direito regulatório e economia

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Direito Direito regulatório e regulatório e economia economia Aulas 18 e 19 Aulas 18 e 19 Regulação do setor de Regulação do setor de energia elétrica energia elétrica

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Direito regulatório e economia. Aulas 18 e 19 Regulação do setor de energia elétrica. Roteiro. 1ª parte: => Breve Histórico =>Apresentação do atual modelo do setor 2ª parte: => Energia elétrica na Constituição de 1988 . Histórico. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Direito regulatório e economia

Direito Direito regulatório e regulatório e

economiaeconomiaAulas 18 e 19Aulas 18 e 19

Regulação do setor de Regulação do setor de energia elétricaenergia elétrica

Page 2: Direito regulatório e economia

RoteiroRoteiro 1ª parte: 1ª parte:

=> Breve Histórico=> Breve Histórico

=>Apresentação do atual modelo do setor=>Apresentação do atual modelo do setor

2ª parte: 2ª parte:

=> Energia elétrica na Constituição de => Energia elétrica na Constituição de 1988 1988

Page 3: Direito regulatório e economia

HistóricoHistórico Início: regulação local e iniciativa privada (nacional e Início: regulação local e iniciativa privada (nacional e

estrangeira)estrangeira)

1899: chegada da Light (canadense)1899: chegada da Light (canadense)

Era Vargas: Código de Águas (1934)Era Vargas: Código de Águas (1934)

Anos 40 e 50: convivência de investimentos públicos e Anos 40 e 50: convivência de investimentos públicos e privadosprivados(CHESF – 1945; FURNAS – 1957; etc) (CHESF – 1945; FURNAS – 1957; etc)

MME – 1960; Eletrobras – 1962; DNAEE – 1965MME – 1960; Eletrobras – 1962; DNAEE – 1965

Anos 60 e 70: aprofundamento da estatizaçãoAnos 60 e 70: aprofundamento da estatização(1968 – Eletrosul; 1979 – estatização da Light)(1968 – Eletrosul; 1979 – estatização da Light)

1984 – Entra em operação Itaipu Binacional1984 – Entra em operação Itaipu Binacional

Page 4: Direito regulatório e economia

Ex. Investimentos em Ex. Investimentos em geração de energia geração de energia

elétricaelétricaAumento da capacidade de geração:Aumento da capacidade de geração:

Anos 50 a 80: 9,8% a.a. Anos 50 a 80: 9,8% a.a.

81 a 93: 4,1% a.a. 81 a 93: 4,1% a.a. (crescimento do consumo estimado em 5,3% (crescimento do consumo estimado em 5,3% a.a. para o mesmo período) a.a. para o mesmo período)

Fonte: PINHEIRO, Armando Castelar. “Reforma regulatória na infra-Fonte: PINHEIRO, Armando Castelar. “Reforma regulatória na infra-estrutura brasileira: em que pé estamos.” In: SALGADO, Lucia estrutura brasileira: em que pé estamos.” In: SALGADO, Lucia Helena e MOTTA, Ronaldo Seroa da. Helena e MOTTA, Ronaldo Seroa da. Marcos regulatórios no Brasil: o Marcos regulatórios no Brasil: o que foi feito e o que falta fazerque foi feito e o que falta fazer. Rio de Janeiro: IPEA, 2005, p. 45. . Rio de Janeiro: IPEA, 2005, p. 45.

Page 5: Direito regulatório e economia

Reforma do Estado, Reforma do Estado,

liberalização, privatização liberalização, privatização

e modelo de mercadoe modelo de mercado

Page 6: Direito regulatório e economia

Final 70/80: Crise Modelo EstatalFinal 70/80: Crise Modelo Estatal

Problemas econômicos - Recessão - Aumento Juros Problemas econômicos - Recessão - Aumento Juros ExternosExternos

Políticas TarifáriaPolíticas Tarifária Equalização - abusos custosEqualização - abusos custos Instrumento Política EconômicaInstrumento Política Econômica

Ausência regulação setorial e eficienteAusência regulação setorial e eficienteEndividamento intrasetorialEndividamento intrasetorial

Conseqüências: Conseqüências: Perda capacidade Perda capacidade investimentoinvestimento

Perda qualidade serviçoPerda qualidade serviço

Comprometimento retomada desenvolvimentoComprometimento retomada desenvolvimento

Page 7: Direito regulatório e economia

MODELO ANTERIOR (ESTATAL)MODELO ANTERIOR (ESTATAL)

Empresas integradas GTD – Empresas integradas GTD – VerticalizadasVerticalizadas

Tarifa pelo CustoTarifa pelo Custo Forte presença Estatal Forte presença Estatal

“Monopolista”“Monopolista” Relacionamento Cooperativo entre Relacionamento Cooperativo entre

agentesagentes

Page 8: Direito regulatório e economia

PANORAMA EM 1995PANORAMA EM 1995

Tarifas defasadasTarifas defasadas Investimentos insuficientesInvestimentos insuficientes EndividamentoEndividamento Concessões de distribuição vencidasConcessões de distribuição vencidas Inexistência de Contratos de ConcessãoInexistência de Contratos de Concessão Inadimplência Setorial - (CRC)Inadimplência Setorial - (CRC)

Page 9: Direito regulatório e economia

Novo Novo PapelPapel do do EstadoEstado

Anos 90: redução da presença na área da Anos 90: redução da presença na área da produção; planejamento sugestivo; fim dos produção; planejamento sugestivo; fim dos subsídios; financiamento apenas pelo BNDES.subsídios; financiamento apenas pelo BNDES.

Intervenção no domínio econômico: Intervenção no domínio econômico: produção, planejamento e financiamento.produção, planejamento e financiamento.

