lei 7346_2002 plano de cargos e carreiras de campos dos goytacazes - rj.pdf
TRANSCRIPT
www.LeisMunicipais.com.br
LEI Nº 7346, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002
DISPÕE SOBRE O PLANO DE CARGOS E CARREIRAS DA PREFEITURAMUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ, ESTABELECENORMAS DE ENQUADRAMENTO, INSTITUI NOVA TABELA DEVENCIMENTOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Faço saber que a Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO IDA COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL
O Plano de Cargos e Carreiras da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes obedece aoregime estatutário e estrutura‐se em um quadro constituído por:
I ‐ Parte Permanente, composta de cargos isolados e cargos de carreira;
II ‐ Parte Suplementar, composta de cargos e empregos em extinção.
Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições:
I ‐ Município de Campos dos Goytacazes ‐ pessoa jurídica de direito público interno;
II ‐ órgão ‐ unidade de atuação integrante da estrutura do Município;
III ‐ função ‐ conjunto de atribuições do cargo, que podem ser aumentadas, alteradas ou suprimidas,segundo o que dispuser a lei;
IV ‐ servidor público ‐ pessoa física legalmente investida em emprego público ou cargo público deprovimento efetivo ou em comissão;
V ‐ cargo público ‐ lugar instituído por lei, na organização do serviço público municipal, com denominaçãoprópria, atribuições e responsabilidades específicas, número certo e vencimento correspondente, para serprovido e exercido por um titular, na forma da lei;
VI ‐ quadro de pessoal ‐ conjunto de cargos de carreira e cargos isolados, de provimento efetivo ou emcomissão, e empregos públicos existentes na Prefeitura Municipal;
VII ‐ classe ‐ agrupamento de cargos com a mesma natureza funcional, mesmo grau de responsabilidade,mesma denominação e mesmo nível de vencimento e substancialmente idênticos quanto ao grau dedificuldade e responsabilidade para seu exercício;
VIII ‐ grupo ocupacional ‐ conjunto de cargos com afinidades entre si quanto à natureza do trabalho ou aograu de conhecimento exigido para seu desempenho;
IX ‐ carreira ‐ série de cargos do mesmo grupo ocupacional, semelhantes quanto à natureza do trabalho ehierarquizados segundo o grau de conhecimento necessário para desempenhá‐los;
X ‐ cargos isolados ‐ cargos que não se constituem em carreira;
XI ‐ nível ‐ símbolo atribuído ao conjunto de classes equivalentes quanto ao grau de dificuldade,responsabilidade ou escolaridade, visando determinar a faixa de vencimentos a elas correspondentes;
XII ‐ faixa de vencimentos ‐ escala de padrões de vencimento atribuídos a um determinado nível;
XIII ‐ padrão de vencimento ‐ letra que identifica o vencimento percebido pelo servidor dentro da faixa devencimentos do cargo que ocupa;
XIV ‐ interstício ‐ lapso de tempo estabelecido como o mínimo necessário para que o servidor se habilite àprogressão ou à promoção;
Art. 1º
Art. 2º
XV ‐ progressão ‐ passagem do servidor de seu padrão de vencimento para outro, imediatamente superior,dentro da faixa de vencimentos da classe a que pertence, pelo critério de merecimento, observadas asnormas estabelecidas no Capítulo III desta Lei e em regulamento específico;
XVI ‐ promoção ‐ passagem do servidor para a classe imediatamente superior àquela a que pertence, dentroda mesma carreira, observadas as normas estabelecidas no Capítulo IV desta Lei e em regulamentoespecífico;
XVII ‐ cargo de provimento em comissão ‐ cargo de confiança, de livre nomeação e exoneração, respeitado opercentual estabelecido em lei, destinado a preenchimento por servidores de carreira.
Os cargos isolados e os cargos de carreira da Parte Permanente do Quadro de Pessoal, com a cargahorária, os quantitativos e níveis de vencimento estão distribuídos por grupos ocupacionais no Anexo Idesta Lei.
§ 1º Os cargos isolados e os cargos de carreira de que trata o caput deste artigo integram os seguintesgrupos ocupacionais:
I ‐ Nível Superior ‐ NS;
II ‐ Nível Intermediário ‐ NI;
III ‐ Nível Elementar ‐ NE.
§ 2º Os cargos e empregos públicos que constituem a Parte Suplementar do Quadro de Pessoal são osconstantes do Anexo II desta Lei, cuja extinção ocorrerá automaticamente quando da vacância.
CAPÍTULO IIDO PROVIMENTO DOS CARGOS
Os cargos classificam‐se em cargos de provimento efetivo e cargos de provimento em comissão.
Os cargos de provimento efetivo, constantes do Anexo I desta Lei, serão providos:
I ‐ pelo enquadramento dos atuais servidores, conforme as normas estabelecidas no Capítulo X desta Lei;
II ‐ por nomeação, precedida de concurso público, nos termos do inciso II do art. 37 da Constituição Federal,tratando‐se de cargo de carreira ou de cargo isolado;
III ‐ pelas demais formas previstas em lei.
§ 1º A investidura do servidor aprovado previamente em concurso público de provas ou de provas e títulosfar‐se‐á no nível inicial de cada cargo disposto em carreira.
