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7/25/2019 LETRAS-MOD2-VOL5-LINGUISTICAII-SOCIOLINGUISTICA-AULAIII - VARIEDADES LINGUÍSTICAS - TIPOS.pdf http://slidepdf.com/reader/full/letras-mod2-vol5-linguisticaii-sociolinguistica-aulaiii-variedades-linguisticas 1/20 Ao nal desta aula, você deverá ser capaz de: reconhecer os tipos de variedades linguísticas; • perceber que a variedade linguística nos permite compreender um dos muitos “modos de falar” uma língua; diferenciar variedades de variações linguísticas. 3 aula       O       b       j      e      t       i     v      o      s VARIEDADES LINGUÍSTICAS: TIPOS

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Ao nal desta aula, você deverá ser capaz de:

• reconhecer os tipos de variedades linguísticas;

• perceber que a variedade linguística nos

permite compreender um dos muitos “modos

de falar” uma língua;

• diferenciar variedades de variações linguísticas.

3aula

      O      b      j     e     t      i    v     o     s

VARIEDADES LINGUÍSTICAS: TIPOS

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 AULA 3VARIEDADES LINGUÍSTICAS: TIPOS

1 INTRODUÇÃO

Nesta aula, você estudará os tipos de variedades linguísticas,

elementos estes também considerados importantes no âmbito da

Sociolinguística. É necessário compreendê-los para diferenciá-los

da variação linguística. Esta, que você estudou na aula anterior,

corresponde aos modos diferentes de falar uma língua. Já variedade se

refere a um dos muitos modos de falá-la. Como verá, cada variedadetem suas características próprias, podendo ser descritas e explicadas.

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Linguística II: sociolinguística

78 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

2 TIPOS DE VARIEDADES LINGUÍSTICAS

  Assim como a variação, a variedade linguística também é

classicada em tipos. São eles: dialeto, socioleto, cronoleto e idioleto.

Como você pode perceber, em todas essas palavras está presenteo item “leto”, que signica “ação de falar”. Como verá, essa ação é

caracterizada por diferentes aspectos.

2.1 Dialeto

  Certamente, você já ouviu um gaúcho ou mineiro falando.

Já? E um carioca? E um paulista? E um pernambucano? Vamos nos

referir a indivíduos mais próximos, aqui na Bahia. Certamente, você já ouviu baianos de diferentes lugares falando. Por exemplo: um

legítimo soteropolitano, um falante do sertão da Bahia, do litoral, da

região sul, da sua cidade... Pois é, cada um fala com características

próprias, o que nos permite identicá-los de acordo com a região,

com a cidade, com o estado... Esses diferentes falares caracterizam o

chamado “dialeto”.

  Naturalmente, você pode questionar: “dialeto” e “sotaque”

não seriam a mesma coisa? Realmente há confusão entre os dois

termos. Mas é importante que saiba que não. “Dialeto”, além de sercaracterizado pela pronúncia, pode também apresentar diferenças de

gramática e de vocabulário. Já o sotaque é restrito a variedades de

pronúncia.

Conforme Lyons (1987, p. 249), “aquilo que é um dialeto

uniforme em sua essência, tanto do ponto de vista da gramática quanto

do vocabulário, pode ser associado a vários sistemas fonológicos mais

ou menos diferentes”. É esta a situação do português do Brasil em

vários estados.

Para exemplicar, vamos considerar um estado em particular:

Minas Gerais. Quem é do Norte de Minas, muitas vezes é confundido

com baiano; quem é do Sul de Minas, é confundido com o paulista

do interior; quem é da Zona da Mata Mineira, região de Juiz de Fora,

é confundido com carioca. São vários falares, dentro de um mesmo

estado, que se caracterizam pelas diferenças de sotaque. No entanto,

a gramática, em particular as estruturas, não são tão diferentes.

O que torna a noção de sotaque importante no universo da

Sociolinguística é que os membros de uma comunidade linguísticareagem com frequência às diferenças de pronúncias. É bem provável

que você já tenha ouvido alguém criticar um outro por falar diferente.

PARA CONHECER

Pelo Brasil, há vários di-cionários que registramas variações linguísticasregionais. Destaco, aqui,o Dicionário de Baianês,

de Nivaldo Lariú, ondevocê encontra inúmerasexpressões e gírias que ca-racterizam o falar baiano.

