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LEI Nº 31, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1986
SÚMULA: DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DO
MAGISTÉRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS.
A CÃMARA MUNICIPAL DE SÃOJOSÉ DOS PINHAIS, ESTADO DO PARANÁ,
decretou, e eu PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte lei:
CAPITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Estatuto do Magistério Municipal de primeiro grau e
seu pessoal, estrutura e respectiva carreira e estabelece normas especiais sobre o seu regime
jurídico.
Art. 2º Para efeito deste Estatuto, entende-se por pessoal de magistério o conjunto dos
servidores que ocupam cargos ou funções nas Unidades Escolares e demais órgãos da
estrutura do Departamento Municipal de Educação.
Art. 3º O pessoal do magistério publico municipa1 compreende as seguintes
categorias:
I - docente - os servidores encarregados de ministrar o ensino e a
educação ao aluno em quaisquer atividades, áreas de estudo constantes
do currículo escolar;
II - especialistas - os servidores que executam tarefas de
assessoramento, p1anejamento, programação, supervisão, coordenação,
acompanhamento, controle, avaliação, orientação, inspeção e outras,
respeitadas as prescrições contidas na Lei Federal nº 5692, de 11 de
agosto de 1971;
III - auxiliares - os servidores que nas Unidades Escolares exerçam
atividades administrativas e de apoio à atividades de ensino.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, funcionário é a pessoa legalmente
investida em cargo público do Quadro do Magistério Municipal.
CAPITULO II
DO QUADRO DO MAGISTÉRIO
Art. 4º Os cargos do magistério se classificam de acordo com o gênero de trabalho e os
níveis de complexidade das atribuições e responsabilidades cometidas aos seus ocupantes.
Art. 5º Para os efeitos deste Estatuto:
I - cargo é o conjunto de deveres, atribuições e responsabilidades
cometidas pelo município a um professor, especialista de educação ou
auxiliar que exerça atividades nas Unidades Escolares;
II - classe é o agrupamento de cargos da mesma denominação e
idênticos quanto ao grau de dificuldades e responsabilidades;
III - serie de asses é o conjunto de classes da mesma natureza, dispostas
hierarquicamente, de acordo com o grau de dificuldades das atribuições
e níveis de responsabilidades;
IV - promoção é a elevação do funcionário público de um nível para
outro dentro da mesma série de classes, pelo critério de merecimento e
antiga idade, alternadamente;
V - acesso é a elevação do funcionário público à classe inicial de outro
nível pelo critério exclusivo de merecimento aferido mediante seleção
interna
VI - progressão é a elevação do funcionário de uma classe à
imediatamente superior dentro do mesmo nível, pelo critério de
merecimento.
Art. 6º O Quadro do Magistério Municipal fica assim constituído:
I - Parte Permanente, que inclui as classes isoladas constantes do
Anexo I;
Parágrafo Único - Ao pessoal do Quadro do Magistério aplica-se subsidiária e
complementarmente a este Estatuto, o Estatuto dos Funcionários Civis do Paraná Lei 6174/70.
CAPITULO III
DO PROV IMENTO
Art. 7º Os cargos do Quadro do Magistério Municipal podem ser providos por:
I - nomeação, precedida de concurso público, tratando-se de primeira
investidura no serviço público municipal em cargo vago de classe
inicial de carreira ou de classe isolada;
II - promoção, tratando-se de classe intermediária ou final de carreira;
III - tratando-se de cargo de classe inicial de carreira ou classe isolada,
diferente daquela a que pertence o servidor, para a qual esteja prevista
esta forma de provimento.
Art. 8º Compete ao Prefeito Municipal expor os atos de provimento.
Parágrafo Único - O decreto de provimento deverá conter, necessariamente, as
seguintes indicações, sob pena de sua nulidade e responsabilidade de quem lhe der posse:
I - a denominação do cargo vago e demais elementos de identificação, o
motivo da vacância e o nome do ex-ocupante, quando for o caso;
II - o fundamento legal e a indicação do nível de vencimento do cargo;
III - a indicação de que o exercício do cargo se fará cumulativamente
com outro cargo municipal, quando for o caso.
Art. 9º Os cargos constantes do Anexo I, serão inicialmente providos por
enquadramento dos atuais ocupantes de cargos efetivos da Prefeitura Municipal, de acordo
com as normas do Artigo 109 desta Lei.
Art. 10º Para o provimento do Quadro próprio do Magistério, serão rigorosamente
observados os requisitos mínimos indicados no Anexo I desta lei sob pena de ser o ato de
nomeação considerado nulo de Pleno direito, não gerando obrigação de espécie alguma para o
Município, nem qualquer direito para o beneficiário, além de acarretar a responsabilidade de
quem lhe der causa.
CAPITULO IV
DO CONCURSO
Art. 11 A primeira investidura em cargo de provimento efetivo das atividades do
magistério efetuar-se-á mediante concurso público de provas escritas, podendo ser utilizadas
ainda provas praticas ou práticos-orais e provas e títulos.
Art. 12 A aprovação em concurso não gera direi to â nomeação, mas esta, quando se
der, respeitara a ordem de classificação dos candidatos habilitados, salvo prévia desistência
por escrito.
§ 1º Terá preferência para nomeação, em caso de empate na classificação, o candidato
já pertencente ao serviço público municipal, e havendo mais de um candidato nessa condição,
o mais idoso.
§ 2º Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço público municipal,
decidir-se-á em favor do mais idoso.
Art. 13 Observar-se-ão na realização dos concursos, as seguintes normas:
I - não se publicara edital para provimento de qualquer cargo enquanto
vigorar o prazo de validade de concurso anterior para o mesmo, se
ainda houver candidato aprovado e não convocado para investidura;
II - o edital deverá estabelecer o prazo de validade do concurso e as
exigências ou condições que possibilitem a comprovação, pelo
candidato, das qualificações a requisitos-constantes das especificações
dos cargos;
III - aos candidatos serão assegurados meios amplos de concursos, nas
fases de homologação de concurso e nomeação de candidatos;
IV - quando houver funcionário público municipal em disponibilidade,
não será feito concurso público para preenchimento de cargo de igual
categoria, devendo,se necessário, ser convocado o funcionário
disponível
V - independerá de limite de idade a inscrição, em concurso, de
ocupante de função ou cargo público municipal.
