liahona-julho 2012

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7/31/2019 Liahona-Julho 2012 http://slidepdf.com/reader/full/liahona-julho-2012 1/84 Convênios: Nossas Promessas Mais Importantes, p. 20 Quatro Chaves sobre Como Ensinar para a Conversão, p. 12 Estudos, Emprego, Namoro — O Que Fazer Quando Seu Plano Fracassa, p. 42 Como Saber Se Tenho um Testemunho, pp. 54, 66, 68 A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • JULHO DE 2012

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Convênios: NossasPromessas MaisImportantes, p. 20Quatro Chaves sobre ComoEnsinar para a Conversão, p. 12

Estudos, Emprego, Namoro —

O Que Fazer Quando Seu PlanoFracassa, p. 42

Como Saber Se Tenho umTestemunho, pp. 54, 66, 68

A IG R EJ A D E J ESU S C R I STO D OS SA N TOS D OS Ú LT IM OS D IA S • J U LH O D E 2012

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 Em 1846, os últimos santos oram expulsos de Nauvoo, Illinois. Eram, em sua maioria, pobres,

enermos ou idosos. Com poucos recursos, atravessaram de balsa o Rio Mississippi e armaram

um acampamento temporário. Em meio àquele sorimento, centenas de codornizes voarame caíram no acampamento. Eram tão dóceis que os santos podiam apanhá-las com a mão,

 provendo o tão necessário alimento para os santos amintos.

O Milagre das Codornizes, de Sandra B. Rast

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30 Nosso Lar, Nossa Família:Nunca DesistaAl e Eva Fry

38 Vozes da Igreja

74 Notícias da Igreja

79 Ideias para a Noite Familiar

80 Até Voltarmos a NosEncontrar: Limpos dasManchas do MundoJulie Thompson

MENSAGENS

4 Mensagem da PrimeiraPresidência: Sempre no MeioPresidente Dieter F. Uchtdor

7 Mensagem das Proessoras

Visitantes: DemonstrarNosso Discipulado porMeio de Amor e Serviço

ARTIGOS

16 A Força de Nosso LegadoÉlder L. Tom Perry

 Assim como os pioneiros fzeramo deserto orescer como a rosa, podemos melhorar nossa vida se seguirmos seus valores e suas 

tradições.20 Compreender Nossos

Convênios com Deus: VisãoGeral de Nossas PromessasMais ImportantesO que prometemos a nosso Pai Celestial? O que Ele nos  prometeu? 

24 Assuntos Públicos: Conectara Igreja e a ComunidadePhilip M. Volmar

Os conselhos locais de assun-tos públicos ajudam a Igreja adesenvolver um relacionamento

 positivo com a comunidade, coma mídia e com outras igrejas.

35 Encarar o Futurocom EsperançaÉlder José A. Teixeira

 Apesar de perder todas as suas  posses terrenas, o irmão Grilo permaneceu otimista em relaçãoao presente e esperançoso emrelação ao uturo.

SEÇÕES8 Caderno da Conerência de Abril

10 Falamos de Cristo:Um Rio de PazLanise Heaton

12 Servir na Igreja: A Lição EstáDentro do AlunoRussell T. Osguthorpe

NA CAPAPrimeira capa: ilustração otográfca deChristina Smith.Última capa: Fotografa: Robert Casey.

A Liahona, Julho de 2012

Nota: A edição de Junho de 2012 de A Liahona contém uma otografa de um rapaz que sacrifcouum contrato profssional de rúgbi para servir uma

missão de tempo integral. Como de praxe, o uni-orme ofcial da equipe exibe logotipos comerciaisde várias empresas. A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias não apoia nem endossaessas empresas ou os produtos e serviços que elasoerecem.

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42 Quando Bons Planos NãoFuncionamStephanie J. Burns

Os jovens adultos que seguem pela jornada da vida descobremque alguns supostos desvios conduzem ao destino correto.

JOVENS ADULTOS

46 A Importância dasBênçãos do SacerdócioÉlder Dallin H. Oaks

 As bênçãos do sacerdócio vãoajudá-lo a vencer obstáculos nocaminho para a vida eterna.

49 Pôster: Testemunho

50 Poder na OraçãoPaul VanDenBerghe

Quando se sentem sobrecarre- gados, os adolescentes da Ilhade Cebu, nas Filipinas, mantêma cabeça “acima da água” por meio da oração.

53 Do Campo Missionário:Uma Promessa e uma OraçãoPablo Mireles Betts

54 O Que É umGrande Testemunho?Elyse Alexandria Holmes

 A aquisição de um testemunho pode parecer um quebra-cabeça,mas adicionando uma peça por vez, é possível aprender sobre averacidade do evangelho.

58 Encenar para os OutrosBrittany Thompson

 Minha vida era só encenaçãoaté que decidi trocar de papel.

JOVENS

59 Um Sussurro de BondadeDeborah Moore

O que Tiago ará quandoo valentão da escola vier à Igreja? 

61 Testemunha Especial: Osantigos pioneiros viveramhá muito tempo. O queposso aprender com eles?Élder L. Tom Perry

62 Fazer HistóriaChad E. Phares

Soma, Eszter e Kata procuram ser um bom exemplo da Igrejana Hungria.

64 Trazer a Primária para Casa:Escolho o Certo Vivendo osPrincípios do Evangelho

66 O Testemunho de ThomasJoshua J. Perkey

 Antes de poder prestar testemu-nho, Thomas precisa aprender o que é um testemunho.

68 Um Testemunho Crescente Faça seu testemunho crescer,uma verdade por vez.

69 Nossa Página

70 Para as Criancinhas

CRIANÇAS

Veja se consegue encontrar a 

Liahona oculta 

nesta edição.

Dica: Vire uma 

folha nova.

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J u l h o d e 2 0 1 2 3

PARA OS ADULTOS

Mais na Internet Liahona.LDS.org

Os líderes do sacerdócio oferecem

ajuda às comunidades locais por meio

dos conselhos de assuntos públicos da

Igreja (ver página 24). Você pode saber

mais a respeito desses trabalhos empublicaffairs.LDS.org (em inglês).

EM SEU IDIOMAA revista A Liahona e outros materiais da

Igreja estão disponíveis em muitos idiomas

em languages.LDS.org.

Visite youth.LDS.org para baixar gra-

tuitamente músicas, vídeos inspiradores

e artigos sobre os padrões de Para o

Vigor da Juventude.

PARA OS JOVENS

Conheça Soma, Eszter e Kata de

Budapeste, Hungria, na página 62. Veja

mais fotos delas em liahona.LDS.org.

PARA AS CRIANÇAS

TÓPICOS DESTA EDIÇÃOOs números representam a primeira

 página de cada artigo.

 Adversidade, 35 

 Aprendizado, 12

 AssuntosPúblicos, 24

Bênçãos, 46

Bondade, 59

Caráter, 58

Casamento, 30

Conferênciageral, 8

Convênios, 20

Conversão, 30

Ensino, 12

Esperança, 35, 42

Espírito Santo, 12

Família, 16, 30, 41

Fé, 35, 42Honestidade, 70

 Jejum, 64

 Jesus Cristo, 10

Livro de Mórmon,  38, 53

Morte, 10

Obediência, 42

Obra missionária, 4, 24, 38, 53

Oração, 38, 50, 64

Ordenanças, 20

Perdão, 38

Pioneiros, 16, 61

Preparação, 4

Professorasvisitantes, 7 

Sacerdócio, 46

Serviço, 7, 24, 80

Templos, 80Testemunho, 30,

40, 49, 54, 66

JULHO DE 2012 VOL. 65 Nº 7A LIAHONA 10487 059

Revista Internacional em Português de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Paul B. PieperConsultores: Keith R. Edwards, Christoel Golden Jr.,Per G. Malm

Diretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg

Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditores Associados: Susan Barrett, Ryan CarrEquipe Editorial: Brittany Beattie, David A. Edwards,Matthew D. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Carrie Kasten,Jennier Maddy, Lia McClanahan, Melissa Merrill, Michael R.Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J. Perkey, Chad E. Phares,Jan Pinborough, Paul VanDenBerghe, Marissa A. Widdison,Melissa Zenteno

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersDiagramadores Seniores: C. Kimball Bott, Colleen Hinckley,Eric P. Johnsen, Scott M. MooyEquipe de Diagramação e Produção: Collette Nebeker Aune,Connie Bowthorpe Bridge, Howard G. Brown, Julie Burdett,Bryan W. Gygi, Kathleen Howard, Denise Kirby, Ginny J. Nilson,

Gayle Tate RaertyPré-Impressão: Je L. Martin

Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes

Distribuição: Corporação do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Steinmühlstrasse 16, 61352 BadHomburg v.d.H., Alemanha.

Para assinatura ou mudança de endereço, entre em contatocom o Serviço ao Consumidor. Ligação Gratuita: 00800 29502950. Teleone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preço da assinatura para umano: € 3,75 para Portugal, € 3,00 para Açores e CVE 83,5 paraCabo Verde.

Para assinaturas e preços ora dos Estados Unidos e doCanadá, acesse o site store.LDS.org ou entre em contatocom o Centro de Distribuição local ou o líder da ala oudo ramo. Envie manuscritos e perguntas online paraliahona.LDS.org; pelo correio, para: Liahona, Room 2420,

50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA;ou por e-mail, para: [email protected].

 A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca “bússola”ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama,búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, chinês (simplifcado),coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fjiano, fnlandês, rancês, grego, holandês, húngaro, indonésio,inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe,marshallês, mongol, norueguês, polonês, português, quiribati,romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano,tcheco, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidadevaria de um idioma para outro.)

© 2012 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso nos Estados Unidos da América.

O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,

50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail:[email protected].

For Readers in the United States and Canada:July 2012 Vol. 65 No. 7. LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese(ISSN 1044-3347) is published monthly by The Church o JesusChrist o Latter-day Saints, 50 E. North Temple St., Salt Lake City,UT 84150. USA subscription price is $10.00 per year; Canada,$12.00 plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at SaltLake City, Utah. Sixty days’ notice required or change o address.Include address label rom a recent issue; old and new addressesmust be included. Send USA and Canadian subscriptions to SaltLake Distribution Center at address below. Subscription help line:1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, AmericanExpress) may be taken by phone. (Canada Poste Inormation:Publication Agreement #40017431)

POSTMASTER: Send address changes to Salt Lake DistributionCenter, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

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4 A L i a h o n a

Em muitos calendários do mundo, o mês de julhoassinala o meio do ano. Embora o começo e o naldas coisas sejam celebrados e lembrados, o meio

delas geralmente passa despercebido.O começo é a época de tomar decisões, criar planos,

extravasar energia. O m é o momento de desacelerar epode envolver sentimentos de conclusão ou perda. Mascom a devida perspectiva, o ato de considerar-nosno meio 

das coisas pode ajudar-nos a não apenas compreender a vida um pouco melhor, mas também a vivê-la de modomais signicativo.

O Meio do Trabalho Missionário

 Ao dirigir-me a nossos jovens missionários, costumodizer que eles estão no meio de sua missão. Quer tenhamacabado de chegar na véspera, quer estejam prestes apartir para casa no dia seguinte, peço-lhes que sempreimaginem estar no meio.

Os missionários novos podem sentir que são dema-siado inexperientes para serem ecazes, por isso retardamo momento de alar ou agir com conança e destemor.Os missionários mais experientes que estão próximosde terminar a missão podem sentir tristeza por ela estarchegando ao m ou podem desacelerar ao pensar no quearão depois da missão.

Sejam quais orem as circunstâncias ou seja qual or olocal onde estejam servindo, a verdade é que os missio-nários do Senhor estão plantando diariamente inúmeras

sementes de boas-novas. Se eles imaginarem que sempreestão no meio da missão, isso dará coragem e energia aesses representantes éis do Senhor. Isso não se aplica sóaos missionários de tempo integral, mas a todos nós.

Sempre Estamos no Meio

Essa mudança de perspectiva é mais do que um sim-ples truque da mente. Há uma verdade sublime subjacente

à noção de que estamos sempre no meio. Se olharmos nomapa nossa localização, caremos tentados a dizer queestamos no começo. Mas se olharmos mais de perto, ondequer que estejamos é apenas o meio de um lugar maior.

E isso se dá tanto no espaço como no tempo. Pode-mos sentir que estamos no começo ou no m de nossa vida, mas se avaliarmos nossa posição no contexto daeternidade — quando percebemos que nosso espíritoexistiu por um tempo que está além de nossa capacidadede medir e que, graças ao pereito sacriício da Expiaçãode Jesus Cristo, nossa alma existirá por uma eternidadeque está por vir — podemos reconhecer que na verdadeestamos no meio.

Recentemente senti-me inspirado a reazer a lápide dasepultura de meus pais. O tempo não oi piedoso como local da sepultura, e senti que uma nova lápide seriamais condizente com a vida exemplar que eles tiveram. Ao olhar as datas de nascimento e de alecimento nalápide, separadas pelo simples uso do híen, esse pequenosímbolo da duração de uma vida inteira, de repente me

M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

PresidenteDieter F. Uchtdor

Segundo Conselheirona Primeira Presidência

SEMPRE NO

Meio

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J u l h o d e 2 0 1 2

ENSINAR USANDO

ESTA MENSAGEM

Converse com a

amília sobre o ato

de estarmos “sempre

no meio”, mesmo que

estejamos no começo ou

no fm de algo. Incen-

tive-os a dar o melhor

de si em suas atividades

atuais, sem se apegar ao

passado nem aguardar

a atividade ou o projeto

seguinte. Você pode

sugerir que escolham

uma coisa que possam

azer em amília para

aplicar esse conselho e

estabeleçam uma data

em que esperam atingir

sua meta.

encheu a mente e o coração de abundantes

lembranças. Cada uma daquelas preciosaslembranças refetia um momento no meio da vida de meus pais e no meio de minha vida.

Seja qual or nossa idade, seja qual ornossa localização no espaço, quando as coisasacontecem em nossa vida, estamos sempre nomeio. Além do mais, estaremos para sempreno meio.

A Esperança de Estar no Meio

Sim, haverá momentos de início e de mao longo de nossa vida, mas esses são ape-nas marcos ao longo do caminho do grandemeio de nossa vida eterna. Quer estejamosno começo ou no m, quer sejamos jovensou idosos, o Senhor pode usar-nos para Seuspropósitos se simplesmente deixarmos delado todo pensamento que limite nossa capa-cidade de servir e permitirmos que Sua von-tade molde nossa vida.

O salmista disse: “Este é o dia que ez o

Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”(Salmos 118:24). Amuleque nos lembrou que“esta vida é o tempo para os homens prepara-rem-se para encontrar Deus; sim eis que o dia

desta vida é o dia para os homens executaremos seus labores” (Alma 34:32; grio do autor).E o poeta devaneia: “O Para Sempre — écomposto de Agoras”.1

O ato de estarmos sempre no meiosignica que o jogo nunca chega ao m, aesperança nunca é perdida, a derrota nuncaé nal. Porque não importa onde estejamosou quais sejam nossas circunstâncias, umaeternidade de começos e de ns se estendediante de nós.

Sempre estamos no meio. ◼

NOTA1. Emily Dickinson, “Forever — is composed o 

Nows”, The Complete Poems of Emily Dickinson, ed. Thomas H. Johnson, 1960, p. 624.

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No Meio de Sua Preparaçãopara a Missão

OPresidente Uchtdor diz aos missionários que imagi-

nem estar no meio de sua missão. Você pode aplicar

essa ideia a sua preparação para a missão: quer tenha

doze ou dezoito anos, pode preparar-se para servir missão.

Quais são algumas coisas que você pode azer “no

meio” de sua preparação para a missão?

• Sempre ser digno de frequentar o templo.

• Aprender a reconhecer os sussurros do Espírito

Santo escrevendo a inspiração que teve e colocan-

do-a em prática.

• Orar pelos missionários.

• Perguntar aos missionários de sua área o que eles

recomendam que você aça para preparar-se para

servir missão.

• Aprender a administrar ecazmente seu tempo,

incluindo atividades importantes como a prestação

de serviço, o estudo das escrituras e a manutenção

de um diário.

• Ao conversar com um familiar, compartilhe uma

escritura que o inspirou recentemente. Explique o

que você pensa a respeito da escritura.

• Pergunte a seus amigos a respeito da religião deles

e em que eles acreditam. Esteja disposto a compar-

tilhar suas crenças. Convide-os para as reuniões ouatividades da Igreja.

À medida que você reconhecer que está no meio de

sua preparação para a missão, poderá viver de modo a

ser mais digno da confança do Senhor e da companhia

do Espírito.

Todos Podem Fazer Algo Agora

1. O Presidente Uchtdorf ensina que, seja qual for sua

idade, você pode azer algo para ajudar os outros.

Em seu diário ou em uma olha de papel, aça uma

lista de seus dons ou de suas habilidades. Pergunte

a seus pais quais dons eles acham que você tem.

2. Decida como pode usar seus dons para ajudar os

outros nas situações abaixo.

J O V E N S C R I A N Ç A S

3. No fnal de sua lista de dons, escreva uma maneira

pela qual você pode usá-los para ajudar os outros

nesta semana.

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M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

DemonstrarNosso Discipuladopor Meio de Amore Serviço

 Estude este material em espírito de oração e, conorme julgar conveniente, discuta-o com as irmãs que você visita. Use as perguntas para ajudar no ortalecimento das irmãs e para azer com que aSociedade de Socorro seja parte ativa de sua própria vida.

O Que Posso Fazer? 

1. De que maneira estouaumentando minha capacidadede nutrir as pessoas?

2. O que estou azendo para meassegurar de que as irmãs de quemcuido saibam que as amo?

 No decorrer de Sua vida mortal, Jesus Cristo mostrou Seu amor aos

semelhantes ministrando a eles. Eledisse: “Nisto todos conhecerão que sois

meus discípulos, se vos amardes uns aosoutros” (João 13:35). Deu o exemplo edeseja que “[socorramos] os que necessi-tarem de [nosso] socorro” (Mosias 4:16).Ele chama Seus discípulos para trabalha-rem com Ele em Seu ministério, dando-lhes a oportunidade de servir às pessoase de se tornar mais semelhantes a Ele.1

O serviço que prestamos comoproessoras visitantes parece muitocom o ministério de nosso Salvador,

quando demonstramos nosso amorpelas pessoas as quais visitamos,azendo o seguinte:2

• Lembraronomedelaseonomede seus amiliares, procurandoconhecê-los bem.

• Amaressaspessoas,semjulgá-las.• Zelarpelaspessoasefortalecer-

lhes a é, “uma a uma”, como ezo Salvador (3 Né 11:15).

• Desenvolverumaamizadesinceracom elas e visitá-las na casa delase em outros lugares.

• Preocupar-secomcadairmã.Lembraraniversários,formaturas,casamentos, batismos e outrasocasiões signicativas para ela.

• Estenderamãoparaosmembrosnovos e os menos ativos.

• Estenderamãoparaajudarossoli-tários ou os carentes de consolo.

Das Escrituras 

3 Né 11; Morôni 6:4;

Doutrina e Convênios 20:47

NOTAS1. Ver  Filhas em Meu Reino: A História e o

Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011, p. 115.2. Ver  Manual 2: Administração da Igreja,

2010, 3.2.3.3. Filhas em Meu Reino, p. 3.4. Filhas em Meu Reino, p. 7.

Acesse www.reliesociety.LDS.org para mais inormações.

De Nossa História 

“O Novo Testamento incluirelatos de mulheres, identif-

cadas ou não, que exerceram

é em Jesus Cristo. (…) Essas

mulheres se tornaram discípulas

exemplares. (…) Viajaram com

Jesus e Seus doze apóstolos.

Elas doaram parte de seus

recursos para auxiliar em Seu

ministério. Depois de Sua morte

e Ressurreição, [elas] continua-

ram a ser discípulas féis.”3

Paulo escreveu sobre uma

mulher chamada Febe, que

“[servia] na igreja” (Romanos

16:1). Ele pediu às pessoas:

“[Ajudai-a] em qualquer coisa

que de vós necessitar; porque

tem hospedado a muitos”

(Romanos 16:2). “O tipo de

serviço prestado por Febe e

outras grandes mulheres doNovo Testamento continua

hoje, com as irmãs da Socie-

dade de Socorro — líderes,

proessoras visitantes, mães

e outras — que socorrem e

ajudam a muitos.”4

Fé, Família, Auxílio

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8 A L i a h o n a

Durante a Segunda Guerra Mundial, no início de

1944, aconteceu algo envolvendo o sacerdócio

[e] oi relatado por um correspondente que não era

membro da Igreja e trabalhava para um jornal do

Havaí. (. . .) Ele e outros correspondentes estavam nasegunda leva que seguia atrás dos uzileiros navais,

no Atol de Kwajalein. Ao avançarem, viram um jovem

uzileiro boiando com o rosto para baixo, sem dúvida,

gravemente erido. A água rasa ao seu redor estava

 vermelha de sangue. Então, viram outro uzileiro se

movendo na direção do camarada erido. O segundo

uzileiro também estava erido, com o braço esquerdo

pendente sem orças ao seu lado. Ele ergueu a cabeça

do que estava futuando na água para impedir que se

aogasse. Com pânico na voz gritou por socorro. Os

correspondentes olharam novamente para o rapaz queele segurava e gritaram: “Filho, não há nada que possa-

mos azer por esse rapaz”.

“Então”, escreveu o correspondente, “vi algo

que jamais tinha visto antes”. Aquele rapaz, ele pró-

prio muito erido, arrastou-se até a praia levando o

corpo aparentemente inerte de seu companheiro. Ele

“colocou a cabeça do companheiro sobre os joe-

lhos. (. . .) Que cena extraordinária — aqueles dois

rapazes mortalmente eridos — ambos (. . .) puros

e de excelente aparência, mesmo naquela situação

agonizante. O rapaz abaixou a cabeça sobre o outro

e disse: ‘Eu te ordeno, em nome de Jesus Cristo epelo poder do sacerdócio, que permaneças vivo’”.

O correspondente concluiu seu artigo, dizendo:

“Nós três [os dois uzileiros e eu], estamos aqui no

hospital. Os médicos não sabem [como ele conse-

guiu sobreviver], mas eu sei”.

Presidente Thomas S. Monson, “Dispostos e Dignos para Servir”, A Liahona, maio de 2012, pp. 67–68.

Caderno da Conferência de Abril“O que eu, o Senhor, disse está dito; (. . .) seja pela minha própriavoz ou pela voz de meus servos, é o mesmo” (D&C 1:38).

H I S T Ó R I A S D A C O N F E R Ê N C I A

O Poder do Sacerdócio

Para recordar a conerência geral de abril de 2012, você pode usar estas páginas (e os Cadernos

da Conerência que vão ser publicados em edições uturas) para ajudá-lo a estudar e a colocar

em prática os mais recentes ensinamentos dos proetas e apóstolos vivos.

Mais recursos sobre esse assunto: “Sacerdócio”, em Estudo por Tópicos, no site

LDS.org; Julie B. Beck, “Uma Torrente de Bênçãos,” A Liahona, maio de 2006,

pp. 11–13; Princípios do Evangelho (2009), “O Sacerdócio”, pp. 67–71.

Perguntas para Refetir:

•Quebênçãosadvêmaossantosdosúltimosdias

por intermédio do poder do sacerdócio?

•Dequemaneiraseconectamaféeosacerdócio  

— tanto para os portadores do sacerdócio quanto

para os recebedores das bênçãos?

Considere a possibilidade de escrever seus pensamentos

num diário ou discuti-los com outras pessoas.

Para ler, ver ou ouvir os discursos da conerência geral, visite o site conerence.LDS.org.

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J u l h o 2 0 1 2 9

Promessa

Proética“Ao deixarmos esta

conerência, invoco as

bênçãos do céu sobre cada um

de vocês. Peço que ponderem

as verdades que ouviram, e

que elas os ajudem a torna-

rem-se ainda melhores do que

eram quando a conerência

começou”

Presidente Thomas S. Monson,“Ao Encerrarmos Esta Conerência”,

 A Liahona, maio de 2012, p. 116.

Encontrar Paralelos: Família

Alguns tópicos de grande importância oram mencionados por mais de um oradorda conerência geral. Veja o que quatro oradores disseram a respeito das amílias.

 Tente encontrar outros paralelos enquanto estuda os discursos da conerência.

•“Omaridoeamulherdevemcompreenderqueseuprimeirochamado—umchamado

do qual jamais serão desobrigados — é o de ser um para com o outro e para com os

lhos.1—Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos

•“Precisamosfazerascoisasnaordemcorreta!Ocasamentoemprimeirolugaredepois

a amília. Grande parte do mundo se esqueceu dessa ordem natural das coisas, achando

que elas podem mudar ou até ser invertidas.”2—Élder M. Russell Ballard, do Quórum

dos Doze Apóstolos

•“Sabemosqueoestudodasescriturasemfamíliaeanoitefamiliarnemsempresão

pereitos. A despeito dos desaos que enrentarem, não desanimem.”3—ÉlderQuentin L.Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos

•“Paraensinarnossoslhosacompreenderéprecisomaisdoqueapenastransmitir

inormações. Trata-se de ajudar nossos lhos a gravar a doutrina no coração.” 4 

—Cheryl A. Esplin, Segunda Conselheira na presidência geral da Primária

NOTAS1. Boyd K. Packer, “E um Menino Pequeno Os Guiará,” A Liahona, maio de 2012, p. 8.2. M. Russell Ballard, “Para Encontrar A Que Se Perdeu,” A Liahona, maio de 2012, p. 100.3. Quentin L. Cook, “Em Sintonia com a Música da Fé”, A Liahona, maio de 2012, p. 44.4. Cheryl A. Esplin, “Ensinar Nossos Filhos a Compreender”, A Liahona, maio de 2012, p. 10.