Fonte: http://www.ibonm.com/portal/site/conteudo/dicionarios/

dicionarioBaianes.php

VOCÊ SABIA?

Na Universidade Federal daBahia, desenvolve-se o Pro- jeto Vertentes do Português

Rural do Estado da Bahia,ou simplesmente Projeto

Vertentes, coordenado peloProf. Dr. Dante Lucchesi,com o objetivo de estudara realidade atual dos fa-lares rurais do Estado daBahia, buscando lançar lu-zes sobre os processos queconstituem a história socio-linguística desses falares,particularmente os proces-sos derivados do contato dalíngua portuguesa com aslínguas indígenas e africa-nas, que marcam a forma-ção da realidade linguísticabrasileira. Para saber maissobre esse projeto, acesseo site  http://www.verten-tes.ufba.br

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      A    u      l    a

Inclusive muitos falares brasileiros são “caricaturados” e, por isso,

transmite-se uma imagem distorcida da realidade

linguística regional.

  Vamos a um exemplo: o falante do

Nordeste do Brasil. Qual é a imagem projetada,

por exemplo, no Sudeste/Sul do Brasil, de

um falante nordestino? Ou melhor, de um

baiano? É aquela reproduzida pelos grandes

meios de comunicação, particularmente a

televisão. Isso se aplica não só aos programas

humorísticos, mas também às novelas. Aliás,

você bem sabe como elas reproduzem esse

falante, não sabe?

  Que o dialeto e o sotaque são estereotipados, é umaverdade, pois projetam imagens sociais! Não é estranho que

se julgue “feia” a fala de um indivíduo de origem rural, de

classe social baixa, sem escolaridade... Não é estranho que se

 julgue “desagradável” a pronúncia de determinados segmentos

fonéticos. Essas avaliações sociais, ou melhor, atitudes sociais,

se baseiam em critérios não-linguísticos: de natureza política e

social. Com isso, “julgamos não a fala, mas o falante, e o fazemos

em função de sua inserção na estrutura social” (ALKMIM, 2001,

p. 42).Cabe a você entender que, mesmo com as variações

produzidas, o falante tem consciência de que o sistema

gramatical usado por ele é organizado e coerente de regras.

É preciso reconhecer que um falante aprende as variedades

linguísticas em circulação no meio social; logo, não há nada de

errado com essas variedades.

2.1.1 A importância dos estudos dos dialetos

  Foram os estudos dessa variedade que contribuíram para o

surgimento da Dialetologia, disciplina precursora da Sociolinguística.

Com ela, vários estudiosos procuraram descrever diversos falares,

sobretudo “os falares rurais isolados, considerados na época como

mais ‘puros’ e ‘autênticos’, não inuenciados pelas modas e corrupções

da vida urbana moderna” (BAGNO, 2007, p. 48).

  Com o estudo dos dialetos, elaboravam-se os chamadosatlas linguísticos, cujo objetivo principal era traçar, nos mapas, as

isoglossas. Com isso, podiam observar as áreas em que a língua era

SAIBA MAIS

A propósito da caricatura, Ilarie Basso (2006, p. 162) armamque é próprio dela “’carregar’em alguns traços da pessoaque retrata, produzindo assimuma imagem propositalmentedistorcida. Uma caricaturaé, por denição, umarepresentação inel (e nessesentido desrespeitosa) doobjeto retratado”. Portanto,é importante que se tenha

consciência de que as imagensprojetadas, muitas vezes,pela mídia, não correspondemà verdadeira realidadelinguística. Há muito maisriqueza e variedade nas falasnordestinas do que imaginaa maioria das pessoas quevivem, em particular, nosudeste/sul do Brasil.

Conforme o DicionárioAurélio, isoglossa [deis(o)  = glossa], é uma

linha imaginária que, nummapa, une os pontos deocorrência de traços efenômenos linguísticosidênticos.

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Linguística II: sociolinguística

80 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

uniforme com relação a um determinado

fenômeno linguístico. Todavia, o estudo

dos dialetos mostrava que eles não

eram uniformes, nem havia fronteiras

dialetais precisas entre eles, mas um

entrecruzamento de inuências diversas.