Fortalecimento do Estado regulador.Fortalecimento do Estado regulador.

Base jurídica: Constituição de 1988Base jurídica: Constituição de 1988..

Page 10: Direito regulatório e economia

"Competição onde possível, regulação onde "Competição onde possível, regulação onde necessária”necessária”

CF 1988 - art. 175CF 1988 - art. 1751993 - Lei 8631 - 1993 - Lei 8631 - Fim da equalização TarifáriaFim da equalização Tarifária

Assinatura de ContratosAssinatura de Contratos

Acerto referente à CRC Acerto referente à CRC (Conta resultados a (Conta resultados a compensar)compensar)

Criação Sistema Nacional de Transmissão Energia Criação Sistema Nacional de Transmissão Energia Elétrica (SINTREL)Elétrica (SINTREL)

1995 - Lei concessões1995 - Lei concessões

Emendas Constitucionais - EC nº 6 - Fim distinção Emendas Constitucionais - EC nº 6 - Fim distinção entre empresa Brasileira e Empresa Brasileira entre empresa Brasileira e Empresa Brasileira Capital NacionalCapital NacionalProjeto Reseb - Reestruturação do Setor Elétrico BrasileiroProjeto Reseb - Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro

Lei 8031 / 1990: Criou Programa Nacional de Lei 8031 / 1990: Criou Programa Nacional de Desestatização - PNDDesestatização - PND

Page 11: Direito regulatório e economia

Privatizar por quê?Privatizar por quê?

Lógica fiscal: crise do setor público Lógica fiscal: crise do setor público impossibilita novos investimentosimpossibilita novos investimentos

Lógica da eficiência: despolitização da Lógica da eficiência: despolitização da administração da coisa pública, administração da coisa pública, investimento em novas tecnologias, investimento em novas tecnologias, lucro como objetivo, melhoria da lucro como objetivo, melhoria da governança corporativa, fortalecimento governança corporativa, fortalecimento do mercadodo mercado

Page 12: Direito regulatório e economia

Histórico da Reforma do Setor ElétricoHistórico da Reforma do Setor Elétrico

1996/1997 1998/2000 2001 2002 2003 2004/200519951993

Lei nº 9.074 - Estabelece normas para a outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos, criando a figura do PIE

Lei nº 8.631 - fixa os níveis das tarifas para o Serviço Público de Energia Elétrica e extingue o regime de remuneração garantida

Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro - RE-SEB

“A eficiência no setor elétrico será assegurada através da competição, onde possível, e da regulamentação, onde necessária”

Implantação do Modelo

Page 13: Direito regulatório e economia

Câmara de Gestão do Setor Energético(Comitê de revitalização do Setor Elétrico) (Relatórios de Revitalização)

Institui a Convenção do MAEResolução ANEEL nº 102/02

Histórico da Reforma do Setor ElétricoHistórico da Reforma do Setor Elétrico

1996/1997 1998/2000 2001 2002 2003 2004/200519951993

Base Conceitual do Novo Modelo MPs 144 e 145

Regulamentação do Novo Modelo Lei nº 10.848 - Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica; Lei nº 10.847 – EPE; Decreto 5.081 – NOS; Decreto 5.163 – Regulamenta a comercialização de energia elétrica; Decreto 5175 - CMSE; Decreto 5177 - CCEE); Convenção de Comercialização de Energia Elétrica; Resoluções da ANEEL; Regras de Comercialização; Procedimentos de Comercialização.

Crise de abastecimento (racionamento de energia)

Câmara de Gestão da Crise (Comitê de revitalização do Setor Elétrico)

Page 14: Direito regulatório e economia

Mudanças no Setor Elétrico Mudanças no Setor Elétrico BrasileiroBrasileiro

Modelo AntigoModelo Antigo(até 1995)(até 1995)

Modelo de Livre Mercado Modelo de Livre Mercado (1995 a 2003)(1995 a 2003)

Modelo AtualModelo Atual(2004)(2004)

Financiamento através de Financiamento através de recursos públicosrecursos públicos

Financiamento através de recursos Financiamento através de recursos públicos (BNDES) e privadospúblicos (BNDES) e privados

Financiamento através de recursos Financiamento através de recursos públicos (BNDES) e privadospúblicos (BNDES) e privados

Empresas Empresas VerticalizadasVerticalizadas

Empresas divididas por atividade: Empresas divididas por atividade: - Geração e Transmissão;Geração e Transmissão;- Distribuição;Distribuição;- ComercializaçãoComercialização

Empresas divididas por atividade: Empresas divididas por atividade: - Geração;Geração;- Transmissão;Transmissão;- Distribuição;Distribuição;- ComercializaçãoComercialização

Empresas predominantemente Empresas predominantemente EstataisEstatais

Abertura e ênfase na Abertura e ênfase na privatização das Empresasprivatização das Empresas

Convivência entre Convivência entre Empresas Estatais e PrivadasEmpresas Estatais e Privadas

Monopólios Monopólios Competição inexistenteCompetição inexistente

Competição Competição na geração e comercializaçãona geração e comercialização

Competição Competição na geração e comercializaçãona geração e comercialização

Consumidores CativosConsumidores Cativos Consumidores Livres e CativosConsumidores Livres e Cativos Consumidores Livres e CativosConsumidores Livres e Cativos

Tarifas reguladas em todos os Tarifas reguladas em todos os segmentossegmentos

Preços livremente negociados Preços livremente negociados na geração e comercializaçãona geração e comercialização

No ambiente livre: No ambiente livre: Preços livremente negociados na Preços livremente negociados na

geração e comercialização. geração e comercialização.