CAPITULO V
DA PROGRESSÃO, PROMOÇÂO E DO ACESSO
Art. 14 Progressão é a elevação do funcionário de uma classe à imediatamente
superior dentro do mesmo nível, pelo critério de merecimento.
Art. 15 Promoção é a elevação do funcionário, de um nível para outro, dentro da
mesma série de classes, pelo critério de merecimento e antiguidade, alternadamente e será
realizada na primeira quinzena de maio de cada ano.
§ 1º Merecimento é a demonstração por parte do funcionário, durante a sua
permanência no nível, de bom desempenho de suas atribuições e deveres funcionais, bem
como de posse de qualificação e aptidão necessárias ao desempenho das funções e demais
requisitos regulamentares.
§ 2º A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício na classe,
apurado em dias.
Art. 16 Acesso é a elevação do funcionário efetivo ocupante do Último nível de uma
série de classes, no nível inicial da outra, pelo critério de merecimento, observadas as linhas
de correlação estabelecidas no Anexo I desta Lei, atendido o requisito de habilitação
profissional e o interstício na classe.
Art. 17 A aplicação do regime da Progressão, Promoção e do Acesso será disciplinado
por conselho designado por Decreto do Executivo, esta, constituída de 05 (cinco) membros,
sendo membros natos um representante do Órgão de Educação da Administração e um
representante da Associação dos Professores de São José dos Pinhais.
Parágrafo Único - A comissão a que se refere este artigo, para aplicação do regime de
progressão, promoção e acesso obedecerá aos seguintes critérios:
I - a progressão será aplicada automaticamente a cada 03 (três) anos,
independente de merecimento;
II - a aplicação do regime de progressão atendendo a critério do
merecimento, obedecerá a um intervalo mínimo de 01 (hum) ano;
III - O funcionário beneficiado pelo regime de promoção por
merecimento não poderá ser beneficiado pelo regime de progressão,
senão depois de decorridos 02 (dois) anos daquela;
IV - No caso do inciso acima, a contagem do tempo para a progressão
automática far-se-á a partir da data de promoção aludida do mesmo
inciso.
Art. 18 Na apuração dos interstícios para promoção e progressão serão descontadas as
ausências ao trabalho quando ocorridas com prejuízo do vencimento.
Parágrafo 1º A suspensão e a advertência comprovadas por escrito interrompem a
contagem do interstício. A"contagem de novo interstício terá inicio na data subseqüente à da
aplicação da advertência ou, se for o caso à do término do cumprimento da suspensão
Parágrafo 2º A avaliação de merecimento do funcionário será feita mediante a aferição
de seu desempenho em que serão considerados os seguintes fatores:
I - exercício de função de direção e chefia;
II - conhecimento e qualidade do trabalho;
III - elogios e punições recebidos;
IV - cursos e treinamento diretamente relacionados com as atribuições de seu cargo;
V - pontualidade;
VI - assiduidade.
Parágrafo 3º A avaliação do desempenho será efetuada uma vez por ano, através de
conceitos emitidos no Boletim de Merecimento, pelas chefias ou supervisores dos
funcionários e de dados extraídos de seus assentamentos funcionais
Parágrafo 4º O merecimento é adquirido durante o período de permanência do
funcionário em sua classe. Promovido, o funcionário reiniciará a contagem de ocorrências
para efeito de nova promoção.
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Art. 19 O acesso será feito mediante seleção interna, em que se apure a capacidade
funcional do funcionário publico e sua habilitação legal, para o desempenho das atribuições
da classe a que concorra.
§ 1º A comprovação de capacidade funcional se fará através de provas de
conhecimentos ou práticas.
§2º A classificação dos concorrentes ao acesso será dada de acordo com os resultados
obtidos nas provas.
Art. 20 Realizar-se-á seleção interna sempre que houver cargo vago que deva ser
preenchido por acesso sempre que houver cargo vago que deva ser preenchido por acesso.
Art. 21 Não havendo funcionário habilitado ao acesso, o cargo será preenchido
mediante concurso publico.
Art. 22 O funcionário suspenso, disciplinar ou preventivamente, poderá concorrer ao
acesso, mas ficará sem efeito o ato de acesso, se verificada a procedência da penalidade, ou se
da verificação dos fatos que determinaram a suspensão preventiva resultar a pena de
suspensão.
§ 1º O funcionário só perceberá o vencimento correspondente à nova classe depois de
declarada a improcedência da penalidade ou após a apuração dos fatos determinantes da
suspensão preventiva.
§ 2º Se da suspensão preventiva resultar a pena de suspensão, o funcionário não
concorrerá ao acesso no prazo de 02 (dois) anos, contados na data subseqüente à do término
do cumprimento da penalidade.
Art. 23 Declarado sem efeito o acesso, expedir-se-á novo decreto em beneficio de
quem tenha direito.
§ 1º O funcionário que tenha seu acesso decretado indevidamente não ficará obrigado
a restituir o que em decorrência tiver recebido.
§ 2º O funcionário a quem cabia o acesso será indenizado da diferença do vencimento
a que tiver direito.
Art. 24 O funcionário que não estiver em exercício do cargo, ressalvadas as hipóteses
como de efetivo exercício, nos termos desta Lei e do Estatuto dos Funcionários Civis do
Paraná (lei 6l74/70), não concorrerá ao acesso.
CAPITULO VI
DOS VENCIMENTOS E DO REGIME DE TRABALHO
Art. 25 Os vencimentos e a carga horária dos ocupantes dos cargos de provimento
efetivo do Quadro Permanente do Magistério Municipal são estabelecidos no Anexo I.
§ 1º O professor no exercício da função de Diretor poderá a critério do órgão
competente ministrar aulas, na escola em que estiver "lotado".
§ 2º O professor de determinada disciplina, área de estudo ou atividade, poderá ser
aproveitado no ensino de outra matéria desde que devidamente habilitado com registro
profissional competente e a critério da Administração Municipal, ouvido o Diretor da Unidade
Escolar e respeitado o regime de trabalho a que estiver sujeito.
