leitura de textos científicos ii

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LEITURA DE TEXTOS CIENTÍFICOS: DIRETRIZES

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Page 1: Leitura de textos científicos ii

LEITURA DE

TEXTOS

CIENTÍFICOS:

DIRETRIZES

Page 2: Leitura de textos científicos ii
Page 3: Leitura de textos científicos ii

LER É

Processo de decodificação e

compreensão de uma mensagem

escrita por um autor, em uma

determinada época e cultura.

Discurso sobre as

ciências e as artes.

Jean-Jacques

Rousseau, 1750. Pai, afasta de mim

este cálice. Chico

Buarque

Page 4: Leitura de textos científicos ii

A leitura, ou seja, a decodificação e

compreensão de textos científicos consiste em

seguir o encadeamento lógico dos

mesmos através da apresentação dos dados

objetivos sobre os quais tais textos

estão fundados.

Page 5: Leitura de textos científicos ii

DELIMITAÇÃO DA UNIDADE DE LEITURA

A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o

estabelecimento de uma unidade de leitura.

Unidade é um setor do texto que forma uma

totalidade de sentido. Assim, pode-se considerar

um capítulo, uma seção, ou qualquer outra

subdivisão.

(...) apenas terminada a análise de uma unidade

é que se passará à seguinte.

(...)O estudo da unidade deve ser feito de

maneira contínua. SEVERINO, 51.

Page 6: Leitura de textos científicos ii

A ANÁLISE TEXTUAL

(...) leitura atenta mas ainda corrida (...). A

finalidade da primeira leitura é uma tomada

de contato (...) buscando-se uma visão

panorâmica, uma visão de conjunto do

raciocínio do autor. 51

(...) levantamento de todos aqueles elementos

básicos para a devida compreensão do texto:

autor do texto, vocabulário, referências a fatos

históricos, a outros autores e especialmente a

outras doutrinas . 52

Page 7: Leitura de textos científicos ii

A ANÁLISE TEMÁTICA

(...) ouvir o autor, apreender, sem intervir

nele, o conteúdo da mensagem. (...) fazer

ao texto uma série de perguntas cujas respostas

fornecem o conteúdo da mensagem. 53

tema ou assunto: do que fala o texto? (...)

é preciso captar a perspectiva de abordagem

do autor: tal perspectiva define o âmbito

dentro do qual o tema é tratado, restringindo-o

a limites determinados. 54

Page 8: Leitura de textos científicos ii

Problema: como o assunto está

problematizado? Qual dificuldade deve ser

resolvida? Qual o problema a ser

solucionado? A formulação do problema nem

sempre é clara e precisa no texto, em geral é

implícita, cabendo ao leitor explicitá-la.

Ideia central, proposição fundamental ou tese:

como responde à dificuldade, ao problemalevantado? (...) que ideia defende, o que quer

demonstrar? (...) Normalmente, a tese deveria ter

formulação expressa na introdução da unidade,

mas isto não ocorre sempre, estando, às vezes,

difusa no corpo da unidade. 54

Page 9: Leitura de textos científicos ii

OBSERVAÇÕES

Normalmente, a tese deveria ter

formulação expressa na introdução da

unidade, mas isto não ocorre sempre,

estando, às vezes, difusa no corpo da

unidade. 54

Na explicação da tese sempre deve ser

usada uma proposição, uma oração, um

juízo completo e nunca apenas uma

expressão como ocorre no caso do tema.

55

Page 10: Leitura de textos científicos ii

Argumentação : como o autor demonstra sua

tese, como comprova sua posição básica?

Qual foi o seu raciocínio?

É através do raciocínio que o autor expõe,

passo a passo, seu pensamento e transmite sua

mensagem. O raciocínio (...) é o conjunto de

ideias e proposições logicamente encadeadas,

mediante as quais o autor demonstra sua

posição ou teses. Estabelecer o raciocínio de

uma unidade de leitura é o mesmo que

reconstituir o processo lógico, segundo o qual o

texto deve ter sido estruturado. 55

Page 11: Leitura de textos científicos ii

Ideias secundárias: Quais os temas

paralelos? Para levantar tais ideias,

basta ler o texto perguntando se a

unidade ainda é questão de outros

assuntos.