C A N T I N H O D O E S T U D O

INSTANTÂNEOS DA IGREJA

Número de Membros (até 2011) 14.441.346

Estacas e Distritos 3.554

Alas e Ramos 28.784

Missões 340

Missionários de Tempo Integral 55.410

Missionários de Serviço da Igreja 22.299

Conversos batizados 281.312

Templos em Funcionamento 136

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10 A L i a h o n a

Lanise Heaton

No dia em que nosso lho mais velho morreu em um acidente,a perda abriu uma erida pro-

unda em minha alma. No entanto, eu

sabia que podia contar com o poder daExpiação do Salvador para ajudar-me acarregar o pesado ardo de sorimentoe dor. Meu marido e eu pedimos a nos-sos mestres amiliares que dessem umabênção a cada um de nós. Sabíamos quereceberíamos orças que estavam alémde nossa própria. Nosso Salvador pro-meteu que não nos deixaria desampara-dos (ver João 14:18). Apeguei-me comorça àquela promessa e testico queEle assim o ez.

Isaías ensinou que o Salvador era“homem de dores, e experimentado nostrabalhos” (Isaías 53:3). Se alguém podiasocorrer-nos, eu sabia que Ele podia, demodo bem pessoal. Mas também sabiaque se Ele eliminasse subitamente nossa

dor, não haveria crescimento, não surgi-ria um novo entendimento.

 Apesar da dor, senti um constante riode paz que fuía do Salvador passando

 junto a mim (ver 1 Né 20:18). Naque-les momentos, dias ou até semanasparticularmente diíceis, Sua paz desezminha tristeza. Para isso, bastou apenaseu pedir. O Pai Celestial não quer quepercorramos a mortalidade sozinhos.

 Ao refetir a respeito do acidente quetirou a vida de meu lho, um relato do Velho Testamento me vem à mente.

“Eis que o nosso Deus, a quem nósservimos, é que nos pode livrar; ele noslivrará da ornalha de ogo ardente, e datua mão, ó rei.

 E, se não, ca sabendo ó rei, que nãoserviremos a teus deuses” (Daniel 3:17–18; grio da autora).

 A parte importante é o “E, se não”.Precisamos ter é, não importa o que

E, SE NÃO

“[Os éis] não estarão total-mente imunes aos eventosque transcorrerão nestemundo. Por conseguinte,a atitude corajosa de Sadra-

que, Mesaque e Abednegodiante do perigo é dignade ser imitada. Eles sabiamque Deus poderia salvá-los. ‘E, se não’ [os livrasse], juraram eles, mesmo assimserviriam a Deus (ver Daniel3:16–18).”

Élder Neal A. Maxwell (1926–2004),do Quórum dos Doze Apóstolos,Envoltos “Nos Braços de [Seu]Amor”, A Liahona, novembro de

2002, p. 16.

 Apesar de minha dor, segui em rente com a cabeça erguidae com é e esperança no Pai Celestial e em Jesus Cristo.

F A L A M O S D E C R I S T O

UM RIO DE

Paz

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J u l h o d e 2 0 1 2 11

COMO LIDAR COM A DOR?

O Élder Joseph B. Wirthlin (1917–2008), do Quórum dos

Doze Apóstolos, abordou essa questão em um discurso

proerido na conerência geral de outubro de 2006:

“Creio que aquela sexta-eira [em que o Salvador oi

crucicado] oi o dia mais sombrio de todos, desde o

princípio da história do mundo.

Mas a trágica situação daquele dia não durou muito

tempo.

O desespero não se prolongou porque no domingo,

o Senhor ressuscitado rompeu as cadeias da morte.

Ergueu-Se do sepulcro e apareceu gloriosamente triun-

ante como o Salvador de toda a humanidade.

Então, num instante, os olhos que estavam cheios de

copiosas lágrimas caram enxutos. Os lábios que tinham

sussurrado orações de afição e dor encheram o ar de

maravilhoso louvor, porque Jesus Cristo, o Filho do Deus

vivo, estava diante deles como as primícias da Ressurrei-

ção, a prova de que a morte era apenas o início de uma

nova e maravilhosa existência. (…)Graças à vida e ao sacriício eterno do Salvador do

mundo, seremos reunidos a nossos entes queridos.”

“O Domingo Virá”, A Liahona, novembro de 2006, p. 28.

aconteça. O Pai Celestial poderia terenviado anjos para livrar meu lhodo perigo, mas não o ez. Ele sabe oque é necessário para santicar-nos

de modo que possamos nos prepararpara regressar à presença Dele. Tudocará bem no nal. Mas isso não sig-nica que jamais voltaremos a chorarou sentir pesar. Nosso pesar é ruto denosso amor, mas nosso coração nãoprecisa car afito.

 A maior dádiva que podemos dar aosque estão de cada lado do véu é pros-seguir com a cabeça erguida, com é eesperança no Pai Celestial e em JesusCristo, mesmo que cada passo dado sejacom lágrimas correndo pelo rosto. Por-que nos oi prometido que “a sepulturanão tem vitória e o aguilhão da morteé deseito em Cristo” (Mosias 16:8). Umdia, “enxugará o Senhor Deus as lágri-mas de todos os rostos” (Isaías 25:8). ◼

Em uma noite amiliar, converse a respeito da morte, da Ressurreiçãoe do plano de salvação. Ver, por exemplo, 2 Né 9 e Alma 11–12.

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12 A L i a h o n a

Em uma designação da Igrejaem Cuzco, Peru, minhamulher e eu assistimos a

uma aula conjunta da Sociedade deSocorro e do Sacerdócio de Melqui-sedeque. O proessor daquele diaera o proessor da classe de adultosde Doutrina do Evangelho. Devido

a problemas de horário das duas pri-meiras reuniões, somente restavam vinte minutos para ele ensinar o quetinha preparado.

Ele começou pedindo que todosos membros que se tinham liado àIgreja nos últimos dois anos cassemde pé. Cinco membros se levanta-ram. Ele escreveu o número cincono quadro e disse: “Irmãos, é mara- vilhoso termos conosco esses cincomembros que se liaram recente-mente à Igreja. O único problema éque nestes últimos dois anos batiza-mos dezesseis novos conversosnesta ala”.

Ele então escreveu o númerodezesseis ao lado do número cincoe com toda ranqueza perguntou:“Então, irmãos, o que vamos azer?”

Uma irmã ergueu a mão e disse:“Temos que procurá-los e trazê-los de volta”.

O proessor concordou e escreveua palavra resgate no quadro. “Temosonze membros para trazer de volta”,respondeu ele.

Em seguida, leu uma citação do

Presidente Thomas S. Monson sobrea importância do resgate. Tambémleu um trecho do Novo Testamentosobre como o Salvador oi atrás daovelhaperdida(verLucas15:6).Depois, perguntou: “Como vamostrazê-los de volta?”

 Várias pessoas ergueram a mão,e ele chamou um membro por vez.Os integrantes da classe tinhamsugestões sobre como eles, comoamília da ala ou como indivíduos,poderiam trabalhar juntos paraajudar os recém-conversos a voltarpara a Igreja. Então, o proessorperguntou: “Se vocês estivessemcaminhando pela rua e vissem umhomem que reconhecessem comoum desses recém-conversos dooutro lado da rua, o que ariam?”

A LIÇÃO

Russell T. OsguthorpePresidente Geral

da Escola Dominical

S E R V I R N A I G R E J A

Um membro disse: “Eu ia atravessara rua e cumprimentá-lo. Diriao quanto precisamos que ele voltee como estamos ansiosos para quese una a nós novamente”.

Outras pessoas da classe concorda-ram e deram outras sugestões espe-cícas sobre como ajudar aqueles

membros. Houve entusiasmo na sala,uma determinação de azer o queosse necessário para ajudar aquelesmembros recém-batizados a encon-trar o caminho de volta para a plenaatividade.

Minha mulher e eu saímos daquelaaula com renovado desejo de azer-mos algo para ajudar alguém a voltarà atividade na Igreja. Creio que todosda classe saíram dali com esse sen-timento. Depois do que aconteceunaquele dia, perguntei-me: O que tor-nou aquela breve lição tão ecaz? Porque todos saíram da aula sentindo-semotivados a viver mais plenamente oevangelho?

Enquanto refetia sobre essas duasperguntas, identiquei quatro princí-pios que tornaram aquela aula uma

Quando reconhecemos o magnífco potencial de cada aluno, começamos a ver como Deus vê.

ESTÁ DENTRO DO ALUNO

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J u l h o d e 2 0 1 2 13

experiência pessoal e ecaz de apren-dizado e ensino:

1. A conversão é a meta.2. O amor é o motivo.3. A doutrina é o ponto-chave.4. O Espírito é o proessor.

A Conversão É a Meta

Em vez de procurar “‘despejarinormações’ na mente dos alunos”,como o Presidente Monson adver-tiu-nos a não azer, aquele proessorprocurou “inspirar a pessoa a pon-

derar, sentir e depois azer algo em

relação ao cumprimento de princípios 

do evangelho”.1

Em resumo, a meta daquele proes-sor era ajudar os alunos a azer algoque talvez não zessem se não tives-sem assistido àquela aula. E esse azer   visava ajudar cada pessoa a tornar-se  um verdadeiro discípulo do Salvador.

 A meta desse tipo de ensino éa conversão. A palavra conversão 

signica simplesmente voltar-separa uma nova direção, adotaruma nova conduta. A conversão —tornar-se um verdadeiro discípulo— não é um evento único, masum processo para toda a vida.2 Naquela aula o azer por parte dosalunos visava ajudar não apenas ospróprios alunos, mas também osrecém-conversos que eles procura-riam ativar. Toda vez que vivemosmais plenamente um princípio doevangelho, outros são abençoadosdireta ou indiretamente. Por essemotivo, o aprendizado e o ensinodo evangelho são especiais. Em vez de levar apenas à aquisiçãode conhecimento, o aprendizadono evangelho conduz à conversãopessoal.

Oamor ajuda-nos, como

professores, aensinar como oSalvador ensinariase estivesse emnossa sala de aula.

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14 A L i a h o n a

S E R V I R N A I G R E J A

O Amor É o Motivo

 Ao participar daquela aula no Peru,pude sentir o amor que o proessortinha pelos presentes e também pelosrecém-conversos que ele convidouos alunos a ativarem. O amor pareciapermear a sala — o amor do pro-essor pelos alunos, dos alunos peloproessor, de um aluno pelo outro,e dos alunos pelos recém-conversos.

O amor ajuda-nos, como proes-sores, a ensinar como o Salvador

ensinaria se estivesse em nossa salade aula. De ato: “O amor induz-nosa preparar-nos e a ensinar de mododierente”.3

Quando a motivação do proessoré cobrir o material da lição, ele seconcentra no conteúdo e não nasnecessidades individuais de cadaaluno. O proessor peruano não mepareceu sentir necessidade de cobrir  coisa alguma. Ele simplesmente

queria inspirar os alunos a estendera mão para seus irmãos, com amor.O amor pelo Senhor e o amor mútuoconstituíam a orça motivadora. Oamor era a motivação. Quando oamor é nossa motivação, o Senhor vaiortalecer-nos para que cumpramosSeus propósitos de ajudar Seus lhos.Ele vai inspirar-nos com o que nósproessores precisamos dizer e como devemos dizê-lo.

A Doutrina É o Ponto-Chave

 Aquele proessor não cou lendoo manual de aulas ao ensinar. Estouconvencido de que usou o manualou discursos da conerência para sepreparar para a aula, mas quandoensinou, ele o ez a partir dasescrituras. Ele contou a história da

ovelha perdida e recitou o seguinte

 versículo: “Quando te converteres,conrmateusirmãos”(Lucas22:32).Compartilhou o convite que o Presi-dente Monson ez a todos os mem-bros da Igreja para que resgatassemos que perderam o rumo. As doutri-nas centrais de sua lição eram a é ea caridade. Os alunos precisavam teré suciente para agir e precisavamagir por amor.

Quando as doutrinas do evange-lho restaurado de Jesus Cristo sãoensinadas com clareza e convicção,o Senhor ortalece tanto o alunocomo o proessor. Quanto mais osalunos oereciam sugestões sobrecomo ajudar seus irmãos menos ati- vos, mais perto todos se sentiam doSalvador, que constantemente ajudouas pessoas durante Seu ministério

terreno. A doutrina é o ponto-chave

do aprendizado e ensino do evan-gelho. Ela abre o coração. Abre amente. Abre o caminho para que oEspírito de Deus inspire e ediquetodos os presentes.

O Espírito É o Proessor

Os bons proessores do evangelhoreconhecem que na verdade nãosão eles que ensinam. O evangelhoé ensinado e aprendido por intermé-

dio do Espírito. Sem o Espírito,o ensino das verdades do evangelhonão pode conduzir ao aprendizado(ver D&C 42:14). Quanto mais o pro-essor az convites inspirados paraagir, mais o Espírito estará presentedurante a aula. O proessor peruanoez um convite inspirado. Então, àmedida que os alunos responderamcom sugestões, todos sentiram maisorte o Espírito.

O proessor não procurava cobrir  o material da lição. Em vez disso,procurava descobrir a lição que jáestava dentro do aluno. Ao convidaros alunos pelo poder do Espírito, oproessor os ajudou a descobrir seupróprio desejo de agir: de ajudar seusirmãos, com amor. À medida que osalunos compartilharam suas ideias,inspiraram uns aos outros porquerecorriam juntos ao Espírito.

Quando procuramos viver o evan-gelho ajudando as pessoas a nossoredor, o Senhor nos inspira a azero que devemos azer. Assim, se nós,como proessores, quisermos queo Espírito esteja mais presente emnossa sala de aula, simplesmenteprecisamos convidar os alunos a vivermais plenamente um princípio do

Oaprendizado

e o ensinodo evangelho nãose referem aodomínio de fatos,mas ao domíniodo discipulado.

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evangelho. Quando nos comprome-temos a viver mais plenamente um

princípio do evangelho, achegamo-nos mais a Deus, e Ele Se achega anós (ver D&C 88:63).

O Potencial de Cada Aluno

Não aprendemos e ensinamos oevangelho pelo único propósito deadquirir conhecimento. Aprendemose ensinamos o evangelho para alcan-çar a exaltação. O aprendizado e oensino do evangelho não se reeremao domínio de atos, mas ao domí-nio do discipulado. Quer estejamosensinando nossos próprios lhos emcasa ou dando aula para membros daala ou do ramo na sala de aula, preci-samos lembrar que a lição que ensi-namos já está dentro do aluno. Nossopapel como pais ou proessores éajudar os alunos a descobrir a lição

que está dentro de sua própria mentee coração.

Quando reconhecemos o magní-co potencial de cada aluno, come-çamos a ver como Deus vê. Então,podemos dizer o que Ele deseja quedigamos e azer o que Ele quer queaçamos. Ao trilharmos esse caminhode aprendizado e ensino, a conversãoé nossa meta, o amor é nosso motivo,a doutrina é o ponto-chave e o Espí-rito é o proessor. Se aprendermos eensinarmos desse modo, o Senhor vai abençoar tanto o aluno quanto oproessor para que “todos sejam edi-cados por todos” (D&C 88:122). ◼

NOTAS1. Thomas S. Monson, Conerence Report,

outubro de 1970, p. 107.2. Ver Dallin H. Oaks, “O Desao de

 Tornar-se”, A Liahona, janeiro de 2001,pp. 40–43.

3. Ensino, Não Há Maior Chamado,1999, p. 32.

Se quiser-mos que o

Espírito estejamais presenteem nossa salade aula, simples-

mente precisa-mos convidaros alunos a vivermais plenamenteum princípio doevangelho.

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J u l h o d e 2 0 1 2 17

 

Legado

Élder L. Tom PerryDo Quórum dosDoze Apóstolos

Sempre vibrei com as histórias dos pio-neiros. Minha avó morava na casa ao

lado quando eu era menino. Aos oitoanos de idade, ela havia percorrido a pé amaior parte do caminho através das planícies.Lembrava-sedetantashistóriasdepioneirosaponto de manter-me ascinado por horas, aosentar-me para ouvi-la alar.

O Presidente Brigham Young (1801–1877)sempre oi um de meus heróis especiais. Suasrespostas para os problemas eram básicase undamentais e beneciavam as pessoas.Maravilho-me com seu espírito e entusiasmoao liderar os santos para o Oeste.

Quando o custo do transporte dos recém-conversos da Europa para Utah se tornouclaramente proibitivo, oi sugerido ao Pre-sidente Young que se usassem carrinhos demão para cruzar as planícies. O Presidente Young percebeu imediatamente a vantagem,

não apenas em relação aos custos menores,mas também no tocante ao beneício ísico

que seria para as pessoas caminharem atéaliechegaremaoValedoLagoSalgadoempleno vigor e vitalidade, depois daquelaexperiência. Ele disse:

“Estamos conantes de que esse tipo decaravana viajará mais rapidamente do quequalquer comboio de parelhas de bois que sepossa compor. Eles devem levar consigo algu-mas boas vacas para ornecer leite e algunsbois para transporte ou abate, conorme asnecessidades. Desse modo, as despesas, orisco, as perdas e a conusão das companhiasserão aliviados, e os santos se livrarão maisecazmente das cenas de angústia, afição emorte que tantas vezes zeram descer ao pómuitos de nossos irmãos.

Propomos enviar homens de é e experiên-cia, com as devidas instruções, para alguns

 A é exercida pelos pioneiros é tão necessáriano mundo atual quanto em qualquer época.

AFORÇA

DE

   P   I   O   N   E   I   R   O   S   D   E   C   A   R   R   I   N   H   O   S   D   E   M    Ã   O ,

   D   E   M

   I   N   E   R   V   A   T   E   I   C   H   E   R   T   ©   I   R   I ,   C   O   R   T   E   S   I   A   D   O   M   U   S   E   U   D   E   H   I   S   T    Ó   R   I   A   D   A   I   G

   R   E   J   A

Nosso

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18 A L i a h o n a

locais adequados para a aquisição de equi-pamentos, a m de colocarem em prática assugestões citadas. Portanto, que os santos que

desejarem imigrar no ano vindouro saibamque terão de caminhar e de puxar sua baga-gem através das planícies e que não serãoauxiliados de nenhuma outra orma peloundo [perpétuo de emigração]”.1

Entre 1856 e 1860, alguns milhares desantos completaram com sucesso a jor-nada de mais de dois mil quilômetros com

para que ossem resgatar os santos afitos quecaram retidos na neve. E oi exatamente oque aconteceu.

 As primeiras equipes de socorro puse-ram-se a caminho já na segunda-eiraseguinte. A descrição da alegria da companhia Willie ao receber aquela primeira equipe deresgate az as emoções aforarem. O capitão Willie havia deixado seu pequeno grupo epartido com um único companheiro em buscada equipe de resgate.

 A história registra: “Na noite doterceiro dia após a partida do capitão Willie, assim que o sol se pôs magni-

camente por trás das distantes coli-nas, avistaram-se, em uma elevaçãolocalizada imediatamente a oeste denosso acampamento, vários carroçõescobertos, cada qual puxado por quatrocavalos, que vinham em nossa dire-ção. A notícia espalhou-se pelo acam-pamento como ogo morro acima, etodos os que conseguiam erguer-se doleito se reuniram para vê-los. Poucosminutos depois, eles estavam su-

cientemente perto para ver que nossoel capitão estava pouco à rente docomboio. Gritos de alegria encheramo ar; homens ortes choraram até queas lágrimas rolassem copiosamente porseu rosto barbado e queimado de sol,

e as criancinhas compartilharam da alegria,que algumas mal compreendiam, e puse-ram-se a dançar com regozijo. Houve júbiloirrestrito entre todos, de modo que quando osirmãos entraram no acampamento, as irmãscaíram sobre eles e os encheram de beijos.Os irmãos caram tão emocionados que,por algum tempo, não conseguiram proerirpalavra, mas reprimiram em suocado silênciotoda demonstração de (…) emoções. (…) Embreve, porém, os sentimentos se abrandaramum pouco, e nunca se viram tantos apertosde mão, tantas palavras de boas-vindas e tan-tasinvocaçõesdasbênçãosdeDeus!” 2

carrinhos de mão. O sucesso dessas viagensoi maculado por apenas duas jornadas atí-dicas, as companhias de carrinhos de mão Willie e Martin, que partiram bem no m doano e não conseguiram evitar as nevascasprematuras de inverno. Novamente, observema genialidade do Presidente Young. Na cone-rência geral de outubro de 1856, ele dedicoutoda a conerência à organização do trabalhode resgate para auxiliar os santos afitos. Ins-truiu os irmãos a não esperarem uma semanaou um mês para se colocarem a caminho.Ele queria que várias quadrigas de cavalosestivessem prontas na segunda-eira seguinte,

 A é exercida

 pelos pioneiros 

é tão necessária

no mundo atual quanto em qual-

quer época.

 Precisamos 

conhecer esse 

legado. Precisa-

mos ensiná-lo,

 precisamos ter orgulho dele 

e precisamos 

 preservá-lo.

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J u l h o d e 2 0 1 2 19

Edicar Famílias Fortes

 A partir daqueles robustos pioneiros sedesenvolveram tradições e um legado que

edicaram amílias ortes, que em muito con-tribuíram para o oeste dos Estados Unidos epara o restante do mundo.

Há alguns anos, ui convidado para um jantarpatrocinado por uma empresa comercial queanunciava a inauguração de quatro lojas na áreadeSaltLakeCity.Comojálideicomvendas,perguntei ao presidente, que se sentou à mesacomigo, como oi que ele tivera a coragem deabrir quatro lojas ao mesmo tempo em umaregião totalmente nova do mercado. Sua res-

posta oi exatamente o que eu esperava. Eledisse que sua empresa havia eito um estudodemográco de todas as principais áreas metro-politanas dos Estados Unidos. A empresa estavainteressada em descobrir quais daquelas áreasoereciam o maior potencial para uma loja dedepartamentos que atraísse amílias jovens. AáreadeSaltLake,odestinodaquelesantigospioneiros, cou em primeiro lugar no país.

 A empresa também descobriu, comoresultado de seu estudo, que a mão de obra

daáreadeSaltLakeerareconhecidamentehonesta e trabalhadora. Como podem ver, olegado pioneiro ainda é evidente nesta região,até na terceira e quarta gerações.

Contudo, quei chocado com um dadoestatístico que chegou a meu conhecimentorecentemente. O estudo declarava que apenas7 por cento das crianças criadas nos EstadosUnidos provinham de lares tradicionais, or-mados por um pai que trabalha, uma mãe queca em casa, com um ou mais lhos.3 Vemostodos os dias os eeitos dessa dissolução dolar tradicional. Há um aumento alarmante donúmero de esposas espancadas, de lhos quesorem abuso ísico ou sexual, do vandalismonas escolas, do índice de criminalidade entreadolescentes, de adolescentes solteiras queengravidam e de pessoas idosas que envelhe-cem sem o consolo de amiliares próximos.

Os proetas nos advertiram que o lar é o

lugar para salvar a sociedade.4 É claro que umbom lar não surge automaticamente quandoum rapaz e uma moça se apaixonam e se

casam. São necessárias as mesmas virtudesque oram ensinadas nos lares pioneiros — é,coragem, disciplina e dedicação — para tornarum casamento bem-sucedido. Assim como ospioneiros zeram o deserto forescer comoa rosa, nossa vida e nossa amília tambémforescerão se seguirmos o exemplo deles. Aé exercida pelos pioneiros é tão necessáriano mundo atual quanto em qualquer época.Novamente, precisamos conhecer esse legado.Precisamos ensiná-lo, precisamos ter orgulho

dele e precisamos preservá-lo.Quão abençoados somos. Que grandes

responsabilidades temos por causa de nossoconhecimento e compreensão. Dizem que Arnold Palmer, amoso jogador americano degole, disse o seguinte: “Vencer não é tudo,mas querer vencer é”. Que excelente declara-ção: “Querer vencer é”.

Deus nos concede o desejo de querer con-quistar a maior de todas as dádivas que Eleoerece a Seus lhos: o dom da vida eterna.

Que Deus nos abençoe para que compreenda-mos nosso potencial, que aprendamos, aumen-temos e desenvolvamos uma compreensãode nosso legado e decidamos preservar essasgrandiosas dádivas que nos oram dadas comolhos Seus. Presto meu solene testemunho deque Deus vive, que Jesus é o Cristo e que Seucaminho nos conduzirá à vida eterna. ◼

 Extraído de um discurso proerido em serão realizado em 3 de 

agosto de 1980 na Universidade Brigham Young. Para acessar 

o texto na íntegra, em inglês, visite o site speeches.byu.edu.

NOTAS1. Brigham Young, B. H. Roberts, A Comprehensive 

 History of the Church, volume 4, p. 85.2. John Chislett, A Comprehensive History of the Church,

 volume 4, pp. 93–94.3. Ver Population Reerence Bureau, www.prb.org/

 Articles/2003/TraditionalFamiliesAccountorOnly7PercentoUSHouseholds.aspx. Em 1980, ocasião emque esse discurso oi proerido, a estatística era de13 por cento.