§ 3º Fica estabelecido, aos ocupantes do nível 01, Classe A, de que trata a Tabela A,
do Quadro Próprio do Magistério, Anexo II, o piso mínimo salarial de 2,265 Salários
Mínimos vigentes.
CAPITULO VII
DOS DIREITOS E VANTAGENS
SEÇAO I
DISPOSIÇOES PRELIMINARES
Art. 26 Além do vencimento ou remuneração poderá o funcionário perceber as
seguintes vantagens pecuniárias:
I - adicionais;
II - gratificações;
III - ajuda de custo;
IV - diárias;
V - salário-família;
VI - auxilio doença.
SEÇAO II
DOS ADICIONAIS
Art. 27 O integrante do Q.P. do Magistério terá acréscimo aos vencimentos, de cinco
em cinco anos de exercício, cinco por cento até completar vinte e cinco por cento, por serviço
público efetivo prestado ao Município de São José dos Pinhais.
Parágrafo Único - A incorporação do acréscimo será imediata, inclusive para efeito de
aposentadoria e disponibilidade, e será computada igualmente sobre as alterações dos
vencimentos do cargo efetivo, somados ao anteriormente deferido.
Art. 28 Ao completar trinta anos de exercício o funcionário terá direito ao acréscimo
aos vencimentos de cinco por cento por ano excedente, até o máximo de vinte e cinco por
cento.
§ 1º A incorporação desses acréscimos será também imediata, inclusive para efeito de
aposentadoria e disponibilidade e computada igualmente sobre as alterações dos vencimentos.
§ 2º No cálculo, para efeito de pagamento do adicional referido neste artigo, será
respeitada sempre a soma do vencimento acrescido do anteriormente deferido.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇOES
Art. 29 Conceder-se-á gratificação:
I - de função;
II - pela prestação de serviço extraordinário;
III - pela prestação de serviço em regime de tempo integral e dedicação
exclusiva;
IV - pela representação de gabinete;
V - pela execução de trabalho de natureza especial, com risco de vida e
saúde;
VI - pela realização de trabalho relevante, técnico ou cientifico;
VII - pela participação em órgão de deliberação coletiva;
VIII - pelo exercício de encargos especiais;
IX - pelo exercício:
a) de encargo de auxiliar ou membro de banca ou comissão
examinadora de concurso ou de prova de habilitação;
b) de encargo de auxiliar ou professor de curso regularmente instituído,
se realizado o trabalho além das horas de expediente a que está sujeito o
funcionário.
X - pelo exercício em determinadas zonas locais.
Art. 30 Observadas as disposições desta seção, a atribuição das gratificações previstas
no artigo 29 reger-se-á por regulamentação própria.
Art. 31 A gratificação de função e a que corresponde ao exercício de função
gratificada existente no quadro próprio do Magistério.
Art. 32 A gratificação pela prestação de serviço extraordinário se destina a remunerar
os serviços prestados fora do período normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário,
no desempenho das atribuições do seu cargo.
Art. 33 A gratificação pela prestação de ser viço extraordinário deverá ser:
I - previamente arbitrada pelo chefe da repartição;
II - paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado.
§ 1º A gratificação a que se refere este artigo não poderá exceder a cinqüenta por cento
(50%) do vencimento mensal do funcionário, acrescido dos adicionais que estiver percebendo.
§ 2º No caso do inciso II, a gratificação será paga por hora de trabalho antecipado ou
prorrogado, na mesma razão percebida pelo funcionário, em cada hora do período normal.
Art. 34 Pelo exercício do cargo em regime de tempo integral e dedicação exclusiva,
conceder-se-á ao funcionário gratificação especial que será fixado em ate 100% (cem por
cento) dos vencimentos que perceber; tendo em vista a essencialidade, complexidade e
responsabilidade, de determinadas funções ou atribuições, bem como as condições e natureza
do trabalho das unidades administrativas correspondentes.
Art. 35 A gratificação mencionada no inciso VIII, do artigo 29, se destina aos
servidores aos quais forem atribuídos encargos de assessoramento direto ao Chefe do Poder
Executivo e outros definidos em lei ou regulamento.
Art. 36 A gratificação pela realização de trabalho relevante, técnico ou cientifico, será
arbitrada pelo chefe do Poder Executivo.
Art. 37 A designação de funcionário para serviços ou estudos fora do Estado, só
poderá ser feita pelo Chefe do Poder Executivo, que arbitrará a gratificação, levando em conta
seu vencimento, a natureza e duração certa ou presumível do trabalho, e condições locais,
salvo se lei ou regulamento dispuser a respeito.
Art. 38 As gratificações que tratam os incisos I, II, III, IV, e V, do artigo 29, serão
mantidas nos casos de afastamento previsto nos itens I, II, III, VI, XI, XIII, XIV, XV, XVII e
XVIII, do artigo 128, da Lei 6174/70 de 16/11/70, sendo que nos casos de gratificação pela
prestação de serviço extraordinário, ou em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, o
cálculo para a concessão será no valor correspondente a um doze avos do percebido nos
últimos doze meses de efetivo exercício.
Parágrafo Único - As gratificações previstas pelos incisos II, III e IV, do artigo 29,
serão automaticamente cancelados nos afastamentos que perduram por mais de 90 (noventa)
dias.
SEÇAO IV
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 39 A ajuda de custo é a compensação de despesas de viagem e instalação,
concedida ao funcionário que em virtude de remoção, nomeação para cargo em comissão ou
designação para função gratificada, serviço ou estudo, passe a ter exercício em nova sede.
Parágrafo Único - A ajuda de custo é arbitrada pelo Prefeito Municipal ou pelo Diretor
do Departamento Municipal de Educação em importância não excedente de três meses e não
inferior a um mês de vencimento levando-se em conta as condições de vida na nova sede, a
distância, o tempo de viagem e os recursos orçamentários disponíveis.
Art. 40 No caso de designação para serviço ou estudo no exterior, a ajuda de custo é
arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo.
Art. 41 Não se concederá ajuda de custo:
I - ao funcionário que em virtude de mandato eletivo, deixar ou
reassumir o exercício do cargo;
II - ao funcionário posto à disposição de entidade de direito público;
III - aos funcionários removidos por permuta.