No ambiente regulado: No ambiente regulado: leilão e licitação pela menor tarifaleilão e licitação pela menor tarifa

Page 15: Direito regulatório e economia

Mudanças no Setor Elétrico Mudanças no Setor Elétrico BrasileiroBrasileiro

Modelo AntigoModelo Antigo(até 1995)(até 1995)

Modelo de Livre Mercado Modelo de Livre Mercado (1995 a 2003)(1995 a 2003)

Modelo AtualModelo Atual(2004)(2004)

Mercado ReguladoMercado Regulado Mercado LivreMercado Livre Convivência entre Convivência entre Mercado Livre e ReguladoMercado Livre e Regulado

Planejamento Determinativo - Planejamento Determinativo - Grupo Coordenador do Grupo Coordenador do

Planejamento dos Sistemas Planejamento dos Sistemas Elétricos (GCPS)Elétricos (GCPS)

Planejamento Indicativo pelo Conselho Planejamento Indicativo pelo Conselho Nacional de política Energética (CNPE)Nacional de política Energética (CNPE)

Planejamento centralizado pela Planejamento centralizado pela Empresa de Pesquisa Energética Empresa de Pesquisa Energética

(EPE)(EPE)

Contratação: Contratação: 100% do Mercado100% do Mercado

Contratação: Contratação: 95% por energia assegurada ou contratos 95% por energia assegurada ou contratos

≥ 6 meses ≥ 6 meses (após set/03) (após set/03)

85% por energia assegurada ou contratos 85% por energia assegurada ou contratos ≥ 2 anos + 10% por energia ≥ 2 anos + 10% por energia assegurada ou contratos de qualquer assegurada ou contratos de qualquer prazo prazo (de set/02 a set/03)(de set/02 a set/03)

85% por energia assegurada ou contratos 85% por energia assegurada ou contratos ≥ 2 anos ≥ 2 anos (de ago/98 a set/02)(de ago/98 a set/02)

Contratação: Contratação: 100% do mercado + reserva100% do mercado + reserva

Sobras/déficits do balanço Sobras/déficits do balanço energético rateados entre energético rateados entre

compradorescompradores

Sobras/déficits do balanço energético Sobras/déficits do balanço energético liquidados no MAEliquidados no MAE

Sobras/déficits do balanço Sobras/déficits do balanço energético liquidados na CCEEenergético liquidados na CCEE

Mecanismo de Compensação de Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) para as Sobras e Déficits (MCSD) para as

Distribuidoras.Distribuidoras.

Page 16: Direito regulatório e economia

Objetivos do Novíssimo Modelo do Objetivos do Novíssimo Modelo do Setor ElétricoSetor Elétrico

Assegurar a estabilidade do Marco RegulatórioAssegurar a estabilidade do Marco Regulatório

Garantir a segurança do suprimento de energia Garantir a segurança do suprimento de energia elétricaelétrica

Promover a modicidade tarifária (preço justo para Promover a modicidade tarifária (preço justo para todas as partes envolvidas) todas as partes envolvidas)

Promover a inserção social no Setor Elétrico Promover a inserção social no Setor Elétrico Brasileiro, em particular pelos programas de Brasileiro, em particular pelos programas de universalização do atendimentouniversalização do atendimento

Page 17: Direito regulatório e economia

Outros atores: governos, meio ambiente, Bndes, MinFaz,sindicatos

InvestimentoInvestimento TarifasTarifas Matriz Matriz energéticaenergética

CNPE MME EPEANEEL CCEE CMSE ONS

Indústria do Setor Elétrico

Planejamento estratégico

TransmissãTransmissãoo

ConcessionConcessionárias (*)árias (*)

DistribuiçãDistribuiçãoo

ConcessionConcessionáriasárias

ComercialiComercializadorzador

Energia nova ou existente

Consumidor regulado

Consumidor livre

(*) Sistema Eletrobrás e outras

GeraçãoGeração

ConcessionáConcessionárias (*)rias (*)

Produtores Produtores independentindependentes e es e autoprodutoautoprodutoresres

Mercado Mercado externoexterno

Fonte: PreciewaterhouseCoopers – Estudo Novo modelo Setor elétrico

“Novos Agentes”

Page 18: Direito regulatório e economia

CNPE CNPE Formular da Política EnergéticaFormular da Política Energética

MME MME Recupera função de planejamento e de Poder Recupera função de planejamento e de Poder concedenteconcedente

Perfil mais interventor: monitoramento e e Perfil mais interventor: monitoramento e e nomeação de dirigentesnomeação de dirigentes

EPE EPE Execução de Estudos Técnicos base para Execução de Estudos Técnicos base para planejamento da expansãoplanejamento da expansão

Conselho ConsultivoConselho Consultivo

CCEE CCEE Sucede MAE – absorve suas funçõesSucede MAE – absorve suas funções

CMSECMSE Monitora continuidade e qualidade de suprimentoMonitora continuidade e qualidade de suprimento

ANEEANEELL

Agente Regulador – Redução de atribuições – Agente Regulador – Redução de atribuições – indefinição quanto ao grau de autonomia / indefinição quanto ao grau de autonomia / independênciaindependência

ONSONS Mantém função de monitoramento e coordenação Mantém função de monitoramento e coordenação do sistema integrado / aperfeiçoamento da do sistema integrado / aperfeiçoamento da EstruturaEstrutura

Page 19: Direito regulatório e economia

DESVERTICALIZAÇÃODESVERTICALIZAÇÃO

Objetivo: introduzir concorrênciaObjetivo: introduzir concorrência

Distribuição e transmissão : Distribuição e transmissão : monopólios naturais reguladosmonopólios naturais regulados

