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7/31/2019 Liahona-Agosto 2012 http://slidepdf.com/reader/full/liahona-agosto-2012 1/84 A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • AGOSTO DE 2012 Atender ao Chamado do Senhor para Servir, pp. 4, 14, 20 O Cristo Que Adoramos: Mensagem do Élder Holland a Todos os Cristãos, p. 24 Para o Vigor da Juventude de Hoje, p. 54. De Joplin ao Japão — Achar Coragem em Catástrofes Naturais, p. 60

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A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • AGOSTO DE 2012

Atender ao Chamadodo Senhor para Servir,pp. 4, 14, 20O Cristo Que Adoramos: Mensagem doÉlder Holland a Todos os Cristãos, p. 24Para o Vigor da Juventude de Hoje, p. 54.

De Joplin ao Japão — Achar Coragemem Catástrofes Naturais, p. 60

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Cinco Eram Prudentes,de Rose Datoc Dall

 Dez virgens oram ao encontro do

esposo. “E cinco delas eram pruden-

tes, e cinco loucas.” As prudentes 

“levaram azeite em suas vasilhas,

com as suas lâmpadas”. As lou-

cas estavam com suas lâmpadas,mas “não levaram azeite consigo”.

Quando se ouviu o clamor “Aí vem

o esposo”, as virgens loucas saíram

 para comprar azeite. “Chegou o

esposo, e as que estavam preparadas

entraram com ele para as bodas,

e echou-se a porta.” (Ver Mateus 

25:1–13.)

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A g o s t o d e 2 0 1 2

SEÇÕES

8 Caderno daConferência de Abril

10 Nossa Crença: O Sacramento— Recordar o Salvador

12 Clássicos do Evangelho:Aprenda Seu DeverÉlder Joseph B. Wirthlin

19 Servir na Igreja:Servir Um a UmAl VanLeeuwen

30 Nosso Lar, Nossa Família:

Catástroes Naturais —Não Precisamos TemerÉlder Stanley G. Ellis

38 Vozes da Igreja

74 Notícias da Igreja

77 Ideias para a Noite Familiar

A Liahona, Agosto de 2012

MENSAGENS

4 Mensagem da PrimeiraPresidência: O Chamado

do Salvador para ServirPresidente Thomas S. Monson

7 Mensagem das ProfessorasVisitantes: Agir emMomentos de Necessidade

ARTIGOS

14 Thomas S. Monson: Atenderao Chamado do DeverHeidi S. Swinton

 Experiências pessoais da

vida do Presidente Thomas S. Monson nos inspiram a seguir  seu exemplo.

20 Comemorar umDia de ServiçoKathryn H. Olson

 Membros da Igreja do mundointeiro fzeram contribuições à comunidade num dia de  serviço.

24 Permanecer Unidos naCausa de CristoÉlder Jerey R. Holland

Um convite aos cristãos paraque permaneçam unidos na convicção, compaixão e compreensão.

34 Encontrar a Fé nosConfns da TerraMichael R. Morris

Conversos de Ushuaia, Argentina, iniciam uma novavida ao aceitarem o evangelho.

78 Responder a Questões

sobre Nossa FéMichael Otterson

Cinco ideias para ter em mente ao responder às perguntas de outras pessoas.

NA CAPA Pescadores de Homens ,de Simon Dewey.

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42

54

68

2 A L i a h o n a

42 Manter a Fé em Meio a umMundo ConusoBispo Gérald Caussé

Cinco princípios paraajudar-nos a manter a é e o testemunho frmes.

JOVENS ADULTOS

46 Perguntas e Respostas“Viciei-me em pornografa. Issoestá arruinando minha vida.O que posso azer para me arre- pender e vencer o vício?” 

48 Como Posso Saber SeFui Perdoado?Élder Tad R. Callister

Se ui perdoado, por que ainda sinto culpa? 

51 Nosso Espaço

52 Um Sacriício, Mas umaAlegriaEdward M. Akosah

Seria o serviço ao Senhor mais importante que o dinheiro que 

eu ganhava? 

53 Visualizar-me no TemploAdriane Franca Leao

 Eu sabia que queria casar-me no templo, mas primeiro preci- sava azer as escolhas certas.

54 Para o Vigor da Juventude: Uma Âncora para NossosDiasDavid L. Beck e Elaine S. Dalton

Como o novo Para o Vigor da Juventude pode ajudá-lo? Leiao que o presidente geral dos  Rapazes e a presidente geral das  Moças têm a dizer.

58 O Exemplo de Minha MãeErin Barker

 Mesmo doente, minha mãe me ensinou sobre o amor e o serviço.

JOVENS

59 Testemunha Especial:As Mulheres SãoImportantes na Igreja!Élder Quentin L. Cook

60 Orações, Bilhetes eCatástroes NaturaisMarissa Widdison

 Apesar de separadas por milhares de quilômetros, tanto Honoka quanto Maggie apren-deram que Deus cuida de nós em tempos diíceis.

62 Ideia Brilhante

63 Nossa Página

64 Trazer a Primária para Casa:Escolho Preencher MinhaVida com Coisas Que Convi-dam a Presença do Espírito

66 Seguir o Proeta:Aprender a Servir ao PróximoHeidi S. Swinton

68 O Lar de LeuteAdam C. Olson

Onde quer que vivamos, pode-mos tornar nosso lar um lugar 

 sagrado para nossa amília.

70 Para as Criancinhas

81 Figuras das Escrituras do Livrode Mórmon

CRIANÇAS

Veja se 

consegue 

encontrar 

a Liahona

oculta nesta

edição.

 Dica: Em

uma fale.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 3

PARA OS ADULTOS

Mais naInternet“Encontrar a Fé nos Confns da Terra”

(página 34) descreve as histórias de

conversão de vários membros da cidade

mais austral da Argentina. Mais otogra-

fas em liahona.LDS.org.

TÓPICOS DESTA EDIÇÃOOs números representam a primeira página de cada artigo.

Jovens oerecem várias sugestões para

superar o vício em pornografa (ver

página 46). Outro recurso útil é o livro

da Igreja “Guia para a Recuperação

e Cura da Dependência”, disponível

online em vários idiomas em

recoveryworkbook.LDS.org.

PARA OS JOVENS

EM SEU IDIOMA

A revista A Liahona e outros materiais

da Igreja estão disponíveis em muitos

idiomas em languages.LDS.org.

Liahona.LDS.org

 Adversidade, 30, 51, 60

 Amizade, 64

 Arrependimento, 46, 48

Bênçãos, 54

Casamento, 53

Catástroes Naturais,  30, 60

Chamados na Igreja, 4, 19

Compaixão, 7, 19, 24, 58

Convênios, 10Conversão, 34

Cristianismo, 24

Dever, 4, 12, 14, 51, 73

Dever para com Deus, 51

Esperança, 38

Espírito Santo, 19, 30, 34,42, 48, 64

Exemplo, 14, 58, 63, 66

Expiação, 48

Família, 30, 54, 58, 59, 63

Fé, 42, 48

História da amília, 38

Jesus Cristo, 10, 24, 48

Livro de Mórmon, 34, 40

Mídia, 46

Mulheres, 59

Namoro, 53Obediência, 52

Obra missionária, 34,52, 78

Padrões, 54

Para o Vigor da Juventude, 54

Perdão, 48

Pornografa, 46

Preparação, 30

Proessoras visitantes, 7 

Programa Fé em Deus, 63

Progresso Pessoal, 51

Revelação, 38, 40, 41

Sacramento, 10

Sacriício, 52

Serviço, 4, 7, 14, 20, 58,66, 70

Testemunho, 34, 42, 51

Trabalho do templo, 53

União, 20, 24

Vício, 46

AGOSTO DE 2012 VOL. 65 Nº 8A LIAHONA 10488 059

Revista Internacional em Português de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Paul B. PieperConsultores: Keith R. Edwards, Christoel Golden Jr.,Per G. Malm

Diretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg

Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditores Associados: Susan Barrett, Ryan CarrEquipe Editorial: Brittany Beattie, David A. Edwards, MatthewD. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Carrie Kasten, Lia McClanahan,Melissa Merrill, Michael R. Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J.Perkey, Chad E. Phares, Jan Pinborough, Paul VanDenBerghe,Marissa A. Widdison, Melissa Zenteno

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersDiagramadores Seniores: C. Kimball Bott, Colleen Hinckley,Eric P. Johnsen, Scott M. MooyEquipe de Diagramação e Produção: Collette Nebeker Aune,Connie Bowthorpe Bridge, Howard G. Brown, Julie Burdett,Bryan W. Gygi, Kathleen Howard, Denise Kirby, Ginny J. Nilson,Gayle Tate Raerty

Pré-Impressão: Je L. MartinDiretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes

Distribuição: Corporação do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Steinmühlstrasse 16, 61352 BadHomburg v.d.H., Alemanha.

Para assinatura ou mudança de endereço, entre em contatocom o Serviço ao Consumidor. Ligação Gratuita: 00800 29502950. Teleone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preço da assinatura para umano: € 3,75 para Portugal, € 3,00 para Açores e CVE 83,5 paraCabo Verde.

Para assinaturas e preços ora dos Estados Unidos e doCanadá, acesse o site store.LDS.org ou entre em contatocom o Centro de Distribuição local ou o líder da ala oudo ramo. Envie manuscritos e perguntas online paraliahona.LDS.org; pelo correio, para: Liahona, Room 2420,50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA;

ou por e-mail, para: [email protected]. A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca “bússola”ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama,búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, chinês (simplifcado),coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fjiano, fnlandês, rancês, grego, holandês, húngaro, indonésio,inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe,marshallês, mongol, norueguês, polonês, português, quiribati,romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano,tcheco, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidadevaria de um idioma para outro.)

© 2012 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso nos Estados Unidos da América.

O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail:

[email protected] Readers in the United States and Canada:August 2012 Vol. 65 No. 8. LIAHONA (USPS 311-480)Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthly by TheChurch o Jesus Christ o Latter-day Saints, 50 E. North TempleSt., Salt Lake City, UT 84150. USA subscription price is $10.00per year; Canada, $12.00 plus applicable taxes. PeriodicalsPostage Paid at Salt Lake City, Utah. Sixty days’ notice requiredor change o address. Include address label rom a recentissue; old and new addresses must be included. Send USAand Canadian subscriptions to Salt Lake Distribution Center ataddress below. Subscription help line: 1-800-537-5971. Creditcard orders (Visa, MasterCard, American Express) may be takenby phone. (Canada Poste Inormation: Publication Agreement#40017431)

POSTMASTER: Send address changes to Salt Lake DistributionCenter, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

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4 A L i a h o n a

Todos os que já estudaram Matemática sabem o queé um denominador comum. Para nós, santos dosúltimos dias, há um denominador comum que nos

une. Trata-se do chamado individual que cada um de nósrecebe para cumprir designações no reino de Deus aquina Terra.

 Já cometeram o erro de reclamar ao receberem umchamado? Ou aceitam com gratidão cada oportunidadede servir aos irmãos e às irmãs, por saberem que o PaiCelestial abençoará aqueles a quem Ele chama?

Espero que não percamos de vista o verdadeiro obje-tivo de nossas preciosas oportunidades de servir. Tal obje-tivo, tal meta eterna, é o mesmo mencionado pelo Senhore encontrado em Pérola de Grande Valor: “Pois eis queesta é minha obra e minha glória: Levar a eeito a imortali-dade e vida eterna do homem”.1

Recordemos sempre que o manto de nossa condição demembros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos

Dias não é um manto de conorto, mas sim de responsabi-lidade. Nosso dever, além de salvar a nós mesmos, é guiaroutras pessoas ao reino celestial de Deus.

Se trilharmos de bom grado o caminho do serviço aDeus, jamais nos encontraremos na situação do Cardeal

 Wolsey, personagem de Shakespeare. Destituído de seupoder após uma vida inteira de serviço a seu rei, ele ezeste triste lamento:

Se a meu Deus eu tivesse servido com metade do zelo

Que dediquei ao soberano, Ele não me teria,nesta idade,

 Abandonado nu diante de meus inimigos.2

Que tipo de serviço o Senhor pede que açamos? “Eisque o Senhor requer o coração e uma mente solícita; e osque são solícitos e obedientes comerão do bem da terrade Sião nestes últimos dias.”3

Sempre co refexivo ao recordar as palavras do Presi-dente John Taylor (1808–1887): “Caso não cumpram o seuchamado honrosamente, Deus os considera responsáveispelas pessoas a quem poderiam ter salvado se houvessemeito a sua obrigação”.4

 Tal como um resplandecente acho de luz de bondadeé a vida de Jesus ao ministrar entre os homens. “Entre vóssou como aquele que serve”,5 declarou Jesus ao dar orçasàs pernas de coxos, visão aos olhos de cegos, audição aosouvidos de surdos e vida ao corpo de mortos.

Com a parábola do bom samaritano, o Mestre nosensinou a amar o próximo como a nós mesmos.6 Com Suaresposta ao jovem rico, ensinou-nos a despojar-nos do

O CHAMADO DO

PresidenteThomas S. Monson

M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

Salvador para Servir

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A g o s t o d e 2 0 1 2

egoísmo.7 Ao alimentar a multidão de 5.000 pessoas, ensi-

nou-nos a enxergar as necessidades das outras pessoas.8 Ecom o Sermão da Montanha, ensinou-nos a buscar o reinode Deus em primeiro lugar.9

No Novo Mundo, o Senhor ressuscitado declarou:“Sabeis o que deveis azer em minha igreja; pois as obrasque me vistes azer, essas também areis; porque aquiloque me vistes azer, isso areis”.10

 Abençoamos o próximo ao servirmos como ez “Jesus deNazaré (…) [que] andou azendo bem”.11 Deus nos abençoapara que encontremos alegria ao servir ao Pai Celestial pormeio de nosso serviço a Seus lhos na Terra. ◼

NOTAS1. Moisés 1:39.2. William Shakespeare, Henrique VIII , ato 3, cena 2, estroes 456–458.3. Doutrina e Convênios 64:344. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor , 2001, p. 164.5. Lucas 22:276. Ver Lucas 10:30–37; ver também Mateus 22:39.7. Ver Mateus 19:16–24; Marcos 10:17–25; Lucas 18:18–25.8. Ver Mateus 14:15–21; Marcos 6:31–44; Lucas 9:10–17; João 6:5–13.9. Ver Mateus 6:33.

10. 3 Néf 27:21.11. Atos 10:38.

ENSINAR USANDO ESTA MENSAGEM

“[O Senhor] não permitirá que racassemos se

fzermos nossa parte. Ele nos concederá talentos e

capacidade maiores que os nossos, quando necessá-

rio. (…) É uma das experiências mais agradáveis que

um ser humano pode desrutar” (Ezra Tat Benson,

em Ensino, Não Há Maior Chamado, 2009, p. 20).

Se desejar, conte uma experiência em que você ou

algum conhecido sentiu o Senhor magnifcar seus

talentos e suas habilidades. Peça à amília que relate

algumas de suas próprias experiências positivas de

quando atenderam ao “chamado do Salvador para

servir”.

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6 A L i a h o n a

Servir no TemploBenjamin A.

Quando fz dezessete anos, comecei a pensar seriamente

em meu uturo e orei ao Pai Celestial sobre o que

poderia azer a fm de me preparar para servir missão e para

receber o Sacerdócio de Melquisedeque. Senti que devia ir

ao templo com mais requência, pois é a casa do Senhor e

seria o lugar onde eu poderia me sentir mais próximo do

Pai Celestial.

Então, tracei a meta de fazer 1.000 batismos vicários no

espaço de um ano. Senti realmente a necessidade de azeraquela meta e depois jejuei para receber a confrmação de

que era aquilo que eu deveria azer. Nosso Pai Celestial me

respondeu e comecei a ir ao Templo de Tampico México

todos os sábados.

Depois de fazer 500 batismos, estabeleci a meta de fazer

pesquisa de história da amília sobre meus antepassados.

Gostava tanto de azer a pesquisa que nem conseguia dormir

por estar à procura de nomes. Encontrei 50 nomes e oito

gerações de minha história amiliar e ajudei a realizar as

ordenanças do templo por todos eles.

Acabei fazendo mais de 1.300 batismos, formei-me no

seminário, recebi o Sacerdócio de Melquisedeque e agora

estou servindo como missionário de tempo integral, uma

de minhas maiores metas na vida.

Posso Fazer Algo pelos Outros

Cada um de nós pode azer algo para ajudar os

outros. O Presidente Monson ensinou que deve-mos amar a todos e aprender a ver como podemos

ajudá-los.

Olhe o menino sentado perto da árvore. Consegue

ver pessoas em volta que ele poderia ajudar?

Ao almoçar com sua amília, sugira que cada

pessoa à mesa conte uma coisa que ez para servir a

alguém naquele dia. Escreva suas próprias experiên-

cias de serviço em seu diário a cada dia.

J O V E N S C R I A N Ç A S

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A g o s t o d e 2 0 1 2 7

M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

Agir em Momentos

de Necessidade

 Estude este material em espírito de oração e, conorme julgar conveniente, discuta-o com as irmãs que você visita. Use as perguntas para ajudar no ortalecimento das irmãs e para azer com que aSociedade de Socorro seja parte ativa de sua própria vida.

De Nossa História 

Nos primeiros anos da

Igreja, havia poucos mem-

bros e eles estavam concen-

trados numa área pequena.

Os membros podiam agir

rapidamente quando

alguém estava em apuros.

Hoje a Igreja tem mais de 14

milhões de membros e está

espalhada no mundo inteiro.

O trabalho das proessoras

visitantes az parte do plano

do Senhor para ajudar todosos Seus flhos.

“O único sistema que

poderia prover auxílio e

consolo em uma Igreja tão

grande e em um mundo tão

variado seria por meio do

serviço individual a pessoas

necessitadas que estejam

mais próximas”, disse o

Presidente Henry B. Eyring,

Primeiro Conselheiro naPrimeira Presidência.

“Todo bispo e todo pre-

sidente de ramo tem uma

presidente da Sociedade de

Socorro na qual pode con-

far”, prosseguiu ele. “Ela

tem proessoras visitantes

que conhecem as provações

e as necessidades de cada

irmã. Por meio delas, a

presidente pode conhecero coração das pessoas e das

amílias. Ela pode atender

a necessidades e ajudar o

bispo em seu chamado de

nutrir pessoas e amílias.”3

O Que Posso Fazer? 

1. Uso meus dons e talentos paraabençoar os outros?

2. Será que as irmãs sob minharesponsabilidade sabem que estoudisposta a ajudá-las quando tiveremuma necessidade?

Como proessoras visitantes, um denossos propósitos é ajudar a orta-

lecer as amílias e os lares. As irmãs que visitamos devem poder dizer: “Se eu tiverproblemas, sei que minhas proessoras

 visitantes vão ajudar sem esperar queisso lhes seja pedido”. A m de servir,temos a responsabilidade de estar a pardas necessidades das irmãs que visita-

mos. Se buscarmos inspiração, sabere-mos atender às necessidades espirituaise temporais de cada irmã que recebemosa designação de visitar. Em seguida,usando nosso tempo, nossas habilidades,nossos talentos, nossas orações de é eoerecendo apoio espiritual e emocional,podemos ajudar a prestar serviço com-passivo em situações de enermidade,morte e outras circunstâncias especiais.1

Com a ajuda dos relatórios das proes-

soras visitantes, a presidência da Socie-dade de Socorro identica as pessoasque estão com necessidades especiaispor causa de doenças ísicas ou emocio-nais, emergências, nascimentos, mortes,deciência, solidão ou outras diculda-des. Em seguida, a presidente da Socie-dade de Socorro inorma ao bispo oque chegou a seu conhecimento. Soba direção dele, ela coordena o auxílioa ser prestado.2

Como proessoras visitantes, podemoster “grandes razões para nos regozi-

 jarmos”, devido à “bênção que nos oiconcedida: que omos [transormadas]em instrumentos nas mãos de Deus, pararealizar esta grande obra” (Alma 26:1, 3).

NOTAS1. Ver  Manual 2: Administração da Igreja, 2010,9.5.1; 9.6.2.

2. Ver  Manual 2 , 9.6.2.3. Henry B. Eyring, em Filhas em Meu Reino:

 A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011, p. 121.

Acesse www.reliesociety.LDS.org para mais inormações.

Fé, Família, Auxílio

Das Escrituras Mateus 22:37–40; Lucas 10:29–37; Alma

26:1–4; Doutrina e Convênios 82:18–19

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Caderno da Conferência de Abril

Para recordar a conerência geral de abril de 2012, você pode usar estas páginas (e os

Cadernos da Conerência que vão ser publicados em edições uturas) para ajudá-lo a estu-

dar e a colocar em prática os mais recentes ensinamentos dos proetas e apóstolos vivos.

Quando jovem, trabalhei com umempreiteiro de obras construindo

bases e alicerces para casas novas. No

calor do verão, era um trabalho árduopreparar a terra para moldar a ôrma naqual seria despejado o cimento para asbases. Não havia máquinas. Usávamospicaretas e pás. A construção de alicer-ces duradouros para os prédios era umtrabalho árduo naquela época.

 Também exigia paciência. Depois decimentar as bases, tínhamos que esperarque secassem. Por mais que quiséssemosprosseguir com a tarea, esperávamospor muito tempo depois de cimentar oalicerce antes de retirar as ôrmas.

E o que mais me impressionava,como pedreiro iniciante, era o cuidadosoprocesso de introduzir barras de errona ôrma para orticar o alicerce,

algo que me parecia tedioso edemorado.

De modo semelhante, o terrenoprecisa ser cuidadosamente preparadopara que nosso alicerce de é suporte as

tempestades que ocorrerão na vida detodos. Essa sólida base para um alicercede é é a integridade pessoal.

Escolher constantemente o certo,sejam quais orem as opções colocadasdiante de nós, cria um terreno sólidopara amparar nossa é. Isso pode come-çar na inância, já que toda alma nascecom a dádiva gratuita do Espírito deCristo. Com esse Espírito podemos saberquando zemos o certo perante Deus equando zemos algo errado à vista Dele.

Essas escolhas e decisões, centenas

na maioria dos dias, preparam o ter-reno sólido sobre o qual construiremos

nosso ediício de é. A estru-tura de erro emtorno da qual seráderramada a

H I S T Ó R I A S D A C O N F E R Ê N C I A

A Construção de Alicerces Duradouros

substância de nossa é é o evangelho de Jesus Cristo, com todos os seus convê-nios, suas ordenanças e seus princípios.

Um dos pontos-chave para uma éduradoura é julgar corretamente o tempode amadurecimento exigido. (…)

Esse amadurecimento não aconteceautomaticamente com o passar dos dias,mas, de ato, exige tempo. O simplesato de carmos mais velhos não é osuciente. É o serviço constante prestadoa Deus e ao próximo, de todo o coraçãoe alma, que transorma o testemunhoda verdade em uma orça espiritualinabalável.

Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheirona Primeira Presidência, “Montanhas paraEscalar”, A Liahona, maio de 2012, p. 23.

Para mais recursos sobre esse tópico: “Fé” em

Estudo por Tópico no site LDS.org; Richard G.

Scott, “O Poder Transormador da Fé e do Caráter”,

 A Liahona , novembro de 2010, pp. 43–46.

Perguntas para Reetir:

• Você se lembra da ocasião em que

sua integridade pessoal tenha sido

testada? De que maneira reagiu?

• Como o serviço fervoroso a Deus

e às outras pessoas ortalece seu

alicerce espiritual?

Considere a possibilidade de escre- ver seus pensamentos num diário oudiscuti-los com outras pessoas.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 9

ADVERTÊNCIA EM POUCASPALAVRAS

 VOCÊ:

1. Guarda ressentimentos?

2. Você fala da vida de alguém?

3. Exclui outras pessoas?

4. Sente inveja de alguém?

5. Deseja causar mal a alguém?

PREENCHAOS

ESPAÇOS

   R  e  s  p  o  s  t  a  s :  1 .  s  a  g  r  a  d  a  s  e  s  c  r i  t  u  r  a  s ;  2 .  c  r  e  s  c  e ;  3 .  r  e  v  e l  a  ç  ã  o ;  4  t  e  s  t  e  s  e  p  r  o  v  a  ç  õ  e  s .

Para ler, ver ou ouvir os discursos da conerênciageral, visite o site conerence.LDS.org.

EM VEZ DISSO:

1. Seja bondoso.

2. Perdoe.3. Fale com mansidão.

4. Deixe que o amor de

Deus encha seu coração.

5. Faça o bem a outras

pessoas.

Adaptado de Dieter F.Uchtdor, “Os Misericor-diosos Obterão Miseri-córdia”, A Liahona, maiode 2012, p. 70.

PromessaProfética

“O Espírito

Santo confr-

mou a verdade

nesta conerên-

cia e ará nova-

mente se vocês

O buscarem ao ouvir e ao estudar

mais tarde as mensagens dos ser-

vos autorizados do Senhor.”

Presidente Henry B. Eyring, PrimeiroConselheiro na Primeira Presidência,“Montanhas para Escalar”, A Liahona, maio de 2012, p. 23.