Art. 42 O funcionário restituirá a ajuda de custo:
I - quando não se transportar para o local da missão;
II - quando, antes de terminar a incumbência, regressar, pedir
exoneração ou abandonar o serviço.
§ 1º A restituição é da exclusiva responsabilidade pessoal e poderá ser feita
parceladamente.
§ 2º Não haverá obrigação de restituir:
a) quando o regresso do funcionário for determinado Ex-officio ou
decorrer de doença comprovada ou de motivo de força maior;
b) quando o pedido de exoneração for apresentado noventa dias após a
designação da missão.
Art. 43 A ajuda de custo poderá ser paga ao funcionário, metade adiantadamente, no
local da repartição de que foi desligado e o restante, após haver entrado em exercício na nova
repartição ou serviço.
Parágrafo Único - O funcionário, sempre que preferir, poderá receber, integralmente, a
ajuda de custo, já na sede da nova repartição ou serviço.
Art. 44 Além da ajuda de custo que couber, poderá ser concedido transporte ao
funcionário e sua família, compreendendo passagem e bagagem, excluído, quando a esta,
qualquer excesso de peso sujeito a pagamento.
§ 1º Poderá ainda ser fornecida passagem a um serviçal que acompanhe o funcionário.
§ 2º Para a obtenção das passagens, o funcionário apresentará ao chefe da repartição
ou serviço de onde for desligado, uma relação das pessoas que o acompanharão na viagem,
indicando o nome, idade, e o grau de parentesco.
§ 3º Verificando que o nome das pessoas indicadas constam da declaração de família,
registrados no assentamento individual, a repartição ou serviço requisitará as passagens,
encaminhando a relação à repartição ou serviço em que o funcionário vai ter exercício, para
devida fiscalização.
§ 4º A repartição ou serviço requisitará igualmente o despacho de bagagem, cuja
importância não poderá exceder a um sexto da ajuda de custo.
§ 5º O funcionário será obrigado a repor a importância correspondente ao transporte
irregularmente requisitado, além de sofrer a pena disciplinar que couber.
SEÇÃO V
DAS DIÁRIAS
Art. 45 Ao funcionário que se deslocar da respectiva sede, no desempenho de suas
atribuições, é concedia uma diária a título de indenização das despesas de alimentação e
pousada.
§ 1º Durante o período de trânsito não se concede diária ao funcionário removido.
§ 2º Não caberá a concessão de diária quando o deslocamento do funcionário
constituir exigência permanente do cargo ou função.
§ 3º Entende-se por sede, para os efeitos desta Seção, a cidade, vila ou localidade,
onde o funcionário tiver exercício.
§ 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao funcionário que se deslocar para fora do
país, ou estiver servindo no estrangeiro.
Art. 46 O funcionário perceberá:
I - diária integral, quando passar de doze horas fora da sede;
II - meia diária, quando passar mais seis horas fora da sede.
Parágrafo Único - Não terá direito o funcionário que se deslocar da sede por menos de
seis horas.
Art. 47 As diárias serão arbitradas e concedidas dentro dos limites dos créditos
orçamentários e de acordo com a regulamentação competente.
Art. 48 As diárias serão pagas adiantadamente, mediante calculo da duração
presumível do deslocamento do funcionário.
Art. 49 O funcionário que indevidamente, receber diárias, será obrigado a restituir, de
uma só vez, a importância recebida, ficando ainda sujeito a punição disciplinar.
Art. 50 - Será punido com pena de suspensão e, na reincidência, com a demissão, o
funcionário que, indevidamente, conceder diárias com o objetivo de remunerar outros serviços
ou encargos, ficando, ainda, obrigação à reposição da importância correspondente.
SEÇAO VI
DO SALÁRIO FAMÍLIA
Art. 51 O salário-família é o auxilio pecuniário especial, concedido pelo município, ao
funcionário ativo, inativo ou em disponibilidade, como contribuição ao custeio das despesas
de manutenção de sua família.
Parágrafo Único - A cada dependente relacionado no artigo seguinte, corresponderá
uma cota de salário-família.
Art. 52 - Conceder-se-á salário-família, ao funcionário pelos dependentes:
I - esposa que não exerça atividade remunerada;
II - filho menor de vinte e um anos e filha enquanto solteira, sem renda
própria;
III - filho inválido, de qualquer idade, comprovadamente incapaz para
exercer qualquer atividade remunerada;
IV - filho estudante, que freqüentar curso secundário ou superior, em
estabelecimento de ensino oficial ou particular e que não exerça
atividade lucrativa, até a idade de vinte e quatro anos;
V - Outros dependentes assim previstos em lei.
Parágrafo Único - Compreende-se neste artigo o filho de qualquer condição, o
enteado, o adotivo, o legitimo e o que mediante autorização judicial, viva sob a guarda e
sustento do funcionário.
Art. 53 Quando o pai e a mãe forem funcionários do Município e viverem em comum,
o salário-família será concedido ao pai se não viverem em comum, ao que tiver os
dependentes sob sua guarda; e, se ambos os tiverem, de acordo com a distribuição dos
dependentes.
Art. 54 Equiparem-se ao pai e a mãe os representantes legais dos incapazes e as
pessoas a cuja guarda e manutenção estiverem confiados, por autorização judicial, os
beneficiários.
Art. 55 O salário-família não será sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de
base para qualquer contribuição ainda que de finalidade assistencial.
Art. 56 A habilitação para a concessão do salário-família obedecerá a regulamentação
própria.
SEÇAO VIII
DO AUXÍLIO-DOENÇA
Art. 57 Após cada período de vinte e quatro meses consecutivos de licença para
tratamento de saúde, o funcionário terá direito a um mês de vencimento, a titulo de auxílio-
doença.
Parágrafo Único - Quando se trata de licença concedida por motivo de acidente no
trabalho ou doença profissional assim, conceituados nos parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do artigo
128 da lei 6174/70 de 16/11/70, o funcionário fará jus ao auxílio-doença de que trata este
artigo, após cada período de doze meses consecutivos de licença.
Art. 58 O auxílio-doença será pago em folha, a requerimento do interessado.