4. Ver, por exemplo, Thomas S. Monson, “Lares Celes-tiais—Famílias Eternas”, A Liahona, junho de 2006,pp. 66–71; Spencer W. Kimball, “Home: The Place toSave Society”, Ensign, janeiro de 1975, pp. 3–10.

São necessárias as 

mesmas virtudes 

que oram ensi-

nadas nos lares 

 pioneiros — é,

coragem, disci-

 plina e dedicação

— para tornar 

um casamento

bem-sucedido.

 Assim como os 

 pioneiros fze-

ram o deserto

 orescer como a

rosa, nossa vida

e nossa amília

também oresce-

rão se seguirmos 

o exemplo deles.

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20 A L i a h o n a

 

“Como membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias”, explica o Presidente Thomas S.Monson, “devemos respeitar convênios [sagra-

dos], e a delidade a eles é um requisito para a elicidade.Rero-me, como exemplos, aos convênios do batismo, dosacerdócio e do casamento”.1

Na Igreja, uma ordenança é um ato sagrado e ormalrealizado pela autoridade do sacerdócio. Algumas orde-nanças são essenciais para nossa exaltação. Como partedessas “ordenanças de salvação”, azemos convêniossagrados com Deus.2

Um convênio é uma promessa entre duas partes, cujascondições são estabelecidas por Deus.3 Quando azemosum convênio com Deus, prometemos cumprir essas condi-ções. Em troca, Ele nos promete certas bênçãos.

Quando recebemos essas ordenanças de salvação eguardamos os convênios a elas associados, a Expiaçãode Jesus Cristo se torna ecaz em nossa vida, e podemos

receber a maior bênção que Deus pode nos conceder: a vida eterna (ver D&C 14:7).

Como o cumprimento de nossos convênios é essencialpara nossa elicidade nesta vida e para, no nal, rece-bermos a vida eterna, é importante que compreendamoso que prometemos a nosso Pai Celestial. Segue-se umabreve visão geral dos convênios associados às ordenançasde salvação e sugestões de onde é possível aprender maisa esse respeito.

Batismo e Conrmação

O batismo por imersão na água, realizado por alguémque tenha autoridade, é a primeira ordenança de salvaçãodo evangelho e é necessária para que a pessoa se tornemembro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Uma companheira inseparável do batismo é a orde-nança da conrmação: a imposição de mãos para o domdo Espírito Santo.

COMPREENDER NOSSOS

DeusVISÃO GERAL

DE NOSSASPROMESSAS MAIS

IMPORTANTES

Convênios COM

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J u l h o d e 2 0 1 2 21

 

Quando somos batizados, azemos o con- vênio de tomar sobre nós o nome de JesusCristo, sempre nos lembrar Dele e guardarSeus mandamentos. Também prometemos

“servi-lo até o m” (D&C 20:37; ver tambémMosias 18:8–10).

Em troca, o Pai Celestial promete que,se nos arrependermos de nossos pecados,podemos ser perdoados (ver Alma 7:14) e“ter sempre [conosco] o seu Espírito” (D&C20:77), uma promessa que se torna possí- vel, em parte, pelo recebimento do dom doEspírito Santo.

 As ordenanças do batismo e da conrma-ção são a porta pela qual todos os que bus-

cam a vida eterna precisam entrar (ver João3:3–5). O cumprimento de nossos convêniosbatismais conduz-nos aos convênios atrela-dos a todas as outras ordenanças de salvaçãono caminho para a vida eterna, e é uma parteimportante da realização desses convênios(ver 2 Né 31:17–21).APRENDA MAIS SOBRE O BATISMOVer Robert D. Hales, “O Convênio do Batismo: Estar 

no Reino e Ser do Reino”, ALiahona, janeiro de 2001, p. 6.

O Sacramento

 Aqueles que recebem as ordenanças desalvação do batismo e da conrmação tomamo sacramento todas as semanas para renovaresses convênios. Ao partilhar do pão e daágua, lembramos o sacriício que o Salvadorez por nós. Além disso, refetimos sobre osconvênios que zemos de tomar sobre nós onome de Jesus Cristo, de sempre nos lembrar

Dele e de guardar Seus mandamentos. Porsua vez, Deus nos az a promessa de queSeu Espírito estará sempre conosco (verD&C 20:77, 79).

 A ordenança do sacramento é umaoportunidade semanal de renovar convê-nios sagrados que nos permitem partilharda graça expiatória do Salvador, com omesmo eeito espiritualmente puricadordo batismo e da conrmação.

Os líderes da Igreja também ensinaramque, quando tomamos o sacramento, reno- vamos não apenas nossos convênios batis-mais, mas “todos os convênios que zemoscom o Senhor”.4

APRENDA MAIS SOBRE O SACRAMENTO Dallin H. Oaks, “A Reunião Sacramental e o

Sacramento”, ALiahona,novembro de 2008, p. 17.

O Juramento e Convênio do Sacerdócio

O Pai Celestial ez Seu juramento (pro-messa) de conceder certas bênçãos aosque guardarem os convênios associados aorecebimento do sacerdócio.

Quando os homens vivem de modo aser dignos de obter o Sacerdócio Aarônicoe o de Melquisedeque e “[magnicam] seuchamado”, Deus promete que eles serão“santicados pelo Espírito para a renova-ção do corpo”. Tornam-se herdeiros daspromessas eitas a Moisés, Aarão e Abraão(ver D&C 84:33–34).

É preciso que os homens sejam portado-res do Sacerdócio de Melquisedeque parase qualicarem para entrar no templo. Ali,

Um convênio é 

uma promessa

entre duas 

 partes. Deus nos  promete certas 

bênçãos se cum-

 prirmos os termos 

que aceitamos ao

 azer o convênio.

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22 A L i a h o n a

o homem e a mulher podem juntos receber

a plenitude das bênçãos do sacerdócio, nocasamento.

 Ao receberem todas as ordenanças desalvação reerentes ao sacerdócio, todas aspessoas podem receber a promessa de “tudoo que [o] Pai possui” (D&C 84:35–38).

“Bênçãos incríveis fuem desse juramentoe convênio para os homens, as mulheres e ascrianças dignos, do mundo inteiro”, ensinouo Élder Russell M. Nelson, do Quórum dosDoze Apóstolos.5

APRENDA MAIS SOBRE O JURAMENTO ECONVÊNIO DO SACERDÓCIOVer Henry B. Eyring, “A Fé e o Juramento e Convênio

do Sacerdócio”, ALiahona, maio de 2008, p. 61.

A Investidura

 A investidura do templo é uma dádiva queproporciona poder e perspectiva.

Durante a investidura do templo, recebe-mos instruções e azemos convênios relacio-nados a nossa exaltação eterna. Associadas àinvestidura estão as ordenanças de ablução,

de unção e de vestimenta dos garmentsdo templo, como lembrete dos convêniossagrados.6 As ordenanças e os convênios dotemplo são tão sagrados que não devem serdiscutidos detalhadamente ora do templo.Por causa disso, o Presidente Boyd K. Packer,Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos,aconselhou: “É importante que vocês ouçamcuidadosamente quando essas ordenançasorem administradas e que tentem lembrar-sedas bênçãos prometidas e das condiçõessegundo as quais elas serão cumpridas”.7

O Élder Jerey R. Holland, do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou que a chavepara receber poder divino para vencer a opo-sição e azer a Igreja progredir “é o convênioque azemos no templo — nossa promessade obedecer e sacricar, de consagrar-nos aoPai, e Sua promessa de conceder-nos ‘umagrande investidura’”.8

 Você pode aprender mais sobre os princí-

pios subjacentes aos convênios que azemosna investidura estudando o seguinte:

•“Obediência”, Princípios do Evangelho,2009, pp. 209–214.

•M. RussellBallard,“ALeidoSacrifício”,  A Liahona, março de 2002, p. 10.

•Na“lei[do]evangelho”(D&C104:18),  ver Doutrina e Convênios 42.

•“ALeidaCastidade”, Princípios do

 Evangelho, 2009, pp. 233–241.•D. ToddChristofferson,“Reexõessobre

uma Vida Consagrada”, A Liahona,novembro de 2010, p. 16.

APRENDA MAIS SOBRE A INVESTIDURAVer Preparação para Entrar no Templo Sagrado ,2002, pp. 28–35; David A. Bednar, “Ter Honrosa-mente um Nome e uma Posição”, ALiahona, maio

de 2009, p. 97.

O Selamento

 A ordenança do templo chamada de “casa-mento no templo” ou “selamento” cria um

relacionamento eterno entre marido e mulherque pode durar além da morte, se os cônju-ges orem éis. O relacionamento entre paise lhos também pode ser perpetuado alémda mortalidade, ligando gerações em relacio-namentos amiliares eternos.

Quando uma pessoa assume o convêniodo casamento no templo, az convênios comDeus e com o cônjuge. Os cônjuges prome-tem ser éis um ao outro e a Deus. Recebema promessa da exaltação e de que seu rela-cionamento amiliar pode perdurar por todaa eternidade (ver D&C 132:19–20). Os lhosnascidos de um casal que oi selado no tem-plo ou os lhos que orem posteriormenteselados aos pais herdam o direito de azerparte de uma amília eterna.

Como em outras ordenanças, a delidadeindividual a nossos convênios é necessáriapara que a ordenança terrena seja selada, ou

RESPONDER A PERGUNTAS

Você ou alguém de seucírculo de amizades

pode se perguntar: “Por

que os templos não são

abertos ao público?” Os

templos da Igreja não

são usados para nossa

adoração semanal aos

domingos, onde todos são

bem-vindos. No templo

são realizadas ordenanças

sagradas, por isso os tem-plos só estão abertos para

membros batizados que

se qualifcam para receber

essas ordenanças.

Depois que um novo

templo é construído, as

pessoas podem conhecê-lo

no período da visitação

pública. Depois que o tem-

plo é dedicado ao Senhor,

o público pode visitar os

 jardins, mas o templo só

está aberto para os que

possuem uma recomenda-

ção para o templo válida.

Para mais inormações,

ver “Templos” em Pergun-

tas mais Frequentes, no

site Mormon.org.

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J u l h o d e 2 0 1 2 23

 

seja, torne-se válida no céu pelo Santo Espí-rito da Promessa. 9 As pessoas que guardamseus convênios, mesmo que o cônjuge não oaça, não perdem as bênçãos prometidas noselamento.APRENDA MAIS SOBRE O SELAMENTOVer Russell M. Nelson, “Um Elo de Amor Que Une Gerações”, ALiahona, maio de 2010, p. 91.

Fazer e Cumprir Convênios SagradosQuando azemos esses importantes con-

 vênios, tornamo-nos participantes do novo eeterno convênio, “sim, a plenitude do [evan-gelho de Jesus Cristo]” (D&C 66:2). O novo eeterno convênio é “a soma total de todos osconvênios e obrigações do evangelho” queassumimos,10 e as bênçãos resultantes incluemtudo o que o Pai possui, inclusive a vidaeterna.

 Ao nos esorçar para compreender e guar-dar nossos convênios, devemos lembrar que ocumprimento de nossos convênios não é umamera lista de coisas a azer, mas um compro-misso de tornar-nos semelhantes ao Salvador.

“O julgamento nal não é apenas umbalanço do total de atos bons e ruins, ou seja,do que fzemos ”, ensinou o Élder Dallin H.Oaks do Quórum dos Doze Apóstolos. “É a

constatação do eeito nal de nossos atose pensamentos, ou seja, do que nos torna-

mos . Não basta azer tudo mecanicamente.Os mandamentos, as ordenanças e osconvênios do evangelho não são uma listade depósitos que precisamos azer numaconta bancária celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos mostra

como podemos tornar-nos o que nosso PaiCelestial deseja que nos tornemos.”11 ◼NOTAS

1. Thomas S. Monson, “Felicidade — a BuscaUniversal”, A Liahona, março de 1996, p. 5.

2. Manual 2: Administração da Igreja, 2010, 20.1.3. Ver Russell M. Nelson, “Convênios”, A Liahona,

novembro de 2011, p. 86.4. Delbert L. Stapley, Conerence Report, outubro de

1965, p. 14; ver também Teachings of Gordon B. Hinckley , 1997, p. 561; The Teachings of Spencer W. Kimball, comp. Edward L. Kimball, 1982, p. 220.

5. Russell M. Nelson, “Covênios”, A Liahona,novembro de 2011, p. 86.

6. Ver Russell M. Nelson, “Preparar-se para as

Bênçãos do Templo”, A Liahona, outubro de 2010,p. 46.

7. Boyd K. Packer, “Venham ao Templo”, A Liahona,outubro de 2007, p. 16.

8. Jerey R. Holland, “Guardar os Convênios: UmaMensagem para os que Vão Servir Missão”, A Liahona, janeiro de 2012, p. 50.

9. Ver “Espírito Santo”, Sempre Fiéis , 2004, p. 74; ver também D&C 132:7, 18–19, 26.

10. Joseph Fielding Smith, Doutrinas de Salvação,comp. Bruce R. McConkie, 3 vols. (1954–1956),

 volume 1, p. 170.11. Dallin H. Oaks, “O Desao de Tornar-se”,

 A Liahona, janeiro de 2001, p. 40.

O cumprimento

de nossos con-

vênios é um

compromisso

de tornar-nos 

 semelhantes aoSalvador.

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ASSUNTOSPÚBLICOS:

Se os líderes do

 sacerdócio tra-balharem com

os conselhos de assuntos públi-cos da estaca e 

do distrito, todos 

 poderão ajudar a ortalecer suacomunidade — e edifcar o

reino de Deus na Terra.

Conectar a Igreja e a

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J u l h o d e 2 0 1 2 25

 

Philip M. VolmarRevistas da Igreja

Quando Carol Witt Christensen oi chamada paraservir como diretora de assuntos públicos da Estaca Topeka Kansas, sentiu-se “temerosa e incapaz” de

interagir com repórteres e redatores de notícias, em nomedos líderes da estaca.

“A ideia de azer contato com a imprensa era meioaterrorizante”, relembra ela. Embora tivesse se ormado

em Inglês na aculdade, ela conta que “não sabia redigircomunicados para a imprensa”.

 Apesar da insegurança, a irmã Christensen decidiuconar em seu testemunho, em seu conhecimento dacomunidade e na crença de que seu chamado tinha vindode líderes do sacerdócio inspirados. Ela conta que ini-ciou com o treinamento oerecido pelo Departamento de Assuntos Públicos e que começou a “[aprender] seu devere a agir no oício para o qual [ora designada] com todadiligência” (D&C 107:99).

Começou a ler cuidadosamente a seção religiosa do

 jornal local toda semana para determinar o que era con-siderado interessante para ser publicado como notícia.Ligouparaocolunistadaseçãoreligiosaparainformar-sedos prazos para entrega de comunicados antes de enviarseu primeiro comunicado à imprensa.

“Observei os tipos de notícias que eram publicadas ecomecei a prestar atenção especialmente nas atividades,nas pessoas interessantes e nas realizações da Igreja, quepareciam adequadas para publicação como notícia emnosso jornal”, relembra ela.

Com o tempo, a irmã Christensen descobriu que orelacionamento com a mídia é bem mais do que apenascoletar histórias interessantes. Também envolve conhecera mídia e ajudar os repórteres a azer seu trabalho, ajudan-do-os ao mesmo tempo a compreender melhor a Igreja.

Depois de uma série de sucessos, inclusive de umartigo sobre o programa do seminário de sua estaca, queoi publicado no jornal local, ela adquiriu conança esentiu-se “impelida pelo desejo de tirar a Igreja ‘da obs-curidade’” (ver D&C 1:30). Agora, após vários anos, a

Comunidade

   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Ã   O   F   O   T   O   G   R    Á   F   I   C   A  :   D   A   V   I   D   S   T   O   K   E   R

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26 A L i a h o n a

 

uma interação pessoa a pessoa”, relata a irmãDeshler. Por exemplo: um membro de outraigreja e um membro de sua estaca almoçam

 juntos e discutem maneiras pelas quais os doisgrupos podem unir-se para azer algo de bompara a comunidade. A conversa levou à orma-ção de um comitê de seis pessoas — três decada igreja — chamado “Juntos É Melhor”, a mde elaborar ideias para um projeto conjunto.

Essa parceria deu origem a um concertobenecente, em 2010, do qual participaramcoros de várias igrejas. A entrada era umasacola com alimentos que oram doados a umaorganização benecente local. Cerca de 700

pessoas da comunidade prestigiaram o evento,que oi realizado na recém-construída sede daestaca. Foi organizada uma recepção para queos líderes comunitários e religiosos pudessemconversar uns com os outros antes do concerto.

Depois do concerto, quatro outras igrejas,dois vereadores e o chee da polícia quiseramparticipar do comitê “Juntos É Melhor”, quehoje se reúne mensalmente. O concerto oirepetido em 2011, dessa vez em outra igreja,com um total de sete igrejas participantes e

um público de aproximadamente mil pessoasda comunidade.

“O sentimento de boa vontade e união,como seguidores de Jesus Cristo, oi suscitadode modo signicativo entre as igrejas”, declaraa irmã Deshler. Esses sentimentos também seevidenciaram mais tarde, quando o presidentePriday estava em um aeroporto, a quase doismil quilômetros de casa. Uma mulher que elenão conhecia aproximou-se e disse tê-lo reco-nhecido dos concertos benecentes “Juntos ÉMelhor”, dos quais ela havia participado e queconsiderara extraordinários.

Ela lhe disse: “Nunca senti tamanho amorao próximo em nossa comunidade comonaqueles eventos. Obrigada por ter ajudado apatrocinar aqueles concertos. Pertenço a outracongregação, mas temos o mais proundo res-peito e admiração pela Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias”.

irmã Christensen ainda serve como diretorade assuntos públicos de sua estaca e diz que“aquele entusiasmo continua vibrante”.

“Grande parte do que procuramos azernos assuntos públicos”, explica ela, “mostraque amamos e adoramos Jesus Cristo e cre-mos Nele, que azemos amizade e trabalha-mos com nossos irmãos da comunidade e osservimos, e que convidamos calorosamenteas pessoas para conhecer o evangelho restau-rado e a Igreja”.

Os líderes do sacerdócio, no mundo inteiro,guiam e incentivam especialistas e conselhosde assuntos públicos ao trabalharem com as

pessoas de sua área para beneciar a comu-nidade, corrigir conceitos errôneos e mostrarque os membros da Igreja seguem Jesus Cristo.

Embora a princípio a irmã Christensentenha-se concentrado no relacionamento com amídia, há muitas maneiras pelas quais os con-selhos de assuntos públicos da Igreja seguem aorientação inspirada do sacerdócio para ajudara edicar sua comunidade e o reino de Deus.

Relacionamento com a Comunidade

e com o Governo A pouco mais de 100 quilômetros de

 Topeka,naEstacaLenexaKansas,opresi-dente Bruce F. Priday, presidente da estaca, e airmã Carol Deshler, diretora de assuntos públi-cos da estaca, trabalham juntos para desenvol- ver um bom relacionamento com os membrosinfuentes de sua comunidade. Eles queremajudá-los a reconhecer os santos dos últimosdias como “bons vizinhos, uma infuênciapositiva na comunidade e seguidores de JesusCristo”, explica o presidente Priday.

 A irmã Deshler, que trabalha com a presi-dência da estaca e com outros membros doconselho de assuntos públicos da estaca, pro-cura oportunidades de colaborar com gruposde outras religiões e organizações comunitáriaspara melhor servir os moradores da região.

“Quase todo o nosso sucesso ao traba-lhar com os grupos comunitários resultou de

Por dois anos, a Estaca

Lenexa Kansas, nosEstados Unidos, realizouum concerto benefcenteem parceria com outrasigrejas locais. O valor do ingresso — uma sacola com alimentos — oi doado para umaorganização benefcentelocal. Em 2011, o públicooi de aproximadamente1.000 pessoas da comu-nidade, inclusive várioslíderes eclesiásticos e

governamentais.

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J u l h o d e 2 0 1 2 27

 

erros que os especialistas de assuntos públicos podemcometer é o de “começar a planejar atividades sem levarem conta as necessidades da comunidade e sem consultar

os líderes do sacerdócio”.O irmão e a irmã Mehr acreditam que um planejamento

anual que siga a orientação dos líderes do sacerdócio daestaca e da ala é um meio de ajudar a orientar o plane- jamento de eventos desde o princípio. Para elaborar umplano anual desses, a irmã Mehr recomenda que seja eitauma coordenação de eventos por meio de um processo deplanejamento de quatro passos que enoque um resultadoestratégico e que esteja vinculado às necessidades da comu-nidade e aos objetivos dos líderes locais do sacerdócio:

• Quaissãoasmaioresnecessidadesdenossacomunidade?

• Quequestõesexistentesemnossaáreaafetam o progresso da Igreja, positiva ou negativamente?

• Quemsãooslíderescomunitárioscomquem podemos estabelecer uma parceria para abordaras necessidades e resolver as questões?

• Comopodemosiniciaroucultivarumbomrelacio-namento com esses líderes?

O presidente Priday disse: “Essa é a essência dos assun-tos públicos. Ao ampliarmos nosso círculo de amizades eexpandirmos nossa visão, zemos muitos amigos especiais

por toda a comunidade. Temos respeito mútuo pelas cren-ças uns dos outros e um amor genuíno uns pelos outros”.

O empenho de conquistar essa mesma cooperação erespeito dos líderes comunitários mostrou-se ecaz tam-bém na Europa Oriental. Katia Serdyuk, diretora de rela-ções com a mídia do conselho de assuntos públicos daUcrânia, trabalha com os missionários de assuntos públi-cos e os líderes locais do sacerdócio para melhorar o rela-cionamento da Igreja com a comunidade. “Muitas pessoastêm conceitos errôneos e inormações distorcidas sobre aIgreja”, diz a irmã Serdyuk. “À medida que os especialistas

de assuntos públicos trabalham com os líderes do sacer-dócio, procuramos mudar esses conceitos trabalhandocom ormadores de opinião, com a mídia e com o públicoem geral. Um trabalho de assuntos públicos bem-suce-dido gera um ambiente em que pessoas infuentes podemajudar a Igreja a realizar seus propósitos, ao mesmo tempoem que as ajudamos a atingir suas metas também.”

EmZhytomyr,Ucrânia,osmembrosdaIgrejaparticipa-ram de uma recepção promovida pelo preeito da cidade,Olexander Mikolayovich Bochkovskiy, em reconhecimentoao projeto humanitário da Igreja que orneceu equipa-

mentos muito necessários para sete escolas da cidade. Também oi reconhecido o projeto de serviço comunitáriodos membros da Igreja realizado na cidade, no ParqueGagarin, em abril e outubro de 2011. O presidente doRamoZhytomyr,AlexanderDavydov,representouaIgrejae reconheceu a gratidão expressa pela cidade.

Planejamento de Eventos

 Além do relacionamento com a mídia e a comunidade,outra oportunidade de assuntos públicos decorre do pla-nejamento e patrocínio de eventos, diz Daniel e RebeccaMehr, que recentemente concluíram uma missão de assun-tos públicos na Área do Caribe.

“O convite eito aos membros para que transmitaminormações a seus amigos por meio de atividades queenvolvam tradições ou crenças comuns, como eventosculturais, jantares, projetos de serviço ou outras atividades,pode ser um meio particularmente ecaz de edicar umbom relacionamento”, explica a irmã Mehr.

No entanto, o irmão Mehr adverte que um dos maiores

MENSAGEM PARA OS LÍDERESDO SACERDÓCIO

“Incentivamos os presidentes de estaca

e distrito e os Setentas de Área do

mundo inteiro a assegurarem-se de que

sejam chamados conselhos de assuntos

públicos de estaca e multiestacas. Em alguns distritos

e áreas em desenvolvimento da Igreja, o trabalho de

assuntos públicos pode ser pequeno a princípio e imple-

mentado sem um conselho plenamente organizado. Seu

diretor de assuntos públicos de área pode providenciar o

treinamento e indicar-lhes recursos importantes.

Vocês descobrirão como o trabalho de assuntos

públicos pode ser maravilhoso para o cumprimento dos

objetivos do sacerdócio ao desenvolverem bons relacio-

namentos e parcerias com os líderes comunitários, os

meios de comunicação e outros ormadores de opinião.

Sua atenção a esse trabalho também melhorará a repu-tação da Igreja ao ajudar as pessoas a compreender que

seguimos Jesus Cristo.”

Élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos,Presidente do Comitê de Assuntos Públicos

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28 A L i a h o n a

 

 Ao identicar as necessidades dos outros,diz a irmã Marler, os conselhos de assuntospúblicos muitas vezes podem ajudar mais a

comunidade do que se patrocinassem elesmesmos os eventos.

Comunicação e Administração nas CrisesEmbora a maior parte do trabalho de

assuntos públicos ocorra em situações cotidia-nas da vida comunitária, pode também havermomentos em que a estaca, o país ou a Igrejatenha de lidar com emergências, como acon-teceu no ano passado no Japão.

Quando o Bispo Gary E. Stevenson, do

Bispado Presidente, era Presidente da Área Ásia Norte, viu de perto como o terremoto de2011 mudou o clima da mídia da noite para odia. “O terremoto e o tsunami concentraram aatenção do mundo e de todo o Japão na costanordeste devastada”, recorda ele.

O Bispo Stevenson diz que a catástroecriou um “intenso nível de interesse” no auxíliohumanitário e nas atividades voluntárias oereci-das ao Japão, inclusive as oerecidas pela Igreja.

