a cena do rio se parecia muito com a
paisagem de Natchez.
Os santos que passaram por
Natchez em meio às perseguições
devem ter sentido muito alívio e
gratidão quando nalmente chega-
ram a Nauvoo. De modo semelhante,
senti consolo quando vi a pintura de
Nauvoo naquela mansão. A visão dapintura me ajudou a saber que o Pai
Celestial estava a par de minha situa-
ção e que me abençoaria com orças
para sobrepujar a saudade que eu
sentia de casa, meus medos e minhas
dúvidas. Eu sabia que a pintura de
Nauvoo era uma terna misericórdia
do Senhor. ◼
Tiffany Taylor Bowles, Illinois, EUA
Ao subirmos a grande escada-
ria, a pintura a óleo de uma
paisagem me chamou a
atenção. Será que era o que
eu suspeitava?
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42 A L i a h o n a
Conta-se a seguinte históriasobre um grupo de bombeirosparaquedistas. Esses homens e
mulheres corajosos combatem incên-dios orestais pulando de paraquedassobre um incêndio e combatendo-o
de cima para baixo, enquanto outros ocombatem do solo.
Durante um incêndio orestalparticularmente extenso, uma equipede elite de bombeiros paraquedistasse reuniu para receber instruçõesantes de decolar com seu avião. Odespachante operacional de voo —um bombeiro muito sensato e expe-riente — disse aos paraquedistas queas coisas estavam muito instáveis e
que não poderia dar-lhes instruçõesprecisas. Em vez disso, instruiu odespachante, os paraquedistas deve-riam contatá-lo pelo rádio assimque descessem sobre o cume de umpenhasco que se erguia acima doincêndio. Então, ele lhes daria instru-ções quanto ao curso a seguir paracomeçar o combate ao ogo.
Rapidamente os paraquedistaspartiram em seu avião, desceramde paraquedas sobre o cume dopenhasco, acima do incêndio, ereuniram-se para a ação. Como viamo ogo de cima, conseguiam divisarmeia dúzia de caminhos possíveisque poderiam tomar para começarseu trabalho.
De acordo com o combinado como despachante, o líder da equipe tirou
da mochila o aparelho de rádio por-tátil, encontrou a requência certa echamou o despachante para solicitarinstruções sobre qual caminho deve-riam tomar. No entanto, só conseguiucaptar ruídos no rádio e não ouvia odespachante de modo algum.
Supondo que o despachante esti-
vesse ocupado com outras tareas,os paraquedistas decidiram esperardez minutos e tentar novamente. Masquando tentaram contatar o despa-chante pela segunda vez, tiveram omesmo resultado: apenas chiados enada de instruções.
Os paraquedistas trocaram ideiasentre si. Ainda conseguiam avistar
vários caminhos que desciam pelamontanha e que os colocariamem boa posição para combater oogo. Mas fcaram preocupadoscom o ato de não terem recebidonenhuma instrução do despachante.
Temiam que, caso começassem aseguir o caminho que melhor lhesparecesse, poderiam estar seguindoum curso contrário ao que o despa-chante queria que tomassem, o que
os obrigaria a reazer os passos.Então, decidiram esperar no topo
do penhasco. Quinze minutos depois,tentaram chamar o despachante nova-mente. Nada. Tiraram as mochilas dascostas e procuraram um lugar parasentar. Trinta minutos tornaram-seuma hora, e uma hora tornou-se
duas. Ficavam sempre tentando con-tatar o despachante. Mas, como antes,captavam apenas ruídos.
Os paraquedistas decidiram almo-çar. Em seguida, como ainda nãoconseguiram contatar o despachante,reclinaram-se sobre a mochila etiraram um cochilo. Estavam rustra-dos. Se o despachante simplesmentelhes desse atenção e lhes indicasseo caminho a seguir, é com satisaçãoque o trilhariam e iniciariam seusesorços de combate ao ogo. Maso despachante parecia ignorá-los,provavelmente preocupado com osoutros. Decidiram que não iriam semover sem instruções dele. Afnal, taisinstruções lhes tinham sido prometi-das antes de descerem de paraquedassobre o penhasco.
E L E S F A L A R A M P A R A N Ó S
Élder Von G. Keetch
Setenta de Área, Área Utah Salt Lake City
Relaxar no alto do penhasco pode parecer
uma forma segura de evitar erros, mas tam-
bém é uma forma de impedir o progresso.
AgirCOMEÇAR A
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J u l h o d e 2 0 1 1 45
vida. Não precisamos que uma reve-lação nos instrua a sair e cumprirnosso dever, porque isso já nos oi
dito nas escrituras; tampouco deve-mos esperar que a revelação substi-tua a inteligência espiritual ou ísicaque já recebemos. Ela simplesmente
vai ampliá-la. Precisamos seguiradiante com nossa vida normal-mente, trabalhando todos os dias,seguindo as rotinas, regras e normasque governam a vida.
As regras, normas e os manda-mentos são uma proteção valiosa.
Se precisarmos de uma instruçãorevelada para alterar nosso curso,ela estará nos esperando ao longodo caminho, assim que chegarmosao ponto em que necessitaremosdela.”1
Testifco que a melhor e maisclara orientação que recebemos na
vida não vem quando fcamos ape-nas à espera de que o Pai Celestialnos envie ajuda e orientação, mas
quando nos ocupamos zelosamenteem realizar uma tarea. Para vocêsque estão esperando que o Senhorlhes dê orientação em sua vida —que precisam de ajuda com umadecisão ou questão importante —deixo-lhes este desafo: Em espíritode oração e com muito cuidadousem sua própria inteligência eseus próprios recursos para esco-lher um caminho que lhes pareçacerto. Depois, empenhem-se zelosa-mente em seguir esse caminho (verD&C 58:26–28). Quando chegaro momento de uma correção decurso, Ele estará ao lado para ajudá-los e orientá-los. ◼NOTA
1. Boyd K. Packer, “A Busca do Conheci-mento Espiritual”, A Liahona, janeiro de2007, p. 14.
Laurel Teuscher
Eu achei que estava me saindobem. Tinha servido missão,
havia me ormado na aculdade,conseguira um emprego de tempointegral e fnalmente me mudarapara um apartamento para morar
sozinha. Frequentava a Igreja todosos domingos e, às vezes, ia às ativi-dades. Tinha muitos amigos, soltei-ros e casados, e de repente passei ater mais tempo para a leitura, meumaior prazer na inância. Contudo,mesmo com todas essas atividades,ainda me sentia perdida.
Em Alma, capítulo 37, lemosos conselhos de Alma a seu flhoHelamã. Nos versículos 41–42, Alma
ala da amília de Leí e da Liahona.Explica que a Liahona não uncio-nava quando eles eram “negligentese [esqueciam-se] de exercitar sua ée diligência” e que “eles não pro-grediram em sua jornada. Portantose demoraram no deserto, ou seja,não seguiram um caminho direto”. Aleitura desses versículos me ajudou aperceber que eu não estava progre-dindo. Não estava exercitando minhaé nem sendo diligente em nadaem minha vida. Tinha parado deesorçar-me por um objetivo. Estavasimplesmente à espera de que algoacontecesse.
Não houve um momento espe-cífco em que fz uma lista e anoteitudo que eu precisava mudar. Pelo
POR MEIO DE PEQUENOS
RECURSOS
contrário, essas mudanças vierampouco a pouco. Primeiro, comeceia me levantar cedo para correrou azer alguma outra orma deexercício. Em seguida, comecei aprocurar cursos que me ajudassem
a progredir em meu trabalho oume permitissem conseguir outro.Encontrei um curso e depois mepreparei para azer os testes exigi-dos para a inscrição. O estudo dasescrituras e a oração tornaram-semais importantes para mim, etentei passar um tempo a cada diasaboreando as palavras de Cristo ebuscando sentir o Espírito. Fiz umesorço especial para envolver-me
mais em minha ala — mesmoque isso signifcasse sacrifcar umpouco de meu tempo.
Desde que comecei a azer essaspequenas mudanças, sinto maiselicidade. Sinto que estou progre-dindo e que o Pai Celestial está medando novos desafos. Posso enren-tar esses desafos com esperançae não com medo ou desânimo.
Aprendi que quando deixamos detrabalhar ou de exercer nossa é ede caminhar em uma direção, o PaiCelestial não pode nos ajudar a pro-gredir e não vamos chegar a nossodestino. Sinto imensa gratidão pelaspequenas mudanças em minha vidaque me ajudaram a ver um caminhoa seguir. ◼
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46 A L i a h o n a
Direto ao Ponto
T
alvez você já tenha assis-
tido a um batismo em quea ordenança precisou ser reali-zada duas vezes porque a pes-soa que estava sendo batizadanão estava totalmente imersa na
água da primeira vez.Como o batismo é
uma ordenança
de salvação, é essencial que
seja realizada de modo exatoe correto.
O batismo é um ato sim-bólico. “Simboliza a morte, osepultamento e a ressurreiçãoe só pode ser realizado porimersão” (Bible Dictionary,“Baptism”). A imersão na águarepresenta a morte e o sepul-tamento de Jesus Cristo, mastambém representa a morte de
nosso eu natural (ver Roma-nos 6:3–6). O ato de sermoserguidos da água simboliza aRessurreição de Jesus Cristo erepresenta nosso renascimentocomo Seus discípulos de convê-nio. As duas testemunhas quecam ao lado da pia batismalobservam a ordenança paracerticarem-se de que a pessoaque está sendo batizada seja
completamente imersa, simboli-zando um renascimento total.