§ 2º A investidura do servidor em cargo isolado ou de carreira dar‐se‐á sempre no primeiro padrão da faixade vencimentos correspondente.
Para provimento dos cargos efetivos serão rigorosamente observados os requisitos básicos eespecíficos estabelecidos para cada classe, constantes do Anexo VI desta Lei, sob pena de ser o atocorrespondente nulo de pleno direito, não gerando obrigação de espécie alguma para o Município deCampos dos Goytacazes ou qualquer direito para o beneficiário, além de acarretar responsabilidade a quemlhe der causa.
§ 1º São requisitos básicos para provimento de cargo público:
I ‐ ser brasileiro;
II ‐ gozar dos direitos políticos;
III ‐ estar em dia com as obrigações militares, se do sexo masculino, e as eleitorais;
IV ‐ ter idade mínima de 18 (dezoito) anos;
V ‐ possuir aptidão física e mental, comprovada em prévia inspeção médica oficial, admitida à incapacidadefísica parcial na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei e regulamentação específica;
VI ‐ ter o nível de escolaridade exigido para o desempenho do cargo;
VII ‐ possuir habilitação legal para exercício de profissão regulamentada.
§ 2º Lei específica estabelecerá os requisitos para ingresso de estrangeiros no serviço público municipal.
Art. 3º
Art. 4º
Art. 5º
Art. 6º
O provimento dos cargos integrantes do Anexo I desta Lei será autorizado pelo Chefe do ExecutivoMunicipal, mediante solicitação das chefias interessadas, desde que haja vaga e dotação orçamentária paraatender às despesas.
§ 1º Da solicitação deverão constar:
I ‐ denominação e nível de vencimento do cargo;
II ‐ quantidade de cargos a serem providos;
III ‐ prazo desejável para provimento;
IV ‐ justificativa para a solicitação de provimento.
§ 2º O provimento referido no caput deste artigo só se verificará após o cumprimento do preceitoconstitucional que o condiciona à realização de concurso público de provas ou de provas e títulos, deacordo com a natureza e a complexidade de cada cargo, observados a ordem de classificação e o prazo devalidade do concurso.
Na realização do concurso público serão aplicadas provas escritas, objetivas ou subjetivas, teóricasou práticas, podendo ser aplicadas provas orais, ou, ainda, conjugar os tipos de provas previstos, conformeas características do cargo a ser provido.
A validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada, uma única vez,por igual período.
O prazo de validade do concurso, as condições para sua realização e os requisitos para inscrição doscandidatos serão fixados em edital a ser divulgado para atender ao princípio da publicidade.
Não se realizará novo concurso público enquanto houver, para os mesmos cargos, candidatoaprovado em concurso anterior, cujo prazo de validade ainda não tenha expirado.
Parágrafo único. A aprovação em concurso público não gera direito a nomeação, que se dará a exclusivocritério da Administração Pública Municipal dentro do prazo de validade do concurso e na forma da lei.
A partir da data de publicação desta Lei é vedado o ingresso em cargos e empregos em extinção queintegram a Parte Suplementar do Quadro de Pessoal da Prefeitura Municipal relacionados no Anexo II destaLei.
Fica reservado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) dos cargospúblicos do Quadro de Pessoal da Prefeitura.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica aos cargos para os quais a lei exija aptidão plena.
§ 2º Não serão reservadas vagas aos portadores de deficiência quando o quantitativo do cargo a ser providofor inferior a 10 (dez).
O Município de Campos dos Goytacazes estimulará a criação e o desenvolvimento de programas dereabilitação ou readaptação profissional para os servidores portadores de deficiência física, mental oulimitação sensorial.
A deficiência física e mental e a limitação sensorial não servirão de fundamento à concessão deaposentadoria, salvo se adquiridas posteriormente ao ingresso no serviço público, observadas asdisposições legais que regem a matéria, especialmente no que tange à reabilitação ou readaptaçãoprofissional.
Compete ao Chefe do Executivo expedir os atos de nomeação para os cargos de provimento efetivoda Parte Permanente e para os cargos de provimento em comissão do Quadro de Pessoal da PrefeituraMunicipal de Campos dos Goytacazes.
Parágrafo único. O ato de nomeação deverá, sob pena de nulidade, conter as seguintes indicações:
I ‐ fundamento legal;
II ‐ denominação do cargo a ser provido e a respectiva classe inicial para os cargos de carreira;
III ‐ nível de vencimento do cargo;
IV ‐ nome completo do servidor;
Os cargos da Parte Permanente do Quadro de Pessoal que vierem a vagar, bem como os que forem
Art. 7º
Art. 8º
Art. 9º
Art. 10
Art. 11
Art. 12
Art. 13
Art. 14
Art. 15
Art. 16
Art. 17
criados, só poderão ser providos na forma prevista neste Capítulo e em lei municipal específica.
Parágrafo único. Excetua‐se da proibição contida no caput deste artigo a contratação por tempodeterminado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público municipal, nostermos do art. 37, inciso IX da Constituição Federal.
CAPÍTULO IIIDA PROGRESSÃO
De acordo com o inciso XV do art. 2º desta Lei, progressão é a passagem do servidor de seu padrãode vencimento para outro, imediatamente superior, dentro da faixa de vencimentos da classe a quepertence, pelo critério de merecimento, observadas as normas estabelecidas neste Capítulo e emregulamento específico.