Independentemente dessa constatação, é

preciso destacar a importância dos atlas

para a compreensão do que seja uma

geograa linguística, para visualizarmos a

distribuição regional de muitos fenômenos

linguísticos. De 1960 até 2002, vários

atlas regionais foram publicados. Entre

eles, estão:

•  Atlas prévio dos falares bahianos, Nelson Rossi ;

• Esboço de um atlas linguístico de Minas Gerais, Mário Zágari ;

•  Atlas linguístico da Paraíba, Maria do Socorro Aragão;

•  Atlas linguístico do Sergipe, Carlota Ferreira;

•  Atlas linguístico do Paraná, Vanderci de Andrade Aguilera;

•  Atlas linguístico e etnológico da Região Sul, Walter Koch;

•  Atlas linguístico do Ceará, José Rogério Bessa;

•  Atlas linguístico do Estado de São Paulo, Pedro Caruso;•  Atlas etnolinguístico dos pescadores do Estado do Rio de Janeiro,

Sílvia de Figueiredo Brandão;

•  Atlas etnolinguístico do Acre, Luísa Galvão Lessa.

SAIBA MAIS

Um dos trabalhos pioneiros foi o de Jules Gilliéron (1897 e1901), que, a partir de inquéritos dialetológicos realizadosem 639 localidades, elaborou o primeiro atlas linguístico da França (ALF). No Brasil, a ideia de um primeiro atlas de

abrangência nacional foi de Antenor Nascentes, em 1922,quando lançou o livro o linguajar carioca. Na época, olólogo separou, no Brasil, dois grandes grupos de falares:os do Norte, compreendendo o amazônico e o nordestino,e os dos sul, compreendendo o baiano, o mineiro, ouminense e o “sulista” (ILARI; BASSO, 2006). Para sabermais sobre a história dos atlas no Brasil, recomendo aleitura de dois artigos: Os estudos dialetais no Nordeste

Brasileiro, de Maria do Socorro Silva de Aragão, em http:// 

www.flologia.org.br/revista/artigo/4(10)28-41.html ; e De

 Antenor Nascentes ao Projeto Atlas Lingüístico do Brasil -

 ALIB: conquistas da geolingüística no Brasil , de Adriana C.Cristianini; Márcia R. Teixeira da Encarnação, em http:// 

www.letramagna.com/geolinguistica.pdf 

SAIBA MAIS

Certamente, muitos projetos, nessa perspectiva, já foram executados. Destaco aqui um doqual z parte, nos tempos de graduação em Letras, na Universidade Federal de Viçosa-MG(1991-1994). O objetivo do projeto era elaborar um Glossário Popular-Técnico e Técnico-Popular com nomes rurais de doenças de criações e culturas agrícolas, com o propósito deestreitar o fosso existente entre o saber técnico-cientíco e o conhecimento popular rural.Veja uma pequena amostra do trabalho feito:

ESBOÇO DO GLOSSÁRIO POPULAR-TÉCNICO E TÉCNICO-POPULAR 

Ácaro (sm), (dp) 1- é um bichinho que dá numa época do ano e ataca desde a

orada (162). 2- a foia inrola e quema a ôzinha (278). (Dt): [do lat. acarus]:designação geral dos aracnídeos da ordem acarina, na qual se inclui também oscarrapatos e os micuins.

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      A    u      l    a

Atualmente, no Brasil, está em desenvolvimento o

Projeto ALIB  (Atlas Linguístico do Brasil), coordenado por vários

pesquisadores de vários estados: Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul. Tem como principal

objetivo descrever a realidade linguística do Brasil, particularmenteno que diz respeito às diferenças diatópicas.

Aftosa (sf), (dp): 1- Ataca na unha e cumeça a babá (274). 2. Dá febre nasunhas e o gado cumeça a mancá (241). 3- Baba aos monte e si a febre fô muitaranca os casco da unha (240). 4- Dá uma febre alta e o boi cumeça a babá(271). Var: afetosa, atose, aftose, aftosa, fetosa, tosa, tose. (Dt): febreaftosa – doença infecciosa dos animais, que também ataca o homem.

Berne (sf), (dp): 1- Ela parece um microbe qui dá na foia, o oco pega na criaçãoe mata (241). 2- Infraqueci, chupa o sangue do gado (166). Var: berno, berne.(Dt): 1- larva de inseto díptero da família dos oestrídeos. 2- Mosca da regiãoneatrópica, a qual põe ovos em pleno vôo em dípteros hematófagos.