Observação: não são indispensáveis 55

Page 12: Leitura de textos científicos ii

A ANÁLISE INTERPRETATIVA

Interpretar, em sentido restrito, é tomar uma

posição própria a respeito das ideias

enunciadas, é superar a estrita mensagem do

texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um

diálogo, é explorar toda a fecundidade das

ideias expostas, é cotejá-las com outras. Bem se

vê que esta última etapa da leitura analítica é a

mais delicada, uma vez que os riscos de

interferência da subjetividade do leitor são

maiores, além de pressupor outros instrumentos

culturais e formação específica. 56

Page 13: Leitura de textos científicos ii

primeira etapa (...) situar o pensamento

desenvolvido na unidade na esfera mais ampla

do pensamento geral do autor (...) tal como é

conhecido por outras fontes.

A seguir (...) situar o autor no contexto mais

amplo da cultura filosófica geral (...).

Depois disso (...) explicitam-se os pressupostos

que o texto implica. Tais pressupostos são idéias

nem sempre claramente expressas no texto, são

princípios que justificam (...) a posição assumida

pelo autor, tornando-a mais coerente dentro de

uma estrutura rigorosa. 56

Page 14: Leitura de textos científicos ii

Em outro momento (...) estabelece-se uma

aproximação e uma associação das ideias

expostas no texto com outras ideias semelhantes

que eventualmente tenham recebido outra

abordagem, independentemente de qualquer

tipo de influência. 56

Observação: Essa etapas da análise

interpretativa dependem dos objetivos da

leitura

Page 15: Leitura de textos científicos ii

ANÁLISE INTERPRETATIVA: A CRÍTICA

Primeiro do que tudo e

segundo do que nada: O

que é Crítica?

Page 16: Leitura de textos científicos ii

1 Segundo a tradição, arte e habilidade

de julgar a obra de um autor

2 Exame racional, indiferente a

preconceitos, convenções ou dogmas, tendo

em vista algum juízo de valor

3 Derivação: por extensão de sentido.

atividade de examinar e avaliar

minuciosamente tanto uma produção

artística ou científica quanto um costume, um

comportamento; análise, apreciação,

exame, julgamento, juízo

Ex.: <c. literária, musical> <c. de teatro, de

cinema>. Houaiss

Page 17: Leitura de textos científicos ii

o texto pode ser julgado levando-se

em conta sua coerência interna;

até que ponto o autor conseguiu atingir,

de modo lógico, os objetivos que se

propusera alcançar; (...) até que ponto o

raciocínio foi eficaz na demonstração da

tese proposta e até que ponto a

conclusão (...) está realmente fundada

numa argumentação sólida e sem falhas,

coerente com as suas premissas e com

várias etapas percorridas. 57

Page 18: Leitura de textos científicos ii

o texto pode ser julgado levando-se

em conta sua (...) originalidade,

alcance, validade e contribuição que

dá à discussão do problema.

até que ponto o autor consegue uma

colocação original, própria, pessoal, superando

a pura retomada de textos de outros autores,

até que ponto o tratamento dispensado por ele

ao tema é profundo e não superficial e

meramente erudito; trata-se de saber ainda

qual o alcance, ou seja, a relevância e a

contribuição específica do texto para o estudo

do tema abordado.

Page 19: Leitura de textos científicos ii

Crítica Pessoal

exige maturidade intelectual (...); viável

desde o momento em que a vivência pessoal do problema tenha alcançado

níveis que permitam o debate da

questão tratada. (...) o objetivo último da

formação científico-filosófica é o amadurecimento da reflexão pessoal

(...). É por isso que a leitura analítica

metodologicamente realizada é

instrumento adequado e eficaz para o amadurecimento intelectual do

estudante. 57

Page 20: Leitura de textos científicos ii

PROBLEMATIZAÇÃO

Retoma-se todo o texto, tendo em vista o

levantamento de problemas relevantes para a

reflexão (...) Os problemas podem situar-se no

nível das três abordagens anteriores; desde

problemas textuais, os mais objetivos e

concretos até os mais difíceis problemas de

interpretação. 58

Problematização Problema

Page 21: Leitura de textos científicos ii

SÍNTESE PESSOAL

Reelaboração pessoal da mensagem;

desenvolver a mensagem mediante retomada

pessoal do texto e raciocínio personalizado;

elaborar um novo texto, com redação própria,

com discussão e reflexão pessoal. 61

CRÍTICA

PESSOAL

SÍNTESE

PESSOAL

Page 22: Leitura de textos científicos ii

Síntese

Problematização

Análise interpretativa

Análise Temáticas

Análise Textual