Poucos dias após o tsunami, a Igreja come-

çou a ornecer artigos de primeira necessidadeàs vítimas do desastre, tanto membros quantonão membros. “A mídia nacional e internacio-nal começou a seguir o desenrolar dos acon-tecimentos”, diz o Bispo Stevenson.

 A Igreja orneceu mais de 250 toneladas desuprimentos de auxílio humanitário e reuniumais de 24.000 voluntários que oereceram180.000 horas de serviço, e esse trabalho huma-nitário atraiu a atenção dos líderes municipaislocais, relata o Bispo Stevenson. Em um paísno qual menos de dois por cento da populaçãose identica como cristã, alguns desses líderesquiseram conhecer mais sobre o papel da Igrejanaquele trabalho. Essa curiosidade, diz ele,proporcionou uma oportunidade para que osespecialistas de assuntos públicos não apenasajudassem os que necessitavam urgentementede auxílio, mas ao mesmo tempo tambémestabelecessem vínculos de boa vontade e

Com as respostas dessas perguntas, oslíderes do sacerdócio e os conselhos de assun-tos públicos podem evitar o erro de realizar

atividades “só para ter atividades”, explica airmã Mehr. Em vez disso, os conselhos podemplanejar e realizar eventos que ediquem aconança entre a comunidade e os líderes dosacerdócio. Esses eventos também dão aosmembros da Igreja e da comunidade a oportu-nidade de interagir e criar amizades.

Em 2010, na República Dominicana, porexemplo, os líderes do sacerdócio, os conse-lhos de assuntos públicos e os membros dacomunidade trabalharam juntos em um evento

que destacava o trabalho do programa MãosQue Ajudam. O irmão e a irmã Mehr convi-daram vários dignitários do país com quem vinham trabalhando.

“Muitas pessoas preeminentes que repre-sentavam muitas instituições e organizaçõesestiveram presentes”, relembra o irmão Mehr,acrescentando que a Presidência de Área daIgreja também compareceu.

“O evento oi um grande sucesso”, relataele. “Cada vez mais, vemos preeitos e orga-

nizações municipais solicitarem nossa ajudaem algum tipo de trabalho de limpeza. Alémdisso, houve boa exposição da Igreja paramuitas organizações.”

Embora o envolvimento do sacerdóciona direção de eventos seja essencial para umplanejamento bem-sucedido, essa não é a únicacoisa a ser levada em consideração. KathyMarler serve em um conselho multiestacasde assuntos públicos em San Diego, Caliórnia,EUA. Uma de suas amigas de outra religiãodisse que os santos dos últimos dias são muitoecazes ao convidar outras pessoas para ativi-dades promovidas pela Igreja, mas em geral nãocolaboram com os eventos de outras igrejas.

 A irmã Marler lembra que a amiga disse:“Vocês simplesmente pedem que outros osajudem. Seria maravilhoso se perguntassemse precisamos de ajuda. A resposta seria umretumbante sim”.

 Após o terremoto de 201

no Japão, os líderes do sacerdócio trabalharamcom os especialistas deassuntos públicos paramobilizar o auxílio humanitário por intermédiodo programa Mãos Que Ajudam. A respeito dessetrabalho humanitário,um repórter escreveu:“A única coisa que seequipara à capacidadeda Igreja Mórmon de

divulgar a palavra é suacapacidade de lidar comas emergências”.

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ORIENTAÇÃOPROFÉTICAREFERENTEAOS ASSUNTOSPÚBLICOSOs seguintes discur-sos podem ajudaros líderes do sacer-dócio, os conselhosde assuntos públicoe outros membrosa compreenderemcomo os assuntospúblicos ajudam aortalecer as comu-

nidades e a cumpriros objetivos dosacerdócio.

• L. TomPerry, “O Pereito AmorLança Fora oTemor”, A Liahona

novembro de 201pp. 41–44.

• M. RussellBallard,

“A Importância

de um Nome”, A Liahona,novembro de 201pp. 79–82.

• M. RussellBallard,

“Fé, Família, FatosFrutos”, A Liahona

novembro de 2007pp. 25–27.

• Gordon B.Hinckle

“O Que as PessoaEstão Perguntandoa Nosso Respeito? A Liahona, novembro de 1998,pp. 70–72.

• EzraTaftBenson,

“May the Kingdomo God Go Forth”Ensign, maio de1978, pp. 32–35.

reeição de carne, verdura e legumes rescosque recebemos desde o terremoto”.

“Foi muito bom”, diz a Síster Grames, “ser

realmente a mão que ajuda, não apenas parao abrigo, mas também para os líderes dosacerdócio que se esorçavam tanto para aju-dar os necessitados”.

O Élder Niiyama explica outro resultadopositivo do trabalho do conselho: “Descobri-mos que a divulgação de inormações sobreo trabalho humanitário da Igreja para os mem-bros e para os ormadores de opinião que nãosão da Igreja oi muito importante para nossosobjetivos de assuntos públicos. Sinto agora

que as pessoas que não são da Igreja têm umaimagem melhor da Igreja e que os membrosestão mais conantes na orça que a Igreja temno Japão”.

Os Assuntos Públicos Como Ferramentapara a Liderança Local do Sacerdócio

Como parte vital de uma organização mun-dial, os líderes do sacerdócio podem bene-ciar-se da existência de conselhos de assuntospúblicos que conheçam o ambiente local e

que sejam capazes de atender às necessidadesda comunidade. A irmã Serdyuk, da Ucrânia,declara: “É graticante ver como os líderes dosacerdócio adotaram tão bem os assuntos públi-cos como erramenta para atingir seus objetivosdo sacerdócio. Um exemplo disso oi a presta-ção de serviço comunitário por meio de nossoprograma Mãos Que Ajudam, que desenvolveua união entre os membros dos ramos e das alase também ajudou a edicar um relacionamentomais próximo entre os líderes da Igreja e oslíderes comunitários locais”. ◼

O site de assuntos públicos da Igreja — disponívelem inglês em publicaairs.LDS.org — oerece inor-mações úteis adicionais.

compreensão. Uma semana depois que o tsu-nami atingiu o Japão, por exemplo, um repór-ter escreveu: “A única coisa que se equipara

à capacidade da Igreja Mórmon de divulgar apalavra é sua capacidade de lidar com as emer-gências. (…) A igreja não se concentrou apenasnas pessoas de seu rebanho”.1

Essa cobertura positiva oi possível graçasa anos de cultivo de bons relacionamentos.Conan e Cindy Grames, que começaram a ser- vir como representantes de assuntos públicosna Área Ásia Norte, em agosto de 2010, dizemque “o conselho de assuntos públicos do Japãotrabalhou por anos com importantes líderes

governamentais do país inteiro. Essas amiza-des abriram as portas das agências locais, quepassaram a aceitar nossa ajuda”. O Élder YasuoNiiyama, que serve com a esposa como diretordo conselho de assuntos públicos da Igreja no Japão, salienta que “até os líderes governamen-tais nacionais do Japão passaram a entender oquanto a Igreja é ecaz e como conseguimosnos mobilizar rápido para oerecer auxílio”.

Uma ocasião em que as autoridades japo-nesas apreciaram o auxílio oportuno da Igreja

ocorreu quando os líderes locais do sacer-dócio identicaram um abrigo de reugiadossuperlotado que ora estabelecido em umaescola de uma área isolada. Em conjunto como conselho de assuntos públicos e o gerentelocal de Bem-Estar da Igreja, os líderes dosacerdócio providenciaram alimentos e outrossuprimentos de auxílio humanitário paraserem enviados ao abrigo, que acomodavacerca de 270 vítimas do tsunami desabrigadas.

Embora as pessoas daquele abrigo tenhama princípio cado surpresas de receber auxíliode uma igreja cristã, na segunda vez em queos voluntários do programa Mãos Que Aju-dam chegaram, com seus coletes amarelos,umacriançaexclamou:“Lávêmeles!Oqueserá que trouxeram desta vez?”

Depois de receber as doações, o coor-denador do abrigo disse ao Élder e à SísterGrames: “Sua igreja nos trouxe a primeira

NOTA1. Kari Huus, “In Japan, the Mormon Network Gathers

the Flock”, World Blog de NBC News, 18 de marçode 2011, http://worldblog.msnbc.msn.com/_news/2011/03/18/6292170-in-japan-the-mormon-network-gathers-the-fock.

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A História Dela

Por 35 anos aguardei, esperançosa, que meu maridose tornasse membro da Igreja. Aqueles longos anosoram repletos de orações sinceras, mas três ora-

ções especícas oram momentos decisivos e memoráveisque vivenciei.

 Al e eu nos casamos em 1959. Uma década depois,

tínhamos três lhos e morávamos em uma pequenacidade do Canadá. Al tinha uma empresa de construção,e eu cava em casa cuidando dos lhos e às vezes ajudavanos negócios. Nos ns de semana, nós participávamos deestas com os amigos, sempre regadas a bebidas alcoó-licas. Meu pai tinha sido alcoólatra, por isso eu odiava oato de que as bebidas alcoólicas zessem parte de nossa vida, mas era nosso meio de socializar-nos.

Naquele ano, 1969, dei-me conta de que minha vidaestava sem rumo e que nossos lhos mereciam algomelhor do que aquilo que estávamos oerecendo a eles.Certa noite, depois de outra esta com bebidas, ajoe-lhei-me e orei: “Querido Deus, se você existe, suplico queme ajude a mudar de vida”. Prometi que nunca mais iabeber, um compromisso que nunca mais violei.

 Aquela oi a primeira oração memorável, e a resposta veio rapidamente. A lha de minha cunhada, minhasobrinha, oi convidada para ir à Primária com uma amigaque era um santo dos últimos dias. À medida que minhacunhada aprendeu mais sobre a Igreja, sentiu-se inspirada

NuncaDesistaUm casal conta como oi a conversão de cada um ao

evangelho de Jesus Cristo, com um intervalo de 35 anos.Al e Eva Fry

a enviar-me uma assinatura da revista da Igreja, quechegou um mês depois de eu ter eito aquela primeiraoração. Eu não sabia o que era um mórmon, mas adoreias mensagens contidas nas revistas e as li de capa a capa.Decidi pesquisar a Igreja e ali encontrei minha resposta.Mudei realmente de vida e ui batizada no dia 19 de

 junho de 1970. Al não compartilhou meus desejos. Ele gostava

de nosso antigo estilo de vida e continuou a segui-lo.Continuou sendo um bom marido, pai e provedor, masnos 35 anos que se seguiram, no tocante ao evangelho,quei sozinha.

Estava criando nossos lhos na Igreja, mas em poucosanos, eles decidiram que preeriam passar o domingo velejando com o pai a ir à Igreja comigo. Fiquei arrasada.Certo dia, em 1975, conversei com meu presidente deestaca e disse-lhe que havia concluído que precisava sairda Igreja porque ela estava dividindo nossa amília. Eleouviu pacientemente e depois disse: “Faça o que tiver deazer, mas não deixe de saber se seu Pai Celestial aprova”.Então voltei para casa, jejuei e orei. Aquela oi a segundaoração memorável. A resposta que me veio oi o senti-mento de que eu era o elo da corrente do evangelho paraminha amília. Se eu o rompesse, todos se perderiam. Eusabia que a resposta viera de Deus, por isso comprome-ti-me a jamais sair da Igreja. E nunca o z.

N O S S O L A R , N O S S A F A M Í L I A

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Não oi ácil permanecer el, mas várias coisas meajudaram a manter a é e a esperar pacientemente o diaem que Al aceitaria o evangelho.

• SempreameioAlezomelhorquepudepara cuidar dele e ser uma esposa prestativa e el.

• Oreiconstantemente.OPaiCelestialeJesusCristotornaram-Se meus companheiros no evangelho.Quando cou diícil estar com o Al porque ele nãoqueria viver os padrões do evangelho, conversei como Pai Celestial e passei a conhecer meu Salvador.

• Euliaregularmenteasescriturasetodasaspubli-cações da Igreja que me caíam nas mãos, inclusivea revista Ensign. Dois versículos das escrituras,3 Né 13:33 e Doutrina e Convênios 75:11, torna-ram-se particularmente signicativos e tocantes paramim. Deram-me orça e paciência para perseverarenquanto eu aguardava uma mudança de coraçãoem meu marido e em meus lhos.

• FuielmenteàIgrejasozinha,atéquetodososmeus

lhos voltaram. Todos eles são ativos hoje. Quandocresceram e saíram de casa, continuei a requentara Igreja sozinha.

• RealizávamosanoitefamiliarsemoAlsaberoqueestávamos azendo. Eu tocava num assunto na mesade jantar, e conversávamos a esse respeito, em amília.

• Sempreprocureiserobedienteefazeroqueécerto.• Tiveacessoamaisforçaspedindobênçãosdo

sacerdócio.• Procureioconselhodoslíderesdosacerdócio.• TrateimeusamigosdaIgrejacomosefossem 

minha amília.• Fuiaotemploerecebiminhainvestidura.Demorei

muitos anos para tomar essa decisão. Tinha medo deque isso tornasse meu relacionamento com o Al aindamais diícil. No nal, descobri que oi a melhor deci-são para mim. O Al apoiou minha decisão e isso medeixou eliz. Depois de receber a investidura, parei decar ressentida, achando que era ele que me impediade ir ao templo. Quando participava da adoraçãono templo, sempre colocava o seu nome na lista deorações.

Em suma, continuei a viver como membro el da Igreja.Procurei encontrar pequenas maneiras de compartilharo evangelho com ele, embora ele nem sempre quisesseouvir. Mas descobri que o Espírito Santo me inspirava coma coisa certa para dizer, no momento certo e da maneiracorreta. Mais tarde, quei sabendo que graças a minhadelidade e dedicação a ele, o Al era tocado pelo Espíritode tempos em tempos.

Ele até concordou em ouvir as lições dos missionáriosem várias ocasiões. Mas a cada vez, eu cava com o cora-ção partido, porque ele sempre voltava ao antigo estilode vida. Até naqueles momentos de desânimo, porém,o Pai Celestial cuidou de mim e me compensou pelo queeu não tinha, concedendo-me outras bênçãos. Desde oinício, eu sabia que havia algo dentro do Al que valia apena esperar.

Lentamente,elecomeçouamudar.Paroudedizerpala- vrões. Parou de beber. Passou a tratar-me melhor do quenunca antes. Começou a ir à Igreja.

VIVA POR ISSO, ORE POR ISSO

“No decorrer de sua vida na Terra, seja diligente ao

cumprir os propósitos undamentais desta vida por meio

da família ideal . Mesmo que ainda não tenha atingido

esse ideal, aça tudo o que estiver a seu alcance, por

meio da obediência e é no Senhor, para constante-

mente aproximar-se o máximo dele. Não deixe nada

dissuadi-lo. (…) Se neste momento elas não incluem o

selamento no templo com um companheiro digno, seja

digno de ser selado. Ore por isso. Exerça é para conse-

gui-lo. Jamais aça nada que venha a torná-lo indigno.

Caso a visão do casamento eterno tenha-se apagado,

reacenda-a. Se seu sonho exigir paciência, tenha

paciência. Eu e meus irmãos oramos e trabalhamos por

mais de 30 anos para que nosso pai, não membro, e

nossa mãe ossem selados no templo. Não que ansioso

demais. Faça o melhor que puder. Não podemos dizer

se essa bênção será alcançada neste lado do véu ou no

outro, mas o Senhor cumprirá Suas promessas.”

Élder Richard G. Scott, do Quórum dos Doze Apóstolos,“Primeiro o Mais Importante”, A Liahona, julho de 2001, p. 7.

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E eu continuei orando.

 A incrível resposta de minha terceira oração memorável veio em abril de 2005. Eu me perguntava se algum dia o Al aceitaria o evangelho de Jesus Cristo, e sentia-me umpouco desesperada. Implorei a ajuda do Pai Celestial.Deve ter sido nalmente o momento certo, porque em9 de julho, ele oi batizado.

Embora não tenha sido ácil chegar a esse ponto,sinto-me grata por ter testemunhado o assombroso poderde Deus para transormar um coração descrente em umcoração que acredita. Sei que o Senhor ouviu e respon-deu a muitas orações que z ao longo de 35 anos. Graças

a Suas respostas, hoje vivo com um homem mudado, umhomem que ama nosso Pai Celestial tanto quanto eu. Eamamos um ao outro mais proundamente do que jamaisnos amamos antes.

Sei que há outros na Igreja que aguardam, esperam eoram para que um ente querido entre para a Igreja. O Sal- vador nos diz “vinde a mim” (Alma 5:34). Quero incentivaresses irmãos a aceitarem esse convite para si mesmos enão apenas para seus entes queridos. Sei por experiênciaprópria que isso lhes dará orças como nada mais pode-ria. Se nos achegarmos ao Pai Celestial, obedecermos a

Seus mandamentos e desrutarmos as bênçãos que temosagora, sentiremos elicidade e permitiremos que Ele traba-lhe por nosso intermédio.

 Testico que Deus ouve nossas orações. Raramente éácil esperar no Senhor e aceitar Sua escolha do momentocerto, mas sei que Ele sempre escolhe o melhor para nós.

A História Dele

Por 35 anos muitas pessoas me alaram do evangelho.Minha mulher nunca perdeu uma oportunidade de

mefalardele,esempredeixavaoLivrodeMórmonearevista Ensign em local bem visível. É claro que eu nuncalia. Ela convidou os missionários em muitas ocasiões.Duas ou três duplas até chegaram a me ensinar as liçõesmissionárias.

Então o que oi que me impedia de entrar nas águasdo batismo?

Eu sempre tinha uma desculpa. Trabalhava muito. Achava que nunca teria tempo para o evangelho. Estavaocupado demais ganhando dinheiro. Por isso, eu disse

para a Eva: “Um dia, quando as coisas se acalmarem e eu

tivermaistempo,vouleroLivrodeMórmon”.Mas nunca o z. Além disso, nunca gostei muito de ler,

e quando tentei ler a Bíblia, nada azia sentido para mim.Então pus um ponto nal naquilo.

Havia outra coisa que me impedia de entrar para aIgreja, algo mais sério: o modo de vida pecaminoso queeu levava. O rei Benjamim ensinou que “o homem naturalé inimigo de Deus (…) a não ser que ceda ao infuxo doSanto Espírito” (Mosias 3:19). Eu não cedia, cava em cimado muro. O Salvador disse: “Quem não é comigo é contramim” (Mateus 12:30). Percebo hoje que devido ao estilo de

 vida que eu adotava, estava contra Ele. Eu precisava mudar. Vivia perto do evangelho sem realmente chegar a

 vivê-lo, mas com o tempo, comecei a sentir o Espírito.

 Ao ler a carta de minha flha, dei-me conta de que não tinhamais desculpas.

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34 A L i a h o n a

Parei de ir a estas e de beber. Quando z essa mudança,

o Espírito começou a maniestar-Se com mais requência.Eu ainda não era o que precisava ser, minha linguagemnão era muito boa e eu tinha alguns maus hábitos aindapor vencer, mas estava mudando.

Então, certo dia, recebi um pacote. Era de uma de nos-saslhas,aLinda.ContinhaumLivrodeMórmoneumaBíblia com várias escrituras marcadas. Ela também meescreveu uma carta dizendo o quanto me amava e queriaque eu soubesse o que ela sabia.

Escreveu: “A única maneira de saber que o evangelhode Jesus Cristo é verdadeiro é perguntar com um coração

sincero e real intenção”.Lindaentãocompartilhoucomigoumasériedeescri-

turas que me conduziram a uma jornada de oração e deestudo das escrituras.

“A única maneira de conhecer meu Salvador e o PaiCelestial”, escreveu ela, “é orar e ler a respeito Deles nasescrituras”.

Ela então descreveu como era importante a humildadee como lhe era impossível ter paz sem Deus em sua vida.Por m, escreveu: “Não procrastine mais. Você recebeutanto. Agora é a hora de devolver para o Pai Celestial. Esse

é o único caminho para a verdadeira elicidade”.Eu não tinha mais desculpas. As coisas se acalmaram

no trabalho e passei a ter mais tempo livre. Assim, come-cei a ler e estudar as escrituras que ela havia sublinhadoparamim,oquemedeuodesejodelertodooLivrode Mórmon. Mas ainda havia muitas coisas que eu nãocompreendia.

Nessa época, eu estava requentando as reuniõessacramentais, porque minha mulher disse que seria bomse eu osse e me sentasse ao lado dela. Ela tambémsugeriu que eu lesse Doutrina e Convênios. Eu li, e com-preendi melhor o que li. Depois, com a ajuda de minhamulher,lioLivrodeMórmonesentiqueasescriturasganhavam vida. Por meio de muitas orações, o Espíritoiluminou-me a mente.

O que ez a dierença para mim? O Santo Espírito e umconhecimento das escrituras. Essas duas coisas me deramcoragem para mudar de vida e pedir perdão a Deus pormeus pecados — o que realmente me impedira de entrarpara a Igreja em todos aqueles anos.

Foi muito diícil conessar meus pecados. Isso mecausou tamanha dor que quei de cama por três dias,

sorendo. Mas por meio da Expiação de Jesus Cristo, uiperdoado. Então, o Pai Celestial deu-me orças para levan-tar e prosseguir com minha nova vida.

Meu lho Kevin me batizou no dia 9 de julho de 2005.Um dos missionários que ensinaram minha mulher, déca-das antes, estava presente. Dois anos depois, levei minhaamília ao Templo de San Diego Caliórnia para sermosselados para esta vida e para a eternidade.

Os últimos sete anos oram os mais elizes de minha vida. Posso nalmente assumir meu lugar como patriarcae líder espiritual de nossa amília e compartilhar o evange-lho com minha mulher, nossos lhos e nossos nove netos.Essa união amiliar ortaleceu todos espiritualmente. Umgenro liou-se à Igreja, e quatro de nossos netos serviramou estão servindo missão. Minha nova vida na Igreja éum milagre. Não tinha ideia da grande elicidade e cresci-mento que isso me proporcionaria.

Sinto-me extremamente grato por essa segunda chance.Sinto gratidão por estar compensando aqueles anos perdi-dos, ao azer agora a obra de Deus. ◼

Uma grande elicidade nos oi proporcionada na vida porqueestamos unidos no evangelho.

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Oirmão Arnaldo Teles Grilo tornou-seum de meus melhores amigos quandoeu tinha vinte e poucos anos. Com

62 anos, o irmão Grilo, na época engenheiroaposentado, oi chamado para ser um de

meus conselheiros na presidência do entãoDistrito Oeiras Portugal, onde servimos juntospor vários anos.

Sua sabedoria e experiência me proverammuitos conselhos e entendimento valiososquando eu era um jovem líder do sacerdócio.Ele era otimista por natureza. Sempre via olado positivo de toda situação e tinha grandesenso de humor. Sua atitude oi grande ontede inspiração para muitos a seu redor, prin-cipalmente para mim, porque eu sabia dosárduos desaos que ele enrentara.

Depois de se ormar engenheiro, o irmãoGrilo entrou para a Agência AgronômicaNacional como pesquisador, em Portugal,e mais tarde viajou para uma das colôniasportuguesas na Árica para encabeçar umprojeto de pesquisa de plantio de algodão.O projeto levou-o a uma carreira bem-suce-dida como executivo sênior de um grande

ÉlderJosé A. Teixeira

Dos Setenta

Quando colocamos o Senhor, Seu

reino e nossa amília em primeirolugar, isso nos dá a esperança de que precisamos para enrentar os 

desafos atuais e uturos.

ENCARAR O FUTURO COM

ESPERANÇA 

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36 A L i a h o n a

Com toda essa adversidade e tragédia, o

que ez a dierença em sua vida? Por que eleera tão positivo a respeito do presente e douturo? Por que era tão conante?

O irmão Grilo converteu-se nos primeirosdias da Igreja em Portugal e tornou-se umpioneiro e um sólido pilar de apoio naquelepaís. Ele levou a amília várias vezes ao Tem-plo da Suíça, viajando cerca de 4.500 quilôme-tros para ir e voltar, numa expressão de é edevoção. Ao longo de seus anos de serviço, oirmão Grilo e a esposa proporcionaram alegria

para os lhos e para muitas outras pessoas. A é exercida pelo irmão Grilo centraliza-

 va-se em Jesus Cristo e no conhecimento deque, no nal, Jesus Cristo reinará. Isso lhe deuesperança no presente e no uturo.

O Novo Testamento termina com uma men-sagem de grande esperança.1 Houve proetas,como João, o Revelador, que viram coisas quehão de acontecer e nos contaram as bênçãosque receberemos se permanecermos justos eperseverarmos até o m.

 João viu um livro com sete selos, ou perío-dos, e descreveu como Satanás sempre lutoucontra os justos (ver Apocalipse 5:1–5; 6).Mas João também viu que Satanás seria apri-sionado e que Cristo reinaria triunante (ver Apocalipse 19:1–9; 20:1–11). Por m, ele viuque os justos habitariam com Deus depois do Juízo Final (ver Apocalipse 20:12–15).

Um dos maiores desaos de hoje é apren-der a superar o medo e o desespero de modoa vencer as provações e tentações. Basta abrirpor um instante o jornal, consultar a Internetou ouvir o noticiário no rádio ou na televisãopara sermos conrontados com relatos pertur-badores de crime e calamidades naturais queacontecem todos os dias.