As progressões ocorrerão 2 (duas) vezes ao ano, nos meses de março e setembro, da seguinteforma:
I ‐ os servidores que cumprirem o interstício mínimo estabelecido no inciso II do art. 21 desta Lei até oúltimo dia do mês de fevereiro, poderão concorrer à progressão em março;
II ‐ os servidores que cumprirem o interstício mínimo acima referido até o último dia do mês de agosto,poderão concorrer à progressão em setembro.
Os critérios técnico‐administrativos destinados à avaliação do servidor para efeito de concessão daprogressão serão previstos em regulamento específico.
Para fazer jus à progressão, o servidor deverá, cumulativamente:
I ‐ ter cumprido o estágio probatório;
II ‐ cumprir o interstício mínimo de 2 (dois) anos de efetivo exercício no padrão de vencimento em que seencontre;
III ‐ obter, pelo menos, o grau mínimo na média de suas duas últimas avaliações de desempenho apuradaspela Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional a que se refere o art. 36 desta Lei e de acordocom as normas previstas em regulamento específico.
§ 1º A progressão só poderá ser concedida ao servidor 6 (seis) meses após o cumprimento do requisitoprevisto no inciso I deste artigo, desde que haja disponibilidade financeira.
§ 2º Para obter o grau mínimo indicado no inciso III deste artigo o servidor deverá receber, pelo menos,70% (setenta por cento) do total de pontos em sua avaliação de desempenho funcional.
O merecimento é adquirido durante a permanência do servidor em um mesmo padrão devencimento.
A avaliação de desempenho será apurada em Formulário de Avaliação de Desempenho Funcionalanalisado pela Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional.
§ 1º O formulário a que se refere o caput deste artigo deverá ser preenchido, anualmente, tanto pela chefiaquanto pelo servidor avaliado e enviado à Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional paraapuração objetivando a aplicação dos institutos da progressão e da promoção definidos nesta Lei.
§ 2º Havendo, entre a chefia e o servidor avaliado, divergência substancial quanto ao resultado da avaliaçãoa Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional deverá solicitar, da chefia, nova avaliação.
§ 3º Ratificada, pela chefia, a primeira avaliação, caberá à Comissão pronunciar‐se a favor de uma delas.
§ 4º Não sendo substancial a divergência entre os resultados apresentados, prevalecerá o da chefia.
§ 5º Considera‐se divergência substancial aquela que ultrapassar 10% (dez por cento) do total de pontos daavaliação.
§ 6º As chefias deverão enviar, sistematicamente, ao órgão responsável pela manutenção dosassentamentos funcionais dos servidores, os dados e informações necessários à avaliação do desempenhode seus subordinados.
§ 7º o A Comissão de Avaliação tem o prazo improrrogável de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da datada chegada do formulário preenchido, para conclusão da avaliação do desempenho do servidor,constituindo a não conclusão falta funcional, apenada com suspensão de até 30 (trinta) dias ou multa.
O extrapolamento do prazo para a conclusão da avaliação de desempenho do servidor não invalida
Art. 18
Art. 19
Art. 20
Art. 21
Art. 22
Art. 23
Art. 24
a conclusão.
§ 1º Do ato de indeferimento da progressão cabe recurso.
§ 2º O recurso deve ser interposto obedecendo aos seguintes requisitos:
I ‐ ser deduzido em petição escrita, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da publicação, no Diário Oficial,do indeferimento, e protocolado no Protocolo Geral;
II ‐ expressar os fundamentos pelos quais se questiona a decisão;
III ‐ ser endereçado ao Presidente da Comissão;
IV ‐ conter a assinatura, o nome e a matrícula do servidor e, se o recorrente se fizer representar poradvogado, este deve estar munido de procuração com firma reconhecida.
§ 3º O não atendimento dos requisitos das alíneas do parágrafo anterior importa em não conhecimento dorecurso.
§ 4º Se a Comissão reconsiderar a sua decisão o seguimento do recurso fica prejudicado.
§ 5º Se a Comissão mantiver a decisão, deverá expor os fundamentos por que o fez, encaminhando orecurso ao Chefe do Executivo Municipal, que decidirá no prazo de 10 (dez) dias.
§ 6º Em caso de provimento do recurso por parte do Chefe do Executivo Municipal, aplica‐se o disposto noart. 27.
Se a conclusão for no sentido do deferimento da progressão, ainda que esta se dê fora do prazoestabelecido no § 7º do artigo 23, aplica‐se o disposto no art. 27.
O servidor que cumprir os requisitos estabelecidos no art. 21 desta Lei passará automaticamentepara o padrão de vencimento seguinte, reiniciando‐se a contagem de tempo e a anotação de ocorrências,para efeito de nova apuração de merecimento.
Não havendo recursos financeiros suficientes para a concessão de progressão a todos os servidoresque tiverem direito a ela, terá preferência, no caso de empate no resultado dos Formulários de Avaliação, oservidor que contar maior tempo de serviço público no Município e, permanecendo o empate, o mais idoso.
Caso não alcance o grau de merecimento mínimo, o servidor permanecerá no padrão devencimento em que se encontra, devendo cumprir novamente o interstício exigido de efetivo exercícionesse padrão, para efeito de outra apuração de merecimento.