2. “Não fcamosdiminuídos quando outrapessoa ”(Jeffrey R. Holland, “Os Trabalha-dores da Vinha”, A Liahona, maiode 2012, p. 31).

3. “As verdades e adoutrina que recebemos

 vieram e continuarão a vir por ”(D. Todd Christofferson, “A Dou-trina de Cristo”, A Liahona, maiode 2012, p. 86).

1. “Podemos ser libertados dos caminhos do mal e da iniqui-dade, voltando-nos para os ensinamentos das ”(L. Tom Perry, “O Poder da Libertação”, A Liahona, maio de 2012, p. 94).

4. “Esta vida é o trei-namento para a exalta-ção eterna, e esse processosignifca ”(Ronald A. Rasband, “LiçõesEspeciais”, A Liahona, maiode 2012, p. 80).

 PA R E JÁ!

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10 A L i a h o n a

oportunidade semanal para a intros-pecção e a renovação dos convênios.

 A reverência e a oração melhoram aexperiência. As pessoas que comete-ram pecados sérios só devem tomar

o sacramento depois do arrependi-mento, que inclui uma conssão aobispo ou presidente de ramo (ver3 Né 18:28–30).

O ato de tomar o sacramentodignamente proporciona grandes

Osacramento é uma ordenançasagrada do sacerdócio reali-zada todos os domingos. Jesus

Cristo instituiu essa ordenança quandoestava na Terra e a restaurou em nossos

dias por meio do Proeta Joseph Smith.O Élder Dallin H. Oaks, do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou: “A orde-nança do sacramento torna a reuniãosacramental a mais sagrada e impor-tante reunião da Igreja”.1

O Senhor deu-nos o mandamentode reunir-nos e tomar o sacramentotodos os domingos (ver D&C 20:75).Os portadores do Sacerdócio Aarô-nico abençoam e distribuem o pão

e a água aos membros da congrega-ção, que tomam o sacramento emlembrança do corpo e do sangue de

 Jesus Cristo. Ao azer isso, renovam ocompromisso de viver os convêniosque assumiram com Deus ao serembatizados. Especicamente, pro-metem lembrar-se sempre de JesusCristo, tomar sobre si o nome Delee guardar Seus mandamentos (verD&C 20:77).

 A preparação adequada paratomar o sacramento inclui o arre-pendimento, o desejo de seguir oSalvador e um “coração quebrantadoe um espírito contrito” (3 Né 9:20).O ato de tomar o sacramento é uma

O Sacramento 

N O S S A C R E N Ç A

RECORDAR O SALVADOR

Para mais inormações, ver I Coríntios11:23–30; Doutrina e Convênios 27:2.

bênçãos, como o perdão dos peca-dos, a companhia do Espírito Santoe a santicação — o processo detornar-nos santos — por meio daExpiação. ◼

NOTA1. Dallin H. Oaks, “A Reunião Sacramental e

o Sacramento”, A Liahona, novembro de2008, p. 17.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 11

1. Jesus Cristo instituiu o

 sacramento entre Seus Doze

 Apóstolos na noite anterior 

a Sua Crucifcação (ver Lucas

22:19–20).

2. Após Sua Ressurreição,

o Salvador instituiu o

 sacramento nas Américas

(ver 3 Néf 18:1–11).

4. Durante a reunião

 sacramental, concentramo-nos

na adoração e abstemo-nos de

comportamentos que desviem

a atenção dos outros.

5. Recordamos a vida, o

exemplo, os ensinamentos

e a Expiação do Salvador 

ao tomar reverentemente

o sacramento.

 3. Os portadores do Sacerdócio Aarônico

 preparam, abençoam e distribuem o sacramento

 sob a direção do bispo ou do presidente de ramo.

“Reconhecemos que todos

cometemos erros. Todos

precisamos conessar e

abandonar nossos pecadose erros. Conessá-los a nosso

Pai Celestial e a outros que

tenhamos oendido. O Dia

do Senhor nos proporciona

uma preciosa oportunidade

de oerecer essas coisas —

nossos sacramentos — ao

Senhor.”

Élder L. Tom Perry, do Quórum dosDoze Apóstolos, “O Dia do Senhore o Sacramento”, A Liahona, maiode 2011, p. 6.

ESCLARECER DÚVIDAS

As pessoas que não conhecem nossas reuniões de domingo

talvez não saibam que pessoas de outras religiões podem

requentar nossas reuniões de adoração e tomar o sacramento.

Todos são bem-vindos para ir à Igreja conosco. O sacramento

visa ajudar os membros a renovar seus convênios, mas se o ato

de tomar o sacramento ajudar os visitantes em sua adoração,

eles podem azê-lo.

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12 A L i a h o n a

 A maioria de nós não se importa emazer o que devemos quando issonão interere no que queremos azer,

mas é preciso disciplina e maturidade paraazer o que devemos a despeito de termos

 vontade ou não. Com demasiada requência,o dever é o que uma pessoa espera das outrase não o que ela mesma az. O que as pessoaspensam, acreditam e planejam é tudo muitoimportante, mas o que azem é que é crucial.É um convite para que vençamos o egoísmo epensemos no bem comum de todos.

Nunca devemos esquecer que o dever noslembra que somos mordomos de tudo o quenosso Criador nos conou. Quando acei-tamos os deveres de bom grado e os cum-primos elmente, encontramos a elicidade.Quem az da elicidade o objetivo principalda vida está adado ao racasso, pois a elici-dade é uma consequência e não um m em

si mesma. Uma pessoa alcança a elicidadeao cumprir seus deveres e ao saber que sua

 vida está em harmonia com Deus e Seusmandamentos. (…)

 Todo homem e toda mulher de sucessona história do mundo soube qual era seudever e teve o rme desejo de cumpri-lo. OSalvador tinha um senso pereito do dever.O que oi exigido Dele ultrapassava os limi-

tes da capacidade humana, mas ainda assimEle Se submeteu à vontade do Pai e cumpriuSeu dever divino, expiando os pecados dahumanidade.

 Joseph Smith oi el a seu chamado ecumpriu seu dever mesmo enrentandoduras perseguições e grande sacriício pes-soal. Ele perseverou, persistiu e realizou aRestauração do evangelho verdadeiro de

 Jesus Cristo. (…)O Presidente Spencer W. Kimball [1895–

1985] aceitou o encargo de levar o evangelhoaté os conns da Terra. Cumpriu elmenteseu dever e deixou um exemplo maravilhosopara nós em tudo o que ez para propagar oevangelho de amor. O resultado é uma Igrejamundial e o cumprimento das proeciasmodernas.

Esses grandes homens (…) poderiam teroptado por seguir um caminho mais ácildo que o apontado pelo dever. Mas não ozeram. Certamente seu dever nem sem-pre resultou em comodidade pessoal ouconveniência. Seu dever não raro envolviagrandes sacriícios e diculdades pessoais,mas ainda assim eles escolheram o dever e ocumpriram.

 A vida obriga-nos a cumprir muitos deve-res — alguns rotineiros, outros mais signica-tivos e importantes. Parte integrante do deveré dar um bom exemplo e aproveitar todas

APRENDA SEU

Élder Joseph B.Wirthlin (1917–2008)Do Quórum dosDoze Apóstolos

C L Á S S I C O S D O E V A N G E L H O

DeverO dever nos ajuda a lembrar 

que somos mordomos de tudo oque nosso Criador nos confou.

 Joseph B. Wirthlin nasceu em 11 de junho

de 1917 em Salt Lake City, Utah. Em 1986,

 oi apoiado membro do Quórum dos Doze 

 Apóstolos. O trecho a seguir oi extraído de 

um discurso que ele proeriu na conerência

 geral em 5 de outubro de 1980, como mem-

bro do Primeiro Quórum dos Setenta. O texto

completo em inglês pode ser lido em Ensign ,

novembro de 1980, no site ensign.LDS.org.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 13

as oportunidades para orta-lecer os outros ao longo destaárdua estrada da vida. Issopode ser eito com uma pala-

 vra de incentivo, um elogio,um aperto de mão — qualquermaniestação de preocupaçãoe carinho. E precisamos ter emmente que, ao aprender bemnossos deveres nesta vida,também nos preparamos parao cumprimento dos devereseternos. (…)

 A necessidade absoluta decumprir nossos deveres em casa,na Igreja, em nosso trabalhodiário e também para com nossapátria amada (…) é descrita de

Senhor, Senhor, e não azeis oque eu digo?

Qualquer que vem a mim,e ouve as minhas palavras eas observa, eu vos mostrarei aquem é semelhante:

É semelhante ao homem queedicou uma casa, e cavou,e abriu bem undo, e pôs os

alicerces sobre a rocha; e, vindoa enchente, bateu com ímpetoa corrente naquela casa, e nãoa pôde abalar, porque estavaundada sobre a rocha.

Mas o que ouve e não pra-tica é semelhante ao homemque edicou uma casa sobreterra, sem alicerces, na qualbateu com ímpeto a corrente, elogo caiu; e oi grande a ruína

daquela casa” (Lucas 6:43–49).“Não vos canseis de azer

o bem” (D&C 64:33), meusirmãos. A delidade ao dever éuma característica dos verdadei-ros discípulos do Senhor e doslhos de Deus. Sejam valentesem seu dever. Sigam rme.Não alhem em sua tarea maisimportante, a de manter seusegundo estado. Sejam éis aseu dever, pois assim se aproxi-marão de Deus.

Presto-lhes meu testemunhoproundo e sincero de que estaé a única maneira de alcançar-mos elicidade e ajudarmos oreino a crescer e forescer. ◼

O uso de maiúsculas e a disposição dos  parágraos oram padronizados.

modo belo e vívido pelo Mestredos mestres, Jesus o Cristo. Eledeclarou:

“Porque não há boa árvoreque dê mau ruto, nem máárvore que dê bom ruto.

Porque cada árvore seconhece pelo próprio ruto; poisnão se colhem gos dos espi-nheiros, nem se vindimam uvasdos abrolhos.

O homem bom, do bomtesouro do seu coração tira obem, e o homem mau, do mautesouro do seu coração tira omal, porque da abundância doseu coração ala a boca.

E por que me chamais,

Parte inte-

grante do

dever é dar 

um bom

exemplo e

aproveitar 

todas as

oportuni-

dades para

fortalecer 

os outros

ao longo

desta árdua

estrada da

vida.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 15

 

Heidi S. Swinton

O

Presidente Thomas S. Monson disse várias vezes: “Gosto da palavradever ”. É algo que ele considera

“sagrado”.1 Sobre o cumprimento de seusdeveres como o 16º presidente da Igreja de

 Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, eledisse: “Prometo dedicar minha vida, minhasorças — tudo o que tenho para oerecer— ao serviço [do Senhor] e para cuidar dosassuntos de Sua Igreja, de acordo com Sua

 vontade e por Sua inspiração”.2

Conhecido por seu serviço ao próximo,o Presidente Monson já doou seus ternose sapatos quando cumpria designações noexterior e voltou para casa usando calçasinormais e chinelos. Fez da visita a amigose conhecidos que precisam de incentivouma prática. Ao longo dos anos, abençoouinúmeras pessoas internadas em hospitaise asilos, seguiu a inspiração para teleonarpara alguém e discursou em incontáveisunerais. Entregou reeições, rangos prontospara assar e oereceu livros com dedicatórias

THOMAS S. MONSON:

 Há muito tempo, o Presidente Thomas S. Monson comprometeu-se a

cumprir seu dever de realizar a obra do Senhor e de seguir o exemplode Jesus Cristo.

carinhosas. Sua agenda diária como presi-dente da Igreja é sempre repleta de reuniõese compromissos, mas ele sempre arranja

tempo para as pessoas — na maioria doscasos, uma de cada vez. Nos anais da históriada Igreja, ele será conhecido por seu amor àspessoas e por externar esse amor dando-lhesde seu tempo.

O Exemplo de Jesus Cristono Cumprimento do Dever

 As ações do Presidente Monson são moti- vadas por seu testemunho do Senhor JesusCristo. Ele disse: “Embora Ele tenha vindo à

 Terra como o Filho de Deus, serviu humil-demente às pessoas a Seu redor. Ele veio docéu para viver na Terra como homem mortale estabelecer o reino de Deus. Seu gloriosoevangelho mudou o modo de pensar domundo”.3 O Salvador expressou Seu sensode dever ao proclamar: “Vim ao mundo paraazer a vontade de meu pai” (3 Né 27:13).Com determinação e bondade nascidas de

 A partir do alto: o Presi-dente Monson demonstraamor pelas pessoas ao

apertar a mão de escotei-ros, aceitar um presente(com a esposa, Frances),orientar uma jovem numaabertura de terra e acenar  para a congregação naconerência geral (com aesposa).

 Atender aoChamado do Dever

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16 A L i a h o n a

 

uma perspectiva eterna, Ele

“andou azendo bem, (…)porque Deus era com ele”(Atos 10:38).

O Presidente Monsonobserva que, quando rece-beu o chamado do dever no

 Jardim do Getsêmani, JesusCristo respondeu: “Meu Pai, seé possível, passe de mim estecálice; todavia, não seja comoeu quero, mas como tu que-

res” (Mateus 26:39). O Salva-dor conhecia Seu dever de guiar, edicare incentivar todos os lhos de Seu Pai eatendeu a esse chamado repetidas vezes.

 A respeito disso, o Presidente Monsonarmou: “O Salvador sempre estava indode um lugar para o outro, ensinando,testicando e salvando pessoas. Esse énosso dever como membros”.4

Aprender a Cumprir Seu Dever

O Presidente Monson cresceu na Ala VI-VII da Estaca Temple View Utah. Láaprendeu sobre seu dever de cumprirsuas atribuições do sacerdócio sob aorientação de líderes do sacerdóciosábios e adquiriu conhecimento e umtestemunho do evangelho de JesusCristo com proessores inspirados.

Em 1950, aos 22 anos, Thomas SpencerMonson oi apoiado bispo da Ala VI-VII.

 Aplicou o que aprendera sobre o deveraos quem lhe haviam ensinado seu signi-cado. Ele era o pai da ala, o presidentedo Sacerdócio Aarônico, um provedorpara os pobres e necessitados, o guardiãodos registros e juiz comum em Israel. Seusdeveres eram muitos, mas ele os cumpriucom o otimismo que lhe é peculiar.

Um dos deveres do bispo era man-dar a todos os militares da ala uma

assinatura do jornal

Church News e da revista Improvement Era e escre- ver-lhes uma carta pes-soal mensalmente. Comoservira na Marinha naSegunda Guerra Mundial,o Presidente Monson bemsabia da importância deuma carta de casa. Havia23 membros da ala queprestavam serviço militar,

por isso ele chamou umairmã da ala para cuidar dos detalhesdo envio dessas cartas. Certa noite, eleentregou-lhe a pilha mensal de 23 cartas.

“Bispo, nunca ca desanimado?” per-guntou ela. “Aqui está outra carta parao irmão Bryson. Esta é a décima sétimacarta que você enviou a ele, sem receberresposta.”

“Bem, talvez seja este mês”, disseele. E oi. A resposta do irmão Bryson

dizia: “Prezado Bispo, não sou muito deescrever cartas. Obrigado pelo Church

 News e pelas revistas, mas acima de tudoobrigado pelas cartas pessoais. Decidicomeçar uma nova vida. Fui ordenadosacerdote no Sacerdócio Aarônico. Meucoração transborda de alegria. Sou umhomem eliz”.

O Presidente Monson viu naquelacarta a aplicação prática do ditado “Cum-pra seu dever, que é o melhor a azer.O restante deixe para o Senhor”. Anosdepois, ao participar de uma conerênciade estaca, alou do que vivenciou aoescrever cartas aos militares. Após a reu-nião, um rapaz o procurou e perguntou:“Bispo, lembra-se de mim?”

Sem demora, o Presidente Monsonrespondeu: “Irmão Bryson! Como vai? Oque está azendo na Igreja?”

 Jesus Cristo ensinou na sinagoga eno poço. Abençoou as criancinhase levantou a flha de Jairo dosmortos.

“O Salva-

dor sempre 

estava indo

de um lugar 

 para o outro,

ensinando,

testifcando

e salvando

 pessoas.

 Esse é nosso

dever como

membros.” 

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O ex-combatente respondeu com grande

prazer que estava bem e que servia napresidência do quórum de élderes de suaunidade. “Obrigado mais uma vez por seuinteresse por mim e pelas cartas que envioue que até hoje guardo com carinho.”5

 Acerca de acontecimentos assim, o Pre-sidente Monson disse: “Com requência,pequenos atos de serviço são tudo o que épreciso para erguer e abençoar outra pes-soa: uma pergunta sobre alguém da amília,algumas palavras de incentivo, um cumpri-

mento sincero, uma pequena nota de agra-decimento, um teleonema rápido. Se ormosobservadores e carmos atentos, e se agir-mos de acordo com a inspiração recebida,podemos realizar muitas coisas boas”.6

Aprender a Cumprir Nosso Dever

“Ao seguirmos [o exemplo de Jesus Cristo]hoje, também nós teremos a oportunidade deabençoar a vida de outras pessoas”, armou

o Presidente Monson. “Jesus nos convida a

darmos de nós mesmos: ‘Eis que o Senhorrequer o coração e uma mente solícita’.”7

 A visão que nosso proeta tem do dever,exige que deixemos de lado a ambiçãopessoal, o sucesso, a conveniência ou oprazer para que vejamos e busquemos obem maior. “Para encontrarmos a verdadeiraelicidade”, disse o Presidente Thomas S.Monson, “precisamos procurá-la ora de nósmesmos. Ninguém jamais aprendeu o signi-cado da vida sem renunciar a seu ego em

prol do serviço ao próximo. O serviço aopróximo é semelhante ao dever: seu cumpri-mento é que nos proporciona a verdadeiraalegria.”8

Ele acredita que a amizade acilita o ser- viço ao próximo. “[Um amigo] está maispreocupado em ajudar do que em ganharcréditos”, explicou ele. “Um amigo preo-cupa-se com a pessoa, ama, escuta e tentarealmente ajudar.”9

Quando o presidenteMonson pediu a todoscuja vida tivesse sidotocada pelo presidenteda estaca que fcassemde pé, a congregaçãocomeçou a se levantar,até todos fcarem de pé.

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18 A L i a h o n a

 

Há vários anos, o Presidente Monson par-

ticipou de uma conerência de estaca em Star Valley, Wyoming, EUA, com a atribuição dereorganizar a presidência da estaca. Mas ele ezmais do que cumprir esse dever. Tocou a vidade todos os presentes com um gesto simplesde amor ao desobrigar o presidente da estaca,E. Francis Winters, que servira por 23 anos.

No dia da conerência de estaca, os mem-bros lotaram a capela. Parecia que cada umdeles expressava um “agradecimento silen-cioso àquele nobre líder”, que certamente cumprira seu

dever com toda a alma e devoção. Ao discursar, o Presi-dente Monson mencionou o longo período em que o Pre-sidente Winters presidira a estaca e disse que ele ora um“pilar perpétuo de orça para todos no vale”. Em seguida,oi inspirado a azer algo que nunca zera antes nem ezdepois. Pediu a todos que tivessem sido tocados pela vidado Presidente Winters que cassem de pé. O resultado oieletrizante. Todas as pessoas presentes se levantaram.

O Presidente Monson disse aos membros, muitos dosquais com lágrimas nos olhos: “Este grupo de pessoasrefete não apenas sentimentos individuais, mas também

a gratidão de Deus por uma vida bem vivida”.10

O Testemunho do Dever de Nosso Proeta

O Presidente Monson nos deixou estes ensinamentosencorajadores sobre o dever:

“Seja qual or nosso chamado, independentemente denossos temores ou ansiedades, oremos e depois vamos eaçamos, lembrando as palavras do Mestre, sim, o Senhor

 Jesus Cristo, que prometeu: ‘Eu estou convosco todos osdias, até a consumação dos séculos’”.11

“Podemos ortalecer-nos uns aos outros; temos acapacidade de perceber o que se passa despercebido. Setivermos olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração paraconhecer e sentir, poderemos estender a mão e resgataraqueles que estão sob nossa responsabilidade.”12

“Nenhum de nós vive sozinho — em nossa cidade,em nosso país ou no mundo. Não há linha divisória entrenossa prosperidade e a pobreza de nosso próximo.” 13

“Existem pés a ser rmados, mãos a segurar, mentes aincentivar, corações para inspirar e almas para salvar.” 14

“Quando estivermos ace a ace com nosso

Criador, talvez Ele não nos pergunte: ‘Quan-tos cargos você teve?’, mas sim, ‘Quantaspessoas você ajudou?’”15

“Ao cuidarmos de nossas tareas cotidia-nas, descobrimos inúmeras oportunidades deseguir o exemplo do Salvador. Quando nossocoração está em sintonia com Seus ensina-mentos, descobrimos a proximidade incon-undível de Seu auxílio divino. É quase comose estivéssemos a serviço do Senhor e então

descobríssemos que, quando estamos a serviço do Senhor,

temos direito à ajuda do Senhor.”16

“Ao aprender Dele, ao crer Nele e ao segui-Lo, haveráa possibilidade de que nos tornemos como Ele. [Nosso]semblante pode mudar; [nosso] coração pode abrandar-se,[nossos] passos podem apressar-se, [nossa] visão aumentar.

 A vida se torna o que deveria ser.”17

 Tal como nosso proeta, o Presidente Thomas S.Monson, podemos comprometer-nos a cumprir nossodever de realizar o trabalho do Senhor e de seguir oexemplo de Jesus Cristo. ◼

NOTAS1. Thomas S. Monson, “Stumbling Blocks, Faith, and Miracles”, Liahona, junho de 1996, p. 20; “Happy Birthday”, Ensign, março de 1995, p. 59.

2. Thomas S. Monson, “Olhar para Trás e Seguir em Frente”, A Liahona,maio de 2008, p. 87.

3. Thomas S. Monson, “O Construtor de Pontes”, A Liahona, novembrode 2003, p. 67.

4. Thomas S. Monson, “Ocupar-se Zelosamente”, A Liahona, novembrode 2004, p. 56.

5. Ver Thomas S. Monson, “The Call o Duty”, Ensign, maio de 1986,p. 39.

6. Thomas S. Monson, “Três Metas para Guiá-las”, A Liahona, novembrode 2007, p. 118.

7. Thomas S. Monson, “As Dádivas do Natal”, A Liahona, dezembro de2003, p. 2.

8. Thomas S. Monson, “The Lord’s Way”, Ensign, maio de 1990, p. 93.9. Thomas S. Monson, “Ao Resgate”, A Liahona, julho de 2001, p. 57.

10. Thomas S. Monson, “Seu Lar Eterno”, A Liahona, julho de 2000, p. 67.11. Thomas S. Monson, “Eles Oram e Vão em Frente”, A Liahona, julho de

2002, p. 54.12. Thomas S. Monson, “O Chamado para Servir”, A Liahona, janeiro de

2001, p. 57.13. Thomas S. Monson, “In Search o the Abundant Lie”, Tambuli , agosto

de 1988, p. 4.14. Thomas S. Monson, “Que Firme Alicerce”, A Liahona, novembro de

2006, p. 62.15. Thomas S. Monson, “Faces and Attitudes”, New Era, setembro de 1977,

p. 50.16. Thomas S. Monson, “Windows”, Ensign, novembro de 1989, p. 69.17. Thomas S. Monson, “À Maneira do Mestre”, A Liahona, janeiro de

2003, p. 2.

“Com

 requência,

 pequenos atos 

de serviço sãotudo o que é 

 preciso para

erguer e aben-

çoar outra

 pessoa.” 

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Quando comecei meu primeiro ano de

aculdade, logo z amizade com doisoutros calouros — um era pecuarista e

o outro, agricultor. Formamos um trio impro- vável — dois pacatos interioranos do Oestedos Estados Unidos e um espevitado rapazurbano da Costa Leste. Depois de nos ormar,eles voltaram para a granja e a azenda e euentrei no mundo dos negócios corporativos.

Cartões anuais de Natal e teleonemasocasionais nos mantinham inormados sobrea vida uns dos outros ao longo dos anos. Ao

chegar a meus 30 e poucos anos, já tinha ser- vido duas vezes como chee de grupo esco-teiro. Tempos depois, quando eu terminavameu segundo “mandato” como líder assistentedo berçário, meus dois amigos estavam ser-

 vindo em bispados. Com o passar do tempo,caí na armadilha de comparar meus chamadoscom os de meus amigos e comecei a sentir-meindesejado e ignorado.

 Ao chegar à aixa dos 40 anos, os chamadosde liderança recebidos por outras pessoas per-

turbavam meus pensamentos por dias a o. Acada vez que alguém era chamado para umcargo de liderança na ala ou na estaca, Satanássussurrava para mim que eu era indigno ouque não tinha a é necessária para tais cha-mados. Eu conseguia aastar intelectualmentetais pensamentos por meio da oração e doestudo, mas ainda me debatia com problemasde autoestima. Ser “apenas um élder” e servircomo árbitro em jogos de basquete de jovensaos 50 anos enquanto meus amigos serviamem presidências de estaca não era o que euimaginara para mim naquela ase da vida.

