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LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA
NO RIO GRANDE DO SUL
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Centro Estadual de Vigilância em Saúde
Secretaria Estadual de Saúde
Rio Grande do Sul
Atualização em Vigilância Epidemiológica
para Hospitais da Região Metropolitana
Porto Alegre – RS / Maio de 2017
Leishmaniose VisceralEpidemiologia
Era predominantemente uma zoonose de área rural
Na década de 80, passou a se expandir para áreas periurbanas das
grandes cidades
Focos de grande endemicidade: Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do
Norte, Maranhão
90% dos casos não tratados vão a óbito
Em 2009 (2008) primeiro caso identificado no RS, em São Borja
Grave problema de saúde pública pela alta letalidade humana e alta
prevalência canina.
Lucia Mardini | DVAS
12 países: Com transmissão de LV em humanos- Brasil, Argentina, Paraguai,
Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guatemala, México, Honduras, El Salvador, Guiana y Nicarágua
Leishmaniose Visceral nas Américas
Fonte: OPASOMS – SisLeish: Dados disponíveis pelosprogramas nacionais de leishmanioses dos países
Distribuição
3.624 casos
54 estados
879 Municípios (1- 128 casos)
Brasil: 95%
Expansão: Paraguai e Argentina
Incidência: 2,42 casos por 100.000 habitantes
6,7% Coinfecção Leishmania/HIV
Leishmaniose Visceral nas Américas
Fonte: OPASOMS – SisLeish: Dados disponíveis pelosprogramas nacionais de leishmanioses dos países
Fonte: SVS/MS
Casos autóctones de Leishmaniose Visceral Humana–
LVH, RS, 2008-2017*
Fonte: SINAN – net
*2017 dados parciais até março
23
21
20
4
13
2
20
0123456789
10111213141516171819202122232425
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
importado
autóctone
Fonte: SINAN – net
*2017 dados parciais até março
12
4
2 2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
São Borja Uruguaiana Porto Alegre Itaqui
Casos autóctones de LVH, RS 2008 - 2017*
Fonte: SINAN – net
*2017 dados parciais até março
Casos de LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA– LVH, RS,
2008-2017*
obitos
cura17
3
Evolução dos casos de Leishmaniose Visceral Humana – LVH, RS
2008-2017*
Leishmaniose Visceral
Modo de transmissão – vetor
Pela picada dos vetores Lutzomya longipalpis e L. cruzi, infectados pela
Leishmania chagasi
Doença infecciosa causada por parasitas (protozoário) do gênero
Leishmania, transmitida ao homem por insetos dos gêneros Lutzomya e
Phlebotomus
Reservatórios de LeishmaniaReservatório de Leishmania
AGENTE ETIOLÓGICO:
Protozoário Leishmania chagasi (américa latina)
LEISHMANIOSE VISCERAL
Período de incubação: 10 dias a 3 anos
Caracterizada por: febre prolongada
astenia
emagrecimento
hepatoesplenomegalia
leucopenia
anemia e
plaquetopenia.
O cão doméstico é o principal reservatório
Espectro clínico da doença
. Infecção assintomática
. Formas “subclínicas”/ oligossintomáticas
. Formas agudas Calazar clássico
Leishmaniose visceral – Calazar clássico
Doença incidiosa
Febre prolongada
Hepatoesplenomegalia
Anorexia
Emagrecimento
Hemorragias
Edemas
Tosse seca
Desnutrição grave, broncopneumonias...
Casos confirmados de LVH, RS 2008/2013
Distribuição de sinais/sintomas
Fonte: Sinan-net e prontuário médico
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
diarreia
edema
fenom.hemorr
icterícia
tosse
aum.baço
aum.fígado
quadro infec
palidez
emagrec
febre
fraqueza
Sinais de gravidade:
Idade: inferior a 6 meses / acima de 65 anos
Icterícia
Hemorragias
Edema generalizado
Sinais de toxemia
Desnutrição grave
Co-morbidades
Diagnóstico diferencial
Febre tifóide
Malária
Esquistossomose
D.Chagas aguda
Toxoplasmose
Histoplasmose
Linfomas e leucemias aguda
Diagnóstico
Laboratorial:
Teste rápidoPesquisa da leishmania (aspirado de medula óssea)
Pesquisa de anticorpos (RIFI)
Clínico epidemiológico:
área de transmissão + clínica + resposta terapêutica
Leishmaniose Visceral
Tratamento específico
Droga de primeira escolha:
Antimoniato de N-metil glucamina
LV Grave: <6 meses e >65 anos, icterícia, sinais
hemorrágicos, desnutrição grave, edema generalizado, co-morbidades
Anfotericina B lipossomal
EVOLUÇÃO
Crônica Rápida: Óbito em semanas
A anfotericina B lipossomal, medicamento específico para
tratamento de pacientes com leishmanioses, é disponibilizada
pelo Ministério da Saúde e fornecida pelo Centro Estadual de
Vigilância em Saúde – CEVS.
A solicitação deverá ser feita em formulário específico.
O medicamento Antimoniato de N-metilglucamina encontra-se
disponível no Centro Estadual de Vigilância em Saúde e é fornecido
mediante prescrição médica
Leishmaniose Visceral
Doença de notificação compulsória
(51) 3901-1160