Fumagina (sf), (dp): 1 – Preteia a folha. É de pouca aceitação (168). 2- Preteiaa laranja, dá uma espécie de mofo na laranja e na folha (277). (DT) [do francêsfumagine], induto fugilinoso, espesso, formado por fungos na superfície dosórgãos aéreos das plantas.

Mal-de-ano (sm), (dt): 1 – Dá em bizerro e eles morre em 24 horas se nãofor vacinado (235). 2- Di um dia pro outro mata. Cumeça mancá. Ataca mais obizerro forte. 3- O animal disarreia e morre de repente. Var. Maldiano, mardiano.(Dt): carbúnculo symptomático.

Raiva (sf), (dp): 1- O boi ca zangado, baba, às vezes morre (176). 2- Cumeçaa babá. Para de cumê e apresenta muito nervoso com as outras. Tem caso quio animal ca doido mesmo (163). (Dt) [do lat. rabia]. Doença infecciosa própriado cão e doutros mamíferos. É transmissível ao homem. 

Como você pode ver, há dois tipos de descrição: a popular, transcrita exatamente da formaque o indivíduo falava (recolhida através de gravações e anotações tomadas diretamentedos próprios informantes do meio rural), e a técnica, que caracteriza o problema de formacientíca. Com as duas descrições, o esperado é que, realmente, haja entrosamento e maiorinteração entre o técnico especialista em ciências agrárias e o homem do campo, detentorde um conhecimento baseado na vida prática e de uma linguagem própria. Para saber umpouquinho mais sobre a natureza do projeto em destaque, recomendo ler, no endereço http://

www.lologia.org.br/revista/artigo/4(10)9-21.html, o artigo  Atlas lingüístico rural da zonada mata de Minas Gerais – Brasil: nomes de doenças agropecuárias e hortaliças , de JosephIldefonso de Araujo, coordenador do projeto.

LEITURA RECOMENDADA

Para saber mais sobre oProjeto ALIB, acesse osite  http://www.alib.ufba.br/

Fonte: http://www.alib.ufba.br/images/Jovens%20

pesquisadores.gif 

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Linguística II: sociolinguística

82 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

2.2 Socioleto

  É a variedade linguística de um grupo de falantes que

compartilham as mesmas características socioculturais. Pode ser um

grupo de uma mesma classe socioeconômica, de um mesmo nívelcultural, de uma mesma prossão etc. Para entender sobre esse tipo

de variedade, veja as ilustrações abaixo:

Você, certamente, tem condições de identicar os grupos

sociais que fazem usos dessas palavras, não tem? Assim como

os internautas e os surstas, muitos outros grupos sociais são

caracterizados pelo seu modo próprio de falar. Pense nas profssões:

um professor, um médico, um policial, um linguista, um jornalista, um

cozinheiro, um advogado, um jogador de futebol... enm, cada uma

delas também se caracteriza por fazer uso de termos e expressões

especícas. Existem tantas variedades quantas forem as prossões,

quantos forem os grupos fechados.

E as gírias? Você já deve ter ouvido: acertar na mosca; acabar

em pizza; amigo da onça; aos trancos e barrancos; armar um barraco;

bater um baba; chegar junto; será o Benedito? Enm, são muitos os

tipos de gírias que vivem nas falas de diferentes grupos. Veja como

essa variedade está presente nos textos a seguir (apresentados porMARTINS; ZILBERKNOP, 1995, p. 36):

 

Texto I:

Pôxa, tô numa pior! Queria descolar uma grana pra

comprar um refri pr’aquela gata que pintou no pedaço e

que eu tô tri a m, mas não deu. Minha velha tá dura,

cara, e o velho foi pra Sampa.

Texto II: 

 “Meus camaradinhas:

Não entendi bulufas dessa jogada de fazerem o papai aqui

VOCÊ SABIA?

Para as profssões, o ter-

mo mais conhecido é “jar-

gão prossional”, caracteri-

zado pela utilização própria

de um grupo prossional,

ou seja, um conjunto de

pessoas que partilham a

mesma prossão.

Figura: UAB/UESC

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apresentar o seu Antenor Nascentes, um cara tão crânio,

cheio de mumunhas, que é manjado até na Europa.

Estou meio cabrero até achando que foi crocodilagem do

diretor do curso... para eu entrar pelo cano. O seu Antenor

Nascentes é um chapa legal, é bárbaro e, em Filologia,

bota banca. Escreveu um dicionário etimológico que é umalenha. Dois volumes que vou te contar. Um deles é desta

idade... mais grosso que trocador de ônibus. O homem é

o Pelé da Gramática, está mais por dentro que bicho de

goiaba. Manda brasa, professor Nascentes!”