Os efeitos financeiros decorrentes das progressões previstas neste Capítulo vigorarão a partir doprimeiro dia do mês subseqüente à sua concessão.
Somente poderá concorrer à progressão o servidor que estiver no efetivo exercício de seu cargo.
CAPÍTULO IVDA PROMOÇÃO
De acordo com o inciso XVI do art. 2º desta Lei, promoção é a passagem do servidor para a classeimediatamente superior àquela a que pertence, dentro da mesma carreira, por merecimento.
Parágrafo único. As linhas de promoção estão representadas graficamente no Anexo III desta Lei.
A promoção por merecimento poderá ocorrer mediante seleção competitiva em que se apure acapacidade funcional do servidor para o desempenho das atribuições da classe a que concorra.
§ 1º A comprovação da capacidade funcional far‐se‐á através de teste de habilidade específica econhecimentos teóricos, práticos ou prático‐teóricos.
§ 2º A classificação dos candidatos à promoção basear‐se‐á nos resultados obtidos nos testes de habilidadee conhecimentos aos quais se refere o parágrafo anterior.
§ 3º A concessão da promoção obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos servidores nos testesde habilidade específica e conhecimentos realizados.
§ 4º Terá preferência para promoção, em caso de empate na classificação, o servidor que contar maiortempo de serviço público no Município e, permanecendo o empate, o mais idoso.
Para concorrer à promoção o servidor deverá, cumulativamente:
Art. 25
Art. 26
Art. 27
Art. 28
Art. 29
Art. 30
Art. 31
Art. 32
Art. 33
I ‐ cumprir interstício mínimo de 3 (três) anos de efetivo exercício no cargo que ocupa;
II ‐ obter, pelo menos, grau mínimo na média de suas duas últimas avaliações de desempenho funcional.
Parágrafo único. O grau mínimo a que se refere o inciso II deste artigo é aquele definido no § 2º do art. 21desta Lei.
O servidor promovido ocupará o padrão de vencimento inicial do nível correspondente à faixa devencimentos da nova classe.
Somente poderá concorrer à promoção o servidor que estiver no efetivo exercício de seu cargo.
CAPÍTULO VDA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL
Fica criada a Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional constituída por 5 (cinco)membros designados pelo Chefe do Executivo, com a atribuição de proceder à avaliação especial dedesempenho dos servidores em estágio probatório, nos termos do § 4º do art. 41 da Constituição Federal, eà avaliação periódica de desempenho, conforme o disposto neste Capítulo e em regulamento específico.
§ 1º O Presidente da Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional deverá ser o SecretárioMunicipal de Administração.
§ 2º Da Comissão deverão fazer parte, também, um membro da Procuradoria Geral, um do Departamentode Pessoal e 2 (dois) representantes dos servidores efetivos e estáveis da Prefeitura.
§ 3º Os servidores, através da entidade sindical representativa, entregarão ao Secretário Municipal deAdministração lista contendo 5 (cinco) nomes de representantes eleitos entre servidores efetivos e estáveis,cabendo ao Chefe do Poder Executivo designar 2 (dois) deles para integrar a Comissão.
A alternância dos membros constituintes da Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcionaleleitos pelos servidores verificar‐se‐á a cada 2 (dois) anos de participação, observados, para suasubstituição, os critérios fixados em regulamentação específica e o disposto neste Capítulo
§ 1º A alternância dos demais membros constituintes da Comissão a que se refere o caput deste artigopoderá ser feito no mesmo período, a critério das chefias imediatas.
§ 2º Nas hipóteses de morte, aposentadoria, exoneração ou qualquer impedimento proceder‐se‐á àsubstituição do membro, de acordo com o estabelecido neste Capítulo.
A Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional terá sua organização e forma defuncionamento regulamentadas por decreto do Chefe do Executivo.
Os fatores a serem considerados na avaliação especial de desempenho em estágio probatório serãoestabelecidos em lei complementar.
A Comissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional, após a realização da avaliação especial dedesempenho de servidores em estágio probatório, emitirá parecer favorável ou desfavorável à suaconfirmação no cargo para o qual foi nomeado.
§ 1º Se o parecer for contrário à confirmação do servidor ser‐lhe‐á dado conhecimento, para efeito deapresentação de defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da ciência pessoal.
§ 2º A Comissão encaminhará o parecer, bem como a defesa, quando houver, ao Chefe do Executivo, quedecidirá sobre a exoneração ou manutenção do servidor.
A Comissão se reunirá nas seguintes circunstâncias:
I ‐ para coordenar a avaliação de merecimento dos servidores, com base nos fatores que constem dosFormulários de Avaliação de Desempenho Funcional, objetivando a aplicação do instituto da progressão;
II ‐ para coordenar a avaliação de merecimento dos servidores, com base nos fatores constantes dosFormulários de Avaliação de Desempenho Funcional, objetivando a aplicação do instituto da promoção;
III ‐ para proceder à avaliação especial de desempenho dos servidores em fase de conclusão de estágioprobatório nos termos do § 4º do art.41 da Constituição Federal e, extraordinariamente, por convocação doseu Presidente.