Art. 59 Ocorrente o falecimento do funcionário o auxí1io-doença a que fez jus até a
data do falecimento, será pago de acordo com as normas que forem estabelecidas em decreto.
SEÇAO IX
DO AUXÌLIO FUNERAL
Art. 60 Ao cônjuge, ou na falta deste, a pessoa que provar ter feito despesas em virtude
do falecimento do funcionário, será concedido, a título de funeral, a importância
correspondente a um mês de remuneração ou provento.
§ 2º O pagamento será efetuado à vista de apresentação do atestado de óbito pelo
cônjuge ou pessoa a cujas expensas houver sido efetuado o funeral, ou procurador legalmente
habilitado.
Art. 61 Em caso de acumulação legal de cargos do Município o auxílio funeral
corresponderá ao pagamento do cargo de maior vencimento do funcionário falecido.
Art. 62 Será concedido transporte ou meios para mudanças, à família do funcionário,
quando este falecer fora do Município no desempenho do cargo de serviço.
SECÃO X
DAS GRATIFICAÇÕES ESPECIAIS
Art. 63 Os membros do magistério farão jus as seguintes vantagens pecuniárias
especiais:
I - gratificações por serviços prestados em bancas ou comissões de
exames, concursos ou provas, desde que fora do período normal de
trabalho a que estiver sujeito;
II - Remuneração por aulas extraordinárias.
CAPITULO VIII
DAS FÉRIAS E DO RECESSO ESCOLAR
Art. 64 -. Vetado...
I - Vetado...
Parágrafo Único - Vetado...
Art. 65 É vedada, em qualquer hipótese, a conversão das férias em dinheiro.
Art. 66 É vedado levar à conta das ferias qualquer falta ao trabalho.
CAPÍTULO IX
DAS LICENÇAS
Art. 67 Conceder-se-á ao integrante do Quadro Próprio do Magistério as seguintes
licenças:
I - como prêmio.
II - para tratamento de saúde.
III - quando acidentado no exercício de suas atribuições.
IV - a gestante.
V - quando convocado para o serviço militar.
VI - sem vencimentos.
VII - para concorrer a cargo eletivo.
VIII - para freqüentar curso de aperfeiçoamento ou especialização.
IX - para amamentar.
X - para estudo ou missão no País ou no exterior, quando designado ou
autorizado pelo chefe do Poder Executivo.
XI - para participar em competições esportivas oficiais, pelo tempo de
sua duração nos âmbitos Municipal, Estadual, Nacional ou
Internacional, na qualidade de Técnico, árbitro ou atleta, quando
autorizado pelo Executivo.
XII - por motivo de doença em pessoa da família.
Art. 68 As licenças previstas nos incisos II à IV, IX e XII, do artigo anterior,
dependem da inspeção médica e serão concedidas pelo prazo indicado no respectivo laudo
medico, expedido pelo órgão pericial do Município.
SEÇÃO I
DA LICENÇA PRÊMIO
Art.69 Ao integrante do Quadro Próprio do Magistério é assegurado o direito à licença
prêmio com vencimentos integrais e demais vantagens:
I - de 03 (três) meses, após 5 (cinco) anos consecutivos de serviços
prestados;
II - de 06 (seis) meses, após 10 (dez) anos consecutivos de serviços
prestados.
Parágrafo Único - O número de até 5 (cinco) faltas no qüinqüênio, ou de 10 (dez) no
decênio, não prejudica a concessão da licença.
Art. 70 A licença prêmio, poderá, observado o interesse da Administração Municipal,
ser concedida até o limite da sexta parte do total dos integrantes do Quadro Próprio do
Magistério lotados no local de atuação, devendo, todavia, ser solicitada no mínimo com
30(trinta) dias de antecedência.
SECÂO II
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 71 A licença para tratamento de saúde será concedida “ex-officio”, ou a pedido do
integrante do Quadro Próprio do Magistério ou de seu representante, quando aquele não possa
fazê-lo.
Parágrafo Único - Nos casos previstos no “caput" deste artigo, é indispensável a
inspeção médica que será realizada pelo órgão da Perícia Médica do Município, e, quando
necessário, na própria residência ou em outro local dentro do território Municipal onde se
encontrar o integrante do Quadro Próprio do Magistério.
Art. 72 No decurso do afastamento, o órgão que concedeu a licença poderá, “ex-
officio” ou a pedido, concluir pela reassunção, pela prorrogação, readaptação ou
aposentadoria do integrante do Quadro Próprio do Magistério.
Art. 73 No caso de licença para tratamento de saúde, o integrante do Quadro Próprio
do Magistério, obster-se-á de atividades remuneradas sob pena de interrupção da licença, com
perda total dos vencimentos até que reassuma o cargo ou função.
Art. 74 O integrante do Quadro Próprio do Magistério licenciado para tratamento de
saúde, acidentado no exercício de suas funções ou acometido de doenças profissionais,
receberá integralmente os vencimentos e demais vantagens inerentes ao cargo ou função
conforme definido em regulamento.
Art.75 O integrante do Quadro Próprio do Magistério que se omitir ou recusar à
inspeção médica ou não seguir o tratamento adequado, será punido disciplinarmente no
primeiro caso, e com o cancelamento da 1icença, no segundo.
SEÇÂO III
LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMILIA
Art. 76 O integrante do Quadro Próprio do Magistério poderá obter licença até o
máximo de 02 (dois) anos por motivo de doença de ascendente, descendente e colateral,
consangüíneo até, o 2º (segundo) grau civil, do companheiro e do cônjuge, do qual não esteja
legalmente separado, desde que comprove ser indispensável a sua assistência pessoal
incompatível com o exercício do cargo.
Parágrafo Único - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica.
Art. 77 A licença de que trata o artigo anterior e concedida com vencimentos integrais
até 6 (seis} meses, e daí em diante com os seguintes descontos:
I - de 1/3 (um terço), quando exceder 6 (seis) meses,
II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a 12 (doze) meses até 18
(dezoito) meses.
III - sem vencimentos, do 19º (décimo nono) mês ao 24º (vigésimo
quarto).