 A compreensão das promessas contidasnas escrituras de que o Senhor derrotará omal e de que a verdade vencerá o erro podeajudar-nos a encarar o uturo com esperança

banco internacional daquele país. Durante osquase 30 anos em que morou na Árica, elecriou uma bela amília e desrutou de umaboa vida, até que sua amília oi abruptamenteorçada a retornar a Portugal devido à tragédiados confitos e da guerra.

O irmão Grilo e a amília deixaram para

trás tudo pelo qual haviam trabalhado —todas as suas propriedades e seus pertences— após testemunharem pessoalmente oseeitos devastadores da guerra em um paísque amavam.

 Apesar da conusão e dos tumultos geradospor uma guerra que gradualmente corroeutoda a paz e a estabilidade nos últimos mesesem que morou na Árica, o irmão Grilo salvouum de seus amigos ao dar-lhe um carro muitocaro que havia comprado na Alemanha. Ocarro permitiu que seu amigo e a mãe desseamigo escapassem da guerra.

 As abundantes posses materiais que uma vida de trabalho árduo proporcionara aoirmão Grilo não obscureceram suas priorida-des. Ele permaneceu ancorado a princípiossólidos e ao amor pela amília.

De volta a Portugal, aos 52 anos de idade,ele encarou a realidade de começar do zero.

O irmão Arnaldo

Teles Grilo — oto-

 graado à direita,

em 1956, e acima,

em 1960, com o

carro que deu a um

amigo para ajudá-lo

a escapar da guerra

— precisou deixar 

 para trás tudo pelo

qual havia traba-lhado, mas perma-

neceu ancorado a

 princípios sólidos, ao

amor pela amília e 

à é em Jesus Cristo.

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e otimismo. No mundo atual, vemos guerras,

desastres naturais e crises econômicas. Às vezes, esses acontecimentos não são apenascoisas que observamos à distância, mas nosaetam pessoalmente.

Não precisamos lamentar os bens terrenosperdidos ou apegar-nos às coisas materiais,pois essas coisas podem roubar-nos a alegriadas coisas simples e sublimes da vida.

Sinto-me grato pelo exemplo do irmão Arnaldo Teles Grilo. Ele manteve as coisasespirituais em primeiro lugar, coisas “de

grande valor [para nós] nos últimos dias”(2 Né 25:8), inclusive o relacionamentoamiliar e o serviço ao próximo.

Devemos encarar o uturo com espe-rança porque sabemos que as orças domal serão vencidas. Todos devemos

manter uma perspectiva positiva ao enrentar

os desaos porque hoje temos as escrituras, osensinamentos dos proetas vivos, a autoridadedo sacerdócio, os templos e o apoio mútuo dosmembros da Igreja. Todos devemos sair vence-dores graças à oração (ver D&C 10:5). E maisimportante, devemos ter esperança na vidaeterna graças ao sacriício expiatório pereitodo Senhor (ver Morôni 7:41).

Quando nossas prioridades estão corre-tas, temos uma vida mais abundante e rica.Quando colocamos o Senhor, Seu reino e

nossa amília em primeiro lugar, isso nos dáa esperança de que precisamos para enrentaros desaos atuais e uturos. ◼NOTA 1. Ver Apocalipse 19–22; ver também a lição 46,

O Novo Testamento, Manual do Professor de  Doutrina do Evangelho, 1997.

Todos devemos 

manter uma

 perspectiva posi-

tiva ao enrentar 

os desafos por-

que hoje temos 

as escrituras, os 

ensinamentos dos 

 proetas vivos, a

autoridade do

 sacerdócio, os 

templos e o apoio

mútuo dos mem-

bros da Igreja.

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Depois de ler o Velho Testamentohá vários anos, interessei-me

por seus ensinamentos, sobretudoos escritos de Isaías, e continuei aestudá-lo. Em 2010, sentei-me ao ladode um rabino judeu durante uma viagem de avião. Comecei a conver-sar com ele sobre algumas passagensde Isaías. No decorrer da conversa,discutimos a importância da autori-

dade do sacerdócio, conorme eracompreendida no Velho Testamento.

O rabino perguntou de onde osmembros de minha Igreja obtinhamsua autoridade do sacerdócio. Apro- veitei a oportunidade para contar-lhe

ESTE TEXTO É HEBRAICO

V O Z E S D A I G R E J A

a respeito da Primeira Visão de Joseph Smith e da restauração doSacerdócio Aarônico e o de Melqui-sedeque. Trocamos ideias sobre atraduçãodoLivrodeMórmonedopropósito de “Outro Testamento de Jesus Cristo”.

O rabino cou muito interessado.Perguntou-me quantos anos tinha Joseph por ocasião da Primeira Visão.

Quando respondi que Joseph tinhaquatorze anos, aproximadamente amesma idade de Samuel, do Velho Testamento, ele replicou que muitosproetas oram chamados em sua juventude. Disse que era coerente

que Deus chamasse Joseph Smithem sua adolescência.

 Abri minhas escrituras e juntoslemos o depoimento das Três e dasOito Testemunhas. Contei-lhe quemuitas das testemunhas tinham dei- xado a Igreja, mas que nenhumanegara ter visto as placas de ouro.

“Como puderam deixar a Igrejadepois de ter visto um anjo e as pla-

cas?” indagou.“Lembro-medequeoslhosde

Israel zeram um bezerro de ouropouco depois de terem testemunhadoa abertura do Mar Vermelho”, respondi.

Ele abriu em 1 Né e começou aler. Parou subitamente e disse: “Estetexto é hebraico”.

Explicou então por que otexto parecia ser uma tradução dohebraico para o inglês. Expliquei-lhe

que o livro oi escrito por uma tribode Israel. Citei Ezequiel 37:15–20,que ala da vara de Judá e da varade José. Concordamos que a vara de Judá representa a Bíblia, e expliqueiqueavaradeJosérefere-seaoLivrode Mórmon.

Depois de passarmos três horasconversando, o rabino expressouinteresse em adquirir um exemplardoLivrodeMórmon.Quandovolteipara casa, enviei-lhe um exemplarpersonalizado com meu testemunhonele. Sinto-me grato pelo ato demeu empenho em estudar o Velho Testamento ter-me preparado paraalar sobre as escrituras e comparti-lhar meu testemunho com meu novoamigo, o rabino. ◼

Derk Palfreyman, Utah, EUA

O rabino perguntou-me de onde os

membros de minha Igreja obtinham

 sua autoridade do sacerdócio. Contei-

lhe sobre a Primeira Visão de Joseph

Smith e sobre a restauração do Sacer-

dócio Aarônico e o de Melquisedeque.

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J u l h o d e 2 0 1 2 39

Quase saí da Igreja por causa deum desentendimento com meu

presidente de estaca. Senti que eletinha eito algo que não estava certo.Suas ações não refetiam o modocomo eu achava que as coisas deviamacontecer, por isso parei de ir à Igreja.

Minha mulher me disse: “Você não

pode tomar uma decisão dessas semorar e jejuar sinceramente”.

Ela tinha razão. Depois de orar poralgum tempo, as seguintes palavras vie-ram a mim de modo claro e direto: “Oservo de Deus é chamado por Deus”.

Naquela noite, tive um sonho. Emmeu sonho, meu avô me repreendeupor brigar com meu líder. Acordeidaquele sonho e não consegui dormirpor todo o restante da noite. Depois

de passar uma longa noite em pro-unda refexão, eu sabia o que preci-sava azer. Fui até meu presidente deestaca e pedi desculpas. Ele aceitoualegremente meu pedido de desculpa,e oramos juntos.

 Voltei imediatamente para a Igreja.Duas semanas depois, minha empresame transeriu para Abuja, capitalda Nigéria. Atônito, perguntei-mepor que estava sendo aastado daestaca, depois de meu empenho emreconciliar-me.

Em breve descobri que o Senhorestava preparando-me. Em meusegundo mês em Abuja, ui chamadocomo presidente de ramo.

 Tenho certeza de que o Pai Celes-tial queria ensinar-me a importânciade apoiar os líderes da Igreja antes de

É MELHOR VOCÊ

ORAR PRIMEIRO

me chamar como líder. Aquela expe-riência pessoal ortaleceu meu teste-munho. Agora procuro ao máximodar ouvidos aos conselhos de meuslíderes porque sei que são chamadospor Deus. E a todos que Ele chama,Ele qualica.1

Nossos líderes são seres humanos.Embora sejam inspirados, não são

pereitos. Aprendi que se discordarmosdeles, precisamos apoiá-los, incentivá-los e orar por eles e por nós mesmosa m de podermos conar em Deus enos servos que Ele escolheu. ◼

Martins Enyiche, Nigéria

NOTA1. Ver Thomas S. Monson, “Duty Calls” [O Dever 

Nos Chama], Ensign, maio de 1996, p. 44.

 Depois de orar por algum tempo, as seguintes palavras vieram a mim de modo

claro e direto: “O servo de Deus é chamado por Deus”.

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40 A L i a h o n a

Tive recentemente a oportunidadede assistir à reunião sacramental

em outro Estado com membros daIgreja que não conhecia. Para puxarconversa com o irmão a meu lado,perguntei se ele pretendia prestartestemunho quando chegasse omomento. Ele disse que sim e inda-gou: “Você vai?”

“Não, acho que não”, respondi.Então acrescentei: “Mas a Igrejaé verdadeira, e o evangelho é verdadeiro”.

Dali a pouco, esqueci aquelabreve conversa. Quando chegou ahora de prestar testemunho, omos

VAI PRESTAR TESTEMUNHO?

incentivados a ser breves para quemuitos tivessem a oportunidade deazê-lo. Quando o irmão com quemeu tinha conversado se levantou paraprestar testemunho, reconheceu quenão havia tempo suciente para dizertudo o que pretendia sobre o evan-gelho e a elicidade que nos propor-ciona. Em vez disso, relatou a conversaque tivera comigo, alguém que eleacabara de conhecer, e como minhasimples declaração resumia tudo:a Igreja é verdadeira, e o evangelhoé verdadeiro. É isso que importa.

 Ao refetir no que aconteceu,compreendo que podemos prestar

testemunho de muitas maneirase podemos exercer uma infuênciapositiva nos outros mesmo embreves momentos. Por mais curtaque seja nossa interação comalguém, podemos deixar umaimpressão positiva do evangelhoe de nós mesmos.

Não prestei testemunho nopúlpito naquele dia, mas meu brevetestemunho oi compartilhado eminha infuência oi sentida, tantopelo irmão com quem converseiquanto pelos que ouviram o testemu-nho dele. ◼

LaReina Hingson, Indiana, EUA

 Perguntei se ele pretendia prestar tes-

temunho quando chegasse o momento.

 Ele disse que sim e indagou: “Você vai?” 

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V O Z E S D A I G R E J A

Nosso neto tinha apenas qua-tro anos quando um policial o

encontrou caminhando ao longo darodovia. Ele disse que estava indopara a casa da avó, que cava a oitoquilômetros de distância.

 Aquela era a segunda vez que eleugia de seu lar ineliz, tentando che-gar a minha casa. Ao longo dos mesesseguintes, dei-me conta de que era

bem provável que a responsabilidadede criar meu neto e suas duas irmãs viesse a cair sobre meus ombros: umaideia que não aceitei de imediato.

Meu marido e eu tínhamos eito omelhor possível para criar nossos lhosnos princípios do evangelho, mas elesacabaram rejeitando esses princípios.Eu já estava com mais de 50 anos deidade e sentia que havia conquistado odireito de dedicar-me a meus próprios

interesses. Considerava preciosa a metaque meu marido e eu compartilháva-mos de servir missão juntos quandoele se aposentasse. Ao pensar em azercompras no mercado com crianças emidade pré-escolar, organizar os horáriosdas reeições, lavar um monte de roupasuja e voltar um dia a criar adolescen-tes, sentia vontade de chorar.

Certa tarde, porém, algo mudoumeu coração. Uma pequena coisahavia aborrecido meu neto, por issopeguei-o no colo e enxuguei-lheas lágrimas. Enquanto o seguravano colo, conversei com ele sobre oquanto Jesus o amava. Ali perto, haviaum calendário de parede com gravu-ras do Salvador, e camos olhando asbelas imagens, uma por uma.

Meu neto cou particularmente

QUERO SENTAR NO COLO DE JESUSinteressado na gravura que retratava oSalvador sentado junto a um umbral depedra com uma menininha de cabeloscastanhos no colo. Na pintura, tanto oSalvador quanto a criança irradiavampaz. Meu neto contemplou a gravurade perto, apontou para a menina e achamou pelo nome de sua irmã.

“Como é que a Katie pôde sentarno colo de Jesus, vovó?” perguntou ele.

“QuerosentarnocoloDeletambém!”“Você não pode sentar no colo

de Jesus agora, meu bem, mas podesentar no meu”, esclareci. “Jesus deuàs criancinhas as avós, para que elas

as amem, peguem no colo e cuidemdelas quando precisarem.”

De repente, meu coração aceitouum uturo de amor, tal como o doSalvador, por três crianças queridasque precisavam de mim. Elas já nãoeram um ardo, porém uma mara- vilhosa bênção e oportunidade deservir a nosso Senhor.

Sempre serei grata pela terna mise-

ricórdia que o Senhor me concedeunaquela tarde. Foi algo que mudouminha vida e continua a ortalecere abençoar nosso lar. ◼

Nome não divulgado

 Ao segurar no colo meu neto que 

estava chorando, conversamos sobre o

quanto Jesus

o amava.

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42 A L i a h o n a

QUANDOBONS

PLANOS

Jung Sung Eun, da Coreia, nãopassou no exame de qualica-ção para tornar-se proessora.

 Tina Roper, de Utah, EUA, perdeu oemprego que ela julgava ser o início deuma longa carreira prossional. ToddSchlensker, de Ohio, EUA, recebeuconrmação espiritual para casar, mas

 viu seu noivado chegar ao m. AlessiaMazzolari (o nome oi mudado), daItália, terminou o que parecia ser umrelacionamento pereito.

Ninguém gosta de ter que recorrerao “plano B”, mas mesmo quandonossos planos racassam, o Pai Celestialnão abandona Seus lhos. Há muitasboas maneiras de azer com que a vidadê certo. Com o tempo, podemos atédescobrir que os obstáculos que muda-ram nossos planos nos proporciona-ram entendimento e experiência deque necessitávamos (ver D&C 122:7)e nos conduziram a algo melhor.

Desenvolver o Caráter,e Não um Currículo

Sung Eun esorçara-se muito pararealizar seu sonho de inância de

tornar-se proessora. Ela explica:“Como sempre procuro dar o melhorde mim em tudo o que aço, sempreconsegui alcançar as coisas que espe-rava e pelas quais orava”. Mas issonão aconteceu quando ela prestouo exame de qualicação para proes-sores. “Quando ui reprovada”, conta

ela, “senti que todos os meus sonhosse deszeram num único dia”.

 A princípio, Tina não se preo-cupou quando a empresa em quetrabalhava oi comprada por outra. A nova organização prometera-lheum cargo duradouro, por isso elase mudou para perto do trabalhocom grande esperança em relaçãoa um emprego novo e empolgante.Quando a empresa a demitiu, poucosmeses depois, ela se sentiu “perdida,conusa e muito amedrontada”.

Em vez de se concentrarem inteira-mente no desenvolvimento de seu cur-rículo, Sung Eun e Tina se deram contade que também podiam concentrar-seno desenvolvimento de seu caráter. Asduas encontraram consolo no estudodo evangelho e na oração.

 É importante planejar parao uturo, principalmente 

no caso dos jovens adultos. Mas o que acontece quandonossos planos mais bem

elaborados não uncionam? Stephanie J. Burns

Não 

“O Apóstolo Paulo oi um amigomaravilhoso que me ajudou a serpaciente e a enrentar constantementemeus desaos”, relata Sung Eun. “Elesempre tinha uma atitude positiva eesperava com disposição o que Deusreservara para ele, em vez de espe-rar que as coisas acontecessem no

momento em que ele queria. Aprendi com o exemplo dele que o

período de espera não é simplesmenteum processo pelo qual temos de pas-sar para conseguir o que queremos.Na verdade, trata-se de um processopelo qual nos tornamos quem nossoPai Celestial deseja que sejamos, pormeio das mudanças que eetuamos.”

 Tina descobriu que a mudança queela precisava azer era a de ver as coi-sas por uma nova perspectiva. “Fiqueisurpresa ao descobrir que mediameu próprio valor pelos parâmetrosdo mundo”, lembra ela. “Eu sentiaque tinha valor por causa de meuemprego e meu cargo, que me oramtirados. Agora encontro meu valornas verdades eternas de que sou lhado Pai Celestial e que tenho potencial

FUNCIONAM

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divino. Essas verdades jamais pode-

rão ser tiradas de mim.” Tanto Tina quanto Sung Eun admi-

tem que, embora o desenvolvimentodo caráter nem sempre seja agradável,os rutos do crescimento pessoal sãomuito bons. Sung Eun diz: “O ano emque ui reprovada no exame de quali-cação de proessores não oi apenaso mais doloroso e depressivo, mastambém o mais precioso. Tornei-memais capaz de compreender real-

mente as diculdades das outras pes-soas e tive o desejo de ajudá-las comreal intenção e preocupação”.

O exemplo de Amon e seus irmãosnoLivrodeMórmonmostrouaTinacomo o Senhor estava ampliando suaé para ajudá-la a atingir seu plenopotencial. “O plano do Senhor era queos netas salvassem seus irmãos lama-nitas em vez de usarem a espada parasolucionar o problema”, explica ela.

“Os lhos de Mosias receberam umatarea que exigia mais é, mas tambémreceberam a promessa de que casosuportassem suas afições com paciên-cia, teriam sucesso (ver Alma 26:27).Uma de minhas maiores provações éser paciente, porque quero compreen-der o plano inteiro, mas compreendique o plano do Pai Celestial e omomento certo, por Ele determinado,sempre são o melhor para nós.”

Guardar os Mandamentos,Aconteça o Que Acontecer

 Ao retornar da missão, Todd tinhapela rente um uturo brilhante. Naaculdade, conheceu uma moça exce-lente. Após vários meses de namoroe uma conrmação espiritual, Todda pediu em casamento, e ela aceitou.

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44 A L i a h o n a

 

Planejaram casar-se no nal do verão,

e os dois voltaram para casa parapreparar-se.

“Três semanas depois de despe-dir-nos na aculdade, ela rompeu onoivado”, relembra Todd. “ Arrasado não é um termo orte o bastante paraexpressar meus sentimentos. Haviainúmeras perguntas sem resposta emminha mente. Aquilo não azia sen-tido. Eu recebera uma conrmaçãona casa do Senhor, mas nosso relacio-

namento tinha chegado ao m. Meutestemunho nunca oi tão testado.

Inelizmente, por vários anos apóso m de nosso noivado não con-segui superar o ato. Não sabia seconseguiria voltar a conar em umsentimento de conrmação. Sempreconei no Senhor e procurei dar omelhor de mim para cumprir os man-damentos”, prossegue ele. “Tudo mepareceu em vão.”

 Alessia também achou que seurelacionamento com um determinadorapaz daria certo. “Nossa história eratão bela que, embora tivéssemos asdiculdades normais que todo casalenrenta, achávamos que nosso rela-cionamento jamais chegaria ao m”,recorda ela.

Quando o namorado de Alessiapartiu para a missão, a separa-ção oi diícil, mas por um motivodierente do que Alessia esperava.“Enquanto ele estava longe, come-cei a conhecer-me melhor. Percebique havia várias coisas em minha vida que ainda não estavam certase que muitas vezes eu me escon-dera atrás de tolices, em vez de mehumilhar e enrentar a realidade”,conta ela. “Eu tinha vivido uma

espécie de conto de adas, como seestar apaixonada bastasse para azertudo dar certo, e não raro isso me

levava a negligenciar as coisas maisimportantes.”

 Ainda assim, Alessia esperava umreencontro eliz e a continuação dorelacionamento com seu namoradodepois da missão dele. No entanto,quando ele retornou, saíram juntoscomo casal apenas algumas vezes,antes de romperem o namoro. “Foium dos momentos mais dolorososde minha vida”, diz Alessia.

No que vivenciaram, tanto Toddquanto Alessia acabaram por reco-nhecer que embora um relaciona-mento importante em sua vidativesse chegado ao m, eles nãopodiam abandonar sua obediênciae delidade ao Senhor. Ele tornou-sea âncora deles quando tudo o maisparecia instável e incerto.

“Não encontrei todas as respostasdo motivo pelo qual recebi a conr-mação para casar-me com alguém, já

que isso não aconteceu”, relembra.“Mas percebi que isso não importava.O que realmente importava era queeu ainda tinha é em Cristo e que usa-ria essa é para conar em tudo o queSenhor tivesse reservado para mim.”

 Alessia sabia que se comprome-ter totalmente com o Senhor lhedaria a orça de que necessitava.“Compreendi que havia chegadoo momento de decidir que tipode pessoa eu desejava ser”, dizela. “Eu continuaria a viver a vidapela metade ou começaria a trilharo caminho que me tornaria uma verdadeira discípula de Cristo? Euqueriaconhecê-Loprofundamente,amá-Loverdadeiramenteeprocurartornar-me uma pessoa melhor pormeio da obediência a todos os Seus

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mandamentos, não apenas externa-

mente, mas de coração, com verda-deira sinceridade.”

Desenvolver Esperança no Futuroe Fé em Cristo

Depois de enrentar revezes inespe-rados, todos esses quatro jovens adul-tos lutaram para encontrar coragem de viver no presente e novamente plane- jar para o uturo. Mas descobriram quesua é no Senhor cresceu.

Sung Eun lembra que depois de serreprovada no exame, oi diícil experi-mentar coisas novas. Mas então veioa descoberta crucial: “Dei-me conta deque o verdadeiro racasso é apegar-meao passado e esorçar-me pouco paratentar azer as coisas darem certo.Decidi que, em vez de continuar triste,transormaria aquele momento diícilem uma oportunidade de aprendi-zado. Minha capacidade de compreen-

der a vida em geral tornou-se maisampla e prounda, e aprendi que om de uma coisa sempre é o início deoutra”. Desde aquela época, ela reezo exame e oi aprovada e hoje é “umaproessora eliz que gosta muito doconvívio diário com os alunos”.

 Tina decidiu conar que haviaalgo a sua espera, embora osse diícilencarar um uturo incerto. “Decidi voltar para a aculdade e estudar artee tecnologia, uma área que me inte-ressava, mas para a qual não tinhaas habilidades necessárias”, explica.“Estou pronta para começar outraaventura, que será muito melhor, gra-ças à sabedoria de meu Pai Celestial.”

 Todd continuou tentando namo-rar por seis anos e esorçou-se paradesenvolver sua conança no Senhor.

Mesmo quando encontrava mulheres

que admirava muito, teve de lutar paraimpedir que suas dúvidas do passadodestruíssem suas esperanças no uturo.“Não oi ácil ter a determinação denão sucumbir às dúvidas de seis anos”,conta ele. “Mas ui rme em meuempenho de provar a mim mesmoque realmente conava no Senhore em Sua inspiração, embora tivessecado com raiva Dele anteriormente.”Um novo relacionamento acabou

levando-o ao casamento no templo.“Muitas vezes me pergunto por

que o Senhor me abençoou com umapessoa tão maravilhosa quanto minhamulher, se tive que lutar por tantotempo para conar plenamente nossentimentos do Espírito”, refete Todd.“É um testemunho para mim de queo Senhor está esperando para aben-çoar-nos, mas sempre de acordo comSua escolha do momento certo.”

 Alessia, ao rededicar-se ao Senhor,desenvolveu um proundo testemunhopessoal. “O plano de salvação tor-nou-se real para mim, e meus convê-nios tornaram-se mais ortes e maisproundos. A Expiação de Cristo deixoude ser uma teoria ou algo sobre o qualeu tinha lido, de modo talvez muitosupercial. Ocorreu uma mudançadentro de mim, em meu coração, eadquiri um rme testemunho.” Hojediz que se sente uma nova pessoa.

 A despeito das reviravoltas ocorri-das na jornada da vida, o destino nalda vida eterna é o que o Pai Celestialplaneja para Seus lhos (ver Moisés1:39). Alguns podem até descobrirque o “plano B” oi simplesmente ummeio de tornar o “plano A” Dele umarealidade. ◼

O MELHOR ESTÁ POR VIR

“Olhamos para trás a m de colher asbrasas das boas experiências, e não ascinzas. E quando tivermos aprendidoo que precisamos aprender e carre-gado conosco o melhor que vivencia-mos, devemos então olhar para rentee lembrar que a fé sempre aponta

 para o futuro.”

Élder Jerey R. Holland, do Quórum dos DozeApóstolos, “O Melhor Está por Vir”, A Liahona,

 janeiro de 2010, p. 17.

Para ler mais sobre este tema, ver Boyd K.

Packer, “Um Destes Meus Pequeninos

Irmãos”, A Liahona, novembro de 2004,

pp. 86–88; Robert D. Hales, “Esperar no

Senhor: Seja Feita a Tua Vontade”,

 A Liahona, novembro de 2011, pp. 71–74;

Ann M. Dibb, “Tem Bom Ânimo”, A

Liahona, maio de 2010, pp. 114–116.

