lei n. 12.485 /11 novo marco regulatório da tv por assinatura josé maurício fittipaldi

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Lei Lei n. 12.485 n. 12.485 /11 /11 Novo Marco Regulatório Novo Marco Regulatório da TV por Assinatura da TV por Assinatura José Maurício Fittipaldi José Maurício Fittipaldi

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Lei n. 12.485 /11 Novo Marco Regulatório da TV por Assinatura José Maurício Fittipaldi. Modificações estruturais. Telecom se tornam provedores do serviço de TV paga - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Lei  n. 12.485 /11 Novo Marco Regulatório da TV por Assinatura José Maurício Fittipaldi

LeiLei n. 12.485 n. 12.485/11/11Novo Marco RegulatórioNovo Marco Regulatório

da TV por Assinaturada TV por Assinatura

José Maurício FittipaldiJosé Maurício Fittipaldi

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Modificações estruturais

• Telecom se tornam provedores do serviço de TV paga

Empresas de telecomunicações passam a estar autorizadas a prestar serviço de televisão paga (em conjunto com telefonia fixa, telefonia móvel e acesso a internet de banda larga) sem restrições de área;

• Cotas de conteúdo nacional e conteúdo independente

Quantidade mínima de canais brasileiros e canais independentes, além de cota mínima de conteúdo nacional e conteúdo independente em cada canal;

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O Novo Paradigma

• Do ponto de vista tecnológicoA nova lei passa a incidir sobre serviços de

fornecimento de conteúdo audiovisual mediante cobrança de assinaturas, independente da tecnologia utilizada;

• Do ponto de vista do alcanceA nova regulação incide sobre o fornecimento de

conteúdo audiovisual em base linear (excluindo portanto plataformas VOD e outras não-lineares).

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Questões regulatórias relevantes

• Produção de Conteúdo x Fornecimento do Serviço

Prestadoras de serviços de telecomunicações não poderão, com a finalidade de produzir conteúdo audiovisual para sua veiculação no serviço de televisão paga ou televisão aberta: 

I - adquirir ou financiar a aquisição de direitos de exploração de imagens de eventos de interesse nacional; e 

II - contratar talentos artísticos nacionais de qualquer natureza, inclusive direitos sobre obras de autores nacionais. 

As restrições não se aplicam quando a aquisição ou a contratação se destinar exclusivamente à produção de peças publicitárias. 

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Questões regulatórias relevantes

• Limites ao Cross-Ownership

Emissoras de Televisão, Produtoras de Conteúdo e Programadoras com sede no Brasil não poderão deter, direta ou indiretamente, mais de 50% do capital total e votante de empresas prestadoras de serviço de telecomunicações;

Empresas prestadoras do serviço de telecomunicações não poderão deter mais de 30% do capital de Emissoras de Televisão, Produtoras e Programadoras com sede no Brasil;

(início após 1 ano da promulgação da Lei)

Obs: É permitido às empresas prestadoras de telecomunicações de interesse coletivo, controlar produtoras e programadoras com sede no Brasil que exerçam atividades exclusivamente destinadas à comercialização de produtos e serviços para o mercado internacional. 

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Órgãos Reguladores

• Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL

Fornecimento e operação do serviço de Pay-TV (operadoras de televisão paga) serão fiscalizadas pela ANATEL

• Agência Nacional de Cinema – ANCINE

As atividades de produção de conteúdo, programação e de empacotamento serão objeto de regulação e fiscalização pela ANCINE

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Definições Relevantes

• “Conteúdo Qualificado”conteúdo veiculado em cada canal, excluindo-se conteúdos religiosos ou políticos, manifestações e eventos esportivos, concursos, publicidade, televendas, infomerciais, jogos eletrônicos, propaganda política obrigatória, conteúdos jornalísticos e programas de auditório ancorados por apresentador;

• “Canal de Conteúdo Qualificado”canal de programação que, no horário nobre, veicule majoritariamente conteúdos audiovisuais que constituam “conteúdo qualificado”;

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Cota de Conteúdo Nacional

Nos canais de conteúdo qualificado, no mínimo 3h30 (três horas e trinta minutos) semanais dos conteúdos veiculados no horário nobre deverão ser brasileiros e integrar espaço qualificado, e metade deverá ser produzida por produtora brasileira independente.

Obs: ANCINE irá determinar a faixa de horário nobre, de no máximo 7 horas diárias para canais de programação infantil e 6 horas para os demais canais

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Cotas de Canais Nacionais

A cada 3 (três) canais de conteúdo qualificado existentes em cada pacote, ao menos 1 (um) deverá ser brasileiro. 

Dentre os canais brasileiros, pelo menos 1/3 (um terço) deverá ser programado por programadora brasileira independente. 

A empacotadora estará obrigada a cumprir o disposto no caput até o limite de 12 (doze) canais brasileiros de espaço qualificado. 