Então passei por uma experiência pessoalque transormou minha compreensão doevangelho. Eu ajudava minha esposa, certodomingo, com sua classe da Primária cheiade agitadas crianças de sete anos de idade.Quando começou o tempo de compartilharna Primária, vi que uma das alunas estava

encolhida em sua cadeira. Não parecia estar

passando bem. O Espírito sussurrou a mimque ela precisava de consolo, então sentei-me ao lado dela e perguntei o que havia deerrado. Ela não respondeu, mas parecia estarmuito angustiada, então comecei a cantarbaixinho.

 A Primária estava aprendendo um hinonovo, e quando cantamos “Se eu escutar como coração, eu ouço o Salvador”,1 comecei asentir uma luz e um calor incríveis encheremminha alma. Senti-me envolto em braços eter-

nos de amor. Compreendi que o Pai Celestialouvira a oração daquela menininha e que euestava ali para proporcionar o consolo que Elequeria oerecer a ela. Meu entendimento espi-ritual se abriu e recebi um testemunho pessoaldo amor de nosso Salvador a ela, a cada umde Seus lhos e a mim. Eu sabia que Ele con-ara em mim para que servisse a alguém emnecessidade e que eu estava no lugar ondeEle queria que eu estivesse. Aprendi quesomos as mãos Dele quando servimosao próximo um a um.

 Alegro-me com qualquer oportunidade deservir e tento manter-me digno de sentir ossussurros do Espírito e de estar onde o PaiCelestial deseja que eu esteja quando um deSeus lhos precisa de serviço. ◼

NOTA1. Sally DeFord, “Se Eu Escutar com o Coração”, Esboço

 para o Tempo de Compartilhar de 2011, p. 28.

SERVIRUM A UM

S E R V I R N A I G R E J A

QUANTASPESSOAS VOCÊAJUDOU?

“Quando estiver-mos ace a acecom nosso Criador,

talvez Ele não nospergunte: ‘Quan-tos cargos vocêteve?’, mas sim,‘Quantas pessoasvocê ajudou?’ Naverdade, só ama-mos o Senhor se Oservirmos ao ajudarSeus flhos.”

Presidente Thomas S.Monson, “Faces and

Attitudes”, New Era,setembro de 1977, p. 50.

Al VanLeeuwen

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20 A L i a h o n a

Limpar ediícios, esregar o chão, ensi-

nar alunos, arrecadar alimentos, ajudarimigrantes, visitar viúvas, capinar e

pintar escolas. Esses são apenas alguns dosmuitos projetos de serviço realizados no anopassado por membros da Igreja que atende-ram ao convite da Primeira Presidência deorganizar um dia de serviço em comemora-ção ao 75º aniversário do Programa de Bem-Estar. Esses projetos aetaram proundamenteos que serviram e os que receberam o ser-

 viço. Muitas comunidades em todo o mundomudaram para melhor.

Londres, Inglaterra

Os membros da Igreja da região de Lon-dres comemoraram o aniversário ajudando alimpar Tottenham, uma cidade onde houvetumultos em agosto de 2011. Num parqueregional, voluntários capinaram, construíramcanteiros de fores e recolheram lixo.

ComemorarOs membros também serviram num

hospital inantil, onde limparam os passeiosdo jardim e tornaram as imediações doestabelecimento mais conortáveis para ascrianças e seus amiliares. Charlotte Illeraajudou a coordenar o projeto. “Foi muitotrabalhoso, mas também oi algo quetrouxe muita alegria”, conta ela. “Mesmoum gesto simples como varrer pode tra-zer grandes beneícios. Não é preciso ternenhuma habilidade extraordinária. Peque-nas coisas podem azer a dierença paraos outros.”

Rudi Champagnie externou sua opiniãosobre a inspiração por trás do convite daPrimeira Presidência para servir: “Acho queessa revelação oi para nos unir — azer-nosinteragir na comunidade, permitir-nos conhe-cer novas pessoas”. Ele continuou: “É maravi-lhoso ver a Igreja se envolver na comunidade.É ainda mais especial azer parte disso. Isso

Londres Inglaterra

Kathryn H. OlsonServiços de Bem-Estar

Bangalore, Índia

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um Dia de Serviçoortaleceu meu testemunho e me deu o desejo

de azer mais”.

Hong Kong, China

Os líderes adultos dos jovens da Estaca HongKong China pediram ao conselho dos jovensque escolhesse seu próprio projeto de serviço.Depois de examinar as necessidades da comu-nidade, os jovens decidiram ensinar criançasde amílias de baixa renda numa escola local.Cerca de 120 jovens ensinaram mais de 80crianças em idade escolar a desenvolver talen-tos, ter uma alimentação saudável, azer reu-niões de amília e criar amizades verdadeiras.

“Não oi apenas uma infuência exercidauma só vez”, disse Anita Shum, presidente dasMoças da estaca. “O que os jovens zeramcom as crianças pode ter um eeito dura-douro.” Ela acrescentou que agora os jovenstêm boas lembranças e experiências que osabençoarão para sempre.

Acra, Gana

Os membros de Acra, Gana, participaramde um dia de serviço pintando escolas, var-rendo ruas e sarjetas e limpando a área emtorno de hospitais e clínicas.

Emma Owusu Ansah, da Estaca Acra GanaChristiansborg, estava envolvida no planeja-mento desse dia de serviço. “O ato de reu-nir-nos como membros da Igreja nos une eacilita a obediência a um princípio como oserviço”, disse ela. Ao m do projeto, os mem-bros reuniram-se para prestar testemunho. Airmã Ansah comentou: “Depois de ouvir ostestemunhos individuais, percebi o quantoperdemos quando não servimos ao próximo”.

Quando o Presidente Henry B. Eyring,Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência,ez o convite para a realização de um dia deserviço, ele alou sobre o eeito unicadorque os projetos teriam: “Um (…) princípio doevangelho que tem me guiado no trabalho

Bujumbura, Burundi 

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22 A L i a h o n a

de Bem-Estar é o poder e a bênção da união.Quando unimos as mãos para servir aosnecessitados, o Senhor une nosso coração”.1

Córdoba, Argentina

 Apesar da chuva num dia de outubro,1.601 santos dos últimos dias de cinco estacasde Córdoba, Argentina, doaram um total de10.234 horas de serviço a um asilo. Os mem-

bros entregaram roupas, mantimentos e kitsde higiene arrecadados anteriormente. Tam-bém zeram serviços de jardinagem, pintaramparedes e bancos e organizaram shows detalentos. Várias irmãs também oereceram ser-

 viços de cabeleireiro, manicure e pedicure.“Sei que o projeto oi de grande valia não

só para eles mas para mim também”, disseRocío B., de quatorze anos, após o projeto.“Eu sabia que estava azendo a coisa certae que o Pai Celestial estava satiseito comigo.”

São Paulo, Brasil

Os membros da Estaca São Paulo Brasilsentiram-se inspirados a arrecadar açúcar,óleo, arroz e eijão para doar a duas insti-tuições de caridade. Em seguida, ensinarama vários representantes das instituições decaridade os princípios básicos de armazena-mento de alimentos. Os membros também se

oereceram para eetuar treinamentosem educação, nanças e empregos amembros da estaca e da comunidadepara ajudá-los a desenvolver as habi-lidades necessárias para competir porempregos disponíveis.

“A comunidade que convidamos

cou encantada com o trabalho daIgreja. Muitos não nos conheciam,mas levaram bons sentimentos”, disseKátia Ribeiro, membro da estaca.“Entre os membros, reinou um espí-rito de união e serviço, e entre os quereceberam o serviço, houve proundagratidão.”

Falls Church, Virgínia, EUA

Os membros de Falls Church,

 Virgínia, EUA, sentiram a alegria deservir juntos em dois abrigos para

moradores de rua. Esregando uma parede, Adeana Alvarez disse a um membro de suaala: “Tive uma semana rustrante, e é bomdescontar a rustração nesta parede! Todosnós precisamos receber serviço em algummomento de nossa vida, e é bom azê-lopelos outros”.

Outro membro da ala, Anne Sorensen,observou: “É uma ótima maneira de intera-

gir com a comunidade. Agora me sinto maisenvolvida com o que está acontecendo comesta organização. Toda vez que eu passar decarro por perto, vou pensar nas pessoas queestudam aqui e espero que o trabalho quezemos lhes dê uma orma tangível de sentirque não estão sozinhas no que estão azendopara melhorar sua vida”.

Tokorozawa, Japão

Numa escola primária, em Tokorozawa, osmembros da Igreja apresentaram um seminá-rio sobre armazenamento de alimentos para50 pais e educadores. Por causa do terremotode março de 2011, as pessoas da comunidadeestavam ansiosas para aprender sobre a pre-paração para catástroes naturais, principal-mente como montar uma reserva alimentarde longo prazo.

“Apesar do grande terremoto no leste do

SENTIMENTOSDE CARIDADE

“O Senhor cumpreSua promessa, secumprirmos as nos-sas. Ao prestarmos

serviço às pessoaspor Ele, Ele nos arásentir Seu amor. Como tempo, o senti-mento de caridadeará parte de nossaprópria natureza. Seperseverarmos emprestar serviço àspessoas, receberemosa certeza de Mórmon

em nosso coração deque tudo estará bemconosco.”

Presidente Henry B. Eyring,Primeiro Conselheirona Primeira Presidência,“Testemunha”, A Liahona,novembro de 2011, p. 68.

Falls Church, Virgínia, EUA

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A g o s t o d e 2 0 1 2 23

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Uma das características comuns do dia mundial de pro-

 jetos de serviço oi o eeito que teve sobre as comu-

nidades locais. Muitos transeuntes pararam para azer

perguntas sobre a Igreja aos participantes do projeto,

e os membros prestaram testemunho.

Em vários lugares do mundo, as autoridades governa-

mentais reconheceram os esorços dos membros da Igreja.

Por exemplo, numa entrevista de rádio sobre o dia de

serviço, o chee do distrito de Kisanga em Lubumbashi,

República Democrática do Congo, instou as pessoas de

outras religiões a seguirem o exemplo dos “mórmons”

na prestação de serviço à comunidade.

Sobre o serviço prestado pelos

300 membros da Igreja, na

 Japão, eu não zera nada para me preparar”,disse um participante. “Fiquei eliz com osconhecimentos que adquiri. Quero acharum lugar para armazenar alimentos e pre-tendo azer isso para proteger minha amíliaquerida.”

 Akihito Suda, membro da Estaca Musashino

 Japão, observou que a Luz de Cristo tocou acomunidade quando os membros mostraramos preparativos que tinham eito para crises.“Cristo é a Luz do Mundo”, disse ele. “Seusensinamentos iluminam a comunidade.”

Tallinn, Estônia

Os membros da Igreja em Tallinn passaramo dia ajudando pessoas carentes da comu-nidade a azer serviços de manutenção emcasa. Alguns participantes cortaram lenha e

revolveram carvão, enquanto outros limparamcarpetes, trocaram cortinas e lavaram vidros eparedes.

Maila Chan oi com a amília visitar umasenhora idosa e cortar lenha para ela. “Comomãe, co muito eliz por nossa amília ter

 vivenciado algo tão maravilhoso”, disse ela.“Como é bom ver que, ao servir ao próximo,esquecemos por completo nossos própriosproblemas. Sei que ao servir ao próximo esta-mos somente servindo a nosso Deus.”

Margit Timakov também observou: “Aodeixar de lado meus aazeres e comprometer-me inteiramente a ajudar alguém, com-preendi o verdadeiro poder do sacriício.Não precisamos perguntar se poderíamoster eito algo dierente ou por quê. Simples-mente estendemos a mão e ajudamos. Aju-

damos porque nos importamos. Ajudamosporque queremos seguir o exemplode Cristo”.

O Fruto de Seu Trabalho

Os depoimentos dos que serviram a suacomunidade no mundo inteiro nos ensinamque, ao servir, nosso testemunho cresce e nossentimos melhor a respeito de nós mesmos.O Presidente Eyring armou que somos aben-çoados por nosso serviço: “Agradeço ao Mes-

tre pelo trabalho que vocês realizaram paraservir aos lhos de nosso Pai Celestial. Eleconhece vocês e vê seu empenho, sua diligên-cia e sacriício. Oro para que Ele lhes concedaa bênção de ver os rutos de seu trabalho naelicidade daqueles que vocês ajudaram edaqueles com quem trabalharam em nomedo Senhor”.2 ◼NOTAS

1. Henry B. Eyring, “Oportunidades de Fazer o Bem”, A Liahona, maio de 2011, p. 22.

2. Henry B. Eyring, A Liahona, maio de 2011, p. 22.

região metropolitana de Londres, o preeito, Boris

Johnson, comentou: “Agora, mais do que nunca, é

ótimo ver cidadãos londrinos — voluntários —, que

estão preocupados com a comunidade, comparecendo

em massa”.

O governador de Connecticut, EUA, Dannel Malloy, e

Robert McConnell, governador da Virgínia, EUA, emitiram

proclamações elogiando os dias de serviço em seus respec-

tivos estados. O governador Malloy disse em sua procla-

mação: “Somos gratos à Igreja de Jesus Cristo dos Santos

dos Últimos Dias por seu serviço ao próximo e por [seu]

convite a todos os residentes de todos os credos e origens

para se unirem a eles neste ano em que comemoram seu

aniversário de prestação de serviços”.

ESCLARECERDÚVIDAS

Ao ver o pro-

grama mórmon

Mãos Que Ajudam na

comunidade, algumas

pessoas não sabem se

os membros da Igrejaajudam somente

outros membros da

Igreja ou também

pessoas de outras

religiões. É claro que

ajudamos todos.

Esorçamo-nos para

seguir o exemplo do

Salvador ao servir, seja

tirando olhas caídas

do quintal de umvizinho ou enviando e

distribuindo toneladas

de suprimentos após

catástroes naturais.

Procuramos ajudar os

outros, seja qual or

sua é ou ormação

cultural.

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24 A L i a h o n a

PERMANECERUNIDOS 

ÉlderJeffrey R. HollandDo Quórum dosDoze Apóstolos

na Causa de Cristo

 A migos, vocês sabem o mesmo queeu — que no mundo moderno hámuito pecado e decadência moral e

que isso aeta a todos, sobretudo os jovens,e a situação parece piorar a cada dia. Temosinúmeras preocupações em comum quantoà disseminação da pornograa e da pobreza,dos abusos e maus-tratos, do aborto, das

transgressões sexuais ilícitas (tanto heteros-sexuais quanto homossexuais), da violência,da grosseria, da crueldade e das tentações —tudo isso ao alcance do celular de sua lhaou do iPad de seu lho.

Sem dúvida há uma maneira para que aspessoas de boa vontade que amam a Deus eque tomaram sobre si o nome de Cristo per-maneçam unidas na causa de Cristo e lutem

 juntas contra as orças do pecado. Nisso temostodo o direito de ser ousados e de crer, pois“se Deus é por nós, quem será contra nós?”(Romanos 8:31.)

 Vocês servem e pregam, ensinam e tra-balham tendo essa conança, e eu também.E ao azê-lo, acredito que possamos conartambém no versículo seguinte de Romanos:“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filhopoupou, antes o entregou por todos nós,como nos não dará também com ele todas as

 Este artigo oi extraído de um discurso proerido em Salt 

 Lake City, em 10 de março de 2011, para um grupo de líderes cristãos dos Estados Unidos.

coisas?” Acredito realmente que, se no mundo

inteiro nos empenharmos mais para não nos  separarmos do “amor de Cristo”, seremos

“mais do que vencedores, por aquele que nos

amou” (Romanos 8:32, 35, 37).

Diálogo Teológico

 As relações entre os evangélicos e os santos

dos últimos dias nem sempre oram pacíf-

cas. Desde o início do Século XIX, quando o

 jovem Joseph Smith voltou do bosque após

sua grandiosa visão e ez sua ousada decla-

ração a respeito dela, nossas relações muitas vezes não oram nada cordiais.

No entanto, por estranho que pareça —

e não posso deixar de crer que a mão do

Senhor esteja guiando esses acontecimentos

nesta época conturbada — desde o fm da

década de 1990, acadêmicos e líderes ecle-

siásticos SUD e evangélicos vêm realizando o

que considero um diálogo teológico instigante

e construtivo. Tem havido um esorço sincero

de todos para entender e para se azer com-

preender, uma tentativa de desazer os mitos

e as ideias errôneas de ambos os lados, um

trabalho de amor no qual os participantes se

sentem motivados e movidos por uma orça

serena bem mais prounda e abrangente do

que um mero intercâmbio inter-religioso.

O primeiro desses diálogos ormais ocorreu

no primeiro semestre do ano 2000, na Univer-

sidade Brigham Young. À medida que

ESCLARECER

DÚVIDAS

Os santos dos

últimos dias

 são cristãos? É 

claro que somos.

Como explicou

o Élder Holland,

“acreditamos

no Jesus histó-

rico que andou

 pelos caminhos

 poeirentos daTerra Santa e

declaramos que

Ele é o mesmo

Deus conhecido

como o divino

 Jeová do Velho

Testamento”.

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Sem dúvida háuma maneira

 para que as  pessoas de boavontade que 

amam a Deus e que toma-

ram sobre si o

nome de Cristo permaneçam

unidas nacausa de Cristo

e lutem juntas contra as orças do pecado.

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26 A L i a h o n a

o diálogo começou a tomar orma, fcou evi-

dente que os participantes estavam em busca

de uma espécie de paradigma, um modelo,um ponto de reerência. Deveria haver con-rontos, discussões, debates? Deveria haver

 vencidos e vencedores? Que grau de ran-queza e sinceridade os participantes deveriamter? Alguns dos santos dos últimos dias seperguntavam: Será que esses “outros” encaramestas conversas como um “teste seletivo” paranossa admissão na equipe cristã? Seria esseum grande esorço para “consertar” o mormo-nismo, a m de alinhá-lo mais com a tradição

cristã e torná-lo mais aceitável a espectadorescéticos?

Por sua vez, alguns dos evangélicos devemter-se perguntado: Será que esses “outros”estão sendo sinceros ou se trata apenas deoutra orma de azer proselitismo missionário?É possível alguém ser um cristão que segueo Novo Testamento e ainda assim recusar oscredos posteriores adotados pela maioria docristianismo tradicional? Uma pergunta recor-rente em ambos os lados era: até que ponto a

graça de Deus pode compensar uma “teologiaruim”? Em pouco tempo esse tipo de questãose tornou parte do próprio diálogo e, comisso, a tensão começou a dissipar-se.

 A ormalidade inicial deu lugar a uma inor-malidade bem mais amistosa, uma verdadeiraorma de raternidade, com cordialidade nasdivergências, respeito pelas opiniões contrá-rias, um sentimento de que todos tinham aresponsabilidade de realmente compreenderas pessoas das outras religiões (mesmo semnecessariamente ter a mesma opinião queelas) — a responsabilidade de explicar comprecisão as doutrinas e as práticas própriase de compreender as dos outros da mesmaorma. Os diálogos oram marcados por um“respeito convicto”.1

Devido ao ato de os santos dos últimosdias terem uma estrutura hierárquica e organi-zacional bem dierente da existente no vasto

mundo evangélico, nenhum representanteocial da Igreja participou desses encontros

nem houve neles qualquer conotação eclesiás-tica. Assim como vocês, não temos o mínimointeresse de comprometer nossa distinçãodoutrinária ou de abrir mão das crenças queazem de nós quem somos. No entanto, nossoanseio é o de não sermos mal interpretados,não sermos acusados de crenças que não pro-essamos, não vermos nossa devoção a Cristoe a Seu evangelho ser sistematicamente igno-rada, sem alar no preconceito que soremoscom tudo isso.

 Além disso, estamos sempre em busca deum denominador comum e de parceiros parao trabalho de campo na obra do ministério.Estamos mais do que dispostos a dar as mãosa nossos amigos evangélicos num esorçocristão conjunto para ortalecer a amília e ocasamento, para exigir mais moralidade nosmeios de comunicação, para prestar auxíliohumanitário por ocasião de catástroes natu-rais, para aliviar o problema constante que éa pobreza no mundo e para garantir a liber-

dade de religião, permitindo que todos nospronunciemos sobre questões de consciênciacristã no contexto dos debates sociais de nossaépoca. Nesse último aspecto, nunca devechegar o dia em que vocês, eu ou qualqueroutro clérigo responsável deste país sejamosproibidos de pregar do púlpito a doutrina queconsideremos verdadeira. Contudo, à luz dosrecentes acontecimentos sociopolíticos e dosproblemas legais decorrentes deles na atua-lidade, sobretudo no tocante à santidade docasamento, tal dia poderá chegar a não ser queajamos de orma decisiva para impedir queisso aconteça.2

Quanto maior e mais unida or a voz doscristãos, mais chance teremos de azer nossa

 voz ser ouvida nessas questões. A esse res-peito, devemos lembrar a advertência doSalvador sobre “uma casa, dividida contra simesma” — uma casa assim não pode azer

Estamos mais

que dispostos

a dar as mãos a

nossos amigos

evangélicos

num esorço

cristão conjunto

 para ortalecer 

a amília e o

casamento, para

exigir mais mora-

lidade nos meios

de comunicação,

 para prestar 

auxílio humani-tário por ocasião

de catástroes

naturais, para ali-

viar o problema

constante que

é a pobreza no

mundo e para

garantir a liber-

dade de religião,

 permitindo que

todos nos pro-nunciemos sobre

questões de

consciência cristã

no contexto dos

debates sociais

de nossa época.

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rente a inimigos mais unidos e, em geral, dotados de pro-pósitos iníquos (ver Lucas 11:17).

O Cristo Que Adoramos

Partindo dessa introdução e desejoso de não nos verem desacordo quando não precisamos discordar, gostariade prestar a vocês, nossos amigos, o testemunho do Cristoque reverenciamos e adoramos na Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Cremos no Jesus histórico

que andou pelos caminhos poeirentos da Terra Santa edeclaramos que Ele é o mesmo Deus conhecido como odivino Jeová do Velho Testamento. Declaramos que Eleé plenamente Deus em Sua divindade e também plena-mente humano em Sua condição mortal, o Filho que eraDeus e o Deus que era Filho. Armamos que Ele é, nalinguagem do Livro de Mórmon, o “Deus Eterno” (páginade rosto do Livro de Mórmon).

 Testicamos que Ele é um com o Pai e com o EspíritoSanto — os Três são Um: um em espírito, em orça, empropósito, em voz, em glória, em vontade, em bondadee em graça — um em todos os aspectos e de todas asormas imagináveis de união exceto no tocante ao corpoísico (ver 3 Né 11:36). Testicamos que Cristo nasceu deSeu Pai divino e de uma mãe virgem, e que a partir dosdoze anos de idade passou a cuidar dos negócios de Seu

 verdadeiro Pai. Testicamos que, ao azê-lo, Ele levou uma vida pereita, sem pecado, e assim deixou o exemplo paratodos os que Nele buscam a salvação.

Prestamos testemunho de cada sermão que Ele pregou,

cada oração que proeriu, cada milagre que invocoudo céu e cada ato redentor que praticou. Nesse últimoaspecto, testicamos que, em cumprimento do planodivino para nossa salvação, Ele tomou sobre Si todos ospecados, sorimentos e enermidades do mundo e sangroupor todos os poros, tamanha oi a angústia, a começar noGetsêmani até Sua morte na cruz do Calvário como sacrií-cio vicário por esses pecados e pelos pecadores, incluindocada um de nós.

No início do Livro de Mórmon, um proeta neta viu“que [Jesus] oi levantado na cruz e morto pelos peca-dos do mundo” (1 Né 11:33). Tempos depois, o mesmoSenhor armou: “Eis que vos dei o meu evangelho e esteé o evangelho que vos dei — que vim ao mundo paraazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou. Emeu Pai enviou-me para que eu osse levantado na cruz”(3 Né 27:13–14; ver também D&C 76:40–42). De ato, éum dom do Espírito “saber (…) que Jesus Cristo é o Filhode Deus e que oi crucicado pelos pecados do mundo”(D&C 46:13).

Declaramos que três dias após a Crucicação, Ele res-suscitou do sepulcro em gloriosa imortalidade, as primí-cias da Ressurreição, rompendo assim as ligaduras ísicasda morte e as cadeias espirituais do inerno, proporcio-nando um uturo imortal tanto para o corpo quanto para oespírito, um uturo que só poderá ser alcançado na pleni-tude de sua glória e grandeza se aceitarmos a Ele e a Seunome como o único “debaixo do céu (…), dado entre oshomens, pelo qual devamos ser salvos”. Não há nem pode

Para mais inormações

 sobre o ato de os santos

dos últimos dias serem cris-tãos, consulte as Perguntas

Frequentes em Mormon.org;

o verbete “Jesus Cristo” na

 seção “Tópicos e Inorma-

ções” em Saladeimprensa-

mormon.org.br; e Gordon B.

Hinckley, “A Prophet’s

Testimony”, Ensign , maio

de 1993, p. 93.

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28 A L i a h o n a

“em nenhum outro [haver] salvação” (Atos 4:12).Declaramos que Ele virá novamente à Terra, dessa

 vez com poder, majestade e glória, para reinar como Reidos reis e Senhor dos senhores. Esse é o Cristo a quemlouvamos, em cuja graça conamos implícita e explici-tamente, e que é o “Pastor e Bispo das [nossas] almas”(I Pedro 2:25).