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46 A L i a h o n a

Na bênção do sacerdócio,o servo do Senhor exerce osacerdócio conorme movido

pelo Espírito Santo, invocando ospoderes dos céus em beneício dapessoa que está sendo abençoada.Essas bênçãos são coneridas pelos

portadores do Sacerdócio de Mel-quisedeque, que detêm as chaves detodas as bênçãos espirituais da Igreja(ver D&C 107:18, 67).

Exemplos de Bênçãos doSacerdócio

Há muitos tipos de bênçãos dosacerdócio. À medida que eu derexemplos, lembrem-se de que as bên-çãos do sacerdócio estão ao alcancede todos os que delas necessitarem,mas são dadas tão somente a pedido.

 As bênçãos para cura de enermossão precedidas pela unção com óleo,conorme mandam as escrituras (ver Tiago 5:14–15; Marcos 6:13; D&C24:13–14; 42:43–48; 66:9). As bên-çãos patriarcais são dadas por umpatriarca ordenado.

A Importância das

Bênçãos doSacerdócio

 As pessoas que desejam orien-tação numa decisão importantepodem receber uma bênção dosacerdócio. As pessoas que neces-sitam de mais poder espiritual para vencer um desao particular podemreceber uma bênção. As bênçãos do

sacerdócio costumam ser solicitadasao pai antes de os lhos saírem decasa por vários motivos, como estu-dar, prestar serviço militar ou azeruma longa viagem.

 As bênçãos dadas nas circuns-tâncias mencionadas são às vezeschamadas de bênçãos de consolo ouconselho e geralmente são proeridaspelo pai ou marido, ou outro élderda amília. Elas podem constar dosregistros amiliares para a orientaçãoparticular das pessoas abençoadas.

 As bênçãos do sacerdócio tam-bém são coneridas nas ordenaçõesao sacerdócio ou na designação deum homem ou de uma mulher aum chamado na Igreja. Essas talvezsejam as bênçãos do sacerdócio maisrequentes.

Muitos de nós solicitamos umabênção do sacerdócio quando esta-mos para assumir uma nova respon-sabilidade no trabalho. Recebi umabênção assim há muitos anos e sentiimediatamente seu conorto e suaorientação duradoura.

A Importância das Bênçãos doSacerdócio

Qual a importância de uma bênçãodo sacerdócio? Pensem num jovemprestes a sair de casa a m de tentara sorte no mundo. Se o pai lhe deruma bússola, ele pode usar essa erra-menta terrena para orientar-se. Se lheder dinheiro, ele pode usá-lo para terdomínio sobre as coisas terrenas. Abênção do sacerdócio conere podersobre as coisas espirituais. Emboranão possa ser medida nem tocada,é de grande importância para nos aju-dar a vencer obstáculos no caminhopara a vida eterna.

É uma responsabilidade muitosagrada para o portador do Sacerdó-cio de Melquisedeque alar em nome

ÉlderDallin H. Oaks

Do Quórum dosDoze Apóstolos

 A bênção do sacerdócioconere poder sobre as 

coisas espirituais.

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do Senhor, ao proerir uma bênçãodo sacerdócio. Conorme o Senhornos diz nas revelações modernas:“Minha palavra (…) não passará, masserá toda cumprida, seja pela minhaprópria voz ou pela voz de meusservos, é o mesmo” (D&C 1:38). Se

um servo do Senhor ala movido peloEspírito Santo, suas palavras são “a vontade do Senhor, (…) a mente doSenhor, (…) a palavra do Senhor, (…)[e] a voz do Senhor” (D&C 68:4).

Se, porém, as palavras de umabênção representam apenas osdesejos e a opinião do próprio por-tador do sacerdócio, e não são ins-piradas pelo Espírito Santo, então abênção ca condicionada à vontadedo Senhor.

Os portadores dignos do Sacerdó-cio de Melquisedeque podem con-ceder bênçãos a sua posteridade. Asescrituras registram muitas bênçãosassim, entre elas a de Adão (ver D&C107:53–57), a de Isaque (ver Gênesis27:28–29, 39–40; 28:3–4; Hebreus11:20), a de Jacó (ver Gênesis

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48 A L i a h o n a

 

uma bênção assim. Espero que este- jam preparando-se espiritualmente.

Experiências Pessoais comas Bênçãos do Sacerdócio

Mencionarei alguns outros exem-plos de bênçãos do sacerdócio.

Há cerca de cem anos, Sarah Young Vance qualicou-se como parteira. Antes de começar a atender às mulhe-res do Arizona, um líder do sacerdócioa abençoou para que “zesse sempresomente o que é certo e o melhorpara o bem-estar de suas pacientes”.No decurso de 45 anos, Sarah trouxeao mundo aproximadamente 1.500bebês, sem perder nenhuma mãeou lho. “Sempre que me via diantede um problema diícil”, lembra ela,“alguma coisa parecia inspirar-me e,não sei como, eu sabia o que azer”.3

Em 1864, Joseph A. Young oi cha-mado a uma missão especial para cui-dar de negócios da Igreja no leste dosEstados Unidos. Seu pai, o Presidente

Uma bênção do sacerdócio é de 

grande importância para ajudar-nos 

a vencer obstáculos no caminho para 

a vida eterna.

48:9–22; 49; Hebreus 11:21) e a de

Leí(ver2 Né1:28–32;4).Pela revelação moderna, os pais

que são membros da Igreja recebe-ram o mandamento de trazer seuslhos “aos élderes diante da igreja,os quais lhes devem impor as mãosem nome de Jesus Cristo, abençoan-do-os em nome dele” (D&C 20:70).É por isso que os pais trazem seubebê a uma reunião sacramental,onde um élder, geralmente o próprio

pai, lhe dá um nome e uma bênção. As bênçãos do sacerdócio não se

restringem àquelas proeridas comas mãos impostas sobre a cabeça deuma pessoa. Às vezes, dão-se bên-çãos a grupos de pessoas. O proetaMoisés abençoou todos os lhos deIsrael antes de sua morte (ver Deu-teronômio 33:1). O Proeta JosephSmith “proeriu uma bênção sobreas irmãs” que trabalhavam no Templo

de Kirtland. Abençoou também “acongregação”.1

 Também se proerem bênçãos dosacerdócio sobre lugares. Os paísessão abençoados e dedicados à pre-gação do evangelho. Os templos eas casas de oração são dedicados aoSenhor por meio de uma bênção dosacerdócio. Outros ediícios podemser dedicados, caso sejam utilizadosa serviço do Senhor. “Os membrosda Igreja podem dedicar seu lar comoediício sagrado em que o SantoEspírito pode residir.”2 Os missioná-rios e outros portadores do sacerdó-cio podem deixar uma bênção dosacerdócio sobre a casa onde oramrecebidos (ver Alma 10:7–11; D&C75:19). Rapazes, dentro de poucotempo alguém pode lhes solicitar

Brigham Young, deu-lhe uma bênção

para que osse e retornasse em segu-rança. Na volta, viu-se envolvido numgrave acidente erroviário. “O treminteiro cou destruído”, conta ele,“inclusive o vagão em que me encon-trava até o banco a minha rente,[mas] escapei sem um arranhão”.4

 Ao alar das bênçãos do sacer-dócio, sinto despertar em mim umturbilhãodelembranças.Lembro-mede lhos que pedem uma bênção

para ajudá-los nos momentos maisdiíceis de sua vida. Alegro-me aorecordar promessas inspiradas e oortalecimento da é quando elasse cumpriam. Sinto orgulho de umanova geração cheia de é, quandopenso num lho apreensivo comum exame prossional, e incapaz decontatar seu pai distante, que pedeuma bênção do sacerdócio ao porta-dor do sacerdócio mais próximo de

sua amília, o cunhado. Recordo-mede um jovem converso à Igreja, queestava conuso e que me pediu umabênção para ajudá-lo a mudar seudestrutivo modo de vida. Ele rece-beu uma bênção tão incomum quequei atônito ao ouvir as palavrasque proeri.

Não hesitem em pedir uma bênçãodo sacerdócio quando necessitaremde orça espiritual. ◼

 Extraído de um discurso da conerência geral 

de abril de 1987.

NOTAS1. Joseph Smith, History of the Church,

 volume 2, p. 399.2. Manual 2: Administração da Igreja, 2010,

20.11.3. Ver Leonard J. Arrington e Susan A. Madsen,

Sunbonnet Sisters: True Stories of MormonWomen and Frontier Life , 1984, p. 105.

4. Joseph A. Young, Letters of Brigham Young to His Sons , ed. Dean C. Jessee, 1974, p. 4.

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   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   J   O   H   N   L   U   K   E

TESTEMUNHO:

COMPARTILHE-O! “Portanto levantai vossa luz paraque brilhe perante o mundo”

(3 Néf 18:24).

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Os adolescentes da Ilha de Cebu, nas  Filipinas, contam como receberam

respostas a suas orações.

Paul VanDenBergheRevistas da Igreja

PODER NA  ORAÇÃO A partir da esquerda: 

Joselito, Joahnna, Rosa, 

e Ken reunidos em frente 

do Templo de Cebu City 

Filipinas.

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J u l h o d e 2 0 1 2 51

Das dezenas de milhares de ilhas da Terra, um arquipélago com 7.107delas compõe a nação insular das

Filipinas, no Sudeste Asiático. Um comentá-rio bem-humorado que se az nas Filipinasé o de que embora haja 7.107 ilhas, issoé somente na maré baixa. Na realidade,o número de ilhas cai para 7.100 na maréalta, quando algumas submergem e camabaixo da superície do oceano. E comoas moças e os rapazes das Filipinas mantêm

a cabeça ora da água quando se sentemsobrecarregados? Voltam-se ao Pai Celestialem oração.

Há ocasiões em nossa vida em que talvez nos sinta-mos sozinhos, mas se nos lembrarmos de que nosso PaiCelestial está sempre a nosso alcance, sempre pronto paraouvir e responder a nossas orações, podemos ter alentonesse ato e sentir a esperança e a conança que esseconhecimento nos proporciona.

A Oração Proporciona Conança

 Joselito B. conta que oi designado a participar deum concurso de contar histórias quando tinha doze anos.Sua proessora pediu-lhe que decorasse um roteiro de dezpáginas que ele teria de apresentar perante centenas dealunos e proessores. Essa pode ser uma tarea assustadorapara qualquer pessoa, quanto mais para o Joselito, quegeralmente tem medo de subir ao palco.

“Então a primeira coisa que z oi orar e pedir orien-tação”, diz Joselito. “Em minha oração, pedi que, casoesquecesse parte do roteiro, eu conseguisse prosseguir einventar trechos novos que se encaixassem em minha his-tória. Ao terminar de orar, lembrei minha escritura avoritada Bíblia, que está no Velho Testamento, em Provérbios3:6, que diz: ‘Reconhece-o em todos os teus caminhos,e ele endireitará as tuas veredas’.”

 Joselito estava nervoso. Mas, esorçou-se muito asemana inteira para decorar o roteiro. E orou bastantetodos os dias. Por m, chegou o dia do concurso.

Na abertura do concurso, Joselito ainda estava muitonervoso. “Mas durante a história, senti-me bem”, diz ele.

“Simplesmente dei o melhor de mim e sabiaque Deus me ajudaria. Fiquei tenso e commedo por haver tantos alunos, mas Deusrespondeu a minhas orações.”

 Joselito não apenas conseguiu lembraro roteiro de sua história, mas se saiu tãobem que conquistou o primeiro lugar noconcurso. Joselito declara: “A oração é aresposta quando não há ninguém por pertopara nos consolar. Deus sempre está a nossolado para nos ajudar”.

A Oração Proporciona ForçasCriado numa amília de santos dos

últimos dias ativos, Ken G. nunca teve muito problemapara manter seus padrões elevados quando era menino.Mas, quando começou a escola secundária, as coisas ca-ram mais diíceis, e Ken às vezes se sentia isolado da boainfuência de sua amília, principalmente na escola.

“Eu e meus colegas éramos muito unidos, mesmo queeles não ossem membros da Igreja”, conta Ken. “Aindaassim havia orte união entre nós. O problema oi que eles

começaram a azer coisas incompatíveis com os padrõesde nossa Igreja.”

Em casa, Ken nunca tivera problemas para escolher ocerto, mas conta que, quando oi para a escola e não tinhamais a amília a seu lado para orientá-lo, começou a azerescolhas erradas. “Admito que z coisas que destoavamdos padrões da Igreja, por isso, no seminário, eu sempresentia que era sobre mim que a lição alava.”

Foi então que Ken se deu conta de que queriamudar, mas não se sentia orte o suciente para azerisso sozinho. “Por isso tomei a decisão de orar a Deus,pedindo que me desse a orça e a coragem para dizer‘não’ a meus amigos quando zessem coisas ruins”,explicou ele. “E senti que Deus respondeu a minhasorações. Para mim, cou mais ácil dizer ‘não’ sempreque meus amigos me pediam que zesse algo erradoou me tentavam. Eu já tinha o conhecimento e sabia oque era certo e errado. Mas, por meio da oração, senticomo se tivesse o poder e o dom de dizer ‘não’ e deazer o que era certo.”

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52 A L i a h o n a

 

Ken diz que a coisa mais importante queaprendeu com isso oi que “a oração é umsinal de sua humildade, porque você temque admitir para si mesmo que está racoe que somente Deus pode ajudá-lo a carorte” (ver D&C 112:10).

A Oração Proporciona Bênçãos

 Às vezes, precisamos mais do que ape-nas consolo e orça. Às vezes, as bênçãosde que necessitamos são mais tangíveis.

 Tania D. lembra-se de uma ocasião assim. A amília dela enrentava uma época dií-cil em termos nanceiros. “Numa noite desábado, tínhamos apenas 40 pesos [cercade 1 dólar] para o restante da semana, enão havia comida para o jantar nem sequercarvão para o ogão em casa”, diz Tania.“Minha mãe deu-me uma lista de todas ascoisas necessárias, e precisávamos de 250pesos para comprar tudo aquilo. A primeiracoisa que precisávamos comprar era carvão

para preparar o jantar.” Tania podia ver quenão havia dinheiro suciente para comprartudo. Então, deu-se conta de que não teriamdinheiro para a passagem de ônibus para ir àIgreja no dia seguinte. “Eu disse a minha mãeque não tínhamos o bastante para tomar oônibus para ir à Igreja. Mas minha mãe émuito ervorosa e me disse simplesmente:‘Deus proverá’.

Fui chorando no caminho para a loja por-que não tínhamos dinheiro suciente paracomprar tudo, e eu não sabia o que azer”, conta Tania. Ao enrolar uma das notas de vinte pesos e colocá-la nobolso, ez a única coisa que achou que ajudaria: orou.“Fiz uma oração ao Pai Celestial para que de algumaorma pudéssemos suprir nossas necessidades.”

Mas, quando chegou à primeira loja, viu que o preçodo carvão tinha subido de cinco para vinte pesos. “Fiqueihesitante em comprá-lo”, diz Tania, “mas senti o EspíritoSanto sussurrar-me que o comprasse mesmo assim, então

comprei. Restaram-me apenas vinte pesos,mas eu ainda tinha muitas coisas paracomprar, inclusive raldas para meu irmãoe água potável. Então ui à loja seguintecomprar alimentos para nossa reeição, e era

muito caro. Pus a mão no bolso onde tinhacolocado os vinte pesos e encontrei cinconotas de vinte pesos no maço. Comecei achorar bem em rente do dono da loja.

No nal, consegui comprar todas as coisasde que necessitávamos”, diz Tania, “e tínha-mos o suciente para as passagens de ôni-bus para ir à Igreja no dia seguinte. Quando voltei para casa, ui a meu quarto e z umaoraçãoaDeusparaagradecer-Lhepelabênção que nos concedera. Sei que Deus

realmente vive e responde a nossas orações,sobretudo nos momentos em que mais pre-cisamos Dele e azemos uma oração sincera.Ele realmente vai responder a essa oração.”

A Oração Mantém-nos Próximosdo Pai Celestial

Embora possamos ter certeza de quenosso Pai Celestial ouve e responde a nos-sas orações, precisamos lembrar que nossasorações nem sempre são respondidas ime-

diatamente e nem sempre da maneira que queremos quesejam respondidas. Nossas orações são respondidas deacordo com a vontade e o tempo de Deus.

Cada um desses adolescentes da Ilha de Cebu, nasFilipinas, aprendeu que nos bons e maus momentos,quando estamos em uma multidão ou sozinhos, esteja amaré alta ou baixa, nosso Pai Celestial sempre está a nossolado. E se O buscarmos em sincera oração, Ele sempreestá pronto a abençoar-nos. ◼

UM RELACIO-NAMENTO QUEVALORIZO MUITO

“Não se passou umsó dia sem que eu mecomunicasse com meuPai Celestial por meio daoração. É um relaciona-mento que valorizo muitoe literalmente fcariaperdido sem ele. Se vocêsnão têm esse tipo derelacionamento com seuPai Celestial, peço que

se empenhem em atingiresse objetivo. Ao azerisso, terão direito a Suainspiração e orientaçãona vida.”

Presidente Thomas S.Monson, “Permanecer emLugares Santos”, A Liahona, novembro de 2011, p. 82.

Veja um VídeoPara ver um vídeo com a história de Tania(em inglês, português e espanhol), visiteyouth.LDS.org e procure o vídeo “Fé Simplese Pura” no Tema dos Jovens 2012.

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Pablo Mireles Betts

Oque me impressiona noLivrodeMórmonéagrandee eterna mudança que ele

provoca nas pessoas, mesmo antesde serem membros da Igreja. Comomissionário, na Missão México Cuer-navaca, vi pessoalmente essa grandetransormação.

Quando estava na missão haviaseis meses, meu companheiro e eu

recebemos de um membro a ree-rência de uma moça de vinte anose da amília dela para ensinarmos. A moça não sabia no que os santosdos últimos dias acreditavam e nosez muitas perguntas. Por sabermosqueoLivrodeMórmonrespondeàsperguntas da alma, demos-lhe o livroe compartilhamos a promessa nelecontida sobre orar sinceramente parasaber se é verdadeiro.

Ela requentou a Igreja por trêssemanas, e continuamos a reunir-nos com ela. Não sabíamos que ela já dera aquele passo importante:tinhaoradoarespeitodoLivrodeMórmon. Em uma lição, ela contou-nos sua experiência pessoal. Pen-sara muito nas lições que havíamosdado, e quis orar por si mesma.

UMA PROMESSA E UMA ORAÇÃO

 Ajoelhou-se e perguntou a DeusseoLivrodeMórmoneraverda-deiro. A paz que sentiu depois deorar a incentivou a ler mais o livro.Enquanto lia, sentiu o Espírito derra-mar-Se sobre ela.

 Ao relembrar o que sentiu, ela noscontou: “Senti-me mais especial doque nunca. Algo começou a preen-cher um vazio que havia em minha

 vida e que nada conseguia preen-cher. Senti-me tão eliz que comeceia chorar. Não podia acreditar no queestava sentindo, mas sabia que o PaiCelestial havia respondido a minhaoração, que Ele me conhecia e queme amava tanto a ponto de ouvir-mee de responder a minha oração”.

Senti uma alegria imensa no cora-ção quando ela nos contou a expe-riência que tivera. Sabia que estavaem solo sagrado naquela ocasião.O Espírito Santo me conrmou queas palavras dela eram verdadeiras.Com o testemunho dela, lembrei-medo grande amor que o Pai Celestialtem por nós. Ele nos ama tanto quenosdeuoLivrodeMórmoncomoins-trumento para que conheçamos a Elee a Sua verdade. Quando obedecemos

D O C A M P O M I S S I O N Á R I O

O Livro de  Mórmon tem o poder de aju-dar qualquer 

 pessoa que qui- ser saber se ele é verdadeiro.

aosprincípiosencontradosnoLivrode Mórmon, nossa vida muda.

 Ainda me lembro como aquelalição terminou. A irmã nos perguntou:“O que acontece agora que sei que oLivrodeMórmonéverdadeiro?”

“O próximo passo é o batismo”,respondemos.

Sua resposta oi simples, mas refe-tia a rmeza e a simplicidade de seutestemunho: “Então serei batizada”.

OLivrodeMórmontemopoderde ajudar-nos a encontrar elicidadee paz. Quando o lemos, desenvolve-mos a rme determinação de vivero evangelho de Jesus Cristo, assimcomo aquela irmã decidiu seguir oexemplo do Salvador até as águas dobatismo. ◼

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Elyse Alexandria Holmes

Você está em uma reunião detestemunho. Ao ver os membrosda congregação levantarem-se

e prestarem testemunho, você senteque deve azer o mesmo. Mas o que vaidizer? E se começar a chorar enquantoestiver lá em cima? Ou se não começara chorar? Você pode até começar a ques-tionar se tem um testemunho. Ou talveznão tenha certeza do que seja um tes-temunho. Aqui estão algumas diretrizes

para ajudá-lo a saber o que é e o quenão é um testemunho.

VER O QUADRO GERAL

“Aqueles que buscam com diligência aprendera respeito de Cristo, acabam por conhecê-Lo.Eles recebem pessoalmente um retrato divino doMestre, embora, na maioria das vezes, isso venhana orma de uma peça de quebra-cabeça — uma

de cada vez. Cada peça individual talvez não sejaacilmente reconhecida como tal — pode não fcarclaro como ela se relaciona com o todo. Cada peçanos ajuda a ver um pouco mais claro o quadrogeral. Por fm, depois de um número sufciente depeças ter sido encontrado, reconhecemos a grandebeleza de tudo isso. Então, recordando o que viven-ciamos, vemos que o Salvador havia de ato vindopara fcar conosco, afnal — não de uma vez, massilenciosa e serenamente, quase despercebido.”

O Que 

É um 

Um Testemunho É uma Convicção,um Conhecimento ou a Crençanuma Verdade

O “grande testemunho” (Alma 4:19) começacom uma crença pura. O testemunho é umaconrmação espiritual de algo em que vocêacredita ou de algo que você sabe ser verda-deiro (ver D&C 80:4). Ao prestar testemunho,as partes mais puras e ortes provêm de pala- vras como saber, crer e testifcar. Se você puderdizercomsinceridade“SeiqueoLivrode

Mórmon é verdadeiro”, terá o poder de mudar vidas e convidar o Espírito a tocar outras.

Seu testemunhotalvez seja mais 

 orte do que você pensa.

Presidente Dieter F.Uchtdor, Segundo

Conselheiro na PrimeiraPresidência, “À Espera, na

Estrada para Damasco”, A Liahona, maio de 2011,

p. 70.

GRANDETESTEMUNHO?

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Imagine que você tenhauma grande caixa cheia de

peças de um quebra-cabeçacriado especialmente para você. Usando a gravuraque está na tampa dacaixa como modelo, vocêtenta encaixar as peças. Quandoduas peças se encaixam, você sabeque ormam um par. O testemunhounciona de modo semelhante. Aoter experiências espirituais, diversaspeças de seu testemunho começam

a se encaixar, e você passa a acreditarem certas verdades do evangelho ousaber que são verdadeiras.

Mesmo que não saiba nestemomento que tudo na Igreja seja ver-dade, o Pai Celestial vai abençoá-loe ajudá-lo a aprender, contanto quetenha um desejo justo de conhecere procurar sinceramente aprender.

O Testemunho É Pessoal

 Ao trabalhar em seu quebra-cabeça,seus amiliares e amigos podem de vez em quando ajudar você a mon-tá-lo. Mas no nal, ele é seu que-bra-cabeça, que você deve montar eproteger. Às vezes, você pode conar

VEJAMOS O QUE OS JOVENSTÊM A DIZER SOBRE OGRANDE TESTEMUNHO.

“Às vezes, os maiores testemunhossão os que mais se parecem com o dascrianças. Os maiores testemunhos sãorealmente aqueles nos quais testifcamosque Jesus Cristo vive, que nosso PaiCelestial vive e que Ele nos ama.”—Matias C., Argentina

“Creio que é importante ter umgrande testemunho porque podemosusar esse testemunho para levar o evan-gelho às pessoas.”—Quaid H., Austrália

“O testemunho é a maior âncora quetemos. Não importa o que aconteça anosso redor, se tivermos um testemunhoorte, poderemos enrentar os problemascom uma atitude melhor.”—Zane V., Caliórnia, EUA

“Acho que um grande testemunhoprecisa ser algo que encontramospor nós mesmos e em que realmenteacreditamos, e quando compartilhamosnosso testemunho, podemos tocar

outras pessoas e isso pode ortalecero testemunho delas também.”—Zamagomane M., Árica do Sul

na é que seuspais ou amigos têm,

mas à medida que pas-sar por mais experiências

espirituais, poderá manter seupróprio testemunho.

 Ao crescer no evangelho, é impor-

tante que desenvolva seu própriotestemunho. Assim como duas pes-soas usariam métodos dierentes paramontar um quebra-cabeça — talvezuma comece pelas bordas, ao passoque outra comece combinando ascores — cada qual edica seu teste-munho por meio de crenças e expe-riências exclusivas.

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Será que tenho de contar uma história ouexperiência quando presto testemunho?

As pessoas costumam contar histórias ou experiên-cias pessoais quando prestam testemunho, e isso

pode ser uma ótima maneira de descrever como umtestemunho cresceu. Mas, uma história não é um

testemunho. Uma história breve e relevante pode aju-

dá-lo a ilustrar um ponto de vista, mas não deixe dedizer como essa história aumentou seu testemunho

e quais verdades do evangelho você aprendeu com

isso. O testemunho é o que você sabe a respeito doevangelho, não onde você esteve ou o que ez.

O Élder David A.