SEÇAO IV
LICENÇA COMPULSÓRIA
Art. 78 O integrante do Quadro Próprio do Magistério acometido de tuberculose ativa,
deficiência mental, neop1asia maligna, lepra, paralisia, cegueira, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, incompatíveis com o trabalho, e outras moléstias que a lei indicar, conforme a
medicina especializada, mediante laudo medico do órgão municipal será compulsoriamente
licenciado, com direito à percepção dos vencimentos integrais e das vantagens obtidas a título
permanente.
Parágrafo Único - Prevê-se também, licença compulsória, por interdição declarada
pelo órgão Pericial do Município por motivo de doença infecto-contagiosa em pessoa
coabitante da residência do integrante do Quadro Próprio do Magistério.
Art. 79 Para verificação das molésticas acima indicadas, a inspeção médica será feita,
obrigatoriamente, pelo órgão pericial do município, podendo o integrante do Quadro Próprio
do Magistério, requerer nova inspeção e outros exames de laboratório caso não se conforme
com o laudo.
SEÇÃO V
LICENÇA A GESTANTE
Art. 80 A integrante do Quadro Próprio do Magistério gestante é concedida, mediante
inspeção medica, licença por 90 (noventa dias) consecutivos, com direito à percepção de
vencimentos integrais e vantagens obtidas a título permanente.
§ 1º Salvo prescrição medica em contrário, a licença deverá ser concedida a partir do
8º (oitavo) mês de gestação.
§ 2º Quando necessária a preservação do recém nascido a licença poderá ser
prorrogada na forma do artigo 77.
§ 3º A licença de que trata este artigo será concedida, por 60 (sessenta) dias, à mãe
adotiva, quando comprovada judicialmente a adoção, a partir da data da apresentação do
respectivo comprovante.
§ 4º Para a concessão da licença prevista no parágrafo anterior, o adotando deverá
conter até 1 (hum) ano de idade, inclusive, bastando para tanto, apresentação de certidão da
distribuição da Ação de Adoção.
SEÇAO VI
LICENÇA PARA AMAMENTAR
Art. 81 Toda mãe, exceto a adotiva, terá direito à licença especial por 3 (três} meses
para amamentar o recém-nascido.
Art. 82 A licença será concedida por 1 (uma) hora diária no inicio ou no final do
expediente, a critério da integrante do Quadro Próprio do Magistério e conforme perícia
medica.
SEÇAO VII
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 83 Ap6s o efetivo exercício de 02 (dois) anos, o integrante do Quadro Pr6prio do
Magistério poderá obter licença sem vencimentos, para tratar de interesses particulares, pelo
prazo de 02 (dois) anos.
Parágrafo Único - O integrante do Quadro Próprio do Magistério deverá aguardar em
exercício a concessão da licença ,que poderá ser negada se o afastamento for inconveniente ao
serviço.
Art. 84 Ao integrante do Quadro Pr6prio do Magistério casado com servidor publico,
transferido compulsoriamente, poderá independentemente de estabilidade, ser concedida
licença sem vencimentos pelo prazo de até 2 (dois) anos.
Art. 85 Não se concederá igualmente, licença para tratar de interesses particulares ao
integrante do Quadro Pr6prio do Magistério que, a qualquer título, esteja ainda obrigado à
indenização ou devolução aos cofres municipais.
Art. 86 Só poderá ser concedida licença para tratamento de interesses particulares
depois de decorridos 2 (dois}anos de efetivo exercício, após o término da anterior.
Art. 87 A autoridade que houver concedido licença, poderá a todo o tempo, desde que
exija o interesse do serviço público, revogá-la, marcando prazo para o integrante do Quadro
Próprio do Magistério reassumir o seu exercício, podendo este fazê-lo por conta pr6pria,
importando o fato na desistência da licença.
CAPÍTULO X
DA APOSENTADORIA
Art. 88 O integrante do Quadro Pr6prio do Magistério será aposentado:
I - por invalidez.
II - Facultativamente, ap6s 30 (trinta) anos de serviço, quando
professor, e após 25 (vinte e cinco) anos quando professora, no efetivo
exercício de funções do magistério.
III - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade.
§ 1º A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença para tratamento
de saúde, por período não inferior a 24 (vinte e quadro) meses, salvo quando a Junta Médica
formada por médicas do Órgão Pericial do Município declarar a incapacidade definitiva para
o Serviço ou opinar pela readaptação do integrante do Quadro Próprio do Magistério em
cargo do Quadro Geral, mais compatível com a sua capacidade física ou intelectual, podendo
ser realizada "ex-officio" ou a pedido, quando ficar devidamente comprovado que:
I - a modificação do estado físico ou das condições de saúde do
funcionário diminui sua eficiência no cargo.
II - o estado mental não corresponde mais, as exigências do cargo.
III - a readaptação prevista neste artigo não acarretará redução de
vencimento.
IV - o processo de readaptação será iniciado mediante laudo formado
pelo Órgão Médico Pericial do Município.
§ 2º No caso do inciso II deste artigo, comprovado o tempo de serviço, e se não for
decidido o pedido de aposentadoria no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data do
protocolo do requerimento, o integrante do Quadro Próprio do Magistério ficará legalmente
dispensado de suas atribuições funcionais.
Art. 89 Os proventos da aposentadoria serão:
I - integrais ao integrante do Quadro Próprio do Magistério que contar
com 30 (trinta) anos de serviço, se do sexo masculino, e 25 (vinte e
cinco) anos de serviço, se do sexo feminino observado o artigo anterior,
inciso II, e ao aposentado por invalidez.
II – proporcionais, nos casos de aposentadoria compulsória.
Art. 90 O integrante do Quadro Próprio do Magistério que tiver percebido em períodos
diferentes, as gratificações de que tratam os incisos II e III,do artigo 172, da Lei nº 6.174, de
16 de novembro de 1970, terá incorporado aos seus proventos de aposentadoria, o valor
correspondente a maior media percebida durante 12 (doze} meses, desde que a percepção
dessas gratificações some 3 (três) anos ininterruptos ou 5 (cinco} anos alternados, a qual
incidirá sobre o valor do vencimento do cargo que estiver exercendo na data da aposentadoria
ou, se for o caso, sobre o valor dos proventos assegurados pelo inciso III do artigo 140, da Lei
nº 6.174/70.