Certa vez, perguntaram a Joseph Smith: “Quais são osprincípios undamentais de sua religião?” Ele respondeu:

“Os princípios undamentais de nossa religião são o teste-munho dos Apóstolos e Proetas a respeito de Jesus Cristo,que Ele morreu, oi sepultado, ressuscitou no terceiro diae ascendeu ao céu; todas as outras coisas de nossa religiãosão meros apêndices disso”.3

 Via de regra, os santos dos últimos dias são conhecidoscomo um povo trabalhador, voltado para as boas obras.Para nós, as obras de justiça, o que poderíamos chamarde “discipulado dedicado”, são uma medida inequívoca darealidade de nossa é. Assim como Tiago, irmão de Jesus,cremos que a é verdadeira sempre se maniesta na deli-dade (ver Tiago 2). Ensinamos que os puritanos estavammais perto da verdade do que tinham consciência aoesperarem uma “conduta (…) [piedosa]” (D&C 20:69) daspessoas sob convênio.

 A salvação e a vida eterna são gratuitas (ver 2 Né2:4); de ato, são os maiores de todos os dons de Deus(ver D&C 6:13; 14:7). No entanto, ensinamos que preci-samos nos preparar para receber esses dons declarandoe demonstrando “é no Senhor Jesus Cristo” (Regras de

Fé 1:4) — conando nos “méritos e misericórdia e graçado Santo Messias” (2 Né 2:8, ver também 2 Né 31:19;Morôni 6:4). Para nós, os rutos dessa é incluem o arre-pendimento, o recebimento dos convênios e das orde-nanças do evangelho (inclusive o batismo) e um coraçãocheio de gratidão que nos motive a negar-nos a todainiquidade, para que tomemos “cada dia a [nossa] cruz”(Lucas 9:23) e guardemos Seus mandamentos — todos osSeus mandamentos (ver João 14:15). Regozijamo-nos com

o Apóstolo Paulo: “Graças a Deus que nos dá a vitóriapor nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15:57). Nesseespírito, como escreveu um proeta do Livro de Mórmon:“E alamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamosa Cristo, proetizamos de Cristo (…) para que nossos lhossaibam em que onte procurar a remissão de seus peca-dos (…) [e] esperem por aquela vida que está em Cristo”(2 Né 25:26, 27).

Espero que este testemunho que presto a vocês e aomundo os ajude a compreender um pouco do indescritívelamor que sentimos pelo Salvador do mundo na Igreja de

 Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Apelo à Consciência Cristã

Em virtude de nossa devoção compartilhada aoSenhor Jesus Cristo e dos problemas que enrentamosem nossa sociedade, sem dúvida podemos encontraruma maneira de nos unir num apelo nacional — ouinternacional — à consciência cristã. Há alguns anos, TimLaHaye escreveu:

É um dom do Espí-

rito “saber (…) que

 Jesus Cristo é o Filhode Deus e que oi 

crucifcado pelos

 pecados do mundo”.

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“Se os americanos religiosos trabalharem juntos em nome das preocupações morais que

temos em comum, é bem possível que tenha-mos êxito em restabelecer os padrões moraise cívicos que nossos antepassados julgavamestar garantidos pela Constituição dos EstadosUnidos. (…)

Todos os cidadãos religiosos de nosso paísprecisam desenvolver respeito pelas outraspessoas religiosas e por suas crenças. Não pre-cisamos aceitar-lhes as crenças, mas podemosrespeitar aqueles que as proessam e consta-tar que temos mais em comum uns com os

outros do que jamais teremos com os secula-rizadores deste país. Chegou a hora de todosos cidadãos comprometidos religiosamente seunirem contra nosso inimigo comum”.4

Com certeza, há riscos quando apren-demos algo novo sobre outra pessoa. Asnovas perspectivas sempre aetam as antigase, portanto, é inevitável que tenhamos derepensar, reorganizar e reestruturar nossa

 visão de mundo. Quando deixamos de julgaras pessoas por sua cor, seu grupo étnico, seu

círculo social, sua igreja, sua sinagoga, suamesquita, seu credo e sua declaração de ée nos esorçamos ao máximo para vê-las porquem e pelo que são — lhos do mesmoDeus — ocorre uma mudança positiva e

 válida dentro de nós e assim somos levadosa uma união mais estreita com aquele Deusque é Pai de todos nós.

Poucas coisas são mais necessárias nestemundo tenso e conuso do que a convicçãocristã, a compaixão cristã e a compreen-são cristã. Joseph Smith observou em 1843,menos de um ano antes de sua morte: “Se euachar que a humanidade está errada, devopersegui-la? Não. Eu a elevarei, e à sua pró-pria maneira também, caso eu não consigapersuadi-la de que meu caminho é melhor.E não procurarei compelir ninguém a crerno que creio, a não ser pela orça da razão,pois a verdade criará seu próprio caminho.

 Acaso creem em Jesus Cristo e no evangelhoda salvação que Ele revelou? Eu também. Os

cristãos devem parar de entrar em disputase contendas entre si e precisam cultivar osprincípios de união e amizade em seu meio.E devem azê-lo antes de o milênio poderiniciar-se e Cristo tomar posse de Seu reino”.5

Encerro minhas palavras externando meuamor por vocês com as palavras de duas des-pedidas contidas em nossas escrituras. Primei-ramente uma do autor de Hebreus, no Novo

 Testamento:“[Que] o Deus de paz, que pelo sangue da

aliança eterna tornou a trazer dos mortos anosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor dasovelhas,

 Vos apereiçoe em toda a boa obra, paraazerdes a sua vontade, operando em vóso que perante ele é agradável por Cristo

 Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém” (Hebreus 13:20–21).

E a segunda é do Livro de Mórmon,quando um pai escreveu para um lho:

“Sê el em Cristo (…) [e] possa [Ele] ani-

mar-te, e os seus sorimentos e a sua morte(…) e sua misericórdia e longanimidade e aesperança de sua glória e da vida eterna per-maneçam em tua mente para sempre.

E que a graça de Deus, o Pai, cujo trono seacha nas alturas dos céus, e de nosso Senhor

 Jesus Cristo, que se assenta à mão direita deseu poder até que todas as coisas se sujeitema ele, te acompanhe e permaneça contigopara sempre. Amém” (Morôni 9:25–26). ◼

NOTAS1. Termo expresso pela primeira vez em Richard J. Mouw

Uncommon Decency: Christian Civility in an Uncivil World , 1992.

2. Ver Dallin H. Oaks, “Preserving Religious Freedom”(discurso, Faculdade de Direito da UniversidadeChapman, 4 de evereiro de 2011), newsroom.lds.org/article/elder-oaks-religious-reedom-Chapman-University.

3. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,2007, pp. 52–53.

4. Tim LaHaye, The Race for the 21st Century , 1986,p. 109.

5. Joseph Smith, History of the Church, vol. 5, p. 499

“Acaso creem em

 Jesus Cristo e no

evangelho da

 salvação que Elerevelou?” per-

guntou o Proeta

 Joseph Smith.

“Eu também. Os

cristãos devem

 parar de entrar 

em disputas e

contendas entre

 si e precisam

cultivar os prin-

cípios de união e

amizade em seu

meio. E devem

azê-lo antes de

o milênio poder 

iniciar-se e Cristo

tomar posse de

Seu reino.” 

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Os últimos dias serão marcados pormuitas calamidades e o aumentodo mal no mundo. Para azer rente

a tais ameaças, o Senhor e Seus proetasnos deram conselhos sobre como sermos

 justos e passarmos ao largo das armadilhasespirituais e do mal. No entanto, certascalamidades — como tornados, terremotose tsunamis — parecem chegar de ormaaleatória e causam destruição tanto entre

 justos quanto entre injustos. Essas calamida-des aterrorizam muitos de nós. Mas aprendique não precisamos ter medo de catástro-es. Quando nos ancoramos no evangelhoe estamos preparados, podemos resistir aqualquer tempestade.

Antes da Tempestade: Fazer da Preparaçãouma Prioridade Familiar

Em setembro de 2005, eu servia como Setenta de Área na Área América do Norte Sudoeste, que incluía várias cidades dos Estados Unidos, entre as quais estavaHouston, Texas. Ficamos sabendo que o Furacão Rita— o ciclone de maior poder de destruição ocorrido noGolo do México desde o início das medições cientícas

— estava vindo exatamente em nossa dire-ção. Fui convidado a presidir os esorçosemergenciais da Igreja na área. Realizamosteleconerências diárias com os líderes dosacerdócio, presidentes de estaca, presiden-

tes de missão, representantes de Bem-Estare de auxílio humanitário da Igreja e líderesdo trabalho de resposta a emergências.

 Tratamos de inúmeras questões — se oarmazém do bispo estava em ordem, paraonde levar as pessoas e a melhor orma decoordenar o trabalho de recuperação apósa tempestade. Foi uma mobilização muitobem coordenada pela Igreja e uma expe-riência inspiradora.

Oito ou nove meses antes da tempestade,um dos presidentes de estaca da área oi

inspirado a incentivar os membros da estaca a se prepa-rarem. Ele indicou que não estava armando ser proeta,mas que os sussurros do Espírito tinham sido bem claros.Os membros da estaca seguiram as estratégias básicas depreparação sugeridas pela Igreja. Quando o uracão che-gou, não houve nenhuma morte na estaca. Além disso,como os membros haviam arrecadado suprimentos deprimeira necessidade e tinham um planejamento, suas

CatástrofesNaturais

ÉlderStanley G. Ellis

Dos Setenta

 Ao buscarmos a

orientação do Pai Celestial, o EspíritoSanto nos ajudará

a preparar-nos  para as catástroes 

naturais, de modoa não sermos pegos desprevenidos e a

 sobrevivermos aelas e nos recupe-

rarmos depois.

N O S S O L A R , N O S S A F A M Í L I A

NÃO PRECISAMOSTEMER

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circunstâncias oram bem melhores do quepoderiam ter sido. Eles haviam prestado aten-ção à advertência do Espírito.

Uma situação semelhante ocorreu comigoe com minha amília. Cerca de três mesesantes da tempestade, omos inspirados a

azer a manutenção de nosso gerador. Muitaspessoas da região têm pequenos geradorespara azer rente a cortes de energia emcaso de tempestades e queda de energiaelétrica. Assim, não perdem os alimentos dageladeira e do reezer. Quando mandamosinspecionar nosso gerador, descobrimosque não estava uncionando. Conseguimosconsertá-lo bem antes da chegada datempestade. Nossa amília, os membros daala e os vizinhos acabaram todos usando

nosso gerador após a vinda do uracão. Oato de o termos consertado acabou sendouma grande bênção.

Esse princípio de preparação aplica-setanto às pessoas quanto às amílias. Pais,

 vocês podem exercer um impacto vigorososobre sua amília ao envolver os lhos napreparação e nas orações amiliares em quepedem orientação ao Senhor. Em outras

palavras, quando a amília avaliar seu graude preparação, a pergunta “o que devemosazer?” deve gurar em primeiro plano naoração em amília. Vocês podem tambémalar desses assuntos e trocar ideias na noiteamiliar. Em seguida, ponham em prática

esses planos. Além disso, a melhor coisa que os pais

podem azer é viver de acordo com essesensinamentos. Não restam dúvidas de queos atos alam bem mais alto que as palavras.Sei disso por experiência própria. Se viremos pais buscarem e seguirem a orientação doEspírito, os lhos aprenderão como uncionao processo de revelação.

Durante a Tempestade: Seguir a Revelação

Que Receber para a Família À medida que se aproximava a tempes-

tade, uma grande dúvida era se devíamosretirar as pessoas da área ou não. O Espíritome orientou a não azer uma recomendaçãogeral para toda a área, mas pedir que cadalíder de estaca, cada bispado e cada amíliaexaminasse a situação em espírito de oraçãoe recebesse sua própria inspiração sobre

como proceder. Com o desenrolar dosacontecimentos, tornou-se óbvio que

o Espírito sabia o que era melhor paracada amília.

Os líderes de uma estaca, por exem-plo, sabiam que estavam na rota diretado uracão e instaram os membros apartir. O presidente de estaca e a esposabuscaram abrigo na cada da irmã dele.Depois, a rota do uracão mudou, indomais uma vez na direção deles. Elestinham procurado reúgio bem no cami-nho do uracão!

 Alguém poderia perguntar: “Que tipode inspiração oi essa?” Mas vejamoso que aconteceu. Aquele presidentede estaca e sua esposa sabiam comopreparar uma casa para a passagemde um uracão, ao passo que sua irmãnão sabia. Eles conseguiram ajudaros parentes a se prepararem para atempestade e, quando ela chegou,

Quer alar com seus 

 flhos sobre como

oerecer e receber 

consolo durante 

catástroes? Veja os 

depoimentos inspira-

dores de duas jovens  sobreviventes nas 

 páginas 60–61 desta

edição.

Pessoas sendo reti-radas de Houston,Texas, EUA, antesda chegada doFuracão Rita.

Página anterior:Equipes vasculhamos escombros de umprédio de apartamen-tos que desmoronoudurante o terremotode janeiro de 2010no Haiti.

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N O S S O L A R , N O S S A F A M Í L I A

os prejuízos oram mínimos se comparados com o quepoderiam ter sido. O Senhor os guiara a azer o que eramelhor.

No caso de nossa amília, sentimos que não deveríamosir embora. Então permanecemos. Não só camos a salvodurante a passagem da tempestade, mas também pude-

mos ajudar outras pessoas da área. Alguns de nossos lhoscasados oram inspirados a sair de casa, e assim o zeram.Cada amília, ala e estaca oi abençoada por dar ouvidosao Espírito.

Após a Tempestade: Deixar o Evangelho Removero Aguilhão

 Às vezes pessoas boas acabam sorendo durante cala-midades. O Senhor não elimina o sorimento — az partedo plano. Um exemplo recente oi a destruição de umasede de estaca por um tornado, na região central dos Esta-dos Unidos. O mesmo tornado demoliu também a casado presidente da estaca. Ele e sua amília perderam todosos bens terrenos. No entanto, não passava disto: bensterrenos. A perda oi triste, mas não oi um desastre comprejuízos eternos. Às vezes, o que achamos importante na

 verdade não tem a menor relevância. Essa constatação nãoé necessariamente ácil de aceitar, mas é a verdade, e essacompreensão traz tranquilidade.

 A pior situação num desastre dessa natureza é a morte

de alguém. Isso é muito triste. Mas como conhecemosa verdade, sabemos que até mesmo a morte az partedo plano do Pai Celestial. Sabemos o que é a vida;sabemos por que estamos aqui e para onde vamos.Graças a essa perspectiva eterna, a dor pode ser ame-nizada. O conhecimento do plano de salvação remove

o aguilhão da morte (ver I Coríntios 15:55).Há muito tempo, Sadraque, Mesaque e Abednego

não sabiam o que iria acontecer quando oram joga-dos na ornalha ardente por recusarem-se a adorarum deus also. Disseram ao rei: “Nosso Deus (…) noslivrará. (…) E, se não, (…) [ainda assim] não servire-mos a teus deuses” (Daniel 3:17–18).

Da mesma orma, muitos pioneiros da Igrejarestaurada se dispuseram a tentar cruzar as planí-cies norte-americanas em meados do Século XIX,mesmo com a possibilidade de morrerem no cami-

nho. O Livro de Mórmon descreve relatos de mortede pessoas boas, mas ensina que elas “são [aben-çoadas], porque oram morar com seu Deus”(Alma 24:22).

Em cada caso, as pessoas enrentaram a morte com é.Para elas, devido à paz proporcionada pelo evangelho,oi removido o aguilhão da morte. Embora seja dolorosoperder alguém que amamos e embora a maioria de nósdeteste a ideia da morte, por ainda termos tantas coisasboas para viver, a realidade é que todos morreremosum dia. Quando conhecemos o plano do evangelho,

sabemos que a morte não é o m do mundo. Nossaexistência vai continuar, e as relações amiliares podemperdurar mesmo depois de o túmulo receber nossocorpo mortal. No plano do Senhor, os eeitos devasta-dores da morte não são eternos. Como ensinou o ÉlderRussell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos:“Vivemos para morrer, e morremos para viver de novo.Da perspectiva eterna, a única morte que é realmenteprematura é a de alguém que não está preparado paraencontrar-se com Deus”.1 Uma perspectiva eterna éparte da paz que o evangelho pode nos proporcionar.

O Senhor nos conhece. O Senhor nos ama. E o Senhorquer nos ajudar. Calamidades virão, mas não precisamostemê-las. Se estivermos dispostos a ser guiados e pedirmosSua orientação, o Senhor por meio do Espírito Santo nosajudará a preparar-nos para quaisquer catástroes naturais,a sobreviver a elas e a reerguer-nos. ◼

NOTA1. Russell M. Nelson, “Encarar o Futuro com Fé”, A Liahona, maio de

2011, p. 34.

Voluntário do programa mórmon Mãos Que Ajudam em meioa ruínas, em Joplin, Missouri, EUA, após um tornado ocorridoem maio de 2011.

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Oarol Les Éclaireurs ergue-se como uma sentinelaem sua ilhota no rio Canal Beagle. Les Éclaireursem rancês signica “iluminadores” ou “escotei-

ros”, e é um arol que emite luz a cada dez segundos deseu posto isolado.

Cinco milhas náuticas (oito quilômetros) ao norte estáa cidade mais austral da Argentina, Ushuaia, situada naponta do arquipélago da Terra do Fogo. Ao sul, a 145quilômetros, está o Cabo Horn e depois o gelado oceano

 Antártico.Para aqueles que se liaram à Igreja de Jesus Cristo dos

Santos dos Últimos Dias no lugar em que os moradoreschamam de “o m do mundo”, o arol Les Éclaireurs servecomo uma metáora para o evangelho restaurado. Comoum arol, o evangelho é um guia que os tirou das trevas

espirituais do mundo e os levou em segurança à terrarme, ancorados na é e na comunhão.

Encontrei Respostas

Guillermo Javier Leiva lembra-se do quanto soreucom seu divórcio em 2007. Ele teve de encontrar seupróprio apartamento e não tinha mais a alegria de vero lho, Julian, ao voltar do trabalho todas as noites.Sentia solidão, um enorme vazio.

“Eu estava muito ineliz”, conta ele, “e nos momen-tos de angústia, busquei a Deus”.

Guillermo começou a orar pedindo respostas eajuda. “Eu disse: ‘Pai, não sou digno para que entresem minha casa, mas uma palavra Tua será o bastantepara me curar’.”

 A resposta àquela oração veio pouco tempodepois, quando dois jovens de camisa branca egravata pararam para conversar com ele enquanto

ENCONTRAR A FÉnos Confns da TerraMichael R. MorrisRevistas da Igreja

Por meio do Livro de Mórmon, Deus “respondeu à oraçãomais importante que já fz”, conta Guillermo Leiva (acima,centro), que serve como presidente de ramo em Ushuaia. Acima, à direita: o Farol Les Éclaireurs e otos de Ushuaia.

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brincava com o lho em rente a seu novo prédio.“Um deles me cumprimentou e perguntou se eu tinha

é”, lembra ele. “Respondi que sim, mas que não era omelhor dos cristãos. Então o rapaz perguntou se eu leriaum livro se ele o deixasse comigo. Eu disse que o leria.”

Quando Guillermo começou a ler os versículos de Alma32 que os missionários tinham marcado para ele, relata:“Imediatamente senti uma grande alegria em minha alma,algo que eu não sentia havia muito tempo. O livro tocoumeu coração. Não consegui parar de ler”.

Guillermo não requentava mais a igreja a que perten-cia, mas disse aos missionários que não tinha a menorintenção de ser batizado novamente. No entanto, recebeuas visitas deles de bom grado e leu as partes do Livro deMórmon por eles designadas.

 Ao ler, sua alma compungiu-se ao ver o quanto o pro-eta Né sorera “por causa das tentações e pecados quetão acilmente [o envolviam]!” (2 Né 4:18). “Eu sabia que

Ushuaia, Argentina, pode estar localizada na extremidade da Terra,

mas para aqueles que abraçaramo evangelho aqui, é o começo de 

uma nova vida.

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eu também tinha pecados”, conta Guillermo, “e senti-memal com isso”.

Enquanto lia, sentiu que estava sendo resgatado dastrevas e do desespero e levado para “a luz da glória deDeus” (Alma 19:6).

E ao ler sobre o convênio batismal estabelecido nas Águas de Mórmon, percebeu a importância do batismorealizado pela devida autoridade do sacerdócio. “Se eureconhecia que a semente era boa, o que me ‘[impedia] de[ser batizado] em nome do Senhor’?” (Mosias 18:10) per-guntou a si mesmo.

“Toda vez que eu lia, sentia paz e encontrava

e pesquisaram várias crenças religiosas. Procuravam umaigreja que não só se alinhasse com os ensinamentos de

Cristo, mas que ortalecesse sua amília.“Era um momento diícil para nossa amília”, lembra

 Amanda, “e sabíamos que precisávamos de uma igrejapara nos ajudar”.

No início da década de 1990, a amília Robledomudou-se com os quatro lhos de Mendoza, no noroesteda Argentina, para Ushuaia. Quando conheceram a Igreja,dois anos depois, perceberam imediatamente que haviaalgo dierente tanto no espírito quanto nos ensinamentosdos missionários de tempo integral.

respostas”, recorda Guillermo. “Dei-me conta de que oLivro de Mórmon era a palavra de Deus que eu tanto

havia pedido em minhas preces.”Quando oi batizado, em março de 2009, ele passou

por um renascimento espiritual e adquiriu uma esperançarenovada para o uturo. “O batismo oi uma oportunidadepara começar de novo”, diz Guillermo. “Transormei minha

 vida. Estou muito eliz agora. Sei que esta é a Igreja verda-deira de Jesus Cristo e que Deus responde às orações, poisrespondeu à oração mais importante que já z.”

Precisávamos de uma Igreja

Quando criança, Amanda Robledo não encontrararemédio espiritual para a dor ísica que sorera após amorte da mãe. E seu marido, Ricardo, não conseguiaencontrar respostas para suas sinceras dúvidas religiosasapós a morte do irmão.

Uma dessas dúvidas era: Existe uma igreja na Terra quesiga os ensinamentos de Jesus Cristo? A busca por essaigreja e por respostas para suas perguntas acabou prepa-rando-o para aceitar o evangelho restaurado.

Em sua busca, requentaram dierentes denominações

 Amanda sabia muito pouco sobre os santos dos últimosdias. “E o que eu tinha ouvido não era bom”, diz ela. Mas

ela, Ricardo e seus lhos oram tocados pelo que estavamaprendendo.

“Senti o Espírito Santo quando os missionários nosensinaram”, conta a lha Bárbara, que tinha onze anos naépoca. “E gostei quando eles nos ensinaram que podíamosorar em amília.”

 Ao ouvir as lições missionárias, ler o Livro de Mórmone requentar a Igreja, Ricardo diz que eles receberam“todas as respostas que procuravam — sobre o batismo,a vida pré-mortal, a divindade de Cristo, a imortalidadedo homem, as ordenanças do evangelho, o casamento e anatureza eterna da amília”.

 Ao aprender que sua amília poderia permanecer unidapara sempre, a amília Robledo considerou essa doutrina amais sublime do evangelho restaurado.

“Minha conversão aconteceu naquele momento”, contaRicardo, que oi batizado menos de três semanas depoisda primeira lição e hoje serve como segundo conselheirona presidência do distrito. “Sori muito quando perdi umirmão de 49 anos, mas compreendi que poderia tê-lo de

 À direita: para Amanda e Ricardo Robledo(com as flhas Bárbara e Irene), o ato de saber que sua amília pode ser eterna oi a doutrinadeterminante que os ajudou a aceitar o evan-gelho restaurado.

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 volta se realizasse as ordenanças do templo por ele. Essacerteza me trouxe paz e elicidade.”

 Amanda, batizada pouco tempo depois com um doslhos, diz: “Minha mãe morreu quando eu era muitonova. Eu sempre achara que a perdera, e isso me doíamuito. Mas quando os missionários nos ensinaram queas amílias podem ser eternas, isso me tocou prounda-mente o coração. É maravilhoso pensar que tornarei a

 vê-la”.

Depois que Ricardo e Amanda se casaram para a eter-nidade no Templo de Buenos Aires Argentina, seus lhosoram selados a eles. O ato de selarem a amília, azeremas ordenanças do templo por amiliares alecidos e manda-rem três dos lhos para a missão de tempo integral trouxegrande alegria a Ricardo e Amanda.

“Uma das grandes bênçãos que recebemos como mem-bros da Igreja”, diz Amanda, “é ver que nossos lhos sãoobedientes a Deus”.

O Começo de TudoMarcelino Tossen acreditava em Deus, lia a Bíblia e

gostava de conversar sobre religião, por isso quando osmissionários de tempo integral bateram na porta de seuapartamento num dia quente de janeiro de 1992, ele osconvidou a entrar. Aquela decisão mudou sua vida.

“O Élder Zanni e o Élder Halls agiram sob a orientaçãodo Espírito”, lembra Marcelino. Antes do m daquela pri-meira lição, os élderes lhe disseram que ele seria batizadona Igreja, dizendo até a data exata do batismo.