Quando somos batizados,seguimos o padrão estabelecidopelo Salvador, que oi batizadopor imersão no Rio Jordão (verMateus 3:13–17). O Pai Celestialdeseja que cada um de Seuslhos seja puricado de seuspecados para poder viver comEle novamente. O batismo porimersão, como o de Cristo, éuma parte essencial de Seuplano divino. ◼
Por quetemos de ser
completamenteimersos na
água quandosomos batizados?
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J u l h o d e 2 0 1 1 47
companheiro
mas não sei sesinto o Espírito
constantemente.Há algo de erradocomigo?
S
e você or digno, mas não
sentir o Espírito em todos osmomentos, isso pode signicarque você ainda está aprendendoa reconhecer e a seguir a orien-tação do Consolador. O ÉlderDavid A. Bednar, do Quórumdos Doze Apóstolos, explicou:“Mesmo quando nos esorça-mos para ser éis e obedientes,existem épocas nas quais aorientação, a segurança e a pazde espírito não são percebidascom acilidade em nossa vida”(“Para Que Possamos Ter Sem-pre Conosco o Seu Espírito”, A Liahona, maio de 2006, p. 28).
Se você não sabe se o
Há muitos videogames quesão sadios, desaadores e
divertidos, e alguns jogos para vários participantes podemser uma agradável atividadesocial. A Igreja não é contraos videogames, mas pede aos
jovens que sejam sensatos em
sua escolha de jogos e no totalde tempo que gastam com eles.Fomos ordenados a utilizarnosso tempo com sabedoria(ver D&C 60:13). O simples atode uma atividade ser sadia edivertida não signica que valhaa pena realizá-la.
O Élder M. Russell Ballard, doQuórum dos Doze Apóstolos,explicou: “Uma das maneiras
pelas quais Satanás (…) enra-quece nossa orça espiritual éincentivando as pessoas a dis-penderem muito tempo azendocoisas de pouca importância.Rero-me a coisas como passarhoras a o assistindo à televisãoou a vídeos, jogando videoga-mes madrugada adentro [ou]navegando na Internet” (“BeStrong in the Lord”, Ensign,
julho de 2004, p. 13).Não há problema em passar
algum tempo jogando videoga-mes que sejam condizentes comos padrões de mídia delineadosem Para o Vigor da Juventude. Mas disponha-se a largar os con-troladores ou a desligar o com-putador e passar a azer outracoisa. Não deixe que os video-games o impeçam de participarde atividades proveitosas comoexercitar-se, estudar o evange-lho, azer as tareas da escola ouconviver com a amília. ◼
O Espírito
ser nossoSanto deveria
constante,
Espírito Santo está com você,
reserve um momento paracar quieto e ouvir. Você podesentir a infuência do Espíritocomo uma conrmação calmae serena. Procure reconhecer a
voz mansa e delicada quandoestiver azendo coisas queatraem o Espírito, como orar,estudar as escrituras ou parti-cipar da reunião sacramental.
À medida que você seguir os
sussurros e procurar ouvir oEspírito, sua capacidade de dis-cernir esses sentimentos serenose sutis vai melhorar.
Você tem que viver digna-mente para que o Espírito oacompanhe (ver Mosias 2:36).Se você não sentir a infuênciado Espírito em sua vida, essepode ser um sinal de que vocêprecisa arrepender-se e reavaliar
suas prioridades. Você podeconvidar a presença do o Espí-rito em sua vida com o arre-pendimento sincero, a oração,o estudo das escrituras e outrasatividades edicantes.
A Igrejaé contra todos os
videogames
ou apenas os violentos?
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FOFOCANÃO PASSE ADIANTE.
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J u l h o d e 2 0 1 1 49
Nosso Espaço
Tirei esta otografa em Tessalô-
nica, Grécia. Ela me lembra as
névoas de escuridão do sonho de
Leí (ver 1 Néf 8:22–24).
Kevin K., Alemanha
COMO TER
PENSAMENTOS
PUROS
Mesmo que maus
pensamentos
nos batam à porta, não
precisamos convidá-los
a entrar e a sentar-se. A
melhor hora para defen-
der-nos da tentação é
quando o pensamento
começa a tomar forma.
Destrua a semente, e
a planta jamais cres-
cerá. Quando me vejo
nessa situação, canto
meu hino favorito e
procuro ter a imagem de
Jesus no coração até con-
seguir resistir. Se resistir-
mos persistentemente aos
maus pensamentos, eles
irão embora.
Jorge G., Venezuela
E N V I E sua hist ór ia, ot ogr afa ou se u c ome nt ár io par a liahona@LDSc hur c h.or g. Esc r e v a se u nome c omple t o, ala ou r amo, e st ac a ou d ist r it o, e a
pe r missão d e se us pais ( pod e se r por e -mail). Se us c ome n-t ár ios pod e m se r alt e r ad os por mot iv o d e e spaç o ou d e c lar e za.
“Meu conselho para todos
é que olhemos para o
farol do Senhor. Não há neblina
tão densa, noite tão escura,
temporal tão forte, marinheiro
tão perdido que seu facho de
luz não possa resgatar. Ele brilha
em meio às tormentas da vida.
O farol do Senhor envia sinais
prontamente reconhecidos e
infalíveis.”
Presidente Thomas S. Monson,
“Palavras de Encerramento”,
A Liahona, maio de 2010, p. 112.
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50 A L i a h o n a
C O M O E U S E I ?
Eram 11 horas da noite, e eu
estava em meu quarto depoisde sair com algumas amigas da
escola. Sabia que não havia tomadoas melhores decisões naquela noite.“Mas”, justifquei-me, “também nãooram as piores”.
Frustrada, peguei uma tarea daescola para azer. Estava tão cansadaque só queria terminar logo parapoder dormir. “Ainda tenho que leras escrituras. Mas acho que hoje não
vou azer isso”, pensei.Comecei a pensar em tudo que
precisava azer. Ler as escrituras, ir aoseminário diário, requentar a Igreja ea Mutual, tirar boas notas, participarde atividades extracurriculares, ter umemprego de meio período… a listacontinuava.
Sentia-me muito pressionada emtodas as áreas de minha vida, espe-cialmente por ser o único membro daIgreja em minha escola secundária.Fiquei lembrando a mim mesma quetalvez eu osse a única representantedos santos dos últimos dias que meusamigos conheciam, por isso tinha deser um bom exemplo. Mas sabia queestava começando a tropeçar.
“Queria ser despreocupada comomeus amigos”, pensei. Também
desejava não me sentir tão mal
quando ia a uma esta ou dizia umapalavra eia, mas a verdade era queme sentia assim. Chegava a passarmal quando azia escolhas que nãoeram as certas. Por algum motivo,porém, eu continuava a azer essasescolhas.
Era quase meia-noite quandoterminei meu dever de casa. Dali acinco horas meu despertador estariatocando. Eu ia acordar, arrastar-me
até o seminário e tentar suportaroutro dia de escola.
Foi então que me veio a luz. Eunão tinha que obedecer a todas asregras. Podia parar de requentar aIgreja, o seminário e a Mutual, se qui-sesse. Só porque minha amília ia, eunão era obrigada a azer o mesmo.
Foi um pensamento extremamentelibertador. Fui me deitar e quasehavia adormecido quando tive a orteimpressão de que deveria ler as escri-turas. “Não”, pensei. “Cansei.”
Senti aquilo novamente. Dessa vez, pensei: “Talvez apenas mais umaúltima vez”.
Naquele ano, no seminário, estáva-mos estudando o Novo Testamento.
Abri no lugar em que estava meu mar-cador, no capítulo 1 de Tiago. Foi esse
A RESPOSTA NO
VERSÍCULO OITO
o capítulo que Joseph Smith leu e que
o inspirou a ir até o Bosque Sagradoe a abrir o coração ao Pai Celestial.“Quer ironia”, pensei. Comecei a ler.
O versículo 5 me era conhecido:“Se algum de vós tiver alta de sabe-doria (…)”. Mas oi o versículo 8 queme abriu os olhos naquela noite.Dizia: “O homem de coração dobreé inconstante em todos os seus cami-nhos”. Gelei. Li novamente.
Eu estava sendo inconstante.
Dizia ser santo dos últimos dias, masminhas ações começavam a dizeroutra coisa. Se continuasse assim, nãoimportava o caminho que tomasse, euseria instável e insegura e, portanto,muito ineliz.
Eu precisava saber se o evangelhoera verdadeiro. Precisava saber se valiaa pena acordar às 5 horas da manhãtodos os dias para estudar o evange-lho. Precisava saber se estava tentando
viver a vida da melhor orma possível,apesar de ser às vezes ridicularizada,porque isso realmente me proporcio-naria maior elicidade e alegria.
Era quase 1 hora da madrugada,mas ajoelhei-me ao lado da cama eabri o coração ao Pai Celestial. Pedi-Lhe ajuda para saber o que era certo,para saber que rumo seguir e para
Angelica Nelson
Joseph Smith encontrou sua resposta em Tiago 1:5.
Encontrei a minha alguns versículos depois.
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J u l h o d e 2 0 1 1 51
que me tomasse pela mão e aastassea conusão que eu sentia.
De modo simples, claro e sereno, veio-me à mente este pensamento:“Você já sabe”. E eu sabia.
Levantei-me, apaguei a luz e medeitei para dormir. Quatro horasdepois, o despertador tocou. Comsono, eu o desliguei. Um minutodepois, estava de pé, pronta paraoutro dia, inclusive para o semináriodiário.