Comercialização e Geração: Comercialização e Geração: competiçãocompetição

Page 20: Direito regulatório e economia

CompetiçãoCompetição

CompetiçãoCompetição

Monopólio Monopólio NaturalNatural

Monopólio Monopólio NaturalNatural

Maior regulamentaçãoMaior regulamentaçãoMaior regulamentaçãoMaior regulamentação

Menor regulamentaçãoMenor regulamentação

CC

DD

GG

TT

Menor regulamentaçãoMenor regulamentação

Page 21: Direito regulatório e economia

DistribuiçãoDistribuição

Atividade regulada: monopólio naturalAtividade regulada: monopólio natural

Contrato de concessão: direitos e Contrato de concessão: direitos e obrigaçõesobrigações

Política tarifária: do rendimento garantido Política tarifária: do rendimento garantido à busca de eficiênciaà busca de eficiência

Page 22: Direito regulatório e economia

Política tarifária:EEFPolítica tarifária:EEF

CF. Art 37,CF. Art 37,XXI – ressalvados os casos XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, que mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de condições a todos os assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações do pagamento, obrigações do pagamento, mantidas as mantidas as condições efetivas da propostacondições efetivas da proposta, nos termos da , nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.à garantia do cumprimento das obrigações.

Page 23: Direito regulatório e economia

Reajuste tarifário anual

Revisão tarifáriaperiódica

Assinatura do contrato

Anatomia da TarifaMecanismos de alteração das tarifas

1999 2000 2001 2002 20042003

Revisão tarifáriaextraordinária

Page 24: Direito regulatório e economia

Anatomia da TarifaReceita do Serviço

RS = Custos da Parcela A + Custos da Parcela B

Custos Operacionais

+

Remuneração

+

Depreciação

Compra de Energia

+

Transporte de Energia

+

Encargos Setoriais

Page 25: Direito regulatório e economia

Rede Básica

Transporte de Itaipu

Conexão

ONS

CCC

CDE

RGR

CFURH

TFSEE

P&D

ESS

PROINFA

Itaipu

Contratos Iniciais

Contratos Bilaterais

Geradores não vinculados

Empresas do mesmo grupo

Leilões de energia

Aditivo ao contrato inicial

Novo modelo

Anatomia da Tarifa - Parcela A

Compra de Energia Encargos Setoriais Transporte de Energia+ +

Page 26: Direito regulatório e economia

Encargos SetoriaisEncargos Setoriais Para que servePara que serveCCC – Conta de Consumo de CCC – Conta de Consumo de CombustíveisCombustíveis

Geração térmica na AmazôniaGeração térmica na Amazônia

RGR – Reserva Global de ReversãoRGR – Reserva Global de Reversão Indenizar ativos vinculados à concessão e fomentar a Indenizar ativos vinculados à concessão e fomentar a expansão do setor elétricoexpansão do setor elétrico

TFSEE – Taxa de Fiscalização de S. TFSEE – Taxa de Fiscalização de S. Energia ElétricaEnergia Elétrica

Funcionamento da ANEELFuncionamento da ANEEL

CDE – Conta de Desenvolvimento CDE – Conta de Desenvolvimento energéticoenergético

Fontes alternativasFontes alternativas UniversalizaçãoUniversalização Baixa rendaBaixa renda

ESS – Encargos de Serviços do SistemaESS – Encargos de Serviços do Sistema Confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado NacionalInterligado Nacional

ProinfaProinfa Subsídio às fontes alternativas de energiaSubsídio às fontes alternativas de energia

P&D – Pesquisa e DesenvolvimentoP&D – Pesquisa e Desenvolvimento

Eficiência EnergéticaEficiência Energética

Pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas à Pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas à eletricidade e ao uso sustentável dos recursos naturaiseletricidade e ao uso sustentável dos recursos naturais Redução do consumo e do subsídio à baixa renda, Redução do consumo e do subsídio à baixa renda, por meio da diminuição do furto de energiapor meio da diminuição do furto de energia

ONS – Operador Nacional do SistemaONS – Operador Nacional do Sistema Funcionamento do NOSFuncionamento do NOS

Page 27: Direito regulatório e economia

A tarifa no contrato de A tarifa no contrato de concessãoconcessão

A tensão constante entre equilíbrio A tensão constante entre equilíbrio econômico-financeiro e modicidade econômico-financeiro e modicidade tarifária – onde o interesse público?tarifária – onde o interesse público?

Como obter modicidade tarifária?Como obter modicidade tarifária?

Intervenção do Judiciário Intervenção do Judiciário

Page 28: Direito regulatório e economia

Fonte: Fonte: http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Catilha_1p_atual.http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Catilha_1p_atual.

pdfpdf

Page 29: Direito regulatório e economia

Fonte: Fonte: http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Catilha_1p_atual.http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Catilha_1p_atual.

pdfpdf

Page 30: Direito regulatório e economia

Geração: como atingir Geração: como atingir modicidade tarifária?modicidade tarifária?