CAPÍTULO VIDA REMUNERAÇÃO
Art. 34
Art. 35
Art. 36
Art. 37
Art. 38
Art. 39
Art. 40
Art. 41
Remuneração é o vencimento do cargo público, acrescido das vantagens pecuniárias permanentesou temporárias estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A remuneração dos empregos em extinção é o salário acrescido das vantagens pecuniáriasestabelecidas na legislação própria.
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei,nunca inferior a um salário mínimo, sendo vedada a sua vinculação ou equiparação, conforme o disposto noinciso XIII do art. 37 da Constituição Federal.
§ 1º Os vencimentos dos ocupantes de cargos e os salários dos ocupantes de empregos públicos sãoirredutíveis, conforme o disposto no inciso XV do art. 37 e no inciso VI do art 7º, ambos da ConstituiçãoFederal.
§ 2º A remuneração observará o que dispõe a Constituição Federal.
A remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da Prefeitura Municipal e osproventos, pensões ou outras espécies remuneratórias, percebidos cumulativamente ou não, incluídas asvantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nos termos do inciso XI do art. 37 da Constituição Federal.
As classes de cargos de provimento efetivo do Quadro de Pessoal da Prefeitura Municipal deCampos dos Goytacazes estão hierarquizadas por níveis de vencimento, de acordo com o Anexo V desta Lei.
§ 1º A cada nível corresponde uma faixa de vencimentos, composta de 7 (sete) padrões de vencimentosdesignados alfabeticamente de A a G, conforme a Tabela de Vencimentos constante do Anexo V desta Lei.
§ 2º Os aumentos dos vencimentos respeitarão, preferencialmente, a política de remuneração definidanesta Lei, bem como seu escalonamento e respectivos distanciamentos percentuais entre os níveis epadrões.
A revisão geral dos vencimentos e salários estabelecidos para os cargos de provimento efetivo, bemcomo para os cargos de provimento em comissão e para os empregos públicos, deverá ser efetuadaanualmente, por lei específica, de iniciativa do Prefeito, que deverá ser publicada até 1º de maio de cadaano, sempre na mesma data e sem distinção de índices, conforme o disposto no art. 37, inciso X daConstituição Federal.
Todo e qualquer reajuste de vencimento ou salário dos servidores em atividade será estendido aosinativos e pensionistas na mesma proporção e na mesma data, mediante lei de iniciativa do Prefeito, deacordo com o disposto no art. 40 § 8º da Constituição Federal.
O Poder Executivo publicará anualmente os valores dos vencimentos dos cargos e dos salários dosempregos públicos da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes.
CAPÍTULO VIIDA LOTAÇÃO
A lotação é a força de trabalho, em seus aspectos qualitativo e quantitativo, necessária aodesempenho das atividades gerais e específicas da Prefeitura Municipal.
O Secretário Municipal de Administração estudará, anualmente, com os demais órgãos daPrefeitura Municipal, a lotação de todas as unidades em face dos programas de trabalho a executar.
Parágrafo único. Com base nas conclusões do referido estudo, o Secretário Municipal de Administraçãoapresentará ao Chefe do Executivo proposta de lotação geral da Prefeitura Municipal, da qual deverãoconstar:
I ‐ a lotação atual, relacionando os cargos com os respectivos quantitativos existentes em cada unidadeorganizacional;
II ‐ a lotação proposta, relacionando os cargos com os respectivos quantitativos efetivamente necessáriosao pleno funcionamento de cada unidade organizacional;
III ‐ relatório indicando e justificando o provimento ou extinção de cargos vagos existentes, bem como acriação de novos cargos indispensáveis ao serviço, se for o caso;
IV ‐ as conclusões do estudo, com a devida antecedência para que se preveja, na proposta orçamentária, asmodificações sugeridas.
O afastamento de servidor do órgão em que estiver lotado, para ter exercício em outro, só se
Art. 42
Art. 43
Art. 44
Art. 45
Art. 46
Art. 47
Art. 48
Art. 49
Art. 50
Art. 51
verificará mediante prévia autorização do Chefe do Executivo, para fim determinado e por prazo certo.
Parágrafo único. Atendido sempre o interesse do serviço, o Chefe do Executivo poderá alterar a lotação doservidor, ex‐officio ou a pedido, desde que não haja desvio de função ou redução de vencimento doservidor.
CAPÍTULO VIIIDA MANUTENÇÃO DO QUADRO
Novos cargos poderão ser incorporados à Parte Permanente do Quadro de Pessoal da PrefeituraMunicipal de Campos dos Goytacazes, observadas as disposições deste Capítulo.
As Secretarias e os órgãos de igual nível hierárquico poderão, quando da realização do estudo anualde sua lotação, propor a criação de novos cargos, sempre que necessário.
§ 1º Da proposta de criação de novos cargos deverão constar:
I ‐ denominação dos cargos que se deseja criar;
II ‐ descrição das respectivas atribuições e requisitos de instrução e experiência para provimento;
III ‐ justificativa pormenorizada de sua criação;
IV ‐ quantitativo dos cargos a serem criados;
V ‐ nível de vencimento dos cargos a serem criados.
§ 2º O nível de vencimento dos cargos deve ser definido considerando‐se:
I ‐ o grau de instrução exigido para seu desempenho;
II ‐ a experiência exigida para seu provimento;
III ‐ o grau de complexidade e responsabilidade das atribuições descritas para o cargo.