Art. 91 Os proventos da aposentadoria serão sempre reajustados nos mesmos
percentuais dos reajustes concedidos aos integrantes do Grupo Pr6prio do Magistério em
atividade, aproveitando-se, inclusive, as reclassificações que houver, em conformidade a Lei
Complementar nº 21 de 26 de outubro de 1984.
CAPÍTULO XI
DA DISPONIBILIDADE
Art. 92 Disponibilidade é o afastamento do integrante do Quadro Pr6prio do
Magistério estável, em virtude de extinção do cargo, ou da declaração de sua desnecessidade,
com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
Parágrafo Único - O integrante do Quadro Pr6prio do Magistério em disponibilidade
será, obrigat6riamente, aproveitado na primeira vaga que ocorrer, atendida as condições de
habilitação profissional e equivalência de vencimentos.
Art. 93 O integrante do Quadro Próprio do Magistério ficará em disponibilidade
remunerada, quando, tendo sido reintegrado, não for possível, na forma deste Estatuto, sua
recondução ao cargo anteriormente ocupado.
CAPÍTULO XII
DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 94 É assegurado ao integrante do Quadro Próprio do Magistério o direito de
requerer e representar perante a Administração Municipal.
Art. 95 O requerimento ou à representação será dirigida à autoridade competente para
decidi-lo, podendo ser encaminhado por intermédio da autoridade á que esteja imediatamente
subordinado o requerente.
Art. 96 O pedido de reconsideração interrompe a prescrição, por 1 (uma) vez, tendo
prosseguimento a contagem do prazo, a partir da data da decisão.
CAPITULO XIII
DA PRESCRIÇÂO
Art. 97.Prescreve no prazo de 5 (cinco} anos o direito à reparação por infrações ao
presente estatuto.
Parágrafo Único - Tratando-se de prestações periódicas ou de trato sucessivo, o prazo
prescricional é de 1 (hum) ano, começando a correr, a partir da exigibilidade do direito.
CAPITULO XIV
DO TREINAMENTO
Art. 98 -.Fica institucionalizado, como atividade permanente do Departamento
Municipal de Educação, o treinamento de seus servidores, tendo como objetivos:
I - incrementar a produtividade e criar condições para o constante
aperfeiçoamento do ensino publico municipal;
II - integrar os objetivos de cada função às finalidades da administração
como um todo;
III - atualizar conhecimentos adquiridos para melhor qualificação do
pessoal docente.
Art. 99 O integrante do Quadro Próprio do Magistério deverá freqüentar cursos de
aperfeiçoamento ou de especialização profissional para os quais seja expressamente
designado ou convocado pela Administração.
Art. 100 O município deverá promover e organizar anualmente, cursos ou encontros
de aperfeiçoamento e especialização sobre novas técnicas e orientações pedagógicas,
aplicáveis a distintas atividades, áreas de estudo e disciplina.
Art. 101 Compete ao Departamento Municipal de Educação, em coordenação com o
Departamento Municipal de Administração, a elaboração e o desenvolvimento dos programas
de treinamento dos seus servidores.
§ 1º Os programas de treinamento serão elaborados, anualmente, a tempo de se prever,
na proposta orçamentária, os recursos indispensáveis à sua realização.
§ 2º As atividades de treinamento serão programadas preferentemente para a época das
férias escolares, respeitando-se o período destinado a estas.
Art. 102 O treinamento terá sempre caráter objetivo e pratico e será ministrado:
I - sempre que possível, diretamente pela Prefeitura, utilizando
servidores de seu quadro e recursos humanos locais;
II - através da contração de serviços com entidades especializadas;
III - mediante o encaminhamento de servidores a organização
especializadas, sediadas ou não no Município.
CAPITULO XV
DA LOTAÇAO
Art. 103 A lotação do pessoal do Quadro do Magistério Municipal será aprovada,
anualmente, pelo Diretor do Departamento Municipal de Educação, ouvido o conselho a que
se refere o artigo 17, tendo em vista as necessidades do ensino publico municipal e a
qualificação do corpo docente.
Parágrafo Único - É vedada a designação de Pessoa1 do Quadro do Magistério
Municipal para o exercício de funções alheias à educação e à cultura.
Art. 104 É facultado ao funcionário solicitar nova lotação, mediante remoção, que
poderá ser atendida, a critério da Administração, desde que:
I - não traga prejuízo ao funcionamento da Unidade onde estiver lotado
o funcionário:
II - exista vaga na Unidade para onde é solicitada à nova lotação.
Parágrafo Único - Terá preferência, em caso de haver mais de um candidato à mesma
vaga, o que contar mais tempo de serviço publico municipal e, em caso de empate, o mais
velho.
Art. 105 A remoção poderá ser solicitada por permuta.
§ lº A permuta será processada mediante pedido escrito de ambos os interessados.
§ 2º Não poderá permutar o funcionário que estiver licenciado ou suspenso
disciplinarmente.
Art. 106 Haverá em cada Unidade Escolar uma função gratificada (FG) de Diretor e
uma de Secretário Escolar.
Parágrafo Único - Vetado...
Art. 107 O Secretário Escolar, responsável por todas as atividades da secretaria e
outras que lhe forem atribuídas, é co-responsável com o Diretor pelo funcionamento da
Unidade Escolar.
Art. 108 Será também lotado nas Unidades Escolares o pessoal necessário às
atividades de portaria, limpeza, manutenção, vigilância e merenda escolar.
Parágrafo Único - Antes do final do ano letivo o Diretor do Departamento Municipal
de Educação submeterá a aprovação do Prefeito Municipal o plano de lotação, para o ano
seguinte, do pessoal de que trata deste artigo.
CAPITULO XVI
DO ENQUADRAMEIMTO
Art. 109 Os atuais servidores municipais ocupantes de cargos e funções de magistério
serão enquadrados em cargos das classes previstas no Anexo I, cujas atribuições sejam de
natureza e grau de dificuldade semelhante às que estiverem ocupando na data de vigência
desta Lei, desde que atendam aos requisitos fixados quanto à escolaridade e à habilitação para
o exercício da profissão.