Antes: concorrência na Antes: concorrência na geração com consumidores geração com consumidores livres livres

Hoje: leilões de geração por Hoje: leilões de geração por fonte de energiafonte de energia

Page 31: Direito regulatório e economia

Contratação em dois Ambientes - Contratação em dois Ambientes - AgentesAgentes

VendedoresGeradores de Serviço Público, Produtores Independentes,

Comercializadores e Autoprodutores

Ambiente de Contratação Regulada

(ACR)

Distribuidores(Consumidores Cativos)

Ambiente de Contratação Livre

(ACL)

Consumidores Livres,Comercializadores

Contratos resultantes de Contratos resultantes de leilõesleilões

Contratos livremente Contratos livremente negociadosnegociados

Page 32: Direito regulatório e economia

Comercialização no ACRComercialização no ACR

Eficiência na contratação para o mercado Eficiência na contratação para o mercado cativocativo

Participação obrigatória das distribuidorasParticipação obrigatória das distribuidoras Distribuidores devem contratar energia para Distribuidores devem contratar energia para

atender 100% de seu mercadoatender 100% de seu mercado Competição na expansão da geração através Competição na expansão da geração através

de licitações por menor tarifade licitações por menor tarifa Contratação conjunta por todos os Contratação conjunta por todos os

distribuidores através de leilões pelo critério distribuidores através de leilões pelo critério de menor tarifa, garantindo a expansãode menor tarifa, garantindo a expansão

Page 33: Direito regulatório e economia

ACR - Leilões de compra para distribuidoras

A-5 A-3 A-1

A

Geração Existente

Contratos: 3 - 15 anos Novos empreendimentosa construir

Contratos: 15 - 30 anos

Leilões de Ajuste Contrato até 2 anos

Ano de Iníciode Suprimento

hidráulica térmica

Page 34: Direito regulatório e economia

Mercado de Curto PrazoMercado de Curto Prazo

No mercado de curto prazo (“spot”), operado pela CCEE, No mercado de curto prazo (“spot”), operado pela CCEE, são feitas a contabilização e liquidação das diferenças são feitas a contabilização e liquidação das diferenças entre a energia contratada pelos Agentes e a energia entre a energia contratada pelos Agentes e a energia efetivamente consumida ou gerada, valorada ao PLD – efetivamente consumida ou gerada, valorada ao PLD – Preço de Liquidação das Diferenças.Preço de Liquidação das Diferenças.

Energia Consumid

a ou Gerada

EnergiaContratada

Mercado Spot

Page 35: Direito regulatório e economia

Valor Total Negociado: R$ 114,019 bilhões(*) Número Total de Contratos CCEAR : 2.753

Leilões de Energia de Novos Leilões de Energia de Novos Empreendimentos Empreendimentos valores históricosvalores históricos

Data de realizaçãoData de realização Dezembro / 05Dezembro / 05 Junho / 06Junho / 06

ProdutoProduto 2008 - 2008 - HH

2008 - 2008 - TT

2009 - 2009 - HH

2009 - 2009 - TT

2010 - 2010 - HH

2010 - 2010 - TT

2009 - 2009 - HH

2009 - 2009 - TT

Preço inicial(Preço inicial(*)*)

(R$/MWh)(R$/MWh)116,00116,00 139,00139,00 116,00116,00 139,00139,00 116,00116,00 124,67124,67 125,00125,00 140,00140,00

Preço médio Preço médio final (final (*)*)

(R$/MWh)(R$/MWh)106,95106,95 132,26132,26 114,28114,28 129,26129,26 115,04115,04 121,81121,81 126,77126,77 132,39132,39

MW médio MW médio negociadonegociado

127,15127,15 127,81127,81 117,25117,25 128,12128,12

Nº contratosNº contratos 162162 513513 132132 396396 496496 124124 450450 480480

Negociado Negociado ((*)*)

(R$ bilhões)(R$ bilhões)68,468,4 45,745,7

(*) preços da data do leilão

Page 36: Direito regulatório e economia

Análise Conjunta dos LeilõesAnálise Conjunta dos Leilõesvalores atualizados até valores atualizados até

maio/06maio/06

Nota: - Valor médio calculado como razão entre o total negociado nos leilões e o valor financeiro total das negociações.

(*) valores atualizados até mai/06

Valores médios das negociações dos Leilões (R$/ MWh)

65,12

98,18

87,83

62,38

73,03

81,85

129,84

130,52

119,73

128,12

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

2005 2006 2007 2008 2009 2010

I nício de Suprimento

(R

$/

MW

h)

Leilões de Energia Existente (8 anos) - R$/MWh 1º Leilão de Energia Nova (15 anos Termo / 30 anos Hidro) - R$/MWh

Leilões de Energia Existente (3 anos) - R$/MWh 2º Leilão de Energia Nova (15 anos Termo / 30 anos Hidro) - R$/MWh

Page 37: Direito regulatório e economia

Carga Própria x Energia Contratada em LeilõesCarga Própria x Energia Contratada em Leilões

CARGA DAS DISTRIBUIDORAS E TIPOS DE CONTRATAÇÃO

15.475 16.504 18.09119.257 19.257

00

3.215 4.968632

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2006 2007 2008 2009 2010

MW

méd

ios

Contratos Anteriores Itaipu Proinfa

Ger. Própria e Distribuida Leilões de Energia Exist.+ MCSD Leilão de Energia Nova

A Contratar Carga Própria

44% 45% 48%

2%

49%

8%

47%

12%

Fonte: MME

Page 38: Direito regulatório e economia

Experiência internacionalExperiência internacional

Desverticalização: geração competitiva.Desverticalização: geração competitiva. Estabelecer ambiente competitivo é uma Estabelecer ambiente competitivo é uma

tarefa complexa.tarefa complexa. Papel do agente regulador é crucial.Papel do agente regulador é crucial. Livre acesso e privatização não são Livre acesso e privatização não são

suficientes.suficientes. A reforma deve ser dinâmica e o governo A reforma deve ser dinâmica e o governo

deve estar envolvido.deve estar envolvido. Os mercados devem ser desenhados Os mercados devem ser desenhados

previamente.previamente.