“Não vou ser batizado”, rebateu Marcelino. “Só queroconversar com vocês.”

Os missionários deram-lhe um Livro de Mórmon epediram-lhe que lesse vários versículos e orasse naquelanoite sobre a mensagem apresentada. Ele o ez, mas nãosentiu nada.

Numa lição posterior, porém, o Élder Zanni perguntou-lhe: “Será que podemos orar para que você possa pergun-tar ao Pai Celestial se o que ensinamos é verdade?”

Enquanto orava, Marcelino conta: “Meu coração come-çou a arder intensamente dentro de mim. Nada disso

 jamais acontecera comigo antes. Nem consegui terminar aoração e me levantei.”

O Élder Zanni perguntou a Marcelino se ele sentira algodurante sua oração. Quando Marcelino negou, o missioná-rio disse: “Senti o Espírito muito orte. É estranho que vocênão tenha sentido nada”.

Quando ele admitiu o que sentira, Marcelino disse: “osélderes leram uma passagem de Doutrina e Convêniosque arma que quando o Senhor deseja que saibamosque algo é certo, manda-nos Sua paz ou az nosso cora-ção arder no peito [ver D&C 6:23, 9:8]. Aquele oi ummomento decisivo para mim”.

 A partir daquele dia, o Espírito agiu sobre ele e pres-

tou testemunho da verdade por meio de inúmeras expe-riências espirituais. “Às vezes, eu sentia novamente oardor quando estava sozinho em casa”, relata Marcelino.“Quando eu abria a janela, via os élderes por perto, ensi-nando pessoas na rua e alando da Igreja. Eu conseguiasentir quando eles estavam por perto e comecei a levar asério o que estavam me ensinando.”

Marcelino teve uma recepção calorosa quando come-çou a requentar a Igreja. Ele oi batizado pouco tempodepois, em 22 de abril — o dia exato que os missionáriostinham marcado três meses antes. Hoje, depois de servirpor nove anos como presidente do Distrito de Ushuaia, eleserve como segundo conselheiro na presidência da MissãoBuenos Aires Norte.

“Quando lemos que o Senhor ‘[enviará Sua] palavra aosconns da Terra’ [D&C 112:4], trata-se de Ushuaia”, diz o Pre-sidente Tossen. “Ushuaia está nos conns da Terra. Mas paraquem encontrou o evangelho aqui, como eu, é o começo detudo. Aqui encontramos o arol do m do mundo. Mas oiaqui que encontrei a é e o arol do Senhor.” ◼

Ushuaia pode estar situada nos confns da Terra, mas para quem, como Marcelino Tossen, encontrou oevangelho aqui, “é o começo de tudo”.

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V O Z E S D A I G R E J A

OLHE A ÚLTIMA PÁGINApágina!” Decidi tentar a última páginanovamente e li várias vezes o textoque se tornara tão amiliar.

Então, observei algo que passaradespercebido antes: uma página extracolada no interior da última capa. Aoler os garranchos anotados ao longoda página, vi o nome de crianças nas-cidas perto do m de dezembro. Láreconheci o nome de meu avô, com

o local e a data de nascimento e debatizado. Fiquei espantada, mas cheiade gratidão por ter sido conduzida atéos dados de que necessitava.

O trabalho de história da amíliaàs vezes é desaador, mas sei queDeus nos orienta e auxilia em nossosesorços. ◼

Natalia Shcherbakova, Ucrânia,conforme relatado a Pavlyna Ubyiko

Comecei a examinar o conteúdo do

livro, na esperança de que um nome 

conhecido me saltasse aos olhos.

Quando entrei para a Igreja,estava ansiosa para participar

do trabalho de história da amília.Comecei a visitar os arquivos locaisem busca de inormações sobre meusantepassados nos registros públicos.

 Achei o trabalho graticante, masnem sempre ácil. Os velhos manus-critos geralmente eram diíceis de lere alguns livros estavam moados, oque era prejudicial para minha asma.

 Ainda assim, continuei pesquisando omáximo que podia.

Certo dia, eu pesquisava sobremeu avô, em busca de sua data denascimento. Encontrei um livro de1.500 páginas que poderia ser útil.Mas e se não trouxesse a respostade que eu precisava? Assustava-me aideia de ter que consultar mais livrosgrandes e empoeirados.

Comecei a examinar o conteúdo

do livro, na esperança de que umnome conhecido me saltasse aosolhos. De repente, pensei ter ouvidoalguém dizer: “A última página”.Olhei ao redor, mas parecia queninguém alara comigo. Continuei eli várias páginas. Em seguida, ouvi asmesmas palavras: “A última página”.Um pouco hesitante, decidi vericara última página. Encontrei o textoque costuma constar ali: uma listaresumida das crianças nascidas eo número total de páginas. Por viadas dúvidas, examinei a penúltimapágina, mas não achei ali nada deútil, então voltei para a página queestivera lendo antes.

Meus pensamentos oram logointerrompidos mais uma vez pela

 voz suave, mas persistente: “A última

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ESCOLHI A BOA PARTE

por meu intermédio mesmo que euestivesse azendo algo tão prosaicocomo limpar persianas. Fiquei aindamais encantada ao pensar na seguinte

 verdade: Ele conhece e ama cada umde nós a ponto de enviar auxílio noexato momento em que precisamos.

Naquela noite, sorri ao riscar deminha lista a tarea de “limpar as per-sianas da cozinha”. Com a satisaçãodo dever cumprido, senti uma gra-tidão ainda maior por saber que eutinha sido um instrumento nas mãosdo Senhor. Ele me mostrara como eupoderia ser uma Maria que escolheraa “boa parte”, mesmo quando esti-

 vesse sendo uma Marta, “distraída”com minhas tareas. ◼

Jeanette Mahaffey, Missouri, EUA

teto, sem esquecer as persianas. Aopensar naquilo, lembrei-me da mãedelas, uma velha amiga com a qualeu não alava havia anos.

Naquele momento peguei o tele-one e disquei o número dela paraalar-lhe do casamento de minhalha. Eu nem esperava que atendesse,pois ela era proessora, mas porcoincidência era seu horário de pla-nejamento. Passamos a hora seguinterindo, chorando e contando as novi-dades. Ela passara recentemente porum divórcio diícil e vinha se sentindosozinha e abandonada. Enquantoconversávamos, nosso espírito oielevado e nosso coração, consolado.

Fiquei maravilhada com a ormapela qual o Senhor conseguiu agir

 Peguei o teleone e disquei o número de uma velha amiga com a qual eu não

 alava havia anos, no intuito de alar-lhe do casamento de minha flha.

Enquanto eu organizava o casa-mento de minha lha, minha

mente estava tão ocupada com ospreparativos que eu raramente pen-sava em algo que não osse minhalista de aazeres. Certa manhã, olheiminha longa relação de tareas. Estavaprogredindo na lista, mas ainda pre-cisava azer uma grande axina. Vinhaadiando a limpeza das persianas dacozinha, mas por m resolvi terminar

aquela tarea.Quando subi no balcão com meus

panos, escovas e produtos de lim-peza, vi que ia ser um trabalho árduo.Enquanto estava na lida, minhamente divagou e oi parar na histó-ria de Marta e Maria, as irmãs quetinham recebido em casa o Salvador.Enquanto Marta “andava distraída emmuitos serviços”, Maria, “assentan-do-se (…) aos pés de Jesus, ouvia a

sua palavra”. Marta pediu a Jesus queinstasse sua irmã a ajudá-la com astareas domésticas, mas o Salvadorrespondeu: “Maria escolheu a boaparte” (ver Lucas 10:38–42).

“Hoje vou ter de me contentarem ser Marta”, pensei. Na verdade,eu tinha sido Marta durante váriassemanas, “distraída” com aazeresdo cotidiano e os preparativos docasamento.

Minha mente divagou de novo,e tentei lembrar quando minhaspersianas tinham sido limpas comtanto cuidado pela última vez. Penseinas duas moças que tinham vindome ajudar na preparação de umapequena reunião em casa, dois anosantes. Juntas, elas tinham caprichadona limpeza da cozinha, do chão ao

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40 A L i a h o n a

V O Z E S D A I G R E J A

Ao servir como capelão assistente,no sistema penitenciário do

condado de Maricopa, no Arizona,EUA, eu visitava e deixava mensagensdas escrituras e orações aos detentosque solicitavam um capelão santo dosúltimos dias. Em certa ocasião, uma

 jovem ez o pedido.Fui até sua área da prisão, que

cava atrás de várias portas tranca-das. A área da recepção tinha duas

mesas parecidas com as de cantinas,com um banco de cada lado e umamesinha com um guarda. Entregueiao guarda o ormulário de solicitação,sentei-me num dos bancos e quei èespera da jovem.

Levantei-me quando ela entrou naárea da recepção, cumprimentei-ae sugeri que se sentasse à mesa. Elatinha uma aparência triste e desali-nhada e parecia prestes a irromper

em prantos. Enquanto ela alavasobre sua situação, tentei pensarnuma escritura para compartilhar.Ouvi atentamente seu desabao, eenquanto ela revelava as diculdadesque tivera com vários comportamen-tos compulsivos e más escolhas quezera, ocorreu-me a passagem per-eita para ajudá-la: Mosias 3:19.

 Abri o Livro de Mórmon emMosias 3:19, passei para ela e pedique lesse. No início, ela pareceu umpouco decepcionada e começou aler rápido, com tom de voz monó-tono, parecendo contrariada por tersido convidada a ler uma escritura.Quando ela terminou a primeirarase, “Porque o homem natural éinimigo de Deus”, interrompi-a paraexplicar o signicado de “homem

A ESCRITURA CERTA NA HORA CERTAnatural”. Quando ela entendeu areerência, continuou a leitura. Sua

 voz mudou gradualmente de tom, eela oi lendo mais devagar à medidaque as palavras começavam a azersentido para ela.

Quando começou a ler a lista deatributos de um “santo”, que sãocomo os de uma criança, a veloci-dade de leitura diminuiu ainda mais.Eu consegui perceber que ela estava

assimilando o signicado de cadaatributo relacionado no versículo.Quando ela leu “submisso, manso,humilde, paciente”, comecei a sentiro Espírito a nossa volta. Enquantoela lia as palavras “cheio de amor,disposto a submeter-se”, presencieiuma mudança nela. Seu rosto ilumi-nou-se, e sua atitude, seu tom de voz

e seu modo de agir como um todopareciam infuenciados pelo Espírito.Eu podia ver esperança à medida queela era instruída pelo Espírito sobre osignicado daquelas palavras para elae como ela devia eetuar as mudançasdescritas na escritura.

Fiz uma oração e, em seguida,apertei calorosamente a mão daquela

 jovem. Saí da prisão espiritualmenteelevado. Eu nunca vira antes as

escrituras exercerem um eeito tãoimediato, vigoroso e magníco. Euconhecia Mosias 3:19 por ter medeparado várias vezes com essa pas-sagem ao ler as escrituras, mas nuncacompreendera até então o impactoproundo que ela poderia ter sobrealguém. ◼

Allen Hunsaker, Arizona, EUA

 A voz da jovem

mudou gradual-mente de tom, e ela

 oi lendo mais deva-

 gar à medida que 

as palavras começa-

vam a azer sentido

 para ela.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 41

NÃO JEJUASTE

Em 1998, eu estava adorando seruma jovem mãe. Mas certo dia,

entrei em pânico quando percebique meu lho de seis meses de idadeestava com um chiado no peito aorespirar e não conseguia engolirnada. O médico imediatamente diag-nosticou bronquiolite, uma infama-ção dos bronquíolos nos pulmões,em geral causada por uma inecção

 viral. Prescreveu tanto medicamentos

quanto sioterapia. As sessões de sioterapia eram

uma provação para mim e para meulho. Ele sentia desconorto ao serpuxado em todas as direções, e eume preocupava, por achar que talvezisso lhe causasse dor. Animei-me,porém, quando o sioterapeuta expli-cou os beneícios do tratamento.

 Apesar das medicações e da sio-terapia, o quadro de saúde de meu

lho não melhorou. Comia poucoe o chiado continuava. O médicorecomendou mais cinco sessõescom o sioterapeuta, além das dez

 já realizadas.Enquanto eu esperava durante a

décima terceira sessão, li um artigono consultório do médico intitulado“Bronquiolite Mata”. Ao ler, dei-meconta de que meu lho poderia mor-rer. Senti como se meu coração ossesaltar do peito. Ao m da sessão, oterapeuta disse-me que meu lho nãoapresentava melhoras. Nem sei comoconsegui chegar em casa a salvo, poisas lágrimas turvavam-me a visão.

 Teleonei para meu marido edepois comecei a orar. Eu disse aoPai Celestial que, se Sua vontadeosse a de levar meu lho, Ele teria

de me dar orças para suportar a dor. Após minha oração, perguntei

a mim mesma o que poderíamosazer além das orações que tínhamosproerido e das bênçãos do sacerdó-cio recebidas por nosso lho. Olheia estante e vi um exemplar da revista Liahona ( L’Étoile , como se chamavana época). Abri-a ao acaso em buscade ajuda e encontrei um artigo inti-tulado “Jejuei por Meu Bebê”. Emseguida, ouvi claramente uma vozdizer: “Não jejuaste por teu lho”.

De ato não o zera, então come-cei imediatamente a jejuar por ele.Na sessão de sioterapia do diaseguinte, ainda estava em jejum.Depois de examinar meu lho, osioterapeuta pareceu surpreso.

“Madame”, disse-me ele, “seu lhoestá bem. Não entendo, mas ele nãoprecisa de mais nenhuma sessão”.

Não consegui conter as lágrimasde alegria. Ao voltar para casa,ajoelhei-me para agradecer a Deuspor Sua misericórdia e Seu amor.

 Teleonei para meu marido e contei-lhe a ótima notícia. Então termineimeu jejum em paz, sem duvidar daintervenção do Senhor.

Meu lho oi curado graças à é,à oração, às bênçãos do sacerdócioe ao jejum. Não tenho dúvidas deque meu Pai Celestial me ama e quetambém ama meu lho. Estou con-ante de que continuará a nos ajudara superar nossas diculdades. ◼

Ketty Constant, Guadalupe

 Apesar do trata-

mento médico e 

da fsioterapia, o

quadro de saúde 

de meu flho não

melhorou.

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42 A L i a h o n a

Nasci no sudoeste da França “debons pais” (1 Né 1:1) que,desde que eu era jovem, me

ajudaram a desenvolver é em JesusCristo e um testemunho do evangelhorestaurado. Na escola, por outro lado,muitos de meus proessores mani-estavam dúvidas sobre quaisquercrenças religiosas e eram até hostis

contra elas. Em muitas ocasiões,ouvi os ensinamentos de Corior naboca daqueles que menosprezavamminhas crenças:

“Eis que não passam de tradiçõestolas de vossos pais. Como podeis tercerteza delas?

(…) Eis que não podeis saberde coisas que não vedes” (Alma30:14–15).

Quando eu tinha dezessete anos,comecei a ter aulas de Filosoa noEnsino Médio. Um dia o proessordisse à classe: “Certamente ninguémacredita que Adão realmente exis-tiu!” Em seguida, lançou um olhar deinquisidor pela sala, pronto para ul-minar quem se atrevesse a admitir talcrença. Fiquei petricado! No entanto,

Manter a Fé 

meu desejo de ser el a minha éalou mais alto. Olhei a minha voltae vi que ui o único dos 40 alunos alevantar a mão. O proessor, surpreso,mudou de assunto.

 Todos os membros da Igreja, emalgum momento da vida, deparam-secom situações que põem à prova asinceridade e a orça de seu testemu-nho. A coragem de enrentar essestestes de é nos ajuda a permanecerrmes num mundo cada vez maismergulhado nas proundezas daconusão. Essa conusão ca evidentena enxurrada de mensagens quenos bombardeiam. Com o adventoda Internet, por exemplo, uma ava-lanche ininterrupta de opiniões einormações contraditórias invade

E L E S F A L A R A M P A R A N Ó S

BispoGérald CausséPrimeiro Conselheirono Bispado Presidente

 Para ortalecer nosso testemunho

e proteger-nos do erro, devemos constantemente nutrir e ortalecer 

nossa é.

EM MEIO A UMMUNDO CONFUSO

nosso cotidiano. Essas contradiçõespodem tornar-se desconcertantes eparalisantes.

Como podemos distinguir a ver-dade do erro? Como azer para nãonos tornarmos como aqueles queestão “[aastados] da verdade por não[saberem] onde encontrá-la”? (D&C123:12).

Cabe a nós agir de modo a per-manecermos rmes em nosso tes-temunho. Quando penso em meupassado, percebo que o sucesso deminha jornada pessoal dependeude alguns princípios simples queme mantiveram no caminho cor-reto. Esses princípios permitiram-medesenvolver-me espiritualmente adespeito das “névoas de escuridão”

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A g o s t o d e 2 0 1 2 43

(1 Né 12:17) e das armadilhas quecercam a todos nós.

Buscar a Verdade Continuamente

Para aqueles que armam que“não podeis saber” (Alma 30:15), oSenhor respondeu: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei,e abrir-se-vos-á” (Mateus 7:7). Trata-se

de uma promessa maravilhosa.Os discípulos de Cristo têm dia-

riamente ome e sede de conhe-cimento espiritual. Essa práticapessoal está alicerçada no estudo,na contemplação e na oração diária.Permite-nos seguir o exemplo de

 Joseph Smith, que “[chegou] à con-clusão de que teria de permanecerem trevas e conusão, ou (…) pedira Deus” ( Joseph Smith—História1:13).

O estudo da palavra de Deusprotege-nos da infuência das alsasdoutrinas. O Senhor disse: “Pois aquem recebe darei mais; e dos quedisserem: Temos o suciente, destesserá tirado até mesmo o que tiverem”(2 Né 28:30).

Os discípulos de

Cristo têm diaria-

mente ome e sede

de conhecimento

espiritual. Essa prá-

tica pessoal permite-

nos seguir o exemplo

de Joseph Smith.

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E L E S F A L A R A M P A R A N Ó S

Aceitar Perguntas sem Resposta

Em nossa busca da verdade, pode-mos ser tentados a querer compreen-der tudo de imediato. Contudo, ainteligência de Deus é tão innita que“é impossível ao homem descobrirtodos os seus caminhos” (Jacó 4:8).Devemos aceitar viver por um temposem respostas para todas as nossasperguntas. Assim como Né, reconhe-

cemos elmente que Deus “ama seuslhos; não [conhecemos], no entanto,o signicado de todas as coisas”(1 Né 11:17).

O Senhor, porém, concede-nos oconhecimento necessário para nossasalvação e exaltação. Ele promete:“Tudo o que pedirdes ao Pai emmeu nome vos será dado, se or para

 vosso bem” (D&C 88:64). Recebemosessas respostas progressivamente,

“linha sobre linha, preceito sobre pre-ceito, um pouco aqui e um pouco ali”(2 Né 28:30), em unção de nossasnecessidades e de nossa capacidadede compreensão.

Compete a nós azer a distinçãoentre as perguntas que são realmenteessenciais para nosso progressoeterno e as que resultam da meracuriosidade intelectual, da neces-sidade de provas ou do desejo desatisação pessoal.

Buscar o Testemunho do Espírito

Cada um de nós pode passar pormomentos de dúvida pessoal. Taisdúvidas raramente são dirimidaspela busca de explicações racionais.

 Algumas descobertas cientícas ou

Devemos agir. Não

 podemos esperar 

receber revelação

 pessoal a menos q

nos comportemoscomo discípulos fé

de Jesus Cristo.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 45

arqueológicas, por exemplo, podemreorçar nosso testemunho das escri-turas, mas o conhecimento espiritualnão pode ser provado pela lógica oupor provas materiais.

O conhecimento da verdadebaseia-se no testemunho do Espírito.Como disse o Apóstolo Paulo: “Nin-guém sabe as coisas de Deus, senão[pelo] Espírito de Deus” (I Coríntios

2:11). Temos a certeza de que “o Espírito

ala a verdade e não mente” ( Jacó4:13). O Espírito pode ter um eeitoainda mais vigoroso sobre nós doque nossos sentidos siológicos.

 Ao Apóstolo Pedro, que acabara dedeclarar sua é, Jesus respondeu:“Bem-aventurado és tu, Simão Barjo-nas: porque to não revelou a carne eo sangue, mas meu Pai, que está nos

céus” (Mateus 16:17). Anal, quantosdos contemporâneos de Cristo não Oreconheceram apesar de verem-Nocom os próprios olhos!

Buscar as Palavras dosProetas e dos Apóstolos

Recentemente conversei com umlíder de outra igreja. Desejoso dedeterminar se éramos uma igrejacristã, sugeriu a organização de umdebate entre os especialistas doutriná-rios de nossas duas religiões.

 A orça e a verdade da doutrina deCristo, porém, não residem no debatede eruditos, mas no testemunhosagrado de Seus discípulos escolhi-dos. O Proeta Joseph Smith declarou:“Os princípios undamentais de nossa

religião são o testemunho dos Após-tolos e Proetas a respeito de JesusCristo, que Ele morreu, oi sepultado,ressuscitou no terceiro dia e ascendeuao céu”.1

Durante os muitos e longosséculos da Apostasia, não altavamestudiosos no mundo, mas altavam as testemunhas de Cristo. Consequen-temente, a razão humana substituiu a

orça da revelação divina.Quando estivermos desconcer-

tados, nosso primeiro refexo deveser o de examinar as escrituras e aspalavras dos proetas vivos. Seusescritos são aróis que não podemenganar-nos: “Portanto estudamos osproetas e temos muitas revelações eo espírito de proecia; e com todosestes testemunhos obtemos umaesperança e nossa é torna-se inaba-

lável” ( Jacó 4:6).

Nutrir a Fé

Não recebemos um “testemunhosenão depois da prova de [nossa] é”(Éter 12:6). A é tem o poder de desa-nuviar o conhecimento das verdadeseternas. Quando restituído à suaplenitude, o conhecimento torna-seuma certeza absoluta e pereita. Sobreo irmão de Jarede, Morôni escreveuque, “devido ao conhecimento dessehomem, ele não podia ser impedidode ver além do véu; (…) e não maistinha é, porque sabia, de nada duvi-dando” (Éter 3:19).

Para ortalecer nosso testemunho enos proteger do erro, devemos cons-tantemente nutrir e ortalecer nossa é.

Para começar, precisamos ter o cora-ção puro e grande humildade. Jacóadvertiu o povo de Né no tocante aoorgulho dos que, “quando são instruí-dos pensam que são sábios e não dãoouvidos aos conselhos de Deus, pon-do-os de lado, supondo que sabempor si mesmos” (2 Né 9:28).

Em seguida, devemos agir. O Apóstolo Tiago ensinou que “a é

cooperou com as (…) obras, e quepelas obras a é oi apereiçoada”(Tiago 2:22). Não podemos esperarreceber revelação pessoal a menosque nos comportemos como discí-pulos éis de Cristo. O cumprimentodos convênios que zemos com Deusnos torna dignos de receber a com-panhia do Espírito Santo, que iluminanossa inteligência e az nosso espíritoforescer.

Presto testemunho da veracidadedesses princípios. Sei por experiên-cia própria que quando os aplica-mos em nossa vida, eles asseguramnossa proteção num mundo conusoe desorientado. Eles encerram umapromessa maravilhosa: “E por causade vosso esorço e de vossa é e de

 vossa paciência em cultivar a palavrapara que crie raiz em vós, eis quepouco a pouco colhereis o seu ruto,que é sumamente precioso (…) ebanquetear-vos-eis com esse ruto,até vos artardes, de modo que nãotereis ome nem tereis sede” (Alma32:42). ◼

NOTA1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph Smith, 2007, pp. 52–53.

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46 A L i a h o n a

“Viciei-me em pornografa. Isso está

arruinando minha vida. O que posso azerpara me arrepender e vencer o vício?”

 A

pornograa é um problema generalizado esério. Prejudica seu espírito e suja sua mentecom pensamentos impuros. Atrapalha seus rela-cionamentos. O ato de ver pornograa az vocêperder a companhia do Espírito Santo.

Não é ácil vencer o vício, mas é simples — decida agoramesmo que vai parar de ver pornograa ou pensar nisso. Faleimediatamente com seu bispo ou presidente de ramo. Não sesinta constrangido de alar com ele. Ele pode ajudá-lo a arre-pender-se para que a Expiação do Salvador possa puricar seuspensamentos e seu espírito. “Desta maneira sabereis se umhomem se arrepende de seus pecados — eis que ele os cones-sará e abandonará” (D&C 58:43).

Faça tudo a seu alcance para manter distância da pornograano uturo. Para isso, talvez seja preciso abrir mão de seu tele-one celular e seu acesso à Internet, exceto em locais públicos e

com potentes ltros de Internet instalados.Faça da oração, do estudo das escrituras, do serviço e de

outras atividades edicantes o oco de sua vida. O Senhor ensi-nou: “Cessai (…) todas as vossas concupiscências” e “que a vir-tude adorne teus pensamentos incessantemente” (D&C 88:121;121:45). Com o arrependimento sincero e a ajuda do Salvador ede Seus servos escolhidos, você pode vencer esse vício.

