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LeiteRELATÓRIO DE INTELIGÊNCIAMAIO | 2014
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SharemilkingComo um novo modelo de negócio
Sharemilking, palavra criada na Nova Zelândia que designa um sistema de parceria na produção e gestão da
propriedade leiteira, em que os donos da terra e das vacas deixam sua área e seus animais para serem geridos
pelo sharemilker, que geralmente com um contrato de 50% da renda, dá continuidade à produção de leite e
possibilita descanso aos donos do empreendimento lácteo.
Fonte: Eric Gandhi Silveira. MilkPoint. Nova Zelândia: O Sistema “ShareMilking” (2014)
O sharemilking
é um negócio que exige
confiança. O patrimônio é cui-
dado e melhorado por outra pes-
soa e esse trabalhador espera obter
lucro sobre o trabalho e o capital
investido. Confiança, um contrato
bem feito e experiência do ope-
rador são pontos importantes
no sistema.
No Brasil os jovens dei-
xam de trabalhar nas
fazendas para morar
nas cidades.
Na Nova Zelândia os jovens
deixam os centros urbanos
para trabalhar nas fazendas,
por meio do sharemilking.
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O sistema sharemilkinge suas particularidades
A Nova Zelândia, mais uma vez, nos traz um bom exemplo de empreendedorismo e profissionalismo. Além do
uso eficiente dos recursos disponíveis, competitividade frente ao mercado internacional, organização da ca-
deia produtiva e alta qualidade da matéria-prima, agora é a vez da forma como dão continuidade a seu sistema
produtivo, por meio dos sharemilkers. Com esse modelo resolvem o problema de mão de obra qualificada.
Pode desfrutar de uma vida longe da fazen-da sem vendê-la, garantindo uma boa apo-sentadoria;
Pode desenvolver uma carreira de sucesso no agronegócio do leite, mesmo sem ter terras próprias;
Aumento de capital e bom retorno financeiro.Bom retorno financeiro.
Proprietário Sharemilker
Um dos contratos mais comuns firmados na Nova Zelândia é o 50:50, em que o dono da área e o sharemilker dividem meio a meio a renda da propriedade leiteira. Desta forma a terra e a infraestrutura como sala de or-denha, galpão, casa e irrigação são fornecidos pelo proprietário e o trabalha-dor (sharemilker) entra com o maquinário, veículos e as vezes com os animais.
Das vacas neozelandesas são ordenhadas no siste-ma sharemilking.
Dos sharemilker pos-suem retorno sobre o ca-pital investido.
40%
Principais vantagenspara proprietário e para o sharemilker
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O patrimônio e a renda crescem devido as crias das vacas que são suas e podem ser vendidas ou incorporadas à propriedade;
2Diminui riscos com o trabalho, máquinas e animais, já que são assumidos pelo share-milker;
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Sharemilking é um modelo de negócio
comprovado e protegido por lei na Nova Zelândia. O share-
milker, geralmente jovem, opera a fazenda em nome do proprietário em troca de uma percentagem da renda.
Fonte: Marcelo Pereira de Carvalho.
MilkPoint. Desvendando a terra do
leite (2013)
30%
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Sharemilkercarreira e estágios de desenvolvimento
Sharemilker de baixa par-
ticipação, semelhante ao
próximo estágio, porém
com menor participação
nos investimentos e por
consequência na renda;
50:50 sharemilker, a terra
e a infraestrutura são for-
necidas pelo proprietário,
mas o sharemilker entra
com o maquinário e veí-
culos.
Contract milker por cerca de
2 anos, normalmente o share-
milker recebe de 17% a 30%,
esta é uma fase intermediária
e serve como trampolim para
o próximo estágio;
Gerente por cerca de um
ano e meio, é a promoção
para o funcionário que ad-
quiriu experiência no cargo
anterior e já pode assumir
mais responsabilidades;
Funcionário por cerca de 2
anos, é o começo em um
dos cargos mais baixos e
de maior trabalho opera-
cional;
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Oportunidades de mercadopara o sistema de sharemilking
O incentivo governamental ao empreendedorismo no leite é condição básica para que haja crescimento do
negócio leiteiro e políticas públicas voltadas à permanência do jovem no campo, alavancando novos empre-
sários rurais. Temos que tirar bons exemplos de outros países, ainda mais da Nova Zelândia que é o maior ex-
portador mundial de lácteos, com área três vezes maior que a do estado de SC. É o primeiro país no Índice de
Progresso Social (IPS), que avalia a qualidade de vida dos cidadãos, como saúde, moradia, segurança pessoal,
acesso à informação e educação, saneamento básico, sustentabilidade e tolerância às diferenças, índice no
qual estamos na 46º posição.
Fonte: Brasil fica em 46° lugar em novo índice que mede a qualidade de vida (2014)
Pequenas
propriedades leiteiras
já sabem que em médio
prazo não terão alguém da
família para continuar a tocar o
seu negócio leite. O sharemilking
pode ser uma vantagem tanto
para o dono quanto para
uma pessoa que queira
empreender.
Esse pode
ser um sistema a ser
implantado em muitas
propriedades leiteiras do Brasil,
visto a rentabilidade proporcio-
nada pelo negócio leite, que
pode atrair jovens que não
tem terra e nem animais
para trabalhar.
O sistema
sharemilking pode
ser uma forma de
garantir continuidade
do agronegócio do
leite brasileiro e sua
eficiência.
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LeiteRELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA
MAIO | 2014
Existem alguns cursos que podem ajudar os empreendedores que querem ter êxito no negócio
leite, são os seguintes: Aprender a Empreender (Sebrae), Iniciando um Pequeno e Grande Negó-
cio (Sebrae), Microempreendedor individual (Sebrae), Trabalhador Empreendedor (Senar), Negó-
cio Certo Rural (Senar) e Com Licença Vou a Luta (Senar). Todos esses cursos são gratuitos e à
distância, podendo ser concluídos no conforto de sua casa;
Instituições como o Sebrae, Senar, Epagri, Embrapa e entre outras podem servir de fonte de co-
nhecimento para melhorar os resultados e garantir investimento acertado no setor leiteiro, já que
possuem “Know-how”, que significa ter conhecimento, ou seja possuem informações específicas
que podem ser acessadas pelos empresários que querem melhorar sua empresa leiteira;
Sempre, antes de implantar qualquer novidade em sua propriedade, procure informações, busque
conhecimento e avalie se a fonte é desprovida de interesses e realmente é de uma instituição séria
e de ampla experiência no setor;
O SIS/Sebrae possui relatórios que podem auxiliar os empreendedores sobre o tema, são eles:
Leite na Nova Zelândia, Empreendedorismo no de leite e Mão de obra na atividade leiteira.
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