Parágrafo Único - Os professores leigos que tiverem sido aprovados em curso
Hapront, Logos ou equiva1ente, e contarem com pelo menos três anos de exercício nas
funções de referência de classes de 1º grau, no Município, serão enquadradas na c1asse de
professor de lª à 4ª séries.
Art. 110 Os atos coletivos de enquadramento serão baixados, sob a forma de listas
nominais, elaborada pela CONDEP através de resolução aprovada por Decreto do Prefeito
Municipal num prazo de 60 (sessenta) dias contados da vigência desta Lei.
Art. 111 O funcionário, cujo enquadramento tenha sido feito em desacordo com as
normas desta lei, poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação dos
atos, dirigir ao Prefeito petição de revisão, devidamente fundamentada.
§ 1º O prefeito deverá decidir sobre o requerido, nos 30 (trinta) dias que sucederem ao
recebimento da petição.
§ 2º A emenda da decisão do Prefeito será publicada no máximo 3 (três) dias após o
término do prazo fixado no parágrafo anterior.
CAPÍTULO XVII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 112 Ficam extintos do quadro de funcionários da Prefeitura Municipal de São
José dos Pinhais, os cargos de Professores e supervisares, constantes da Lei Municipal nº
14/85.
Art. 113 Fica o Prefeito Municipal autorizado a criar as funções gratificadas relativas a
Diretor de Unidade Escolar e Secretário Escolar cujas remunerações são as constantes do
Anexo III.
Art. 114 Após a realização do enquadramento previsto no art. 9º e 109 desta lei, os
cargos do Quadro do Magistério Municipal (Anexo I) que permanecerem vagos serão
preenchidos por concurso público.
Art. 115 É dever do pessoal do Magistério Público Municipal comparecer a todas as
atividades extraclasse e comemorações cívicas, quando convocados.
Art. 116 São partes integrantes da presente lei os anexos I a III que a acompanham.
Art. 117 As vantagens pecuniárias decorrentes da aplicação desta lei serão devidas a
partir de 01 de janeiro de 1987.
Art. 118 Fica o Prefeito autorizado a abrir, no Departamento Municipal de Educação
em crédito suplementar no valor necessário para atender às despesas decorrentes da
implantação da presente 1ei .
Art. 119 As disposições da presente lei, não se aplicam aos funcionários inativos.
Art. 120 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrario.
Gabinete do Prefeito Municipal de São José dos Pinhais, 23 de Dezembro de 1986.
JOÃO BATISTA FERREIRADA CRUZ
PREFEITO MUNICIPAL
ELON FAY NATAL BONIN
SECRETÁRIO MUNICIPAL
ÁREA DE
ATUAÇÃO
NÍVEL
CLASSES
C.H.S.
V.P.
NÍVEL DE FORMAÇÃO
(HABILITAÇÃO ESPECÍFICA)
01
02
A, B, C, D,
E.
A, B, C.
20
350 Magistério Regular ou Equivalente.
01
02
C, D, E.
A, B, C, D,
E.
20
50 Magistério com 4 séries ou
Magistério com 3 séries mais um
ano de estudos adicionais (específico
em Educação).
Pré-Escolar 02
03
04
D, E.
A, B, C, D,
E.
A.
20 20 Magistério mais Licenciatura Curta
Duração (Superior).
à 4ª Série do 02
03
04
E.
A, B, C, D,
E.
A, B.
20 20 Magistério mais Licenciatura Curta
Duração mais um ano de estudos
adicionais.
1º Grau. 03
04
A, B, C, D,
E.
A, B, C.
20 250 Magistério mais Licenciatura Plena.
03
04
B, C, D, E.
A, B, C, D.
20 60 Magistério mais Lic. Plena mais
Complementação.
02
03
C, D, E.
A, B, C, D,
E.
20 40 Superior - Licenciatura Curta
5ª a 8ª Série 03
03
04
E.
A, B, C, D,
E.
A, B.
20 20 Superior – Licenciatura Curta mais
um ano de Estudos Adicionais.
do 1º Grau. 03
04
A, B, C, D,
E.
A, B, C.
20
120
Superior – Licenciatura Plena.
Sendo C.H.S.: Carga Horária Semanal.
ANEXO I – TABELA DA ESTRUTURA DA CARREIRA DO PESSOAL DO
MAGISTÉRIO
* CONTINUAÇÃO
ÁREA DE
ATUAÇÃO
NÍVEL
CLASSES
C.H.S.
V.P.
NÍVEL DE FORMAÇÃO
(HABILITAÇÃO ESPECÍFICA)
5ª a 8ª Série
03
04
B, C, D, E.
A, B, C, D.
20
20 Superior – Lic. Plena mais
Complementação.
do 1º Grau
03
04
C, D, E.
A, B, C, D,
E.
20 20 Pós Graduação – Especialização –
Mestrado – Doutorado.
Técnico em
Educação
04
05
A, B, C, D,
E.
A, B, C.
30 50 Superior – Licenciatura Plena.
Sendo: C.H.S.: Carga Horária Semanal
V.P.: Vagas Propostas.
ANEXO II
TABELA A – QUADRO PRÓPRIO DO MAGISTÉRIO
VALORES DOS VENCIMENTOS SEGUNDO AS CLASSES
NÍVEL
CLASSE A CLASSE B CLASSE C CLASSE D CLASSE E
01
02
03
04
05
1.821,18
2.554,30
3.582,52
5.024,67
7.047,33
1.948,65
2.733,10
3.833,29
5.376,39
7.540,67
2.085,06
2.924,41
4.101,61
5.752,73
8.068,52
2.231,03
3.129,11
4.388,72
6.155,41
-X-
2.387,20
3.348,16
4.695,93
6.586,29
-X-
FUNÇÃO
SÍMBOLO ÁREA DE
ATUAÇÃO
VALOR
MENSAL
CARGA
HORÁRIA
SEMANAL
DIRETOR
ESCOLAR
FG 01 De 1ª à 8ª 3.000,00 35
DIRETOR
ESCOLAR
FG 02 De 1ª a 4ª 2.400,00 35
SECRETÁRIA
ESCOLAR
FG 03 -x- 1.800,00 35