Leia as EscriturasOre pedindo orças. Enos orou durante um diainteiro, suplicando ao Senhor o perdão de seuspecados. Por meio de sua é sentiu grande paz ea culpa desapareceu. Leia as escrituras para ter oEspírito Santo, pois ao contar com Sua compa-nhia, não pensará nem ará coisas impuras. Leia

Salmos 24:3–5 (sobre conservar-se puro). Mantenha-seocupado: pratique esportes, saia para divertir-se de modosalutar e não se deixe infuenciar por supostas amizades.Quando as tentações chegarem, seja determinado e rejeite-as.

Lembre-se de que o Pai Celestial sabe tudoo que você pensa e az. Ana G., 17 anos, Zulia, Venezuela

Nunca Desista

 A pornograa arruinou minha vida, masnalmente superei o vício depois de muitosorimento. O processo de arrependimentoserá longo e diícil, mas ore sinceramentetodos os dias para pedir ajuda ao Senhordurante essa tribulação. Nunca ache que éindigno de se arrepender, pois a Expiação épara todos. Lembre também que a cada vezque você or tentado, Satanás quer azê-lopecar. Mas a decisão de sucumbir à tenta-ção ou de ignorá-la será sempre sua. Nunca

desista de si mesmo ou do Senhor, pois Elenão lhe dará nenhuma provação que vocênão possa suportar (ver 1 Né 3:7).Uma jovem de Victoria, Austrália

Converse com Seu BispoProcure o bispo o quanto antes. É diícildar o primeiro passo, mas é preciso alarcom ele para se arrepender. Ele não vaizombar de você nem desprezá-lo. Elese preocupa com você e quer apenas omelhor para você. Jesus Cristo soreu porseus pecados para que você possa se sentirlivre da culpa e da tristeza esmagadorasque você vem sentindo há tanto tempo (ver

 Alma 5:9). Não é tarde demais para mudar. Você pode voltar a sentir a verdadeira ale-gria. Peça a Deus que lhe dê coragem parase arrepender.Taylor P., 18 anos, Carolina do Norte, EUA

 As respostas são auxílios e pontos de vista, não pronunciamentos doutrinários ofciais da Igreja.

Perguntas e Respostas

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Cante um Hino A pornograa não é deDeus. O processo de

arrependimento é longoe doloroso, mas épossível! Você precisater o desejo de mudar,

perceber a gravidade do pecado e,acima de tudo, pedir ajuda ao PaiCelestial. Para evitar cair em tentação,tenho uma imagem de Jesus Cristo aolado de meu computador. Ele estásempre lá me observando! Sempreque imagens ou músicas pornográ-

cas me vêm à mente, canto um hino elogo essas coisas malignas sãoesquecidas. Natália Q., 18 anos, São Paulo, Brasil 

OreO poder da oração é indescritível. Elanos dá orças para suportar a adver-sidade e alcançar a vitória (ver D&C10:5). Se você buscar o Pai Celestialem oração, Ele lhe dará orças para

livrar-se da tentação. Se ler as escri-turas diariamente, vai se ortalecerainda mais. Se você conar no Senhore não em sua própria orça, Ele vailibertá-lo das cadeias que o acorren-tam. É por meio da Expiação que

 você pode ser curado.Gian G., 18 anos, Rivera, Uruguai 

ConesseEu tive esse problema. Ele ainda meatormenta. Primeiramente, pare de

 ver pornograa. Aproxime-se do PaiCelestial. Senti que Ele me perdoouquando eu achava que não poderiaser perdoado. Então achei que esti-

 vesse tudo bem. Eu não queria queninguém tomasse conhecimento doproblema, pois tinha muita vergonha.Mas isso é algo que é preciso contar

COMO SEPROTEGER DASTENTAÇÕES

“Comecem aastando-se

de pessoas, materiais e

situações que os coloca-

rão em risco. (…)Conscientizem-se de que pessoas

escravizadas pelas cadeias de vícios reais

precisarão de mais ajuda do que podem

conseguir sozinhas. Vocês podem ser uma

dessas pessoas. Procurem e aceitem essa

ajuda. Conversem com seu bispo. Sigam o

conselho dele. (…)

Além dos fltros nos computadores e

o rereamento das paixões, lembrem-se

de que o único controle real na vida é

o autocontrole. Exercitem seu controle

mesmo nos momentos de natureza

questionável com que se depararem. Se

o programa de televisão or indecente,

desliguem o aparelho. (…)

Promovam a presença do Espírito do

Senhor e estejam onde Ele está. Cuidem

para que isso inclua sua própria casa ou

seu apartamento, determinando o tipo

de obras de arte, música e literatura que

colocam ali.”

Élder Jerey R. Holland, do Quórum dos Doze

Apóstolos, “Não Dar Mais Lugar ao Inimigo deMinha Alma”, A Liahona, maio de 2010, p. 44.

Envie sua resposta até 15 de setembro de2012 pelo site liahona.LDS.org, por e-mail [email protected] ou pelo correio para

Liahona , Questions & Answers 9/1250 E. North Temple St., Rm. 2420Salt Lake City, UT 84150-0024, USA

As respostas podem ser editadas por motivo espaço ou clareza.

As seguintes inormações e a permissão precconstar de seu e-mail ou de sua carta: (1) nomcompleto, (2) data de nascimento, (3) ala ouramo, (4) estaca ou distrito, (5) sua permissãoescrito e, se or menor de dezoito anos, a persão por escrito (aceita-se por e-mail) de um dpais ou responsável, para publicar sua resposotografa.

ao bispo. Tentei pular essa etapa. Maseu ouvia repetidas vezes: “Se vocêtem um problema com a pornogra-

a, procure o bispo”. Certo dia, emminha entrevista para a recomenda-ção para o templo, acabei contando.Senti-me ótima depois. Eu estavalivre. Um ardo tinha sido retirado.Depois, contei a meus pais. Ficaramtristes, mas aceitaram. Não tenhamedo de se abrir.Uma jovem do Tennessee, EUA

Conte a Alguém

Fui escravo da pornograa por muitotempo. Foi só com o apoio de meuspais e o auxílio de meu bispo quenalmente me libertei. O ato de termenos acesso à Internet ou passaralgumas semanas sem tomar o sacra-mento é um preço pequeno a pagarpela alegria de estar limpo. Vocêtambém pode contar com a ajuda depsicólogos, que não vão julgá-lo. Elestambém são uma erramenta que o

Senhor nos concedeu.Um rapaz da Caliórnia, EUA

PRÓXIMAPERGUNTA

“Como aço para‘permanecer emlugares santos’quando há tantaimpureza a minhavolta, como naescola?”

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48 A L i a h o n a

Quando servi como presidentede missão, os missionáriossempre me aziam estas duas

perguntas: (1) Como posso saber seui perdoado de meus pecados? e(2) Se ui perdoado, por que ainda

sinto culpa?Quando me aziam essas pergun-

tas, eu costumava responder: “Se você sentir o Espírito — ao orar, leras escrituras, ensinar, testicar ou emqualquer outro momento — entãoesse é seu testemunho de que oi per-doado ou então de que o processode puricação está em curso, pois oEspírito não pode habitar em taber-náculos impuros” (ver Alma 7:21).Na maioria dos casos, o processo depuricação é demorado, pois nossamudança de coração leva tempo, masnesse ínterim, podemos prosseguircom a conança de que Deus aprovanosso progresso, conorme atestadopela presença de Seu Espírito.

 Algumas pessoas são mais durasconsigo mesmas do que o próprio

Como PossoSABER Se Fui 

PERDOADO?Senhor. É claro que devemos nosarrepender para sermos dignos dospoderes de puricação e perdãoda Expiação, mas uma vez que nosarrependemos, não existe a possibi-lidade de não sermos puricados no

reino de Deus. Não há uma marcapreta em nosso tornozelo direito coma inscrição “pecado de 2008” ou umamancha marrom atrás de nossa orelhaesquerda com “transgressão de 2010”.O Senhor indicou o poder de purica-ção total da Expiação ao dizer: “Aindaque os vossos pecados sejam comoa escarlata, eles se tornarão brancoscomo a neve” (Isaías 1:18). Esse é omilagre da Expiação de Jesus Cristo.

Em algumas ocasiões, creio quenossos pecados são puricados antesde a culpa ir embora. Por quê? Namisericórdia de Deus, a lembrançadessa culpa talvez seja um aviso, umsinal espiritual de ‘pare’ que piscaquando tentações semelhantes nosassolam: “Não vá por esse caminho.

 Você sabe a dor que ele pode causar”.

 Trata-se talvez de uma proteção paraquem está no processo de arrependi-mento, em vez de punição.

Será que a culpa irá embora umdia? A promessa do Senhor é segura aesse respeito. Para os justos, o Senhor

disse que dia virá em que “não haverámais (…) pranto, nem clamor, nem

dor; porque já as primeiras coisas são

 passadas ” (Apocalipse 21:4; grio doautor).

Não sei se esqueceremos nossospecados, mas um dia aqueles que searrependem não serão mais atormen-tados por seus pecados. Tal oi o casode Enos, cuja “culpa oi apagada”(Enos 1:6), dos lamanitas convertidos,que testicaram que o Senhor lhestinha “aliviado o coração da culpa”(Alma 24:10) e de Alma, que excla-mou: “ Já não me lembrei de minhasdores” (Alma 36:19; grio do autor).Sem dúvida todos eles se lembravamde seus pecados, mas de algumaorma não estavam mais incomoda-dos por eles. Os poderes innitos da

ÉlderTad R. Callister

Da Presidênciados Setenta

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A g o s t o d e 2 0 1 2 49

Será que a culpa irá 

embora um dia? A

promessa do Senhor 

é segura a esse 

respeito. Para os 

justos, o Senhor disse 

que dia virá em que 

“não haverá mais (…) 

pranto, nem clamor, 

nem dor”.

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50 A L i a h o n a

 

Expiação curaram miraculosamentetodas as eridas e acalmaram todas asconsciências com “a paz de Deus, queexcede todo o entendimento” (Fili-penses 4:7).

Parece haver duas condições quenos libertarão de toda culpa e dor.

 A primeira é nossa é inabalávelem Jesus Cristo e em Sua Expiação.Quando Enos perguntou como sua

culpa oi “apagada” (ver Enos 1:6–7),o Senhor respondeu: “Por causa datua é em Cristo” (Enos 1:8). Assim,quanto mais aprendermos sobre aExpiação e exercermos é nos pode-res de cura de Cristo, maior seránossa capacidade de ser perdoados ede perdoar a nós mesmos. A segundaé desenvolver um caráter que nãotenha “mais disposição para praticar omal, mas, sim, de azer o bem con-

tinuamente” (Mosias 5:2). Quandoisso acontece, não nos vemos maisem nosso “estado carnal” (Mosias4:2), mas como lhos gerados espi-ritualmente de Deus. Reconhecemosque somos uma pessoa dierente daque pecou. Scrooge, o amoso per-sonagem de Um Conto de Natal , deCharles Dickens, havia transormadosua vida de modo a poder declararlegitimamente: “Não sou o homemque era”.1

Quando nos arrependemos, tor-namo-nos uma pessoa dierente. Aconsciência de nossa nova identidade,aliada a nossa é nos poderes depuricação de Cristo, ajudam-nos achegar ao ponto em que poderemosdizer, como disse Alma: “Já não melembrei de minhas dores; sim, já não

ui atormentado pela lembrança demeus pecados” (Alma 36:19). Assim,podemos ser consolados pela ver-dade de que Deus acabará por julgar-nos pela pessoa que nos tornamos, enão pela que éramos antes.

O Apóstolo Paulo deu um conse-lho construtivo para todos nós que

 já pecamos, mas que estamos nosesorçando para nos arrepender. Ele

disse que devemos “[esquecer-nos]das coisas que atrás cam, e [avançar]para as que estão diante de [nós]”(Filipenses 3:13). Em outras palavras,devemos deixar o passado para tráse seguir em rente, conando nopoder redentor de Deus. Tal esorçode nossa parte é uma demonstraçãode é. Além disso, Paulo aconselhou-nos: “Bem-aventurado aquele quenão se condena a si mesmo” (Roma-

nos 14:22).Nesse meio tempo, até o senti-

mento de culpa ser totalmente reti-rado, se sentimos o Espírito do Senhorpodemos prosseguir com conançade que omos puricados ou de queo processo de puricação está ope-rando seu milagre divino em nossa

 vida. A promessa é segura — se nosempenharmos ao máximo para nosarrepender, seremos puricados denossos pecados e nossa culpa acabarásendo removida, pois a Expiação doSalvador nos libertará não só de nos-sos pecados, mas também de nossaculpa. Então, estaremos em pereitapaz com nós mesmos e com Deus. ◼

NOTA1. Charles Dickens, A Christmas Carol in

 Prose , 1843, p. 150.

Quanto mais aprendermos sobre 

a Expiação e exercermos fé nos 

poderes de cura de Cristo, maior 

será nossa capacidade de ser 

perdoados e de perdoar a nós 

mesmos.

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“  … ¿ q u é   c l  a s e  d  e  h o m b r  e s  

h a b é  i  s  d  e  s e r  ?   E  n  v e r  d  a d   

o s  d  i  g o , a u n  c o m o   y o  s o  y ”   

(  3   N  e  f  2  7  :  2  7   )  . M    D  b  r    D  o  

 

 ,   p r   b í  t  r o  

    B  r r  o  

 y        E   t  c   

   

L a I  g l e s i a d e   J  e s u   i s    d e  l  s  

S a   s  d e  l  s  Ú  l  i   s  D   as  , 

 r  c  b   r  c o n o c  m   n t o   p o r      m  p  ñ  r  f     m  n t         b  r     n     S  c  r  o c  o  A r ó n  c o  ,  

 p o r      r r o    r   t r  b  t o      f  o r t    z      p  r  t     ,  

 p o r  v  v  r      n o r m          I           y   p o r   p r   p  r  r     p  r   q       

   o r   n      o f   c  o     é    r   n     S  c  r  o c  o     M    q       c .

O b    p o  o   p r      n t      r  m  

F   c h  

P  r      n t      H  o m b r     J  ó v  n   P    r  (    ) 

A g o s t o d e 2 0 1 2 51

MINHAESCRITURAFAVORITA1 Néf 3:7

Essa escritura ortaleceminha é, pois Né mos-tra durante as provaçõesque ainda assim obedece

ao Senhor e cumpre Suasordens. E o Pai Celestialo abençoa por isso.

Kaila T. (acima), Filipinas

Nosso Espaço

P R O G R E S S O  P E S S O  A L E m 2 7  d e  f e v e r e i r o  d e  2 0 11, r e c e b i  me u R e c o nhe - 

c i me nt o  d as  M o ç as . E s t o u f e l i z   p o r  t e r  c o nc l uí d o  

o   p r o  g r ama P r o  g r e s s o  P e s s o al ,  p o r  t e r - me  mant i d o  

 p ur a e  l i m p a, e   p o r   p o d e r  us ar  me u me d al hã o  c o m 

o r  g ul ho . S e i  q ue  a o r  g ani z aç ã o  d as  M o ç as  no s  a j ud a a 

 p r o  g r e d i r  e  no s   p r e  p ar a  p ar a o  c as ame nt o  no  t e m- 

 p l o  s a g r ad o . S o u  g r at a a me u P ai  C e l e s t i al   p o r  e s s a 

o r  g ani z aç ã o .  A o   g anhar  me u me d al hã o , at i n g i  uma 

d e  mi nhas  me t as , e  s e i  q ue   p o s s o  c o nt i nuar  a f az e r  

mui t as  c o i s as  d e  v al o r  na o b r a d o  S e nho r .

K a t h e r i n e  M ., V e n e z u e l a 

 D E V E R  P A R A  C

O M  D E U S

 Ve n ho  me e m

 pe n h a ndo  p a r a co m p le t a

 r 

 as  me t as do  me u  De ve r  p

 a r a co m  De us, 

desde q  u a ndo e u  mo r a v a  n a  Ve nez ue l a  a té 

de po is de  m ud a r  p a r a  a 

 C h i n a co m  m i n h a 

  a m í l i a.

 O  p rog r a m a  De ve r  p a r a c

o m  De us é  ve rd a -

de i r a me n te  i ns p i r ado.  Ao

  a t i ng i r  as  me t as do 

 p rog r a m a, os  r a p azes  po

de m  a p re nde r co is as 

 m a r a v i l hos as q  ue  a p l ic a r ã

o  pe lo  res t a n te d a 

 v id a.  A p re nde r ão co is as e

s p i r i t u a is,  te m po r a is, 

  ís ic as e  m u i to  m a is.

 O es o rço e  a ded ic aç ão 

 necess á r ios  p a r a 

 a lc a nç a r ess as  me t as 

co m pe ns a m.  A p re nd i  a 

se r  u m  ho me m  me l ho r,  me u  tes te m u n

 ho do 

e v a nge l ho de  Jes us  C r is to

  a u me n to u e  p re p a -

 re i - me  me l ho r  p a r a  rece b

e r o  S ace rdóc io de 

 Me lq  u isedeq  ue e se r v i r  m

 iss ão.  É g r a t i fc a n te 

s a be r q  ue  pode re i se r  u m

  bo m e xe m p lo  p a r a 

 me us   u t u ros  f l hos  u m d i

 a.

Jona t han A., C h ina

POR QUEPROVAÇÕES?

 Às vezes nãosabemos por

que temos proble-mas mesmo quandoguardamos os man-damentos e vivemoso evangelho. Nãodevemos esquecerque viemos a esta

 Terra para ser prova-dos. Quando supe-

ramos as provaçõese mostramos ao PaiCelestial por meiode nossas escolhasque O amamos, Elenos abençoará paraque reine o Espíritodo Senhor em nossaamília.

Kahellyn V. (abaixo),Venezuela

 ADQUIRIR UMTESTEMUNHOPESSOAL

Nasci na Igreja e não tinhamuito testemunho até

começar a ler as escriturascom real intenção. Em vez deapenas ler as palavras escritasno papel, procurei entenderseu signicado proundo. Li3 Né 11:3 e tentei visualizar amim mesmo na situação. Essaescritura e outras que vieramdepois mexeram comigo. Apartir desse momento, continueia ler as escrituras e a orar comsinceridade, e meu testemunhocresceu.

Ryan R., Washington, EUA

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52 A L i a h o n a

Edward M. Akosah

Quando eu tinha seis anos deidade, minha mãe conheceuos missionários e entrou para

a Igreja em Gana, Árica. Meu pai aabandonara com cinco lhos, masos ensinamentos da Igreja ajudarama manter nossa amília orte e unida.

 Amávamos uns aos outros e tínhamospaz em casa. Eu adorava ir à Igrejacom minha mãe e gostava de assistiràs aulas da Primária e, anos depois,gostava de participar do seminário.

Quando jovem, ui chamadocomo missionário da ala e gostavade azer proselitismo com os missio-nários. Também vi alguns dos jovensde nossa ala sair em missão. Ao vol-tar, estavam dierentes. Estavam maisinstruídos e amadurecidos, tantoísica quanto espiritualmente. Meu

irmão mais velho também serviumissão. Quando voltou, notei muitasmelhoras em seu comportamento.Eu me perguntava: “O que será queaz todas essas pessoas mudarem ecrescerem tanto na missão?” Fiqueientusiasmado com a ideia de ir para

a missão.Depois que terminei o Ensino

Médio, comecei a trabalhar paraeconomizar para a missão. Em poucotempo, perdi meu desejo de servirmissão porque passei a gostar dodinheiro que ganhava. Teria sidoum sacriício sair em missão, pois odinheiro que ganhava contribuía parao sustento da amília. A cada vez queeu começava a preencher os papéispara a missão, pensava no dinheiroque ia deixar de ganhar, então guar-dava os ormulários e voltava aotrabalho.

 À medida que meus amigos iampara a missão, eu me sentia mal porsaber que também deveria estar mepreparando para ir. Isso me levoua uma autoavaliação. Pensei: “Para

apoiar o proeta e meus líderes nãobasta levantar a mão direita. Precisoazer o que eles dizem e obedeceraos mandamentos de nosso PaiCelestial”.

Chegara a hora de servir missão,por isso entreguei meus papéis da

missão ao bispo. Foi o segundo diamais eliz de minha vida. O mais elizoi o dia em que meu bispo me cha-mou a sua sala e me deu um enve-lope branco com meu chamado paraa Missão Nigéria Ibadan. Meu coraçãoencheu-se de alegria.

No centro de treinamento mis-sionário, conheci melhor as doutri-nas do evangelho e aprendi coisasmaravilhosas. Também recebi minhainvestidura no templo. Sou muitograto por minha decisão de vir para amissão — nunca me arrependi. Tam-bém tenho crescido espiritualmentena missão. Creio que é porque estouajudando as pessoas a receberem asmesmas bênçãos do evangelho quetrouxeram tanta elicidade para mim epara minha amília. ◼

Quase perdi meu desejo de  servir missão porque passei 

a gostar do dinheiro que  ganhava.

UmSACRIFÍCIO , Mas uma

ALEGRIA

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A g o s t o d e 2 0 1 2 53

 

Adriane Franca Leao

D

esde menina, eu sonhava emazer parte de uma amília

eterna. Eu tinha doze anosquando minha amília oi selada no

 Templo de São Paulo Brasil. Lembro-me pereitamente de quando meajoelhei com minha amília noaltar do templo e ui selada commeus irmãos a nossos pais paraesta vida e para toda a eternidade.Eu sabia que aquele era o tipode amília que eu queria.Coloquei uma otograa

do Templo de São Pauloao lado de minha cama eolhava para ele todas as noites, reno-

 vando meu compromisso de não mecontentar com nada menos do queuma amília eterna.

 Vários anos depois, eu trabalhavano departamento comercial de umagrande empresa. Certo dia, nossogerente me apresentou um novouncionário. Era um rapaz alto, comlindos olhos azuis, um sorriso espon-tâneo e muito elegante.

Mal pude acreditar quando, algumtempo depois, ele começou a fertarcomigo. Senti-me no sétimo céu!Em nosso primeiro encontro, queientusiasmada ao saber que ele erabaterista em uma banda que estavatendo certo sucesso. Também quei

VISUALIZAR-ME 

NO TEMPLO

sabendo que ele umava e bebia,mas racionalizei que, como ele nãoera membro da Igreja, aquilo não eraerrado para ele.

Naquela noite, quando chegueiem casa, não conseguia parar depensar naquele belo rapaz. Mas aome ajoelhar para orar, vi minha otodo templo e uma estranha sensaçãotomou conta de mim. Ignorei-a e uidormir.

No dia seguinte, quando saímos juntos, o ato de ele beber e umarme causou uma sensação ruim. Senti

 vergonha de estar sentada numa mesacom bebidas, embora nem tivessetocado em nenhuma delas. Primeiro

Um rapaz atraente do meu trabalho me convidou para sair, mas ele não era membro da Igreja, e eu tinha a meta de me casar no templo.

senti entusiasmo e depois rustraçãoquando ele tentou me beijar. Quando

senti o cheiro de cigarro e álcool emseu hálito, o beijo não passou detentativa!

 Ajoelhei-me ao lado da cama paraorar naquela noite, olhando a oto-graa do templo. Concluí que aquelenão era o tipo de rapaz que poderiame levar ao templo para um casa-mento eterno.

Deitei e dormi, mas não antes depensar alegremente em minha meta

de casar com um homem digno aolado de quem eu poderia constituiruma amília eterna.

Embora o baterista ainda osseatraente, seu olhar romântico não meimpressionava mais. Eu sabia que tipode casamento queria.

Um ano depois, casei-me no Tem-plo de São Paulo com um portadordo sacerdócio digno que amo muito.

 Valeu a pena esperar por um homemel que poderia receber comigo essabenção maravilhosa do Senhor. ◼

Para comprar sua própria otografa do

templo, visite store.LDS.org. Clique na seção

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“Gravuras do Templo”.

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54 A L i a h o n a

 A Primeira Presidência escreveu que 

os padrões de Para o Vigor da Juven-tude “vão ajudá-los nas importantes 

escolhas que azem agora e ainda

 arão no uturo”.1 Com o lançamento

de uma nova edição do olheto, os 

editores das revistas da Igreja tiveram

a oportunidade de passar alguns 

momentos com a presidente geral das 

 Moças, Elaine S. Dalton, e o presi-

dente geral dos rapazes, David L.

 Beck , para alar da versão revisada

do olheto.

Por que uma nova edição de Parao Vigor da Juventude agora?

 Irmão Beck: Os padrões do Senhornão mudaram, mas os ataques do

Para o Vigor da Juventude: UMA ÂNCORA PARA NOSSOS DIAS

adversário contra esses padrõesaumentaram em requência e intensi-dade. Para o Vigor da Juventude  oi atualizado para ajudar os jovensa resistir a essas investidas.

 Irmã Dalton: Os proetas conti-nuam a alar em termos bem claroscom os jovens, e desejamos man-ter suas palavras atuais ao alcancede todos. Os jovens precisam estarrmemente ancorados na obediênciaao proeta, por isso o olheto integraensinamentos recentes.