Já se passaram anos desde que
tive aquela maravilhosa experiênciapessoal no meio da noite. Meu teste-munho continua a crescer. Às vezes,ele fca mais orte do que em outrasocasiões. A dierença é que eu sei enunca olhei para trás. ◼
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52 A L i a h o n a
O Sorimento dos Pioneiros“A primeira jornada de 1847,
organizada e liderada por Brigham
Young, é descrita pelos historiadores
como uma das grandes epopeias da
história dos Estados Unidos. Cente-
nas de pioneiros mórmons soreram
e morreram por causa de doenças,
intempéries ou ome. Houve alguns
que, por alta de carroções e parelhas,
literalmente caminharam mais de dois
mil quilômetros através das planícies
e montanhas, puxando e empurrando
carrinhos de mão.”1
Inspirar Fé
“Cada um de nós pode aprender
muito com nossos antepassados
pioneiros, cujas tribulações e pesares
oram vencidos com determinação,
coragem e a é inabalável num Deus
vivo. (…) Entre os milhares que
empurraram carrinhos de mão ou
caminharam ao longo da trilha dos
pioneiros havia jovens e crianças,
assim como entre os santos de nossos
dias de hoje, que são pioneiros em
dierentes áreas em todo o mundo.
A meu ver, não há nenhum membro
da Igreja que não tenha sido tocado
pelos relatos dos pioneiros. Os
pioneiros que tanto zeram pelo bemde todos certamente tinham como
objetivo inspirar a é. E eles alcança-
ram sua meta de modo magníco.”2
Enrentar Difculdades
“As olhas marcadas pelo tempo
do diário empoeirado de um pioneiro
descrevem com emoção: ‘Inclina-
mo-nos em humilde oração a Deus
Todo-Poderoso, com o coração cheio
de gratidão a Ele, e dedicamos esta
terra a Ele como lugar de habitação
de Seu povo.’
As casas rústicas oram descri-
tas nestes termos por alguém que
estava lá quando menino: ‘Não havia
nenhum tipo de janela na casa. Tam-
bém não havia porta. Minha mãe pen-
durou uma colcha velha, que serviu de
porta para o primeiro inverno. Aquele
era nosso quarto, nossa sala de visitas,
nossa sala de estar, nossa cozinha,
nosso quarto de dormir, tudo naquele
cômodo de cerca de 4 por 5 metros.
Nem sei como conseguimos supor-
tar tudo aquilo. Lembro que minha
querida mãe declarou que nenhuma
rainha ao entrar em seu palácio cava
mais eliz e orgulhosa de seu teto e
das bênçãos do Senhor do que ela
NOSSAHONROSA
Presidente
Thomas S. Monson
quando entrava naquele casebre.’Essas oram as provações, as di-
culdades, lutas e tristezas daquela
época. Foram enrentadas com cora-
gem resoluta e é inabalável no Deus
vivo.”3
Pioneiros Atuais
“Honramos aqueles que suporta-
ram diculdades incríveis. Louvamos
o nome deles e refetimos sobre os
sacriícios que zeram.
Mas e nossos dias? Há experiên-
cias pessoais pioneiras para nós? Será
que as gerações uturas vão refetir
com gratidão a respeito de nossos
esorços, de nosso exemplo? Nossos
[jovens] podem realmente ser pionei-
ros na coragem, na é, na caridade, na
determinação.
Vocês podem ortalecer uns aos
outros, vocês têm a capacidade de
perceber o que não é acilmente
percebido. Se tiverem olhos para ver,
ouvidos para ouvir e coração para
sentir, poderão estender a mão e res-
gatar pessoas de sua idade.”4
O Maior dos Pioneiros
“Folheando as páginas da histó-
ria das escrituras do início ao m,
Todos podemos aprender muito com nossos antigos antepassados
pioneiros, cujas lutas e sofrimentos foram enfrentados com
coragem resoluta e fé duradoura no Deus vivo.
HERANÇA PIONEIRA
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J u l h o d e 2 0 1 1 53
aprendemos sobre o maior de todosos pioneiros, sim, Jesus Cristo. Seu
nascimento oi predito pelos proe-
tas antigos. Sua entrada no palco da
vida oi anunciada por um anjo. Sua
vida e ministério transormaram o
mundo. (…)
Uma rase do livro de Atos tem
imenso signicado: Jesus ‘andou
azendo bem, (…) porque Deus era
com ele’ (Atos 10:38). (…)
Sua missão, Seu ministério entre
os homens, Seus ensinamentos de
verdade, Seus atos de misericórdia,
Seu amor inabalável por nós susci-
tam nossa gratidão e aquecem nosso
coração. Jesus Cristo, o Salvador do
mundo, sim, o Filho de Deus, oi
e é o maior de todos os pioneiros,
porque Ele oi adiante, mostrando a
todos o caminho a seguir. Que sem-
pre O sigamos.”5 ◼
NOTAS
1. “Come Follow Me”, Ensign, julho de1988, p. 2; ver também Tambuli, novembro de 1988, p. 2.
2. “Ensinar Nossos Filhos”, A Liahona, outubro de 2004, p. 3.
3. Ensign, julho de 1988, p. 4; ver tambémTambuli, novembro de 1988, p. 3.
4. “Pioneers All”, Ensign, maio de 1997,p. 93.
5. “Liderados por Pioneiros Espirituais”, A Liahona, agosto de 2006, p. 3.
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54 A L i a h o n a
Élder Charles e Irmã Carol Kewish
Missionários Seniores, Área Ásia
Quando violentas tempestades euracões devastaram o sul da Índiaem outubro de 2009, os jovens e
os jovens adultos dos Distritos Hyderabade Bangalore Índia entraram em ação paraajudar a aliviar o sorimento das vítimas dasenchentes.
O presidente Prasada Gudey, do DistritoHyderabad Índia, conta: “Nossos rapazesfzeram um trabalho maravilhoso no orne-cimento de alimentos e água para os neces-sitados. Chegaram doações à província, maso governo não era capaz de entregá-las àsmilhares de vítimas que se encontravam emmais de 200 campos de reugiados. Nossosmembros se destacaram com os seus coletesMãos Que Ajudam, ao realizarem um tra-balho efciente na obtenção de alimentos e
água para todos”.Ouviram-se de alguns dos jovens e
jovens adultos que trabalharam comentá-rios sobre como era agradável e recompen-sador servir. ◼
Ajudar Unsaos Outros na
Abaixo: Sessenta membros da Igreja viajaram para oscampos de reugiados no norte do Estado de Karnataka. Elesentregaram cobertores, lonas e kits de higiene montados por membros da Igreja. Um jovem exclamou: “Foi totalmenteincrível ajudar nesse projeto de auxílio às vítimas das inun-dações. Sempre tive desejo de ajudar e servir às pessoas.Sinto-me muito grato por ter podido servir. Meus olhosencheram-se de lágrimas ao ver aquelas pessoas que perde-ram tudo na enchente. Foi uma grande bênção poder ajudar o povo de meu país”.
À direita: “Senti-me muito eliz por ter tidoa oportunidade de servir a meus semelhantes.Tive uma experiência maravilhosa e aprendi muitas coisas ao azê-lo e, ao mesmo tempo,desrutamos a companhia dos amigos ao emba-
lar alimentos e suprimentos tão necessários.Senti o amor de meu Salvador e paz ao servir às pessoas”. — Venus Armstrong
“Fiquei muito eliz por poder ajudar nesse projeto. Senti muita alegria ao saber que estavaajudando a servir às pessoas que passavamtamanha necessidade. Orei para que elas os- sem abençoadas”. — Vishal Nakka
ÍNDIA
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J u l h o d e 2 0 1 1 55
VOCÊ SABIA?
O Proeta Joseph Smith ensinou queum verdadeiro santo dos últimos
dias “deve alimentar os amintos, vestir o
nu, prover o sustento das viúvas, enxugaras lágrimas dos órãos e consolar os
afitos seja nesta ou outra igreja, ou oradela, onde quer que estejam” (Ensina-
mentos dos Presidentes da Igreja: Joseph
Smith , 2007, p. 449). Por causa de nossodesejo de servir ao próximo, a Igreja
patrocina projetos de ajuda humanitária e
de desenvolvimento no mundo inteiro. Em2009, por exemplo:
• Foram doados 763.737 dias de
trabalho em instalações de Bem-Estar
da Igreja.• Mais de 8.000 missionários serviram
nos Serviços de Bem-Estar.
Entre 1985 e 2010, a Igreja ofereceu
assistência humanitária a 178 países.
Alguns projetos especícos incluem o
seguinte:
• Assistência humanitária oferecida após
os terremotos do Haiti, da Indonésia edo Chile, após um tsunami na Samoa e
depois de um tufão nas Filipinas.
• Financiamento de uma campanha de
vacinação contra o sarampo na Árica.• Envio de 10,3 milhões de kits de
higiene, neonatais e escolares.• Distribuição de mais de 61.000 tone-
ladas de alimentos, mais de 13.000toneladas de suprimentos médicos emais de 89.000 toneladas de roupas.
Acima: “Quando contei a meus amigos da aculdade sobre o projeto de serviço,eles fcaram muito elizes por mim. Expliquei o que estávamos azendo e compar-tilhei princípios da Igreja com eles. Sentia-me imensamente bem quando ajudavaas pessoas no projeto. Agradeço à organização da Igreja por dar-nos esta oportu-nidade de servir”. — Deepak Sharma
À direita: “Foi muitobom servir no projetode auxílio às vitimas dasenchentes. Ajudei a pintar paredes e a distribuir pacotes de alimentos. Foi uma grande bênção estar lá com os outros irmãos do sacerdócio e poder ajudar e servir pessoas que estavammuito necessitadas”. — Avinash Thomas
Para mais informações sobre o
programa de Bem-Estar da Igreja,
ver www.providentliving.org.