§ 3º A definição do nível de vencimento deverá resultar da análise comparativa dos fatores dos cargos aserem criados com os fatores dos cargos já existentes na Parte Permanente do Quadro de Pessoal daPrefeitura.
Cabe ao Departamento de Pessoal analisar a proposta e verificar:
I ‐ se há dotação orçamentária para a criação dos novos cargos;
II ‐ se suas atribuições estão implícitas ou explícitas nas descrições dos cargos já existentes.
De acordo com as conclusões da análise, o Departamento de Pessoal encaminhará a proposta decriação de novos cargos ao Secretário Municipal de Administração, para apreciação.
§ 1º Se a apreciação for favorável, a proposta será enviada ao Chefe do Executivo que, se estiver de acordo,a encaminhará, em forma de projeto de lei, à Câmara Municipal.
§ 2º Se o parecer for desfavorável pela inobservância de qualquer dos incisos do artigo anterior, oSecretário Municipal de Administração encaminhará cópia da proposta ao Chefe do Executivo, comrelatório e justificativa do indeferimento.
Aprovada a criação de novos cargos, deverão esses ser incorporados à Parte Permanente do Quadrode Pessoal da Prefeitura.
CAPÍTULO IXDO TREINAMENTO
Fica instituído, como atividade permanente na Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, otreinamento de seus servidores, tendo como objetivos:
I ‐ criar e desenvolver hábitos, valores e comportamentos adequados ao digno exercício da função pública;
II ‐ capacitar o servidor para o desempenho de suas atribuições específicas, orientando‐o no sentido deobter os resultados desejados pela Administração;
III ‐ estimular o desenvolvimento funcional, criando condições propícias ao constante aperfeiçoamento dosservidores;
Art. 52
Art. 53
Art. 54
Art. 55
Art. 56
Art. 57
IV ‐ integrar os objetivos pessoais de cada servidor, no exercício de suas atribuições, às finalidades daAdministração como um todo.
As atividades de treinamento serão de três tipos:
I ‐ de integração, tendo como finalidade integrar o servidor no ambiente de trabalho, através deinformações sobre a organização e o funcionamento da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes ede transmissão de técnicas de relações humanas;
II ‐ de formação, objetivando dotar o servidor de conhecimentos e técnicas referentes às atribuições quedesempenha, mantendo‐o permanentemente atualizado e preparando‐o para a execução de tarefas maiscomplexas, com vistas ao seu desenvolvimento funcional;
III ‐ de adaptação, com a finalidade de preparar o servidor para o exercício de novas funções quando atecnologia absorver ou tornar obsoletas aquelas que vinha exercendo até o momento.
O treinamento terá sempre caráter objetivo e prático e será ministrado, direta ou indiretamente,pela Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes:
I ‐ com a utilização de instrutores locais e, preferencialmente, no próprio órgão em que estiver lotado oservidor;
II ‐ mediante o encaminhamento dos servidores para cursos e estágios realizados por instituiçõesespecializadas, sediadas ou não no Município;
III ‐ através da contratação de especialistas ou instituições especializadas, mediante convênio, observada alegislação pertinente.
As chefias de todos os níveis hierárquicos participarão dos programas de treinamento:
I ‐ identificando e analisando, no âmbito de cada órgão, as necessidades de treinamento, estabelecendoprogramas prioritários e propondo medidas necessárias ao atendimento das carências verificadas e àexecução dos programas propostos;
II ‐ facilitando a participação de seus subordinados nos programas de treinamento e tomando as medidasnecessárias para que os afastamentos, quando ocorrerem, não causem prejuízos ao funcionamento regularda unidade administrativa;
III ‐ desempenhando, dentro dos programas de treinamento aprovados, atividades de instrutor;
IV ‐ submetendo‐se a programas de treinamento para o desempenho das atribuições inerentes à função dechefia e às atividades de instrutor.
O Secretário Municipal de Administração, através do Departamento de Pessoal, em colaboraçãocom as demais unidades organizacionais de igual nível hierárquico, elaborará e coordenará a execução deprogramas de treinamento.
Parágrafo único. Os programas de treinamento serão elaborados, anualmente, a tempo de se prever, naproposta orçamentária, os recursos indispensáveis à sua implementação.
Independentemente dos programas previstos, cada chefia desenvolverá, com seus subordinados,atividades de treinamento em serviço, em consonância com o programa de treinamento estabelecido pelaAdministração, através de:
I ‐ reuniões para estudo e discussão de assuntos de serviço;
II ‐ divulgação de normas legais e aspectos técnicos relativos ao trabalho e orientação quanto ao seucumprimento e à sua execução;
III ‐ discussão dos programas de trabalho do órgão que chefia e de sua contribuição para o sistemaadministrativo;
IV ‐ utilização de rodízio e de outros métodos de treinamento em serviço, adequados a cada caso.
CAPÍTULO XDAS NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO
Os servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo da Prefeitura Municipal serãoenquadrados nos cargos previstos no Anexo I, cujas atribuições sejam da mesma natureza e mesmo grau dedificuldade e responsabilidade dos cargos que estiverem ocupando na data de vigência desta Lei,observadas as disposições deste Capítulo.