 Irmão Beck: Como o Presidente Thomas S. Monson nos lembrou, os jovens de hoje estão crescendo numaépoca em que a distância entre ospadrões do Senhor e os do mundo

David L. BeckPresidente Geraldos Rapazes

Elaine S. DaltonPresidente Geraldas Moças

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está aumentando.2 As tentações estão

cando mais ortes, e os comporta-mentos pecaminosos estão se tor-nando mais aceitáveis na sociedade.Os conselhos inspirados desse novoolheto são uma mostra do amor doPai Celestial pelos jovens. Ele querque cada jovem desrute das bênçãosresultantes da prática do evangelho edeu-lhes padrões para ajudá-los. Eletem um trabalho importante para elesazerem agora. Os padrões de Para o

Vigor da Juventude ajudam a torná-los aptos a realizar Sua obra.

outra seção nova: “Saúde Física e

Emocional”. É preciso estar sica-mente saudável e cuidar do corpo,mas também é necessário estar atentoà saúde emocional.

 Irmão Beck: Também oi salientadaa importância de seguir o Espírito e

 viver de modo a estar digno de re-quentar o templo.

Como os jovens podem tornarPara o Vigor da Juventude parte

de sua vida? Irmã Dalton: Eu gostaria que eles

identicassem as bênçãos menciona-das no olheto e pensassem em comoessas bênçãos podem conduzi-losa suas metas. Creio rmemente queesta geração está preparando a Terrapara a Segunda Vinda do Salvador.Gostaria de exortar os jovens a lem-brar que eles devem empenhar-separa poderem sentir conança em

Sua presença quando Ele regressar. Irmão Beck: Os livretos Cumprir 

 Meu Dever para com Deus e Progresso

O que oi atualizado nessaedição?

 Irmã Dalton: Foi acrescentada aseção “Trabalho e Autossuciência”.Muitos jovens gastam tanto tempocom as novas tecnologias — redessociais, navegação na Internet, vídeogames — que nunca aprendem atrabalhar de verdade. É algo preo-cupante, pois quando um jovem saiem missão às vezes não está prepa-rado para os rigores desse trabalhoque é ísica e espiritualmente exte-nuante. Isso está relacionado com

 Pessoal das Moças também oerecem várias boas ideias. Nas seções “ViverDignamente” do Dever para com

 Deus , por exemplo, os rapazes são

convidados a estudar os padrões de Para o Vigor da Juventude , traçar umplano para pautar sua vida por elese, em seguida, relatar suas experiên-cias aos outros. Ao azerem isso, elesortalecem não só seu próprio teste-munho, mas também o dos outros.

 Irmã Dalton: Outro exercíciointeressante seria os jovens exami-narem Para o Vigor da Juventude  assinalando todas as vezes que é

mencionado o Espírito. O cumpri-mento desses padrões lhes permi-tirá ter a companhia constante do

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Espírito Santo. E numa época em que

os jovens tomam decisões cruciaisem sua vida, eles precisam dessacompanhia.

 Irmão Beck: Também vejo oolheto como um recurso excelentepara compartilhar o evangelho;podemos usá-lo para ajudar nossosamigos a entender os motivos denosso modo de vida. Os jovens tam-bém podem usá-lo para prepararaulas para a noite amiliar, discursos

para a reunião sacramental ou aulasna Igreja — ou mesmo apenas paraencontrar respostas a perguntas sobreos padrões do Senhor. Ao azer essascoisas, as doutrinas e os princípios de Para o Vigor da Juventude se enrai-zarão proundamente no coração dos

 jovens e se tornarão parte de quemeles são.

O que diriam a quem acha diícil

manter esses padrões no mundode hoje?

 Irmã Dalton: Eu diria: “Tem razão,é diícil”. Mas eu lembraria que ébem mais diícil quando não cumpri-mos os padrões. O pecado complicanossa vida e nos leva a lidar comsituações indesejáveis. Eu diria quea observância dos padrões de  Para

o Vigor da Juventude é uma chavepara a elicidade, e todos querem ser

elizes. Irmão Beck: Nada que este mundo

tem a oerecer pode comparar-se àinfuência consoladora do EspíritoSanto, à satisação de saber que o PaiCelestial está satiseito conosco ouao poder dos convênios do templo.Essas são as bênçãos prometidasaos que obedecem aos padrões doSenhor.

 Irmã Dalton: Muitas jovens dizem:

“Fiz algo ruim, então não posso maisir à Igreja”. Em seguida, passam a tercomportamentos ainda piores. Masdigo: “Vocês podem se arrepender,sim. Vocês podem mudar, e a horaé agora. Hoje é o dia. Este é seumomento”.

Que conselhos dariam aos jovensque não recebem muito apoio emcasa para viver esses padrões?

 Irmão Beck: Creio que o Senhorcoloca cada um de nós onde pode-mos azer o melhor com os donsespirituais que nos concedeu. Se suaamília não tiver o mesmo compro-misso com os padrões de vida doSenhor, não desistam. Continuem

 vivendo do modo que sabem quedevem viver, pois vocês nunca

sabem quem em sua amília os estáobservando e se ortalecendo comseu exemplo, sem que ninguémsaiba.

 Irmã Dalton: Sempre lembrem

também quem vocês são. Vocês oramreservados para estar na Terra agorapor ter um orte testemunho do Sal-

 vador. Deram provas disso no mundopré-mortal. Como o irmão Beck men-cionou, sua obediência aos padrõespode, por m, abençoar sua amília.Não açam concessões. Não sucum-bam. Se vivermos esses padrões,poderemos ser uma luz. Poderemosrefetir a luz do Salvador.

Que bênçãos os jovens receberãose viverem os padrões?

 Irmão Beck: O Senhor prometeumuitas bênçãos maravilhosas àquelesque são éis aos padrões que Eleestabeleceu. Algumas são imediatas: acompanhia do Espírito Santo, paz deconsciência e mais é e conança. A

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 Irmão Beck: O mundo precisa de

 jovens que entendam o valor dessasbênçãos e saibam como merecê-las.Muitos de seus amigos e colegasprocuram uma alternativa para oscaminhos do mundo, princípios

 verdadeiros sobre os quais edicara vida. Tudo de que precisam é seuexemplo e testemunho.

Gostariam de transmitir algomais aos jovens?

 Irmã Dalton: A mensagem queeu deixaria aos jovens é a de queo arrependimento não é algo ruim,mas uma bênção. O Salvador conce-deu-nos a possibilidade de nos arre-pendermos. Não esperem. Podemosmudar, e isso vai nos ajudar a viver ospadrões. Uma jovem virtuosa ou umrapaz virtuoso, guiado pelo Espírito,pode mudar o mundo. Você pode seressa pessoa.

 Irmão Beck: Nós amamos vocêse muito nos alegramos com suasboas qualidades. É entusiasmantee inspirador ver sua delidade. Casose sintam sozinhos, lembrem quehá milhares de jovens como vocêsno mundo inteiro empenhadosem guardar os padrões do Senhor.Lembrem-se também de que oEspírito Santo pode ser seu compa-nheiro constante. Vivam de modo aser dignos de Sua presença, sigamSeus sussurros e permitam que Eleos console quando necessitarem.O Pai Celestial os conhece e conaem vocês. Ele tem coisas grandiosasreservadas para vocês. ◼

NOTAS1. Para o Vigor da Juventude , 2011, p. ii.2. Ver Thomas S. Monson, “Ouse Ficar Sozi-

nho”, A Liahona, novembro de 2011, p. 60.

COMO POSSO EXPLICAR A

MEUS AMIGOS POR QUENOSSOS PADRÕES NÃOSÃO RESTRITIVOS?

Você pode usar a analogia do

unil mencionada pela irmã

Dalton. Quando experimentamos as

coisas propostas pelo mundo, isso

restringe nosso uturo por causa das

consequências negativas. Devemos

virar o unil para o lado oposto, no

qual a obediência aos padrões e man-

damentos abre muitas oportunidadespara nós, agora e no uturo.

Os padrões nos ajudam a:

• Ter a companhia do Espírito

Santo, principalmente ao

tomar decisões importantes.

• Ter felicidade e liberdade, em

vez de consequências duradou-

ras de vícios ou pecados.

• Ser dignos das bênçãos do

templo e da vida eterna,

que é nossa meta fnal.

cada vez que obedecemos a um man-

damento, cresce nossa capacidade deobedecer.

 Irmã Dalton: O mundo incita:“Experimentem tudo. Como são

 jovens agora, podem experimentar”.O que acontece quando se segueessa mensagem é como um unilque começa largo, mas termina bemestreito. Seu arbítrio restringe-sepor causa dessas decisões. A expe-rimentação pode levar ao vício. Um

momento de empolgação pode levara uma gravidez ora do casamento

ou a uma mudança em seu plano de vida. Mas se seguirmos um caminhoreto — virando o unil de cabeçapara baixo — e obedecermos aospadrões do Senhor, o mundo seabrirá para nós e se expandirá, àmedida que guardarmos os man-damentos. Em vez de car acor-rentados por nossos erros, temos aliberdade de viver o tipo de vida quenos tornará elizes.

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58 A L i a h o n a

 

Joguei o prato dentro da máquina delavar louças e soltei um grito, rustrada.

“Erin, você pode ir àquela esta àbeira da piscina”, disse meu pai. “Pode azeruma pausa.”

“Não é nada disso!” Gritei ao sair da salaintempestivamente.

Minha irritação não tinha nada a ver coma esta da Adriane. Minha mãe e minha irmãmais nova, Abby, estavam doentes, compneumonia. Eu e meu pai tínhamos passadoa semana anterior inteira cuidando delas etentando manter a casa em ordem. Isso sig-nicava cozinhar, limpar a casa, azer com-pras, lavar roupas e servir de motorista paraminhas duas outras irmãs.

 Tudo isso silenciara minhas preocupa-ções persistentes e meus temores. Eu estava

preocupada com minha amília e tensa coma ideia de sair de casa para azer aculdade

longe dentro de pouco tempo. Então memantive ocupada e tentei ignorar meus

receios. Eu até pretendia altar à estada Adriane, mas estava cansada, e a

ideia de passar uma noite des-preocupada na companhia

de amigos à beira dapiscina me animou.

 Tive uma explosão de ira e descontei minharustração em meu pai.

Fiquei chorando um bom tempo em meuquarto. Depois, sentindo-me culpada, ui aosegundo andar para ver se minha mãe ou

a Abby precisava de algo. Encontrei minhamãe dando remédio à minha irmã ebril.Minha mãe mal conseguia respirar e estavade cama havia vários dias. Eu e meu paiinsistimos para que ela voltasse para a cama.Garantimos a ela que cuidaríamos da Abby.Ela nem deu ouvidos.

“Estou bem. Vocês dois é que precisamdormir um pouco”, disse ela. “A Abby precisade mim.”

 Tentei não chorar ao ver minha mãe con-

solar minha irmã de dez anos de idade. Elamediu a temperatura dela, ajudou a colocá-lana cama e depois deitou-se atrás dela e segu-rou seu corpo trêmulo. Abby parou de gemere se acalmou sob a proteção de minha mãe.

Minha mãe estava mais doente do quenunca. Por causa da pneumonia, acabariasendo internada por vários dias. No entanto,em meio a suas próprias provações, ela seesqueceu de si mesma. Em vez de queixar-sede sua própria doença, achou uma maneira

de aliviar a dor da lha.Eu planejara ser a mártir da noite oere-

cendo-me para car em casa e ajudar. Mas,na verdade, quei envergonha por meu des-controle e me senti pequena ao ver a atitudede minha mãe. Ao observá-la, eu sabia queela aria qualquer coisa para ajudar a mim e aminhas irmãs.

Senti seu amor naquela noite e quis seguirseu exemplo. Tomei a resolução de mostraràs pessoas que amo que estarei ao lado delasquando precisarem de mim, seja qual or osacriício pessoal necessário. ◼

Erin Barker

O Exemplo 

DE MINHA MÃE

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A g o s t o d e 2 0 1 2 59

 A

s mulheres são lhas denosso Pai Celestial, queas ama.

Deus pôs dentro das mulheresqualidades divinas de orça, virtudee amor.

 A esposa está à altura do marido.Marido e mulher trabalham lado alado para suprir as necessidadesda amília.

 As mulheres da Igreja hoje sãoortes e éis.

Muito do que realizamos na

Igreja deve-se ao serviço abnegadodas mulheres.

 As mulheres da Igreja sãoincríveis! ◼

 Extraído de “As Mulheres da Igreja São Incríveis!”  A Liahona , maio de 2011, pp. 18–22.

 As Mulheres São Importantes na Igreja!

T E S T E M U N H A E S P E C I A L

O Élder Quentin L. Cook,do Quórum dos Doze  Apóstolos, expõe algumas ideias sobre o assunto.

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60 A L i a h o n a

 

Orações, Bilhetes eCatástrofes Naturais

O l á!  S ou  M ag g i e  , d e   J o pl i n , M i  s  s ou r i . C e r t a noi t e  , mi nha mã e  v i u  av i  s o s  d e  t e m pe  s t ad e  no not i c i ár i o , e  t od o s  f omo s   par a o  por ã o. O  v e nt o f or t e  e  r u i d o s o me  a s  s u  s t av a. F i q u e i   pr e o- c u  pad a c om me u  s  ami g o s  e  no s  s o s  ani mai  s . D e  poi  s  d a t e m pe  s t ad e  ,  s e nt i  g r at i d ã o  por  mi nha f amí l i a e  s t ar  e m  s e g u r anç a e  a c a s a nã o t e r   s of r i d o mu i t o s  e  s t r ag o s .

Meu nome é Honoka e m

oro na prov í n-

cia de Chiba ,  Japão. Go sto

 de brincar , 

pular corda e de senhar. M

eu  sonho é 

 ser ilu stradora um dia.

 A Casa deHonoka

Marissa WiddisonRevistas da Igreja

 A Casa deMaggie

Embora essasduas meni-nas alem lín-

guas dierentese vivam a quase10.000 quilôme-tros de distância,elas têm algode especial emcomum: ambasencontraram

maneiras de man-ter uma atitudepositiva quandocatástroes naturaisatingiram a cidadeonde elas moravam.Dê uma olhada nashistórias verídicasde Honoka O., do Japão, e de Mag-gie W., do Missouri,

EUA. Em momentostristes e assustado-res, o que as ajudoua se manterem éise otimistas?

 Ho no ka

M ag g ie

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A g o s t o d e 2 0 1 2 61

Eu também queria ajudar na limpeza,

mas minha mãe disse que não era

 seguro para crianças. Foi então que

 senti o Espírito Santo me sussurrar 

uma ótima ideia para levar elici-

dade às pessoas. Fiz vinte bilhetes

de agradecimento para dar 

aos voluntários. Passei muito

tempo tornando cada cartão

especial, para que as pessoas

 pudessem sentir o Espírito

e saber que eram muito

importantes para nossa

cidade.

Muitas

outras casas

e empre-

 sas oram

destruídas

 pelo tornado

que passou

 pela cidade. Senti tristeza

 pelas pessoas que perderam

entes queridos. Meus pais

e meu irmão e minha irmã

mais velhos decidiram ajudar 

a limpar 

nossa

cidade.

Com isso

me lem-

brei da escritura: “Quando

estais a serviço de vosso

 próximo, estais somente

a serviço de vosso Deus” 

(Mosias 2:17).

Eu estava na escola quando

aconteceu um grande

terremoto. Meus primeiros

 pensamentos oram: “Ai, que

medo!” e “será que minha

amília está bem?” Orei em

meu coração para que eles

estivessem a salvo e para que

a vida das pessoas osse pou-

 pada. Depois fquei sabendo

que nenhum de

meus amigos tinha

fcado erido.

Naquele momento,

 senti que Deus tinha

nos protegido. Sei 

que Deus e Jesus

vivem.

Minha

história

avorita dasescrituras

é o sonho

de Leí 

(ver 1 Néf 

8). Acho a Primária muito

importante porque lá

aprendo muito sobre Deus

e Jesus. Adoro a reunião

 sacramental, pois sinto que

me purifco quando tomo o

 sacramento, e isso me deixa

muito eliz.

 Aprendi que, mesmo quando

não podemos azer certas coisas

 para ajudar, sempre é possível 

 pensar em outras maneiras de

 servir. O Pai Celestial vai nos

abençoar para que sirvamos a

Ele e ao próximo.

Honoka Maggie

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62 A L i a h o n a

“Que seu lar se

encha de amor, de cortesia 

e do

I D E I A B R I L H A N T E

Espíritodo Senhor.”

Presidente Thomas S. MonsonConerência Geral de Outubro de 2010

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A g o s t o d e 2 0 1 2 63

Lucas L., 9 anos, Argentina

Nossa Página

Rebeca B., de 4 anos, do Brasil,adora ir à Igreja. Ela sempre quer cantar “Sou um Filho de Deus” e “AsFamílias Poderão Ser Eternas” na noiteamiliar, todas as semanas, e sabe aletra de cor. Com apenas três anos ealguns meses de idade, já sabia as três primeiras Regras de Fé. Ela diz que o

domingo é o Dia do Senhor e é uma bênção para sua amília.

DESENVOLVER FÉ EM DEUS

Olivreto Fé em Deus me ajudou a

progredir na obediência aos man-

damentos do Pai Celestial. Incentivo todas

as crianças a azerem todas as atividades

do livreto e a desenvolverem seus talentos

servindo na Igreja. Fiz uma meta e toquei

violino num dueto com meu irmão na

Igreja. Tenho um irmão na missão — ele é um grande exemplo

para mim, assim como todos os membros de minha amília!

Charlotte de B., 10 anos, França

 Jay R., de 5 anos, da Indonésia,ama muito sua amília. Os pais o

ensinaram a amar os outros. Ele temmuitos amigos e gosta de dividir tudocom eles. Ele adora as criações do

Senhor, como as plantas e os animais.Também gosta muito de insetos edas aranhas, pois elas azem suas próprias teias. Ele sente-se grato

 por todas as coisas que o

Senhor criou para ele.

Timothy K., 3 anos, Ucrânia

Envie seu desenho, retrato ou sua experiên-

cia para Nossa Página em liahona.LDS.org,

por e-mail para [email protected] com

“Our Page” no campo assunto ou por carta para:

Liahona , Our Page

50 E. North Temple St., Rm. 2420 

Salt Lake City, UT 84150-0024, USA

Todo material enviado precisa incluir o nome

completo da criança, o sexo e a idade (precisa

ter entre 3 e 11 anos), bem como o nome dos

pais, a ala ou o ramo, a estaca ou o distrito

e a permissão por escrito dos pais ou respon-

sáveis (aceita-se por e-mail) para utilização da

otografa da criança e do material enviado.

Os textos podem ser editados por motivo de

clareza ou de espaço.

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64 A L i a h o n a

Podemos ler na Bíblia umahistória incrível sobre Sadra-que, Mesaque e Abednego.

O rei Nabucodonosor atirou aqueles

três amigos numa ornalha ardenteporque eles se recusaram a adoraruma imagem de ouro que ele haviacriado. Os três israelitas disseram aorei que adorariam somente a Deus.Como aqueles jovens eram éis,Deus os livrou da ornalha e salvoua vida deles (ver Daniel 3). Essa his-tória ala da importância de conarem Deus e de ser el e corajoso.Fala também de bons amigos que

ajudam uns aos outros a escolhero certo.

 Juntos, Sadraque, Mesaque e Abednego optaram por cumprirsua promessa de adorar somente aDeus. Decidiram ter é que Deus ossalvaria. Decidiram não temer o rei,mas conar em Deus. O PresidenteHenry B. Eyring, Primeiro Con-selheiro na Primeira Presidência,disse: “Todos precisamos de amigos verdadeiros que nos amem, que nosescutem, que nos mostrem o cami-nho e que testiquem a respeito da verdade para nós” (“Verdadeiros Amigos”, A Liahona, julho de 2002,p. 29).

Lembrem-se de que os bonsamigos vão azer a dierença em sua vida, ajudando você a escolher ocerto. Procure amigos como Sadra-

que, Mesaque e Abednego, e sejatambém um amigo como eles! ◼

Música e Escritura

• “Eu Quero Ser Como Cristo”,

Músicas para Crianças, p. 40.

• Regras de Fé 1:13

Só Você

Aqui estão algumas ideias para ser um bomamigo:

• No m da semana, escreva em seu diário

o que você ez para ser um bom amigo

de alguém.

• Pense em maneiras de demonstrar a seus

amigos que você gosta deles.

• Anote como você e seus amigos podem

ortalecer sua é em Deus.

• Conte a seu pai ou a sua mãe ou a uma

líder da Primária o que você está fazendo

para ser um bom amigo.

Escolho Preencher Minha

Vida com Coisas QueConvidam a Presençado Espírito

T R A Z E R A P R I M Á R I A P A R A C A S A

Você pode usar esta lição e atividade para

aprender mais sobre o tema da Primária

deste mês.

 Jogo do CTR: Amizade

Participe deste jogo para saber mais

sobre como ser um bom amigo. Você vai

precisar de um eijão ou um botão para

cada jogador e pedacinhos de papel com

os números “1”, “2” ou “3” escritos neles.

Coloque esses papeizinhos num saco ou

envelope.

Para jogar, uma pessoa escolhe um papel

e movimenta seu eijão ou botão no número

de espaços indicado. Leia o que está no

espaço e siga as instruções. O jogo só acaba

quando todos chegarem ao fm como um

bom amigo!

Você ajudou umamenina quandoela se machucouno parquinho.Avance umespaço.

Você convidouum aluno recém-chegado parasentar a seulado no ônibusescolar. Avance

um espaço.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 65

FIM

Você alou doevangelho comum amigo.Avance umespaço.

Você ajudou umirmão mais novocom as tareasdele. Avanceum espaço.

Você incluiu alguém emsuas brincadeiras na horado recreio. Avance umespaço.

Sua amíliavisitou umnovo vizinho.Avance umespaço.

Você riu de ummenino quetem aparênciadierente. Volteum espaço.

Você incentivou alguéma azer escolhas certas.Avance um espaço.

Você zombou de um amigoe o magoou. Volte umespaço.

Você ignorouum visitante naPrimária. Volteum espaço.

Você dividiu seu almoço comum menino que não tinha.Avance um espaço.

Uma menina derrubou a bandejado almoço, mas você não aajudou a pegá-la. Volte umespaço.

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66 A L i a h o n a

Heidi S. Swinton

Thomas Spencer Monsonrecebeu seu nome emhomenagem a seu avô

 Thomas Condie. O jovem Tommyaprendeu muitas lições com o avô,que morava a apenas algumascasas de distância. A lição que elerecorda melhor é sobre o serviço ao

próximo.Um dia, quando Tommy tinha

quase oito anos de idade, elee o avô estavam sentadosno balanço da varanda. Umsenhor idoso da Inglaterramorava na mesma rua. Seunome era Robert Dicks, masa maioria dos vizinhos só ochamava de “Velho Bob”. Ele era viúvo e pobre.

O Velho Bob aproximou-se esentou-se no balanço da varandacom Tommy e seu avô. Ele disseque a casinha de barro ondemorava ia ser demolida. Ele nãotinha amília, dinheiro nempara onde ir.

 Tommy coucurioso para vercomo o avô

reagiria àquela triste história. O avôpôs a mão no bolso e tirou umabolsinha de couro. Pegou umachave e colocou-a na mão do Velho

 Aprender a Servir ao Próximo

Bob. “Sr. Dicks”, disse ele com ter-nura, “pode levar suas coisas paraessa casa ao lado, que é minha eestá vazia. Não vou cobrar um cen-tavo, e pode car lá o tempo quequiser. E lembre-se: ninguém jamais vai despejar o senhor de novo”. Osolhos do Velho Bob encheram-se

de lágrimas. A mãe de Tommy também o

ensinou a amar e a servir aosoutros. Todos os domingos, antesdo jantar, a mãe de Tommy pre-parava um prato de carne assada,batatas e molho para o Velho

Bob. Às vezes, havia também oamoso bolo listrado da mãe de Tommy, com camadas cor-de-rosa, verde e branca e cobertura de

chocolate. A tarea de Tommy eraentregar o jantar ao Velho Bob.

No início, Tommy não entendiapor que não podia comer primeiro

e depois entregar o prato. Masnunca reclamou. Ia cor-

rendo até a casa do Velho Bob, equili-

brando o prato

S E G U I R O P R O F E T A

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A g o s t o d e 2 0 1 2 67

PALAVRAS DO PRESIDENTE MONSON“Creio que mostramos amor pelo modo com que vivemos, servimos e aben-

çoamos os outros. Quando servimos aos outros, mostramos a eles que os amamos e

também mostramos a Jesus Cristo que O amamos” (“De um Amigo para Outro”,

A Liahona , novembro de 1997, p. 6).

EM QUE VOCÊ SE PARECE COM OPRESIDENTE MONSON?

Oque você tem em comum com o profeta? Abaixo está uma lista de coisas que

descrevem o Presidente Monson quando era jovem. Assinale o quadrinho ao

lado das coisas que você tem em comum com ele.

NOMES E APELIDOS

Faça a correspondência de cada um dos nomes e apelidos do Presidente Monson com a

situação em que é usado.