Bednar, do Quórum dos

Será que Eu …?Se não tiver certeza de algo, ore sinceramente pedindo orienta-ção e conhecimento da verdade. Com requência, as orações não

são respondidas da maneira que esperamos, por isso mantenhao coração e os olhos abertos para as respostas.

Um Testemunho Cresce Continuamente Assim como para montar um quebra-cabeça, é necessário tra-

balho para unir as peças, não podemos esperar que o testemunho venha de uma vez. Aprendemos, peça por peça, a veracidade doevangelho.

É preciso esorço constante para manter um testemunho orte. À medida que você continua a empenhar-se para aumentar seuconhecimento do evangelho, o Espírito Santo vai

abençoá-lo em seus esorços, e seu testemunho vai continuar a crescer. ◼

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Doze Apóstolos, ensinou: “Um testemunho é o que

sabemos ser verdade na mente e no coração por meio

da conrmação do Espírito Santo (ver D&C 8:2). Seproessarmos a verdade em vez de admoestar, exortarou simplesmente compartilhar experiências interes-

santes, promoveremos a presença do Espírito Santopara conrmar a veracidade de nossas palavras”.1

Além disso, tome cuidado em relação às experiên-cias pessoais que compartilhar. Algumas são proun-

damente pessoais para você ou para outras pessoas,

inclusive as histórias sobre pecado, arrependimentoou experiências espirituais sagradas. Histórias como

essas não devem ser contadas em público, a menos

que você seja inspirado a azê-lo. Quando se sentirinspirado, atenha-se a aspectos gerais, abordandoo que aprendeu com a experiência, em vez de dar

detalhes especícos do que aconteceu.

Tenho que expressar gratidão ou amorem meu testemunho?

Embora não seja impróprio externar amor ou

gratidão ao prestar seu testemunho, essas expressõesnão podem ser consideradas um testemunho. O teste-

munho aborda o que você aprendeu espiritualmente

a respeito do evangelho. As expressões de amor ougratidão não devem tomar o lugar do testemunho.

O Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze

Apóstolos, disse: “[Preocupo-me] com o ato de quemuitos dos testemunhos de nossos membros se

restringem ao ‘sou grato por’ e ‘eu amo’, mas bem

poucos são capazes de dizer com humildade e sinceraclareza: ‘Eu sei’”.2

Tenho que chorar ou demonstrar emoçãopara ter um testemunho real ?

Muitas pessoas choram ou demonstram emoção

ao prestar testemunho ou quando sentem ortementeo Espírito, mas nem todos têm a mesma reação emo-

cional ao sentir o Espírito. Você não precisa demons-

trar emoção da mesma orma que outras pessoas aoprestar testemunho.

Se você já seperguntou isso,

aqui estão algumasrespostas.

O Presidente Howard W. Hunter (1907–1995)

disse: “Fico preocupado quando me parece que uma

emoção orte ou lágrimas fuentes são equiparadasà presença do Espírito. Sem dúvida o Espírito doSenhor pode azer com que tenhamos emoções ortes,

inclusive lágrimas, mas as maniestações externas nãodevem ser conundidas com a presença do Espírito

propriamente dita”.3

Se não estou certo se tenho um testemu-nho, ainda assim devo tentar prestá-lo?

É ácil sentir que seu testemunho não é orte o

suciente ou que não vale a pena ser prestado, mas

ao azê-lo, você verá que tem realmente um testemu-nho! Não tenha medo de prestar testemunho. Vocêverá que quanto mais o prestar, mais ele crescerá.

O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou:

“Não é incomum ouvirmos um missionário dizer:

‘Como posso prestar um testemunho antes de adqui-ri-lo? Como posso testicar que Deus vive, que Jesus

é o Cristo e que o evangelho é verdadeiro? Se eu nãotenho esse testemunho, isso não seria desonesto?’

Oh! Se ao menos eu pudesse ensinar-lhes

este único princípio: o testemunho é descoberto 

quando nós o prestamos! Em algum lugar denossa jornada em busca de conhecimento espiri-

tual, existe aquele ‘salto de é’, como os lósooso chamam. É o momento em que chegamos até

o limiar da luz e damos um passo para dentro da

escuridão, para naquele instante descobrirmos queo caminho está iluminado por apenas um ou dois

passos à nossa rente.”4

NOTAS1. David A. Bednar, “Mais Diligentes e Interessados

em Casa”, A Liahona, novembro de 2009, p. 17.2. M. Russell Ballard, “Testemunho Puro”,

 A Liahona, novembro de 2004, p. 41.3. Howard W. Hunter, Pregar Meu

 Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2004, p. 102.

4. Boyd K. Packer, “A Busca doConhecimento Espiritual”, A Liahona, 

 janeiro de 2007, p. 14.

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Brittany Thompson

Para mim, uma jovem adoles-cente, a escola era apenas umaencenação. Sabem quando o

 vilão do lme sai com tiradas geniaise acaba roubando a cena? Eu que-ria muito saber azer isso. Tentei sero centro das atenções, tal como amelhor das vilãs. Fingia ter padrões

morais baixos porque queria impres-sionar minhas amigas na escola. Adorava as risadas que ouvia quandousava linguagem imprópria ou aziapiadas sobre as pessoas.

Eu queria ser aclamada pelopúblico. Para isso, descobri comoagradar. Tornei-me a comediante deplantão na aula de Biologia, conseguiconvencer minha equipe de vôlei deque adorava estas e desz minha

reputação de menina inocente e ingê-nua. Pensava: “Não quero que minhasamigaspensemquesousantinha!”

Como na verdade não estavacometendo os graves pecados que aspessoas achavam que eu cometia, eutentava a todo custo convencer-me deque não havia problemas em minhasgrosserias. Eu estava totalmente

errada!Olmedeminhavidarealchegou ao ponto de eu mesma acharinsuportável assistir a ele. Quantomais popular me tornava, menosgostava da personagem que eurepresentava.

Certo dia, duas amigas alavamde uma atleta muito gentil e meiga

chamada Jennier, que não tinha vergonha de deender suas crenças.Uma de minhas amigas, a jovem maislinda, popular e inteligente da sétimasérie, disse: “A Jenier é muito die-rente. Bem que eu queria ter a cora-gem dela para acreditar em minhaigreja como ela az. Ela é a únicapessoa que conheço que leva uma vida assim”. Fiquei perplexa.

“Como ela podia dizer algo assim

sem sequer se lembrar de mim?”pensei. “Anal de contas, minhaIgrejatempadrõesmuitoelevados!”Fiquei uriosa por ela nem sequer meconsiderar um bom exemplo. Então,de repente, senti que estava sentadana primeira leira de um cinema quemostrava minha vida como o lmeprincipal.

Refeti sobre o mau exemplo queeu estava sendo para minhas amigas.Que tipo de jovem ia me ver e pen-sar: “Queria ser tão corajosa e espe-cial quanto ela”. Eu não gostava nemum pouco da pessoa que me tornara.

Minha mudança de personagem ede reputação oi um processo demo-

rado, e ainda tento manter a bocaechada em vez de soltar palavrõesque agradam a multidão. Mas, dei-meconta de que podia azer minhas ami-gas rirem sem magoar alguém e quepodia sair da sala quando alguémcontava uma piada vulgar, sem serridicularizada por isso. Ninguémprecisa ser a “vilã” para ter muitasamigas. Mudei de atitude e compor-tamento porque é bem melhor estar

em paz com minhas crenças do quetentar esconder quem sou. ◼

ENCENAR para os Outros Minha vida era só encenação, até que decidi trocar de papel.

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Deborah MooreInspirado numa história verídica

“Carlos está aqui hoje”, disse

a mãe de Tiago, apon-tando para um menino

que estava no corredor, junto à salada Primária.

 Tiago resmungou. Carlos vestiacalças jeans e uma camisa velha. Tiago sabia que seus pais jamaispermitiriam que ele se vestisseassim para ir à Igreja, mas elestambém jamais permitiriam queele zesse várias outras coisas que

o Carlos azia.Na semana anterior, na escola,

Carlos oi expulso da sala de aulapor responder à proessora. Elesempre zombava da maneira como Tiago se vestia e implicava com elepor ser o mais baixinho da escola.

“E se ele gritar com a irmã Inêsou começar uma briga?” perguntou Tiago.

“Tenho certeza de que tudo carábem”, disse a mãe. “O Carlos nunca veio à Igreja e deve estar nervoso.”

Quando a aula começou, a irmãInês perguntou quem tinha trazidoas escrituras. Tiago levantou a mãocom todo o restante da turma,mas Carlos ez que não com acabeça. Ele parecia envergonhado,e isso surpreendeu Tiago. Carlos

geralmente soltava uma piadaquando não azia a lição decasa. Quanto mais Tiago

pensava naquilo, mais seperguntava como seria irpela primeira vez a umanova igreja.

 A irmã Inês emprestou asescrituras dela para o Carlosusar. Quando oi a vez deCarlos ler uma escritura, Tiagocomeçou a se preocupar. E seCarlos jogasse as escrituras no chãoe se recusasse a ler?

Mas, Carlos não ez nada daquilo.Começou a ler as palavras dapáginaefezumacareta.Logo, ele percebeu que Carlos não sabialer muito bem. Tiago nunca tinhanotado isso antes na escola.

Um Sussurro

“Amai a vossos inimigos, azei bem aos que vos odeiam” (Lucas 6:27).

de

Bondade

O que você acha que Tiago vai 

 azer? Ele vai rir do Carlos? Vai 

ignorá-lo? O que você aria se osse 

o Tiago? Vire a página para saber 

o que aconteceu.

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60 A L i a h o n a

 

Certo dia, meus

amigos e euestávamos brin-cando no parquinho,quando uma meninase juntou a nós.

Todos sabiam que ela perseguia asoutras crianças e que não era gentilcom os outros. Ela começou a mudaras regras do jogo, então eu disse:“Você pode brincar de seu jeito,mas nós vamos brincar do jeito que

queremos”. Com ar de decepção, elaoi embora. Depois disso, pensei noque tinha dito à menina. Eu sabia quea tinha magoado. Mais tarde, eu aencontrei e disse: “Desculpe. Eu nãoquis dizer que você não podia brincarconosco”. Ela disse que estava tudobem. Aquela menina e eu talvez nãosejamos as melhores amigas, masacho que z o que Jesus queria queeu zesse sendo gentil com ela.Raegen K., 9 anos, Utah, EUA

É ASSIM QUE DEVEMOS SER

Você podeentrar emnosso time.

 Tiago inclinou-se na direção do

Carlos e sussurrou: “Em verdade”.Carlos cou surpreso, mas disse

a palavra e continuou a ler o ver-sículo. Quando tinha diculdadepara ler uma palavra, o Tiago oajudava. No nal de sua vez, Carlosolhou para o Tiago e acenou dis-cretamente com a cabeça.

 Tiago não tinha certeza seas coisas seriam dierentes

na escola depois daquilo. O engra-

çado era que ele não se importava.Sentia-se bem por saber que tinhaajudado um menino que sempreimplicava com ele, e ninguém podiaroubar-lhe aquele sentimento. ◼

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J u l h o d e 2 0 1 2 61

No dia 24 de julho,comemoramos a chegadados pioneiros ao Vale

doLagoSalgado.Eles deixaram tudo para trás —

seu lar, seus negócios, suas azen-das e até seus amados amiliares— para viajar para o deserto.

T E S T E M U N H A E S P E C I A L

Os antigos pioneiros viveram há muito tempo. 

O que posso aprender

com eles?O Élder 

 L. Tom Perry,do Quórumdos Doze 

 Apóstolos,expõe algu-

mas ideias  sobre o

assunto.

Os pioneiros dançavam e can-tavam ao cruzar as planícies. Eraseu modo de manter o ânimo aoenrentar imensas diculdades.

Com uma rme é em Deus e emseus líderes, os antigos pioneirostrabalharam para criar belas comu-nidades nos vales das montanhas.

Que legado glorioso de é,coragem e engenhosidadeaqueles nobres pioneiros deixa-ram como alicerce para nós. ◼

 Extraído de “O Modo Antigo de Encarar 

o Futuro”, ALiahona , novembro de 2009,

 p. 74; “A Meaningul Celebration”,Ensign ,novembro de 1987, pp. 70, 72.

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62 A L i a h o n a

 

Chad E. PharesRevistas da Igreja

Soma, Eszter e Kata B. moramem Budapeste, Hungria, umacidade com uma história de

palácios, realeza, belas obras dearte e ediícios. Embora as crianças

Fazer Históriaaprendam a história de sua cidadena escola, também se interessam emaprender outro tipo de história: ahistória da Igreja.

“Gosto de ouvir sobre quando

 Joseph Smith orou, e o Pai Celestiale Jesus Cristo apareceram a ele”,diz Eszter, de 7 anos.

Soma, de 10 anos, gosta de lersobre Alma, o lho. “No começo eleera mau, mas gosto de ver como eledecidiu ser bom.”

Não há muitas pessoas em Buda-peste que conhecem Joseph Smithou Alma, o lho, mas Soma, Eszter e

Kata, de 5 anos, esperam que se elasderem um bom exemplo e escolhe-rem o certo, mais húngaros virão aconhecer a Igreja. ◼

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Soma gostade andar debicicleta

 perto decasa.

 A matéria preerida deEszter na escola é Artes.

O Livro de Mórmon oi  publicado em húngaroem 1991.

Há aproximadamenteum membro da Igreja para cada 2.200 pessoasna Hungria.

  HUNG

RIA

Templo deFreiberg

Alemanha

 M  a r     M  e d i t e r r ân e o

O Templo de Freiberg Alemanha é o que fcamais perto de Budapeste.Está a quase 600 quilôme-tros de distância.

ALEMANHA

  H  U  N G

  R  I A

Budapeste

 M  a  r   N

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64 A L i a h o n a

Consegue imaginar o queseria ir para a missão semsaber quando voltaria para

sua amília? Como você se sentiria?O que aria para se preparar?

Os quatro lhos do rei Mosias — Amon, Aarão, Ômner e Hímni — eseu amigo Alma oram para uma mis-são que durou quatorze anos. Cadaum dos lhos do rei Mosias poderiater sido rei de seu próprio país, masem vez disso seguiram o desejo deseu coração. Eles e Alma se conver-teram ao evangelho de Jesus Cristoe queriam compartilhar o evangelho

com os lamanitas, seus inimigos. Aqueles rapazes sabiam que não

poderiam cumprir sua missão sem opoder de Deus. Alma 17:2–3 explicacomo conseguiram esse poder:“Haviam examinado diligentementeas escrituras para conhecerem apalavra de Deus. (…) Haviam-sedevotado a muita oração e jejum;por isso tinham o espírito de pro-ecia e o espírito de revelação; equando ensinavam, aziam-no compoder e autoridade de Deus”.

 A oração e o jejum ajudaramaqueles rapazes a receber bênçãos

de Deus. Assim como Alma e oslhos de Mosias, você pode jejuar eorar, a m de se preparar para rece-ber as bênçãos que o Pai Celestialreservou para você. ◼

Princípios do Evangelho

T R A Z E R A P R I M Á R I A P A R A C A S A

Você pode usar esta lição e atividade para aprendermais sobre o tema da Primária deste mês.

Escolho o Certo Vivendo os

Hino e Escritura

• Ver“OSábioeoTolo”, Músicas para Crianças , p. 132

• 1 Néf3:16

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J u l h o d e 2 0 1 2 65

Somente VocêColoque uma pedra colorida na camacomo lembrete de orar e compartilhar

com o Pai Celestial o motivo de seu

 jejum. Depois de orar e de começaro jejum, coloque a pedra no chão,

ao lado da cama. Quando o jejumterminar, a pedra será um lembrete de

ajoelhar-se e orar. Você pode usar essapedra como lembrete no domingo

de jejum de cada mês e tam-bém quando realizar

um jejum especial

com sua amília,ala ou ramo.

Você precisará do seguinte:

uma pedra lisa

tinta acrílica ou canetas coloridas

pincel

Tempo do CTR:Oração e JejumEm amília, conversem sobre a

mportância de orar antes e depois do

ejum. Da próxima vez que a amíliaejuar, conversem sobre um propósito

para ele. Comece o jejum orando eonversando com o Pai Celestial sobre

o motivo de você estar jejuando.

Lave a pedra e deixe secar.Coloque um pouco de tinta em um

prato de papel ou em uma cartolina.

Use o pincel ou as canetas coloridaspara decorar a pedra. Escreva seu

nome nela ou desenhe outrosmotivos ou ormas.

Deixe a tinta secar completamentee coloque a pedra na cama.

1. 2.

4.3.

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66 A L i a h o n a

Joshua J. PerkeyRevistas da Igreja

Inspirado numa história verídica

Chegara a noite amiliar,e todos tinham uma partea cumprir. A mãe dirigia

a reunião. O pai daria a aula. Ascrianças estavam encarregadas daoração, da música e da atividade. Todos, menos o Thomas. Naquela

semana, era a vez de Thomas pres-tar testemunho, mas ele estava com vergonha.

Ele já tinha prestado teste-munho antes, mas azia muitotempo, e não se lembrava bemdo que tinha de dizer. Por isso,quando o primeiro hino termi-nou e oi eita a oração, Thomasranziu a testa.

O TESTEMUNHO

de Thomas

“É sua vez”, lembrou a mãe. Thomas olhou pela janela para

o pinheiro lá ora, desejando quede alguma orma ele lhe dissesseo que azer.

O pai sentou-se ao lado do Thomas e perguntou qual erao problema.

“Não sei o que é um testemu-nho”, disse Thomas, baixinho.

“Eu, o Senhor, vos dou um testemunho da [verdade]” (D&C 67:4).

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J u l h o d e 2 0 1 2 67

“Ora, podemos ajudá-lo”, disse

o pai. “É dizer para nós algumascoisas que você sabe que são ver-dadeiras ou nas quais acredita. Vocêpode alar sobre como gosta de leras escrituras. Isso sempre o ajuda asentir o Espírito.”

Mas Thomas não se sentia pre-parado. Todos olhavam para ele,esperando que zesse algo. Ele ezque não com a cabeça. “Não con-sigo. Não sei o que é.”

O pai deu um tapinha carinhosono braço do Thomas. “Está bem. Você pode azer isso em outraocasião.”

Mais tarde, naquela noite, Thomas sentou-se na cama com oLivrodeMórmonnasmãos.Opaitinha razão. Ele realmente se sentiamelhor quando lia as escrituras.

“Vocês verão que,quando compartilhamseu testemunho, ele setorna mais orte.”

 Tentava ler um capítulo por dia,

mas os capítulos começaram a carbem compridos. Abriu suas escritu-ras em 1 Né 17.

“Comoélongo!”sussurrou Thomas. Fez uma breve oração aoPai Celestial, pedindo ajuda. Então,cou admirado de ver como otempo passou depressa.

Pouco antes de Thomas apagara luz, o pai oi-lhe dizer boa noite.

“Adivinhesó,pai!”

“O que oi, lho?”“Eu não li as escrituras a semana

inteira porque os capítulos caramlongos demais. Mas hoje à noite euqueria ler, por isso z uma oração,eoPaiCelestialmeajudou.Liocapítulo inteiro, e pareceu queoram só cinco minutos. A oraçãoé uma coisa muito boa.”

“Thomas, sabe o que você aca-

bou de azer?” perguntou o pai,com um sorriso. “Você prestou seutestemunho!”

“Sério?” perguntou Thomas.“Como assim?”

“Quando você alou sobre aoração e como ela o ajudou, isso oium testemunho sobre a oração.”

 Thomas abriu a boca, espantado.Pensou em todas as vezes quealguém lhe ensinou algo sobre o

testemunho. Ele se deu conta deque tinha realmente prestado umtestemunho!

 Thomas sentiu-se tão bem quecou com vontade de rir. Deu umabraço no pai.

“Puxa,consegui!”exclamou Thomas. “Pai, posso prestar meu tes-temunho na noite amiliar da semanaque vem? Sei que não é minha vez,mas quero alar da oração.”

“É uma ótima ideia”, disse o pai.Quando o pai saiu do quarto,

 Thomas pensou em tudo o quehavia acontecido naquele dia. Ficougrato pela amília, pelas escrituras,pela oração e por muitas outras coi-sas. Naquele momento, estava gratopor ter um testemunho. Agora, elesabia como prestá-lo e o que signi-cava. ◼

Élder Robert D. Hales, do Quórum dosDoze Apóstolos, “The Importance oReceiving a Personal Testimony”, Ensign,novembro de 1994, p. 22.

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68 A L i a h o n a

Otestemunho é como umabela planta. Ele cresce umpouco a cada vez e pre-

cisa de cuidado e proteção. Siga asinstruções abaixo para azer estaplanta crescer sadia e vistosa.

Quando você sabe que algo é verdadeiro, tem um testemunhodessa verdade. O Espírito Santo oajuda a compreender a verdadena mente e o az ter um senti-mento de paz, elicidade, luz ecalor no coração. Pinte uma fordesta página toda vez que ler umacoisa abaixo que você saiba que é verdadeira.

• DeusémeuPaiCelestialamoroso.

• OPaiCelestialouvenossas

oraçõeserespondeaelas.

• GraçasàExpiaçãodeJesus

Cristo,possoumdiavoltar

avivercomoPaiCelestial.

• JosephSmithrestaurouo

evangelhonaTerra.

• TemosumprofetanaTerra

hoje.

• AsescriturasmeensinamoqueoPaiCelestialquerque

eusaiba.

 Assim como uma planta crescequando recebe água e luz do sol,seu testemunho ca mais ortequando você az boas escolhas. Abaixo estão algumas maneiraspelas quais você pode ortalecer seu

testemunho. Pinte uma olha destapágina toda vez que zer algo nestemês para ajudar seu testemunhoa crescer.

• OrarparaoPaiCelestial.

• Prestarmeutestemunhona

noitefamiliarounumdiscurso

naPrimária.

• Lerasescrituras.

• OuvireaprendernaPrimária

enareuniãosacramental.• Escrevermeutestemunhono

diário.

• Sergentilcomosoutros.

• Leroqueosprofetasensina-

ramsobreotestemunho.

(Vocêpodecomeçarcom

“AIgrejaVerdadeira”,do

PresidenteHenry B.Eyring,

queestánarevista A Liahona

demarçode2009.)◼

Um Testemunho Crescente

   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Ã   O  :   B   R   A   D   C   L   A   R   K

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J u l h o d e 2 0 1 2 69

Eugene Y., 12 anos, da Malásia,gosta de jogar xadrez chinês como avô. Em seu tempo livre, tambémgosta de jogar basquete e bad-minton com os amigos. Ele adoraazer novos amigos e ouvir cançõeschinesas.

Alina A., 7 anos, Ucrânia

Nossa Página

GOSTO DE FAZER METAS

Fiz um travesseiro com uma gravurade Jesus Cristo porque essa era uma

de minhas metas. Sinto-me grata por ter sido batizada. Gosto demanter um caderno onde escrevominhas metas. Gosto de azer coisase observo minha mãe e sempre açoo que ela az.

Miriam C., 8 anos, México

Templo,Scherryan P.,10 anos, Samoa

Minha Família, Lucas O.,5 anos, Brasil

SABEMOS QUE ELE VIVE E QUE ELE NOS AMALemos as escrituras e estudamos os ensinamentos de JesusCristo com nossos pais todas as noites. Quando ouvimos os

líderes da Igreja alar na conerência e citar histórias das escri-turas, reconhecemos os ensinamentos porque já os estudamos

em amília. Compreendemos a importância do estudo diário dasescrituras. Sabemos que somos flhos do Pai Celestial, que Ele

vive e que Ele e Jesus Cristo nos amam.

Thomas A., 8 anos; Aaron A., 6 anos,

e Cecilia A., 10 anos, Argentina

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70 A L i a h o n a

Jane McBride ChoateInspirado numa história verídica

“Cremos em ser honestos” (Regras de Fé 1:13).

P A R A A S C R I A N C I N H A S

1. 2.

3. 4.

Kelly Comete um Erro

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5.6.

7. 8.

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72 A L i a h o n a

P A R A A S C R I A N C I N H A S

 APRENDER COM OS ERROSDarcie Jensen

 Às vezes cometemos erros, como aconteceu com a Kelly. Quando cometemos erros, podemos pedir desculpas.Olhe para os desenhos desta página. Circule o desenho de cada coluna que seja dierente dos outros.

1. Admita que ez algo errado. 2. Diga: “Sinto muito”

e peça perdão.

3. Prometa não azer de novo. 4. Faça todo o possível

para corrigir o erro.

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J u l h o d e 2 0 1 2 73

POSSO SER HONESTO.

 Acriança desta gravura está sendo honesta. Veja se consegue encontrar uma bola, uma vela, um teleone celu-lar, um relógio, um biscoito, um cachorro, uma boneca, uma pena, um lápis, um pedaço de torta, as escritu-

ras e uma colher.

O  L i  v r o  d  e  M ó r m o n 

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74 A L i a h o n a

AIgreja anunciou 110 novos presidentes de missãono início deste ano. A maioria começará a exercerseu chamado de dois ou três anos, em companhia

da esposa, neste mês.

Notícias da Igreja

Novos Presidentes de Missão Chamados a Servir

Acesse news.LDS.org para mais notícias e acontecimentos da Igreja.