Percebeu a quantidade de palavras que caracteriza a fala dessas

pessoas que produziram os dois textos? São palavras ou expressões

denominadas de gírias, uma linguagem peculiar que permite identicar

a classe social do falante. Isso também é perceptível na letra da

música abaixo, de “Patativa do Assaré”:

Seu dotô, só me parece

Que o Sinhô não me conhece,

Nunca sôbe quem sou eu

Nunca viu minha paioça,

Minha muié, minha roça

E os o que Deus me deu.

 

Se não sabe, escute agora

Que eu vou contá minha históriaTenha a bondade de uvi:

Eu sou da crasse matuta

Da crasse que não desfruta

Das riqueza do Brasi.

 

Sou aquele que conhece

As privação que padece

O mais pobre camponês;

Tenho passado na vida

De cinco mês em seguida

Sem cumê carne uma vez. 

Sou o que durante a semana

Cumprindo a sina tirana,

Na grande labutação

Prá sustentá a famia,

Só tem direito a dois dia,

O resto é para o patrão.

 

Sou sertanejo que cansa

De votá com esperançaDo Brasil cá mió;

Mas o Brasil continua

Na cantiga da perua:

PARA CONHECER

Antônio Gonçalves da Sil-va, mais conhecido como Patativa do Assaré,  ce-arense (1909 – 2002), foium poeta popular, compo-sitor, cantor e improvisadorbrasileiro. É consideradouma das principais gurasda música  nordestina doséculo XX. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pata-tiva_do_Assar%C3%A9

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Linguística II: sociolinguística

84 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

Que é – pió, pió, pió...

 

Sofrendo a merma sentença

Tô quage perdendo a crença

E prá ninguém se enganá

Vou dexá meu nome aqui:Eu sou o do Brasi,

E meu nome é Ceará.

  Que classe social está sendo representada nessa música?

Com certeza, você não terá diculdade de associar a fala à imagem

do caipira, aquele indivíduo que vive no campo, que não teve

escolarização suciente, que tem um jeito próprio de falar.

2.3 Cronoleto

É a variedade especíca e própria de uma determinada faixa

etária, de uma geração de falantes. Com certeza, você sabe reconhecer

a fala de uma criança, de um adolescente, de um idoso. Estou certa?

Cada uma delas pode ser identicada através de particularidades

linguísticas, como, por exemplo, no que tange à pronuncia, ao estilo,

à colocação dos termos nas frases, às inovações. Vamos ver algunscasos!

Em se tratando da ordem indireta, aquela em que o sujeito

aparece posposto ao verbo, como em “entrava uma pessoa idosa”,

 “quem manda é o patrão”, “não chegou a dar nada pro Inter o

Taffarel ”, Zilles (1997) revela que, apesar de ser pouco frequente na

fala das pessoas de modo geral, ela ainda é favorecida pelos falantes

mais velhos da região de Porto Alegre.

  No que se refere à vocalização do /l/ pós-vocálico, em palavras

como, mal , sal , mel ,  papel , em que o /l/ pode ser representadocomo [l] ou [w], Dal Mago (2000) constatou que, na região sul do

país, os falantes mais jovens tendem a vocalizar mais o /l/, ou seja,

pronunciam mais como [w] do que como [l], forma esta mais comum

na fala de pessoas mais velhas, conrmando o que outras pesquisas

 já haviam revelado.

  Quanto à alternância do nós  e do a gente, Lopes (1998)

conrma: falantes mais jovens empregam a forma a gente, enquanto

os mais velhos utilizam, preferencialmente, a forma nós, aquela

que faz parte do paradigma pronominal descrito pelas gramáticas

tradicionais.

SAIBA MAIS

Para complementar o as-sunto desta seção, reco-mendo a leitura do artigoFalar rural: é possível al -

terar uma tradição (?), deALMEIDA BARONAS, emhttp://www.abralin.org/revista/RV6N1/03-Joyce.pdf 

Para saber detalhes docomportamento variável donós e do a gente, recomendoler, na íntegra, o texto deCélia R. dos S. Lopes, em:

 http://www.scielo.br/scielo.

 php?pid=S0102-44501998000200006&script 

=sci_arttext 

SAIBA MAIS

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      3

      A    u      l    a

Essas pesquisas, assim como diversas outras, revelam que a

idade é um fator que contribui signicativamente para as mudanças

que se processam nas línguas. Mais adiante, você estudará melhor

essa questão.