Art. 58
Art. 59
Art. 60
Art. 61
Art. 62
Art. 63
§ 1º Os servidores efetivos a que se refere o caput que estejam exercendo atividades diferentes dos cargospara os quais tenham sido nomeados deverão retornar aos cargos que ocupavam anteriormente àocorrência do desvio, de acordo com as classes constantes do Anexo I desta Lei.
§ 2º Os servidores referidos no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ‐ ADCT daConstituição Federal de 1988, que tenham sido desviados de suas funções originais de ingresso naPrefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, deverão retornar aos cargos ou empregos que ocupavamantes da ocorrência de tal situação.
O Chefe do Executivo Municipal designará Comissão de Enquadramento, constituída por 5 (cinco)membros, presidida pelo Secretário Municipal de Administração e da qual farão parte, também, 1 (um)representante da Procuradoria Geral e 1 (um) do Departamento de Pessoal.
Parágrafo único. Os servidores da Prefeitura, através da sua entidade representativa, entregarão aoSecretário Municipal de Administração lista contendo 5 (cinco) nomes de servidores estáveis, cabendo aoChefe do Executivo a designação de 2 (dois) deles para integrar a Comissão.
Caberá à Comissão de Enquadramento:
I ‐ promover o enquadramento dos servidores, observando as diretrizes estabelecidas na presente lei eprocedendo às adequações necessárias;
II ‐ elaborar as propostas de atos coletivos de enquadramento e encaminhá‐las ao Chefe do Executivo.
Parágrafo único. Para cumprir o disposto no inciso II deste artigo, a Comissão se valerá dos assentamentosfuncionais dos servidores e de informações colhidas junto às chefias dos órgãos onde estejam lotados.
Do enquadramento não poderá resultar redução de vencimentos e de salários, salvo nos casos dedesvio de função.
§ 1º O servidor enquadrado ocupará, dentro da faixa de vencimentos da classe do novo cargo, o padrãocujo vencimento seja igual ao do cargo que estiver ocupando na data da vigência desta Lei.
§ 2º Não havendo coincidência de vencimentos, o servidor ocupará o padrão imediatamente superiordentro da faixa de vencimentos da classe.
§ 3º Não sendo possível encontrar, na faixa de vencimentos, valor equivalente ao vencimento percebidopelo servidor, este ocupará o último padrão da faixa de vencimentos do cargo em que for enquadrado eterá direito à diferença, a título de vantagem pessoal.
§ 4º Sobre a diferença objeto do parágrafo anterior, que será incorporada para fins de aposentadoria,incidirão todos os reajustes concedidos pelo Governo Municipal.
§ 5º Nenhum servidor será enquadrado com base em cargo que ocupa em substituição.
No processo de enquadramento serão considerados os seguintes fatores:
I ‐ atribuições realmente desempenhadas pelo servidor na Prefeitura Municipal;
II ‐ nomenclatura e descrição das atribuições do cargo para o qual o servidor foi admitido ou reclassificado,se for o caso;
III ‐ nível de vencimento do cargo;
IV ‐ experiência específica;
V ‐ escolaridade exigida para o exercício do cargo;
VI ‐ habilitação legal para o exercício de profissão regulamentada.
§ 1º Os requisitos a que se referem os incisos IV e V deste artigo serão dispensados para atenderunicamente a situações preexistentes à data de vigência desta Lei e somente para fins de enquadramento.
§ 2º Não se inclui na dispensa objeto do § 1º deste artigo o requisito de habilitação legal para o exercício deprofissão regulamentada, previsto no inciso VI deste artigo.
Os atos coletivos de enquadramento previstos nesta Lei serão aprovados por decreto, sob a formade listas nominais, pelo Chefe do Executivo, de acordo com o disposto neste Capítulo, até 90 (noventa) diascorridos após a data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Até que seja editado o Decreto estabelecido no caput, os servidores serão mantidos noscargos que atualmente ocupam.
Art. 64
Art. 65
Art. 66
Art. 67
Art. 68
As listas nominais de enquadramento dos servidores municipais estabilizados nos termos do art. 19do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ‐ ADCT, da Constituição Federal de 1988, deverão serpublicadas no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis após a conclusão dos atos coletivos de enquadramento.
O servidor que entender que seu enquadramento foi feito em desacordo com as normas desta Leipoderá, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data de publicação das listas nominais deenquadramento, protocolar petição de revisão de enquadramento devidamente fundamentada, dirigindo‐se ao Chefe do Executivo Municipal.
§ 1º O Prefeito Municipal, após consulta à Comissão de Enquadramento a que se refere o art. 65 desta Lei,deverá decidir sobre o requerido, nos 10 (dez) dias úteis que se sucederem ao recebimento da petição,encaminhando a decisão ao Departamento de Pessoal.
§ 2º O Departamento de Pessoal dará ao servidor conhecimento dos motivos e fundamentos da decisão, daqual deverá tomar ciência, por escrito, com a aposição de sua assinatura no respectivo procedimento, casoem que a ementa da decisão será publicada em órgão oficial do Município, no prazo máximo de 10 (dez)dias úteis, a contar da ciência.
§ 3º Recusando‐se o servidor a exarar o seu ciente na decisão, tal fato será certificado no procedimento,devendo, neste caso, ser a decisão publicada, em seu inteiro teor, em órgão oficial do Município, no prazomáximo de 30(trinta) dias úteis a contar da certidão de recusa.