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56 A L i a h o n a
Andrej Bozhenov
Era um dia quente de verãoem minha missão. Meu com-panheiro e eu tínhamos
andado muito pelas ruas de São
Petersburgo, Rússia, na esperançade achar novos pesquisadores.Naquela noite, encontramos umhomem idoso perto de nossa casae começamos a alar com ele.Embora ele não tivesse maniestadonenhum interesse no evangelho,sentimo-nos inspirados a dar-lheum Livro de Mórmon. Dentro,deixamos uma dedicatória comnosso testemunho e inormaçõesde contato.
Mais tarde, naquela mesma noite,sem que soubéssemos, um jovemchamado Ilya estava passeando comseu irmão. Enquanto caminhava poruma rua subterrânea mal iluminada,Ilya viu algo brilhante na capa de umlivro jogado no chão. Abaixando-separa ver mais de perto, leu as letras
O QUE PARA UM HOMEM É LIXO PARA OUTRO É UM
TESOUROde ouro gravadas em relevo no livro:O Livro de Mórmon: Outro Testa-mento de Jesus Cristo. Ele pegou olivro e o levou para casa.
No dia seguinte, meu companheiroe eu estavávamos reetindo sobre
como encontrar novos pesquisadores. Tínhamos a mente cheia de ideias.“Procuramos dar o melhor de nósna busca de novas oportunidades.Onde estão os resultados? Talvezseja preciso mudar algo que estamosazendo”.
Um minuto depois o teleonetocou. Atendi. A voz do outro ladoperguntou: “É o élder que estáalando? Encontrei o livro que vocêperdeu na via de acesso do metrô.Quero devolvê-lo”.
Imediatamente olhei para a prate-leira onde estavam minhas escrituras.“Não acho que perdi minhas escri-turas no metrô”, respondi. “Não, nãoperdi meu Livro de Mórmon, mas
você pode fcar com ele e lê-lo.”O jovem disse que seu nome era
Ilya e explicou que era natural deOrsk, Rússia, e tinha ido a São Peters-burgo para trabalhar.
“Gostaria de saber mais sobre estelivro e sua Igreja”, disse ele. “Pode-mos nos encontrar?”
Dei um pulo de emoção. Não eratodo dia que um possível pesquisadorligava pedindo para marcar uma reu-nião para saber mais sobre a Igreja.
“Claro que podemos nos encon-trar!” Respondi com alegria.
Quando nos encontramos comIlya, ele escutou atentamente e ezperguntas. Ficamos elizes por ele sertão receptivo ao evangelho.
Em certo ponto da aula, abri oLivro de Mórmon de Ilya. Ao viraras páginas, deparei-me com umacaligrafa bem conhecida: a minhaprópria! Dei-me conta de que era omesmo livro que eu dera ao senhoridoso na véspera. Aparentementeo homem tinha jogado ora o livro,que logo oi encontrado pelo Ilya.Fiquei cheio de gratidão por meu
D O C A M P O M I S S I O N Á R I O
Um livro com letras douradas na capa tornou-se um tesouro para
alguém que estava em busca da verdade.
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companheiro e eu termos decididodeixar o livro com o idoso, emborano momento não entendêssemoso motivo.
Não demorou muito para Ilyadecidir fliar-se à Igreja. Ele começou
a compartilhar entusiasticamente amensagem do evangelho com seusamiliares e amigos também.
Aprendi que o PaiCelestial sabe quandouma pessoa está prontapara receber Sua palavra.Ele exige de nós, comomissionários e membros deSua Igreja, que apenas cum-pramos Seus mandamentose nos submetamos a Sua
vontade ao procurarmos com-partilhar o evangelho. Naquelecaso, Deus sabia que, embora apessoa que primeiro recebeunosso Livro de Mórmon ignorasseseu valor, Ilya não deixariade reconhecê-lo (ver1 Néf 19:7). ◼
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58 A L i a h o n a
Monica Saili, de doze anos,adora nadar. Ela é uma dasprincipais nadadoras jovens
na Nova Zelândia. Talvez ela sejameio peixe.
Bem, talvez isso não seja verdade.Mas a única outra explicação para oato de ser tão boa nadadora é queela treina com muito afnco.
Passa duas horas na piscina todamanhã de segunda, de quarta e de
sexta-eira, começando às 5 horas. Naterça, na quinta e no sábado, corre napista ou em campo aberto, depois daescola.
O treino de natação de que elamenos gosta é ter que nadar borbo-leta com um braço só, mantendo acabeça ora da água, e alternandoos braços a cada 100 metros. “Osombros chegam realmente a quei-mar”, diz ela.
Mas ela aprendeu que quando ascoisas fcam diíceis, desistir não tornaa vida mais ácil. O trabalho árduo éo que a torna mais orte.
Trabalho Árduo e Tempos Difíceis
Todo esse trabalho árduo aju-dou muito. Ela começou a ganhar
Continuara Nadarmedalhas aos dez anos de idade.
Aos onze anos ela era uma das dezmelhores do país em seu grupo etáriono nado borboleta. Aos doze anos,oi selecionada para participar deum acampamento de treinamento denatação com a equipe nacional e oiescolhida para nadar nos Jogos daOceania, na Samoa, nos quais compe-tiria com nadadores de outros países.
Ela conta: “Meu pai sempre dizia:
‘O sucesso vem com trabalho árduo.Não cai em seu colo’”.
Monica aprendeu que isso era verdade em relação à natação e des-cobriu que também era verdade emrelação à vida, quando seu pai mor-reu inesperadamente poucos mesesdepois de ela completar onze anos.
“Eu era muito apegada a meu pai”,diz Monica. “Foi ele que me iniciouna natação. Ele me levava a todos ostreinos e competições. Quando elemorreu, senti como se não tivessemais com quem conversar.”
Não Desistir
A perda do pai oi muito diícil.Mas Monica não desiste durante ostreinos diíceis, por isso quando seu
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Monica Saili descobriu que desistir
quando as coisas fcam diíceis não
é algo que torna a vida mais ácil.
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60 A L i a h o n a
NÃO
DESISTA!
“Todos
temos de vez
em quando
um dia difícil.
Não se desespere. Não desista.
Procure a luz do sol entre as
nuvens.”Presidente Gordon B. Hinckley(1910–2008), “The ContinuingSearch for Truth”, Tambuli, fevereirode 1986, p. 9.
pai morreu, ela não quis tampouco desistir de sua é noPai Celestial.
“Meu pai oi um exemplo para mim”, diz ela. “Ele meensinou a viver o evangelho.”
Desde a morte dele, Monica começou a estudar asescrituras antes de se deitar, “procurando azer disso umhábito”, conta ela. Na escola, ela deende suas crenças.“Ouço muitas perguntas sobre a Igreja”, diz ela. Monicaserve como regente da ala.
“Sinto-me abençoada por ser membro”, ela diz.“Sinto-me consolada quando estou muito estressada.”
Mais Forte no Final
Monica ainda sente muita saudade do pai. Mas como apoio da mãe e da amília, segue em rente.
Sua vida é repleta de aulas de piano e violino, reuniõesde conselho estudantil, natação, Progresso Pessoal e hinosregidos na reunião sacramental.
Ela não sabe até onde a natação a levará ou por quantotempo se dedicará a esse esporte. Mas, no tocante aoevangelho, está determinada a perseverar até o fm.
“Às vezes a vida é diícil”, diz Monica. “Mas as coisasdiíceis podem tornar-nos mais ortes. Temos simples-mente que continuar a nadar.” ◼
Com a ajuda da mãe, Monica con-
seguiu superar alguns momentos
diíceis. Ao longo do caminho, ela
aprendeu que as coisas diíceis não
podem impedi-la de ser eliz.
Para ver mais otografas desta história, visite liahona.LDS.org.
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J u l h o d e 2 0 1 1 61
O Élder Dallin H. Oaks,do Quórum
dos Doze Apóstolos,
expõe algumas
ideias sobre o assunto.
T E S T E M U N H A E S P E C I A L
Extraído de “Serviço Abnegado”, A Liahona, maio de 2009, p. 93.
Por que é importanteservir aos outros?
Nosso Salvadorentregou-Se aoserviço abne-gado. Ensinouque todos deve-mos segui-Lo,deixando paratrás nossos inte-resses egoístas afm de servir aopróximo.
Ao tomar osacramento acada semana,prestamos teste-munho de nossocompromisso deservir ao Senhore ao próximo.
Jesus ensinouque nós, que Oseguimos, temosque ser pre-ciosos e espe-ciais, e brilharpara todos oshomens
Somos mais eli-zes e realizadosquando agimose servimos porcausa do quedoamos, enão pelo querecebemos.
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62 A L i a h o n a
N
osso Pai Celestial quer
que cada um de Seus
flhos espirituais volte a
Sua presença. Enviou Seu Filho
Jesus Cristo para tornar possível
esse caminho seguro. Também
colocou guias e salvadores para
ajudar Seus flhos ao longo do
caminho. Os pais, os irmãos, os
avós e os tios são guias e salvado-
res muito efcazes.
As pessoas que trabalham na
Primária também ajudam a guiar
as crianças. Uma dessas mulheres,
quando era mais jovem, estava na
junta geral da Primária que ajudou
a criar o lema do CTR. Deu aulas na
Primária de sua ala até ter quase 90
anos de idade. As crianças sentiam
o amor que ela nutria por elas.
Acima de tudo, graças a seu
exemplo, aprendiam a sentir e
A o
R e s g a t e !
a reconhecer o Espírito Santo.