2.4 Idioleto

Para entender o que caracteriza essa variedade, responda:

você acha que um grupo de uma mesma classe social, por exemplo,

pais e lhos, se comunicam da mesma forma? Se respondeu que sim,

errou!

Embora seja de uma mesma classe, cada um tem um modo

especíco de falar, tem as suas preferências quanto ao léxico, quantoàs estruturas gramaticais, quanto à forma de pronunciar: homens têm

voz mais grave, enquanto as mulheres, voz aguda; um adolescente

do sexo masculino fala diferente de quando era criança; um falante

mais velho não fala da mesma forma quando era mais jovem... É esse

tipo de falar que caracteriza o idioleto, ou seja, é o conjunto dos usos

de uma língua própria de um indivíduo, num determinado momento.

É o seu estilo próprio de falar a língua.

Compreendendo melhor: quando está triste, você fala da

mesma forma quando está alegre? quando está diante de umasituação séria, você fala da mesma forma de quando está numa

situação descontraída? Certamente, não. Em cada um dos momentos,

você fala de uma maneira especíca. Ou seja, você, individualmente,

se expressa de acordo com a situação (psicológica, física, social) em

que se encontra.

Conforme Lyons (1987), uma pessoa pode ter diversas

variantes dialetais em seu repertório e mudar de uma para outra

quando lhe for conveniente. Do ponto de vista sociolinguístico, é

importante reconhecer a competência linguística do falante para os

usos diferenciados que pode fazer da língua,

A propósito do idioleto, Dubois et al (1997, p. 329-330)

pontuam:

A noção de idioleto acentua certos caracteres particulares

dos problemas da geograa lingüística: todo ‘corpus’ de

falares, dialetos ou línguas só é representativo na medida

em que emana de locutores sucientemente diversicados;

mas é, pelo menos no início, sobre bases não lingüísticasque são escolhidos esses locutores e os enunciados que

eles produzem. Mesmo se o pesquisador levanta, para

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Linguística II: sociolinguística

86 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

um dado falar, enunciados em número suciente de todos

os locutores encontrados na área estudada, ele postula

implicitamente que esses locutores têm o mesmo falar. A

noção de idioleto implica, ao contrário, que há variação

não somente de um país a outro, de uma região a outra,

de uma aldeia a outra, de uma classe social a outra, mastambém de uma pessoa a outra.

  Nas palavras desses autores, o idioleto é, na verdade, a única

realidade que encontra o estudioso. No entanto, é preciso ter cautela

ao ouvir um determinado falante, pois, a depender da situação, ele

poderá se expressar de uma forma ou de outra.

Enm, compreendeu os tipos de variedades linguísticas? Sabe

diferenciar variação de variedades? Então, vamos às atividades!

ATIVIDADES

1 Para sistematizar o que viu nesta aula, procure denir cada um dos tipos de variedades

estudados. Feito isso, procure conceituar variação e variedades linguísticas. Para isso,

recorra ao que foi estudado na aula anterior.

2 Das palavras abaixo, aponte qual delas lhe é mais familiar. Depois procure conferir com

os seus colegas. Se você conhece as duas, mas com signicados distintos, explique-as:

a. Abichornado/aborrecido

b. Arribar/subir

c. Bengala/cacetinho (tipos de pão)

d. Boi ralado/carne moída

e. Bolinho barrigudo/bolinho de chuva

f. Farpinha/palito

g. Lapiseira/apontador

h. Micuim/terçol

i. Munguzá/canjicada

 j. Pebolim/Totó

k. Pingado/café com leite

l. Pipa/papagaio/arraia

m. Bombeiro/encanador

n. Monturo/aterro de lixo

3 Os nomes das variedades de frutas e verduras apresentam, pelo Brasil afora, uma

grande variação regional. Às vezes, a diferença de nomes não tem razão aparente;outras vezes, ela corresponde a uma diferença de variedades das frutas e verduras.

São os casos de: batata-salsa/batata-baroa; abóbora/jerimum; couve-chinesa/acelga.

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      3

      A    u      l    a

Procure apresentar cinco casos que ilustram esse tipo de variação.