Page 39: Direito regulatório e economia

Energia elétrica Energia elétrica na Constituição na Constituição

de 1988de 1988

Page 40: Direito regulatório e economia

Potencial de energia Potencial de energia hidráulica é bem da Uniãohidráulica é bem da União

Art. 20. São bens da União:Art. 20. São bens da União:(...)(...)VIII - os potenciais de energia hidráulica;VIII - os potenciais de energia hidráulica;

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os demais recursos minerais e os potenciais de potenciais de energia hidráulicaenergia hidráulica constituem propriedade constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.propriedade do produto da lavra.

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Art. 176, CF/88Art. 176, CF/88

Redação originalRedação original Redação dada pela EC Redação dada pela EC 06/9506/95

§ 1º A pesquisa e a lavra de § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização efetuados mediante autorização ou concessão da União, no ou concessão da União, no interesse nacional, por interesse nacional, por brasileiros ou brasileiros ou empresa brasileira empresa brasileira de capital nacionalde capital nacional na forma da na forma da lei que estabelecerá as condições lei que estabelecerá as condições específicas quando essas específicas quando essas atividades se desenvolverem em atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras faixa de fronteira ou terras indígenasindígenas

§ 1º A pesquisa e a lavra de § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização efetuados mediante autorização ou concessão da União, no ou concessão da União, no interesse nacional, por interesse nacional, por brasileiros oubrasileiros ou empresa empresa constituída sob as leis brasileiras constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e e que tenha sua sede e administração no Paísadministração no País, na forma , na forma da lei, que estabelecerá as da lei, que estabelecerá as condições específicas quando condições específicas quando essas atividades se essas atividades se desenvolverem em faixa de desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. fronteira ou terras indígenas.

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Potencial de energia Potencial de energia hidráulicahidráulica

Art. 176. (...)Art. 176. (...)§ 2º - É assegurada participação ao § 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. na forma e no valor que dispuser a lei. § 3º - A autorização de pesquisa será sempre § 3º - A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo não concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.concedente.§ 4º - Não dependerá de autorização ou § 4º - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida.energia renovável de capacidade reduzida.

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Constituição de 1988Constituição de 1988

Art. 21. Compete à União: Art. 21. Compete à União: (...)(...)XII - explorar, diretamente ou mediante XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:autorização, concessão ou permissão:(...)(...)b) os serviços e instalações de energia elétrica e o b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; potenciais hidroenergéticos;

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Serviços públicosServiços públicos

Art. 175, CF/88Art. 175, CF/88Incumbe ao poder públicoIncumbe ao poder público, na forma da lei, , na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação permissão, sempre através de licitação, a prestação de de serviços públicosserviços públicos. . Parágrafo único. A lei disporá sobre: Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; rescisão da concessão ou permissão;   II -  os direitos dos usuários; II -  os direitos dos usuários; III -  política tarifária; III -  política tarifária; IV -  a obrigação de manter serviço adequado.” IV -  a obrigação de manter serviço adequado.”

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Ordem Econômica de 1988Ordem Econômica de 1988

Art; 174.Art; 174.

““Como agente normativo e regulador da Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.”setor público e indicativo para o setor privado.”

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O fornecimento de O fornecimento de energia elétrica é energia elétrica é serviço público?serviço público?

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Lei de greveLei de greve (Lei 7783/89) (Lei 7783/89)

Art. 10 São considerados serviços ou atividades Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;combustíveis;

(...)(...)

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Serviços públicosServiços públicos

Critério subjetivo (titularidade)Critério subjetivo (titularidade)

Critério material / objetivo (visa à Critério material / objetivo (visa à satisfação de interesses coletivos satisfação de interesses coletivos essenciais)essenciais)

Critério formal (regime de direito Critério formal (regime de direito público – público – publicatiopublicatio))

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Todas as etapas da Todas as etapas da cadeia produtiva de cadeia produtiva de

eletricidade são eletricidade são serviço público?serviço público?

Autorizações para serviço Autorizações para serviço público?público?

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AutorizaçãoAutorização

““Ato administrativo Ato administrativo unilateralunilateral, , discricionáriodiscricionário e e precárioprecário pelo qual a pelo qual a Administração faculta ao particular o uso Administração faculta ao particular o uso privativo de bem público, ou o desempenho privativo de bem público, ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seriam que, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos.”legalmente proibidos.”

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativoDireito administrativo. São Paulo: . São Paulo: Atlas, 2000, p. 211Atlas, 2000, p. 211

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Autorização para prestação Autorização para prestação de serviços públicos?de serviços públicos?

Autorização somente para serviços não Autorização somente para serviços não propriamente públicos e situações propriamente públicos e situações emergenciais (Celso Antonio Bandeira de emergenciais (Celso Antonio Bandeira de Mello, Mello, Curso de direito administrativoCurso de direito administrativo))

Discricionariedade para o legislador no Discricionariedade para o legislador no estabelecimento de políticas públicas (Sara estabelecimento de políticas públicas (Sara Jane de Farias, Jane de Farias, Regulação jurídica dos serviços Regulação jurídica dos serviços autorizadosautorizados))

A questão das autorizações vinculadas (ex. art. A questão das autorizações vinculadas (ex. art. 131 da LGT)131 da LGT)

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Lei 9074/95 (PIE)Lei 9074/95 (PIE)

Art. 11. Considera-se produtor independente de Art. 11. Considera-se produtor independente de energia elétrica a pessoa jurídica ou empresas energia elétrica a pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam reunidas em consórcio que recebam concessãoconcessão ou ou autorizaçãoautorização do poder concedente, para produzir do poder concedente, para produzir energia elétrica destinada ao comércio de energia elétrica destinada ao comércio de toda ou toda ou parte da energiaparte da energia produzida, por sua conta e risco. produzida, por sua conta e risco.