Certa tarde, minha mulher levou
meu flho mais velho até a casa de
uma mulher que o ensinava a ler.
Eu ia pegá-lo, depois do trabalho,
no caminho de volta para casa.
Sua aula acabou mais cedo
do que o esperado. Ele sentia-se
confante de que saberia voltar
para casa. Por isso, começou a
caminhar. Depois de andar quase
um quilômetro, começou a escure-
cer. Ele ainda estava muito longe
de casa.
A luz dos carros, que passavam
rapidamente, estava borrada por
causa de suas lágrimas. Deu-se
conta de que precisava de ajuda.
Então, aastou-se da pista e encon-
trou um lugar para se ajoelhar.
No meio dos arbustos,
ouviu vozes de pessoas que se
Presidente Henry B. Eyring
Primeiro Conselheiro na Primeira
Presidência
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QUEM SÃO SEUS GUIAS?
OPresidente Eyring disse que o Pai Celestial colocou guias
e salvadores na Terra para ajudar as crianças a voltarem
para Ele. Você pode desenhar algumas das pessoas que o Pai
Celestial pôs em seu caminho para guiá-lo. Ou pode escrever um
bilhete de agradecimento a uma dessas pessoas por algo que
ela lhe tenha eito para ajudá-lo.
GUIA CTR
OPresidente Eyring contou a história de uma proessora da
Primária que ajudou a criar o lema do CTR: Conserva Tua
Rota. Há muitos anos, esse lema tem ajudado a guiar as criançaspara que açam boas escolhas. Os anéis mostrados acima estão
em alemão, fnlandês, inglês, rancês e italiano.
O P A I , A M Ã E O U U MM E M B R O D A F A M Í L I A
O P A I , A M Ã E O U U MM E M B R O D A F A M Í L I A
U M A P R O F E S S O R A
U M L Í D E R O U O U T R OM E M B R O D A I G R E J A
aproximavam. Dois jovens ouviram-no cho-
rar. Perguntaram: “Precisa de ajuda?” Ele lhes
disse que estava perdido e que queria ir para
casa. Perguntaram se ele sabia o teleone
ou o endereço de sua casa. Ele não sabia.
Levaram-no até onde moravam, perto dali.
Encontraram o nome de nossa amília na
lista teleônica.
Quando recebi o teleonema, corri para
resgatá-lo, agradecido pelas pessoas bondo-
sas que oram colocadas em seu caminho
de volta para casa. Sempre serei grato por
ele ter sido ensinado a orar com é, sabendo
que receberia ajuda quando estivesse
perdido.
Testifco que o Senhor ama vocês e todos
os flhos de Deus. Se seguirem a orientação
inspirada desta Igreja verdadeira de Jesus
Cristo, poderão ser levados em segurança
para o lar, até a presença do Pai Celestial e
do Salvador. ◼
Extraído de um discurso da conferência geral de abril de 2010.
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64 A L i a h o n a
JoAnn Child e Cristina Franco
Como você se sente quando vê a beleza do templo? Seráque estas palavras lhe veem
à mente: “Eu gosto de ver o templo, Ali eu hei de entrar”?
Às vezes, quando as criançascantam o hino “Eu Gosto de Ver o Templo”,1 desejam entrar no temploum dia, mas não compreendem por
que existem templos, o que acon-tece neles ou o que precisam azerpara poder requentá-los. Vamosaprender mais sobre o templo.
Por que há templos?
O Senhor disse: “Construí umacasa ao meu nome, para que nelahabite o Altíssimo” (D&C 124:27). OEspírito do Senhor habita em Seustemplos. O templo é a casa deDeus. É um lugar em que aze-mos convênios (ou promessas)com o Pai Celestial. Se guar-darmos nossos convênios,poderemos viver comEle de novo.
O que acontece no templo?
Todos precisam ser batizadospara voltar à presença do Pai Celes-tial. Muitos dos flhos do Pai Celes-tial morreram sem ser batizados.Depois que você fzer doze anos,
poderá ser batizado no templo poressas pessoas para que elas tenhamas mesmas bênçãos.
No templo, também recebe-mos uma investidura ou dádiva.Essa dádiva é a promessa de quese guardarmos os mandamentos,poderemos ter vida eterna.
No templo, o marido e a mulherpodem ser selados como amíliapara esta vida e para a eternidade.
Isso signifca que se orem dignos,estarão casados para sempre e esta-rão com os flhos como uma amíliaeterna.
Tudo o que é realizado notemplo é eito pelo sacerdócio ouautoridade de Deus.
O Templo É a Casa de DeusComo me preparo para ali entrarum dia?
Para entrar no templo, vocêprecisa ter no mínimo doze anosde idade. Precisa ser batizado econfrmado. Precisa acreditar no
Pai Celestial e em Seu Filho JesusCristo. Precisa acreditar na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Precisa viver os mandamen-tos do Pai Celestial. Seu bispo oupresidente do ramo vai entrevistá-lopara certifcar-se de que você estejadigno de entrar no templo, e você vai receber uma recomendaçãopara o templo, que vai mostrarao chegar lá. Essa recomendação
signifca que você está vivendo damaneira que deve para poder entrarno templo.
Se você permanecer no cami-nho que o leva para o templo,estará preparado para ali entrara fm de “[sentir] o Santo Espírito,[para] escutar e orar. Porque otemplo é a casa do Senhor, lugar
santifcado”.2 ◼NOTAS
1. “Eu Gosto de Ver o Templo”, Músicas
para Crianças , p. 99.2. “Eu Gosto de Ver o Templo”, p. 99.
T R A Z E R A P R I M Á R I A P A R A C A S A
Você pode usar esta lição e atividade para aprender
mais sobre o tema da Primária deste mês.
“As ordenanças e os convênios
sagrados dos templos santos per-
mitem que as pessoas retornem à
presença de Deus e que as famílias
sejam unidas para sempre” (“A
Família: Proclamação ao Mundo”).
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J u l h o d e 2 0 1 1 65
ATIVIDADEOlhe os dois desenhos. Que amília está pronta para ir à visitação pública do templo?
(1) No primeiro desenho, aça um círculo em torno das coisas que ajudam a amília a
preparar-se para visitar o templo. (2) No outro desenho, aça um círculo em volta das
coisas que a amília precisa mudar para estar pronta para ali entrar. (3) Pense em duas
coisas que você pode azer a fm de preparar-se para entrar no templo quando crescer.
Anote essas coisas embaixo dos desenhos.
Uma coisa que vou fazer para preparar-me para
entrar no templo é ____________________________.
Uma coisa que vou fazer para preparar-me para
entrar no templo é ____________________________.
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Maria T. Moody
Dia dos Pioneiros no
Taiti
Alguns dos rapazes usavam chapéu e lenços.
Algumas das moças vestiram saias e toucasde pioneiras.
Estes meninos estão puxando o carroção coberto de sua ala no desfle.
Esta amília está combinando toucas, aventais e suspensórios.
As crianças da Estaca Papeete
Taiti adoram os pioneiros.
Elas se reuniram com os
pais para uma atividade do Dia
dos Pioneiros, em homenagem aos
pioneiros que fzeram a jornada até
o Vale do Lago Salgado, em 1847.Cada ala construiu um carroção
de pioneiros — alguns eitos com
rodas de bicicleta e um deles com
cavalos de papelão. As crianças
marcharam num desfle, disputaram
jogos de pioneiros e saborearam
uma comida deliciosa.
O Dia dos Pioneiros também é
uma data especial a ser lembrada
em todos os países por pessoas que
aceitaram o evangelho e ajudam a
ensiná-lo a outras. Todas essas pes-
soas também são pioneiras! ◼
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J u l h o d e 2 0 1 1 67
Sara h D., 6 ano s, Bra s i l
NossaPágina
G u i l l e r m o T., 8 a
n o s, V e n e z u e la
Jair O., 10 anos, Peru
Marcia V., 5 anos, do
Peru, é o orgulho e a
alegria de seus pais,Patricia e Raul. Ela
está na classe do CTR
na Primária e tem um
anel CTR. Gosta de
colorir as gravuras de
A Liahona, e seu hino
favorito é “Sou um
Filho de Deus”.
Adora ajudar a
cuidar de crianças menores e ajuda a
professora a apagar o quadro-negro.
Sabe tocar violino. Marcia gosta de
participar da noite familiar e de ir à
igreja. Ama o Pai Celestial e sabe queEle a ama também.
UMA FAMÍLIA ETERNA
Em 23 de agosto de 2008, minha amília oi selada no Templo
de Salt Lake, em Utah. Foi um sonho que se tornou realidade
para nós. Viajamos o mundo inteiro, oi uma viagem longa e cansa-tiva, mas valeu a pena. Quando chegamos a Utah, era noite, e a pri-
meira coisa que fzemos oi ver o templo. Era tão lindo à noite, todo
iluminado. Dois dias depois, omos selados. As irmãs que cuidavam
das crianças no templo ajudaram a mim e a minha irmã a vestirmos
roupas brancas. Depois, omos para junto de nossos pais. Senti que
ia me encontrar com Jesus. Estávamos muito elizes por sermos
selados! Agora sei que podemos viver para sempre em amília.
Dean F., 5 anos, Sri Lanka
Envie por e-mail seu
desenho, otogra-
fa, experiência pessoal,
testemunho ou carta para
com “Our Page” no campo
assunto. Todo material
enviado precisa incluir o
nome completo da criança,
o sexo e a idade, bem como
o nome dos pais, a ala ou o
ramo, a estaca ou o distrito
e a permissão por escrito
dos pais ou responsáveis(aceita-se por e-mail) para
utilização da otografa
da criança e do material
enviado. Os textos podem
ser editados por motivo de
clareza ou de espaço.