4 Na década de 1960, liderado pelo cantor Roberto Carlos, então jovem, o movimento

musical jovem Guarda, por meio da televisão, popularizou uma série de gírias que

hoje, em sua grande maioria, estão em desuso. Se você não é dessa geração, fale com

alguém que seja e procure saber o que signicavam as gírias:

a. É uma brasa, mora!

b. Morou?

c. Pode vir quente que eu estou fervendo...

d. Papo rme.

e. Bicho!

5 Procure fazer um levantamento de algumas palavras ou expressões, dez, por exemplo,

que caracterizam algum grupo social em particular. Pode ser: internautas da EAD;

policiais; surstas; políticos; rezadeiras/benzedeiras; feirantes; skatistas... Enm, sãovários! Procure comparar com os levantamentos feitos pelos colegas com o objetivo de

ampliar o seu repertório linguístico no tocante aos usos sociais da língua portuguesa.

6 Há várias composições musicais que retratam falares sociais diversos. Busque, pelo

menos, um exemplo e apresente aos seus colegas.

RESUMINDO

Nesta aula, você viu que:

• A variedade linguística se manifesta por meio de ações diferenciadas por

parte do falante.

• Os tipos de variedade são: dialeto, socioleto, cronoleto e idioleto.

• Cada um dos tipos nos permite compreender “os modos particulares de

falar” uma língua.

• Cada variedade linguística tem suas características próprias, que servem

para diferenciá-la das outras variedades.

• Todas as variedades linguísticas têm sua lógica de funcionamento, todas

obedecem regras gramaticais que podem ser descritas e explicadas.

Para complementar esta nossa aula, recomendo a leitura do artigo em anexo: Variação semântico-

lexical em atlas lingüísticos nordestinos, de Maria do Socorro Silva de Aragão. Além deste, recomendo

também a leitura do texto de Edson Ferreira Martins,  Atlas lingüístico do estado de Minas Gerais: o princípio da uniformidade da mudança lingüística nas características fonéticas do português mineiro,em: http://www.revel.inf.br/site2007/_pdf/7/artigos/revel_7_atlas_linguistico_do_estado_de_minas_gerais.pdf 

LEITURA RECOMENDADA

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Linguística II: sociolinguística

88 Módulo 2 I Volume 5 EAD

Variedades linguísticas: tipos

ALKMIM, T. Sociolingüística. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Orgs.).Introdução à lingüística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez,2001, p. 21- 47.

ARAGÃO, M. do S. de. Variação semântico-lexical em atlas lingüísticosnordestinos. In: Anais da XX Jornada do GELNE. João Pessoa,2004, p. 1709-1718. Disponível em CD.

BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia davariação lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

CAMACHO. R. G. Sociolingüística. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C.(Orgs.). Introdução à lingüística: domínios e fronteiras. São Paulo:Cortez, 2001, p.49-75.

DAL MAGO, D. Uma análise da variável /l/ na fala da região sul do país.In: Anais do II Congresso Nacional da ABRALIN. Florianópolis:UFSC, 2000. Disponível em CD.

DUBOIS, J. et al . Dicionário de lingüística. Tradução de. Barros et

al . São Paulo: Cultrix, 1997.

ELIA, S. Sociolingüística. Rio de Janeiro: Padrão, 1987.

FERREIRA, A. B. de H. Novo dicionário da língua portuguesa. Riode Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

ILARI, R. Introdução à semântica: brincando com a gramática. SãoPaulo: Contexto, 2001.

ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos,a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

LETRAS de Hoje: A variação no sistema. Porto Alegre: EDIPUCRS. V.35, nº1, 2000.

LOPES, C. R. dos S. Nós e  A Gente no português falado culto do Brasil.In: DELTA. V. 14, n° 2, 1998, p. 405-422.

LYONS, John.  Lingua(gem) e lingüística. Tradução de MarildaWinkler Averbug, Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de Janeiro:Guanabara, 1987.

MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português Instrumental. PortoAlegre, 1995. 

PRETTI, D. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo: USP, 2003.

ZILLES, A. M. S. A posposição do sujeito ao verbo no portuguêsfalado no Rio Grande do Sul. In: Anais do II Encontro do CELSUL.Florianópolis: UFSC, 1997, Disponível em CD.

      R      E      F      E      R       Ê      N

      C      I      A

      S

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ANEXO III

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Suas anotações

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