MISSÃO NOVO PRESIDENTE

Cingapura Bradley S. Mains

Colômbia Bogotá Norte Mark F. Andelin

Colômbia Bogotá Sul Letvin Lozano

Colômbia Medellín Roberto O. Pitarch

Coreia Seul Brent J. Christensen

Costa Rica, San José Chad R. Wilkinson

Dakota do Sul Rapid City Curtis E. Anderson

Dinamarca Copenhague Shawn D. Sederholm

Escócia/Irlanda Alan H. Brown

Espanha Barcelona Mark L. Pace

Espanha Madri Scott T. Jackson

Espanha Málaga Monte M. Deere Jr.

Filipinas Bacolod Marlo O. Lopez

Filipinas Baguio William J. Monahan

Filipinas Laoag Julius Jonah F. Barrientos

França Lyon Blake M. Roney

Geórgia Atlanta John R. Harding

Gana Kumasi Leon A. Holmes

Grécia Atenas Eric B. Freestone

Haiti Porto Príncipe Hubermann Bien-Aimé

Honduras Comayaguela Candido Fortuna

Hungria Budapeste Lowell V. Smith

Idaho Pocatello Marvin T. Brinkerho

Illinois Chicago Jerry D. Fenn

Índia Nova Délhi Peter E. Sackley

Índias Ocidentais Daniel S. Mehr II

Inglaterra Birmingham R. Craig Rasmussen

Inglaterra Londres David J. Jordan

Inglaterra Londres Sul Roger C. Millar

Japão Fukuoka C. Samuel Gustason

Japão Tóquio L. Todd Budge

Madagáscar Antananarivo David R. Adams

Maryland Baltimore Mark L. Richards

Massachusetts Boston Daniel W. Packard

MISSÃO NOVO PRESIDENTE

Alemanha Berlim Henry W. Kosak

Argentina Bahia Blanca Manuel Parreno

Argentina Neuquén Paul R. Lovell

Austrália Adelaide Bradley D. Carter

Austrália Perth R. Bruce Lindsay

Austrália Sidney Philip F. Howes

Bélgica/Holanda Alden C. Robinson

Brasil Belém José C. Scisci

Brasil Belo Horizonte Paschoal F. Fortunato

Brasil Campinas Carlos E. Perrotti

Brasil Cuiabá Keith R. Reber

Brasil Porto Alegre Norte D. Layne Wright

Brasil Porto Alegre Sul Palmênio C. Castro

Brasil Salvador Sul Marcelo Andrezzo

Brasil São Paulo Leste Ronald A. Ferrin

Brasil Teresina Alvacir L. Siedschlag

Bulgária Sófa Michael S. Wilstead

Caliórnia Oakland/São Francisco

David N Weidman

Caliórnia Santa Rosa Rene R. Alba

Caliórnia São Fernando Kenneth T. Hall

Camboja Phnom Penh David C. Moon

Canadá Calgary Howard Nicholas

Canadá Haliax Brian Leavitt

Canadá Winnipeg Kirk M. Thomas

Carolina do Norte Charlotte Ronald L. Craven

Carolina do Norte Raleigh Marc A. Bernhisel

Chile Santiago Leste David L. Wright

Chile Viña del Mar Frederico M. Kähnlein

China Hong Kong Val D. Hawks

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J u l h o d e 2 0 1 2 75

MISSÃO NOVO PRESIDENTE

México Cidade do México Sul Roberto Valadez

México Cuernavaca Bruce C. Kusch

México Guadalajara G. Wesley Wagner

México Guadalajara Leste Luis F. Camarillo

México Hermosillo Alberto E. Hernandez

México Monterrey Oeste Edward M. Swapp

México Puebla Norte Ralph N. Christensen

México Tampico Ralph B. Jordan III

México Xalapa Paulo Lopez

Mississippi Jackson Mark J. McDonough

Moçambique Maputo Paulo V. Kretly

Montana Billings Kris J Mecham

Nebrasca Omaha Michael D. Weston

Nevada Reno David N. Hermansen

Nigéria Calibar John E. Kosin

Noruega Oslo Don A. Evans

Nova York Nova York Norte Thomas B. Morgan

Nova York Nova York Sul Kevin E. Calderwood

Nova York Utica Joseph B. Wirthlin Jr.

Novo México Farmington Doyle L. Batt

Ohio Cleveland Michael L. Vellinga

Oklahoma Tulsa Scott K. Shumway

Papua-Nova Guiné Port Moresby Suliasi Vea Kauusi

Paraguai, Assunção P. David Agazzani

MISSÃO NOVO PRESIDENTE

Peru Lima Central Alan M. Borg

Peru Lima Sul Sean Douglas

Peru Piura Chad A. Rowley

Portugal Lisboa Stephen L. Fluckiger

República Democrática doCongo Lubumbashi

Phillip W. McMullin

República Dominicana Santiago John Douglas

Rússia Rostov-na-Donu William H. Prows

Rússia Vladivostok Gregory S. Brinton

Tailândia Bangcoc David M. Senior

Taiwan Taipé David O. Day

Texas Houston Sul Brian K. Ashton

Ucrânia Dnepropetrovsk J. Robert van Bruggen

Uruguai Montevidéu David K. Armstrong

Utah Ogden Maurice D. Hiers Jr.

Utah Provo John A. McCune

Utah Salt Lake City Central Richard W. Moat

Utah Salt Lake City Oeste Earl S. Swain

Vanuatu Port Vila Larry E. Brewer

Venezuela Barcelona Juan C. Chacin

Venezuela Maracaibo Juan F. Zorrilla

Washington DC Sul Matthew L. Riggs

Washington Spokane Donald E. Mullen

Zimbábue Harare Bryson C. Cook

Novas Missões Criadas

Para melhor adaptar os recursos às necessidades de

mudança, a Igreja organizou oito novas missões e undiu

uma delas com missões vizinhas.

A Missão Colômbia Medellín oi criada a partir da divisãodas Missões Colômbia Barranquilla e Colômbia Cali.

A Missão Gana Kumasi oi criada a partir da divisão das

Missões Gana Acra e Gana Cape Coast.

A Missão México Xalapa oi criada a partir da divisão

da Missão México Veracruz.

A Missão México Puebla oi dividida para a criação das

Missões México Puebla Norte e México Puebla Sul.

A Missão Vanuatu Port Vila oi criada a partir da divisão

das Missões Papua-Nova Guiné Port Moresby e Fiji Suva.

As Missões Utah Salt Lake City Oeste e Utah Salt Lake

City Central oram criadas pelo realinhamento das Missões

Utah Salt Lake City, Utah Salt Lake City Sul e Utah Ogden.

A Missão Nevada Reno oi criada pelo realinhamento dasMissões Nevada Las Vegas e Nevada Las Vegas Oeste.

A Missão Rússia Moscou Oeste oi dissolvida para a orma-

ção das Missões Bálticas, Rússia Novosibirsk e Rússia Moscou.

As mudanças entrarão em vigor em julho, quando ocorrer a

troca de liderança das missões. Atualmente, o número de mis-

sões em todo o mundo é 347.

Para os mapas das missões recém-criadas, acesse

LDSchurchnews.com/articles/62067/New-missions-created

.html ◼

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76 A L i a h o n a

A Igreja Pede aos

Membros Que Entendamas Normas para aHistória da FamíliaSarah Jane WeaverEditora assistente do Church News 

Os líderes da Igreja pedem aos santos dosúltimos dias que aprendam e entendammelhor as normas para a história da

amília relacionadas ao envio de nomes paraas ordenanças do templo.

 As condições de uso do site New.FamilySearch.org oram estabelecidas “por razõesde senso comum, razões de doutrina e razõesde respeito”, disse Dennis C. Brimhall, que naIgreja é diretor administrativo do Departamentode História da Família.

 As condições são simples e diretas. “Osmembros da Igreja não devem enviar nomesde pessoas com as quais não tenham paren-

tesco para as ordenanças vicárias do templo,inclusive nomes de celebridades, pessoas amo-sas ou nomes obtidos em projetos de extraçãonão aprovados”, armam os termos que todosos usuários devem aceitar toda vez que acessa-rem o site.

 A Igreja reiterou as diretrizes, que tambémestão no Manual 2 da Igreja, devido às recentes violações de suas normas para o batismo vicário.

“Uma das coisas de que precisamos nos lem-brar é que a procura de nomes de nossa amíliae a preparação deles para o trabalho a ser rea-lizado no templo é, sim, uma responsabilidade,mas também um privilégio”, disse o irmãoBrimhall. “Esse privilégio é oerecido aos mem-bros por aqueles que portam as chaves para[realizar] o trabalho. Essas chaves estão nasmãos da Primeira Presidência da Igreja.”

Os líderes da Igreja pedem aos membros queenviam nomes para batismos vicários que:

PARA OS NOSSOS DIAS

O Élder Oaks Visita oJapão Um Ano Depois doTerremoto

Quase um ano após os terremo-

tos e subsequente tsunami devasta-

rem o Japão, o Élder Dallin H. Oaks,

do Quórum dos Doze Apóstolos,

e o Élder Donald L. Hallstrom, da

Presidência dos Setenta, visitaram o

país e deixaram uma mensagem deesperança e amor.

Durante doze dias, em evereiro,

o Élder Oaks e sua esposa, Kristen,

e o Élder Hallstrom e sua esposa,

Diane, viajaram pela Área Ásia

Norte, com paradas em Kumamoto,

Nagasaki, Sendai e Tóquio, assim

como em muitas cidades costeiras

na área de Tohoku.

Em um artigo para o Church

News, o Élder Oaks explicou um

dos propósitos da viagem: “Bus-

camos dar conorto após o terrível

desastre e tsunami ocorridos há

apenas um ano e também ensinar e

prestar testemunho, o que sempre

azemos quando nos reunimos

com os missionários e os membros

da Igreja”.

O Élder Oaks e outros líderes

da Igreja reuniram-se com os

santos dos últimos dias japoneses,

os missionários e outras pessoas

e incentivaram-nos a “procurar a

orma com que o Senhor con-sagrará suas afições para seu

beneício”.

Para ler sobre o ministério

de outros líderes da Igreja em

todo o mundo, inclusive do Élder

M. Russell Ballard no Brasil, do

Élder Jerey R. Holland na Árica

Ocidental, do Élder David A. Bednar

no Caribe, do Élder Quentin L.

Cook na Austrália e Nova Zelândia,

do Élder D. Todd Christoersonna Europa Central e do Élder

Neil L. Andersen no Brasil, acesse

news.LDS.org e prophets.LDS.org. ◼

O Élder Dallin H. Oaks e sua esposa, Kristen, que serviu missão em

Sendai, examinam o progresso ocorrido no Japão desde que um terre-

moto e tsunami devastadores ocorreram em março de 2011.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   O   S   A   M   U   S   E   K   I   G   U   C   H   I

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J u l h o d e 2 0 1 2 77

Os líderes da Igreja pediram aos membros que enviam nomes para batismos por pessoas alecidas que trabalhem em sua

 própria linhagem amiliar, não enviem nomes de celebridades nem nomes de grupos não autorizados, como as vítimas

do Holocausto judeu.

• Trabalhemsomenteemsuapróprialinhagem

amiliar.

• Nãoenviemnomesdecelebridades.• Nãoenviemnomesdegruposnãoautorizados,

como as vítimas do Holocausto judeu.

Os líderes da Igreja publicaram uma declara-ção, no dia 21 de evereiro de 2012, em respostaàs perguntas sobre violações das normas daIgreja, que oram estabelecidas em 1995, apósconversas com líderes da é judaica.

 A declaração repetiu o rme compromisso daIgreja de não aceitar nomes de grupos não autori-

zados para batismo vicário e observou que, paraburlar as deesas em vigor, o usuário teria queusar de “raude e manipulação”.

 Tais atos podem levar não só à interrupção

do acesso do membro da Igreja ao siteNew.FamilySearch.org, mas os líderes locais

podem também, em alguns casos, aplicar açõesdisciplinares.

“É angustiante quando uma pessoa deliberada-mente viola as normas da Igreja, e algo que deve-ria ser entendido como uma oerta com base noamor e respeito torna-se onte de contenda”, diz adeclaração.

“Estamos prestes a ver uma época de educa-ção”, disse o irmão Brimhall. “Vamos lembrar-nosnovamente de direitos e responsabilidades, cha- ves e privilégios, e a quem pertence esta obra,

como deve ser eita e de quem dirige o trabalho.Se apenas nos lembrarmos disso, creio que vamoscar bem. (…) Podemos tornar o sistema melhorpara todos.” ◼

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78 A L i a h o n a

O Programa de Recuperação deDependências Busca Histórias deRecuperação e Cura

Em preparação para o lançamento de um

site do Programa de Recuperação de Depen-

dências (ARP, em inglês), marcado para o m

deste ano, a Igreja procura histórias pessoais

de recuperação de dependências.

Aqueles que decidirem compartilhar

suas histórias devem enviar e-mails para

[email protected] com as seguintes inor-

mações, que serão mantidas em sigilo:

• Nome completo, idade e sexo

• Fotopessoal(desejável,masnão

obrigatória)

• SituaçãocomomembrodaIgreja

• Descriçãobrevedesuadependênciaouda

dependência de um ente querido

• Declaraçãodeseudesejodecompartilhar

sua história por meio de vídeo, áudio, texto

ou de todas as maneiras citadas

• Suahistória.Incluaasconsequênciasda

dependência (não compartilhe detalhes

inadequados, mas ale sobre os eeitos do

comportamento dependente em você e

naqueles que o cercam); uma descrição

breve de sua vida, quando percebeu que

precisava de ajuda; uma explicação sobre

sua experiência de cura por intermédio de

Cristo e o que sentiu, quando sua espe-

rança oi restaurada; e uma descrição de

sua vida agora e das lições aprendidas e

bênçãos recebidas por meio do perdão, do

arrependimento e do serviço.

DESTAQUES DO MUNDO

O Élder Steven E.Snow Foi ChamadoComo Historiador

da IgrejaA

Primeira Presidênciaanunciou recentemente

o chamado do Élder Steven E.Snow, da Presidência dosSetenta, como Historiador eRegistrador da Igreja, unçãoexercida anteriormente peloÉlder Marlin K. Jensen, dosSetenta.

O Élder Snow oi desobri-gado da Presidência dos Setenta,e o Élder Jensen passará à con-dição de emérito na conerênciageral de outubro de 2012.

 Até lá, o Élder Snow e o Élder Jensen trabalharão juntos paraque haja um período de treina-mento e transição. ◼

O Élder Steven E. Snow assu-

mirá completamente o cargo de

Historiador e Registrador da Igreja

 posteriormente, neste ano.

Os Membros da Igreja em FijiFornecem Ajuda Humanitáriapara Vítimas de Enchente

Em evereiro, três estacas em Suva,

Fiji, zeram uma campanha para recolher

alimentos, itens para casa e material escolar

para as vítimas da enchente ocorrida no

norte e oeste de Fiji.

Fiji oi atingida por uma chuva orte e

contínua no início do ano, o que causou

enchente e deslizamentos localizados ao

norte e a oeste. A enchente causou várias

mortes e orçou milhares de pessoas a

deixarem sua casa.

Quando as enchentes avançaram para

as regiões oeste e norte de Fiji, os líderes

locais da Igreja imediatamente abriram as

capelas para que servissem como centros

de desabrigados para as pessoas cujas casas

estivessem na área da inundação.

O Élder Taniela Wakolo, Setenta de

Área e gerente do Centro de Serviços

da Igreja em Fiji, iniciou a campanha em

6 de evereiro, assim que os líderes locais

da Igreja oram alertados da inundação.

Os membros recolheram e separaram

alimentos, roupas, roupas de cama,

utensílios de cozinha e material escolar;

os itens oram, então, doados às pessoas

necessitadas.

 Para ler mais sobre essa e outras histórias,

visite o site news.LDS.org. ◼

Em preparação para o lan-

çamento do novo site, os

dirigentes do Programa de

Recuperação de Dependências(em reunião aqui) buscam

histórias pessoais sobre o

assunto.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   R   I   C   K   W   A   L   L   A   C   E

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J u l h o d e 2 0 1 2 79

IDEIAS PARA A NOITE FAMILIAR

 Esta edição contém atividades e artigos que podem ser usados na noite 

 amiliar. Seguem-se alguns exemplos.

O Que Aprendicom os Pioneiros

Em dezembro passado, eu estavadesanimada e não queria decorar

minha casa ou comemorar o Natal.

Então, li um artigo em A Liahona de

dezembro de 2011 que descrevia

como os pioneiros comemoravam

o Natal: dançando ao som de asso-

bios devido à alta de instrumentos

musicais — elizes, apesar de não

haver presentes e terem pouco ali-

mento (ver “O Natal dos Pioneiros”

em “Coisas Pequenas e Simples”,p. 9). O artigo ajudou a mudar minha

disposição e me comoveu. Às vezes,

não reconhecemos ou valorizamos

tudo o que temos.Ana Rosa de Melo Ferreira, Rio de Janeiro,Brasil

Buscar a Deus DiariamenteObrigada pela edição de janeiro

de 2012. Meu marido e eu tive-

mos uma experiência maravilhosa,

ao ler o artigo de Adam C. Olson,

“Redescobrir uma Maravilha do

Mundo e Evitar os Perigos da Apatia

Espiritual”, p. 20. Ele nos ajudou a

perceber a necessidade constante

de buscar a Deus diariamente em

nossa vida. Sei que as mensagens da

revista são inspiradas, pois muitas

delas tocaram minha vida, quando

eu mais precisava delas.Daiana Araceli Beloqui de Iannone,

Buenos Aires, Argentina

 Envie comentários ou sugestões para

[email protected]. Seus comen-

tários podem ser alterados por motivo

de espaço ou clareza. ◼

“A Força de Nosso Legado”, 

página 16: Leia o artigo com sua amília.

Enatize esta declaração do Élder L. Tom

Perry: “Assim como os pioneiros zeram o

deserto forescer como a rosa, nossa vida

e nossa amília também forescerão se

seguirmos o exemplo deles”. Você pode

perguntar como a amília pode seguir

melhor o exemplo deixado pelos pioneiros.

Vocês podem concluir, cantando: “Vinde,

Ó Santos” (Hinos, n°. 20).“Encarar o Futuro com Esperança”, 

página 35: Você pode resumir a história

do irmão Grilo ou contar uma história

pessoal de como você ou outra pessoa

encarou o uturo com esperança. Ajude

os membros da amília a aplicarem a men-

sagem a sua vida com perguntas como:

“Quais são alguns desaos que tornam

diícil ter é no uturo? O que se pode

azer para manter uma atitude positiva

ao enrentar esses

desaos?” Você pode

concluir lendo os dois últimos parágraos

do artigo.

“O Que É um Grande Testemunho?” 

página 54: Inicie a lição compartilhando

o que o artigo ensina sobre testemunho.

Depois, você pode resumir as perguntas

sobre como prestar o testemunho (ver

páginas 56–57). Se sentir-se inspirado,

convide os membros da amília a prestartestemunho uns aos outros durante a

noite amiliar ou escrever o testemunho

no diário.

“Um Sussurro de Bondade”, página

59: Leia Lucas 6:27. Depois compartilhe

a história de Tiago e Carlos, pedindo às

crianças que respondam às perguntas que

estão no nal da primeira página. Incentive

os membros da amília a serem gentis com

os outros. ◼

Noite Familiar “Fora de Casa”Aos dez anos de idade, ui batizado com meus pais, meus irmãos e minhas irmãs. Sou

tão grato por ter crescido em uma amília que realizava a noite amiliar regularmente. A

noite amiliar era o coração de nossa amília.

Já sou membro da Igreja há mais de 45 anos. Com meus cinco lhos, a tradição conti-

nua. A noite de segunda-eira é reservada para a amília.

Na última segunda-eira do mês, realizamos uma atividade mais demorada que denomi-

namos noite amiliar “ora de casa”. Vamos ao cinema, visitamos alguém doente, brinca-

mos no parque, visitamos Lola e Lolo (os avós), e assim por diante.

As experiências ora de casa mais marcantes são aquelas nas quais servimos a crianças de

rua. Não conseguimos expressar a alegria e a elicidade que sentimos ao ajudar os necessita-

dos. Tentamos, de modo simples, tornar aquelas crianças elizes, azer com que saibam que

alguém se importa com elas e que todos somos lhos de Deus. ◼Tita Mabunga Obial, Filipinas

COMENTÁRIOS

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80 A L i a h o n a

Julie Thompson

Há poucos anos, ui ao Templo deBountiul Utah para cumprir umadesignação de limpeza noturna. O

número de pessoas que se apresentou oiimpressionante, e me perguntei se alguém

seria mandado de volta para casa. Eu estavamais do que pronta para me oerecer para sairmais cedo. Então, desconada, pensei comigomesma: “É claro que não vão nos dispensarantes da hora. Vão encontrar alguma tareapara todos, mesmo que inútil, achando quetêm a obrigação de manter-nos aqui por duashorasinteiras”.Lembrei-medeumadesigna-ção anterior em que quei tirando o pó pormais de uma hora, para depois devolver umpano que parecia tão limpo quanto quando

me oi entregue. Preparei-me para passarduas horas limpando coisas que não pareciamprecisar de limpeza. Obviamente, eu tinha idoao templo naquela noite mais pelo senso dodever do que pelo desejo de servir.

Nosso grupo oi levado a uma pequenacapela para participar de um devocional. Ozelador que dirigiu o devocional disse algoque mudou para sempre o modo como passeia encarar minhas designações de limpeza dotemplo. Depois de nos dar as boas-vindas,

começou a explicar que não estávamos alipara limpar coisas que não precisavam de lim-peza, mas para impedir que a casa do Senhorse tornasse suja. Como mordomos de um doslugares mais sagrados da Terra, tínhamos aresponsabilidade de mantê-lo imaculado.

Sua mensagem penetrou-me o coração, eui para minha área designada com um novoentusiasmo de proteger a casa do Senhor.Passei o tempo utilizando um pincel de cerdas

macias, espanando as restas das portas, osrodapés e as pernas das mesas e das cadeiras.Se tivesse recebido aquela designação antes,eu a teria considerado ridícula, e teria espa-nado negligentemente os lugares, para pare-cer que estava atareada. Mas, z questão depassar o pincel nas menores restas.

Como aquela tarea não era ísica nemmentalmente cansativa, ui abençoada comum tempo para ponderar enquanto traba-lhava. Primeiro, dei-me conta de que nuncaprestara atenção a detalhes tão pequenos em

minha própria casa, mas que limpava apenasas áreas que os outros veriam, negligenciandoas que somente a amília e eu conhecíamos.

Em seguida, dei-me conta de que haviaocasiões em que vivemos o evangelho demodo semelhante: seguindo os princípios ecumprindo as designações que são mais visí- veis para as pessoas a nosso redor, mas igno-rando as coisas das quais aparentemente só aamília ou nós mesmos temos conhecimento.Eu requentava a Igreja, tinha chamados,

cumpria designações, azia visitas de proes-sora visitante — tudo que era plenamente visível para os membros de nossa ala — masnegligenciava a requência regular ao templo,o estudo das escrituras, a oração pessoal eem amília e as noites amiliares. Dava aulas eazia discursos na Igreja, mas às vezes careciada verdadeira caridade no coração quandotinha que interagir com as pessoas.

Naquela noite, no templo, olhei para o pin-cel que tinha na mão e perguntei-me: “Quais

são as pequenas restas da minha vida queprecisam de mais atenção?” Resolvi que em vez de planejar limpar repetidas vezes as áreasde minha vida que precisavam de atenção, eume esorçaria mais para nunca permitir que setornassem sujas.

Lembro-medaliçãoqueaprendiaolim-par o templo, toda vez que somos lembradosa “guardar-[nos] da corrupção do mundo”(Tiago 1:27). ◼

LIMPOSDASMANCHASDOMUNDO

A T É V O LT A R M O S A N O S E N C O N T R A R

 Perguntei-me 

 por que estavano templo para

 azer uma lim- peza quandonada estava

 sujo. Mas embreve me dei 

conta de que a axina nãoera realmente 

a coisa mais 

importante.

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 Esta paisagem tranquila de uma azenda em Peterson, Utah, representa o cumprimento da

 promessa do Senhor aos santos dos últimos dias eita em Winter Quarters, Nebraska, em 14 de janeiro de 1847. Intitulada “a Palavra e a Vontade do Senhor”, essa revelação oi dada ao Presidente Brigham Young

quando ele preparava os santos para deixarem o lar temporário, em Winter Quarters, e prosseguirem

viagem pelas planícies, rumo ao Vale do Lago Salgado:

“Que cada homem use toda a sua inuência e seus bens para levar este povo

ao lugar onde o Senhor estabelecerá uma estaca de Sião.

 E se fzerdes isto com o coração puro, com toda fdelidade, sereis abençoados; sereis abençoados em vossos 

rebanhos e em vossas manadas e em vossos campos e em vossas casas e em vossas amílias” (D&C 136:1, 10–11).

P A L A V R A S D E C R I S T O

Casa em Peterson, de LeConte Stewart

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”Como membros da Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias”, explica o PresidenteThomas S. Monson, “devemos respeitar convêniossagrados, e a fdelidade a eles é um requisito para

a elicidade. Refro-me, como exemplos, aos convê-nios do batismo, do sacerdócio e do casamento”.

Como o cumprimento de nossos convênios éessencial para nossa elicidade nesta vida e para,no fnal, recebermos a vida eterna, é importante

que compreendamos o que prometemos a nossoPai Celestial. Ver “Compreender Nossos Convê-

nios com Deus”, página 20.