SITUAÇÃO NOME OU APELIDO

1. Como as pessoas o chamavam na Igreja

e na escola quando ele era pequeno?

a. Pai

2. Como os membros da Igreja o chamam hoje. b. Willy Inquieto

3. Como seus netos o chamam. c. Tom ou Tommy

4. Como seus lhos o chamam. d. Thomas Spencer Monson

5. Apelido que a mãe lhe deu porque

ele gostava de estar sempre azendo

algo, em vez de descansar.

e. Presidente Monson

6. Seu nome completo, que foi

usado quando ele oi batizado.

. Vovô

□ Gostava de sorvete caseiro.

□ Tinha uma carteirinha de usuárionuma biblioteca.

□ Gostava de brincar com os primos.

□ Gostava da companhia do avô.

□ Morava ao lado de uma estradade erro.

□ Sempre azia avores para a mãe.

□ Foi batizado aos oito anos de idade.

□ Gostava de pescar.

□ Ele tinha uma irmã mais velha.

□ Ele era o segundo flho da amília.□ Nasceu num domingo.

□ Ele era o mais velho dos flhos homens.

□ Ele tinha um apelido (ver abaixo).

□ Tinha cinco irmãos.

□ O pai preparava o desjejum para ele comrequência.

□ Adquiriu um testemunho do evangelhoquando jovem.

cheio. Depois, esperava ansiosa-

mente o Velho Bob chegar devagar-zinho até a porta.

Então os dois trocavam de prato— o prato limpo de Bobdo domingo anterior e oprato de Tommy cheio decomida. Depois, Bob lhedava uma moedinha pararetribuir sua bondade.

 A resposta de Tommyera sempre a mesma:

“Não posso aceitar odinheiro. Minha mãe nãodeixa”.

O idoso azia umaago no cabelo loirode Tommy e dizia: “Meumenino, você tem umamãe maravilhosa. Agra-deça a ela”. Quando Tommy repassava oelogio do Velho Bob à

mãe, os olhos dela se enchiam delágrimas.

 A demonstração de caridade eo empenho de doar ao próximodesinteressadamente, de colocar osoutros em primeiro lugar e de serbons amigos e bons vizinhos eramcoisas importantes para a amíliaMonson. Essas coisas se tornarama tônica da vida do PresidenteMonson. ◼

Você tem um apelido que descreva alguma característica sua?

  R  e  s  p  o  s  t  a  s :  1 .  c ;  2 .  e ;  3 .  f ;  4 .  a ;  5 .  b ;  6 .  d .

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68 A L i a h o n a

Adam C. OlsonRevistas da Igreja

T

odas as noites, a amília deLeute reúne-se em sua tra-dicional ale samoana, uma

cabana oval sobre palatas. Elatem cerca de 4 metros de compri-mento e 3 metros de largura e nãotem paredes, embora às vezes elespendurem lençóis para terem umpouco de privacidade.

Leute, de dez anos de idade, eseus amiliares se sentam em círculono chão e estudam as escrituras emamília. Eles cantam hinos e tratamde assuntos de amília antes de se

deitarem para dormir.Esse tempo que passam juntos

todas as noites é chamado sā, quesignica “sagrado”. É um tempo quea maioria das pessoas de Samoapassa em amília.

Os proetas ensinam que nossolar deve ser sagrado como o tem-plo. Seja qual or a aparência dacasa, há coisas que podemos azerpara ajudar a promover a presençado Espírito Santo em nosso lar paratorná-lo um lugar eliz, de paz eaprendizado. ◼

Muitas vezes, a amília se reúnena ale dos avós para a noite

amiliar.

Depois de estirar sua esteira-cama earmar seu mosquiteiro, Leute az suas

orações pessoais.

O LAR  de Leute

   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Ã   O  :   S   T   E   V   E   N   K   E   E   L   E  ;   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   A   D   A   M   C .

   O   L   S   O   N

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A g o s t o d e 2 0 1 2 69

hora das reeições é um momento impor-tante para a amília. A amília cozinha emogo aberto ou usando pedras quentes num

orno de chão chamado umu kuka.

 A amília mantém suas escrituras, seus manuais e as edições da

Liahona numa mesa.

 A amília mostra umagravura do Salvador,

 juntamente com outrasimagens da Liahona  para recordá-Lo.

Quando Leute quer estudar as escrituras sozinha, muitas vezes se senta ao ar 

livre, debaixo de uma árvore.

 A amília se reúne em sua ale paraa oração amiliar, o estudo das escri-turas e conversas em amília quase

todas as noites.

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1. 2.

3. 4.

70 A L i a h o n a

Jane McBride ChoateInspirado numa história verídica

P A R A A S C R I A N C I N H A S

Servir ao Pai Celestial

Carlos viu o irmão e a irmã

mais velhos se prepararem

para ir ao templo azer batis-

mos pelos mortos. Carlos tam-

bém cou com vontade de ir. Pai, posso ir?

 Você ainda não

tem idade, mas que bom quequer ir. Quando fzer doze anos,

também vai poder ir.

Carlos ajudou a irmã a

arrumar a mala.

Em seguida, ajudou o irmão

a escolher uma gravata. Eles oram embora, e Carlos cou em casa com

a mãe e a irmãzinha recém-nascida, Érica.

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8.

5. 6.

7.

A g o s t o d e 2 0 1 2 71

Quando Érica chorou, Carlos lhe deu

um ursinho de pelúcia.  Sei que o Pai

Celestial está eliz porquehoje você está servindo a Ele

muito bem.

 Mas não ui ao

templo.

 Quando você

ajuda os outros, estáservindo ao Pai Celestial.

 É verdade, mas

você ajudou seu irmãoe sua irmã nos preparati-vos. E está me ajudando

a cuidar da Érica.

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72 A L i a h o n a

P A R A A S C R I A N C I N H A S

Serviço DivertidoOlhe atentamente e verá que nem todos esses desenhos sobre serviço são iguais. Consegue achar os dois que

são iguais?

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A g o s t o d e 2 0 1 2 73

Cumpra Seu DeverO Presidente Thomas S. Monson ensina que é importante cumprir nosso dever. Consegue identicar as cinco

dierenças entre estes dois desenhos? Qual criança cumpriu seu dever?

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74 A L i a h o n a

Notícias da IgrejaAcesse news.LDS.org para mais notícias e acontecimentos da Igreja.

Novos

Líderesde Área Designados

APrimeira Presidênciaanunciou mudanças nasdesignações de lideran-

ças de áreas, em vigor a partirde 1º de agosto de 2012. Todos

os membros das Presidênciasde Área pertencem ao Primeiroou ao Segundo Quórum dosSetenta. ◼

5

81

23

10

12

13

14

15

16

9

11

7

4

6

Presidência dos Setenta

Ronald A.Rasband

Auxilia emTodas as

Áreas

Walter F.González

1. América doNorte Sudeste

L. WhitneyClayton

2. Utah Norte3. Utah SaltLake City

4. Utah Sul

Donald L.Hallstrom

5. América doNorte Nordeste

Tad R.Callister

6. Américado NorteSudoeste

Richard J.Maynes

7. Américado NorteNoroeste

8. América doNorte Oeste

Craig C.Christensen9. Idaho

10. Américado NorteCentral

11. México

BenjamínDe Hoyos

PrimeiroConselheiro

Daniel L.Johnson

Presidente

José L.Alonso

SegundoConselheiro

12. América Central

Carlos H.Amado

PrimeiroConselheiro

James B.Martino

Presidente

Robert C.Gay

SegundoConselheiro

13. Caribe

J. DevnCornish

PrimeiroConselheiro

Wilord W.Andersen

Presidente

Claudio D.Zivic

SegundoConselheiro

14. América do Sul Noroeste

Juan A.Uceda

PrimeiroConselheiro

Raael E.Pino

Presidente

W. ChristopherWaddell

SegundoConselheiro

17. Oriente Médio/Árica Norte

Bruce D.Porter

Bruce A.Carlson

Administrada a partirda Sede da Igreja

16. América do Sul Sul

Jorge F.Zeballos

PrimeiroConselheiro

Mervyn B.Arnold

Presidente

Francisco J.Viñas

Segundo Con-selheiro

15. Brasil

Carlos A.Godoy

PrimeiroConselheiro

Cláudio R. M.Costa

Presidente

JairoMazzagardiSegundo

Conselheiro

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18

17

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20

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25

21

22

19

18. Europa

PatrickKearon

PrimeiroConselheiro

José A.Teixeira

Presidente

Kent F.Richards

SegundoConselheiro

19. Europa Leste

Randall K.Bennett

PrimeiroConselheiro

Larry R.Lawrence

Presidente

Per G.Malm

SegundoConselheiro

20. Ásia

Gerrit W.Gong

PrimeiroConselheiro

Kent D.Watson

Presidente

Larry Y.Wilson

SegundoConselheiro

21. Ásia Norte

KazuhikoYamashitaPrimeiro

Conselheiro

Michael T.Ringwood

Presidente

KoichiAoyagi

SegundoConselhei

22. Árica Oeste

Joseph W.Sitati

PrimeiroConselheiro

John B.Dickson

Presidente

LeGrand R.Curtis Jr.

SegundoConselheiro

23. Árica Sudeste

UlissesSoares

PrimeiroConselheiro

Dale G.Renlund

Presidente

Carl B.Cook

SegundoConselheiro

24. Filipinas

Brent H.Nielson

PrimeiroConselheiro

Michael John U.Teh

Presidente

Ian S.Ardern

SegundoConselheiro

25. Pacífco

Kevin W.Pearson

PrimeiroConselheiro

James J.Hamula

Presidente

F. MichaeWatson

SegundConselhe

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76 A L i a h o n a

EM NOTÍCIA

 A Liahona Agora em

Chinês SimplifcadoOs alantes de chinês podem

agora receber a revista A Liahona em chinês simplicado.

Seis edições de A Liahona — duas edições da conerência(maio e novembro) e quatroregulares (janeiro, abril, julhoe outubro) — estarão dispo-níveis em chinês simplicadodurante o ano todo. As edições

de janeiro e abril de 2012 orampublicadas somente online; aedição de maio oi a primeiradisponível impressa.

Para inormações sobre comoadquirir as edições individuaisda revista ou azer sua assina-tura, entre em contato com osServiços de Distribuição ouacesse store.LDS.org.

As Revistas da IgrejaDestacam os Padrões dePara o Vigor da Juventude

 A partir deste mês, asrevistas da Igreja publicarãouma série de artigos que desta-cam os padrões delineados nonovo livreto atualizado Para

o Vigor da Juventude . A sérieaparecerá na revista New Era e nas páginas para jovens de A Liahona por muitos meses(exceto nas edições de cone-rência); cada artigo terá comooco um padrão e será escritopor um membro da presidên-cia geral da Organização dosRapazes ou das Moças, ou ummembro dos Setenta.

Nas revistas A Liahona e

 Ensign, um artigo de umapágina para os adultos mostrarácomo os pais podem ensinar opadrão do mês para seus lhos.Quando os tópicos em Para o

Vigor da Juventude correspon-derem aos tópicos em MeusPadrões do Evangelho para ascrianças da Primária, haverátambém um artigo para elasem A Liahona e Friend .

Aplicativo da Indexação doFamilySearch Já Disponível

O aplicativo da Indexação doFamilySearch para usuários deiPhone e iPad ajudará as pes-soas a preservar e compartilharpreciosos registros genealógicos

de todo o mundo por meio de

dispositivos móveis.O aplicativo, lançado na

mesma época em que oicolocado à disposição paraindexação o Censo Americanode 1940, está disponível paradownload na Loja de Aplica-tivos da Apple (dispositivosiOS) ou no Google Play (versão

 Androide).Disponível em inglês e espa-

nhol, o aplicativo permite aosusuários visualizar ragmentosde imagens — nome, local ououtra inormação relevante— de documentos históricosmanuscritos, como certidõesde nascimento, casamento ouregistros de censos. As pessoastranscrevem (indexam) o que

 veem, e o sistema de indexaçãodo FamilySearch acrescenta os

dados à coleção de registrosgenealógicos gratuitos disponí-

 veis no amilysearch.org. ◼

Os alantes de chinês de várias partes do mundo

 podem agora ler a revista A Liahona em chinês

 simplifcado.

O novo

aplicativo da

Indexação doFamilySearch

 permitirá que

mais pessoas

contribuam

com a pesquisa

de história

da amília em

 pequena ou em

grande escala.

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A g o s t o d e 2 0 1 2 77

IDEIAS PARA A NOITE FAMILIAR

 Esta edição contém atividades e artigos que podem ser usados na noite 

 amiliar. Seguem-se alguns exemplos.

Ele Continua a RevelarSeus Segredos

Quando tinha treze anos de

idade, morava com minha avó.

Certo dia, encontrei algumas revistas

abandonadas e comecei a lê-las. Elas

continham histórias de pessoas de

todo o mundo que contavam sobre

milagres acontecidos em sua vida. As

revistas eram A Liahona; minha tia,

que era membro da Igreja, as havia

deixado na casa de minha avó.

As histórias me cativaram, e sentialgo especial que me dizia que eram

verdadeiras. Um ano mais tarde ui

batizado, e a partir daí, tenho minha

própria assinatura. A revista tem sido

um guia e uma bênção. Para mim, é

a prova de que Deus nos ama e con-

tinua a revelar Seus segredos a Seus

servos, os proetas (ver Amós 3:7).Lucilino Mendonça, Cabo Verde

Ajuda Espiritual e MaterialGosto muito de ler a revista

Liahona — ela me ajuda tanto

material quanto espiritualmente. For-

talece minha é, melhora meus talen-

tos e minhas habilidades e purifca

minha mente e meus pensamentos

por meio dos conselhos edifcantes

dos membros da Igreja e de nossos

proetas vivos.Derek Balolong, Filipinas

 Envie comentários e sugestões para

[email protected]. Seus comen-

tários podem ser alterados por motivo

de espaço ou de clareza. ◼

“Catástrofes Naturais — NãoPrecisamos Temer”, página 30: Leiao artigo antes e, em espírito de ora-ção, pondere sobre o que sua amíliapode azer a fm de preparar-se melhorpara catástroes naturais em sua área.Depois, como sugere o Élder Ellis, utilizea noite amiliar para colocar seu planoem ação. Você poderá decidir azerpacotes de emergência, reabastecer seu

armazenamento doméstico ou conversarsobre como se preparar espiritualmente.Enatize a mensagem do Élder Ellis quereafrma que, quando “estamos pre-parados, podemos resistir a qualquertempestade”.

“Manter a Fé em Meio a um MundoConfuso”, página 42: Você pode com-partilhar a experiência do Bispo Causséquando estava na escola, encontrada noinício do artigo. Depois, pergunte aos

membros da amília oque eles ariam em tal situação. Você poderepassar os princípios que o Bispo Caussésegue para manter seu testemunho frme.

“Como Posso Saber Se Fui Per-doado?” página 48: Comece pergun-tando aos membros da amília: “Depoisde nos arrependermos, como podemossaber quando omos perdoados?” Vocêpode ler a resposta do Élder Callister no

segundo parágrao do artigo. Comparti-lhe seções adicionais do artigo que sejamadequadas a sua amília.

“Aprender a Servir ao Próximo”, página 66: Leia para sua amília a históriasobre a inância do Presidente Monson.Depois, você pode azer as atividadescorrespondentes com alguma criançada amília. Encerre prestando seu teste-munho de que Thomas S. Monson é oproeta vivo. ◼

COMENTÁRIOS

Uma Noite Familiar Pereita

Sempre sonhei em realizar noites amiliares como aquelas que via nas gravuras da

Igreja. Mas meu marido e eu adotamos uma linda garotinha, que não queria participar.

Então vimos que tínhamos que azer algumas mudanças em nossa noite amiliar para

convencê-la.

Como sou grata pelas ideias para a noite amiliar publicadas em  A Liahona. Agora

nossa flha é a primeira a querer participar da noite amiliar e deseja que a açamos

todos os dias.

Uma de nossas lições avoritas oi sobre como o Espírito Santo pode nos guiar.

Pedimos a nossa flha que osse para seu quarto. Depois de contar até três, ela poderia

voltar à sala, para tentar encontrar uma gravura do Salvador. Quando ela estava perto,

dizíamos que estava quente, e quando estava longe, que estava ria. Ela fcou tão eliz

quando encontrou a gravura! Foi maravilhoso vê-la entender a importância de ser obe-

diente e seguir o Espírito para aproximar-se de nosso Salvador.

Terminamos com a leitura de Doutrina e Convênios 11:12. Ao colocar nossa “con-

fança naquele Espírito que leva a azer o bem”, descobrimos que a noite amiliar é

uma bênção. ◼Moema Lima Salles Broedel, Brasil

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78 A L i a h o n a

RESPONDER A PERGUNTAS SOBRE NOSSA FÉMichael OttersonDiretor Administrativo, Departamento de Assuntos Públicos da Igreja

Eu me tornara membro de

 A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias somente

há pouco dias, quando o assunto, emuma conversa casual de um grupo deamigos, passou a ser minha recenteconversão.

 Alguns estavam curiosos, atémesmo ascinados. Outros se mos-travam indierentes. Uma das jovens,de minha idade, simplesmente serecusava a acreditar que eu eracristão.

Foi a primeira vez que tentei

explicar minhas crenças para pes-soas que não compartilhavam delas.Lembro-me de me sentir prounda-mente rustrado ao tentar penetraruma mente tão echada que nãodava margem a nenhum tipo deargumentação.

Com o seu crescimento, a Igrejaenrentará cada vez mais examesrigorosos, como qualquer outragrande religião, o que levará a muitomais conversas ace a ace ou onlineentre os membros e sua amília, seusamigos e outras pessoas que não sãode nossa é.

Prestar atenção em algunsprincípios básicos pode ajudaros membros a responder a per-guntas ou comentários com maisconança.

Viver a Religião

Uma das grandes vantagens queos membros éis da Igreja têm é que

nossa é nos incentiva a “viver nossareligião”. Há um senso de auten-ticidade, quando nossos amigos ecolegas veem a conexão entre o quedizemos e azemos.

Se a vida de um santo dos últimosdias é seu melhor sermão, entãonossas conversas devem tambémser sinceras, verdadeiras e cheias doespírito de bondade, mesmo se aspessoas zerem perguntas inadequa-

das ou demonstrarem um tom decrítica. Nossa pretensão de ser segui-dores de Jesus Cristo é mais convin-cente quando nossos atos estão emharmonia com nossas crenças. Aoresponder a perguntas ou mesmocríticas, haverá vezes em que precisa-remos ser ortes. Também poderemosprecisar de senso de humor.

Em 2007, na cerimônia deormatura da BYU–Havaí, o ÉlderM. Russell Ballard, do Quórum dosDoze Apóstolos, disse: “Se vocês

 viverem os princípios do evangelho[em vez de] só estudá-los, essa com-binação especial de conhecimentoará com que se sintam à vontadee preparados para ensinar o quesabem ser verdadeiro — em qual-quer ocasião”.

Estabelecer o Contexto

 Ao responder a perguntas oucomentários sobre nossa é, é impor-

tante estabelecer o contexto desde oinício.

Mais do que simplesmente respon-der a uma série de perguntas aleató-rias, pode ser útil usar os primeiros 30segundos para estabelecer uma base,que pode ser o ato de aceitarmos

 Jesus Cristo como nosso Salvador e osensinamentos da Bíblia relacionados aSeu nascimento, Sua vida, Seu minis-tério, Sua Crucicação e Ressurreição.

 Também cremos que o mundo cristãose aastou das verdades que Jesusensinou na Bíblia e que a Igreja estabe-lecida por Ele precisava ser restaurada.

Estabelecer a base das crenças daIgreja dessa maneira servirá comoponto de reerência, quando a con-

 versa abordar outros princípios doevangelho.

Reunir Inormações Ao ouvirmos as perguntas, pode-

mos discernir o princípio do evange-lho inserido nelas e azer com que aresposta remeta ao Salvador.

Por exemplo, por que enviamosmissionários a países cristãos? Porque,em sua época, Jesus enviou Seusmensageiros, de dois em dois, “portodo o mundo”. E azemos o mesmo

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A g o s t o d e 2 0 1 2 79

hoje. Por que desaprovamos a vidaconjugal antes do casamento? Porque

 Jesus e Seus Apóstolos ensinaramsobre a santidade do casamento e detudo que se reere a ele.

Não precisamos de argumentosseculares complicados e elaborados,pois os princípios que tentamos viver

 vêm do Filho de Deus.

Compartilhar ExperiênciasPessoais

Responder às perguntas de nos-sos amigos não é recitar respostas

memorizadas. Compartilhar experiên-cias pessoais genuínas pode convi-dar o Espírito a prestar testemunhoe levar a mensagem ao coração doouvinte.

Um dos maiores empecilhos aocompartilhar nossa é é ter medode não saber as respostas. Poucaspessoas em outras igrejas são espe-cialistas em sua própria história oudoutrina, e pesquisas mostram que,comparativamente, os santos dosúltimos dias têm muito conhecimentosobre sua é.

RECURSOS ONLINE

AIgreja criou recursos online que

podem ser úteis para que os

membros compartilhem suas crenças

com as pessoas que têm perguntas.Mormon.org

Mormon.org/Jesus Christ

Mormonnewsroom.LDS.org

LDS.org

Liahona.LDS.org

Compartilhar experiências pessoais pode ser uma maneira mais efciente de respon-

der a perguntas do que dar respostas decoradas.

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80 A L i a h o n a

Quando alguém zer uma per-gunta sobre a doutrina ou a história

da Igreja da qual não tem conheci-mento, responda simplesmente: “Eunão sei”. Mas todos podemos com-partilhar experiências pessoais, paraexplicar como nos sentimos sobrenossa é.

Se relacionarmos nossas própriasexperiências sobre oração ou jejumou nossa comunicação eciente comnossa amília, essas experiências nãopoderão ser contestadas. São nossasexperiências, e ninguém as entendemelhor do que nós.

Saber com Quem Se Fala

 Alguns pessoas não se aproximampara azer perguntas aos membros,porque temem ser envolvidas emuma palestra de meia hora. Se zeremuma pergunta casual, seja sensível a

seu interesse, ânimo e nível de enten-dimento. Mostrar nossa sensibilidade

neste aspecto pode deixar a pessoacuriosa à vontade.

Entenda que a mesma conversanão vai uncionar para todos, porqueas pessoas têm vidas dierentes —seja religiosa, secular ou em outrosaspectos.

Compartilhar o Que Acreditamos

Os membros da Igreja têm a opor-tunidade única de ser uma orça parao bem, ao ajudar a esclarecer os con-ceitos errados sobre o que não somose aumentar a compreensão do quesomos e no que acreditamos.

 Ao aprender mais sobre as crençasdos santos dos últimos dias, as pes-soas poderão ver dierenças distintase ainda achar coisas em comum paraedicar melhores relacionamentos. ◼

Dicas Úteis

Presuma o Melhor

Pode ser amedrontador quando

alguém az perguntas para provar

nossa é. Entretanto, a maioria das

pessoas está somente curiosa. Não

fque na deensiva.

Ouça Atentamente

O Élder David A. Bednar, do Quórum

dos Doze Apóstolos, ensinou que o

dom do discernimento opera melhor

quando ouvimos. Para melhor enten-

der a pergunta e a intenção, aça

perguntas esclarecedoras e esteja

preparado tanto para ouvir como

para alar.

Respeite o Arbítrio

Todas as pessoas têm o arbítrio

moral dado por Deus. Assim, pode-

mos convidar e até persuadir — mas

não devemos pressionar ou coagir.

Evite o Vocabulário da Igreja

Evite a terminologia ou o jargão da

Igreja, que pode soar como outro

idioma, como “ala,” “noite amiliar”

ou “Palavra de Sabedoria”. Se você

usar tais termos, explique-os antes

que a pessoa pergunte.

Use o Nome Completoda IgrejaSempre que possível, use o nome

completo da Igreja pelo menos uma

vez, e no início da conversa. Há

poder no nome da Igreja; então,

explique-o. Ele diz muito sobre

quem somos.

 Ao responder às perguntas de amigos, seja você mesmo. Seu jeito de ser normal-

mente é o motivo pelo qual eles azem perguntas.

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Samuel

F I G U R A S D A S E S C R I T U R A S D O L I V R O D E M Ó R M O N

Neste ano,muitas ediçõesda revista

 A Liahona trarão umconjunto de guras dasescrituras do Livro deMórmon. Para que quemmais rmes e áceis de

usar, recorte-as e cole-asem cartolina, papelão,sacos de papel ou palitospara trabalhos artesanais.Guarde cada conjunto emum envelope ou saqui-nho de papel, juntamentecom a etiqueta que indicaonde encontrar a históriadas escrituras que acom-panha as guras.

Samuel, o Lamanita

Helamã 13–14, 16

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“Ao cuidarmos de nossas tareas cotidianas”,

ensina o Presidente Thomas S. Monson,

“descobrimos inúmeras oportunidades 

de seguir o exemplo do Salvador. Quando

nosso coração está em sintonia com Seus 

ensinamentos, descobrimos a proximidade 

inconundível de Seu auxílio divino. É quase 

como se estivéssemos a serviço do Senhor.” 

O próprio Presidente Monson é um exemplo

de alguém que busca ajuda divina no dia

a dia e atende ao chamado de servir