Art. 12. A venda de energia elétrica por produtor Art. 12. A venda de energia elétrica por produtor independente poderá ser feita para:independente poderá ser feita para:I - concessionário de I - concessionário de serviço públicoserviço público de energia de energia elétrica; (...)elétrica; (...)

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Decreto 2003/96Decreto 2003/96

Art. 4º Dependem de autorização:Art. 4º Dependem de autorização:I - a implantação de usina termelétrica de potência I - a implantação de usina termelétrica de potência superior a 5.000 kW, destinada a autoprodutor e a superior a 5.000 kW, destinada a autoprodutor e a produtor independente;produtor independente;II - o aproveitamento de potencial hidráulico de II - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 10.000 kW, por autoprodutor.10.000 kW, por autoprodutor.

Art. 20. No final do prazo da concessão ou autorização, Art. 20. No final do prazo da concessão ou autorização, os bens e instalações realizados para a geração os bens e instalações realizados para a geração independente e para a autoprodução de energia elétrica independente e para a autoprodução de energia elétrica em aproveitamento hidráulico em aproveitamento hidráulico passarão a integrar o passarão a integrar o patrimônio da Uniãopatrimônio da União, mediante indenização dos , mediante indenização dos investimentos ainda não amortizados. investimentos ainda não amortizados.

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Autorização no setor Autorização no setor elétricoelétrico

““Na eletricidade, a autorização parece ter sido utilizada Na eletricidade, a autorização parece ter sido utilizada como uma forma de conciliar o desejo de atrair como uma forma de conciliar o desejo de atrair investidores privados, oferecendo maior autonomia investidores privados, oferecendo maior autonomia empresarial, e a necessidade de manter a exploração empresarial, e a necessidade de manter a exploração dos serviços sob regulação e fiscalização do Poder dos serviços sob regulação e fiscalização do Poder Público, em função de sua natureza de serviço público Público, em função de sua natureza de serviço público na ponta da cadeia energética. Criou-se assim um na ponta da cadeia energética. Criou-se assim um instrumento que, por um lado, vem envolto numa instrumento que, por um lado, vem envolto numa aparência de maior autonomia empresarial, mas que cria aparência de maior autonomia empresarial, mas que cria grande insegurança jurídica ao investidor, pois não grande insegurança jurídica ao investidor, pois não derrogou por completo o regime jurídico das concessões. derrogou por completo o regime jurídico das concessões. Ressalte-se que também não há, em contrapartida, Ressalte-se que também não há, em contrapartida, direitos típicos desta forma de delegação assegurados à direitos típicos desta forma de delegação assegurados à empresa autorizada, em especial a garantia do equilíbrio empresa autorizada, em especial a garantia do equilíbrio econômico-financeiro característico do contrato de econômico-financeiro característico do contrato de concessão.” concessão.” LANDAU, Elena. LANDAU, Elena. Regime jurídico das autorizações no setor Regime jurídico das autorizações no setor elétricoelétrico., p. 90 ., p. 90

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Possibilidade de Possibilidade de suspensão do suspensão do

fornecimento em fornecimento em caso de caso de

inadimplementoinadimplemento

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A definição de serviço A definição de serviço adequadoadequado

Lei 8987/95Lei 8987/95

Art. 6Art. 6oo Toda concessão ou permissão pressupõe a Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.normas pertinentes e no respectivo contrato.§ 1§ 1oo Serviço adequado é o que satisfaz as condições Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.modicidade das tarifas.§ 2§ 2oo A atualidade compreende a modernidade das A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.serviço.

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Serviço adequadoServiço adequadoArt. 6º, L 8987/95 Art. 6º, L 8987/95

(...)(...)

§ 3§ 3oo Não se caracteriza como descontinuidade do Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:emergência ou após prévio aviso, quando:

I - motivada por razões de ordem técnica ou de I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,segurança das instalações; e,

II - II - por inadimplemento do usuário, considerado o por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividadeinteresse da coletividade..

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Serviço adequado no Serviço adequado no CDCCDC

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequadosserviços adequados, eficientes, seguros , eficientes, seguros e, e, quanto aos essenciais, contínuosquanto aos essenciais, contínuos..

Art. 42. Na cobrança de débitos, o Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.tipo de constrangimento ou ameaça.

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RESP 363943/MG (1ª RESP 363943/MG (1ª Seção)Seção)

ADMINISTRATIVO - ENERGIA ADMINISTRATIVO - ENERGIA ELÉTRICA - CORTE – FALTA DE ELÉTRICA - CORTE – FALTA DE PAGAMENTO - É lícito à concessionária PAGAMENTO - É lícito à concessionária interromper o fornecimento de energia interromper o fornecimento de energia elétrica, se, após aviso prévio, o elétrica, se, após aviso prévio, o consumidor de energia elétrica consumidor de energia elétrica permanecer inadimplente no pagamento permanecer inadimplente no pagamento da respectiva conta (L. 8.987/95, Art. 6º, da respectiva conta (L. 8.987/95, Art. 6º, § 3º, II) § 3º, II)

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RESP 363943/MGRESP 363943/MG...a proibição [do corte] acarretaria aquilo a que se ...a proibição [do corte] acarretaria aquilo a que se denomina “efeito dominó”. Com efeito, ao saber que denomina “efeito dominó”. Com efeito, ao saber que o vizinho está recebendo energia de graça, o cidadão o vizinho está recebendo energia de graça, o cidadão tenderá a trazer para si o tentador benefício. Em tenderá a trazer para si o tentador benefício. Em pouco tempo, ninguém mais honrará a conta de luz.pouco tempo, ninguém mais honrará a conta de luz.Ora, se ninguém paga pelo fornecimento, a empresa Ora, se ninguém paga pelo fornecimento, a empresa distribuidora de energia não terá renda. Em não distribuidora de energia não terá renda. Em não tendo renda, a distribuidora não poderá adquirir os tendo renda, a distribuidora não poderá adquirir os insumos necessários à execução dos serviços insumos necessários à execução dos serviços concedidos e, finalmente, entrará em insolvência.concedidos e, finalmente, entrará em insolvência.Falida, a concessionária interromperia o Falida, a concessionária interromperia o fornecimento a todo o município, deixando às fornecimento a todo o município, deixando às escuras, até a iluminação pública.escuras, até a iluminação pública.