Os cargos vagos existentes antes da data de vigência desta Lei e os que forem vagando em razão doenquadramento previsto neste Capítulo ficarão automaticamente extintos.
CAPÍTULO XIDOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO
Cargo de provimento em comissão é o cargo de confiança, de livre nomeação e exoneração,respeitado o percentual estabelecido em lei, destinado a preenchimento por servidores de carreira.
O servidor que for designado para o exercício de cargo de provimento em comissão deverá optar:
I ‐ pela remuneração de seu cargo efetivo
II ‐ pela remuneração do cargo em comissão.
§ 1º A opção do servidor pela remuneração do seu cargo efetivo dar‐lher‐á direito à percepção de 50%(cinqüenta por cento) sobre o valor do cargo em comissão por ele ocupado.
§ 2º Não será facultado ao servidor, em qualquer hipótese, acumular o vencimento do cargo efetivo e o docargo em comissão.
Os cargos de provimento em comissão da estrutura administrativa da Prefeitura Municipal deCampos dos Goytacazes são os constantes do anexo VI desta Lei, acompanhados dos seus símbolos evalores.
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá casos, condições e percentuais mínimos dos cargos emcomissão a serem preenchidos por servidores de carreira.
Extinto qualquer órgão da estrutura administrativa, automaticamente extinguir‐se‐á o cargocomissionado correspondente à sua direção ou à sua chefia.
Fica vedada a concessão de gratificações para exercício de atribuições específicas, quando estasforem inerentes ao desempenho do cargo.
CAPÍTULO XIIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
O decreto aprovando a Parte Suplementar do Quadro de Pessoal indicará o nome do servidor, adenominação do seu cargo ou emprego, o nível e o padrão salarial ou de vencimento em que forenquadrado.
A progressão prevista no Capítulo III será estendida também aos servidores ocupantes dos cargos eempregos que constam da Parte Suplementar, estabelecida no Anexo II desta Lei.
As atribuições dos servidores ocupantes de cargos comissionados ficarão estabelecidas por decretoeditado pelo Prefeito Municipal.
Decreto editado pelo Prefeito Municipal estabelecerá as tarefas e critérios de pontuação que
Art. 69
Art. 70
Art. 71
Art. 72
Art. 73
Art. 74
Art. 75
Art. 76
Art. 77
Art. 78
Art. 79
Art. 80
servirão de parâmetro para pagamento dos valores da gratificação de produtividade, devida aos servidoresem exercício nos cargos de Fiscal de Rendas.
A remuneração, recebida pelos Procuradores do Município, será composta pelo vencimentoacrescido das demais vantagens, a título de adicionais e gratificações.
Parágrafo único. O vencimento englobará o atual vencimento básico e atual verba de representação, quefica desde já extinta.
Os servidores não estáveis e não concursados serão exonerados, caso a despesa com pessoalultrapasse o limite estabelecido em lei complementar federal, após a redução de pelo menos 20% (vinte porcento) das despesas com cargos em comissão e funções de confiança, de acordo com o disposto no § 3º doart. 169 da Constituição Federal.
§ 1º Se as medidas adotadas com base no caput deste artigo não forem suficientes para assegurar ocumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perdero cargo, desde que o ato normativo motivado pelo Poder Executivo Municipal especifique a atividadefuncional e o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal, conforme o disposto nos § §4º e 7º do art. 169 da Constituição Federal.
§ 2º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente aum mês de remuneração por ano de serviço.
§ 3º O cargo objeto das reduções previstas nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada acriação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 (quatro) anos.
As despesas decorrentes da implantação da presente Lei correrão à conta de dotação própria doorçamento vigente, suplementadas se necessário.
Parágrafo único. A implantação da presente Lei deverá observar o disposto no art. 169 e seus parágrafos daConstituição Federal.
Dentro de 90 (noventa) dias a contar da vigência desta Lei, o Prefeito Municipal regulamentará, porato próprio, a progressão e a promoção.
A cada ano, após definida a proposta orçamentária do Município de Campos dos Goytacazes, serãoexpedidos, pelo Prefeito Municipal, os critérios de concessão de progressões e promoções propostos pelaComissão de Avaliação de Desenvolvimento Funcional.
Parágrafo único. Os critérios mencionados no caput deste artigo definirão os quantitativos de progressões epromoções possíveis e sua distribuição por classe, tendo em vista as disponibilidades orçamentárias.
Os vencimentos previstos nas Tabelas do Anexo V serão devidos a partir da publicação dos atoscoletivos de enquadramento referidos no art. 65, II, desta Lei.
São partes integrantes da presente Lei os Anexos I a VI que a acompanham.
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Campos dos Goytacazes, 27 de dezembro de 2002.
Arnaldo França ViannaPrefeito
Download: Anexo - Lei nº 7346/2002 - Campos dos Goytacazes-RJ (www.leismunicipais.com.br/RJ/CAMPOS.DOS.GOYTACAZES/ANEXO-LEI-7346-2002-CAMPOS-DOS-GOYTACAZES-RJ.zip)
Art. 81
Art. 82
Art. 83
Art. 84
Art. 85
Art. 86
Art. 87
Art. 88