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68 A L i a h o n a
“
Isaac, Isaac.” Era a voz de sua mãe. “Seupai precisa de você no curral.”
Isaac ergueu a cabeça e olhou paraora da janela. Sem dúvida, o sol estavasaindo e isso signifcava que era hora de cui-dar dos aazeres. Isaac levantou-se da cama e
pegou sua camisa. Dava para ouvir as vacasmugindo.
Ao sair pela porta da cozinha, viu o paiconduzindo o velho Taurus pelo portão.
“Aonde vamos tão cedo, pai?” perguntouIsaac.
“Só até ali do outro lado da cerca. Precisoque você segure o balde de cereais para que
Taurus fque quieto.”O boi mugiu, como se perguntasse: “O
que está acontecendo hoje?” Mas quando
Isaac segurou o balde na rente do ocinhodele, Taurus se acalmou e começou a lambero cereal com sua língua comprida. Enquantoo boi comia, Papa amarrou frmemente acorda que o prendia à cerca.
Quando a mãe de Isaac saiu pela porta darente, o pai lhe pediu: “Tenho um projetoespecial, Emeline. Poderia trazer-me o lápisgrosso de carpinteiro que está na escrivani-nha, por avor?”
Quando Mama voltou com o lápis, Papacolocou algumas tábuas no chão. Então,depois de olhar com cuidado para o Taurus,começou a desenhar na tábua lisa e amarela.
“O que está azendo, pai?” perguntouIsaac.
“O irmão Fordham e eu recebemos umatarea muito importante para o templo”,explicou o pai. “Vamos ajudar a azer as dozeestátuas de boi que vão sustentar a pia, no
batistério. Estou azendo um desenho, e o Taurus é meu modelo.”
Ao ouvir seu nome, Taurus ergueu acabeça, depois voltou a comer seu desjejum.
Isaac viu o pai desenhar um esboço bemgrande. “Está começando a parecer com o
Taurus”, disse Isaac. “Mas por que você oescolheu?”
“Por que ele é orte e é o melhor boi que já vi. Vê a pose que ele tem? Parece que sabecomo é importante. Taurus é muito obe-diente também.”
“Esse projeto é um chamado muito espe-cial, pai. Não é?”
“É sim, meu flho. Fico grato por ter sidoconvidado a ajudar.”
Isaac alisou o pescoço de Taurus. Dava
para sentir os ortes músculos do animal.“Que honra é para você, meu velho”, sussur-rou ele.
Isaac terminou rapidamente suas tareas. Até terminou seus habituais vinte e poucosprendedores de madeira mais rápido que decostume. Sabia que quando terminasse teriatempo para azer o que queria.
Naquele dia, Isaac queria desenhar. Ospais lhe deram permissão para desenharna lareira, usando pedaços de carvão dastoras queimadas. O carvão era ácil de lavar,e ele poderia usá-lo para traçar linhas gros-sas ou fnas.
Ao desenhar Taurus, Isaac pensou nopai e no belo templo que estava sendoconstruído em Nauvoo. Se Isaac osse ortee obediente como Taurus, talvez o Senhoro escolhesse para trabalhar no templo, talcomo seu pai. ◼
“[Construí] uma casa ao meu
nome, sim, neste lugar, para que
me proveis serdes féis em todas
as coisas que eu vos mandar”
(D&C 124:55).
Corine Pugh
Inspirada na história verídicado pioneiro John CarlingO Chamado
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J u l h o d e 2 0 1 1 69
“
Compartilhe seustalentos, porque
aquilo que estamosdispostos a compartilhar,conservamos conosco.”
Presidente Thomas S. Monson,“The Spirit of Relief Society”,Ensign, maio de 1992, p. 101.
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70 A L i a h o n a
Rebecca Cornish TalleyInspirado numa história verídica
“E ele voltará o coração dos pais aos flhos e o
coração dos flhos a seus pais” (3 Néf 25:6).
Juntos para Sempre
P A R A A S C R I A N C I N H A S
1.
2.
3.
Antes da dedicação do templo perto de sua
casa, Olivia convidou a avó para ir com ela
à visitação pública do templo.
Fiquei eliz porvocê ter vindoconosco para
a visitaçãopública, vovó.
Obrigada pelo convite.Tenho sentido um poucode solidão desde que o
vovô morreu.
Tenho saudadedele também.
Quando você fzer doze anos,vai poder vir aqui e azer batismos
pelos mortos.
Estou muitoanimada.
A mamãe disse que quandoela e o papai vão ao templo, usam roupas
brancas.
É isso mesmo.
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1 4
76
2
5
8
6
5
23
8 4 7
1
3
72 A L i a h o n a
P A R A A S C R I A N C I N H A S
CONSTRUIR UM TEMPLO
Os colonizadores do Vale do Lago Salgado demoraram
40 anos para construir o Templo de Salt Lake. Com a
ajuda de um adulto, recorte as partes do templo e monte-as
para construir uma maquete.
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J u l h o d e 2 0 1 1 73
GRAVURA DO TEMPLO OCULTA
Esta amília está desrutando momentos agradáveis
nos jardins do templo. Veja se consegue encontrar
estas coisas na gravura: anel CTR, carroção coberto, copi-
nho de sacramento, placas de ouro, hinário, pão, gráfco
de linhagem, colmeia.
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“Meus jovens amigos … , tenhamsempre o templo em vista. Nãoaçam nada que os impeça de entrarpor suas portas e ali partilhar asbênçãos sagradas e eternas.”Presidente Thomas S. Monson
Destaques da Conferência em CartõesVocê pode recortar estes cartões e usá-los para se lembrar do que aprendeu durante a conferência geral.
“E a partir dessas decisões aparen-temente pequenas, o Senhor vaiconduzi-[los] à elicidade que tantodesejam. Por meio de suas escolhase decisões, vocês abençoarão inúme-ras pessoas.”Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheirona Primeira Presidência
“Não deixem passar um dia sequersem azer algo para colocar em prá-tica os sussurros do Espírito.”Presidente Dieter F. Uchtdorf, Segundo Conselheirona Primeira Presidência.
“[Vocês] vieram à Terra nestaépoca (…), e o Senhor estendeu amão para preparar o mundo paraSeu glorioso retorno. Esta é umaépoca de grandes oportunidades ede importantes responsabilidades.Esta é a sua época.”Élder Neil L. Andersen, do Quórum dosDoze Apóstolos
“É glorioso ser cristão e vivercomo verdadeiro discípulo deCristo.”Élder L. Tom Perry, do Quórum dosDoze Apóstolos.
“Por meio de nossa bondade enosso serviço sinceros podemosazer amizade com aqueles aquem servimos. Dessas amizadessurge uma melhor compreensãode nossa devoção ao evangelho eum desejo de saber mais a nossorespeito.”Élder M. Russell Ballard, do Quórum dosDoze Apóstolos
“Não vemos nosso Pai Celestial,mas podemos ouvir Sua voz dan-do-nos a orça de que precisamospara suportar os desafos da vida.” Jean A. Stevens, Primeira Conselheira naPresidência Geral da Primária
“[Vocês] não estão [sozinhos].(…) Se guardarem os convêniosque fzeram, o Espírito Santo vaiguiá-[los] e protegê-[los]. Estarãorodeadas por hostes celestiais deanjos.”Elaine S. Dalton, Presidente Geral das Moças
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J u l h o d e 2 0 1 1 75
Notícias da Igreja
Um breve flme
sobre a vida de
Joseph Millett,
disponível em
inglês no site
news.LDS.org,
conta uma his-
tória de é para
todos nós hoje,
porque oi
preservada por
meio de histó-
rias pessoais.
C A P T U R A D E T E L A D O V Í D E O S O B R E J O S E P H M I L L E T T
A Igreja Procura Histórias
de Pioneiros ModernosHikari Loftus
Revistas da Igreja
Quando os membros da Igreja pensam empioneiros, geralmente imaginam aquelesque viajaram para o oeste dos Estados Uni-
dos em embarcações ou a pé, no Século XIX.Muitos talvez nem imaginem que eles mesmos
sejam pioneiros em nossos dias.O Departamento de História da Igreja atual-
mente procura histórias de pioneiros modernos.Embora o departamento receba muito bem todasas remessas de histórias pessoais, ele está parti-cularmente interessado em histórias de conversos,de pessoas que vivam em áreas onde um novotemplo esteja em construção ou tenha sido cons-truído, de missionários que sirvam em uma novamissão e de pessoas que estejam aplicando oevangelho em sua vida, ainda que não vivam emcompanhia de outros santos dos últimos dias.
“A história pessoal de outras pessoas pode
ajudar aqueles que talvez passem pelas mesmasexperiências ou vivam no mesmo local ou época”,
disse Brad Westwood, gerente de aquisições doDepartamento de História da Igreja.
Essas histórias podem ser completas ousomente partes, como as memórias da missão,experiências pessoais como pai ou mãe, ou outrashistórias específcas acerca de determinado acon-tecimento, disse o irmão Westwood.
“Cremos que todos os flhos de Deus sãoiguais diante dos Seus olhos”, disse ele. “Todosnós temos uma história importante para contar— todos passamos por alguma provação na vidae sabemos que contar essa história pode edifcartestemunhos”.
Daqui a cem anos, de acordo com o irmão Westwood, alguém que não tenha seu próprioregistro amiliar poderá ler o que vocês escreverame dizer: “Então era assim a vida de um converso”.