(trecho do voto do Rel. Humberto Gomes de Barros)(trecho do voto do Rel. Humberto Gomes de Barros)

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Informativo 310 - STJInformativo 310 - STJPorém não para débitos antigos...Porém não para débitos antigos...

ENERGIAENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA. ELÉTRICA. COBRANÇA. VALORES ANTIGOS. VALORES ANTIGOS. Na espécie, o Tribunal Na espécie, o Tribunal a quoa quo não autorizou o não autorizou o cortecorte do fornecimento do fornecimento de energia elétrica, por entender configurada de energia elétrica, por entender configurada a cobrança de valores pretéritos (1994), pois, a cobrança de valores pretéritos (1994), pois, por não serem contemporâneos, não estariam por não serem contemporâneos, não estariam sujeitos à prévia notificação. Assim, nesses sujeitos à prévia notificação. Assim, nesses casos, a companhia elétrica deveria buscar o casos, a companhia elétrica deveria buscar o adimplemento de seu crédito por meio das adimplemento de seu crédito por meio das vias ordinárias de cobrança sem cortar o vias ordinárias de cobrança sem cortar o fornecimento de luz. fornecimento de luz.

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Informativo 310 - STJInformativo 310 - STJPara o Min. Relator, correta a posição daquele Tribunal, Para o Min. Relator, correta a posição daquele Tribunal, porquanto o porquanto o cortecorte de de energia elétricaenergia elétrica pressupõe o pressupõe o inadimplemento de conta regular relativa ao mês de inadimplemento de conta regular relativa ao mês de consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento de consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento de energia elétricaenergia elétrica em razão de débitos antigos. em razão de débitos antigos. Assim, embora a Primeira Seção tenha pacificado o Assim, embora a Primeira Seção tenha pacificado o entendimento segundo o qual a companhia pode interromper entendimento segundo o qual a companhia pode interromper o fornecimento de o fornecimento de energia elétricaenergia elétrica se, após aviso prévio, o se, após aviso prévio, o usuário permanecer inadimplente, no caso dos autos, de usuário permanecer inadimplente, no caso dos autos, de débitos pretéritos, não deve haver a suspensão da débitos pretéritos, não deve haver a suspensão da energia.energia. Lembrou ainda que, quanto aos débitos antigos, o art. 42 do Lembrou ainda que, quanto aos débitos antigos, o art. 42 do CDC não admite constrangimento nem ameaças ao CDC não admite constrangimento nem ameaças ao consumidor. Com esse entendimento, ao prosseguir o consumidor. Com esse entendimento, ao prosseguir o julgamento, a Turma negou provimento ao recurso da julgamento, a Turma negou provimento ao recurso da companhia estadual de energia elétrica. Precedentes companhia estadual de energia elétrica. Precedentes citados: REsp 772.486-RS, DJ 6/3/2006, e REsp 756.591-DF, citados: REsp 772.486-RS, DJ 6/3/2006, e REsp 756.591-DF, DJ 18/5/2006. DJ 18/5/2006. REsp 631.736-RS, Rel. Min. Humberto , Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 15/2/2007.Martins, julgado em 15/2/2007.

Page 64: Direito regulatório e economia

E quanto ao E quanto ao fornecimento às fornecimento às

pessoas jurídicas de pessoas jurídicas de direito público?direito público?

Page 65: Direito regulatório e economia

Suspensão de fornecimento Suspensão de fornecimento para o poder públicopara o poder público

"ADMINISTRATIVO - FORNECIMENTO DE "ADMINISTRATIVO - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - FALTA DE PAGAMENTO - ENERGIA ELÉTRICA - FALTA DE PAGAMENTO - CORTE - MUNICÍPIO COMO CONSUMIDOR.1. A CORTE - MUNICÍPIO COMO CONSUMIDOR.1. A Primeira Seção já formulou entendimento Primeira Seção já formulou entendimento uniforme, no sentido de que o não pagamento das uniforme, no sentido de que o não pagamento das contas de consumo de energia elétrica pode levar contas de consumo de energia elétrica pode levar ao corte no fornecimento.2. ao corte no fornecimento.2. Quando o Quando o consumidor é pessoa jurídica de direito público, a consumidor é pessoa jurídica de direito público, a mesma regra deve lhe ser estendida, com a mesma regra deve lhe ser estendida, com a preservação apenas das unidades públicas cuja preservação apenas das unidades públicas cuja paralisação é inadmissível.paralisação é inadmissível. 3. Legalidade do corte 3. Legalidade do corte para as praças, ruas, ginásios de esporte,etc.4. para as praças, ruas, ginásios de esporte,etc.4. Recurso especial provido" (REsp 460.271/SP, Rel. Recurso especial provido" (REsp 460.271/SP, Rel. Min. ElianaCalmon, DJ 6.5.2005). Min. ElianaCalmon, DJ 6.5.2005).