Dos canais brasileiros de espaço qualificado a serem veiculados nos pacotes, ao menos 2 (dois) canais deverão veicular, no mínimo, 12 (doze) horas diárias de conteúdo audiovisual brasileiro produzido por produtora brasileira independente, 3 (três) das quais em horário nobre. 

Obs:As empacotadoras que ofertarem pacotes distribuídos por tecnologias que possibilitem distribuir, no máximo, pacotes com até 31 (trinta e um) canais estarão obrigadas a cumprir a cota até o limite de 3 (três) canais. 

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Cotas: Implementação e vigência

• Implementação

Nos 2 (dois) primeiros anos de vigência da Lei, as cotas de canal e as cotas de programação serão reduzidos nas seguintes razões: 

2/3 (dois terços) no primeiro ano de vigência da Lei; 1/3 (um terço) no segundo ano de vigência da Lei. 

Início da vigência em 180 dias da publicação da Lei

• Vigência: As cotas de programação e de canal deixarão de viger após 12 (doze) anos da promulgação desta Lei. 

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Conceitos Relevantes

• Produtora Brasileiraempresa que produza conteúdo audiovisual que atenda as seguintes condições, cumulativamente: a) ser constituída sob as leis brasileiras; b) ter sede e administração no País; c) 70% (setenta por cento) do capital total e votante devem ser de titularidade, direta ou indireta, de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos; d) a gestão das atividades da empresa e a responsabilidade editorial sobre os conteúdos produzidos devem ser privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos; 

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Conceitos Relevantes

• Produtora Brasileira Independente

produtora brasileira que atenda os seguintes requisitos, cumulativamente: a) não ser controladora, controlada ou coligada a programadoras, empacotadoras, distribuidoras ou concessionárias de serviço de radiodifusão de sons e imagens; b) não estar vinculada a instrumento que, direta ou indiretamente, confira ou objetive conferir a sócios minoritários, quando estes forem programadoras, empacotadoras, distribuidoras ou concessionárias de serviços de radiodifusão de sons e imagens, direito de veto comercial ou qualquer tipo de interferência comercial sobre os conteúdos produzidos; c) não manter vínculo de exclusividade que a impeça de produzir ou comercializar para terceiros os conteúdos audiovisuais por ela produzidos; 

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Conceitos Relevantes

• Programadora Brasileiraempresa programadora que execute suas atividades de programação no território brasileiro e que:

a) seja constituída sob as leis brasileiras; b) tenha sede e administração no País; c) 70% (setenta por cento) do capital total e votante devem ser de titularidade, direta ou indireta, de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos; d) tenha gestão, responsabilidade editorial e seleção dos conteúdos do canal de programação privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos;

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Conceitos Relevantes

• Programadora Brasileira Independente

programadora brasileira que atenda os seguintes requisitos, cumulativamente: a) não ser controladora, controlada ou coligada a empacotadora ou distribuidora; b) não manter vínculo de exclusividade que a impeça de comercializar, para qualquer empacotadora, os direitos de exibição ou veiculação associados aos seus canais de programação;

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Outras modificações

• Tributação – CONDECINE

A prestação de serviços que se utilizem de meios que possam, efetiva ou potencialmente, distribuir conteúdos audiovisuais passa a ser tributada (valores anuais devidos para cada tipo/modalidade de serviço).

• Fundo Setorial AudiovisualAumento dos valores a serem destinados ao Fundo, para

financiamento de obras audiovisuais brasileiras (inclusive produzidas em coprodução internacional) – estimados R$ 400M (US$ 250M), podendo chegar a R$ 1 Bi

• Publicidade na TV PagaPublicidade em cada canal passa a ser limitada a 25% do tempo

total de programação diária.

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Alterações de mercado esperadas

• Maior competição entre provedores do serviçoA partir do momento em que as Telecom começarem

efetivamente a competir por assinantes nos grandes centros urbanos, os preços tendem a cair e os serviços a melhorar;

• Conteúdo ganha importância O que se tem por certeza em todo o mundo pode

começar a virar verdade no Brasil: produtores de conteúdo e canais ganharão força nas negociações com provedores do serviço;

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Desafios

• Infra-estruturaPara que os diversos provedores de fato comecem a competir

entre si, serão necessários investimentos em infra-estrutura do serviço (especialmente para as novas entrantes). A velocidade de tais investimentos irá determinar a velocidade de modificação do mercado – deve levar até 05 anos;

• Novos Modelos de Negócio Desenvolvimento de novos modelos de negócio e parcerias

entre distribuidores, programadores e produtores poderão levar a um salto de qualidade e volume do mercado – especialmente se utilizarem de forma inteligente o grande volume de investimento público que será realizado nos próximos anos.

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Obrigado

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