Quando as pessoas aprendem sobre seus
parentes ou outros pioneiros — inclusive a res-peito dos desafos que enrentaram, das lições que
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76 A L i a h o n a
Histórias pes-
soais podem
ajudar outros a
ortalecer sua é.
aprenderam e da sabedoria que adquiriram —
podem encontrar conselhos e ajuda para sua vida. Assim que uma história é enviada para a biblio-
teca, é catalogada e fca à disposição para que os visitantes possam tomar conhecimento dela. Osmanuscritos ou livros são guardados na Bibliotecade História da Igreja em um ambiente climatizado,o que acilita sua preservação.
O irmão Westwood dá estes conselhos a todosos que estejam pensando em enviar sua históriapessoal à Biblioteca de História da Igreja:
Escrevam para o consumo do público. Apesar de
diários e registros pessoais serem ótimas ontes his-tóricas, requentemente tratam de acontecimentose de pensamentos pessoais que nem sempre sãoadequados para o público. Às vezes, eles podemexpor a privacidade de outra pessoa. Se as histó-rias incluírem inormações que possam prejudicara reputação de alguém, elas serão aceitas, só quenão fcarão disponíveis ao público.
Escrevam as histórias em segmentos e episó-
dios. Com requência, pode ser desanimadoriniciar pelas memórias mais remotas da inância e
escrever tudo até o dia atual. Escrevam sobre umacontecimento por vez. Por exemplo, comecemescrevendo apenas sobre sua missão. Assim queterminarem, passem para outra ase de sua vida.
Usem fontes simples. Se tiverem uma carta,copiem-na ou a transcrevam em um livro. Setiverem uma oto, incluam-na. Se usarem inorma-ções de um determinado livro, anotem a biblio-grafa. Álbuns de recortes podem ser uma parteimportante da história pessoal. Contudo, aquelesque azem um álbum de recortes geralmentenão esclarecem o contexto nem escrevem sobreos acontecimentos registrados nas otos, alerta oirmão Westwood. Ele sugere que usemos algunsminutos para descrever o que está acontecendonas otografas ou fguras colocadas no álbum.
Reúnam-se com outras pessoas e entrevistem-
nas. “Geralmente pensamos em nossa históriapessoal somente por nossa visão, mas quantomais perspectivas conseguirmos, mas consistente
ela será” afrmou o irmão Westwood. Entrevistar
outras pessoas traz nova perspectiva aos atos epode melhorar sua história.
Escrevam sobre suas experiências espirituais,
momentos críticos, fatos fundamentais, pessoas e
acontecimentos. “As pessoas adoram uma históriabem contada”, disse o irmão Westwood. Escrevamsobre as experiências que tenham começo, meioe fm. “Não usem 60 páginas contando como era
sua vida antes de completar dois anos. Vocês provavelmente não terminarãode escrever, e as pessoas não vão ler”.
Escrevam sobre as coisas de que gostam muito. O irmão Westwoodsugere que, em vez de escreverem emordem cronológica, escolham temasou tópicos que os interessem.
E o mais importante, os membrosnão devem enviar para a Igreja suahistória pessoal ou da amília semdistribuí-la primeiro entre os amiliares,
já que esse relato deve ortalecer a amília da qualele se originou.
O irmão Westwood acredita que aqueles queusam seu tempo para registrar sua história pes-soal, escrevendo com honestidade sobre as épo-cas boas e ruins, poderão ver a mão do Senhorem sua vida e deixarão um legado e recordaçõesque ortalecerão sua amília e outros membrosda Igreja.
Se você é um pioneiro moderno e deseja com-partilhar suas experiências, envie sua história aoDepartamento de História da Igreja.
Envie sua história para: Church History Library,15 East North Temple Street, Salt Lake City, UT84150-1600, USA, Attention: Acquisitions.
As entregas pessoais podem ser eitas das9 às 17 horas, de segunda a sexta-eira.
Pode-se também enviá-la por e-mail [email protected] ouligar para a central de atendimento do departa-mento de Aquisições da História da Igreja, nonúmero 1-801-240-5696. ◼
© 2 0 0 6 D A V I D S T O K E R
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AO MUNDO INTEIRO
Os Jovens Adultos DevemTornar-se a Melhor Geração,Diz o Élder Perry
“Tenho visto a poderosa orça espiritual dos jovens adultos nesta Igreja”, disse o Élder L. TomPerry, do Quórum dos Doze Apóstolos, na trans-missão do serão para jovens adultos do SistemaEducacional da Igreja, em 6 de março de 2011.“Conheço sua capacidade.”
Ele ensinou quatro coisas que ajudarão os jovens adultos a atingir seu potencial e auxiliar
outros a recuperar sua é em Cristo: oração diária,estudo diário das escrituras, dignidade para entrarno templo e atos diários de serviço.
“Vocês ormam a geração que o Senhor reser- vou para esta época. (…) Desafo-os a se torna-rem ‘a melhor geração’”, disse o Élder Perry.
Leia, ouça ou assista ao discurso em váriosidiomas em institute.LDS.org. Clique em CES
Firesides, e depois escolha um idioma.
O Evangelho Nos Traz Alegria,Disse o Élder Cook aos SantosAsiáticos
No período entre 12 e 20 de evereiro de2011, o Élder Quentin L. Cook, do Quórum dosDoze Apóstolos, visitou os santos na Coreia e no
Japão.Ele ensinou aos membros da Igreja em
Seul, na Coreia, que devemos ser gratos peloque temos, em vez de enatizar o que não temos.Ele lembrou-lhes que o evangelho ornecea alegria, a elicidade e a paz que todos nósbuscamos.
O Élder Cook também se reuniu com jornalis-tas de vários jornais para uma entrevista coletiva.
Ele ensinou, aconselhou e respondeu a per-guntas dos missionários que servem na MissãoCoreia Daejeon e participou de uma conerênciada liderança do sacerdócio para a área dessamissão.
A visita terminou com a participação do ÉlderCook na conerência da Estaca Cheongju Coreia,que recebeu pela primeira vez a visita de umapóstolo.
O Élder Cook também participou de uma con-erência da liderança do sacerdócio em Kobe, no
Japão, e da conerência da Estaca Okayama Japão,encontrou-se com representantes do Santuário
Meiji, em Tóquio, no Japão, e ez uma rápida visita ao Vietnã.
A Lei Permite-nos AlcançarNosso Potencial, Diz oÉlder Christofferson
“Deus delega a nós, Seus flhos, a oportunidadee o encargo de estabelecer leis e sistemas legaispara governar e conduzir as relações humanas”,declarou o Élder D. Todd Christoerson, doQuórum dos Doze Apóstolos, em um discursoaos membros da Sociedade de Direito J. ReubenClark, em 4 de evereiro. Ele alou do papel quea lei desempenha ao permitir que as pessoasalcancem todo seu potencial nesta vida e na
vida utura.O Élder Christoerson lembrou à audiência
que “nós não podemos alcançar a justiça plena,se estivermos distantes de Jesus Cristo”, e que
Durante sua viagem à Coreia do Sul, o Élder Quentin L. Cook lembrou
aos santos dos últimos dias que o evangelho nos ornece a alegria e a
paz que buscamos. Fotos adicionais estão disponíveis em news.LDS.org.
F O T O G R A F I A : G E O N W O O J U N
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78 A L i a h o n a
“o maior bem que podemos azer para ajudar as
pessoas a se tornarem o que podem se tornaré guiá-las até o Salvador”. Ele prestou testemu-nho do poder do Salvador para corrigir erros e“compensar a nossa inadequação e justifcar-nosperante a lei que nos possibilita tornar-nos coer-deiros da vida eterna com Ele”. E encerrou pres-tando testemunho de que Cristo vive.
Também durante o serão, o Élder Christoersonrecebeu o Prêmio da Sociedade de Direito J. ReubenClark por serviços meritórios no campo do Direito.
A irmã Beck Salienta o Papelda Sociedade de Socorro noPlano de Deus
A presidente geral da Sociedade de Socorro, Julie B. Beck, reuniu-se com aproximadamentedez mil irmãs da Sociedade de Socorro e suaslíderes no campus da BYU–Idaho, em 26 deevereiro de 2011, para ortalecer-lhes a é eincentivá-las a cumprir seu papel na Sociedadede Socorro e no plano de salvação.
Na sessão geral e na sessão de treinamento deliderança, a irmã Beck respondeu a perguntas dasirmãs e dos líderes do sacerdócio de mais de 40estacas do sudeste de Idaho, nos EUA.
Ela testifcou que, se as pessoas envolvidasno trabalho da Sociedade de Socorro guardaremos propósitos do Senhor em sua mente e seucoração e cumprirem esses propósitos na Terra,serão abençoadas, ortalecidas, purifcadas ecuradas.
“Nós temos uma organização estabelecida peloSenhor para abençoar Suas flhas,” disse ela. “OSenhor sabe quem vocês são, porque esta é a Suaobra. Ele as ortalecerá e magnifcará.”
Leiam mais a respeito do que a irmã Beckensinou e assistam ao vídeo em news.LDS.org.(Tanto o vídeo como o texto estão disponíveissomente em inglês.) ◼
A IGREJA NO MUNDO
Máquinas de Costura Geram
AutossufciênciaCom a doação de 50 máqui-
nas de costura, eita pela Igrejaao Ministério de Bem-Estar Socialde Fiji, em 2010, e o anúncioda doação de mais 50,as oportunidadesde autossufciên-cia e de trabalhoaumentam paraas mulheres que
vivem nas áreasrurais de Fiji.
As doações dosmembros da Igreja ao undohumanitário permitem que aIgreja supra necessidades nomundo todo, com projetos comoa doação de máquinas de costura.Os representantes da Igreja traba-lham em conjunto com os líderesgovernamentais e comunitários
para compreender as circunstân-cias locais e respeitar os desejosdos membros da comunidade.
“Realizamos este projeto eoutros como este porque somosseguidores de Jesus Cristo”,disse o Élder Taniela B. Wakolo,Setenta de Área, em entrevistaao jornal Fiji Times. “Nossa éleva-nos a (…) praticar boasobras pelo mundo.”
Membro Japonês RecebePrêmio
Em 9 de novembro de 2010,quatro meses antes do terremotodevastador ocorrido no Japão,
Yoji Sugiyama, membro daEstaca Fujisawa Japão, recebeu onível intermediário do Prêmio do
Tesouro Sagrado, pelos serviços
meritórios prestados ao seu país.Membro do Ministério das
Relações Exteriores há anos, oirmão Sugiyama sempre esteve
muito envolvido nas negocia-ções com outros países
e em servir comoembaixador do Japão.
O irmãoSugiyama reco-
nhece que o Senhornos ornece todas as
oportunidades para azero bem em nossa própria esera
de ação. Disse ele: “O Senhor às vezes nos dá difculdades paraque possamos conhecer nossasnecessidades. Sem essas necessi-dades e sem a oportunidade deencontrar boas soluções, as pes-soas não progridem e não azem
do mundo um lugar mais eliz”.
Os Serviços de Caridade SUDFornecem Água Potável
Aproximadamente um bilhãode pessoas na Terra não têmacesso à água potável, o querequentemente acarreta doen-ças como o cólera, a diarreia ea ebre tioide. Mas, desde 2002,a Igreja auxilia sete milhõesde pessoas em mais de 5.000comunidades a ter acessoa ontes de água potável. O
vídeo Water Is Happiness [Água
É Felicidade], disponível eminglês em news.LDS.org, mostraos Serviços de Caridade SUDlevando água potável a uma
vila em Serra Leoa. ◼
8/6/2019 Liahona-Julho 2011
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J u l h o d e 2 0 1 1 79
DESTAQUES DO MUNDO
Ensinamentos dos Proetas
Vivos — Edição AtualizadaO Sistema Educacional da Igreja
lançou, agora em cores, o manual Ensinamentos dos Profetas Vivos. Onovo manual salienta a importânciados proetas modernos, descreveo papel da Primeira Presidência edo Quórum dos Doze Apóstolose explica a sucessão na PrimeiraPresidência.
O manual pode ser adquirido
em store.LDS.org ou nos centros dedistribuição dos Estados Unidos. Omanual está disponível em inglêse espanhol e está sendo traduzidoem outros idiomas.
A Igreja Promove EspetáculoEcumênico
Um espetáculo musical ecumê-nico apresentando músicas, dan-ças, escrituras e orações de várias
tradições religiosas oi realizadono domingo, 20 de evereiro de2011, no Tabernáculo da Praça do
Templo.Outros eventos ocorridos em
sinagogas, capelas, templos hin-duístas e outros locais precederamo concerto de domingo e mostra-ram as tradições da comunidadereligiosa de Utah. ◼
O Espetáculo Musical Ecumênico teve
início nos Jogos Olímpicos de 2002, e
é realizado sempre em evereiro.
© 2 0 0 7 I R I
COMENTÁRIOS
O Lar e o CasamentoAlicerçados no Salvador
Meu marido e eu usamos a
A Liahona na noite amiliar. Tem
sido uma experiência edifcante. Nasmensagens da Primeira Presidência,
buscamos palavras de inspiração para
ajudar-nos com os desafos diários.
Assim, ortalecemos os alicerces do lar
e do casamento undamentados no
Salvador Jesus Cristo.
Patrícia Oliveira de Souza Balena Leal, Brasil
Felicidade em Meio à TristezaAs mensagens de A Liahona me
ortalecem muito, especialmente desde
que minha mãe aleceu. Mesmo em meio
à tristeza, sou eliz por azer parte dessa
grande obra e ter todas as bênçãos do
evangelho em minha vida. Sei que, se per-severar até o fm, poderei estar com minha
mãe novamente. ◼
Dinabel Zelaya, Honduras
Envie seus comentários e suas sugestões
para [email protected]. Seus comen-
tários podem ser alterados por motivo de
espaço ou de clareza.
IDEIAS PARA ANOITE FAMILIAR
Esta edição contém atividades e artigos
que podem ser usados na noite familiar.
Seguem-se alguns exemplos.
“Começar a Agir”, página 42:
Como parte da lição, jogue MacaquinhoMandou, que ilustra a espera até que
alguém lhe diga o que azer. (No jogo,
uma pessoa diz:
“Macaquinho man-
dou (…)” e depois
diz aos outros que
açam algo, como
levantar a mão.
Essa pessoa age assim algumas vezes
e então tenta azer com que os outros
esbocem uma ação antes que ela diga“Macaquinho mandou”. Por exemplo:
“Macaquinho mandou levantar a mão.
Macaquinho mandou bater palmas.
Bater o pé”.) Preste testemunho de
alguma vez em que oi guiado(a) ao
seguir em rente.
“A Resposta no Versículo Oito”,
página 50: Leiam juntos o artigo e
depois leiam Tiago 1:8. Conversem
sobre o que signifca ter coração dobre.
Você também pode ler Mateus 6:24e Josué 24:15. O que esse artigo nos
ensina sobre a relação entre nossas
escolhas e nossos desejos? O que nos
ensina sobre nosso Pai Celestial? O que
Angélica ez para encontrar as respostas
de que necessitava? Testifque sobre a
importância do estudo das escrituras e
da oração.
“O Chamado”, página 68: Conte
esta história. Conversem sobre como os
talentos dos membros da amília podem
benefciar o próximo por meio do serviço
e dos chamados na Igreja. Assumam o
compromisso de aprender ou aperei-
çoar um talento ou uma habilidade. ◼
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80 A L i a h o n a
Mont Poulsen
Em minha inância e adolescência emLehi, Utah, EUA, minha amília tinha umahorta bem grande na qual alternávamos
a cada ano o plantio de milho e de batatas.Um dia meu pai me mandou arrancar as ervasdaninhas dos canteiros de milho, enquantoele azia o mesmo no canteiro das batatas. Aotrabalhar numa leira de quinze centímetrosde altura no canteiro do milho, encontrei um
pé de batata solitário que estava cando maiore mais bonito do que qualquer um dos pésde batata que cresciam no lado da horta ondeestava meu pai. Eu o chamei e perguntei: “Oque devo azer com isso?”
Meu pai nem olhou para a planta.“Arranque!”
Achando que ele não tinha percebido queeu estava apontando para um pé de batata,retruquei: “Mas, pai, não é uma erva daninha.É um pé de batata”. Novamente, sem ergueros olhos, ele disse: “Este ano, isto não é batata:é erva daninha. Arranque!” Assim o z.
Desde aquela época, refeti muitas vezessobre as sábias palavras de meu pai. Com-preendi que a obediência não é apenas azeruma escolha certa, mas azer a escolha certana época certa. Quando refito sobre todas ascoisas que o Pai Celestial quer que eu aça na
vida, o ato de azê-las no momentocerto parece ser tão importante quantoo cumprimento integral delas. Por
exemplo: servir missão, namorar, casar,ter lhos, estudar e começar a trabalharem tempo integral são escolhas acer-tadas. No entanto, quando as pessoas
azem essas coisas boas na ordem errada, asconsequências são muitas vezes desastrosas.
O rei Benjamim ensinou que devemoscuidar para “que todas estas coisas sejam eitascom sabedoria e ordem” (Mosias 4:27). O ÉlderNeal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dosDoze Apóstolos, ensinou: “A é também inclui
a conança no tempo certo do Senhor, porqueEle disse: ‘Todas as coisas, porém, deverãorealizar-se a seu tempo’ (D&C 64:32)”.1
Creio que Satanás nos engana, conven-cendo-nos a azer as coisas certas na ordemerrada: ter intimidades sexuais antes do casa-mento, namorar antes dos dezesseis anos, terum lho e só depois casar e assim por diante.Os maiores mandamentos de Deus, quandoadaptados ou deturpados, tornam-se plantascultivadas ora de época, ou seja, ervas dani-nhas. Quando me senti tentado a justicara realização da coisa certa na época errada,senti-me grato pela importante lição de meupai: “Este ano, isto não é batata: é erva dani-nha. Arranque!” ◼
NOTA
1. Neal A. Maxwell, “Lest Ye Be Wearied and Faint in Your Minds”, Ensign, maio de 1991, p. 90.
ESTE ANO, ISTO
NÃO É BATATA:É ERVA DANINHA.ARRANQUE!
A T É V O LT A R M O S A N O S E N C O N T R A R
Quando refito
sobre todas as
coisas que o
Pai Celestial
quer que eu
aça na vida, o
ato de azê-las
no momento
certo parece
ser tão impor-
tante quanto o
cumprimento
integral delas.
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“Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”
( João 14:27).
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais
P A L AV R A S D E C R I S T O
Mulheres de Todas as Nações Promovendo a Paz, de Emma Allebes
paz; no mundo tereis afições, mas tende
bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
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V ictor Vasquez (acima) e
Ruth Lopez Anderson
(primeira capa) são dois
dos 24 santos dos últimos dias
latino-americanos que comparti-
lharam sua história de conversão
e seu testemunho para Mi Vida,
Mi Historia — exposição reali-
zada recentemente no Museu
de História da Igreja, em Salt
Lake City. Leia a respeito de dez
desses membros da Igreja nas
páginas 16–21. A apresentação
completa pode ser vista em
espanhol ou inglês em LDS.org/
churchhistory/museum/exhibits/